BOLETIM ANUAL DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS 2012 ANÁLISE DA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS NOS PORTOS ORGANIZADOS E TERMINAIS DE USO PRIVATIVO Brasília – 2013 1 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................................3 2. PORTOS ORGANIZADOS..................................................................................................................................6 2.1. MOVIMENTAÇÃO NOS PRINCIPAIS PORTOS ORGANIZADOS....................................................6 2.1.1. PORTO DE SANTOS....................................................................................................................................8 2.1.2. PORTO DE ITAGUAÍ...................................................................................................................................8 2.1.3. PORTO DE PARANAGUÁ..........................................................................................................................8 2.1.4. PORTO DO RIO GRANDE..........................................................................................................................9 2.1.5. PORTO DO ITAQUI......................................................................................................................................9 2.1.6. PORTO DE VILA DO CONDE.................................................................................................................10 2.1.7. PORTO DE SUAPE.....................................................................................................................................10 2.1.8. PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL................................................................................................10 2.1.9. PORTO DO RIO DE JANEIRO................................................................................................................11 2.1.10. PORTO DE VITÓRIA..............................................................................................................................11 3. TERMINAIS DE USO PRIVATIVO – TUPs................................................................................................11 4. COMÉRCIO EXTERIOR...................................................................................................................................12 4.1. EXPORTAÇÕES..............................................................................................................................................14 4.2. IMPORTAÇÕES..............................................................................................................................................17 5. MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS POR GRUPO DE MERCADORIA..................................................19 5.1. MINÉRIO DE FERRO...................................................................................................................................19 5.2. SOJA....................................................................................................................................................................20 5.3. MILHO...............................................................................................................................................................21 6. CONCLUSÃO........................................................................................................................................................23 2 1. INTRODUÇÃO O ano de 2012 caracterizou-se pelo crescimento discreto da movimentação de cargas no setor portuário nacional. Neste ano, algumas instalações portuárias obtiveram menores movimentações de cargas quando comparadas ao ano de 2011. A conjuntura econômica externa desfavorável e o baixo crescimento do PIB contribuíram para o discreto desempenho da movimentação de cargas no transporte aquaviário. Destaque-se também que, apesar desse cenário desfavorável, algumas instalações portuárias foram capazes de obter crescimento em seus números de movimentação. A movimentação total de cargas nas instalações portuárias brasileiras ao longo do ano de 2012 foi de 904 milhões de toneladas, apresentando um aumento relativo de 2,06% e absoluto de 18 milhões de toneladas em relação ao ano de 2011. Quando se compara com o ano de 2010, tem-se um crescimento de 8,37%, o que mostra a atipicidade dos números do setor durante o ano de 2012. Tabela 1 – Movimentação Geral de Cargas nos Portos e Terminais Brasileiros – 2010-2012. 2010 GRUPO/ ANO 1. NATUREZA DA CARGA GRANEL SÓLIDO GRANEL LÍQUIDO CARGA GERAL TOTAL 2. TIPO DE NAVEGAÇÃO LONGO CURSO CABOTAGEM NAVEGAÇÃO INTERIOR APOIO MARÍTIMO APOIO PORTUÁRIO TOTAL 3. INSTALAÇÕES PORTOS ORGANIZADOS TERMINAIS DE USO PRIVATIVO TOTAL 2011 2012 ton. % ton. % VAR. ton. % VAR. 504.765.400 210.371.071 118.799.265 61,0 25,2 14,3 543.108.088 212.302.167 130.149.953 61,3 24,0 14,7 7,6 0,9 9,6 554.228.160 217.153.054 132.384.253 61,3 24,0 14,6 2,05 2,28 1,72 100,0 6,2 100,0 2,06 74,3 21,8 3,6 0,2 0,2 6,8 4,1 11,5 -28,0 -12,9 74,2 22,2 3,3 0,2 0,1 1,91 3,94 -5,51 0,50 -19,44 100,0 6,2 100,0 2,06 34,9 65,1 7,0 5,8 35,0 65,0 2,32 1,91 100,0 6,2 100,0 2,06 67,0 33,0 5,5 7,5 67,1 32,9 2,17 1,82 100,0 6,2 100,0 2,06 833.935.735 616.089.467 185.822.683 28.382.718 2.112.012 1.528.855 833.935.735 288.776.612 545.159.123 833.935.735 100,0 73,9 22,3 3,4 0,3 0,2 100,0 34,6 65,4 100,0 885.560.212 657.677.377 193.392.534 31.638.112 1.520.588 1.331.601 885.560.212 309.007.269 576.552.943 885.560.212 903.765.466 670.253.686 201.015.906 29.894.862 1.528.237 1.072.775 903.765.466 316.188.398 587.577.068 903.765.466 4. SENTIDO EMBARQUE DESEMBARQUE TOTAL 562.063.531 271.872.204 833.935.735 67,4 32,6 100,0 593.177.264 292.382.948 885.560.212 606.059.915 297.705.551 903.765.466 Fonte: Anuários Estatísticos e Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ. 3 Gráfico 1 – Evolução da movimentação de carga, por natureza. 1.000,0 900,0 Milhões de toneladas 800,0 130,1 132,4 212,3 217,2 504,8 543,1 554,2 2010 2011 2012 118,8 700,0 210,4 600,0 500,0 400,0 300,0 200,0 100,0 - Granel sólido Granel líquido Carga geral Fonte: Anuários Estatísticos Portuários e Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ, 2012. Na matriz aquaviária de transporte de 2012, os granéis sólidos representaram 61% do total geral de carga. Do acréscimo total de aproximadamente 18 milhões de toneladas de em 2012, tais cargas contribuíram com 11,12 milhões, liderados principalmente pelo aumento atípico na movimentação de milho, que de 10,81 milhões de toneladas movimentadas em 2011 alcançou a movimentação de 23,06 milhões de toneladas em 2012, representando um crescimento de 113%. O valor expressivo da movimentação de milho está relacionado com a queda da safra dos Estados Unidos, maior produtor global, aliada à excepcional safra brasileira. É que a segunda safra de milho, “safrinha”, obteve desempenho excepcional. Ambos os fatores contribuíram para o comportamento atípico da movimentação de milho em 2012. Os granéis líquidos, com destaque para os combustíveis e óleos minerais, tiveram um incremento de 2,28% em relação a 2011. Em relação aos outros tipos de carga, apresentou a taxa de crescimento mais expressiva. O desempenho da movimentação dessa natureza de carga é preponderantemente determinado pelo mercado de combustíveis e óleos minerais, com destaque para a Petrobras S. A.. Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a dependência nas importações de combustíveis e óleos minerais para suprir a demanda interna foi acentuada em 2011 e 2012, refletindo-se na elevação de 4,73% de suas importações e na redução de 2,14% em 2012 quando comparados com o ano de 2011. Isso resultou em elevação de 2,92% na 4 movimentação de combustíveis e óleos minerais no mesmo período. Ainda segundo dados da ANP, o aumento de 12% no consumo de gasolina no mercado doméstico em 2012, comparativamente a 2011, impactou substancialmente no comportamento das importações de combustíveis e óleos. A carga geral apresentou o desempenho mais discreto em relação aos outros tipos de carga entre 2011 e 2012, com crescimento de 1,72%. Dentro de carga geral, destacou-se a redução da movimentação de produtos siderúrgicos (9,87%) e a elevação de mercadorias conteinerizadas (3,54%) e de celulose (1,87%). Um destaque especial deve ser dado ao crescimento da movimentação das cargas conteinerizadas, que no agregado obteve taxa de crescimento de 3,54%. No entanto, quando se desagrega a movimentação por tipo de navegação, observa-se o crescimento expressivo das cargas transportadas via cabotagem, chegando ao aumento de 24,7% em comparação com o ano de 2011. Já o longo curso apresentou uma redução de-0,3%, o que demonstra sua ligação como comportamento do PIB. A participação dos portos organizados e terminais de uso privativo – TUPs na movimentação total do Brasil foi respectivamente de 316,2 e 587,6 milhões de toneladas. A movimentação de cargas nos TUPs foi de 65% do total brasileiro, percentual que vem apresentando um pequeno decréscimo nos últimos 3 anos. A movimentação dos portos organizados foi de 35%, percentual esse que vem, aos poucos, crescendo nos últimos 3 anos, conforme mostra a Figura a seguir. Gráfico 2 – Participação na movimentação de cargas 2012 – Portos x TUPs 34,99% PORTOS TUPs 65,01% Fonte: Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ, 2012. 5 2. PORTOS ORGANIZADOS Os Portos Organizados em 2012 movimentaram 316,2 milhões de toneladas, 2,32% e 7,01% superiores aos anos de 2011 e 2010, respectivamente. Cinco portos foram responsáveis pela maior parte da movimentação total de cargas nos portos organizados. Juntos, os portos de Santos, Itaguaí, Paranaguá, Rio Grande e Itaqui movimentaram 221 milhões de toneladas, o que representa cerca de 70% da movimentação total de cargas nos portos brasileiros. Em termos de toneladas movimentadas, o porto de Santos foi o porto que apresentou a participação mais expressiva (28,7%) e um crescimento de 5,51%, fechando o ano de 2012 com a movimentação de 90,7 milhões de toneladas1. Em 2012, Santos aumentou em 4,7 milhões de toneladas sua movimentação total de cargas em relação a 2011, com destaque para a movimentação de contêineres, açúcar, soja e milho, como será visto mais detidamente adiante. Em 2011, o porto de Santos apresentou um crescimento tímido de 0,7%. É interessante destacar que em 2012, a despeito da conjuntura econômica desfavorável, o porto apresentou um ritmo mais forte de crescimento, com uma taxa de 5,51%. O porto de Itaguaí, com a segunda maior taxa de participação na movimentação de cargas dos portos organizados, de 18,1%, apresentou uma redução de -1,81% no seu total de movimentação de carga em relação ao ano de 2011. A redução de -4,3% na movimentação de minério de ferro (diferença de 2,2 milhões de toneladas) e de -11% de carvão mineral (289, 7 mil toneladas) contribuiu para esse resultado. Rio Grande, a quarta maior movimentação de cargas entre os portos organizados, apresentou um desempenho semelhante ao do porto de Itaguaí. Ao mesmo tempo em que a participação do porto do Rio Grande no agregado dos portos organizados de 2012 foi significativa (5,4%). Comparativamente ao ano de 2011, o porto apresentou uma redução de 4,8% na movimentação de cargas. Ainda entre os cinco principais portos que apresentaram as maiores movimentações de carga em 2012, os portos de Paranaguá e Itaqui apresentaram taxas de participação de 12,8% e 5%, respectivamente; e taxas de crescimento em relação a 2011 de 8,08% e 12,84%. Esse número considera apenas o Porto Organizado de Santos, sem levar em consideração a movimentação dos Terminais de Uso Privativo em Santos. 1 6 Gráfico 3 – Evolução da Movimentação de Cargas nos Principais Portos 100 90 Em milhões de toneladas 80 70 Santos 60 Itaguaí 50 Paranaguá Rio Grande 40 Itaqui 30 20 10 0 2010 2011 2012 Fonte: Anuários Estatísticos Portuários e Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ, 2012. Vale também se ressaltar que as dez mercadorias mais movimentadas nos portos organizados (mercadorias conteinerizadas, minério de ferro, combustíveis e óleos minerais e produtos, soja, açúcar, milho, fertilizantes e adubos, farelo de soja, trigo e bauxita) foram responsáveis por 82% da movimentação de cargas nessas instalações, como ilustra o Gráfico seguinte. Gráfico 4 – Participação das Principais Mercadorias na Movimentação de Cargas nos Portos 18,02% Mercadorias conteinerizadas 18,46% Minério de ferrro Combustíveis e óleos minerais e produtos 1,80% 2,02% Soja Açucar 2,46% 16,61% 6,14% Milho Fertilizantes e adubos Farelo de soja 6,44% Trigo 10,79% 7,42% 9,85% Bauxita Outros Fonte: Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ, 2012. 7 2.1. MOVIMENTAÇÃO NOS PRINCIPAIS PORTOS ORGANIZADOS 2.1.1. PORTO DE SANTOS Em 2012, o porto de Santos apresentou um crescimento de 5,51% em relação a 2011, movimentando 90,7 milhões de toneladas. O crescimento na movimentação de soja (11,08%), milho (117%), álcool etílico (25,39%) e farelo de soja (78,63%) foi determinante para o resultado positivo de 5,51% observado no Porto em relação a 2011. O crescimento nas exportações foi de 8 milhões de toneladas, representando 13,57% em relação ao ano de 2011, com destaque para as mercadorias conteinerizadas (5,6%), soja (11,08%) e milho (117%). Já as importações apresentaram uma redução de -12,12% em relação a 2011, com destaque para as mercadorias conteinerizadas (-8,44%), fertilizantes (-1,85 %) e combustíveis e óleos minerais (-37,6 %). Em 2012, observou-se uma redução de -7,16% no número de atracações no porto de Santos em relação a 2011, representando uma queda de 413 atracações, em razão do aumento da tonelagem movimentada pelo uso de embarcações de maior porte, viabilizado pela dragagem de aprofundamento do canal de navegação. Esse resultado comprova expectativas de resultados provenientes da dragagem. 2.1.2. PORTO DE ITAGUAÍ Em 2012 a movimentação geral de cargas no porto de Itaguaí apresentou um decréscimo de -1,81% comparativamente ao ano de 2011, com movimentação total de 57,1 milhões de toneladas. A redução na movimentação de minério de ferro (-4,29%) e carvão mineral (-11%) - que representam 90% da pauta de mercadorias movimentadas pelo Porto - foi determinante para esse desempenho. 2.1.3. PORTO DE PARANAGUÁ Em 2012 a movimentação geral de cargas no porto de Paranaguá apresentou um crescimento de 8% em relação ao ano de 2011, com uma movimentação de 40,4 milhões, 8 impulsionada em grande medida pela movimentação de farelo de soja, milho, combustíveis e óleos minerais. No porto de Paranaguá, o crescimento das exportações foi de 2,4 milhões de toneladas, 9,9% em relação ao ano de 2011, com destaque para as exportações de farelo de soja (25,92%), milho (83,45%) e açúcar (4,23%). Já as importações apresentaram um crescimento de 4,58% em relação a 2011, com destaque para as mercadorias conteinerizadas (15,25%) e combustíveis e óleos minerais (33,81%). 2.1.4. PORTO DO RIO GRANDE Em 2012 a movimentação total de cargas do porto do Rio Grande diminuiu 4,8% comparativamente ao ano de 2011, observando-se uma movimentação de 17,1 milhões. A redução de 38,3% na movimentação de soja em relação ao ano de 2011 foi determinante para esse resultado. A diminuição acentuada na movimentação de soja em 2012, em relação a 2011, é atribuída à queda da safra 2011/2012 de soja no Rio Grande do Sul, tópico que será abordado mais adiante. 2.1.5. PORTO DO ITAQUI Em 2012 a movimentação total de cargas do porto do Itaqui cresceu expressivamente em relação ao ano de 2011. Isso representa 12,84% a mais, resultando na marca inédita de 15,7 milhões de toneladas movimentadas. Destaca-se o crescimento da movimentação de combustíveis e óleos minerais (7,38 %), da soja (9,62 %) e de fertilizantes e adubos (38,3 %). O incremento das importações combustíveis e fertilizantes (10,18%), somado ao incremento das exportações de soja (9,62%) e milho (1329%) contribuiu para esse resultado. 9 2.1.6. PORTO DE VILA DO CONDE Em 2012 a movimentação geral de cargas apresentou uma redução de -8,82% em relação ao ano de 2011, com uma movimentação de 15,15 milhões de toneladas. Em 2012, a queda da movimentação da bauxita (20%) e da alumina (5%) foi determinante para esse desempenho. 2.1.7. PORTO DE SUAPE Em 2012 a movimentação geral de cargas do porto de Suape apresentou uma redução de 0,06% em relação ao ano de 2011, com movimentação de 11 milhões de toneladas. Apesar do crescimento da principal mercadoria movimentada pelo porto de Suape, combustíveis e óleos (9,45%) em relação a 2011 (48% do total geral de mercadorias movimentadas pelo porto), a queda na movimentação de outras mercadorias reverteu esse movimento positivo. Fazse o destaque para a queda na movimentação de mercadorias conteinerizadas (-8,14%), o que representa 41% do total de cargas movimentadas pelo porto de Suape. 2.1.8. PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL Em 2012 a movimentação geral de cargas do porto de São Francisco do Sul foi expressiva, apresentando um crescimento de 8,37% em relação a 2011, com uma movimentação de 10,9 milhões de toneladas. A queda da movimentação de soja (-16,86%) e de mercadorias conteinerizadas (-38,2%) no ano de 2012 em relação ao ano de 2011 impactou fortemente a movimentação agregada do porto, posto que a participação dessas duas mercadorias na pauta geral de movimentação de cargas de São Francisco do Sul é de mais de 50%. No entanto, esse movimento negativo foi compensado pela excepcional movimentação de milho no período, mercadoria cuja participação foi expressiva no Porto (22,62%) e apresentou um crescimento de 469% em relação ao ano de 2011. Em relação a 2011, o crescimento da movimentação de reatores, caldeiras e máquinas foi expressivo (23,13%), assim como a movimentação de soda cáustica (342%), representando um acréscimo de mais de um milhão de toneladas. 10 2.1.9. PORTO DO RIO DE JANEIRO A movimentação geral de cargas no porto do Rio de Janeiro, em 2012, apresentou uma moderada taxa de crescimento de 0,67% em relação ao ano de 2011, com uma movimentação total de 7,7 milhões de toneladas. O crescimento robusto dos contêineres em cerca de 20 %, em relação a 2011, foi contrabalançado pela queda na movimentação de trigo (11,98 %) e de produtos siderúrgicos (-48,15 %). 2.1.10. PORTO DE VITÓRIA Em 2012, o porto de Vitória apresentou uma redução de -15,79% em relação a 2011, movimentando 6,8 milhões de toneladas. As obras de dragagem/derrocagem, a ampliação do cais comercial, problemas de infraestrutura, assim como o desempenho de algumas mercadorias foram determinantes para esse resultado. Das cinco principais mercadorias movimentadas pelo porto de Vitória, quatro apresentaram queda quando comparadas com o ano de 2011: mercadorias conteinerizadas (8,46%), fertilizantes (-9,91%), mármore/ granito (-37,44%) e malte e cevada (-5,81%). Exceção aos combustíveis e óleos minerais, que apresentou um aumento de 211,89%, representado pelo acréscimo de 383 mil toneladas na movimentação do Porto. A redução das exportações do porto de Vitória foi de aproximadamente 28%, com destaque para a redução das exportações de mármore e granito (-37,44%), produtos siderúrgicos (-15,47%) e açúcar (-16,94%). Já as importações apresentaram uma redução menos acentuada (-5,86%), em grande medida pelo desempenho das importações de combustíveis e óleos minerais, que aumentou expressivamente entre 2011 e 2012 (210,04 %), correspondendo a um aumento na movimentação de 380,3 mil toneladas. 3. TERMINAIS DE USO PRIVATIVO - TUPs Os TUPs em 2012 movimentaram 587,5 milhões de toneladas, o que significa um crescimento de 7,78% em relação a 2010 e 1,91% em comparação a 2011. Minério de ferro, combustíveis e óleos minerais foram responsáveis por 75,61% da movimentação de cargas dos TUPs e por 49,16% de toda movimentação de cargas do sistema portuário brasileiro. Portanto, não é de se estranhar que dos dez TUPs que mais movimentaram cargas em 2012, quatro têm como principal grupo de mercadoria movimentada o minério de ferro e os outros quatro, os 11 combustíveis e óleos minerais. Esses dez TUPs foram responsáveis por 73,32 % de tudo que foi movimentado nos terminais de uso privativo e por 47,67 % do total nacional. O TUP CVRD Tubarão–ES movimentou 110,6 milhões de toneladas de cargas, sendo a instalação portuária que mais movimentou carga no país. Especialista na movimentação de minério de ferro, tal produto representou 93,19% de todas as operações do terminal em 2012. Entre os TUPs especializados em granel líquido, destaca-se o TUP Almirante Barroso – SP que movimentou 50,5 milhões de toneladas no ano de 2012. O Terminal foi responsável por 25,9% de toda a movimentação de combustíveis, óleos minerais e produtos no Brasil. Gráfico 5 – Principais TUPs em Movimentação - 2012 Em toneladas TUP CVRD TUBARÃO 110.334.523 TUP PONTA DA MADEIRA 105.033.621 TUP ALMIRANTE BARROSO TUP MBR TUP ALMIRANTE MAXIMIANO FONSECA TUP PONTA DE UBU TUP MADRE DE DEUS TUP PORTO TROMBETAS 50.541.216 39.818.902 37.041.162 23.512.589 21.658.012 16.391.516 TUP ALMIRANTE TAMANDARÉ (ILHA D´ÁGUA) 13.718.404 TUP ALUMAR 12.774.232 0 50000000 Fonte: Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ, 2012. 100000000 150000000 4. COMÉRCIO EXTERIOR A conjuntura econômica externa de 2012 foi de baixo crescimento da economia Norte-Americana, crise na Zona do Euro e desaceleração do ritmo de crescimento da economia 12 chinesa (o ano de 2012 registrou o menor PIB chinês nos últimos 13 anos, de 7,8%). Segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), o volume do comércio mundial cresceu 5% em 2011, divulgando uma estimativa pessimista para o ano de 2012, uma taxa de crescimento de 2,5%. Com uma pauta de exportações concentrada em commodities, o Brasil se viu vulnerável à desaceleração da atividade econômica externa. Tal circunstância se refletiu no discreto crescimento das importações e exportações brasileiras. A consequente desaceleração da economia nacional, com um PIB de 0,9% recém divulgado pelo IBGE, refletiu-se na redução das exportações brasileiras. Diante desse contexto, o ano de 2012 não trouxe resultados significativos para as instalações portuárias brasileiras com relação às transações relacionadas ao longo curso, voltadas ao comércio exterior. Considerando tanto os Terminais de Uso Privado quanto os Portos Organizados, a tonelagem de cargas movimentadas por essas instalações cresceu 1,91% em relação a 2011, alcançando 670,2 milhões de toneladas movimentadas. Gráfico 6 – Evolução da Movimentação de Cargas no Longo Curso. 700 Em milhões de toneladas 670,2 650 657,6 616 600 550 568,4 531,2 500 450 400 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: Anuários Estatísticos Portuários e Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ, 2012. A navegação de longo curso continua sendo a maior responsável pela movimentação de cargas relacionadas com o transporte aquaviário. Atualmente, 74,2% de toda a carga movimentada pelo setor portuário estão relacionadas à navegação de longo curso (considerando-se os Portos Organizados e os Terminais de Uso Privado). 13 Analisando a série histórica de 2010-2012, percebe-se que 2012 apresentou um nível de movimentação 8,79% superior ao de 2010. Faz-se nos próximos itens análise dos dados de movimentação de cargas nas instalações portuárias brasileiras, apontando-se alguns fatores determinantes para a dinâmica do setor portuário nacional relacionados ao comércio exterior. Tabela 2 – Evolução da Movimentação de Cargas no Longo Curso, 2002-2012. Ano Importação Exportação Total 2002 85.013.102 285.769.836 370.782.938 2003 87.715.381 313.880.887 401.596.268 2004 95.547.924 351.588.297 447.136.221 2005 82.974.736 390.082.685 473.057.421 2006 90.010.736 412.908.583 502.919.319 2007 111.208.520 447.837.373 559.045.893 2008 114.511.963 453.892.926 568.404.889 2009 91.505.738 439.771.431 531.277.169 2010 126.800.275 489.289.192 616.089.467 2011 143.347.478 514.329.899 657.677.377 2012 144.822.121 525.431.565 670.253.686 Fonte: Anuários Estatístico Portuário e Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ. 4.1. EXPORTAÇÕES Analisando-se os dados de 2012, percebe-se o impacto da conjuntura econômica externa no desempenho portuário nacional pela discreta taxa de crescimento apresentada pelas exportações. No ano de 2012 as exportações brasileiras alcançaram 525,4 milhões de toneladas, apresentando um crescimento de 2,16% em relação a 2011. O total exportado representou 78,4% do total de cargas relacionadas ao transporte aquaviário de longo curso. Observou-se que, a despeito do baixo dinamismo da economia chinesa durante os primeiros semestres de 2012, apontado por muitos analistas de mercado, a China se destacou como importante parceiro comercial do Brasil. Tal relação refletiu-se em forte demanda por minério de ferro brasileiro, mesmo com a desaceleração de sua produção siderúrgica. Observou-se também um maior dinamismo da corrente de comércio com outros parceiros comerciais. Levando-se em consideração o cenário internacional, percebeu-se melhorias nas condições de demanda externa vindas, não apenas da China, mas também das Filipinas, Omã, índia e Singapura. O destaque para esses países asiáticos deve-se, em grande medida, a demanda 14 da China por minério de ferro brasileiro, o que vem levando a empresa VALE S.A. a alterar sua estratégia logística de distribuição de minério para essa região. A VALE, de olho no mercado chinês, aporta seus supernavios Valemax em portos de Omã e Filipinas para depois distribuir o minério à China, pois ainda não possui autorização para que os Valemax aportem nos portos chineses. Gráfico 7 – Variação Absoluta da Movimentação de Cargas no Longo Curso – 2011/2012. 14 Variação Absoluta da Tonelagem Exportada Em milhões de toneladas 12 11,2 10 8 6,5 5,9 6 4 2,5 2 0 -2 -4 -6 -8 2,2 1,9 1,4 0,9 -0,9 -1,1 -1,7 -1,9 -2 -2,2 -2,5 -4,5 -6,5 Fonte: Anuários Estatísticos Portuários e Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ. Concomitantemente, alguns parceiros comerciais do Brasil, apresentaram movimentações inferiores às observadas em 2011, com destaque para o Japão e a Holanda. A queda acentuada da demanda por minério de ferro por parte desses dois países foi determinante para esse resultado. O Japão apresentou uma redução de -17,9% de demanda de minério de ferro do Brasil (uma queda de 6,7 milhões de toneladas), enquanto a Holanda apresentou uma redução de -18,04% (uma redução de 5,2 milhões na demanda de minério de ferro do Brasil). 15 Gráfico 8 – Destino das Cargas – Participação por país (%), 2012. CHINA JAPÃO 28% 39% 2% 2% 2% 2%3% HOLANDA ESTADOS UNIDOS CORÉIA DO SUL ITÁLIA 4% 4% 7% 7% ESPANHA FRANÇA FILIPINAS OMÃ DEMAIS Fonte: Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ, 2012. Constatou-se que a China foi o maior mercado consumidor dos produtos brasileiros: cerca de 40% do total da tonelagem exportada pelas instalações portuárias brasileiras, absorvendo mais de metade de todo o minério de ferro exportado. As principais cargas exportadas pelo Brasil foram: minério de ferro, contêineres, soja, açúcar e milho. A seguir, apresenta-se a participação do grupo de mercadorias em relação às cargas exportadas. Naturalmente, o minério de ferro destacou-se como o item de maior relevância, devido à sua alta densidade, e, pelo fato do Brasil ser um dos maiores exportadores mundiais do produto. 16 Gráfico 9 – Participação das principais mercadorias na exportação em 2012. 2% 2% MINÉRIO DE FERRO 1% 6% CONTÊINERES 4% SOJA 4% AÇÚCAR 4% MILHO 62% 7% COMBUSTÍVEIS E ÓLEOS MINERAIS E PRODUTOS FARELO DE SOJA 7% PRODUTOS SIDERÚRGICOS ALUMINA Fonte: Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ, 2012. 4.2. IMPORTAÇÕES Também relacionado à navegação de longo curso, as importações brasileiras tiveram um crescimento moderado quando comparado ao ano de 2011. A desvalorização cambial e a desaceleração da economia brasileira foram fatores determinantes para o resultado da taxa de crescimento de 1% das importações brasileiras em 2012 quando comparado com 2011. Uma taxa distante da observada no biênio 2010/ 2011, quando as importações cresceram 13%. Gráfico 10 – Evolução da Movimentação de Cargas no Longo Curso - Importação 200 Em milhões de toneladas 150 143,3 114,5 144,8 126,8 100 91,5 50 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: Anuários Estatísticos Portuários e Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ. 17 As importações brasileiras foram de 144,8 milhões de toneladas, frente as 143,3 milhões de toneladas movimentadas em 2011. Os principais produtos importados tiveram origem nos Estados Unidos, China, Nigéria e Argentina. As principais cargas importadas, em termos de tonelagem, foram: combustíveis e óleos minerais, contêineres, fertilizantes e adubos e carvão mineral (Gráfico 12). Gráfico 12 – Participação das Principais Mercadorias na importação, 2012. COMBUSTÍVEIS E ÓLEOS MINERAIS E PRODUTOS CONTÊINERES 11% 1% 2% 2% 2% FERTILIZANTES ADUBOS 49% CARVÃO MINERAL 5% BAUXITA 6% COQUE DE PETRÓLEO TRIGO 7% ENXOFRE, TERRAS E PEDRAS, GESSO E CAL SODA CÁUSTICA 14% PRODUTOS QUÍMICOS ORGÂNICOS Outros Fonte: Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ. Gráfico 13 – Participação dos Principais parceiros brasileiros, Importação, 2012. ESTADOS UNIDOS CHINA 18% NIGÉRIA ARGENTINA 7% 7% 44% 7% 2% 3% 3% 3% 3% 3% AUSTRÁLIA CANADÁ ARÁBIA SAUDITA ARGÉLIA ESPANHA COLÔMBIA DEMAIS Fonte: Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ. 18 5. MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS POR GRUPO DE MERCADORIA 5.1. MINÉRIO DE FERRO O minério de ferro respondeu por cerca de 36% do total de cargas transacionadas pelas instalações portuárias brasileiras. É o principal produto em termos de tonelagem. A movimentação total registrada foi de 331, 7 milhões de toneladas, 1,22% maior do que em 2011. Observa-se que em 2012, o volume exportado pouco se alterou, mas a queda do preço do minério de ferro nos nove primeiros meses de 2012 resultou em uma perda de US$ FOB de 10,5 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Com a forte demanda chinesa por minério de ferro em 2012, observou-se um crescimento de 7,14% dessas exportações, que representaram um acréscimo de 11,3 milhões de toneladas de minério. No entanto, as acentuadas quedas na demanda de minério por parte do Japão (-17,91%) e Holanda (-18,04%) representaram uma redução de 11,9 milhões de toneladas de minério. Com já apontado anteriormente, destaca-se também o acentuado crescimento das exportações de minério de ferro para as Filipinas (206%) e Omã (179%) em relação ao ano de 2011. O destaque para esses países asiáticos deve-se ao fato da empresa VALE S.A., visando ganhar espaço no mercado chinês, precisar atracar seus supernavios Valemax nos portos de Omã e Filipinas, uma vez que ainda não possui a autorização para que os mesmos atracassem nos portos chineses. Gráfico 14 – Distribuição do Minério entre Instalações Portuárias (%), 2012. 15% PORTO TUP 85% Fonte: Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ. 19 Com relação ao tipo de instalação portuária responsável pela movimentação do minério, os terminais de uso privado foram os principais responsáveis pela carga (85% da movimentação). De fato, esse quadro é inexorável para o minério de ferro, pois este minério é escoado, em sua maior parte, por instalações altamente especializadas de grandes empresas mineradoras, com destaque para a VALE S.A. e seus terminais. As cinco principais instalações portuárias que movimentaram minério de ferro em 2012 respondem por 96% de todo o minério movimentado, sendo elas, por ordem decrescente: TUP Ponta da Madeira (MA), TUP CVRD Tubarão (ES), Itaguaí (RJ), TUP MBR (RJ) e TUP Ponta de Ubu (ES). 5.2. SOJA Houve em 2012 a quebra da produção de soja na região sul do país provocada por uma forte estiagem em função do fenômeno La Niña. De acordo com a Conab, La Ninã provocou uma queda de 35% da produção de soja da região. Como o Brasil é um dos principais produtores de soja no mundo, essa quebra de safra influenciou a elevação da cotação internacional da commodity. Em um contexto de manutenção da demanda pela soja aliada a seu preço mais elevado, observou-se uma redução da tonelagem embarcada da soja e um aumento do seu valor exportado em US$ FOB. A produção de soja foi de 65,7 milhões de toneladas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse total, mais de metade foi exportada, cerca de 36,9 milhões de toneladas. Enquanto a produção de soja foi reduzida em -12,2%, as exportações reduziram 3,4% em relação a 2011. Milhões de toneladas Gráfico 15 – Comparativo de Produção e Exportação de Soja, 2012. 80,00 70,00 60,00 74,8 68,8 Exportação 50,00 Produção 40,00 30,00 20,00 65,7 36,2 38,2 36,9 2010 2011 2012 10,00 0,00 Fonte: Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias/ IBGE e Anuários Estatísticos Portuários e Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ. 20 Nesse ano, a soja foi a quarta carga mais movimentada pelos portos e terminais de uso privativo. Foram movimentadas 40 milhões de toneladas de soja, apresentando uma redução de -2,97% frente a 2011, quando foram movimentadas 41,2 milhões de toneladas. A soja representa 4,43% da tonelagem de cargas brasileiras relacionadas ao transporte aquaviário. Em 2012, a China consumiu 55% de toda a soja exportada pelo Brasil. Cerca de 18 milhões de toneladas foram exportadas para a China, o que representou uma redução de 6,8% em relação a 2011. Com relação ao tipo de instalação portuária responsável pela movimentação de soja, destacou-se a preponderância de instalações localizadas dentro dos portos organizados. Aproximadamente 74% da movimentação de soja se dá por intermédio de terminais especializados dentro dos portos organizados, o restante é movimentado por terminais de uso privativo. Gráfico 16 – Distribuição da soja entre Instalações Portuárias em 2012. 26% PORTO TUP 74% Fonte: Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ. Observou-se que cinco instalações portuárias concentraram 67% de toda a movimentação de soja em 2012. A participação na movimentação aquaviária em 2012 dessas instalações ficou assim determinada: Santos (27%), Paranaguá (17%), TUP Hermasa (8%), São Francisco do Sul (8%) e Itaqui (7%). 5.3. MIL HO O ano de 2012 apresentou elevada taxa de crescimento na tonelagem de milho, aproximadamente 122%. Foram movimentados 23 milhões de toneladas desse granel agrícola. Mais de 95% dessa movimentação estão voltados para a exportação, equivalendo a 22,1 milhões de toneladas. Em se tratando de carga exportada, o milho figura na quinta posição em termos de tonelagem movimentada. 21 Milhões de toneladas Gráfico 17 – Comparativo entre produção e exportação de milho 80,00 71,5 70,00 60,00 55,7 55,4 50,00 Exportação 40,00 Produção 30,00 20,00 10,00 11,1 9,9 2010 2011 22,1 0,00 2012 Fonte: Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias/ IBGE e Anuários Estatísticos Portuários e Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ. Em relação à participação na movimentação da carga entre instalações portuárias, assim como a soja, a maior participação dos portos organizados é bastante evidente na movimentação de milho. Mais de 80% da mercadoria foi movimentada dentro de terminais especializados localizados nos portos organizados em 2012. Gráfico 18 – Distribuição do Milho entre Instalações Portuárias em 2012 16% PORTO TUP 84% Fonte: Sistema de Informações Gerenciais da ANTAQ. Observou-se que cinco instalações portuárias concentraram quase 90% de toda a movimentação de milho em 2012. A participação na movimentação aquaviária em 2012 dessas instalações ficou assim determinada: Santos (42,9%), Paranaguá (21,13%), São Francisco do Sul (10,74%), TUP CVRD Tubarão (9,14%) e TUP Hermasa Graneleiro (4,82%). 22 6. CONCLUSÃO O Brasil ainda continua crescendo em termos de quantidade de carga movimentada, mesmo que em 2012 esse crescimento tenha sido modesto. Como todas as economias do mundo, tal fato é reflexo dos mercados interno e externo, sendo função direta do resultado do PIB e da corrente de comércio, dentre outros fatores econômicos. Internamente, destaca-se a navegação de cabotagem e o crescimento da quantidade de contêineres por ela movimentados. Também a navegação mantém seu ritmo de transporte de cargas, contribuindo também para o uso do modal aquaviário como facilitador da distribuição de cargas no País. Externamente, o milho é o grande destaque, correspondendo a uma excelente safra com o consequente aumento do volume de exportações na casa dos 20 milhões de toneladas. Também em 2012, o setor aquaviário observa a publicação da Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012. Tal medida revoga a Lei nº 8.630/93, conhecida como Lei dos Portos e injeta no mercado a possibilidade de maiores investimentos privados, de forma a proporcionar maior capacidade no escoamento de cargas em instalações portuárias. Espera-se, portanto, que os próximos anos sejam de maior resposta nos números de movimentação portuária, principalmente no médio prazo, visto que investimentos em infraestrutura tendem a se realizar em maiores intervalos de tempo. Por outro lado, os portos brasileiros, a despeito de muitos entenderem que estão em seus limites operacionais, continuaram a responder positivamente às demandas nas quais foram submetidos, dando prova que ainda se tem capacidade de movimentação adequada aos comércio exterior brasileiro. 23