Ensinar e Aprender Volume 1

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO GOVERNO DO ESPÍRITO SANTO
GOVERNADOR
José Renato Casagrande
VICE-GOVERNADOR
Givaldo Vieira da Silva
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO
Klinger Marcos Barbosa Alves
ORGANIZADORES
Gerente de Estado de Educação Básica e Profissional
Wanessa Zavarese Sechim
Gerente de Educação Infantil e Ensino Fundamental
Janine Mattar Pereira de Castro
Subgerente de Desenvolvimento Curricular
Valdelina Solomão Lima
ASSESSORIA ESPECIAL
Marluza de Moura Balarini
EQUIPE TÉCNICA DO ENSINO FUNDAMENTAL
Eunice Negris Lima
Malba Lúcia Gomes Delboni
Rogério Carvalho de Holanda
Sandra Baptista Fernandes
Selma Lúcia de Assis Pereira
Ensinar
e Aprender
Volume 1
Ciências
2013
Espírito Santo
Iniciativa
Autoria
FUNDAÇÃO VOLKSWAGEN
Via Anchieta, Km 23,5 CPI 1394 Bairro Demarchi
09823-901 São Bernardo do Campo SP
http://www.vw.com.br/fundacaovw
Presidente do Conselho de Curadores
Josef Fidelis Senn
Diretora de Administração e Relações Institucionais
Conceição Mirandola
E-mail: fundaçã[email protected]
CENPEC – Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária
Rua Minas Gerais, 228 – Consolação
01.244-010 São Paulo
Presidente do Conselho de Administração
Maria Alice Setubal
Superintendência Geral
Anna Helena Altenfelder
Coordenadora Técnica
Maria Amabile Mansutti
Gerente de Projetos Locais
Claudia Mª Micheluci Petri
Ensinar e Aprender
Edição Revista e Ampliada para o Estado do Espírito Santo, 2012
Autores
Adriano Picarelli (Geografia)
Adriano Vieira (Educação Física)
América dos Anjos Costa Marinho (Língua Portuguesa)
Laércio de Moura Jorge (Educação Física)
Luiza Esmeralda Faustinoni (Língua Inglesa)
Maria Alice M. O. Armelin (Língua Portuguesa)
Maria Ignez de Souza Vieira Diniz (Matemática)
Maria Izabel Iorio Soncini (Ciências)
Maria Terezinha Teles Guerra (Arte)
Ronilde Rocha Machado (História)
Rosangela Doin de Almeida (Geografia)
Leitura crítica
Denise Cenci
Ivone do Canto Almeida
Marilda Ferraz Ribeiro de Moraes
Diagramação: Esdras Soares da Silva
Direitos autorais: Pâmela Pires Nóbrega
Apoio: Sueli Cerino
Maria José Reginato
Meyri Venci Chieffi
Zoraide Faustinoni da Silva
APRESENTAÇÃO
Caros estudantes,
O Projeto de Aceleração da Aprendizagem do Estado do Espírito Santo que ora apresentamos, foi
desenvolvido para jovens como você, com idade entre os 13 e 17 anos, que ainda não concluíram o
ensino fundamental.
O objetivo deste Projeto é oferecer a você a oportunidade de retomar com sucesso o seu percurso
regular de escolarização. Participando dele você terá a possibilidade de concluir o ensino fundamental
em dois anos.
Para que os resultados do Projeto de Aceleração da Aprendizagem sejam efetivos é importante que
todos, secretaria de educação, escolas, professores e estudantes formem uma equipe que trabalhe
unida, pois, da participação e empenho dos envolvidos dependerá o sucesso do Projeto.
Por isso, caros estudantes, a participação de vocês será tão fundamental quanto a dos professores e
das escolas.
Esperamos que todos possam aproveitar o máximo possível os próximos dois anos para se formar no
ensino fundamental e dar prosseguimento aos estudos.
Bom trabalho!
Volume 1
Ciências / Ficha individual 1
UNIDADE TEMÁTICA RITMOS DA N ATUREZA
OBSERVANDO O CÉU E FAZENDO REGISTROS

Nessa atividade você irá observar alguns astros e suas posições no céu, durante alguns
momentos do dia e da noite. De dia, você acompanhará o sol e para as observações
noturnas, escolherá uma estrela, um planeta, um conjunto de estrelas (como as “Três Marias”),
ou ainda, a Lua.
Você vai observar e registrar a posição do astro
Você
vai
anotar
as
posições
do
astro
escolhido em diferentes momentos do dia e da
observando-o sempre do mesmo lugar e
noite. O registro dessas observações é muito
sempre em relação à referência escolhida. Por
importante: será usado nas discussões a
exemplo: Se você escolher observar da janela
respeito dos movimentos dos astros.
de seu quarto tomando um poste como
referência, deverá anotar, em cada horário, se
Antes de iniciar suas observações, é preciso
o sol aparece à direita, à esquerda, acima ou
escolher uma referência: uma árvore, um
abaixo do topo do poste.
poste, uma montanha ou outro elemento do
ambiente.
Anote no quadro abaixo suas observações
feitas durante o dia.
O Céu diurno
Dia
Horário
Posição do Sol em relação à referência
Faça agora um desenho representando o “trajeto” do Sol no céu, a partir do que você observou;
não se esqueça de incluir o local de referência escolhido.
Volume 1

Ciências / Ficha individual 1 (verso)
Anote aqui suas observações feitas durante a noite
O Céu noturno
Dia
Horário
Posição d______________ em relação à referência
(astro escolhido)

Faça a representação do “trajeto” do astro noturno, tal qual você observou e não deixe de
registrar o local de referência.
• A partir de suas observações, registradas nos quadros e nos desenhos, o que você pode concluir a
respeito do movimento dos astros observados?
• Em que sentido se dá o movimento dos astros, quando observados da Terra? Responda utilizando
suas observações e seu conhecimento sobre pontos cardeais.
Volume 1
Ciências / Ficha individual 2
UNIDADE TEMÁTICA RITMOS NA NATUREZA
A TERRA EM MOVIMENTO
Desde a Antigüidade, os seres humanos
observaram a existência de fenômenos celestes
que se repetiam regularmente, como o nascer e
o pôr do Sol, o movimento da Lua e o
deslocamento das estrelas em cada noite.
Essas observações do céu, tal como é visto
daqui da Terra, contribuíram para a conclusão
de que todos os astros giram à volta da Terra,
de leste para oeste, em cerca de 24 horas;
pareceu uma conclusão muito lógica supor que
a Terra estivesse parada e os astros girassem à
sua volta.
Tendo observado o Sol, a Lua e as estrelas,
você também deve ter percebido o movimento
dos astros no céu e deve achar que esta
conclusão é perfeitamente possível e nada tem
de absurda. Além disso, também não
"sentimos", nem percebemos que a Terra esteja
se movimentando.
Essa maneira de entender os movimentos dos
astros ficou valendo por cerca de 2.000 anos e
permitiu ao ser humano explicar muitas coisas,
como por exemplo, a repetição dos dias e das
noites.
Contudo, se todos os astros
girassem em volta da Terra
regularmente e com a mesma
velocidade, todos retornariam ao
mesmo tempo às mesmas posições,
e a aparência do céu seria constante
todos os dias. Mas isso não ocorre.
Observações acumuladas durante
séculos, mostraram que alguns
astros, à época considerados
estrelas (e que mais tarde se
revelaram planetas) não tinham
comportamento que era esperado.
Desse modo a ideia da Terra parada
com os astros girando à sua volta,
começou a apresentar problemas,
pois não era capaz de explicar outros
fenômenos também observados no
céu.
Durante muito tempo tentou-se
conciliar aquilo que era observado no
céu com aquilo que se acreditava
que deveria ocorrer; muitas tentativas foram
feitas com esta intenção, mas quase nenhuma
abandonava a ideia da Terra parada.
Somente em meados do século XVI (por volta
do ano de 1543) é que a ideia de uma Terra em
movimento, e não parada, começou a ser mais
aceita. Na verdade, essa ideia não era tão nova
assim, pois trazia de volta uma hipótese muito
antiga, do século III antes de Cristo, que admitia
a Terra em movimento, mas que fora sempre
considerada absurda, já que parecia evidente
aos sentidos que a Terra não se movia.
Segundo esse novo modelo, o movimento dos
astros é explicado de uma forma diferente. Se
admitirmos que a Terra gira de oeste para leste,
completando uma volta em torno de si mesma
em um dia, isto é, a cada 24 horas, o efeito será
o mesmo. Em outras palavras, podemos pensar
que a Terra gira em torno de um eixo
imaginário, levando um dia para dar uma volta
completa. A este movimento denominamos
"movimento de rotação". Observe na figura a
seguir a representação da Terra e de seu eixo
imaginário.
Volume 1
Ciências / Ficha individual 2 (verso)
Se a Terra tem um movimento de rotação de oeste para leste em torno de si mesma, como um pião,
poderemos observar todos os astros (Sol, Lua e estrelas) girando em sentido contrário a este, isto é,
de leste para oeste, que é como vemos daqui da Terra.
O movimento de rotação da Terra também explica a repetição dos dias e das noites como ilustra a
figura a seguir.
De acordo com a figura, podemos perceber que o movimento de rotação da Terra em torno de si
mesma faz com que ela receba a luz solar em uma de suas metades, enquanto na outra não. Assim,
numa das faces da Terra será dia e na outra, noite.
A ideia de uma Terra em movimento conseguiu explicar não só as observações que já eram explicadas
pelo antigo modelo, como por exemplo o movimento aparente dos astros, mas também aquelas que
este modelo não era capaz de resolver na época.
Mais tarde, com a invenção das lunetas e dos telescópios - aparelhos que permitem ver os astros e
estudar melhor seus movimentos - a ideia da Terra girando em torno de si mesma foi comprovada.

Depois de ler e discutir com os colegas e o professor, você irá registrar no caderno as
principais conclusões a que chegaram.
Volume 1
Ciências / Ficha individual 3
UNIDADE TEMÁTICA RITMOS NA NATUREZA
OS SERES VIVOS E SEUS RITMOS DIÁRIOS

•
Você vai coletar e organizar informações sobre alguns hábitos de determinados seres vivos:
Observe, ao entardecer e ao amanhecer,
os pássaros. Em que período são mais
ativos, isto é, fazem mais barulho, cantam e
se movimentam mais?
•
Procure se informar sobre a planta
chamada onze-horas. Por que ela tem esse
nome?
•
Observe as folhas daquela planta
conhecida como trevo ou peça informações
a quem a conheça. Quando as folhas

dessa planta se fecham e quando ficam
abertas?
•
Você já viu
mariposas?
•
Em que período do dia é mais comum
observarmos morcegos em atividade?
•
Em que período é mais comum vermos
corujas em atividade?
•
Em que período você é mais ativo? Durante
o
dia
ou
durante
a
noite?
borboletas
à
noite?
Organize seus dados na tabela abaixo
Seres vivos
Período de maior atividade (ou de abertura de flores e folhas)
Pássaros
Onze-horas
Trevos
Borboletas
Mariposas
Morcegos
Corujas
Seres Humanos
• Olhando o quadro, que conclusões você pode tirar a respeito dos hábitos dos seres vivos?
• Com que freqüência e regularidade esses hábitos se repetem?
• Você vê alguma relação entre a repetição dos dias e das noites e esses hábitos? Qual?
E
Volume 1

Ciências / Ficha individual 3 (verso)
Leia o texto a seguir para obter novas informações. Depois, discuta com seus colegas de grupo
RITMOS DIÁRIOS NOS
SERES VIVOS
Desde os tempos mais antigos, observa-se que
plantas e animais, incluindo os próprios seres
humanos, apresentam atividades que se
repetem com certa regularidade no tempo.
aproximado de 24 horas (como em toda a
espécie humana), embora as fases de sono
e vigília estejam
alteradas, não coincidindo,
respectivamente, com a noite e o dia.
Um exemplo claro dessas manifestações é o
ciclo atividade-repouso (ou vigília-sono)
observado nos animais, inclusive nós, e nas
plantas. Mas há inúmeros outros exemplos,
como a floração das plantas, a abertura e o
fechamento
de
flores,
comportamentos
relacionados com o comer, o beber, a
reprodução, entre outros.
Que relação podemos, então, estabelecer entre
os ritmos biológicos diários e a alternância dos
dias e das noites? À primeira vista, somos
levados a concluir que os ritmos biológicos
diários são “causados” pelo ritmo geofísico dianoite. Mas o exemplo do guarda noturno faz
duvidar dessa conclusão.
Podemos dizer, então, que os seres vivos
possuem atividades que apresentam um ritmo,
ou seja, que se repetem em determinado
intervalo de tempo (período). As atividades que
apresentam períodos coincidentes com o do
ciclo geofísico dia e noite caracterizam os
ritmos diários.
Vamos tomar como exemplo a atividade sonovigília na espécie humana.
Todos os seres humanos apresentam um ciclo
sono-vigília ao longo de 24 horas, e isso se
repete todos os dias. No entanto, existem
variações individuais dessas fases (sono e
vigília) dentro das 24 horas; alguns indivíduos
requerem mais, outros menos horas de sono;
alguns são mais diurnos, outros mais noturnos.
Por razões diversas, nem todos dormem
durante a noite; é ocaso, por exemplo, de um
guarda noturno e de outros profissionais que
trabalham à noite. Seu ciclo sono-vigília
continua ocorrendo ritmicamente, com período

Vamos, então, a um outro exemplo: uma
pessoa permanece por alguns dias numa
caverna, numa profundidade onde não chega
luz. Muitos estudiosos das cavernas já
passaram por isso. Nessa circunstância o ciclo
ambiental dia-noite não pode ser percebido
pelo sujeito, como se deixasse de existir para
ele: na caverna é sempre escuro. No entanto, o
ciclo biológico sono-vigília continua a ocorrer,
só que com um período de aproximadamente
30 horas em média, ao invés das 24 e não
necessariamente coincidente com o ciclo dianoite. Este fato indica que os ritmos biológicos
são constituídos e organizados internamente
aos organismos; são uma característica
hereditária, isto é, passada de pais para filhos
ao longo de gerações. E indica, também,
que os ritmos biológicos, de alguma forma,
se
ajustam
às
alterações
e
ciclos
ambientais. Em outras palavras, há uma
sincronia entre os ritmos biológicos e
geofísicos: os ciclos biológicos se ajustam aos
geofísicos mas não são causados por esses
últimos.
Após a leitura do texto, retome suas respostas anteriores e reelabore-as, se necessário
Volume 1
Ciências / Ficha individual 4
UNIDADE TEMÁTICA RITMOS NA NATUREZA
OS SERES VIVOS E SEUS RITMOS ANUAIS
Você vai fazer um levantamento de algumas frutas, verduras, legumes, cereais e flores que aparecem
em apenas algumas épocas do ano: primavera, verão, outono e inverno.
Para conseguir essas informações, consulte feirantes, donos de quitanda, gerentes de supermercado,
floristas, outras pessoas que trabalham ou trabalharam na agricultura ou, ainda, sites da internet. Você
também pode ler os envelopes de sementes encontrados em supermercados ou lojas especializadas.
Organize essas informações, completando o quadro a seguir.
Vegetais e as estações do ano
Primavera
Verão
Outono
Inverno
Frutas
Verduras
Legumes
Flores
Cereais
Uma vez completado o quadro, organize-se em grupo para discutir as informações coletadas.




Vocês diriam que a floração de algumas plantas possui um ritmo? Com que freqüência a
floração se repete?
É possível considerar a frutificação das plantas como tendo uma periodicidade? Justifiquem
sua resposta.
Vocês identificam essa mesma característica nas verduras, legumes e cereais? Explique.
Que relação vocês estabelecem entre as características acima mencionadas e a alternância
entre as estações do ano?
Volume 1

Ciências / Ficha individual 4 (verso)
Leia o texto a seguir para obter novas informações.
RITMOS
VIVOS
ANUAIS
DOS
SERES
A azálea é uma planta que floresce no inverno.
Podemos dizer que a floração da azálea
apresenta um ritmo, cujo período é de
aproximadamente 365 dias, coincidindo com
aquele de translação da Terra em torno do Sol,
com a alternância das estações do ano. Será
que a alternância das estações do ano é causa
do ritmo anual de floração da azálea?
Vamos examinar outro caso. Em muitas
espécies animais, há um período do ano que
se repete todo ano, em que a atração sexual
ocorre e o acasalamento é viável, o que
garante a perpetuação da espécie. A função
sexual nessas espécies também apresenta um
ritmo coincidente com um ciclo geofísico: o
período de translação da Terra em torno do
Sol, isto é, aproximadamente 365 dias. O ritmo
da função sexual nesses animais é
determinado pelo ambiente? Será o movimento
da Terra em torno do Sol causa dessa
característica?
Assim como tantas outras características, os
ritmos biológicos anuais são hereditários, os
seres vivos já nascem com eles. Tanto é que
se isolarmos a azálea das variáveis ambientais,
ela continuará a apresentar floração com
período anual. As fases de floração e não
floração poderão variar, mas ela sempre
apresentará flores uma vez a cada ano.
Assim como acontece com os ritmos diários, os
anuais se ajustam às alterações ambientais,
aos ciclos ambientais.
Em 1997 ocorreu mais uma vez o fenômeno
climático chamado El Niño, que provocou
muitas alterações: ocorrência de chuvas

intensas em algumas regiões, grande
aquecimento em outras, alteração da umidade
do ar em outras ainda. Talvez você tenha
ouvido falar, ou mesmo tenha reparado, que
muitas plantas tiveram sua época de floração
alterada, florindo antes do esperado.
Isso mostra que essa atividade das plantas (a
floração) sofre influência das mudanças
ambientais. Mas tais plantas só deram flores
uma vez no ano. Isso mostra que a floração
tem ritmo anual, sendo uma característica
dessas plantas.
Atualmente é muito comum vermos verduras,
frutas, legumes e cereais à disposição do
consumidor durante o ano todo. Isso se deve a
intervenções do ser humano que, por meio do
desenvolvimento de algumas técnicas pode
induzir artificialmente o nascimento e
desenvolvimento dessas plantas em diferentes
períodos do ano.
Um exemplo muito corriqueiro da interferência
do ser humano sobre os ritmos naturais de
seres vivos, está na criação de galinhas
poedeiras em granjas. Pôr ovos é uma função
que tem um ritmo diário. As galinhas botam um
ovo a cada 24 horas e sempre durante o dia.
Esse evento coincide com o ritmo geofísico
dia-noite.
Os
criadores
de galinhas
poedeiras mantêm esses animais em salas
com iluminação constante. Dessa forma eles
alteram os ciclos de liberação dos ovos,
aumentando o período que seria considerado
dia. Assim, conseguem obter dois ovos num só
dia, aumentando sua produção. Essa
interferência causa stress
nas galinhas,
porque seu ritmo natural foi alterado, forçado
a acontecer de modo diferente daquele que
lhe era característico. O resultado é a morte
antecipada desses animais.
Agora que você leu o texto, organize-se em grupo com mais dois colegas e discutam o
entendimento que cada um teve, assim como as dúvidas. A seguir, releia as respostas dadas às
perguntas da frente da ficha e refaça o que for necessário.
Volume 1
Ciências / Ficha individual 5
TEIA ALIMENTAR DA FLORESTA

Nessa teia alimentar, o fruto serve de alimento para o pássaro, que serve de alimento para o quati,
que serve de alimento para a onça.

Quem mais se alimenta diretamente do fruto nessa teia?
Volume 1
Ciências / Ficha individual 6
MICRORGANISMOS, QUEM SÃO ELES?
Entre os diversos seres vivos
aumentam muito a imagem
que habitam nosso planeta
do objeto observado.
encontramos
Essas lentes nos revelam
os
microrganismos. São seres
um
muito
composto por uma infinidade
pequenos,
tão
mundo
pequenos que não podemos
de
vê-los a olho nu. Precisamos
diversas,
da ajuda de um aparelho
convivemos
chamado microscópio. Esse
sem percebê-los. Trata-se
aparelho é formado por um
de uma variedade de fungos
conjunto
e
de
lentes
que
seres
interessante,
com
com
formas
os
quais
diariamente,
bactérias.
As bactérias são todas microscópicas; já os fungos podem ser microscópicos ou macroscópicos (que
podemos enxergar a olho nu); ambos estão presente no ar, na água, no solo, ou ainda no corpo de
outros seres vivos.
Como exemplo de fungos macroscópicos, podemos destacar os fungos orelha-de-pau e os cogumelos.
Alguns fungos e bactérias produzem doença quando se alojam no nosso corpo. É o caso das bactérias
que causam a tuberculose, a cólera e a meningite, e dos fungos que produzem a micose e o sapinho.
Volume 1
Ciências / Ficha individual 6 (verso)
Fungos e bactérias, ao se instalarem nos alimentos, provocam a deterioração destes: o azedamento
do leite e do vinho e a putrefação da carne são alguns exemplos. Podemos identificar a presença
esses seres nos alimentos por meio de uma série de sinais, como mudança na coloração, no cheiro,
na textura.
Quando o ser humano descobriu a existência desses microrganismos no alimento e compreendeu as
condições para seu desenvolvimento, pôde criar técnicas para impedir a proliferação dos mesmos,
isto é, técnicas de conservação dos alimentos. Mas o ser humano também pode se beneficiar da
atividade desses seres em alguns alimentos: já se desenvolveram meios para fazer o pão, para obter
coalhada a partir do leite, vinagre do vinho, vinho do suco de uvas, cerveja da cevada etc.
Do conjunto dos microrganismos existentes, destacam-se alguns muito importantes para o ciclo dos
materiais. São fungos e bactérias que vivem no solo e se alimentam de substâncias dos corpos de
seres mortos. Ao se alimentarem, decompõem os corpos, utilizam algumas substâncias para viver e
permitem que outras retornem à atmosfera e ao solo, podendo ser novamente aproveitadas pelos
vegetais e animais. É esse processo de decomposição que comumente chamamos de apodrecimento.
Por permitir o retorno dos materiais ao ambiente físico depois de atravessar toda a teia alimentar,
esses microrganismos desempenham papel essencial no ciclo dos materiais. Por atuarem
decompondo corpos mortos, esses fungos e bactérias são chamados de decompositores.
Volume 1
Ciências / Ficha individual 7
O CICLO DA ÁGUA
Observando um globo terrestre ou um planisfério, podemos notar que a maior parte da superfície
terrestre (cerca de 70%) é coberta pela água. Essa grande quantidade de água encontra-se nos
mares, rios, lagos, geleiras e no subsolo. Ela está presente também no ar e no corpo dos seres vivos.
A água dos subsolos pode aflorar à superfície nas nascentes de lagos e rios. No ar, a água está
misturada com os gases que compõem a atmosfera terrestre.
A água está em contínuo movimento. Em geral, os rios nascem nas partes altas dos continentes e
descem em direção ao mar. Esse movimento é provocado pela força gravitacional, que é a força de
atração da Terra sobre todas as coisas que estão nela e ao seu redor.
Ciências / Ficha individual 7 (verso)
Volume 1
A
água
dos
rios,
lagos
e
mares
é
constantemente aquecida pelos raios solares.
retornando
à
atmosfera.
Assim,
esses
movimentos formam um ciclo.
Juntamente com a ação dos ventos, esse
aquecimento provoca a evaporação de grande
O ciclo da água é provocado pelo Sol, mas
quantidade de água. A água no estado de
depende também dos ventos, já que estes
vapor é menos densa que o ar e, por isso,
realizam parte do trabalho de evaporar a água.
tende a subir. O vapor d' água não é visível e,
São também os ventos que transportam as
portanto, não conseguimos percebê-lo com
nuvens de um lugar para outro, influindo na
facilidade no ar.
periodicidade e quantidade de chuvas que
caem sobre cada região. O ciclo da água se
Ao afastar-se do solo e resfriar-se, a água volta
deve ainda à força de atração que a Terra
ao estado líquido, condensando-se na forma de
exerce sobre os corpos; essa força faz com
gotas muito pequenas. Individualmente, essas
que a água acumulada nas nuvens, em
gotículas não são visíveis devido ao seu
determinadas condições, caia sob a forma de
tamanho e por estarem distanciadas umas das
chuvas.
outras. Entretanto, elas se agrupam e, quando
sua concentração é suficientemente grande,
O movimento cíclico da água representa
formam as nuvens, neblinas e névoas úmidas.
também um trabalho da natureza que pode ser
incorporado ao trabalho humano.
As nuvens podem ser levadas pelos ventos
para longe da região em que começaram a se
O uso da roda d’água é um exemplo simples e
formar. Quando chove, a água das nuvens
antigo de aproveitamento do movimento da
volta novamente à superfície da Terra. Parte
água. Esse movimento, transferido à roda
dessa água cai sobre o solo podendo, então,
d'água, foi inicialmente aproveitado para moer
ser absorvida pelo terreno e posteriormente
trigo, milho e cana. Mais tarde, foi usado
pelas plantas; outra parte cai diretamente nos
também para acionar serras e equipamentos
mares, rios e lagos, sendo também consumida
de indústrias. Modernamente, passou a ser
por seres vivos (animais e vegetais). Uma vez
aproveitado para a geração de eletricidade, nas
no solo, nos mares, lagos e rios e no corpo dos
usinas hidrelétricas.
seres vivos, a água irá evaporar de novo,
Volume 1
SOL: FÁBRICA DE ENERGIA
Ciências / Ficha individual 8
Volume 1
Ciências / Ficha individual 8 (verso)
Muitas vezes, quando olhamos para o céu numa noite sem nuvens, temos a impressão de que as
estrelas sempre estiveram ali. No entanto, todos esses astros que brilham em nosso firmamento
tiveram, em algum momento da história do universo, seu nascimento. Acredita-se que o Sol, por
exemplo, tenha se formado, isto é, nascido há cerca de 5 bilhões de anos. Seu nascimento foi
semelhante ao de todas as outras estrelas.
A matéria prima a partir da qual toda estrela surge nada mais é do que um grande aglomerado de
poeira e gases, principalmente hidrogênio e hélio, gases presentes também em nossa atmosfera.
Como em certas regiões do universo há grandes aglomerados desse tipo - a que denominamos
nuvens interestelares - ainda hoje muitas estrelas devem estar se formando.
Sob certas condições, essas nuvens de gás e poeira passam a ter temperaturas muito elevadas
permitindo o início de um tipo de reação muito especial denominada reação nuclear.
Nessas reações, que ocorrem atualmente no Sol e em todas as estrelas, o hidrogênio transforma-se
em hélio, liberando enorme quantidade de energia, que jamais poderá ser produzida aqui na Terra,
nem mesmo em uma guerra nuclear. É a energia produzida nessas reações que dá às estrelas o brilho
intenso que pode ser visto aqui da Terra, mesmo quando elas se encontram a enormes distâncias de
nós.
Para se ter uma ideia do que representa a energia produzida pelo Sol a cada segundo, basta dizer
que, para produzir um milionésimo dessa energia, seriam necessárias todas as reservas de carvão,
petróleo e gás natural armazenadas na Terra. Sem dúvida ninguém foi ao Sol para saber o que
acontece lá. Porém, os cálculos e as experiências realizadas aqui em nosso planeta indicam que a
energia que chega até nós tem origem nas reações nucleares.
Volume 1
Ciências / Ficha individual 9
UMA RELAÇÃO TÃO DELICADA
Nos ambientes em equilíbrio, as diferentes
populações de seres vivos controlam umas às
outras, de modo que o crescimento de cada
uma dessas populações se mantém constante.
Encontramos um exemplo de tal controle nas
relações alimentares. Quando diferentes
animais de uma população ou de populações
distintas que cohabitam determinado ambiente
competem pelo mesmo alimento, alguns serão
bem sucedidos, outros não. Chegar primeiro ao
alimento depende da capacidade de explorar o
meio, dada pelo conjunto de características de
cada ser vivo. Aqueles que não conseguem se
alimentar morrem; os demais permanecem
vivos, podendo se reproduzir e deixar
descendentes.
Os seres vivos também competem por espaço,
de modo que as populações exercem um
controle sobre o crescimento umas das outras,
o que permite a manutenção daquele meio.
No entanto, quando ocorrem grandes
alterações ambientais em curto intervalo de
tempo - como a retirada de grandes
quantidades de mata, o extermínio de uma
espécie pela caça depredatória, o lançamento
das águas servidas em rios e mares de uma
cidade, a utilização de agrotóxicos na
agricultura – muitas populações de seres vivos
morrem ou migram para outras regiões. No
caso das migrações, desequilibram-se tanto o
ambiente nativo, de onde os seres saíram,
como o ambiente que os recebe.
É notável a presença de uma variedade de
pássaros, atualmente, nos centros urbanos.
Esse fato é um indicador de que os ambientes
aos quais essas aves pertenciam estão em
desequilíbrio, não há alimento suficiente para
as diferentes populações. Isso vale para
quaisquer ambientes cujo equilíbrio tenha sido
sensivelmente alterado, seja uma floresta, um
campo cerrado, um rio ou uma cidade.
Assim, muitas intervenções humanas, como as
que mencionamos, alteram o meio de forma
depredatória e podem auxiliar na disseminação
de doenças. Temos assistido o ressurgimento
de uma série de doenças, como a dengue e a
cólera; o aumento de tantas outras, como a
malária e o sarampo; e ainda o surgimento de
outras, como o ébola e a aids.
Vamos nos fixar em uma das doenças acima
citadas, a malária, para exemplificar a relação
entre a intervenção humana depredatória e a
disseminação de doenças.
A malária é causada por um ser microscópico,
o Plasmodium sp. Ele vive dentro do corpo de
um mosquito hematófago (que se alimenta de
sangue) chamado Anopheles, conhecido
popularmente como mosquito-prego. Quando
esse mosquito pica o homem, transmite a ele
os plasmodiuns, que entram na circulação e
destroem células vermelhas do sangue,
causando anemia e episódios de febre muito
alta.
Volume 1
O Anopheles se reproduz em águas quentes,
sombreadas e quase paradas. Os alagados
que se formam pelo transbordamento de rios
após chuvas prolongadas são excelentes
criadouros de Anopheles. Frestas de casas de
barro ou palha também se constituem em
ótimos locais para o mosquito se instalar.
Embora a malária seja uma doença que ocorre
em várias partes do Brasil (regiões litorâneas e
interioranas), seu crescimento é mais intenso
nas regiões amazônica e centro-oeste.
A partir da década de 70, essas regiões
sofreram
o
surto
desenvolvimentista:
construíram-se
rodovias
e
hidrelétricas,
implantaram-se projetos de mineração e
agropecuária, o que atraiu muitas pessoas para
as novas frentes de trabalho. As pessoas que
migraram para essas áreas passaram a viver
em
condições
precárias
de
moradia,
alimentação e assistência médica.
Ciências / Ficha individual 9 (verso)
As mudanças ambientais que essas áreas
sofreram foram amplas e ocorreram em curto
intervalo de tempo, desrespeitando os ritmos
da natureza. Retiraram-se grandes quantidades
de matas, alterou-se o curso de rios, introduziuse o uso de substâncias tóxicas ao ambiente
(como o mercúrio utilizado no garimpo do
ouro), eliminaram-se grandes quantidades de
animais e vegetais, enfim alteraram-se os
ciclos naturais a ponto de rompê-los. Além
disso, as vilas que surgiram, compondo um
novo ambiente, não apresentavam condições
sanitárias: as casas permitiam a instalação do
mosquito
transmissor
da
malária,
o
saneamento básico era precário; o novo
ambiente já se formou em condições de
degradação. Estavam dadas as condições para
a disseminação de uma série de doenças,
entre
elas
a
malária.
Volume 1
Ciências / Ficha individual 10
Atividade complementar
TEIA ALIMENTAR MARINHA
Adaptada de Solomon, Eldra P. , et alii. Biology. Philadelphia: Saunders College Publishing. 1985. p. 207
Nessa figura está representada parte de uma teia alimentar marinha. Nessa teia alimentar,
zooplâncton, sardinha e baleia se alimentam de fitoplâncton. Arenque se alimenta de zooplâncton e
serve de alimento ao golfinho e ao atum. Tubarão se alimenta de atum e sardinha.
▪ Utilizando setas, una os diversos seres pelas relações alimentares que apresentam.
▪ O ser humano também pode fazer parte dessa teia? Aonde você o colocaria?
Volume 1
Ciências / Ficha individual 10 (verso)
Atividade complementar
TEIA ALIMENTAR EM UMA PLANTAÇÃO
Como você já sabe, em uma teia alimentar as setas representam as relações alimentares entre os
seres componentes dessa teia. Observe atentamente o sentido das setas e descreva, em seu caderno,
as relações alimentares representadas.
Volume 1
Ciências / Ficha para grupos A
UNIDADE TEMÁTICA RITMOS NA NATUREZA
O DIA E A NOITE

Nessa atividade você vai trabalhar em grupo, fazendo uma simulação que lhe permitirá
compreender melhor o ritmo dia-noite.
O grupo vai precisar de:
•
•
•
uma bola de isopor com cerca de 20 cm de
diâmetro (de preferência pintada com
manchas correspondentes aos continentes,
para representar a Terra), atravessada por
uma agulha de tricô ou palito de churrasco
(que representará o eixo da Terra)
uma lanterna, cuja luz irá simular a luz do
Sol
cartolina, lápis colorido, cola.
Como fazer:
Recorte na cartolina dois bonecos pequenos
(cerca de 5 cm de altura) com os “pés”
dobrados; pinte os bonecos de modo a
diferenciar frente e costa e faça uma marca que
identifique a mão direita.
Sobre a bola de isopor, trace a linha imaginária
do equador. Em seguida, cole os pés de um
dos bonecos na região do equador
correspondente ao Brasil, de forma que ele
fique em pé de frente para a América do Norte.
Cole o outro boneco também em pé, na mesma
posição, mas em local diametralmente oposto
ao do primeiro (ele irá ficar próximo à Austrália
e voltado para a Índia aproximadamente).
Pronta essa montagem, um de vocês deverá
segurar a lanterna acesa a cerca de 1 metro de
distância da bola de isopor. Um outro colega
deverá segurar a bola de isopor pelo eixo,
frente à luz da lanterna, de forma que o boneco
que está no Brasil receba diretamente a luz,
simulando meio dia.
Nesse momento, é dia ou noite para o boneco
que está no lado oposto ao primeiro?
Volume 1
Ciências / Ficha para grupos A (verso)
Gire a bola lentamente e observe a alternância do dia e da noite para os dois bonecos, como
consequência do movimento da Terra em torno de seu eixo. Registre suas conclusões no caderno.

Em atividade anterior, a classe fez uma série de observações do movimento aparente do Sol,
concluindo que, visto da Terra, ele se move de leste para oeste, o que explicaria a sucessão dos
dias e das noites. Vocês também aprenderam que a alternância dos dias e das noites pode ser
explicada considerando-se que a Terra gira em torno de seu eixo de oeste para leste.
Converse com seus colegas de grupo e responda as perguntas abaixo, anotando as respostas
no caderno.
•
Considerando o boneco que se encontra no Brasil, tente concluir em que sentido a bola deve
ser girada para que o Sol se ponha a oeste para ele (anoitecendo), conforme as
observações que vocês fizeram na atividade anterior.
•
De acordo com o sentido de giro que vocês escolheram, de que lado nasce o Sol para
esse boneco?
•
Quando o Sol está nascendo para o boneco que está no Brasil, o que vê o outro? O início do
dia ou o início da noite?
Agora, confira o sentido de rotação escolhido, observando a segunda figura da Ficha 2.
Finalmente, sintetize suas conclusões escrevendo um pequeno texto em que se apresente a relação
entre o movimento de rotação da Terra em torno seu eixo à sucessão dos dias e das noites.
Volume 1
Ciências / Ficha para grupos B
UNIDADE TEMÁTICA RITMOS NA NATUREZA
O PASSEIO DA TERRA EM TORNO DO SOL

Nesta atividade você e seus colegas de grupo irão utilizar a mesma montagem da atividade feita
com a Ficha A, desta vez para simular o movimento que a Terra realiza em torno do Sol, no período
de uma ano. Essa simulação fornecerá elementos para que compreendam a ocorrência das
estações do ano.
Na atividade anterior, quando vocês giraram a
Terra em torno de seu eixo, provavelmente
devem ter mantido esse eixo na vertical. No
entanto, sabe-se que o eixo da Terra fica um
pouco inclinado, sempre numa mesma direção.
Assim, nesta atividade, deverão ter o cuidado de
respeitar esse fato.
O grupo vai precisar de:
• a mesma bola de isopor da atividade
anterior, representando a Terra
• os dois bonecos construídos na
atividade anterior
• uma sala escurecida
• uma lâmpada de 25 Watts, com
soquete e fios de ligação, que irá
simular o Sol, apoiada sobre uma
mesa.
Como fazer:
Cole os pés de um boneco no hemisfério
norte e os do outro no hemisfério sul da Terra,
ambos de frente para o pólo norte. Um de
vocês deve segurar a Terra na mão, de modo
que seu eixo fique ligeiramente inclinado para a
direita. Andando em torno da lâmpada, dê uma
volta completa da direita para a esquerda, que
é o sentido do movimento de translação,
mantendo a inclinação do eixo sempre na
mesma direção. Em caso de dúvida, peça
orientação ao professor.
Claro que a Terra sempre está girando em
torno de si mesma, mas agora o que queremos
investigar é o movimento que ela realiza em
torno do Sol e sua relação com as estações do
ano. Portanto, não é necessário fazê-la girar
em torno do eixo, nesse momento.
O movimento feito pela bola (que você estava
segurando) em torno da lâmpada representa o
movimento que a Terra realiza em torno do
Sol, cujo período aproximado é de 365 dias (um
ano).
À medida que seu colega se desloca
lentamente em torno da lâmpada, os demais
componentes do grupo devem observar,
cuidadosamente, de que forma a luz ilumina a
face da Terra voltada para a lâmpada (Sol): se
a luz se distribui homogeneamente por toda a
superfície ou se é mais intensa em alguns
lugares que em outros.
Essa observação deve ser feita com particular
atenção para quatro posições opostas do
percurso, como ilustra a figura no verso.
• Em que posição da Terra (em
relação à lâmpada) o hemisfério sul da
Terra recebe mais luz? Nesse caso, como
é a iluminação do hemisfério norte? E das
regiões próximas ao equador?
Se achar necessário, faça um desenho para
registrar essas observações.
• Se a Terra tivesse os mesmos
movimentos de translação e rotação, mas
seu eixo não fosse inclinado, você poderia
observar os mesmos efeitos de iluminação
nas diversas regiões do planeta? Usando o
modelo, experimente.
• Se a Terra mantivesse tanto seu
movimento de rotação quanto seu eixo
inclinado,
mas
não
executasse
o
movimento de translação em torno do Sol,
os efeitos de iluminação sobre a superfície
da Terra seriam diferentes do que são?
Experimente, se tiver dúvidas.
Com base nas observações feitas procure
explicar a relação entre o movimento de
translação da Terra, a inclinação de seu eixo e
a maneira como a Terra é iluminada pelo Sol,
ao longo do ano.
•
Qual a relação entre o movimento de
translação da Terra e as estações do ano?
Discuta suas observações com seu grupo e
registre as conclusões no caderno. Elas serão
utilizadas para uma discussão com a classe.
Volume 1

Ciências / Ficha para grupos B (verso)
Leia o texto abaixo para aprender um pouco mais.
ESTAÇÕES DIFERENTES NO EQUADOR E NOS PÓLOS
A inclinação do eixo terrestre e o movimento de translação determinam desigual distribuição de luz e
calor na Terra conforme a época do ano, acarretando duração diferente dos dias e das noites e as
diversas estações do ano.
Algumas regiões não têm as quatro estações definidas. Em partes dos trópicos próximas ao
equador, as temperaturas mudam pouco; no entanto, a quantidade de chuva varia muito, de modo que
essas regiões têm, em geral, uma estação chuvosa e uma estação seca bem marcadas.
As regiões polares, que são as menos atingidas pelos raios solares, têm uma estação clara e uma
estação escura. Nessas regiões o Sol é visível quase todo o tempo no verão e quase nunca no
inverno. O Sol nunca aparece bem alto; e, quando desaparece, fica pouco abaixo do horizonte,
portanto o céu não fica completamente escuro; assim, nos pólos, durante seis meses permanece
certa claridade. É como se tivesse um dia de seis meses e uma noite de seis meses. Quando é dia
em um pólo, é noite no outro (na figura acima, posições A e C).
Volume 1
Ciências / Ficha para grupos C
RECEITA DE PÃO
INGREDIENTES:
Mistura 1
Mistura 2
1 xícara (de chá) de leite morno
3 claras em neve
2 tabletes de fermento biológico (por exemplo,
3 colheres (de sopa) de açúcar
fermento Fleischman)
1 pitada de sal (a gosto)
1 colher (de sopa) de açúcar
2 gemas
Trigo até formar um mingau
1 xícara (de chá) de leite morno
Misture e deixe crescer por mais ou menos
2
colheres
duas horas
Modo de fazer
Junte as duas massas.
Acrescente farinha de trigo até dar ponto para enrolar.
Deixe crescer. Faça uma bolinha com um pedaço da massa e
coloque-a em um copo com água. Quando a bolinha subir à
superfície do copo, a massa estará pronta para enrolar os
pãezinhos.
Enrole os pãezinhos, faça nova bolinha com a massa e
coloque-a novamente em um copo com água. Quando esta
última bolinha subir, leve os pãezinhos ao fomo para assar.
Ficam
prontos
em
mais
ou
menos
meia
hora.
(de
sopa)
de
margarina
Volume 1
Ciências / Ficha para grupos D
EXISTE ÁGUA NO AR?
Por meio desta experiência você vai poder retirar água do ar.
Para tanto, vai precisar de dois potes de vidro transparentes com tampa, água à temperatura
ambiente, gelo e papel toalha.
Encha um pote de vidro, de mais ou menos um litro de capacidade, com água e gelo. Coloque uma
tampa, deixando o pote de vidro bem fechado. Enxugue bem a parede externa do pote e ponha-o
sobre um pedaço de papel-toalha. Marque, de alguma forma, o nível atingido pela mistura gelo + água.
Ao lado desse pote de vidro coloque um outro também tampado, com água a temperatura ambiente e
sobre outro pedaço de papel-toalha. Veja a figura.
Volume 1

Ciências / Ficha para grupos D (verso)
Depois de montar esse arranjo, fique observando durante algum tempo o que acontece nas
paredes externas dos dois potes.
Faça anotações das suas observações em seu caderno e, junto com os colegas do grupo, tente
explicar os resultados.

Por que você precisou marcar o nível da água?
Volume 1
Ciências / Ficha para grupos E
O CICLO DO AR
Ventos são ar em movimento. As grandes porções de ar que estão sobre as diferentes partes da
superfície terrestre sofrem aquecimentos diferentes. Se uma porção de ar se aquece mais que as
porções vizinhas, ela se expande, fica menos densa e tende a subir, afastando-se do solo. Esse
movimento vertical da porção de ar quente é acompanhado de um movimento na horizontal das
porções de ar vizinhas, para o lugar da porção que subiu.
As porções de ar quente sobem, esfriam-se e misturam-se com as porções de ar situadas nas
camadas mais altas da atmosfera. Podem ser arrastadas para lugares distantes e se dispersar. A
mesma dispersão acontece com as porções de ar que se movimentam lateralmente.
Os ventos são um exemplo simples do trabalho realizado pela natureza.
Mas, o que, na natureza, fornece a energia necessária para esse trabalho?
Curiosamente, é o Sol o responsável por esse trabalho. Dessa estrela provém a luz que ilumina e
aquece nosso planeta.
Esse aquecimento não é uniforme, isto é, a Terra não é aquecida igualmente em toda sua extensão.
As quantidades de luz e calor que atingem a superfície de nosso planeta são diferentes, de acordo
com a hora do dia e com a época do ano. Os ventos se formam justamente quando algumas regiões
da superfície da Terra estão mais quentes do que outras.
(Adaptado de Menezes, Trabalho humano e uso de energia, São Paulo. IFUSP, 1986.)
Volume 1
Ciências / Ficha para grupos E (verso)
APROVEITAMENTO DA ENERGIA SOLAR PELA TERRA
Volume 1
Ciências / Ficha para grupos F
CONSTELAÇÕES
Se você olhar para o céu no começo de uma noite de verão sem nuvens, irá notar que, lentamente,
aparecem as estrelas. Entre elas, você provavelmente reconhecerá três de brilho razoavelmente
intenso, alinhadas e próximas entre si: são as conhecidas Três Marias. Procure observá-las em
diferentes horas da noite e também em outras noites. Você perceberá que elas sempre aparecem
juntas no céu. E não só elas. Olhando para as demais estrelas, mesmo durante meses e anos
seguidos, percebemos que elas mantêm suas posições, formando agrupamentos permanentes: são
as constelações.
Se verificarmos bem, as Três Marias ficam dentro de um quadrilátero formado por quatro outras
estrelas, que são a parte principal de uma das mais belas constelações do céu: Órion, o gigante
caçador.
Segundo a lenda, Órion era um gigante apaixonado pela caça e amante da Astronomia. Admirado por
sua beleza e seu tamanho, ele era tão grande que, ao penetrar no oceano, sua cabeça ainda ficava à
vista. Órion estava exterminando os animais existentes na Terra e, por isso, Diana, a deusa da caça,
mandou que um escorpião o matasse. Este o fez, picando-o no calcanhar. Essa é uma das muitas
versões da lenda do gigante Órion, que podemos encontrar na mitologia greco-romana.
Volume 1
Ciências / Ficha para grupos F (verso)
Por volta do século V antes de Cristo, os gregos imaginavam que as Três Marias representavam o
cinturão das vestes desse gigante, cujos ombros eram representados pelas estrelas Betelgeuse e
Bellatrix. O quadrilátero de estrelas formava seu corpo, com Rigel e Saiph simbolizando seus joelhos.
E, assim como visualizaram Órion, os gregos (e outros povos) também "viram” muitas outras figuras no
firmamento, unindo as estrelas com linhas imaginárias. O próprio escorpião que matou o gigante bem
como seus dois cães (Cão Maior e Cão Menor) formam outras constelações que podem ser
identificadas no céu.
Nas primeiras horas das noites de verão também podem ser observadas Carneiro (Áries) e Touro
(Taurus), duas constelações do Zodíaco. O Zodíaco é um conjunto de constelações que formam uma
região do céu onde sempre encontraremos um planeta. Isto é, os planetas só podem ser observados
passando pelas doze constelações - Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião,
Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixe - que compõem o Zodíaco.
Dependendo da estação do ano, podemos ver a olho nu, no início da noite, diferentes constelações.
Por exemplo, o inverno no hemisfério Sul é a melhor época para observar o céu, visto que a maioria
das noites se apresenta com céu límpido.
Destacam-se, nesta estação, as constelações do Escorpião, do Sagitário, do Centauro e do Cruzeiro
do Sul, visíveis no início da noite.
Cada povo, de acordo com sua vida e lenda, imagina diferentes constelações no céu. Da mesma
maneira que os antigos gregos possuíam lendas sobre as estrelas e as constelações, também os
indígenas brasileiros e de outras regiões as possuem. Dentre elas encontra-se aquela contada pelo
índio Maiuluai, da tribo dos Taulipangues (etnia que vive na Venezuela e no norte do estado de
Roraima-Brasil, na área fronteiriça entre Brasil, Venezuela e Guiana). Segundo ele, algumas
constelações, incluindo Órion, formam a figura de um perneta chamado Jilicavai, que subiu ao céu
após ter uma perna decepada por sua esposa adúltera.
(Adaptado de Faria, Astronomia a olho nu, São Paulo, Brasiliense, 1986)

Com o mapa celeste nas mãos, procure reconhecer o grande número de estrelas ali representado.
Muitas estão ligadas por linhas imaginárias, formando constelações.

Localize as constelações do Zodíaco e observe que delimitam uma região no céu.

Procure Órion e identifique as estrelas que a compõem. Desenhe em seu caderno essa

constelação e as que estão próximas.

Localize, agora, as demais constelações citadas no texto.

Represente num desenho as constelações visíveis numa noite de inverno no hemisfério Sul, para

depois localizar as constelações no céu.
Volume 1
Ciências / Ficha para grupos G
SUPERNOVA DE SHELTON: MORRE UMA ESTRELA ISAAC
ASIMOV, O ESTADO DE SÃO PAULO, SET.1987.
Nem tudo no universo pode ser visto. Por isso os astrônomos dão boas-vindas a qualquer coisa que
torne visível o invisível. Este ano, uma supernova, distante 150 mil anos-luz, iluminou todo o espaço
existente entre ela e nossos instrumentos. (...) A luz estelar é refletida e espalhada através da poeira
que circunda as estrelas. (...)
Existem nuvens de poeira no espaço que não estão próximas de estrelas, sendo, portanto, frias e
escuras. (...) Essas nuvens escuras de pó e gás são de grande interesse para os astrônomos, já que
são a matéria-prima da qual as novas estrelas nascem. Ocasionalmente, essas nuvens se condensam
e ficam mais quentes, até que se incendeiam em fogo nuclear e se tornam jovens estrelas. Há cerca
de cinco bilhões de anos uma nuvem condensada desse tipo formou nosso próprio sistema solar. (...)
À medida que a luz da supernova passou através de outras nuvens, parte dela foi absorvida e, a partir
da natureza dessa absorção, os astrônomos puderam deduzir muitas coisas (...), entre elas, que a Via
Láctea é um lugar cheio de poeira, e que as nuvens são compostas de gás e de poeira.
A luz da supernova da Nuvem de Magalhães, que explodiu em fevereiro, viajou por um total de 40
nuvens, que até então eram invisíveis para nós. As informações trazidas por ela são agora um mistério
a ser explicado pelos astrônomos, ajudando-nos a especular sobre a forma como a vida deve ter
surgido na Terra.
(Extraído de artigo publicado em O estado de São Paulo, em 6 set.1987)
Volume 1

Ciências / Ficha para grupos G (verso)
O texto que você acabou de ler fala sobre a morte de uma estrela.

Como você pensava que as estrelas se formavam, do que eram feitas e por que
brilhavam? Compare suas ideias com as de seus colegas.

Faça um desenho, em cores, representando a vida de uma estrela, do nascimento até a morte,
com base no que aprendeu, destacando o que mais tiver chamado sua atenção.

Você tem ainda outras curiosidades sobre as estrelas? Se tiver interesse, procure numa
biblioteca, em revistas, jornais, ou sites da internet mais informações sobre o assunto. Aqui vão
duas sugestões: www.ceuaustral.astrodatabase.net e http://telescópios.sites.uol.com.br.
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