Festa da Primeira Comunhão e Profissão de Fé

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N.º 25
JULHO
2011
ANO 7
PARÓQUIAS DE CASTANHEIRO DO SUL, ESPINHOSA,
PEREIRO, TREVÕES E VÁRZEA DE TREVÕES
Pode ler:
EDITORIAL
Caros paroquianos
e amigos…
Deus não entrou de
férias!
Está a aproximar-se a época na qual a
maioria de todos nós
vai ou já está em férias. É tempo de viajar,
ir até à praia, dormir
tarde e levantar-se
mais tarde ainda, etc.
Infelizmente associado
a este tempo, muitos
cristãos aproveitam também para
tirar férias de Deus. Trocam a
correria das actividades quotidianas, que os impedem de terem
uma vida mais próxima de Deus,
pelo lazer em tempo integral. Ao
contrário de fazer das férias um
momento ocupado completamente
pelo lazer, o cristão deve aproveitá-las, também, para desenvolver
o crescimento espiritual.
A leitura de um bom livro (a
leitura é uma actividade importante no nosso desenvolvimento
espiritual), ler a Biblia e oração
(a leitura da Biblia e a oração
nunca podem sair de férias nas
nossas vidas), visitar uma igreja
(assim como vamos à internet
navegar em imensas web-páginas,
devemos também ir à igreja para
“navegar” com Deus), realizar uma
actividade diferente (visitar um lar
de idosos, um hospital, um orfanato, etc , são apenas algumas dicas
de como podemos aproveitar este
tempo de férias para edificarmos
e sermos edificados). Tudo isto são
apenas alguns exemplos de como
aproveitar o tempo de férias para
serem também tempo de Deus.
Muitas vezes, fazemos das férias
tempo de maior cansaço. Devíamos
procurar este tempo para viver com
qualidade e dignidade. Deve ser
tempo de silêncio, sentido, repouso
activo e comunicação profunda.
O tempo de férias deve ser um
tempo breve para refazer o nosso
interior, mais desgastado que o
corpo. Quem vive a vida com sentido, também se desgasta, e muitas
vezes não sabe como recompor-se.
As férias são uma oportunidade de
uns dias desejados para se encontrar um sítio de abrigo para nos refazermos e retemperarmos forças.
Que Nossa Senhora da Assunção nos ajude a viver com dignidade este tempo de férias. Que seja
um tempo de descanso, encontro
com os amigos e familiares, um
tempo de retemperar forças para
um novo período de trabalho.
Abraço muito amigo.
P.e Amadeu
Procissão do Corpo de Deus
Pág. 5
Experiência
no lar de Trevões
Pág. 4
Festa da
Primeira
Comunhão
e Profissão
de Fé
Em 3 de Julho, a paróquia de
Castanheiro do Sul celebrou a festa
da Primeira Comunhão, com cinco
crianças e da Profissão de Fé com
duas crianças.
Neste dia, as cerimónias começaram com a Procissão da Capela
do Mártir São Sebastião para a Igreja Paroquial, a que se seguiu a Eucaristia. Duas crianças proclamaram
as leituras a homília proferida pelo
Sr. Padre Amadeu incidiu sobre os
Sacramentos e no Evangelho, a Pessoa de Jesus Cristo foi lembrada às
crianças que, pela primeira vez, O
iam receber e às da Profissão de Fé
o Baptismo de cada uma, com a renovação das promessas baptismais.
continua na pág. 6
C o n s u l t e o Jo r n a l P a r t i l h a r O N - L I N E e m w w w. tr evoe s . n e t
Sede Santos
É o apelo que, o Senhor, faz a
todos nós.
Há tempos, numa lição de catequese, a um grupo do sexto ano
disse-lhes que Deus nos criou, para
sermos santos e quer que todos os
sejamos. Ficaram admirados e, de
certo modo, preocupados. Perguntaram: “Santos como os que estão
nos altares?”
Não necessariamente. Santos
dos altares, como eles disseram,
são santos canonizados como todos sabem e conhecidos de toda a
Igreja. Mal de nós se lá estivessem
apenas os santos canonizados. No
céu vive um número incontável de
santos desconhecidos. Quem habita
no céu é santo e ninguém lá entra
sem o ser. Se ao morrermos, em estado de graça, ainda não o formos,
teremos de ir acabar a nossa santificação no purgatório. Só depois de
estarmos totalmente purificados de
todos os males, de todas as manchas, poderemos encontrar no Céu
e gozar da visão beatífica de Deus.
Deus não se repete nas suas
obras, muito menos nos seus Santos. Ninguém é igual a ninguém.
Poderemos tentar imitar determinadas virtudes dos santos mas nunca seremos rigorosamente. Todos
seremos diferentes e santos únicos. Ninguém pode ser santo sem
possuir um grande amor a Deus,
à Santíssima Virgem e pôr em
prática uma grande caridade para
com todos.
Como já foi dito, todos somos
chamados a ser santos e “material”
na vida de cada um é coisa que não
falta. O essencial é que saibamos
descobri-lo, agarrá-lo com ambas
as mãos e pô-lo a render. A oração
não pode faltar mas não chega.
Esta deve caminhar paralelamente
à prática de caridade. Não podemos
contentar com umas “coisinhas”
feitas só para calar a consciência.
Tudo tem de ser feito e vivido em
profundidade. Conheci alguém que
passou a vida presa a uma cama.
2
Tinha como “material” de santificação o sofrimento e a oração que
vivia intensamente. Rezava por
tudo e por todos. Com esta forma
de caridade tentava chegar a todas
as necessidades do mundo. Sinto
que ela foi santa e está no Céu.
Agradeço-lhe o muito que me deu.
Temos que estar atentos e não
deixar passar a vida em vão.
O sofrimento, a cruz de cada
dia são constantes na vida do ser
humano e meio de santificação para
todos. No Céu há muitas moradas,
como já tantas vezes ouvimos.
Um sacerdote muito santo que
tive a graça de conhecer arranjou
esta maneira humana de me fazer
compreender: “Imagine um cântaro
cheio. Está pleno. Não pode, nem
precisa de mais. Da mesma forma,
uma cântara, um copo, um dedal.
Todos cheios, repletos estão plenos.
Agora transporta isto para o Céu.
Todos são plenamente felizes
segundo as suas capacidades. É
evidente que quem mais tem mais
feliz é.”
Na minha ignorância responde:
Se eu conseguir a capacidade do
dedal, não preciso de mais, porque
isso me basta. Ele respondeu-me:
“As coisas não são assim. Quem
estabelece os limites é Deus e pede
segundo as capacidades que deu a
cada um. O que está em causa não
é propriamente a nossa felicidade,
mas a glória de Deus. Quanto mais
felizes formos mais glória daremos a Deus. Na santidade, Deus
desinstala sempre. Não quer gente
acomodada.”
Enquanto vivermos, não podemos ficar comodamente instalados
no que já conseguimos. Nas coisas
de Deus a aprendizagem não pára.
Temos de ir sempre em frente, procurando dar o mais e o melhor.
Esta caminhada só termina com
a morte.
M.F (Por - Altiva Sequeira)
Fim do ano lectivo
Em Setembro, iniciou-se mais
uma jornada. A população mais
jovem começou um novo ano
lectivo, alguns pela primeira vez
outros já mais experientes.
Este é sem dúvida o nosso
primeiro emprego, para o qual a
maioria tenta dar o seu melhor.
Adquirindo novos conhecimentos
e aprofundando outros, mas para
além daquilo que se aprende,
dentro da sala de aula, há também
os ensinamentos no recreio, que
nem sempre são os melhores mas
ajudam a crescer e a aprender com
os erros.
No final do ano lectivo o melhor “salário” que podemos receber e o subir mais um “degrau
escolar”.
Tudo isto temos a agradecer,
em primeiro lugar, aos nossos
pais, pois são eles que agora lutam
pelo nosso futuro. Nesta sociedade, que dizem estar em crise,
tentam ganhar algum dinheiro,
para que nós possamos estudar e,
mais tarde, dar-lhe o orgulho de
conseguirmos tirar o nosso curso
e ganhar o nosso próprio dinheiro,
ajudando-os (quem sabe um dia
mais tarde) e a forma de agradecer
tudo aquilo que eles agora fazem
por nós.
Agora com o fim de mais um
ano para alguns com sucesso (mas
não podemos esquecer que para
o ano há mais), vamos aproveitar
as férias para repor energias. Em
Setembro, lá voltaremos…
Contaremos sempre com a tua
ajuda, Senhor.
Diana Santos e Lara Pereira
Várzea de Trevões
Estabelecimento de Ensino
de Trevões em festa
O dia 21 de Junho foi de festa
para o Estabelecimento de Ensino
de Trevões.
À semelhança do ano anterior,
toda a comunidade educativa se reuniu para a festa dos finalistas do Pré-escolar e 1º Ciclo. A festa teve início
às 17h 30m, com a celebração da
Eucaristia de acção de graças, presidida pelo Sr. Padre Amadeu e durante
a qual os alunos deram um tom de
alegria, entoando belos cânticos.
No momento de acção de graças,
o Pedro Eduardo leu uma mensagem
alusiva ao dia e, no final, o Sr. Padre
procedeu à bênção das pastas. De
entre as entidades convidadas, assistiram o Sr. Adjunto do Agrupamento
de Escolas da Pesqueira, Professor
Hermínio, os senhores Presidentes
de Junta de Trevões e Valongo dos
Azeites, para além dos muitos fa-
miliares dos alunos e comunidade
local.
Depois da Eucaristia, todos se
dirigiram para a Escola onde os
alunos apresentaram um pouco das
actividades realizadas ao longo do
ano. O convívio continuou com um
delicioso lanche que as mães prepararam com todo o requinte. Quando
a noite já se fazia anunciar, todos
partiram para suas casas com alegria
e convictos que não deram por mal
empregado o tempo ali passado.
Parabéns a toda a comunidade
educativa que tão bem soube viver
estes momentos.
Valeu a pena!
Para o ano vamos continuar a
viver ainda melhor estes momentos,
pois só assim sentiremos que somos
uma “família escolar”.
Os professores
Recordações
Hoje, Senhor, continuo com as minhas recordações. Hoje foi um dia lindo
para mim encontrar-me, mais uma vez, com outros ministros da comunhão.
Foi um dia cheio onde houve orações, cânticos e para não faltar danças,
pois Deus no meio dos discípulos estava sempre alegre. Mas uma coisa me
entristeceu, pois não havia um único jovem, era tudo cabelos brancos, mas
sentia-se que todos temos vontade de levar Jesus a quem não pode visitá-Lo.
Mas quando nós não pudermos quem O leva até aos outros? Fica a pergunta. Por isso, agradeço ao meu Deus o ter-me dado esta vontade de O
servir e que cada vez é maior pois da parte dele já, neste mundo, me tem
dado a recompensa. Obrigado, Senhor. pois nunca estás cansado de nos dar
em conta, de multiplicar onde nós só sabemos fazer a conta de menos. Somos
como o senhor que foi à feira e carregou tanto o burro que, no caminho, caiu
e o dono bateu-lhe muito. Passou outro vizinho que lhe disse que o burro não
podia com a carga e ele respondeu-lhe que não lhe estava a bater por ele cair
mas por ele não se querer levantar. Mas nós quando caímos Deus dá-nos a
mão sem nada nos pedir, somente nos pede amor uns para com os outros.
Dulcidia
o falso
Cristão
Para que bates
Com a mão no peito
Se não cumpres
Nem um só mandamento?
Não terás
Apanhado esse jeito
De pecador
Que procura alento?
Porque procuras fazer acreditar
Que és cumpridor
Por devoção
Quando afinal na realidade
Não passas
De um falso Cristão?
Para que vais tu à Igreja
Se não praticas
A religião?
Não será
Para que alguém te veja
Pois não é essa
A tua intenção?
Deita pois
A máscara fora
E se entendes
Que não tenho razão
Procura demonstrar-mo
Sem demora
Que eu
Com humildade
Te pedirei perdão.
Anónimo - Trevões
Para Rir
Um homem foi encontrado caído
no caminho com uma grande bebedeira.
Condoídos, dois carvoeiros que
passavam para o seu trabalho, pegaram nele e levaram-no para a sua
oficina.
Quando veio a si, sem saber onde
estava, ficou espantado ao ver os carvões muito acesos e os dois homens
todos enfarruscados, às voltas com
o fogo.
Então um deles perguntou-lhe:
- Então amigo já acordaste? Já
te passou a bebedeira? Como te
chamas?
Julgando-se já na eternidade, respondeu a tremer:
- Eu, lá no outro mundo, era
Manuel. Aqui, é como os senhores
diabos me quiserem chamar.
Maria da Terra
3
Festa da Primeira Comunhão
e Profissão de Fé
continuação da 1.ª pág.
Dando continuidade à Celebração, as crianças proclamaram a Oração dos Fiéis e todas participaram no
Ofertório Solene, levando ao altar, além da matéria para
o sacrifício algumas coisas relacionadas com a vida de
cada um. Seguiu-se o momento central, a Comunhão,
que as crianças da Primeira Comunhão ansiavam e os
seus rostos deixavam transparecer a alegria pois iam receber o Corpo e Sangue do seu verdadeiro amigo Jesus.
No momento de Acção de graças, as crianças fizeram
a consagração à Mãe do Céu ofertando-lhe um simples
ramo de flores, símbolo do amor filial, enquanto se entoava “Avé Maria, Mãezinha do Céu, aceita as flores que o
nosso amor colheu” e a entrega dos respectivos diplomas.
No fim da Eucaristia, a fotografia fez-se tanto para o
Jornal da Paróquia como de recordação para cada um mais
tarde recordar.
Estão de parabéns as crianças que solenizaram esta
festa com cânticos novos que tão bem entoaram.
Os Catequistas
Experiência no Lar de Trevões
A experiência foi de partilha e desta forma é também
partilhada pela Marta, uma das alunas de EMRC.
Não podemos deixar de agradecer à Câmara Municipal
de São João da Pesqueira que nos facultou o transporte e
ao Padre Amadeu, Pároco e responsável do Lar de Santa
Marinha de Trevões.
“ Se a tua voz trouxer mil vozes para cantar, vais
descobrir mil harmonias belas, que ao céu hão-de chegar,
fica mais rica a alma de quem dá, chega mais alto o hino
de quem vive a partilhar”, é este um dos versos de uma
música aprendida nas aulas de E.M.R.C na Escola E/B 2/3
SEC.SÃO JOÃO DA PESQUEIRA.
Tal como diz a música, o professor Horácio decidiu
juntar a sua voz com a nossa, alunos de E.M.R.C do
Secundário, para descobrir, enriquecer, viver e partilhar
aquilo que somos e que fazemos. Mas para partilhar precisávamos de receptores para a nossa mensagem e nada
melhor do que alguém que tenha tempo para nos ouvir e
experiências para partilhar.
Escolhemos visitar os utentes do Lar de Santa Marinha, onde nos receberam alegremente e nos mostraram as
suas instalações, das quais devo dizer que são fantásticas.
4
O grupo que viajou ate à vila de Trevões era constituído
por 27 elementos raparigas e rapazes, que se mostraram animados durante a viagem e a visita. Foi uma experiência diferente que enriqueceu a alma e aqueceu os corações. Como
em tudo há um lado mau e aqui foi apenas ver o sofrimento
que muitos utentes nos confessaram devido ao facto de serem raras as visitas que os alegravam. O grupo por sua vez
mostrou-se unido e forte, ouvindo, conversando e rindo para
que todos pudessem partilhar desta experiência.
Além da visita ao Lar de Santa Marinha, visitámos
também a igreja paroquial de Trevões, considerada património nacional devido à sua maravilhosa arte e o museu
da vila, mas sem dúvida, e sem tirar importância a estes
dois locais, o momento marcante foi o convívio com os
utentes do Lar, onde se cantaram músicas como “ A mulher gorda”, “Ó Laurindinha”, etc.
Concluo dizendo que nós jovens temos o dever de sair
mais daquele nosso mundo e olhar para os “lados”, dar
um pouco mais do que temos e sermos um pouco mais
para aqueles que tantas vezes apenas precisam de um
simples sorriso”.
Termino com o refrão da música que mais se adequa
a este momento:
“Tu tens que dar um pouco mais do que tens,
Tens que deixar um pouco mais do que há,
Se vais ficar muito orgulhoso vê bem,
Tens que te lembrar
És um grãozinho de uma praia maior
E deves dar tudo o que tens de melhor
Para avaliar a tua alma há leis
Tu tens que dar um pouco mais do que tens”
Marta Raquel Ramos, Aluna do 12º C da Escola E.B.
2,3/S de São João da Pesqueira
Procissão do Corpo de Deus
A solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta
à Idade Média. Instituída na diocese de Liège (Bélgica)
em 1246, a festa foi estendida a toda a igreja em 1264.
A procissão data do segundo decénio do séc. XIV. Estas
procissões tornaram-se famosas. Nelas se incorporava
a representação de toda a sociedade local. Sabe-se que,
em Portugal a festa já era popular no tempo de D. João
I. Precisamente dessa época (1417) datam as primeiras
notícias da realização desta procissão, no Porto.
Com esta manifestação pública de fé, os católicos não
pretendem exibir triunfalismos. Não marcham contra ninguém, nem reivindicam nada para si. Querem simplesmente anunciar a todos que Jesus Cristo é o único Salvador e
que só na Eucaristia (que é Cristo a percorrer os caminhos
do mundo) está o sinal da unidade, o vínculo do amor, a
única força capaz de transformar a humanidade.
Também as nossas comunidades viveram este dia
com este sentimento e com esta fé. Eis algumas fotos do
embelezamento das ruas por onde passaram as nossas
procissões. De louvar o sacrifício e dedicação de muitas
pessoas que contribuíram para não deixar morrer esta
tradição e esta beleza. Fica o registo desse trabalho e
embelezamento com as fotos que publicamos…
Carta aberta para Jesus
É com muita alegria que mais uma vez, estou presente
para te honrar, louvar e bendizer.
És digno de todo o louvor porque és aquele Amor
perfeito que, livre de qualquer mácula, nos seduz e atrai.
Precisamos tanto de Ti, Senhor!..
O mundo de hoje não se apresenta nada risonho. Há
muita maldade, muita incompreensão, injustiça e, sobretudo, muita insegurança, mas para aqueles que em Ti
confiam e em Ti crêem, todo o mal é amenizado e a vida
torna-se, apesar de tudo, mais fácil.
Saber que temos um Pai, tão poderoso que nos ama e
protege, faz de nós pessoas mais seguras e esperançadas
num mundo melhor.
Tenho muita pena daqueles que não Te conhecem e
mais pena ainda daqueles que não querem conhecer-te.
Devem ser muito infelizes porque nada têm a que se
agarrar, em especial quando a desgraça lhes bate à porta.
Tomos estamos sujeitos ao sofrimento. Ele está no
mundo e tu também sofreste, mas sofrer contigo é bem
melhor que sofrer sozinho.
Mas, vamos mudar de assunto porque um Santo triste
é um triste Santo e a tristeza não faz sentido no mês dos
Santos populares.
Eu não sei quanto tempo demora uma carta a chegar
ao céu, só sei que estou a escrevê-la no mês de Junho e
logo se verá quando será lida.
O dia de Santo António já passou, mas é para nós
uma honra termos este grande Santo Português. Ninguém
se esqueça que ele nasceu em Lisboa e, por isso, é tão
venerado e festejado nesta cidade.
Ainda nos restam o S. João e o S.Pedro. Do S. João
sabemos que ele era o discípulo amado a quem confiaste
a Tua Santa Mãe quando proferiste aquela célebre frase:
-“Mãe, eis o Teu filho; filho eis a Tua Mãe” ~
Nesta pequena grande frase fizeste de todos nós filhos
de Maria e teus irmãos. Obrigada Pai, por tanta bondade.
Até a tua mãe partilhaste connosco.
E só nos resta falar de S. Pedro, aquele que te negou três
vezes, como estava escrito, mas pelo seu grande arrependimento, sobre ele edificaste a tua Igreja e foi o primeiro Papa.
Assim este teu povo, que somos todos nós, tenha uma atitude semelhante, para ser digno do grande encontro que és Tu.
E vou deixar-te, por agora, com mil beijinhos e muitas
saudades.
A Tua
Maria da Terra
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Repensar a Pastoral d
A Conferência Episcopal Portuguesa decidiu promover um caminho para
“repensar a pastoral da Igreja em Portugal”, de modo a adequá-la melhor ao
mandato recebido de Jesus e às circunstâncias actuais.
Assim, todas as paróquias (ou unidades pastorais) e movimentos eclesiais fizeram uma reflexão sobre a realidade actual da sociedade e da Igreja,
respondendo às questões propostas. Também as paróquias da Diocese de
Lamego reflectiram sobre este tema. Fruto dessa meditação, passamos a
publicar nos próximos números do “PARTILHAR” as principais conclusões
deste trabalho.
Diocese de Lamego
Repensar a Igreja em Portugal
1. Sombras que nos desafiam
no mundo e na Igreja actual
Na Sociedade
- Reconhecemo-nos numa sociedade em que o poder do dinheiro,
como valor supremo, a ambição,
a preocupação económica são
os princípios determinantes na
estruturação da sociedade e respectivos valores. As pessoas estão
empenhadas no ter, no poder e no
prazer, com exagerada valorização
do corporal (material) e uma orientação consumista.
- Verifica-se uma desigualdade
gritante no acesso aos bens. Ao
lado de povos e pessoas com gastos
sumptuosos, a pobreza extrema.
Verifica-se ausência de ética de
responsabilidade social. Os grandes conseguem manter e justificar
a sua condição de privilegiados. As
divisões e contrastes sociais vão-se
acentuando. O desemprego é crescente, a exclusão social marcante.
As situações de marginalidade vão
alastrando, com consequências negativas como: os sem abrigo, o uso da
droga, álcool, abuso da sexualidade,
criminalidade, etc...A tendência
individualista e o enfraquecimento
da solidariedade vão-se afirmando
(egoísmo). Cresce a insensibilidade
perante a realidade social. Há um
culto do imediato, com medo de
compromissos e de vínculos para o
futuro.
Acrescem a tudo isto as referências em relação à classe politica,
6
com um papel determinante na condução da sociedade:
- a classe política caiu em descrédito, gerando desconfianças e
comprometendo a participação democrática;
- a corrupção, grande ou pequena, cujos sinais são demasiado evidentes destrói confianças e mina as
relações entre as pessoas...
- o despesismo autárquico, às vezes mais preocupado com interesses
particulares ou de grupos, do que
com o bem comum, ou até como
meio de afirmação pessoal (snobismo/vedetismo)
- Denota-se uma sensação de
solidão. A desertificação e envelhecimento do interior vão alastrando,
o que gera angústia nas pessoas,
acentua o atraso económico e social,
traz preocupações em relação ao futuro. Como vai ser a vida económica
e social numa sociedade onde vão
predominar os idosos desamparados
e solitários?- A insegurança física e
psicológica vai afectando o nosso
modo de viver e de encarar o futuro.
A isto ajudam a presença entre nós
de gente de diversas nacionalidades.
Há desconfiança pelos imigrantes
que chegam e fraca aceitação dos
emigrantes, quando regressam aos
seus lares. A ameaça terrorista, a
falta de segurança. A criminalidade e
a repressão têm também o seu peso
entre nós.
- O espírito sebastiânico (sebastianismo) faz parte da nossa índole:
as pessoas esperam sempre alguém
que resolva os problemas que a
todos compete resolver; o fatalismo
e o complexo de inferioridade face
ao estrangeiro; a tendência para o
pessimismo e a desvalorização das
nossas capacidades (potencialidades)
como povo português.
Na Família
- Um dos indicadores mais preocupantes do nosso tecido social é
o que nos vem da família. A desagregação e a desestruturação das
famílias continuam acentuar-se, associando-se-lhe a perda de valores
pessoais, familiares e sociais. Os
valores da família estão a perder-se
significativamente, com os constantes, sistemáticos e diversificados
atentados à instituição “família” e
com a mudança de paradigma (da
família em si mesma e dos respectivos valores).
- Na vida em família as referências morais parecem estar a diluir-se
cada vez mais. As uniões de facto
começam a ser encaradas como
normais, assim como os casamentos
pelo civil, divórcios ( reais ou fictícios por necessidades económicas)
, amor livre e tudo o que se pode
prever em relação à homossexualidade, com a abertura legislativa
para as uniões homossexuais. Há
uma utilização indiscriminada dos
contraceptivos, aborto, violência
doméstica…
- A proposta e imposição, por
parte da sociedade, de paradigmas
de vida familiar diferenciadas (famílias normalmente constituídas
e organizadas, casais separados,
divorciados, uniões homossexuais), mas consideradas perante a lei
como igualitárias e como dando o
mesmo contributo à construção e
harmonia da sociedade, perturba
as pessoas e distorce a verdade.
“Todos são senhores dos mesmos
direitos, mas não das mesmas obrigações, dos mesmos direitos”.
- Verifica-se uma certa pressão
em relação à Igreja no sentido de
aprovar os segundos casamentos e
os casamentos gay .
- A baixa natalidade, o inverno demográfico, que afecta
da Igreja em Portugal
bastante o nosso meio, com uma
desertificação crescente e uma percentagem de idosos cada vez mais
acentuada no tecido social.
- Verifica-se que é cada vez
maior a percentagem de casais que
não querem assumir o compromisso
do casamento católico, preferindo
o casamento pelo civil, ou simplesmente a união de facto.
- Em relação às famílias cristãs
preocupa a perda de referências
fundamentais como o sentido da
Eucaristia dominical, ou a oração
em família. Mesmo a preocupação
pela educação cristã dos filhos está
a diluir-se. Começam a aparecer
crianças em idade de catequese
sem baptismo. Ainda é grande a
preocupação pela festa da Primeira
Comunhão, diminuindo o interesse
e preocupação à medida em que se
vai crescendo. O desporto e diversas
actividades culturais e recreativas,
ou de formação, estão a impor-se
como prioridade por parte dos pais,
retirando ou diminuindo o interesse
dos filhos pela prática dominical e
pela catequese
- É também cada vez mais frequente o pedido de baptismo dos
filhos por parte de pais não casados
catolicamente. O que levanta a questão do testemunho e garantia da fé...
- Na verdade a crise da família
dita outras crises como a da Escola
(educação) e a da Fé.
- Tudo isto traz preocupações em
relação ao futuro.
Em relação à Igreja
- A descristianização do nosso
tecido social continua a avançar.
Confrontamo-nos com uma crise de
memória e herança cristãs.
- A indiferença religiosa de muitos é uma realidade, podendo-se falar de um ateísmo prático. Vivemos
numa sociedade secularizada, que
esqueceu Deus e a parte espiritual
do homem. Verifica- se mesmo a
presença de um secularismo militante, em que as religiões são consi-
deradas sem significado para a vida
pública.
- Para muitos, a Igreja não é
necessária. Procura-se silenciá-la e
à sua acção. Há uma exploração mediática de situações que lhe são menos favoráveis e alguma dificuldade
para a Igreja se fazer compreender
(linguagem). As suas instituições são
constantemente questionadas.
Esta sociedade que admira a
coerência e o testemunho (casos de
João Paulo II e Madre Teresa de
Calcutá), é absolutamente arrasadora face à incoerência de vida dos
cristãos (caso da pedofilia). À Igreja
é-lhe apontada toda e qualquer falha
(obrigada a ser perfeita).
- Caracteriza-nos uma fé sem
razões de acreditar, por tradição, sem fundamentos bíblicos
e teológicos elementares. É ainda
muito acentuada uma religiosidade
tipo “comércio”… promessas, velinhas, caminhadas sacrificiais, sem
compromissos com o dia a dia da
vida. (Fiz as minhas devoções, já
cumpri…) A vivência da fé cristã é
concretizada mais como expressão
religiosa que liga ao transcendente,
acentuando a dimensão individual
do que como vivência em comunidade. Na verdade constata-se a perda
do sentido do outro e a diluição do
sentido da comunidade... (o que
quero é salvar a minha alminha...)
- Falta ao cristão uma vida cristã.
À prática religiosa não corresponde
a vida. Os cristãos não põem Deus
em primeiro plano. Acima de Deus
há outros valores: o lazer, o desporto a vida fácil. Televisão, Internet.
Deixou de haver regras e comportamentos...
- Perante este facilitismo as igrejas esvaziam-se com cristãos escandalizados e envergonhados. As
pessoas refugiam-se isolam-se
por vergonha, medo, comodismo.
E vão-se afastando da Igreja
identificando-se como católicas não
praticantes.
- Respira-se crise na procura e
prática dos Sacramentos. Destaque
para o Matrimónio (aumentam as
uniões de facto e os divórcios). Há
pouco apreço pela Confissão (comunhão sem confissão). As pessoas
recebem o Sacramento da Confirmação, mas sem compromisso
cristão. Cresce a falta de assiduidade
às celebrações litúrgicas e a acções
promovidas pela Igreja: Eucaristia,
catequese, grupos de jovens, grupos
de casais, etc.
- Falta ao cristão uma consciência esclarecida de Igreja. Muitos dos nossos leigos podem
considerar-se em idade infantil: sem
compromisso com a sua laicidade
e com a vida da Igreja… Ainda há
os que pensam que desempenhar
alguma função na Igreja é “ajudar o
senhor abade”…
- Os cristãos em percentagem
significativa têm uma fé pouco convicta e profunda. A sua relação com
a Igreja é ainda demasiado marcada
pelo sentimento, sem uma articulação equilibrada com a racionalidade
nas opções em nome (e pela) fé,
esbatendo-se o sentido do dever.
(Falta amor, acaba a relação...”Vou
à Missa se me sentir bem”). Faltam
testemunhos de vida coerentes com
a fé.
- Há falta de rostos, pessoas,
modelos concretos que encarnem
verdadeiramente a caridade, o amor,
que demonstrem coerência e postura face a uma causa, que tipifiquem
o essencial do Evangelho. Muitos
sentem vergonha de se apresentarem como católicos (respeitos
humanos). Faltam testemunhos
públicos de gente pública e há
dificuldades em encontrar espaço
e presença em certos meios de comunicação (redes sociais). Faltam
agentes de pastoral.
- O indivíduo cristão não se
demarca dos outros, isto é, no quotidiano nota-se uma falta de coerência
entre o que se aprende e o que se
demonstra. Existem pessoas sem
prática religiosa que acabam por
demonstrar mais qualidades do que
aqueles que se dizem praticantes.
7
SuMáRIo
EDIToRIAL................................................................01
FESTA DA PRIMEIRA CoMunhão E
PRoFISSão DE Fé.................................................. 01
SEDE SAnToS..........................................................02
FIM Do Ano LECTIVo.......................................02
ESTABELECIMEnTo DE EnSIno DE
TREVÕES Em FESTa .............................................03
REcoRdaçÕES... ..................................................03
o FALSo CRISTão .................................................03
PARA RIR... ................................................................03
FESTA DA PRIMEIRA CoMunhão E
PRoFISSão DE Fé ..................................................04
ExpERiência no laR dE TREVÕES ............04
pRociSSão do coRpo dE dEuS..................04
CARTA ABERTA PARA jESuS ..............................05
REPEnSAR A PASToRAL DA IgREjA EM
poRTugal...................................................... 06 E 07
DIA DA MãE nA CoMunIDADE DE VáRzEA
dE TREVÕES.............................................................08
Ficha Técnica
Propriedade: Paróquias de: Castanheiro do Sul,
Espinhosa, Pereiro, Trevões e Várzea de Trevões
Director: Pe Amadeu da Costa e Castro
Revisão de Provas: Prof. Flávio Sequeira
Impressão: Tipografia Voz de Lamego, Lda.
Tiragem: 700 exemplares
Dia da Mãe
na Comunidade de
Várzea de Trevões
Vim aqui, ó Virgem Mãe
Sem saber, o que dizer
Eu olhava a tua imagem
Não a conseguia ver.
Sentei-me e assim fiquei
Em silêncio a pensar
Senti descer, ó Mãe,
Sobre mim, o teu olhar
Foi então que eu comecei
Com alegria a rezar.
Foi assim, o dia da mãe na
nossa comunidade. As crianças da
nossa paróquia que frequentam a
catequese e também as catequistas
encontraram forma de agradecer a
Maria por ser a nossa mãe no céu
e por estar sempre do nosso lado.
A nossa celebração ficou marcada desde os ensaios onde as
crianças fazem as suas traquinices
como é normal, até ao momento
final da nossa celebração. Facto
que nos marcou foi ver alegria do
senhor padre quando olhou para as
crianças tão pequenas e alguns mais
graúdinhos que ali estavam, com
pequenas camisolas a desejar um
feliz dia a todas as mães da nossa
paróquia da qual não vamos esquecer a expressão “Não é nenhum
coro de fora pois não?” Na realidade, o coro não era de fora, eram os
nossos meninos, filhos, netos e se
calhar até bisnetos dos presentes na
nossa celebração.
Entoaram-se na igreja cânticos
como “Vim aqui ó virgem mãe”,
“Senhora a ti me entrego”, “Precisamos de ti” entre outros cânticos
belíssimos que, de certeza, fizeram
lembrar os presentes, homens e mulheres que tiveram ou tem mãe, mas
que não é só nesta data que nos
devemos lembrar da sua existência,
mas todos os dias.
O momento alto da celebração
foi sem dúvida o cantar dos parabéns e a entrega das rosas às mães.
Algumas riram, outras choraram
mas é assim! Mãe é ter coração, é
sofrer, rir e chorar.
A nossa celebração terminou
com o nosso cântico de despedida
habitual, “canção da mãe” onde retratamos desde o nascer ao crescer
as horas de sofrimento. A comunidade ao terminar saudou-nos com
uma salva palmas.
Não podemos terminar sem
deixar o nosso agradecimento e um
muito obrigado à comunidade por
tão sincero gesto, à senhora que
ofereceu as camisolas, mas acima
de tudo às crianças que abrilhantaram a nossa celebração.
O grupo de Catequistas
António Manuel Froufe Bastos
Mediador de Seguros
Deseja a todos os seus Clientes e Amigos
umas Boas Férias
Rua Fundo de Vila, 1
8
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5130-421 TREVÕES • Telemóvel 965 069 027 • Telefone 254 473 924
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