TEOLOGIA SISTEMÁTICA III UNIDADES: I – NATUREZA, MISSÃO E MINISTÉRIO DA IGREJA CRISTà II- BASES ÉTICAS DA FÉ CRISTà III- FUNDAMENTOS TEOLÓGICOS DA ESCATOLOGIA UNIDADE I I – NATUREZA, MISSÃO E MINISTÉRIO DA IGREJA CRISTà a) Desenvolvimento histórico da Eclesiologia b) Figuras Neotestamentárias da Igreja c) Missão Global – Ministério para com Deus interno e externo. d) Reino de Deus e Igreja. e) Termos teológicos contextuais: Cultura e Igreja, Teologia da Prosperidade e Seitas. Seguiremos, inicialmente, a linha de pensamento de Dewey M. Mulholland em seu livro “Teologia da Igreja”, com inclusões e adaptações que achamos necessárias. a) NATUREZA, MISSÃO E MINISTÉRIO DA IGREJA CRISTà Eclesiologia se ocupa do desenvolvimento histórico das doutrinas da igreja, sua missão, práxis e perspectivas futuras. O termo EKKESIA (Gr.) Indicava a assembleia dos cidadãos chamados por um arauto. A palavra é composta de “EK” = para fora e “KALEO”= chamar, convocar. Assim como Deus chamou seu antigo povo para fora do Egito e o conduziu à Terra Prometida, Ele chama pessoas para “fora do mundo”, para se tornarem cidadãos do Reino de Deus. No Antigo Testamento, a palavra hebraica mais próxima para Ekklésia é “QAHAL”; uma convocação do povo de Israel para uma assembleia com fins diversos, inclusive adoração no templo. Textos que revelam o valor da igreja perante Deus: “[ DEUS] sujeitou todas as coisas a seus pés, [ JESUS] e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” (Efésios 1:22-23) “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor,” (Efésios 3:10-11) “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.” (Ef. 5:25-27) “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;” (Mt. 16:18) “No mundo antigo, as grandes cidades eram cercadas por muros altos. Eram cidades fortificadas, construídas para resistir ataques de forças inimigas. Os portões da cidade frequentemente eram grandes e pesados, construídos para resistir aos ataques dos aríetes. Neste sentido, os portões eram estruturas defensivas. Afirmar, então, que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja significa que a igreja é chamada para ser uma força ofensiva, que invade o mundo com o poder do evangelho, que não pode ser resistido pelas fortalezas do inferno.” (SPROUL, R.C. A Mão Invisível. Bom Pastor. SP. 2001 p. 179-180) Por que a Igreja parece ser irrelevante na sociedade atual? O pastor Paschoal Piragine conta a respeito de um professor de sociologia que pediu a seus alunos que marcassem no mapa as entidades de maior relevância para a sociedade. Os alunos apontaram hospitais, creches, escolas, postos de saúde, delegacias de polícia, quartéis de bombeiros e clubes sócias. Ninguém assinalou igrejas! (PIRAGINE, Paschoal Jr. Crescimento Integral da Igreja. Ed. Vida. SP. 2006 p. 66) A igreja deve ser a sociedade alternativa às pessoas que buscam coerência, paz, amor, confiança, honestidade, justiça, relacionamentos sadios, etc. Por que estas bandeiras não estão se destacando na confusão social reinante? John Stott afirma que “na medida em que uma igreja se conforma com o mundo, e as duas comunidades pareçam ser meramente duas versões da mesma coisa, essa igreja estará contradizendo a sua verdadeira identidade.“ (STOTT, Efésios p.2) Poderíamos ocupar um tempo razoável expondo escândalos dentro das igrejas, líderes adúlteros e amantes do dinheiro, incompetência eclesiástica, falta de dedicação, divisões, orgulho, etc. Não é difícil criticar as muitas denominações que estão aí. Difícil é ser um intercessor com visão de REINO. Difícil é encontrar crentes com o coração semelhante ao de Neemias. Quando Hanani chegou à cidadela de Susã, Neemias perguntou pelos patrícios que haviam ficado em Jerusalém. Hanani respondeu: - Os que não foram levados para o exílio estão vivendo miseravelmente e abandonados! Neemias, impactado pela notícia, se assentou, chorou, lamentou por alguns dias, jejuou, orou. (Ne.1:1-4) Depois, pediu ao rei permissão para ir a Judá e reedificar a cidade. (Ne.2:1-5) Sabemos que há muita palha eclesiológica, muitos mercadores da fé e da credulidade alheia, mas também há os milhares que não dobraram os seus joelhos a Mamon ou a Baal e com estes, o Espírito Santo está fazendo uma grande obra. As crises sempre se fizeram presentes na igreja desde o primeiro século. Ex.: Murmuração dos helenistas contra os hebreus no tocante ao atendimento social das viúvas. (At. 6:1-5) Desta crise nasceu o diaconato. Perseguição e dispersão da Igreja. (At.8:1) Grande controvérsia a respeito dos costumes judaicos, se deveriam ou não serem observados pelos gentios conversos. (At. 15:1-35) Desta crise resultou um concílio e certas deliberações. Desavença entre Paulo e Barnabé. Barnabé queria levar o desertor João, chamado também de Marcos. Paulo não concordou. Separaram-se. (At. 15:3641) As crises de diversas etiologias prosseguiram na história da igreja, algumas como controvérsias doutrinárias, outras por escândalos e luta por poder. No Apocalipse, capítulos 2 e 3, Deus chama as igrejas da Ásia Menor ao arrependimento e prestação de contas. Isso mostra que o Supremo Pastor administra a Igreja. Ele move candeeiros quando necessário. (Ap. 2:5) No primeiro século, os seguidores de Cristo possuíam um zelo insaciável e uma paixão ardente para persuadir os homens a Cristo. Em atos 17:6 lemos: “Estes que têm alvoroçado o mundo, chegaram aqui...” No segundo século, o cristianismo ficou emaranhado em controvérsias teológicas, ficaram discutindo pontos de doutrina. Nascia a PATRÍSTICA e a APOLOGÉTICA. No 3º e 4º séculos o desvio e a acomodação estavam completos e alguns expoentes se isolaram nos desertos. Época do ascetismo e monasticismo. Após isso, seguiu-se MIL ANOS de penumbra e confusão espiritual até à REFORMA PROTESTANTE. Mas a Reforma não foi uma volta à prática de conquistar almas. Lutero nada disse a respeito de evangelismo ou missões. O evangelismo de massas reapareceu com John Wesley (1703-1791) na Inglaterra. Outros evangelistas se juntaram a esse mister como George Whitefield, Charles Finney, D.L. Moody. Em 1800 WILLIAM CAREY resgatou o sentido evangelístico missionário. Os ensinamentos sobre o ESPÍRITO SANTO só foram redescobertos no início do século XX. Isto trouxe transcendência à Igreja. Algumas igrejas rejeitam as ações sobrenaturais e a atualidade dos “dons do Espírito Santo”. “Igrejas estão mudando o foco da transcendência. Em vez de julgamento profético e oferta de salvação, proclamam um evangelho secular presente.” Gene Edward Veith Jr. Apesar de toda a aparente fraqueza da Igreja, o Espírito Santo vem realizando grandiosa obra através dos séculos. Poderíamos listar os grandes homens de Deus levantados e os Avivamentos que se irromperam na história. Apenas no século XX Deus levantou guerreiros como: BILLY GRAHAN, DAVID MARTYN LlOYDE-JONES, JOHN STOTT, JIM ELLIOT, WATCHMAN NEE, AIDEN W. TOZER, AIMEE S. McPHERSON, KATHRYN KUHLMAN, ORAL ROBERTS, T.L. OSBORN, KENNETH HAGIN, WANG MING TAU (um dos evangelistas mais populares da China) MANOEL DE MELLO, DAVID MIRANDA, ETC. Neste presente século Deus tem separado os seus valentes! Alguns estão em treinamento enquanto outros milhares estão no campo de batalha, homens e mulheres tais como: REINHAR BONNKE resgatando milhões na África, PAUL WASHER, MIKE MURDOCK, MORRIS CERULLO, MYLES MUNROE, KENNETH COPELAND, DAVID YONGGI CHO, SILAS MALAFAIS, HERNADES DIAS LOPES, ETC. A IGREJA NÃO ESTÁ EM CRISE, ESTÁ EM CRISTO! Quem resolve cada crise é o Espírito Santo. Perdemos tempo, credibilidade e até pessoas com as crises, porém, o que não podemos perder é a nossa IDENTIDADE COMO IGREJA DO SENHOR JESUS CRISTO! Carecemos urgente de meditar sobre o propósito de Deus para a igreja e o mundo contemporâneo. Temos o direito de negociar os fundamentos doutrinários? Podemos diluir e adaptar a mensagem ao gosto moderno? “Não devemos imaginar que fomos comissionados para tornar Cristo aceitável aos homens de negócios, à imprensa, ao mundo dos esportes ou à educação moderna. Não somos diplomatas mas profetas, e nossa mensagem não é um acordo mas um ultimato.” A. W. TOZER (A Nova e a Velha Cruz) Precisamos de homens e mulheres especialistas do “Nosso Tempo”, que saibam discernir a conjuntura social, política, econômica e propor soluções. O rei Davi teve em sua equipe de governo os filhos de Issacar, especialistas da conjuntura da época. (I Cr. 12:32) Antes de falar da missão da igreja no mundo contemporâneo, vamos relembrar qual é a natureza da Igreja. IDENTIDADE E MISSÃO DA IGREJA: Aos olhos dos não crentes a Igreja é apenas uma instituição religiosa, social e tradicional. Na visão bíblica, a Igreja é um organismo criado e sustentado por Deus, o qual revelou na Bíblia sua natureza e missão. A Igreja é composta dos salvos (separados deste mundo) para Deus e estes amam a Igreja. A crítica dos salvos à Igreja deve estar num nível sempre inferior ao nível do amor por ela. “Nossos melhores esforços podem fracassar não por falta de análises, mas por falta de amor.” Dewey M.Mulholland A IGREJA ATRAVÉS DOS SÉCULOS: Ela sofre ataques externos de “lobos ferozes” e ataques internos de pseudocrístãos. (Atos 20:28-31) É combatida, difamada e perseguida! Expandiu-se como “religião não lícita” por quase três séculos. No ano 313 o Imperador Constantino assinou o edito de tolerância aos cristãos. No ano 387, Teodósio transformou o Cristianismo em religião oficial do Império Romano. Dewey M. Mulholland falando desta nova realidade da igreja, diz: “Seu crescimento em riquezas, números, prestígio e poder secular foi acompanhado por decadência espiritual.” Toda atividade religiosa foi concentrada e supervisionada na figura do Papa, desde a doutrina à liturgia, a ordenação de bispos e a administração financeira. O clero foi estabelecido. O laicato desprezado. Justificou-se o uso da força para conseguir conversões. A salvação e o céu foram loteados. A tradição foi valorizada acima das Escrituras e os decretos de bispos e concílios tidos como leis. Em 1054 a Igreja sofreu um cisma passando a ter dois ramos. O oriental com a sua sede em Constantinopla e o ocidental com a sede em Roma. O segundo e grande cisma se deu em 1517 com a REFORMA PROTESTANTE de Martinho Lutero. O pós-reforma conduziu o cristianismo a quatro principais grupos: Católicos Romanos, Luteranos, Anglicanos e Reformados. A Reforma marcou o fim da Idade Média e o início da Era Moderna, tornando-se o protestantismo a principal força da civilização moderna. TAREFA I Ler e estudar os capítulos 1 e 2 do livro “TEOLOGIA DA EDUCAÇÃO CRISTÔ de Lawrence D. Richards- Ed. Vida Nova. Apresentar um resumo com base no texto: 1- VIDA – O Que a Igreja é. 2- PROPÓSITO DA VIDA – O Que a Igreja faz. b) FIGURAS NEOTESTAMENTÁRIAS DA IGREJA. IGREJA EM FIGURAS (METÁFORAS) Para ressaltar aspectos particulares da igreja,Deus se utiliza na Bíblia de várias figuras comparativas: I – Corpo de Cristo – Conceito biológico Ressalta a unidade da Igreja como organismo vivo. É a unidade na diversidade.” Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros.” (Rm 12:4-5). VER - I Cor 12: 12-31 Paulo faz uma parábola do corpo humano e a divide em 4 partes: 1(vv. 15 e 16) Nenhuma desculpa mas responsabilidade para todos. “Se o pé disser : Porque não sou mão, não sou do corpo..” o pé não pode desculpar-se porque não é mão, nem o ouvido porque não é olho. 2- (vv.17-20) Nenhum monopólio mas variedade. Uma gigantesca boca em detrimento de um diminuto ouvido quebraria as regras de harmonização. O v.18 diz que Deus dispôs. A diversidade no corpo não surge por acaso, é planejada por Deus e é essencial. Por isso, não deve haver inveja, vanglória, timidez, preguiça ou ambição. 3- (vv. 21-24) Nenhuma independência mas mutualidade. A divisão no corpo seria possível se prevalecesse o espírito de soberba ou individualismo de um órgão ao dizer: Eu não preciso de ti! A mutualidade foi harmonizada por Deus. 4- (vv. 25e26) Nenhum egoísmo, mas sinergia. Sofrimento de um é o de todos. Quando um órgão está ferido há vários outros trabalhando em prol de sua recuperação. Um exemplo: Um indivíduo ao ser acometido por um disparo de arma de fogo, imediatamente, após a perda de sangue (volemia), os órgãos mais nobres( coração, rins e cérebro) são preservados às expensas do sofrimento de órgãos não tão vitais onde se lhe é cortada a circulação sanguínea (ex. pele).De igual forma o crente responsável se envolve com os que estão sofrendo em sua Igreja. “ Quem não se compromete com o companheiro a quem pode ver, como sonhará em desenvolver um compromisso com Deus a quem não vê?” Paulo Purim. “As atitudes em relação aos outros pode ser o único e mais importante indicador de caráter de uma Igreja” George Barna. Podemos definir a palavra sinergia como ato ou esforço simultâneo de diversos órgãos na realização de uma função. É o principio de funcionamento da Igreja: Muitos órgãos; um só corpo. A Igreja só exerce o seu papel quando é sinérgica, fora disso o que resta é simples ajuntamento humano. Um exemplo de ação sinérgica: (Mc 2:1-12) Relata o esforço de 4 homens para que um paralítico na cidade de Cafarnaum fosse curado. Nós podemos realizar mais juntos do que separados. O monasticismo fechou os piedosos numa redoma; a globalização nos trouxe um novo paradigma: o da cooperação. ( Ex. a Boeing para produzir o seu último modelo fechou parcerias com mais de 70 empresas.) II- Rebanho Ressalta a unidade ( um rebanho) e a pluralidade (muitas ovelhas).O salmista declarou: “Somos o Seu povo e rebanho do Seu pastoreio” (Sl 100:3). Phillip Keller foi criador de ovelhas e de suas observações escreveu um livro sobre o salmo 23, cujo título em português é: “ Nada me faltará”. Keller diz que a ovelha para conseguir repousar, precisa sentir plena segurança sem temores , tensões, irritações ou fome. Só um pastor diligente pode dar-lhe tranquilidade. O salmista Davi também conhecia este segredo e declarou: “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará” ( Sl 23:1). Sabe-se que os carneiros são animais medrosos e que se assustam facilmente; pois até um coelho que salta de repente, de traz de uma moita, pode provocar o estouro do rebanho. Quando uma ovelha assustada dispara a correr, dezenas de outras saltarão com ela num terror cego. P. Keller conta que certo dia recebeu a visita de uma amiga da cidade que trouxera consigo o cãozinho pequinês. Logo que abriu a porta do carro o cão saltou para o gramado. Bastou o olhar de uma ovelha para o pequenino cão e mais de 200 ovelhas que estavam descansando ali perto, fugirem tomadas de pavor. (P. Keller em: “ Nada me faltará” – Ed Betânia M.G. p.31 ). “ Não temas, ó pequeno rebanho...” (Lc 12:32). O rebanho do Senhor é congregado e guardado por seus pastores locais. (Jr 31:10). III - Família de Deus – Conceito sociológico – Ef.2:19, Gl.6:10 Ressalta a Igreja como um lugar de amor e união onde as pessoas estão ligadas pelos laços de afetividade e respeito. A Família de Deus é patriarcal. Ele é o fundador e exemplo. Foi Jesus quem nos ensinou a chamar Deus de “Pai”. Ora, os filhos do mesmo Pai são irmãos. O título “irmão” se tornou popular para descrever o cristão e encontrou sua razão de ser no exemplo de Jesus: ”Não se envergonhou de lhes chamar irmãos” ( Hb 2:11). Deus é amor, é justiça, é o Deus de toda a paz e a natureza de sua família reflete os atributos do Pai. É nesse mesmo ambiente familiar que a própria disciplina dos filhos ocorre em amor. “O Senhor corrige aquele a quem ama...” (Pv 3:12, Hb 12:6). “Se suportais a correção; Deus vos trata como a filhos” (Hb 12:7). O conceito de Igreja como família reconhece que surgirão problemas em seu meio. Qual a família sem problemas? As soluções virão não de nossa própria cabeça, mas do “Cabeça da Igreja – Cristo”. Onde reina o Espírito de Cristo, aí não há confusão. “ Onde não se encara a Igreja como uma grande família, não se cria aquela temperatura de ninho; onde a solidão e o constrangimento do visitante ou do novo membro se desfaz.” (Alcides Jucksch) Numa família unida, seus membros não passam despercebidos e indiferentes uns aos outros. Na Igreja devemos notar duas coisas: a ausência de irmãos e a presença de visitantes. Dificilmente um visitante permanecerá na Igreja se ele não fizer algumas amizades. “ Um pastor, notou do púlpito, um homem sentado no último banco, com o chapéu na cabeça. Logo fez sinal a um diácono que aproximando-se dele, falou-lhe com educação, indicando-lhe a atitude de desrespeito. Ah!, disse o homem: Bem pensei que este meu propositado esquecimento teria a virtude de atrair a atenção de todos sobre a minha pessoa. Há seis meses que venho a esta Igreja todos os domingos e é a primeira vez que me dirigem a palavra.” (de “ Waterloo Bulletin) IV - Um edifício ou santuário – Conceito arquitetônico “ Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Co 3:16). O lugar central no V.T. foi o templo. A presença de Deus estava nele. A presença de Deus continua em seu templo, mas o templo é novo. É de pedras vivas: “Vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual.” (I Pe 2:5). Os judeus perguntaram a Jesus questionando a sua autoridade: _ Que sinal nos mostras para fazeres estas coisas? O Senhor respondeu: _ Destruí este templo, e em três dias o reconstruirei. Os judeus replicaram: _ Em 46 anos, foi edificado este templo, e tu, em três dias o levantarás? Mas o Senhor referia-se ao templo de seu corpo. (João 2 :18-28). Satanás utilizou os judeus para destruírem o templo (O Cristo) mas em 3 dias Ele ressuscitou, e por esse feito, Efésios 2:6 afirma: “ Fomos ressuscitados juntamente com Cristo...” , “ que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: _ Habitarei e andarei entre eles; serei o Seu Deus e eles serão o meu povo..” (II Co 6:16-17).” Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” (I Pe 2:5) Por sacrifícios espirituais, podemos citar : Rm.12:1 – Corpos apresentados em sacrifício de pureza, santidade e adoração no oferecimento do culto. V – Lavoura – Conceito agronômico “ Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.” (I Co. 3:9) A igreja é o campo que Deus está lavrando, como em João 15:1 “Meu Pai é o agricultor.” Ele é incansável e trabalha até agora. (João 5:17) Se o crente é “ Lavoura de Deus”, é inconcebível ser o “ campo do preguiçoso”. “ Passei pelo campo do preguiçoso... e eis que tudo estava cheio de espinhos, a sua superfície coberta de urtigas, e o seu muro de pedra em ruínas. (Pv. 24:30-31) Motivo para tal situação: Dormir, tosquenejar, cruzar os braços... A pobreza material e espiritual resulta da indolência, do não enfrentamento da vida. Os profetas nos transmitiram quadros impressionantes sobre a agricultura espiritual: “ Arai o campo de pousio... (Os.10:12) Is.28:24-25 “ Porventura lavra todo dia o lavrador, para semear? Ou todo dia sulca a sua terra e a esterroa ?Porventura, quando já tem nivelado a superfície, não lhe espalha o endro não semeia o cominho (temperos) não lança nela o trigo em leira ou cevada no devido lugar, ou a espelta (trigo inferior) nas margens ? Na agricultura espiritual as lâminas do arado de Deus passam sulcando a terra compactada e revolvendo- a . São dias de doloroso tratamento, que não duram o ano todo, assim como o agricultor não fica arando o ano todo. Deus desfaz os torrões, nivela a superfície e lança a melhor semente para cada tipo de terreno. Um campo arado não trás muita beleza. A paisagem monocromática parece sem vida; mas as sementes estão lá e ao cheiro das águas brotarão (Jó 14: 9) Quando o crente tem consciência de que a sua vida é um “ Campo ou lavoura de Deus” entregue ao divino agricultor, o reflexo estará presente nos seus dízimos e ofertas, pois não há como fugir deste princípio: “ O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a participar dos frutos.” (2 Tm. 2:6) Precisamos cuidar e cultivar o campo da nossa vida para que nele germinem as sementes da Palavra de Deus. Muitos têm rejeitado a Bíblia e cultivado outras sementes. Cada um colherá do seu plantio. É o sistema deste mundo. É a sua pluralidade cultural. A palavra Cultura, vem de um verbo latino, colere, significando: “ Cuidar e cultivar o campo, tornando-o fértil. Logo, este campo pode se tornar fértil para as proposições de Deus ou as proposições humanas. VI - NAÇÃO- POVO DE DEUS - Conceito demográfico Ressalta a igreja como uma comunidade organizada, que se submete a um governo. “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz...” (I Pe. 2:9) “ Vós sois povo de Deus.” (v. 10) Em o Novo Testamento há figuras que descrevem a igreja como a agencia exclusiva do reino de Deus, gozando das prerrogativas da representação: a) A igreja é a geração eleita – I Pe. 2:9 b) A igreja são os embaixadores de Cristo:II Co. 5:20, Ef. 6:20 c) A igreja são os que mantêm o testemunho de Jesus – Ap. 12:17 d) A Igreja é composta dos Discípulos de Cristo – VER At.9: 1,2,6 11:26 VII – EXÉRCITO DE DEUS – Conceito militar Como Golias desafiava as colunas de Israel, o inimigo desafia a igreja. Como Davi, nós entendemos que o “incircunciso” inimigo, não tem gabarito para afrontar os “Exércitos do Deus Vivo”. (I Sm. 17:26 ) O conselho de Paulo aos alistados neste exército é: “Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou. (2 Tm. 2:3-4) A linguagem militar, desde o V.T. é apresentada na Bíblia. O nosso Deus aparece como “Senhor dos Exércitos” Sl.24:10, Hc.2:13, Ag. 2:6. O personagem que se apresenta a Josué traz o título de “Príncipe do Exército do Senhor” Js.5:14. No nascimento de Jesus, temos o aparecimento de “ uma multidão dos exércitos celestiais.” Lc. 2:13 .O apóstolo João também tem o privilégio de ver essas milícias do exército celestial. (Ap. 9:16 , 19:14) VIII – NOIVA E ESPOSA DE CRISTO. A igreja no início do século XXI parece ter-se esquecido de que é a Noiva de Cristo e do potencial que tem quando fica ao lado de seu noivo Todo-poderoso. Deixemos Charles R. Swindoll descrever esta espetacular figura da igreja como “ Noiva”: “ Sou o primeiro a vê-la quando aparece no fundo da igreja. E ela faz com que as cabeças se voltem instantaneamente a cada fileira que passa. É assim que acontece com a noiva. Ela permanece escondida de amigos e parentes, até soarem os clarins da marcha nupcial de Wagner. Então, ela surge aos olhos de todos aqueles que estão de frente para a congregação. Fileira a fileira, as pessoas se voltam para a ala central. Elas arquejam, exclamam, riem, resplandecem e se regozijam. A noiva é o centro da cerimônia nupcial e irradia toda esperança e sonho daquele dia. Talvez seja por isso que Deus tenha escolhido i símbolo da noiva para representar a igreja. Cristo queria que sua igreja fizesse com que as cabeças se voltassem, que virasse o mundo de cabeça para baixo, e chamasse atenção sobre si mesma como o local de esperança e fé num mundo permeado pelo cinismo. Jesus falava sempre sobre núpcias. Vide: (Mt.22:114, Mt.25:1-13, Lc. 12:35-36, Lc. 14:7-11, João 2:1-11.) No antigo testamento Deus se referia ao povo de Israel como sua noiva.( Os. 2:19-20) Mais tarde Jesus contou histórias sobre banquetes nupciais, pais de noivos, lugares em banquetes e realizou o seu primeiro milagre numa festa de casamento.Assim, projetou na tela bíblica os quadros de um casamento, sendo Ele próprio o noivo.Os escritores do N.T. designaram a igreja como noiva. E nas últimas páginas da Bíblia ocorrem as maiores núpcias de todos os tempos, com todos reunidos e todos se regozijando. Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, e sua noiva, a igreja, encerram nosso calendário com uma celebração nupcial que fará as festividades do Reveillon na Times Square de Nova Iorque parecer um churrasquinho caseiro...” “ Pois são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou...)(Ap. 19:7 SWINDOLL,Charles R. A Noiva de Cristo.Ed.Vida.SP. 1996. pp.9-10) Eis alguns textos que mostram a noiva, o noivo e o esposo: II Co. 11:2 , Ap. 19:7 , 22: 17, Mt. 25: 1-6 , Mt. 9:15 . C) Missão Global da Igreja – Min. p/ com Deus interno e externo A Igreja é chamada para servir a Deus de três maneiras: 1- Servir a Deus em Adoração. 2- Servir aos santos em nutrição 3- Servir ao mundo em testemunho. Glória de Deus Compaixão – Evangelismo Nutrição- Dons- Diaconia Culto- LiturgiaCorpo de obreiros- H. e M. Pedra angular – Supremo Pastor – JESUS CRISTO. Cabeçajo 3 MODELOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CRISTà Segundo Richard Niehbur,teólogo Norte-americano, estes três modelos devem ser assumidos pelas igrejas: 1 – A IGREJA APÓSTOLA – Que é enviada ao mundo como representante de Deus e deve anunciar ao mundo a vontade de Deus e o sonho de Deus. 2 – A IGREJA PASTORA – A igreja que cuida e se solidariza, que não descarta a dimensão profética do consolo e da denuncia. 3- A IGREJA PIONEIRA – Que é a primeira a realizar no mundo a vontade de Deus e que testemunha que o novo mundo sonhado por Deus é possível. Se o mundo tem racismo, a Igreja deve ser a primeira a mostrar ao mundo que é possível supera-lo. Se há má distribuição de riquezas no mundo, a igreja precisa ser a primeira a criar uma sociedade local mais justa. Servir a Deus em Adoração: Culto Pessoal Culto Congregacional Elementos do culto – Os cânticos, a leitura Bíblica, a oração e a pregação. Servir aos santos em nutrição: Ef. 4:13 Edificação – instrução, ensino. Interdependência – Exercício dos dons, Koinonia, mutualidade Ministérios Servir ao mundo em testemunho: Evangelização – At. 1:8, Mt. 28:19-20 Missões – “Até aos confins da terra”. Intercessão – I Tm. 2:1-4 Compaixão – Serviços sociais ao mundo. Filantropia. A história aponta a Igreja fundando escolas, Universidades, orfanatos e hospitais. A Igreja lutou combatendo a escravatura. A Cruz Vermelha foi iniciativa de cristãos. Organizações como Asas de Socorro, Visão Mundial e Exército da Salvação servem a milhares de necessitados em nome do Senhor Jesus. d) REINO DE DEUS E IGREJA O que é o Reino de Deus? “O principal significado da palavra hebraica para reino, “malkuth” no Antigo Testamento, e a palavra grega “basiléia” no N.T. é : “posição, autoridade e soberania exercida por um rei. Antes de tudo, um reinado é regido por uma autoridade, a soberania de um rei. “No entanto, um reino onde a realeza não é exercida, é vazio.” George Eldon Ladd O reino dos céus sinaliza o domínio do céu e dos seus valores sobre a terra e inclui os sistemas econômico, social, político e religioso mundiais. O povo judeu da época de Cristo esperava esse reino messiânico ou davídico. Quando João, o batista, surgiu, foi exatamente este o reino que anunciou como próximo. (Mc. 1:15) A proclamação do “Reino dos Céus” é o ponto central da pregação de Jesus. A expressão “Reino dos Céus” vem do hebraico “malktüth Shãmayim”; e pode ser traduzida como reino dos céus ou reino de Deus. O evangelista Mateus, sensível ao fato que os judeus por respeito não mencionavam o nome de Deus, prefere usar a expressão “ reino dos céus”. Reino dos céus é o domínio de Deus sobre toda a criação, as pessoas e o mundo; tanto no presente como no porvir. (Mt.5:3 , 12:28, Rm. 14:17) Reino de Deus é onde Deus reina, a extensão do governo justo de Deus sobre toda a criação. O reino de Deus é Jesus Cristo trabalhando, trazendo o mundo de volta para si. É Deus conquistando toda a oposição, para que toda a criação possa finalmente adora-lo. Em Romanos 14:13-19 temos o exemplo de uma igreja que estava deixando de expressar o reino. Quando Jesus enviou seus discípulos a pregar, disse-lhes: “Por onde forem, preguem esta mensagem: - O reino dos céus está próximo.” Mt.10:7 Então, o trabalho da igreja primitiva era proclamar o reino. Nos 40 dias entre a ressurreição e a ascensão, Jesus ensinou sobre o Reino.(At.1:3) O evangelista Filipe pregou as “Boas Novas do Reino de Deus” (Atos 8:12) Paulo, nos dois anos que esteve em Roma , pregou o Reino de Deus. (At. 28:3) E quando esteve em Éfeso, por dois anos e três meses, pregou o reino. ( Atos 19:8 e 20:25) Fomos ensinados a crer que o “Reino de Deus” é uma promessa futura que haveria de se cumprir na volta do Senhor, mas o Reino é uma realidade presente tanto quanto promessa futura. (1) Jesus ensina que o tempo pode ser dividido conceitualmente em “esta era” e a “era vindoura” (Mt 12:32). Paulo declara que Jesus está acima de todos os principados e potestades não só no presente século, mas também no vindouro (Ef 1:2). Quando Jesus voltar e introduzir a Era Vindoura, o Reino de Deus terá atingido a sua plenitude. Mas, o Reino já invadiu esta presente era na primeira vinda de Jesus. O preparador das condições ministeriais de Jesus; João Batista declarava: “arrependei-vos porque está próximo o Reino dos Céus” (Mt 4:17). Paulo, no entanto, conforta os Colossenses afirmando que já haviam sido transportados para o Reino: “ Deus nos livrou do poder das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do Seu amor” (Col 1:13) e Cristo faz a declaração cabal: “ se expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado a vós o Reino de Deus” (Mt 12:28). Na era presente, o poder das trevas e o Reino coexistem. Cristo nos envia como embaixadores de seu Reino a um mundo que jaz no maligno (I João 5:19). Satanás é o deus deste século (II Cor 4:4). E os reinos deste mundo lhe foram entregues (Lc 4:6 , Mt 4:9). O mundo espiritual da maldade ganhou visibilidade na terra através do corpo do ser humano. O Reino de Deus também ganha visibilidade através do novo homem recriado à imagem de Cristo e agrupado socialmente numa nova família, chamada “ Família de Deus”, a Igreja! Logo, a Igreja existe, porque o Reino de Deus é chegado. A Igreja não é um fim em si mesma, o alvo da Igreja é expressar o Reino!. O Reino não se instala com visível aparência. Aqui jaz o erro dos que levianamente querem o crescimento da Igreja e não do Reino! Considere a afirmação de Jesus: “Não vem o Reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o Reino de Deus está dentro de vós.”(Lc 17:20). O Reino de Deus é o domínio de Cristo, começando no território do coração humano e que se estenderá a todas as coisas criadas. “ Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Rm 14:17). O Reino de Deus não tem como alvo o atendimento das necessidades básicas do ser humano. Isto a igreja deve e pode fazer. (At 6, Tg 1:27, 2:14-26). O Reino de Deus constitui-se na mensagem central de Jesus, que é o Messias do Reino. O Reino de Deus significa o domínio e a soberania de Deus. Em Jesus, o Reino irrompe na história e em sentido escatológico, terá a totalidade de sua consumação, quando se der a sua parousia; sua volta. O Reino de Deus como era vindoura significa a destruição final do poder de Satanás. A igreja constitui o povo do Reino, mas não pode ser identificada com o Reino.( Banister,Doug A Igreja da Palavra e do Poder. P. 95 ) A Igreja que começa a expressar o Reino cresce: Posição de enfrentamento de toda a forma de demonismo – (Mt 12:28) Clero e laicato são embaixadores da parte de Cristo – (II Cor 5:20) Ver mais o Reino e menos as estruturas (Igreja local e denominação) – Lc 17;20-21 ----------------------------------1 1 -WAGNER Peter. Estratégias para o Crescimento da Igreja.Ed.Sepal.SP. p. 104 Os embaixadores do Reino: Ler 2 Co. 5: 17-20 Cada cristão é um embaixador. Estamos aqui para proclamar o Reino de Deus; vivendo-o por antecipação diante de todos os homens. Os embaixadores viajam para a embaixada em território estrangeiro, não representando a si mesmos, mas o seu país soberano. A queda e o reino: O homem está em rebelião com Deus e a Terra sob maldição. Deus promete implantar aqui o protótipo de um reino perfeito. No devido tempo, uma espécie de fermento levedará toda a massa de povos e todos os governos da Terra se pautarão pelas leis do Reino de Deus. Deus tem diante de si um desafio. Ele não pode agir na ilegalidade. Ele não pode agir como agiu o inimigo “usurpando” a autoridade que havia sido delegada a Adão. Deus conta com os que invocam o seu nome e têm os pecados cobertos aos seus olhos. O primeiro ato remidor e pedagógico de Deus está registrado em Gênesis 3:21. “Fez o Senhor Deus vestimentas de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.” Temos aqui o princípio da expiação. Perdão ou cobertura da ofensividade do pecado mediante o sacrifício de uma vítima inocente. (Hb.9:19-28) UM Reino Eterno O Reino de Deus é uma nova realidade que invade a história. Nas visões de Nabucodonozor interpretadas por Daniel, ele enquadra os impérios mundiais, situando-os dentro do macro-plano divino. (ver Dn. 2: 26 a.) A Estátua vista no sonho tem a Cabeça de ouro- (v.32) Era de Nabucodozor- Império Babilônico – 610-538 a.C. Tem o Peito e braços de prata – Ciro – Império Medo-Persa – 536- a 333 a.C. Tem o Ventre e quadris de bronze – Alexandre- Império Grego – 333 a.C. a 167 a.C. Tem as pernas e pés de ferro e barro – Império Romano – 63 a.C. a 1450 d.C. O verso 43 descreve o período romano. O v. 44 traz uma surpreendente revelação: “Mas, nos dias destes reis, o Deus dos céus suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo: esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre.” “ Deus suscitará...” A vinda de Cristo é um ato de soberania divina, bem como a implantação do Reino indestrutível. Transcrevo a seguir o texto do Pr. Ariovaldo Ramos, sobre reino de Deus: “O Reino de Deus, no sonho de Nabucodonozor, é a pedra que é lançada contra a estátua formada de ouro, prata, ferro e com pés de barro e ferro misturados”. A pedra derruba a estátua, transforma-a em pó que o vento espalha, cresce, virando uma montanha, e alarga-se ocupando toda a terra. A estátua compreende toda a história humana até a chegada do Reino. Nela está contida toda a tentativa humana para resolver o próprio dilema existencial. São as três perguntas que basicamente a raça humana faz: 1- Quem somos de onde viemos e para onde vamos? Para responder, inventamos inúmeras religiões e filosofias. O reino responde dizendo: Somos de Deus e para Ele devemos viver o que só é possível por meio de Cristo Jesus. 2- O que fizemos com a riqueza gerada no planeta? Para responder, inventamos as diversas teorias econômicas e formas de governo. Contudo continuamos com a fome e a miséria. O reino responde dizendo com uma única palavra: Solidariedade – quem tiver duas túnicas divida com quem não tem, quem tiver comida faça o mesmo. (Lc. 3: 11) 3- O que devemos fazer para vivermos juntos? Para responder, temos praticado todo o tipo sociedade familiar, desde o clã, a mais primitiva das sociedades, até as democracias mais aprimoradas e continuamos a conviver com a violência, a guerra. O reino responde com outra palavra: Fraternidade. Trate o próximo como você gostaria de ser tratado. O reino é o novo sistema que vem para destruir o antigo tipificado pela estátua. Por isso o reino exige adaptação. O reino é o jeito divino de resolver o problema do homem. O reino dos céus é o poder que reverte os efeitos da queda. A queda trouxe a enfermidade, o reino traz a cura. O reino de Deus escolhe os pobres, os que mais sofrem os efeitos da queda. O reino de Deus já está implantado na história e já deu os sinais visíveis de sua presença, mas será consumado no futuro escatológico. Vivemos hoje a tensão entre o que já experimentamos da redenção e o que ainda aguardamos, pois “em esperança somos salvos”. Vivemos hoje as primícias do reino: salvação, libertação, santificação, e os favores da Graça de Deus. Mas há dimensões que ainda não vivemos, pois os espíritos das trevas ainda atuam nosso corpo físico ainda se corrompe o pecado ainda nos é possível e a morte será vencida quando Jesus entregar o Reino ao Pai. d) Temas Contextuais: A cultura e a Igreja, Teologia da Prosperidade, nonas teologias. As “portas do inferno” valem-se de muitos artifícios para atacar a Igreja de Jesus. Segundo Elinaldo Renovato (Perigos da Pós-modernidade. 2007 p.122) O viés teológico é um deles. “Satanás investiu em homens cultos, intelectuais e sábios segundo o mundo para minar a ortodoxia bíblica.” Ex.: Friedrich Schleiermacher (1768-1834) Ensinou que não há religiões falsas ou verdadeiras. Todas elas, com maior ou menor grau de eficiência, têm por objetivo ligar o homem finito com o Deus infinito. Karl Barth (1886-1968) Em seus estudos de tese, antítese e síntese, o certo e o errado, a verdade e a mentira podem coexistir. Para ele, a Bíblia não é a palavra de Deus, apenas a contém. Paul Tillich (1886-1965) Para ele, Deus não existe. Deus não é um ser, mas um poder de ser, o fundamento de todo o ser, porém, não objetivo nem sobrenatural. Rudolf Bultmann (1884-1976) Para ele, a Bíblia está eivada de mitos tais como os relatos miraculosos do Velho Testamento, a concepção virginal de Jesus, sua ressurreição e milagres. Defendeu a demitologização. JESUS SEMINAR – Em 1985, um proeminente estudioso do Novo Testamento chamado Robert Funk fundou um grupo de pesquisa no Sul da Califórnia ao qual ele deu o nome de Jesus Seminar [Seminário Jesus]. O propósito ostensivo do Seminar era descobrir a pessoa histórica de Jesus de Nazaré usando os melhores métodos da crítica bíblica científica. Na visão de Funk, o Jesus histórico tem sido sobreposto por lenda, mito e, assim, certamente não se parece com a figura de Cristo apresentada nos Evangelhos e adorada pela Igreja hoje. O alvo do Seminar é arrancar essas camadas e recuperar o Jesus autêntico, aquele que realmente viveu e ensinou. TAREFA II PESQUISAR E RESUMIR O PENSAMENTO DAS NOVAS TEOLOGIAS: Teologia da Prosperidade - Teologia da Esperança – Teologia do ProcessoTeísmo aberto ou teologia relacional, igreja emergente. Fontes: Internet, Livro “A SEDUÇÃO DAS NOVAS TEOLOGIAS” de Silas Daniel. CPAD. RJ. 2007 , Apostila: “Pastor e Mundo Contemporâneo” Pr. Sila Rabello. Assistir no Youtube: O Problema do Pensamento Liberal – 5,05 min. Pr. Hernandes Dias Lopes https://www.youtube.com/watch?v=mWU4YEubM0A O que é o Liberalismo – 6,51 min. Bispo Walter McAlister https://www.youtube.com/watch?v=qIndrsgbWqs Teologia Liberal Pr. Fôlton Nogueira – 13:10 min. https://www.youtube.com/watch?v=4WCOA950vqs TEOLOGIA SISTEMÁTICA III UNIDADE II - BASES ÉTICAS DA FÉ CRISTà Definição de ética cristã – A palavra “ética” tem origem no grego “ethos” e significa costume, disposição, hábito, uso, conduta. Pode ser definida como um conjunto de valores morais e princípios que norteiam as ações sociais nos âmbitos individual e coletivo. Está estreitamente relacionada à moral, quase a ponto de confundir-se com ela, dessa forma, cabe ressaltar sua principal distinção: enquanto a moral é descritiva, a ética é normativa. A moral caracteriza a conduta humana (se é correta ou incorreta). A ética ensina como se deve agir. Podemos dizer que a ética cristã é o conjunto de regras de conduta aceitos pelos cristãos que têm por fundamento a Palavra de Deus ( BRUNELLI, Pr. Walter.lições da Palavra de Deus- Ética Cristã. CPAD.p5) Observe o texto de Ef.4:17-19 – Ele é descritivo ou normativo? Agora observe os vs 25 a 32, soa descritivos ou normativos? Glen Schultz tem a seguinte proposição: “Na base da vida de uma pessoa encontramos seus valores e, seus valores dirigem suas ações.” Conduta Moral (Caráter descritivo) Ética (Caráter normativo- ensina como deve agir) Josh McDowell também afirma que aquilo que a pessoa acredita, se traduz em comportamento. Crenças criam valores que resultam em atitudes. A ética atua no campo dos valôes (Axiologia) e no campo dos deveres. (deontologia) A vida sem regras- Há um termo próprio para nomear a vida desregrada: antinomismo. É originado da junção de duas palavras gregas, “ anti= contra” e “nomos = lei”. Antinomismo é o ato de insubordinação às regras movido pela liberdade de se fazer o que se considera adequado. “A essência da queda do homem foi sua vontade de ser o seu próprio deus, sua própria fonte de lei e moralidade.” R.J. Rushdoony Brunelli ainda descreve algumas características negativas do antinomismo: Subjetividade- O indivíduo busca fazer o que considera certo independentemente do que está determinado.(I Rs.11:6) Individualidade- O indivíduo age autonomamente buscando para si o que é do seu interesse sem se importar com as regras coletivas.(Fp.2:4). Relatividade- Ignora as bases normativas de valor que aprovam ou desaprovam os atos morais.(Sl.94:20-21) A Bíblia chama o “mal moral” de pecado. Irracionalidade- Leva à ação impulsiva e emotiva sem que sejam consideradas as consequências.(II Sm 11:2-5). Para um aprofundamento em ética cristã, sugiro os livros: Ética CristãAlternativas e questões contemporâneas. Norman L. Geisler. Soc.Rel.Ed.Vida Nova.SP Ética Cristã Hoje- Vivendo um cristianismo coerente. Alan Pallister.Shedd Publicações.(Trata-se de uma análise do 10 mandamentos ) A ÉTICA ESCRITURÍSTICA E O RELATIVISMO MORAL Samuel R. Pinheiro traz a seguinte contribuição: “Parece-me a mim que vivemos hoje a nível global numa profunda perturbação e tensão. O homem e a sociedade não sabem onde encontrar o cânon ético dois mil anos depois de Cristo – o único que nos pode salvar (só que Ele não se impõe a não ser no desfecho da História). Terrorismo, pedofilia, sida, fome, ecologia, armas de destruição maciça, tráfico(s), (tóxico) dependências, etc. O humanismo, o materialismo, a secularização empurraram o homem para o relativismo, o pluralismo, a privatização, o hedonismo, a indiferença, a apatia. Parece que hoje em dia o único pecado é proibir ou declarar que há uma só verdade. A nova ortodoxia é a “tolerância”, que, nas palavras de Colson, é “redefinida como a liberdade de poder escolher o que quiser dentre os elementos de um cardápio de vida moralmente equivalentes – homossexualidade, adultério, promiscuidade pré-conjugal. Faça a sua opção. E esse tipo de tolerância, que em si mesmo é uma postura moral, pisa na sensibilidade daqueles que se apegam aos absolutos morais – sobretudo os cristãos”. (Dale & Sandy Larsen;Sete Mitos Sobre o Cristianismo; Vida; p. 22) Pela ginástica do raciocínio comum hoje, os escritores dizem que não podemos mais retomar àqueles valores ingênuos, pois os problemas da sociedade atual são por demais complexos e esmagadores. E quais são esses problemas? Gravidez na adolescência, elevado número de divórcios, doenças sexualmente transmissíveis, pais ausentes, famílias criadas só pelo pai ou só pela mãe, vulgarização e exploração do sexo na mídia, conflitos raciais, violência nos meios de comunicação, violência das gangues, crianças que matam sem remorso. Etc. a lista assustadora parece não ter fim. A lista deixa os cristãos decepcionados e desconcertados, pois são exatamente os problemas que poderiam ser resolvidos – ou pelo menos atenuados – por meio do comprometimento com a moral bíblica. São problemas que se exacerbaram justamente quando a sociedade abandonou os valores cristãos. A coincidência é grande demais para não ser levada em consideração.” (Dale & Sandy Larsen;Sete Mitos Sobre o Cristianismo; Vida; pp. 17) O que acontece quando uma sociedade nega a importância do certo e errado? A resposta está na parede de uma prisão, na Polônia: “Libertei a Alemanha da estúpida e degradante falácia de consciência e moralidade”. Quem fez tal jactância? Adolf Hitler. Onde estão afixadas estas palavras? Num campo de extermínio nazista. Os visitantes leem a declaração, e então veem os resultados: uma sala abarrotada com milhares de libras de cabelos de mulheres, salas cheias de retratos de crianças castradas, e fornos de gás que serviram para a solução final de Hitler. Paulo descreve-o melhor: “Seu coração insensato se obscureceu” (Rm 1.21) (Nas Garras da Graça, Max Lucado, Vida, pp.38) Quando pensamos em ética Escriturística pensamos em todos aqueles termos bíblicos usados, tais como: Lei, testemunhos, caminhos, preceitos, decretos, mandamentos, juízos e Palavras. Talvez alguém possa objetar: Mas o Alcorão não tem também proposições morais? Sim, tem. Vishal Mangalwadi, escritor indiano foi bem perceptivo ao dizer: - “O islã e a fé cristã compartilham a ideia de absolutos morais. A diferença é que Alá é majestoso demais para vir a uma estrebaria suja ou para um coração impuro.” (MANGALWADI, Vishal. O Livro Que Fez o seu Mundo. Ed. Vida. SP. 2012. P.299) Partimos da seguinte premissa: A Bíblia é um tratado de proposições e não de sugestões, portanto é O Livro da ética do Reino de Deus. A inserção do homem nesse Reino (Ethos divino) não se dá por assentimento mental, mas por Novo Nascimento. O homem se degenerou, caiu no antinomismo e se afastou do seu referencial ético: Deus. Jesus Cristo veio para reconduzi-lo ao seu Criador e dar a ele o poder para viver uma vida separada da corrução moral. Nesse processo, duas agentes se destacam: O Espírito Santo e a Palavra. O Espírito convence-o da sua degeneração, a Palavra instila nele e ética do Reino. Podemos falar de ética cristã como sendo: Ética teocêntrica – Teocrática e não democrática - Fundamentada na Revelação bíblica que nos desperta a conhecer a vontade de Deus para nós. Samuel R.Pimheiro nos esclarece neste o seguinte: “A ética bíblica não depende de maiorias ou de minorias. O que significa que a sociedade pode ser chamada a decidir em referendo o que quer que seja e pronunciar-se de modo contrário aos princípios que a Bíblia encerra e, como cristãos, continuaremos a pensar e a agir de acordo com ela e não com a maioria social. O pecado não é decidido pela consciência humana, pela sociedade no seu todo ou pelas estruturas do poder político. Certas práticas podem ter sido consideradas no passado erradas e até mesmo um crime, e jurídica e politicamente deixarem de o ser. O que pode deixar de ser crime na ordem jurídica continua a ser pecado diante de Deus. O que os homens consentem e liberalizam, Deus reprova. O pecado existe diante da santidade divina e do Seu plano e propósito. As instituições humanas podem despenalizar e liberalizar o que entenderem, não conseguirão evitar as suas consequências presentes e eternas.” Ética Cristocêntrica e evangélica- Formatada em Cristo e seus ensinamentos e esta nos molda à sua imagem. (2 Co. 3:18, Ef. 4:11-13) “Uma ética que nos torna apenas diferente do mundo, mas não nos aproxima da imagem de Cristo, não é cristã.” Carlos César Mendes Ribeiro O que a Palavra de Deus faz por nós? De acordo com o Salmo 19:7-14 – 1- A BÍBLIA NOS LEVA DE VOLTA PARA DEUS. (V.7) “a Lei do Senhor é perfeita e restaura a alma.” A palavra “perfeita” foi traduzida do hebraico “tâmîm” com um amplo sentido. Como substantivo fala de integridade, verdade. Como adjetivo qualifica o que é irrepreensível, completo. Quando usada no sentido moral, está associada à virtude, retidão e justiça. (Bíblia de Estudo Palavras Chave. CPAD. P.2006 verbete V.T.8549) A Lei (Torah) do Senhor é perfeita porque procede de um Deus perfeito. As Escrituras declaram que: Deus é Perfeito. (Dt.18:13, Mt.5:8) O caminho de Deus é perfeito. (Sl.18:30) A Lei de Deus é perfeita. (Sl.19:7) Toda Palavra de Deus é perfeita. (Pv.30:5) Bíblia como mensagem procedente de Deus é isenta de quaisquer contaminações, maldades ou deformidades. A Lei do Senhor é perfeita e restaura a alma! A palavra hebraica da qual se traduziu o termo “perfeita” tem o sentido de fazer voltar, trazer de volta. Sua mensagem tem o poder de restaurar a alma, ou seja: converter, reviver, Transformar, Fazer voltar, levar o ser humano de volta para Deus. A Bíblia atua na “ALMA”, referindo-se ao centro das emoções e sentimentos, ao verdadeiro “Eu”, à pessoa interior. É nesse centro tão íntimo do ser que Deus diz: “Eis que estou à porta e bato, se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, cearei com ele, e ele Comigo.” (Ap. 3:20). 2- A BÍBLIA NOS CONCEDE SABEDORIA. (V.7 b) “O testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices.” Testemunho do Senhor é instrução, conselho. Esta instrução é fiel, ou seja, é segura, firme, certa, verdadeira, inabalável, inconfundível, digna de confiança! Já se disse que a Bíblia é o “Manual do Fabricante”. Deus conhece o ser humano que criou e quer instruí-lo para que ele funcione bem, isto é, seja feliz. E o verso conclui que a Palavra de Deus transforma o símplice em sábio. “Símplice” vem de uma expressão que significa “Uma porta aberta” . Evoca a imagem de uma pessoa ingênua, sem maldade, que não sabe quando fechar a sua mente contra o ensinamento falso e impuro. A pessoa não tem discernimento, é ignorante e influenciável. Mas a palavra de Deus a torna sábia! “Sábio” – Fala de alguém que não apenas conhece fatos, mas alguém que é habilidoso na arte do viver santo, habilidoso em todas as questões da vida. O pastor de confissão Luterana Dietrich Bonhoeffer que se engajou no movimento de resistência contra Hitler e foi executado em 9 de abril de 1945, disse: “Ser simples é fixar os olhos unicamente na simples verdade de Deus quando todos os conceitos se mostrarem confusos, distorcidos, de pernas para o ar.” Dietrich Bonhoeffer A poetisa goiana, Cora Coralina, com muita propriedade, deixou-nos esta pérola: “O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes.” Deus revela os seus segredos aos pequeninos! (Mt.11:25) Deus caminha com os inexperientes! “A entrada das tuas palavras dá luz, dá entendimento aos símplices.” (Salmos 119:130) 3 – A BÍBLIA NOS CONCEDE ALEGRIA INTERIOR. (V.8) “Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração.” “Preceitos” são ensinos. Eles são retos, justos, corretos e satisfatórios e produzem bem estar interno. Numa época onde a insatisfação com a vida e até mesmo a depressão têm assolado muita gente, nada mais oportuno do que a interiorização dos ensinos de Adonai, o nosso Senhor! As verdades das Escrituras apontam a trilha apropriada através do confuso labirinto da vida. Tantas pessoas hoje estão aflitas ou abatidas porque carecem de direção e propósito. As pessoas estão buscando respostas às grandes questões da vida e para os seus conflitos. Quais fontes consultar? Os tarólogos? Os horóscopos? Os búzios? As cartomantes? As revistas femininas? A maioria busca respostas em fontes erradas. A Palavra de Deus não somente fornece LUZ para o nosso caminho, mas também determina a rota à nossa frente. Se você está confuso, deprimido, ansioso, temeroso, duvidoso, aprenda a obedecer ao CONSELHO DE DEUS e desfrute o prazer que disso resulta. O viver correto é gerador de alegria. Cuidado com os paliativos: Autorrealização, esforços artificiais para levantar a autoestima. São pílulas de placebo. O resultado psicológico logo passa. Concentre-se na verdade divina. Nela você encontrará alegria verdadeira e não apenas circunstancial. Todas as outras fontes geradoras de alegria são superficiais e passageiras. 4 – A BÍBLIA NOS PERMITE VER. (V.8 b) “O mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos”. O Mandamento, ou seja, o conjunto das normas de Deus é um ensinamento proposicional. Enfatiza a natureza não opcional da Bíblia. Ela não é um livro de sugestões! É propositiva! As ordens divinas possuem autoridade e são obrigatórias. Tratar com leviandade os mandamentos é se colocar em risco. Levar a sério é encontrar a bênção eterna. O mandamento é “puro”, claro, luminoso. Isento de misturas contaminantes. Ele nos ajuda a discernir e enxergar situações. A Bíblia não é um livro confuso. Ela traz entendimento onde há ignorância, ordem onde há confusão, luz onde há escuridão espiritual e moral. Ah! Como precisamos ter os olhos aclarados pela Palavra do Deus vivo! 5- A BÍBLIA NOS ENSINA A RESPEITAR DEUS (V.9) “O temor do Senhor é límpido e permanece para sempre.” Numa época em que os costumes, as conveniências sociais, as regras de educação são quebrantadas e mudadas a cada geração, a regra apresentada neste verso é eterna e inalterável! E que regra é esta? A regra do temor ao Senhor! Temor é respeito, reverência, admiração reverente que nos compele à adoração. Este “Temor” do Senhor é límpido. É um respeito casado com santidade, com retidão de vida. É impossível reverenciar Deus com uma vida torta, praticando tudo o que Deus reprova. “Não ter o temor do Senhor é a essência da apostasia.” (Jeremias 2:19) O Relativismo Moral: Mark Shaw observa o seguinte: “A pós-modernidade traz consigo uma ideologia chamada “Pós-modernismo”. Essa nova ideologia, de muitas maneiras, é antagonista à fé cristã. Por exemplo: O pós-modernismo opõe-se ao conceito de verdade objetiva e absoluta. No lugar da verdade absoluta, apregoa o evangelho do relativismo. A verdade para alguém é aquilo que a faz se sentir bem.” (SHAW, Mark Lições de Mestre. Ed.Mundo Cristão. SP. 2004. P. 227) O relativismo moral está presente na pós-modernidade onde as suas características principais são: ◘ Rejeição de uma cultura religiosa com padrões morais absolutos e aceitação de uma religiosidade interiorizada, onde vale o que acho certo. ◘ A convicção cedeu lugar à opção e o mandamento virou sugestão normalmente ignorada. A Bíblia perde a posição de “Única Regra de Fé e Prática”. ◘ Mensagem centralizada no homem, tornado-se um exercício de autoajuda e promessas de prosperidade. ◘ Relativização dos valores morais. Não há absolutos, tudo é relativo. O que importa é o bem estar da pessoa. Tolerância ética para com os padrões amorais. Homossexualidade não é pecado e nem desvio de conduta; é opção sexual. ◘ Rompimento das Tradições. Abaixo os tabus, os costumes arcaicos, os dogmas e até mesmo a maneira de falar. Prima-se pela subtração das palavras que diminuem em número de silabas. Observe o pronome de tratamento “você”. Antigamente era “vossa mercê”, depois virou “ vós mercê”, chegou a “ você” e atualmente pronuncia-se apenas “cê”. ◘ Isolacionismo – O escritor polonês Zygmunt Bauman, no seu livro “Identidade” ( Jorge Zahar Ed. RJ.2005.p.31) comenta que “estamos perdendo a capacidade de estabelecer interações espontâneas com pessoas.” ◘ Colapso do modelo tradicional de família. Abaixo as formalidades legais (união civil) e conceitos de “casal”. O novo casal pode se constituir de dois iguais. Desaparece a ideia milenar de “complementariedade dos sexos”. ◘ Ditadura da “Democracia Liberal” – Caminhamos para isto. Uma nova forma de fundamentalismo, que impõe à sociedade a obrigação de aceitar e tolerar tudo aquilo que, sabemos, contraria a ética cristã. Veja os absurdos recentes da “Lei da Homofobia”. É a ditadura das minorias. ◘ Espiritualidade Light – Banalização da oração, da meditação e da comunhão congregacional. Preferência por igrejas que não abordem na pregação temas como: arrependimento, pecado, cruz, ressurreição, santidade, etc. ◘ Desconstrução da Divindade de Jesus – Críticos tentam achar algum defeito em Jesus. Observem o esforço infernal em “O Código da Vinci” de Dan Brawm. Jesus vem sendo reduzido a um grande líder, no mesmo nível de Buda, Ghandi, Dalai Lama. Um iluminado, mas não Deus. Sendo assim, cai por terra princípios como o da Ressurreição, mediação, sacerdócio. Características do Cristianismo Atual ∆ Época onde impera o individualismo, relativismo, secularismo e consumismo. ∆ Ressurgimento de uma cultura pagã que afeta o culto. Esse paganismo é revelado em aspectos tais como: A reverência cede lugar à descontração; o bem-estar do fiel é mais importante que sua contrição; Deus é transformado numa espécie de força, sempre à disposição do usuário, mas que não lhe incomoda nem exige mudança comportamental. ∆ Negligência e desprezo para com a pregação e a Palavra de Deus. ∆ Valorização da música para produzir em elevado clima emocional. ∆ Valorização das experiências emocionais sem muito apelo à razão. ∆ Falta de cultivo de amizades profundas e verdadeiras. Comunhão frágil. ∆ Sincretismo religioso, resgatando superstições do catolicismo, como simpatias, copo de água benzido, etc. Resgatando práticas da macumba e candomblé sobre o pretexto de falar a linguagem deles, tais como sal grosso, arruda, descarrego, etc. ∆ ameaça de ser seduzido pela cultura circundante. (A cultura está sob julgamento da Palavra de Deus e não a Palavra sob julgamento da cultura) ∆ Mudança na maneira de se medir a eficiência da igreja. Na igreja antiga, esta aferição apontava para a Teologia prática, ou seja, a fidelidade com a qual o Evangelho era pregado e a observação das doutrinas e sacramentos. Por isso, temos as antigas confissões de fé. Na igreja moderna, isto é secundário. Mede-se a eficiência pela quantidade de membros. (FERREIRA, Franklin.Gigantes da Fé.Ed. Vida.SP.2006.pp.336-345) ALTERNATIVAS ÉTICAS Ética Deontológica – Quando o conceito do certo e errado é determinado por padrões pré-estabelecidos, que pretendem valer para todas as pessoas em todas as épocas. EX.: A Bíblia para os cristãos. O Alcorão para os muçulmanos. Deontologia- Parte da filosofia que estuda os princípios, fundamentos e sistemas de moral. Tratado dos deveres. A Deontologia com diretrizes dos deveres do homem, foi estabelecida desde a Criação.(Gn1:28)..”frutificar, multiplicar,trabalhar a terra, dominar a criação animal.”. Ética Teleológica- Quando o conceito do certo ou errado depende dos resultados positivos das nossas atitudes, o resultado define o que é certo ou errado. Ex: A pena de morte e a liberação das drogas são válidas se diminuírem a criminalidade. Teleologia - É um ramo da filosofia que estuda a finalidade das coisas. Enquanto a metafísica procura qual é a essência das coisas, como elas surgiram e de que forma surgiram, a Teleologia estuda a finalidade de qualquer coisa. Quando o filósofo pensa na teleologia, não está pensando qual é a origem do mal, qual é a essência do mal, mas vê que o mal existe e, portanto, o mal deve ter uma finalidade. Ética Situacionista- Quando o certo ou errado está vinculado ao contexto social e cultural, onde a decisão é tomada. Ex: Mulher usar calça comprida era proibido, já hoje, não existe restrição. A ética do velho testamento A coluna vertebral da ética veterotestamentária é também conhecida como Ética do Sinai, quando Deus outorgou o Decálogo e todo um conjunto de Leis morais e cerimoniais, a Toráh. ( Ex 20:1-17).Os Dez Mandamentos, por exemplo, não começam com uma ordem fria entregue ao homem. As primeiras palavras são de fundamental importância. Nelas, Deus afirma Sua identidade e Seus atos com a intenção de sensibilizar o povo e de evocar nele uma resposta de gratidão. (Pallister,Alan.Ética Cristã Hoje.Shedd Publicações.SP.2005.p29) Além das diretrizes exaradas no Gênesis e das leis do Pentateuco, tivemos a poderosa ação dos profetas falando com autoridade divina, expondo os erros do povo e propondo reparações. O Decálogo tem cordas vinculantes como o “Shemá” = “Ouve ó Israel...” (Dt. 6:4) que se tornou a aspiração do judeu piedoso. Ética do Novo Testamento- Origina-se nos evangelhos onde temos as palavras do Senhor Jesus e dos apóstolos prosseguindo nas demais cartas. Jesus depurou o cerne da ética cortando a casca na qual os religiosos a embrulharam e chamou-a de “preceito de homens”. Ex: Mt 15:1-11. Os discípulos são acusados de violar a tradição dos anciãos: comer sem lavar as mãos. Jesus os remete ao uma transgressão muito mais grave que era o desamparo dos pais em nome de uma pretensa oferta ao Senhor para se eximirem da responsabilidade de sustentá-los na velhice. Para Jesus, a real contaminação vem do interior da pessoa.(v.11) enquanto a ética do V.T. apresentava-se mais como regras, a do N.T. se mostra por princípios. No Sermão do Monte Jesus afirmou que os seus discípulos são o sal e a luz do mundo, cujos efeitos são vistos pela sociedade, redundando na Glória de Deus. (Mt. 5:13-16) “A ética neotestamentária é uma resposta de agradecimento à obra anterior do Salvador; uma dívida de gratidão. A ética é firmemente transcendente e deontológica, embora esse fato não exclua critérios imanentes (o homem natural tem a Lei escrita em seu coração.Rm2:15) e teleológicos (o homem ganha benefícios tangíveis em consequência dos padrões éticos que assume.Ef 6:2-3)” Alan Pallister.2005p.32 Exemplos de caráter normativo da ética do N.T.: O dinheiro é idolatria- “ deus rival Mamon” – Mt 6:24 A avareza é uma forma de idolatria – Cl.3:5 Comida e bebida para alguns assumem e forma de deus- Fp.3:19 Narcisismo não deve ocupar o lugar de Deus; Rm.1:24 Não se casar com descrente- 2 Co.6:14 Fé e obras caminham juntas- Tg.2:14-26 Amar o inimigo – Mt. 5:44-45 Reconciliação com o irmão – Mt.5:23-24 Olha com intenção impura para uma mulher equivale a adultério- Mt.5:27-28 Não repudiar a mulher a não ser por adultério – Mt.5:32 A ÉTICA DO AMOR Joseph Fletcher propôs a ética situacionista localizada entre os extremos do legalismo e do antinomismo. Os antinomistas não têm leis, os legalistas têm leis para tudo, enquanto o situacionismo de Flatcher tem uma só Lei ou tipo de “ norma inquebrável”; um absolutismo de uma norma superior: o Amor. O Legalismo: A lei sobre o Amor – Legalista é aquele que entra em cada situação de tomada de decisões sobrecarregado com um fardo de regras pré determinadas. Para ele, a letra da Lei, não o espírito da Lei, prevalece. Exemplo clássico: Os fariseus. O Antinomismo: Nenhuma Lei e nenhum amor – São libertinos, sem norma alguma. Tomam decisões morais espontâneas e sem princípios baseadas na situação do momento. Ex: Os libertinos do N.T. Paulo mencionou um grupo de libertinos que achava que tudo era lícito ao crente, inclusive participar dos festivais pagãos oferecidos nos templos idólatras. (I Co. 8:10) O livro do Apocalipse menciona os nicolaítas e os seguidores de Jezabel, grupos libertinos que ensinavam os cristãos a participar das “profundezas de Satanás.” (Ap. 2:24) Judas menciona os libertinos infiltrados na igreja. (Jd.4) (NICODEMOS,Augustos. O Que Estão Fazendo com a Igreja. Ed. Mundo Cristão.SP. 2008. PP. 131-134) “O que é liberdade sem virtude? É o maior de todos os males possíveis [...] é loucura sem limites. Os homens estão qualificados para a liberdade civil na proporção exata da sua disposição para impor cadeias morais sobre seus próprios apetites.” Edmund Burke – Estadista britânico – 1791 “Todas as sociedades devem ser governadas de um modo ou de outro. Quanto menos tiverem restrições do Estado, mais deverá haver de autogoverno individual. Quanto menos dependerem da lei pública ou da força física, mais deverão depender de restrição moral particular. Em uma única palavra, os homens precisam, necessariamente ser controlados ou por um poder interior ou por um poder de fora deles; seja pela Palavra de Deus, seja pelo braço forte do homem. Seja pela Bíblia, seja pela baioneta.” Robert C. Winthrop – porta-voz da Casa dos Representante dos Estados Unidos (1847-1949) O Situacionismo: O Amor acima da lei - Este, o Amor, é a Lei Maior. O situacionista não despreza as leis, regras princípios e normas, porém, pode quebrá-los se a situação o exigir. Ex: Um assassino pergunta por sua vítima. Nosso dever , nessa hora, pode ser mentir. Segundo Fletcher, a imagem de Deus no homem não é a razão, mas, sim, o amor. O amor e a personalidade se constituem na semelhança característica dos homens e Deus. O amor torna o homem semelhante a Deus. Fletcher usa a imagem bíblica do resumo de Jesus de toda a Lei num só mandamento: Amar, aplicado primeiramente e Deus e depois ao próximo. A ética do amor no Wesleyanismo- Wesley relaciona os papéis de Criador e administrador em termos da Lei Moral; aquela imagem incorruptível do Alto e Santo que habita a eternidade. Deus, como Criador, não realizou apenas o mundo físico; mas trouxe à existência a ordem moral e espiritual e esta é uma cópia da mente eterna, uma transcrição da natureza divina. Em outras palavras, Deus escolheu livremente criar um mundo que manifestaria os atributos pessoais do Ser divino em termos de santidade e amos. A Lei Moral- santa, justa e boa- está, portanto, incrustada na exata natureza da ordem moral e espiritual criada.(COLLINS,Kenneth J.Teologia de Jonh Wesley. CPAD.RJ.2010.p.57). O tipo de amor para o cristão que busca a “perfeição cristã” não é mais um amor incipiente, de principiante, mas um amor tornado maduro, não mais o frágil sentimento de amor humano, mas uma fagulha de Amor Divino instalado num vaso humano, como explica William M. Greathouse: “ O amor é vínculo da perfeição”(Cl 3:14), posto que enlaça as outras virtudes numa unidade perfeita. Este amor não é natural; é dom de Deus.[...] que ele comunica ao homem pela infusão do Espírito Santo. (GREATHOUSE,William M.Dos Apóstolos a Wesley.CNP.SP.2000.p.74). A ÉTICA DA CRIAÇÃO “Em seu livro Os Irmão Karamazov (1880), Dostoiévski, através de sua personagem Ivan Karamazov, diz que, se Deus está morto, tudo é permitido. Em outras palavras, se não há nenhum padrão transcendente de bondade, então não pode haver em última instância, nenhum caminho para distinguir o certo do errado, o bem do mal, e não pode haver nem santos nem pecadores, nem uma pessoa boa ou má. Se Deus está morto, a ética é impossível.” (SIRE. James. O Universo ao Lado. United Press.SP.2004.p.130). O salmo 14 diz: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem. O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um.” (Salmo 14:1-3). O insensato diz: Não há Deus! Se não há um Ser superior com autoridade para legislar e punir as transgressões, o resultado é o que está indicado no texto: Corrupção, práticas abomináveis a Deus e negação do bem. “Os seres humanos nascem com filtro moral. Somos capazes de distinguir o bem e o mal porque temos senso moral em nossa consciência. (Rm.2:15) Instintivamente rejeitamos a injustiça e as atitudes absurdas. A moralidade está instalada em nossa biologia.” (COLSON, Charles e Fickett. A Fé em Tempos Pós-Modernos. Ed. Vida. SP. 2009. P.83) Criados para relacionamento – Relacionamento com Deus e com o próximo. James Houston afirma: “Fomos criados como seres que se relacionam, mas, como pecadores que somos, nossa perversidade está em nos relacionar de forma invejosa e não amorosa. Na inveja, desejamos a posse; no amor, fazemos a entrega.” A grande descoberta humana sobre Deus não é sobre a sua transcendência, mas sobre a sua imanência. O Deus que não é uma força ou energia abstrata e sim uma pessoa acessível. “Blaise Pascal (1623-1662), gênio da matemática e inventor da primeira máquina calculadora, estava sentado em casa na noite de 23 de Novembro de 1654 lendo a passagem do Evangelho sobre as três vezes em que Pedro negou Jesus. Pascal enxergou a si mesmo na negação de Pedro e chorou muito. Olhou para o relógio e observou que tudo havia acontecido entre 22 h30 e 00h30. Dirigiu-se então à sua mesa e escreveu um profundo e tocante registro da sua experiência, dando-lhe o nome de Memorial. Passou a usá-lo costurado do lado de dentro de seu casaco. Nunca mais o seu Deus foi uma ideia abstrata de filósofos, mas o Deus de Abrahão, Isaque e Jacó, o Deus pessoal que pode entrar em nosso coração e manter comunhão conosco como se fossemos amigos.(HOUSTON, James. Meu Legado Espiritual. Ed. Mundo Cristão. SP. 2008. P.62) Os mandatos do Criador nos remetem: À comunhão com Ele. À comunhão com os demais seres humanos. Ao mandato cultural (Gn.1:28) – Sustentabilidade ambiental; ou seja, promover o desenvolvimento econômico e social sem esgotar os recursos naturais e sem agredir o meio ambiente. Na ética da criação aprendemos também que a história e a meta-história estão nas mãos do Criador. Do Senhor é a Terra e tudo o que nela se contém...”(Sl. 24:1) Nas obras que estão na terra devemos reconhecer o glorioso Criador. (Rm. 1:20, At. 14:17) Tudo o que fez é bom! “De modo contrário à mentalidade grega (A matéria é má) o Antigo Testamento afirma o bem essencial da criação. O mundo físico não é um mal para ser rejeitado; é um bem para ser desfrutado; um reflexo da glória de Deus.” (GEISLER, Norman L. Ética Cristã – Alternativas...Soc. Ed. Vida Nova. SP. 1991. P. 213) Deus ordenou todo o Universo bem como as Leis Fixas para a tudo manter em funcionamento e equilíbrio. (Jr. 31:35-36) O Deus da Providência não ficou indiferente às decisões éticas do ser que criara. Ele estabeleceu: O Plano de Redenção, As Alianças, A nação de Israel e o sacerdócio, a Encarnação e a Igreja de Cristo Jesus. A história da humanidade vai se desenrolando sobre a Terra, porém, a Meta-história nos mostra que antes de chegarmos ao ambiente do planeta Terra, Deus já havia traçado o seu plano de Redenção. (Ef.1:3-7) “A meta da Redenção é a derrota e remoção do pecado. Deus fez da Santidade a condição moral necessária para a saúde espiritual do Universo.” William Fitch DESAFIOS BIOÉTICOS – Bioética pode ser definida como: “O estudo sistemático da conduta humana na área das ciências da vida e do cuidado da saúde, enquanto tal conduta é examinada à luz dos valores e dos princípios morais.” (REICH, Warren T. Introduction: Encyclopedia of Bioethics. I. XXX. 1971) Dr. Raul Marino Jr., professor livre-docente de Bioética pela Faculdade de Medicina da USP e escritor nos presenteia com a seguinte reflexão: “O homem é o único animal moral e que sabe que vai morrer. A moral, entretanto, lhe ensina a arte de viver. A ética nos permite saber quem somos. A moral é a arte de viver bem como homem. A antropologia demonstra que o homem ou é ético ou não é homem.” (MARINO, Raul Jr. Em Busca de uma Bioética Global. Ed. Hagnos. SP. 2009 p. 99) Na relação médico-paciente espera-se os procedimentos éticos dos profissionais. No entanto, as questões médicas se entrelaçam com as teológicas em temas tais como: Aborto, engenharia genética, células tronco, clonagem humana, eutanásia, métodos contraceptivos, etc. A Igreja do Nazareno em seu Manual, toma posição nos seguintes assuntos: Santidade da Vida Humana A Igreja do Nazareno acredita na santidade da vida humana e esforça-se por proteger contra as práticas de aborto, pesquisa de células estaminais (células tronco) em embriões humanos, eutanásia e a negação do necessário tratamento médico aos fisicamente incapacitados e aos idosos. Aborto Induzido. A Igreja do Nazareno afirma a santidade da vida humana como estabelecida pelo Deus Criador, e crê que essa santidade se estende à criança que ainda não nasceu. A vida é uma dádiva de Deus. Toda a vida humana, incluindo a que está em desenvolvimento no útero materno, é criada por Deus à Sua imagem e, portanto, é para ser nutrida, cuidada e protegida. A partir do momento da concepção, a criança é um ser humano com o desenvolvimento de todas as características da vida humana e esta vida depende totalmente da mãe para a continuidade do seu desenvolvimento. Por isso, acreditamos que a vida humana necessita ser respeitada e protegida a partir do momento da sua concepção. Opomo-nos ao aborto induzido por qualquer meio, por conveniência pessoal ou controle populacional. Opomo-nos a leis que permitem o aborto. Cientes de que há condições médicas raras, porém reais, em que a mãe ou a criança por nascer, ou ambas, não poderiam sobreviver à gravidez, o término da gravidez só poderá ser feito após aconselhamento médico e cristão adequados. Oposição responsável ao aborto exige a nossa consagração ao início e apoio a programas designados a prover cuidados adequados para mães e crianças. A crise de uma gravidez indesejada compele a que a comunidade de crentes (representada apenas por aqueles a quem seja apropriado o conhecimento da crise) ofereça um contexto de amor, oração e aconselhamento. Em tais casos, o apoio poderá tomar a forma de centros de aconselhamento, casas para mulheres grávidas e a criação ou utilização de serviços cristãos de adoção. A Igreja do Nazareno reconhece que considerações dadas ao aborto como meio de terminar uma gravidez indesejada muitas vezes ocorrem porque se ignoraram princípios cristãos da responsabilidade sexual. Assim, a Igreja apela a que as pessoas pratiquem a ética do Novo Testamento no que se refere à sexualidade humana, e a que tratem a questão do aborto situando-a no seu contexto mais vasto de princípios bíblicos que oferecem orientação quanto a como fazer-se decisão moral. (Gn. 2:7, 9:6; Êx. 20:13; 21:12-16, 22-25; Lv. 18:21; Jó 31:15; Sl. 22:9; 139:3-16; Is. 44:2, 24; 49:5; Jr. 1:5; Lc. 1:15, 23-25, 36-45; At. 17:25; Rm. 12:1-2; I Co. 6:16;7:1 e seguintes; I Tes. 4:3-6) A Igreja do Nazareno também reconhece que muitos já foram afetados pela tragédia do aborto. Desafia-se a cada congregação local e a cada cristão a oferecer a mensagem do perdão de Deus a cada pessoa que já experimentou o aborto. As nossas congregações locais devem ser comunidades de esperança e redenção para todos os que sofrem dores físicas, emocionais e espirituais conseqüentes da interrupção voluntária de uma gravidez. (Romanos 3:22-24; Gálatas 6:1) Engenharia e Terapia Genética. A Igreja do Nazareno apóia o uso de engenharia genética para alcançar a terapia genética. Reconhecemos que a terapia genética pode levar à prevenção e cura de doenças, desordens mentais e anatômicas. Opomo-nos a qualquer uso de engenharia genética que promova injustiça social, despreza a dignidade da pessoa ou tenta alcançar superioridade racial, intelectual ou social sobre outros (Eugênico). Opomo-nos à iniciação de estudos do DNA cujo resultado possa encorajar ou apoiar o aborto humano como uma alternativa para interrupção da vida antes do nascimento. Em todos os casos, humildade, respeito pela inviolabilidade da dignidade da vida humana, igualdade humana diante de Deus e compromisso com a misericórdia e justiça devem governar a engenharia e a terapia genética. (Mq.6:8) Pesquisa de Células Estaminais (Células Tronco) em Embriões Humanos e Outras Diligências Médico/Científicas que Destroem a Vida Humana após a Concepção. A Igreja do Nazareno encoraja fortemente à comunidade científica para prosseguir agressivamente os avanços na tecnologia de células estaminais (células tronco) obtidas a partir de fontes tais como tecidos humanos adultos, placenta, sangue do cordão umbilical, fontes animais e outras fontes embrionárias não humanas. Isto tem como fim correto a tentativa de trazer saúde para muitos, sem se violar a santidade da vida humana. A nossa posição sobre a pesquisa de células estaminais (células tronco) em embriões humanos surge a partir da nossa afirmação que o embrião humano é uma pessoa feita à imagem de Deus. Por isso, opomo-nos ao uso de células estaminais (células tronco) produzidas a partir de embriões humanos para pesquisa, intervenções terapêuticas ou qualquer outro propósito. À medida que avanços científicos disponibilizam novas tecnologias, nós apoiamos fortemente esta pesquisa quando ela não viola a santidade da vida humana ou qualquer outra lei moral ou bíblica. Contudo, opomo-nos à destruição do embrião humano para qualquer propósito e qualquer tipo de pesquisa que tira a vida de um ser humano após a concepção. Coerente com este ponto de vista opomo-nos ao uso, para qualquer propósito, de tecidos derivados de fetos humanos abortados. Clonagem Humana. Opomo-nos à clonagem do ser humano individual. A humanidade é valorizada por Deus, que nos criou à Sua imagem e a clonagem de um ser humano individual trata este ser como um objeto, negando desta forma a dignidade pessoal e o valor que nos são conferidos pelo Criador. (Génesis 1:27) Eutanásia (Incluindo Suicídio Medicamente Assistido). Acreditamos que eutanásia (fim intencional da vida de uma pessoa com doença terminal ou alguém portadora de uma doença degenerativa e incurável que não é ameaça de vida imediata, com o propósito de por fim ao sofrimento) é incompatível com a fé cristã. Isto se aplica quando a eutanásia é requerida ou consentida pela pessoa com doença terminal (eutanásia voluntária) ou quando a pessoa terminalmente doente não está mentalmente capacitada para dar o seu consentimento (eutanásia involuntária). Acreditamos que a rejeição histórica da eutanásia pela igreja cristã é confirmada pelas convicções cristãs derivadas da Bíblia e que são centrais à confissão de fé da Igreja em Jesus Cristo como Senhor. A eutanásia viola a confiança cristã em Deus como Senhor soberano da vida ao reivindicar o senhorio da pessoa sobre si mesma; viola o nosso papel como mordomos diante de Deus; contribui para a erosão do valor que a Bíblia coloca na vida e comunidade humanas; dá demasiada importância à cessação do sofrimento; e reflete a arrogância humana diante de um Deus graciosamente soberano. Desafiamos o nosso povo a se opor veementemente a todos os esforços de legalização da eutanásia. Permitindo Morrer. Quando a morte humana é iminente, acreditamos que, tanto o retirar como o não iniciar de sistemas artificiais de apoio à vida, são permitidos dentro dos limites da fé e prática cristãs. Esta posição aplica-se a pessoas que estejam num persistente estado vegetativo e aquelas aos quais a aplicação de meios extraordinários para o prolongamento de vida não traz nenhuma esperança razoável de retorno à saúde. Acreditamos que quando a morte é iminente, nada na fé cristã requer que o processo de morrer seja artificialmente adiado. Como cristãos confiamos na fidelidade de Deus e temos a esperança da vida eterna. Isto faz com que os cristãos aceitem a morte como uma expressão de fé em Cristo, que venceu a morte no nosso lugar e roubou-lhe a vitória. Leitura Recomendada: “O Fascismo Moderno” - Gene Edward Veith Jr. Edit. Cultura Cristã. Capitulo 6 – “Vida Indigna de Vida” TEOLOGIA SISTEMÁTICA III UNIDADE III - FUNDAMENTOS TEOLÓGICOS DA ESCATOLOGIA a) O início dos últimos tempos. b) O papel do Espírito Santo nos últimos tempos c) O Juiz de todas as coisas e a prestação de contas d) Eventos e passagens escatológicas e) Literatura apocalíptica f) O milênio g) Escatologia dispensacionalista. Introdução: Os fundamentos da escatologia repousam na Revelação bíblica; na palavra dos profetas; nas palavras do Senhor Jesus , dos apóstolos e do Espírito Santo. Formam a doutrina das coisas que hão de vir. (João 16:13, Ap.1:1) Os temas abordados são variados tais como: O destino manifesto da Criação (homens e planeta) O Plano de Redenção (sua concepção antes da fundação do mundo até à restauração de todas as coisas) A formação do Estado Teocrático de Israel; sua diáspora, retorno e figuração nos acontecimentos mundiais. A formação da Igreja, seu papel no evangelismo global, sua guerra contra as forças tenebrosas do mal e seu destino glorioso. A multiplicação da ciência e tecnologia. O abalo da fé (apostasia), a decadência moral e a anarquia. O fim da presente ordem política. O governo do Anticristo. Os cataclismos indicando a natureza em revolta com terremotos, tsunamis, secas, enchentes, além de rebeliões, fome, pestes e impiedade. Diante de um quadro incontrolável a quaisquer governos, o clamor popular da grande massa humana que rejeitou Deus será: - Se existe um Deus Criador que Ele possa intervir! Os crentes em Cristo de todos os tempos viveram amparados na promessa: “Estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos.” Se não bastasse a realidade do “Deus Conosco” = Emanuel, temos a promessa da segunda vinda de Cristo para estabelecer na Terra o seu Reino físico de Justiça, prender e finalmente destruir Satanás e suas hostes e promover a ressurreição de todos os justos! Maranata! Ora vem Senhor Jesus! A esperança escatológica arde no coração crente e está refletida nos cânticos, numa hinologia rica e inspiradora. EX. Chamada Final – (hino 108 C.C.) “Quando Cristo sua trombeta...” Saudade – (Hino 484 C.C.) “Da Linda Pátria estou...” A Bela Cidade (Hino 498 C.C.) “Tenho lido da Bela cidade...” Terra Feliz (Hino 508 C.C) “Eu avisto uma Terra Feliz...” Na Glória (Hino 515 C.C.) “Oh! Vai me encontrar na Glória...” Então se verá o Filho do homem. Jesus em Breve do Céu Virá. a) O início dos últimos tempos – Os cristãos do primeiro século viveram na expectativa do final dos tempos, talvez até impactados pelo apóstolos Paulo e Pedro nas suas cartas, em passagens como estas: “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” (I Co. 15:52) “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” (I Ts. 4:16-17) “E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração.” (I Pedro 4:7) É de consenso que os “últimos tempos” principiaram na obra consumada de Cristo na Cruz, sua ressurreição e ascensão. O autor aos Hebreus foi enfático: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho...” (Hb.1:1) O intervalo entre o início dos últimos dias até à segunda vinda de Cristo é o tempo da operação da GRAÇA SALVADORA de Deus dentro do seu plano de Redenção. Sabemos que este intervalo está se escoando, mas ninguém pode datar seu fechamento. (Mc.13:32) O sinal moderno dos últimos dias desta era é evidenciado em profecias como estas: “E há de ser que naquele dia o Senhor tornará a pôr a sua mão para adquirir outra vez o remanescente do seu povo, que for deixado, da Assíria, e do Egito, etc. E levantará um estandarte entre as nações, e ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá congregará desde os quatro confins da terra.” (Is. 11:11-12) “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poderse-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos.” (Isaías 66:8) “E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem.” (Lucas 21:24) O tempo do fim está descritos com os sinais da natureza, sociais e econômicos como o sermão profético de Jesus (Mt. 24 e 25) Paulo a Timóteo nos fornece um quadro social espantoso dos habitantes do tempo do fim. (2 Tm. 3:1-4) Prevalece: Humanismo – Amor a si próprio. Materialismo – amor ao dinheiro. Hedonismo – Amor aos prazeres. Ateísmo – negação de Deus. O cenário mundial dos últimos tempos segundo as profecias, indicam também: A revivificação do Império Romano – (Dn. 2:36-41) A reconstrução do templo de Jerusalém. ( O poder do Norte “Gogue e Magogue” (Rússia e seus aliados) invadindo Israel. (Ez. 38:1, 39:16) Mobilização global pelo controle de Jerusalém. (Zc. 12:2-3) (Internacionalização?) Apostasia – (I Tm.4:1) Abandono e negação da fé. Aparecimento de “Falsos Cristos” (I João 2:18, Mt. 24:23-24) Zombadores da promessa da volta de Cristo. (2Pe. 3:3-4) b) O papel do Espírito Santo nos últimos tempos – O Espírito Santo tem papel fundamental na revelação das coisas que hão de vir. (João 16:13) “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.” O Espírito Santo além de ser o Consolador (O que dá força e poder à Igreja para permanecer em Pé), também é o que prepara o cenário mundial desde o advento de Cristo ao mundo até à consumação de todas as coisas. O Espírito Santo é o sinal de que o Reino de Deus não apenas é escatológico, mas já está entre nós. “Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus.” (Mt. 12:28) Isaías profetizou que o Espírito Santo repousaria sobre o Messias: “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor.” (Isaías 11:1-2) O Senhor Jesus confirmou esta profecia. “E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor.[...] Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.” (Lc.4:17-19,21) O profeta Joel menciona a chuva temporã e a serôdia, chuvas de Outono e da Primavera, as primeiras e as últimas. (Joel 2:23) A primeira grande chuva veio a seu tempo; no Pentecostes, fazendo florescer a Igreja de Cristo e instaurando o tempo do fim. A chuva chamada de serôdia começou a cair há pouco tempo, séculos retrasado e passado. “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão; e farei aparecer prodígios em cima, no céu; E sinais em baixo na terra, Sangue, fogo e vapor de fumo. O sol se converterá em trevas, E a lua em sangue, Antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor; E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Atos 2:1621) O Espírito Santo atuará fortemente no povo judeu no fim dos tempos trazendoos de volta à sua terra e convertendo-os. “E vos tomarei dentre os gentios, e vos congregarei de todas as terras, e vos trarei para a vossa terra. ¶ Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis. E habitareis na terra que eu dei a vossos pais e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus.” (Ezequiel 36:24-28) Podemos ainda creditar ao Espírito Santo a detenção das ações das forças cósmicas do mal. O texto de 2 Ts. 2:7-8 diz: “Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado; e então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda...” Creio que a melhor interpretação para a figura desse detentor é o Espírito Santo. Alguns interpretam como sendo a Igreja. c) O JUIZ DE TODAS AS COISAS E A PRESTAÇÃO DE CONTAS – A noção de um juiz Universal está sedimentada no Gênesis, no CRIACIONISMO. Se aceito o Criador, aceito também um AGENTE MORAL, legislador, provedor e superior a quem prestarei contas. O Evolucionismo é uma forma de negar essa realidade. As Escrituras estão prenhes de juízo divino às nações e ao povo de Israel. Exemplos: O Dilúvio – (Gn. 6:1-8) Confisco das terras de Canaã – (Gn.9:25 e 10:15-18) Devido à maldição do neto de Noé; Canaã, a terra onde habitavam seus descendentes foram dadas aos semitas. Destruição de Sodoma e Gomorra - (Gn.18:17-20 e 19:23-26) Juízo sobre o Egito – (Êxodo 12:12) Cativeiro – Como juízo punitivo – (Amós 6:1-8) A ideia de avaliação divina está presente no Novo Testamento. Os textos de 2 Co. 5:10 e Rm. 14:10 mostram os crentes sendo examinados diante do Filho de Deus. “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.” (2 Co.5:10) “Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.[...] De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” (Rm. 14:10-12) “Tribunal de Cristo” é tradução da palavra grega “Bema” ; uma espécie de plataforma de juiz, onde os crentes serão julgados como “SERVO” quanto ao serviço prestado. Não se trata de juízo para salvação ou perdição, pois já foram salvos. O Tribunal de Cristo será instalado após a trasladação da igreja deste mundo para as regiões celestes. (I Ts. 4:17) Pelas Escrituras podemos entender que dois juízos estão previstos: O Juízo das nações – (Mt.25:31-46 O Juízo do Grande Trono Branco – (Ap. 20:11-15) Se dará na terra, no vale de Josafá – Jl.3:2 se dará no espaço Antes do Milênio – Fim da Grande Tribulação Depois do Milênio Se dará com os vivos Se dará com mortos 3 classes de julgados: Justos, ímpios e judeus Uma só classe: os perdidos Julgamento coletivo julgamento individual Ausência de livros Livros abertos EVENTOS E PASSAGENS ESCATÓLÓGICOS Harold B. Allison(1) nos fornece os gráficos lineares da história segundo as principais escolas de interpretação dos eventos finais: Principais assuntos da escatologia: O arrebatamento da igreja – “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” (I Co. 15:51-52) “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” (I Ts. 4:16-17) As Bodas do Cordeiro – “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. [...] “ E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.” ” (Ap. 19:7 e 9)) A Grande Tribulação e a revelação do Anticristo – “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” (2 Ts. 2:3-4) “E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.” (Ap. 7:14) A Segunda vinda de Cristo precedida de sinais - “E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” (João 14:3) “E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco, os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.” (Atos 1:10-11) “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus.” (Ap. 22:20) Satanás amarrado por mil anos - “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.” (Ap. 20:1-2) Reino milenar de Cristo sobre a Terra – “...e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.” (Ap. 20:4) Soltura de Satanás – “E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão...” (Ap. 20:7) Julgamento do Grande Trono Branco - “E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.” (Ap. 20:11-12) Satanás lançado no Lago de Fogo – “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.” (Ap. 20:10) A renovação da Terra – Habitat atual que será destruído por fogo e criação de novo habitat. “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.” (2 Pedro 3:10-13) Começa a era interminável (eternidade) – (Ap. 21) (1) (ALLISON, Harold B. A Doutrina das Últimas Coisas. IBR. SP. 1971 pp.14) A LITERATURA APOCALÍPTICA A PALAVRA “Apocalipse” vem de dois vocábulos gregos “Apo” = de dentro para fora, e, “Kalypsis” = cobertura, véu. Portanto, o sentido da palavra é “TIRAR O VÉU”, descobrir. É um livro canônico, aceito desde os primórdios do cristianismo. O seu capítulo 19:9 diz: “Estas são as verdadeiras palavras de Deus.” A literatura apocalíptica é, em certo sentido, uma representação pictórica e narrativa de uma realidade que está além da experiência dos sentidos. Ela se distingue pelo uso de simbolismo visionário, de formas fantásticas, com o uso de figuras tais como bestas, chifres, taças, trombetas, cavalos, seres angelicais, sinais no céu, no mar ou na terra, sons, coroas, selos, simbolismos numéricos, etc. O comentário a seguir é do Rev. e escritor Osmar José da Silva em seu livro “ Reflexões Filosóficas” vol.7 p.19. “Os escritos que são chamados apocalípticos possuem características distintivas; afirma-se que nesta forma literária trata-se de escatologia, pois falam do que haverá nos últimos tempos. Os assuntos apocalípticos indicam os acontecimentos que sucederão entre uma era e outra; isto é, tudo o que acontecerá ao findar desta geração adâmica [...] além dos textos bíblicos (Daniel, Apocalipse, Etc.) Existem outros textos apocalípticos apócrifos, não canonizados. Entre eles fala-se de: Apocalipse de Dositeu; Ap. de Elias; Ap. de Paulo; Ap. de Pedro; Ap. de Tiago; Ap. grego de Baruque, etc. Ainda do mesmo autor, vejamos as suas considerações sobre os livros de Daniel e Apocalipse: Daniel – “Foi escrito para o povo israelense.Visava conservar a necessidade psicológica daquele povo de “ Saltar por cima” das dificuldades por que passavam durante setenta anos de escravidão, sob o jugo de Babilônia. O desânimo havia tomado conta dos judeus; não louvavam nem cultuavam a Deus como se tudo estivesse fadado ao nada. Deus despertou Daniel, para dar revelações e renovar as esperanças dos judeus. Apocalipse de João – É riquíssimo em tipologia, simbologia e figuras de linguagem, necessitando todo o cuidado para não confundir o leitor. Não direcionado diretamente ao povo israelense e sim como sinal para a Igreja de Cristo. A igreja tem passado por momentos difíceis, e é conhecedora de que nestes últimos tempos, os dias serão ainda mais trabalhosos. O Senhor Jesus, por sua misericórdia e amor, deu revelações a João com a finalidade de encorajar os seus servos, dandolhes a força da esperança e fé para enfrentarem estes últimos instantes. Escolas de interpretação do Apocalipse: 1- Futurista – O livro é inteiramente escatológico. Falha: Deixa o livro sem significado e sem mensagem para os destinatários originais. Há dois grupos dentro dessa corrente Futurista. O Dispensacionalismo e corrente futurista simples. O Dispensacionalismo surgiu com John N. Darby e foi popularizado pela Schofield Bible. 2- Preterista – (Latim “praeter” = passado) Situa o livro totalmente no passado; século I. Ex.: Roma era o monstro do Cap. 13. Esses escritores entendem que as principais profecias do livro do Apocalipse cumpriram-se na destruição de Jerusalém (em 70 AD) e na queda do Império Romano. A força do Preterismo é que se baseia em considerável montante de verdade. O livro de Apocalipse de João deve ter feito sentido para os seus primeiros leitores, seus contemporâneos. Que pastor escreveria uma carta para o seu rebanho que não tivesse imediato significado para essas ovelhas? O Preterismo Ignora o Futuro. A fraqueza desse ponto de vista é sua limitação terminal. Obviamente os juízos preditos não se cumpriram, e conquanto figurativamente se possa interpretar a conquista do mundo por Cristo e o retrato de um juízo final, nada disso ainda apareceu. 3- Histórica – Trata de fatos já realizados. Vê os acontecimentos do Apocalipse como sendo uma profecia sobre a história da Igreja, seu começo de glória, seu declínio até o dia de sua consumação histórica. Cada seção do livro profetiza sobre um determinado período da história da igreja. O que dificulta a viabilidade dessa teoria são dois fatores: 1. Pouca evidência interna; 2. A dificuldade em estabelecer quais eventos históricos são mais importantes. 4- Idealista – Uma exposição de ideias e princípios sob os quais Deus age, porém, não é um guia histórico do passado nem a previsão do futuro. A escola idealista de interpretação julga que o livro de Apocalipse é um desdobrar de princípios em figuras. O propósito do livro de Apocalipse não é falar de eventos específicos a virem. É somente para ensinar verdades espirituais que podem ser aplicadas a todas as situações (ou serem delas derivadas). Incoerências do Idealismo: - Absoluta coerência é impossível para o Idealismo. O Apocalipse descreve a segunda vinda de Cristo. Se esse for um evento histórico real, por que alguns dos retratos dos eventos do Apocalipse antes disso também são históricos? ESCATOLOGIA DISPENSACIONALISTA Segundo N. Lawrence Olson em seu livro clássico “O Plano Divino Através dos Séculos”, as épocas ou eras e as dispensações bíblicas constituem a “espinha dorsal” das Escrituras. A interpretação certa das profecias dependerá do conhecimento dessas épocas históricas e os respectivos pactos vigentes entre Deus e os homens.” (CPAD. RJ. 1981. P.12) A palavra “dispensação” aparece quatro vezes no N.T. (ICo. 9:17, Ef. 1:10, 3:2,Cl. 1:15) O termo grego é “OIKONOMIA” que normalmente traduzimos por economia, a boa ordem na administração de uma casa. Dispensação expressa a administração que Deus faz em sua grande casa universal. Entende-se por dispensação períodos distintos nos quais Deus trata com a humanidade. O modelo dispensacionalista utiliza-se de três sistemas de interpretação segundo exige o texto: O Literal, o Figurado(João 10:9) e o Simbólico. (Dn.2) Trata com três distintas classes de povo: O judeu, o gentio e a igreja de Deus. (I Co. 10:32) Separa o ministério de Jesus em três períodos: Como Profeta – Do Édem até à cruz, às vezes ministrando em teofania. Como Sacerdote – Desde a ascensão até à seguinda vinda. (Hb. 7:25 e 8:1) Como REI – Durante o Milênio e em épocas sucessivas. (Ap. 19:16, Lc. 1:33) SETE DISPENSAÇÕES: Dispensação da INOCENCIA Dispensação da CONSCIENCIA Dispensação do GOVERNO HUMANO Dispensação da PROMESSA Dispensação da LEI Dispensação da GRACA Dispensação do REINO OU MILENIAL. OITO ALIANÇAS OU PACTOS: PACTO EDENICO - Feito com Adão ( Gênesis 1.28-30; 2.15-17) PACTO ADAMICO - Feito com Adão e Eva depois de sua desobediência (Gênesis 3.14-19) PACTO COM NOÉ - Feito depois do dilúvio (Gênesis 8.20; 9.1-17) PACTO COM ABRAAO - O qual foi confirmado a seu filho Isque e a seu neto Jacó (Gênesis 12.1-3; 26.1-5) PACTO MOSAICO - Feito com Moisés depois do êxodo (Êx. 19:1-25 -Êxodo 20) PACTO PALESTINICO, feito com Israel ( Lv. 26, Dt. 28:1, Dt. 30.1-10). PACTO DAVIDICO, FEITO COM Davi ( 2 Samuel 7.4-17, I Cr. 17:7 NOVA ALIANÇA - Corresponde ao período que seguirá à manifestação de Cristo ( Hebreus 8.713) O MILÊNIO Alguns pais da igreja vislumbraram um milênio literal, um reinado de Cristo na terra. Outros, como os reformados, espiritualizam o milênio como já realizado. Agostinho de Hipona subscreveu a ideia de um milênio literal, sendo que mais tarde mudou de entendimento e disse: “Efetivamente a igreja reina em companhia de Cristo, agora!” A única passagem clara sobre o milênio é Ap. 20:2-7 onde aparece o termo “mil anos” (Latim Chilia= milenium, período também chamado de quiliasmo. Vejamos o parecer do Pr. Hernandes Dias Lopes: “A ideia de um milênio literal na terra foi fortemente combatida por Agostinho de Hipona. Os reformadores seguiram a mesma interpretação de Agostinho. A confissão Luterana de Augsburgo condena o quiliasmo e a Confissão Helvética, da igreja reformada o tem como “devaneios judaicos”. O milênio antecede a segunda vinda de Cristo e não a sucede.” (LOPES, Hernandes Dias. O Apocalipse – O Futuro Chegou. Ed. Hagnos. SP. 2005 pp. 342-343) TRES CORRENTES DE INTERPRETAÇÃO Amilenismo: (Tudo o que se refere ao milênio deve ser entendido em sentido figurado.) A primeira posição aqui explicada, o amilenismo, é realmente a mais simples. Segundo essa posição, a passagem de Apocalipse 20.1-10 descreve a presente era da igreja. Trata-se de uma era em que a influência de Satanás sobre as nações sofre grande redução de modo que o evangelho pode ser pregado por todo o mundo. Aqueles que reinam com Cristo por mil anos são os cristãos que morreram e já estão reinando com Cristo no céu. O reino de Cristo no milênio, segundo esse ponto de vista, não é um reino físico aqui na terra, mas sim o reino celestial sobre o qual ele falou ao declarar: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18). Esse ponto de vista é chamado “amilenista” por sustentar que não existe nenhum milênio que ainda esteja por vir. Como os amilenistas crêem que Apocalipse 20 está-se cumprindo agora na era da igreja, sustentam que o “milênio” aqui descrito já está em curso no presente. A duração exata da era da igreja não pode ser conhecida, e a expressão “mil anos” é simplesmente uma figura de linguagem por um longo período em que os propósitos perfeitos de Deus vão se realizar. Pós-milenismo: (definição: Wayne Grudem) O prefixo pós significa “depois”. Segundo esse ponto de vista, Cristo voltará após o milênio. Segundo esse ponto de vista, o avanço do evangelho e o crescimento da igreja se acentuarão de forma gradativa, de tal modo que uma proporção cada vez maior da população mundial se tornará cristã. Como consequência, haverá influências cristãs significativas na sociedade, esta funcionará mais e mais de acordo com os padrões de Deus e gradualmente virá uma “era milenar” de paz e justiça sobre a terra. Esse “milênio” durará um longo período (não necessariamente de mil anos literais) e, por fim, ao final desse período, Cristo voltará à terra, crentes e incrédulos serão ressuscitados, ocorrerá o juízo final e haverá um novo céu e uma nova terra. Entraremos então no estado eterno. Pré-milenismo clássico ou histórico - Quiliasmo O prefixo “pré” significa “antes” e a posição pré-milenista diz que Cristo irá voltar antes do milênio. Esse ponto de vista é defendido desde os primeiros séculos do cristianismo. LITERATURA SUGERIDA PENTECOST, J.Dwight. Manual de Escatologia. Ed. Vida. SILVA, Pedro Severino. Escatologia- Doutrina das Últimas Coisas.CPAD. RJ. GILBERTO, Antonio. O Calendário da Profecia. CPAD. RJ. HEIJKOOP, H.L. Eventos Futuros- O Porvir. DLC. SP. 2004 MASCARENAS, Ricardo L.V. Os Últimos Dias. Ed. Candeia.SP. 2001 ROLDÁN, Alberto Fernando – Do Terror à Esperança. Descoberta Edit. PR. 2001 CONYERS, A.J. O Fim do Mundo. Ed. Mundo Cristão. SP. 1997 OLSON, N. Lawrence. O Plano Divino Através dos Séculos. CPAD. RJ. Prof. Sila D.Rabello – Setembro de 2014. Contatos: [email protected]