Reabilitação do Emílio Ribas constrói ‘cadeira’ de baixo custo para fisioterapia ‘Cadeira’ serve para escorar as costas e braços dos pacientes acamados para a prática da fisioterapia A equipe de Reabilitação do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde, implantou um projeto piloto para a utilização de uma “cadeira” de baixo custo, produzida pelo próprio hospital com canos de PVC, para a realização de fisioterapia nos pacientes internados que não conseguem se sentar. A cadeira, que serve de apoio para poder sentar os pacientes (incluindo os que estão inconscientes), foi feita artesanalmente pelo fisioterapeuta Luís Antônio Nunes da equipe de Reabilitação. Ele contou que teve a ideia a partir da dificuldade dos profissionais para darem o apoio ao paciente para que os pacientes pudessem se sentar no leito e realizar as atividades de fisioterapia. A “cadeira” funciona como uma espécie de suporte para a coluna e aos braços do paciente. “A ideia é que a ‘cadeira’ seja uma coadjuvante para fazer a reabilitação. Só quem fica muito tempo deitado sabe o quanto é bom poder, pelo menos, se sentar”, afirma o fisioterapeuta. Segundo Nunes, quando o paciente permanece muito tempo deitado, a postura horizontal traz diversos malefícios como danos ao trânsito intestinal, à função de evacuação, ao sistema circulatório e à função respiratória, além das implicações psicológicas. Em média, um paciente fica internado no Emílio Ribas por 17 dias. Cerca de 30% dos pacientes internados, nas enfermarias e na UTI têm sido beneficiados pelas atividades de reabilitação com o uso da “cadeira”. As atividades de fisioterapia duram em média duas horas e incluem, por exemplo, exercícios para fortalecer os braços e bicicleta. O primeiro protótipo da “cadeira” foi feito oito anos trás com madeira, espuma e corino, mas o peso significativo, de 15kg a 20 kg, tornava o manejo muito difícil para as equipes de fisioterapia. O protótipo atual, feito com canos de PVC pesa apenas três quilos e pode ser transportado e utilizado de forma mais prática. Para produzir a “cadeira”, o fisioterapeuta investiu cerca de 40 minutos. O custo com o material foi de R$ 70. Segundo a equipe, existem cadeiras semelhantes disponíveis no mercado, normalmente acopladas aos leitos e que custam em torno de R$ 10 mil a R$ 20 mil. O projeto-piloto foi aprovado pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e a cadeira é devidamente higienizada com álcool a 70%. A peça fez tanto sucesso junto à equipe de Reabilitação, que um segundo protótipo da “cadeira” acaba de ser produzido e disponibilizado pelo fisioterapeuta.