Faculdade de Economia Universidade Coimbra Fontes de Informação Sociológica “Política Ambiental” Fernando Pinto 20080936 Coimbra, 2008 Faculdade de Economia Universidade Coimbra Fontes de Informação Sociológica “Política Ambiental” Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Fontes de Informação Sociológica da Licenciatura em Sociologia sob orientação do Doutor Paulo Peixoto Aluno: Fernando Pinto Nº 20080936 Imagem da capa retirada de: Http://prisionofthemind.files.wordpress.com/2008/01/2007062100_blog_unc overing_org_aquecimento_global_image-tm.jpg Coimbra, 2008 Índice 1. Introdução………………………………………………………………… 1 2. Estado das Artes………………………………………………………… 3 2.1 Greenpeace…………………………………………………………... 4 2.2 Aquecimento Global e Kyoto…………. …………………………...8 3. Descrição pormenorizada do processo de pesquisa……………...12 4. Página de Internet Avaliada…………………………………………….14 5. Ficha de Leitura…………………………………………………………. 17 6. Conclusão………………………………………………………………….20 7. Referências Bibliográficas……………………………………………...22 Anexos Anexo A – Cópia de Página de Internet Avaliada Anexo B – Cópia de texto de suporte para a Ficha de Leitura 1. Introdução Não é um lábio ou um olho o que chamamos de beleza, mas a força global e o resultado final de todas as partes. – Alexander Pope O planeta Terra está em constante mudança, algo que acontece desde há milhares de anos para cá, mas agora enfrentamos um novo desafio. Os impactos do ser humano no planeta estão a ser cada vez mais devastadores. Devido ao desenvolvimento do ser humano, o planeta está a sofrer os danos colaterais, pois cada vez mais há desastres ecológicos e problemas ambientais relacionados com a alteração do clima na Terra devido á mão humana. Por isso é preciso criar políticas de conservação e protecção do planeta. A cegueira e ambição desmedidas do ser humano começam agora á dar os seus frutos com o degelo dos glaciares. “O volume total dos gelos presentes na terra é de cerca de 25 milhões de quilómetros cúbicos”. (Pinna, 2001a) Degelo este que ainda terá mais consequências, pois o ser humano retira dos glaciares muita da água, e devido a este degelo a água potável poderá estar em risco num futuro próximo. Há também os furacões que estão a crescer proporcionalmente em força devastadora e frequência, os solos começam a ficar secos e sem a possibilidade de produção de alimentos, as florestas são assoladas por chuvas ácidas que destroem o ecossistema. “Os contornos essenciais da história da crise climática são muito semelhantes hoje ao que eram então. A relação entre a civilização humana e a Terra transformou-se drasticamente devido a uma combinação de factores, incluindo a explosão demográfica, a revolução tecnológica e a predisposição para ignorar as 1 consequências futuras das acções presentes.” (Gore, 2007). Felizmente com a percepção e compreensão deste desastre que está a afectar a humanidade, foram criados “anticorpos” para combater este cancro do planeta, como foi o caso do protocolo de Kyoto que foi assinado em 1997, e que tem como principal objectivo diminuir as emissões de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera por parte dos países mais industrializados, com vista a uma diminuição do buraco do ozono. Há também uma organização mundial que “age para mudar atitudes e comportamentos, para proteger e conservar a natureza e promover a paz” (Greenpeace Portugal). Essa organização é a Greenpeace, é uma organização espalhada por várias regiões e países do planeta com o intuito de proteger o planeta “prestando testemunho da destruição ambiental de forma pacífica e não violenta” (Greenpeace Portugal). 2 2. Estado das Artes O Estado das Artes passa por “reunir, analisar e discutir as informações publicadas sobre o tema até ao momento em que o trabalho é elaborado. O seu propósito é fundamentar teoricamente o objecto de investigação com bases sólidas, e não arbitrariamente. É o “pano de fundo” do problema de pesquisa. Compreende uma minuciosa busca na literatura, seleccionando-se e sintetizando-se ideias, estudos e pesquisas que se relacionem com o problema investigado” (Peixoto, 2002). O tema Política Ambiental é muito abrangente pelo que eu neste trabalho procurei subdividi-lo num tema chave que é o “aquecimento global”, e procurei fazer uma ligação deste subtema com o “protocolo de Kyoto”. Irei também falar na maior organização mundial em luta pelo ambiente terrestre, a “Greenpeace”. Estes temas (protocolo de Kyoto e GreenPeace) estão interligados com o do aquecimento global, pois visam a preservação do planeta. Escolhi estes subtemas pois considero que o “aquecimento global” é neste momento o problema mais importante e sério que a humanidade enfrenta, e tentei articulá-lo com um protocolo que procurou combater este fenómeno e ainda de uma organização que todas os dias trava batalhas para proteger o planeta. 3 2.1 GreenPeace A GreenPeace é uma organização ambientalista internacional, com 28 delegações espalhadas pelo globo, e com uma presença constante em quarenta países, as delegações são autónomas em cada país e região, uma vez que cada zona tem os seus próprios problemas. A GreenPeace só actua em Portugal desde Novembro de 2007, através de um escritório virtual (consiste no desenvolvimento e manutenção de um site português, uma mailing list, de uma newsletter e de uma comunidade de activistas portugueses). Os sócios da GreenPeace em Portugal têm feito contribuições assinaláveis, quer em termos de acções ambientais, quer em doações financeiras. Em Portugal o enfoque que está a ser feito é na comercialização de produtos de pesca, projecto este que tem como meta estabelecer reservas marinhas e recuperar oceanos. As principais campanhas e acções da GreenPeace têm um foco em áreas diversas para proteger e conservar a natureza, áreas estas que são: - “Em defesa dos oceanos, desafiando a pesca dissipadora e destrutiva criando uma rede internacional de reservas marinhas.” - “Catalisando uma revolução energética, para lidar com a ameaça número um que o nosso planeta enfrenta.” - “Protegendo as florestas ancestrais do mundo e os animais, as plantas e as pessoas que dependem deles.” - “Trabalhando para o desarmamento e a paz, cuidando das causas, dos conflitos e exigindo a eliminação de todas as armas nucleares. - “Criando um futuro livre de materiais tóxicos, com alternativas mais seguras aos químicos perigosos usados nos produtos e nas indústrias actuais.” - “Fazendo campanha por uma agricultura sustentável, rejeitando os organismos geneticamente modificados, protegendo a biodiversidade e estimulando a agricultura socialmente responsável” (GreenPeace Portugal) 4 A filosofia da GreenPeace assenta em “expor crimes ambientais e enfrentar os governos e empresas sempre que falham no cumprimento das suas promessas de salvaguardar o ambiente e o futuro do planeta”. (GreenPeace Portugal) Com cerca de 2,8 milhões de apoiantes em todo o mundo, a GreenPeace incentiva todos os dias muitos outros milhões a agirem. Os princípios e valores fundamentais da Greenpeace reflectem-se em todas as suas campanhas ambientais, e em todo o mundo. São eles: - "Prestar testemunho da destruição ambiental de forma pacífica e não violenta;” - ”Usar o confronto não violento para elevar o nível e a qualidade do debate público;” - ”Não possuir aliados nem adversários permanentes na denúncia das ameaças para o ambiente e na busca de soluções;” - ”Garantir a independência financeira relativamente a interesses políticos ou comerciais;” - ”Procurar soluções e promover uma discussão aberta e informada sobre as escolhas ambientais da sociedade.” (GreenPeace Portugal) A GreenPeace desde 1971 que colecciona vitórias ambientais, entre elas vou destacar algumas: 1972: Após a primeira acção da Greenpeace, em 1971, os EUA abandonam os locais de testes nucleares da Ilha de Amchitka, no Alasca. 1975: A França interrompe os ensaios nucleares atmosféricos no Pacífico Sul, após protestos da Greenpeace no local dos testes. 1978: As acções da Greenpeace param o massacre das focas cinzentas nas Ilhas Orkney, na Escócia. 1989: É elaborada uma moratória das NU sobre as redes de emalhar de alto-mar, respondendo à indignação pública relativamente às práticas de pesca indiscriminada denunciadas pela Greenpeace. 5 1995: As acções da Greenpeace para deter os testes nucleares franceses recebem ampla atenção internacional. Mais de sete milhões de pessoas assinam petições apelando à paragem dos testes. A França, o Reino Unido, os E.U.A., a Rússia e a China comprometem-se a assinar o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares. 1998: Após 15 anos de campanhas da Greenpeace, a UE concorda finalmente eliminar progressivamente a pesca com redes de emalhar pelas suas frotas, nas suas águas e em águas internacionais, no final de 2001. A França, a Itália, o Reino Unido e a Irlanda continuaram a pescar com redes de emalhar no Atlântico Nordeste e no Mediterrâneo, após o Japão, Taiwan e a Coreia terem interrompido essa faina em alto-mar quando a suspensão mundial entrou em vigor, no final de 1992. 2001: Após anos de negociações e pressões por parte da Greenpeace, torna-se uma realidade um acordo global para a eliminação de um grupo de substâncias químicas de origem humana, altamente tóxicas e persistentes (Poluentes Orgânicos Persistentes ou POPs), em Maio de 2001, ao ser adoptado um tratado das Nações Unidas que as proíbe. 7 de Fevereiro de 2006: Pegue-se em dez anos de trabalho difícil, perigoso e por vezes doloroso. Somem-se milhares de activistas de todo o mundo – alguns que enviam e-mails, outros que participam em bloqueios, outros ainda que votam contra a destruição com as suas carteiras. Alguns que foram espancados, outros processados, alguns ainda que foram presos. O resultado é que finalmente o bom senso triunfou, e um dos maiores tesouros do mundo, a Floresta Pluvial do Urso Pardo, foi salva da destruição. 25 de Julho de 2006: A McDonald's aceita interromper a venda de frangos alimentados a soja plantada em áreas recentemente desflorestadas 6 da floresta tropical da Amazónia, contribuindo positivamente para fazer com que outras empresas alimentares e supermercados, como a Marks & Spencer, a Sainsbury's, a ASDA e a Waitrose assinem igualmente uma directiva de desflorestação zero. Mas vai ainda mais longe, porque a pressão de todas essas empresas força os seus fornecedores, grandes empresas multinacionais da soja como a Cargill, a aceitar uma moratória de dois anos na compra de soja de áreas recentemente desflorestadas. 2 de Maio de 2007: A Apple anuncia a eliminação progressiva das substâncias químicas mais perigosas na sua linha de produtos, em resposta a uma campanha online vencedora do prémio Webby feita por adeptos da Greenpeace e da Apple de todo o mundo. A campanha lançou à Apple o repto de se tornar líder ecológica na resolução do problema dos resíduos electrónicos. (GreenPeace Portugal) Quando a última árvore for cortada, o último rio envenenado e o último peixe morto, descobriremos que não podemos comer dinheiro… – GreenPeace 7 2.2 Aquecimento Global e Kyoto Em cada recanto do mundo – em terra e na água, no gelo que se derrete e na neve que desaparece, durante as ondas de calor e as secas, no olho do furacão e nas lágrimas dos refugiados – estamos a assistir a uma prova crescente e inegável de que os ciclos da natureza estão a mudar profundamente. – Al Gore O planeta Terra tem um equilíbrio frágil, o que a leva a ser vulnerável ao ponto de que o ser humano possa alterar a sua composição. “De facto, a atmosfera da terra é tão fina que temos a capacidade concentração de de alguns alterar dos drasticamente seus a componentes moleculares básicos. Em especial, aumentámos e muito a quantidade de dióxido de carbono – o mais importante dos chamados gases de efeito estufa”. (Gore, 2007) É natural que parte das radiações infravermelhas emitidas pela Terra, sejam retidas na atmosfera, aliás porque é necessário para manter a temperatura adequada que temos hoje em dia. O problema é que agora esta fina camada de atmosfera está a tornar-se mais espessa devido às enormes emissões de dióxido de carbono e outros gases com efeitos de estufa. “O desenvolvimento industrial, que desde há pelo menos dois séculos continua a ritmo crescente, emite para a atmosfera milhões e milhões de toneladas de dióxido de carbono. Este gás que há um século só existia numa concentração de 280 partes por milhão, chegou hoje a 360.” (Pinna, 2001b) 8 Dessa forma começa a reter mais radiação infravermelha o que leva a um aumento cada vez mais perigoso da temperatura da atmosfera e dos oceanos. Estas alterações na temperatura da Terra já estão a ter efeitos devastadores em algumas regiões do planeta. Devido à subida do nível dos oceanos, que por sua vez é uma consequência do degelo dos glaciares, estão a haver cheias que estão a vitimar inocentes. E se numas regiões há cheias, noutras há seca com as temperaturas a bater recordes, 2005 foi ano mais quente registado, o que levou a ondas de calor insuportáveis que mataram muitas pessoas, na maioria crianças e idosos. Com o aumento da temperatura, houve também um aumento dos furacões quer em intensidade, quer na sua frequência. “As tempestades tornam-se mais fortes à medida que os oceanos ficam mais quentes. Em 2004 a Florida foi assolada por quatro furacões de uma violência invulgar. Um número crescente de estudos científicos está a confirmar que a água mais quente na camada superior do oceano pode projectar mais energia de convecção que alimenta furacões mais violentos” (Gore, 2007). Se de um lado e em certas regiões há furacões e tornados, noutras, paradoxalmente, há secas, isto devido ao facto de haver um aumento generalizado da precipitação em todo o mundo. E não só pois o aquecimento também leva a que parte desta precipitação se desloque e se reposicione, tendo assim efeitos paradoxais mesmo em regiões próximas. “Recentemente, por exemplo, houve enormes cheias nas províncias de Sichuan e ShangDong. Porém paradoxalmente, o aquecimento global causa não só mais cheias, como mais secas. A província próxima de Anhui, sofreu uma grave e persistente seca, ao mesmo 9 tempo que as regiões vizinhas eram assoladas por cheias.” (Gore, 2007) Mas não só apenas os seres humanos em perigo, há também um largo número de espécies ameaçadas devido à destruição do seu ecossistema. “…após a industrialização, o Homem começou a constituir um perigo sério e imediato para a biosfera e, por conseguinte, para si mesmo. A prova mais evidente deste facto talvez seja a trágica eliminação das florestas tropicais que são as maiores fábricas de oxigénio do planeta” (Gallavotti, 2001) Outra preocupação crescente é a dos vectores para doenças infecciosas emergentes, neste caso os mosquitos, pulgas, roedores, entre outros. Antigamente como as temperaturas frias provocavam a congelação nas elevações mais altas e limitavam os mosquitos e as doenças que transmitiam a baixas altitudes, hoje em dia o aumento do calor fez com que alguns mosquitos e doenças transmitidas pelo mosquito migrassem para maiores altitudes, aumentando assim a probabilidade de espalhar doenças. Talvez a maior consequência que a humanidade possa vir a ter de enfrentar no futuro é o fim da água potável. “Os glaciares dos Himalaias, no planalto do Tibete, estão entre os mais afectados pelo aquecimento global. Os Himalaias contêm cem vezes mais gelo que os Alpes e fornecem mais de metade da água potável a 40% da população mundial, através de sete rios asiáticos, todos eles com origem no mesmo planalto. Dentro dos próximos cinquenta anos, esses 40% da população mundial podem enfrentar uma grave carência de água potável, a menos que o mundo aja corajosa e rapidamente para mitigar o aquecimento global.” (Gore, 2007) Devido a este crescente problema do aquecimento global, e com os seus efeitos a começarem a sentir-se, o problema começou a ganhar 10 mediatismo, e as pessoas começaram a ficar inteiradas da situação. Até que em 1992 mais de 160 governos assinam a Convenção Marco sobre Mudança Climática na ECO-92. O objectivo era “evitar interferências antropogénicas perigosas no sistema climático”. Isso deveria ser feito rapidamente para poder proteger as fontes alimentares, os ecossistemas e o desenvolvimento social. Também foi incluída uma meta para que os países industrializados mantivessem as suas emissões de gases estufa, em 2000, nos níveis de 1990. Também contém o “princípio de responsabilidade comum e diferenciada”, que significa que todos os países têm a responsabilidade de proteger o clima, mas o Norte deve ser o primeiro a actuar. Em 1997, em Kyoto, Japão, é assinado o Protocolo de Kyoto, um novo componente da Convenção, que contém, pela primeira vez, um acordo vinculante que compromete os países do Norte a reduzir as suas emissões. Como é óbvio houve quem se opusesse, pois baixar a emissão de gases seria sinónimo de baixar a produção. “Em Março de 2001, o governo Bush anunciou oficialmente que se retirava das negociações do Protocolo de Kyoto por considerá-lo inapropriado para lidar com a mudança climática por duas razões: a falta de relevância depositada aos mecanismos de mercado e o não estabelecimento de compromissos para os países de rendimento médio com rápido crescimento de emissões. A saída dos Estados Unidos causou furor na comunidade internacional, mas, depois de algumas semanas de desorientação, a União Europeia decidiu levar adiante as negociações para completar e ratificar o Protocolo” (Viola, 2002). Em suma o protocolo de Kyoto Compromete a uma série de nações industrializadas a reduzir suas emissões em 5,2% - em relação aos níveis de 1990 – para o período de 2008-2012. Esses países devem mostrar “um progresso visível” no ano de 2005. 11 Especifica que as actividades compreendidas nos mecanismos mencionados devem ser desenvolvidas adicionalmente às acções realizadas pelos países industrializados dentro dos seus próprios territórios. Entretanto, os Estados Unidos, como outros países, tentam, a todo custo, evitar limites sobre o uso que podem fazer desses mecanismos. “Baseado na previsão do IPCC, a temperatura deve subir entre 1.4 e 5.8 graus centígrados entre 1990 e 2100, considerando diferentes cenários.” (Edwards, 2008) Permite aos países ricos medir o valor líquido de suas emissões, ou seja, contabilizar as reduções de carbono vinculadas às actividades de desflorestação e reflorestamento. Determina que é essencial criar um mecanismo que garanta o cumprimento do Protocolo de Kyoto. Se o protocolo de Kyoto tiver impacto, e se todos os países respeitarem o acordo, poderemos voltar a equilibrar o planeta. “Os argumentos favoráveis ao Protocolo de Kyoto são o stress da necessidade de diminuir as emissões de gases de estufa para evitar problemas relacionados com a saúde, agricultura, etc. Os argumentos contrários á sua acentuação são os altos custos quando comparados com os benefícios” (Diniz, 2007) 12 3. Descrição pormenorizada do processo de pesquisa A escolha do tema “Política Ambiental”, não foi fácil pois os outros temas disponibilizados pelo docente da cadeira de Fontes de Informação Sociológica também tinham vários aliciantes, mas mesmo assim decidi escolher este tema, pois a meu ver é dos temas mais discutidos no mundo. E é também dos mais importantes, pois o planeta como se sabe não está de boa saúde, e cabe aos líderes mundiais promover políticas de conservação. Para a subdivisão do trabalho poderia ter optado por muitos subtemas pois o tema principal é muito vasto, mas preferi pegar no que achei mais importante e urgente, que foi o aquecimento global, tentando articulá-lo com o protocolo de Kyoto, que a meu ver pode ser a solução, ou pelo menos um inicio para tentar solucionar o problema do aquecimento global. Procurei por outro lado mostrar os objectivos, metodologias e acções de uma organização que diariamente tenta pôr cobro à destruição do nosso belo planeta, que é a GreenPeace. Na minha opinião a Internet é o melhor meio para se obter informação desde que se saiba escolher as fontes que se vão utilizar no trabalho, mas a tarefa não se revelou fácil, uma vez que quando utilizei a expressão “política ambiental” no motor de busca Google os resultados foram infrutíferos uma vez que me deu imenso “ruído” (5.830.000 resultados). Posteriormente utilizei “aquecimento global+protocolo de Kyoto” e embora com bastantes resultados (156.000), já deu para obter alguma informação relevante, mas mesmo assim não me contentei e percebi que tinha de recorrer a um livro sobre o aquecimento global, pois a informação encontrada na Internet não era suficientemente rigorosa e precisa, por isso preferi um livro de um autor de referência (Al Gore). Feito isto voltei para a Internet e pesquisei “Kyoto protocol” e embora me desse bastante ruído (2.790.000), consegui retirar alguma informação pertinente, mas não era o suficiente, por isso fui ao Scielo que 13 é uma base de dados com vários artigos de revistas científicas, e pesquisei “aquecimento global” e “protocolo de Kyoto”, e embora não me desse sempre resultados em português consegui também retirar informação precisa. Já falando sobre a pesquisa da GreenPeace, posso desde já afirmar que foi bastante fácil uma vez que utilizando o descritor de pesquisa “Greenpeace Portugal” embora me desse 1.180.000 resultados, a página oficial era muito fácil de encontrar e lá encontrei a informação necessária para falar da Greenpeace. E assim ficou concluída a minha pesquisa com sucesso, e embora ainda tentasse outros descritores de pesquisa como “ministério do ambiente” e “buraco do ozono, os resultados não me agradaram, por isso decidi começar o trabalho com as bases assentes em “aquecimento global”, “protocolo de Kyoto” e “GreenPeace”. 14 4. Página de Internet Avaliada Caracterização Geral Nome do Site: GreenPeace Portugal Tipo de Informação: Informar Público-Alvo: Vasto Língua Original: Inglês Endereço URL: http://www.greenpeace.org/portugal Avaliação feita por: Fernando Pinto No âmbito da Disciplina de: Fontes de Informação Sociológica Nº de Aluno: 20080936 15 Avaliação Autoria do Site: O autor do site está identificado em nome de uma instituição, a informação contida no site não permite identificar se o autor é especialista na matéria, o autor exprime-se sempre em nome da instituição e nunca individual isto nota-se especialmente quando em textos do site é utilizada a palavra “nós”. No site é também disponibilizado um link onde se pode ter os contactos da Greenpeace, e outro onde se pode escrever gratuitamente para receber alertas da Greenpeace. Estrutura e Navegação no Site: O site é curto e intuitivo o que facilita a sua procura. Disponibiliza um motor de pesquisa interno e mapa do site. Quanto aos instrumentos de navegação são eficazes e a própria navegação no site é fácil de interiorizar. O site não tem publicidade e quanto à sua estrutura é bastante simples. Conteúdo e alcance do Site: A informação contida no site tem uma linguagem corrente, sendo por isso de fácil de compreensão, a informação é também exacta e objectiva. O site respeita as regras e a forma da língua em que está escrito. O site não apresenta informação da data da última actualização, e a conteúdo do site confirma o que li noutros locais. 16 Grafismo do Site: O grafismo do site é bastante atractivo pois a cor que predomina é uma cor verde, cor esta que é viva tornando o site mais atractivo, e é uma cor escolhida a dedo, pois o site é ambientalista o que vem mesmo a calhar. Quanto ao texto, é facilmente legível e não requer qualquer esforço visual, a impressão é fácil pois a página esta formatada de forma correcta. Importância do Site: O site foi de extrema importância para o trabalho pois uma das alíneas do meu trabalho baseava-se na descrição da Greenpeace e foi do site que retirei a informação fundamental. Quanto à sua globalidade numa escala de 0 a 5 eu daria ao site 4 pois parece-me ser bastante bom. 17 5. Ficha de Leitura TÍTULO DA PUBLICAÇÃO: “Uma verdade Incoveniente” AUTOR(ES): Al Gore LOCAL ONDE SE ENCONTRA:Biblioteca Municipal de Felgueiras DATA DE PUBLICAÇÃO: Fevereiro 2007 EDIÇÃO: Terceira Edição LOCAL DE EDIÇÃO: Campo Grande EDITORA Esfera do Caos TÍTULO DO CAPÍTULO OU ARTIGO: O livro não está subdividido por capítulos, por isso vou falar no livro em Geral. COTA: 504.05 GOR,A v Nº DE PÁGINAS:328 ASSUNTO: Aquecimento Global PALAVRAS-CHAVE: Aquecimento Global, Buraco Ozono, Efeito Estufa, Consequências, Soluções. DATA DE LEITURA: 20 e 21 de Dezembro de 2008 18 ÁREA CIENTÍFICA: Ecologia OBSERVAÇÕES: Esta ficha corresponde à terceira de três edições publicadas. NOTAS SOBRE O AUTOR: Albert Arnold Gore Junior, nasceu em Washington, 31 de Março de 1948, é um político que foi vice-presidente durante a administração de Bill Clinton. Em 2000 concorreu à presidência dos EUA, mas perdeu de forma polémica para George Bush. Em 2006 lançou a primeira edição de “Uma verdade Inconveniente”, e em 2007 o documentário com o mesmo nome. Al Gore, como é conhecido é um activista ecológico. Al Gore recebeu em 2007 o prémio Nobel da paz “pelos seus esforços na construção e disseminação de maior conhecimento sobre as alterações climáticas induzidas pelo homem e por lançar as bases necessárias para inverter tais alterações” (Nobelprize, 2007) RESUMO: “Uma Verdade Inconveniente” é um livro que tenta despertar consciências adormecidas, sobre o perigo que o aquecimento global representa para o planeta, através de estudos que foram feitos, quer pelo recurso à imagem de especialistas na matéria, usa também imagens que mostram as consequências do aquecimento global, e faz previsões para o futuro se continuarmos a agir desta maneira com o planeta e apresenta soluções para conseguirmos vencer este problema. Pontos fracos e fortes do documento: Talvez o ponto fraco do livro seja o constante recurso à história da sua vida, os pontos fortes a meu ver são as imagens escolhidas para planificar o aquecimento global, pois fazem realmente um individuo pensar acerca do que se está a passar na sua vida. 19 Conclusão: Tal como mencionei é um livro que alerta para a crise climática, e apontas as consequências para a crise climática e também soluções e medidas a adoptar para tornar o planeta mais “limpo” e livre desta crise. Na minha opinião o livro está bastante bom pois tem realmente um poder de choque muito grande no sentido em que tem imagens que demostram o nosso futuro se continuarmos agir de forma negligente, olhando apenas para o nosso umbigo, e não ligando para o que as próximas gerações poderão sofrer por causa do nosso capitalismo e cegueira. AUTORES/PERSONAGENS/ESCOLAS DE PENSAMENTO Principais Autores Citados ou eventuais Protagonistas identificados no texto: Mark Twain, Roger Revelle, Winston Churchill, David King, Nancy Gore, Donald Kennedy, Philip Cooney, Upton Sinclair, Jeffrey Immelt. REFERÊNCIAS HISTÓRICO-CULTURAIS: O autor faz muitas vezes referência a locais da terra que no passado estavam num bom estado, e compara-os com o local no presente para haver percepção das alterações geradas pelo aquecimento global. RECURSOS DE ESTILO E LINGUAGEM: A linguagem utilizada para tratar os factos do aquecimento global, é científica, mas nunca aprofundando de mais o nível de rebuscamento. DISCIPLINA: Fontes de Informação Sociológica ALUNO: Fernando Pinto PROFESSOR: Paulo Peixoto Nº. 20080936 TURMA: Opção - Inglês 20 6. Conclusão É difícil fazer com que um homem entenda uma coisa, quando o seu salário depende de não a entender. – Upton Sinclair Estamos numa época em que já não é preciso lançar mais alertas de que o clima está a mudar, pois já estamos a sofrer na pele as consequências da nossa ganância e sede de poder, os recursos estãose acabar, o planeta está a ficar alterado, se não mudarmos a nossa atitude face a este facto consumado que é o aquecimento global, poderemos estar a entrar num período de escassez que nos pode ser fatal. A água, que é um bem que se julgava inesgotável, pode estar a acabar, e há quem diga que por causa dela irá haver uma 3ª guerra mundial. Há pessoas que todos os dias tentam mudar o curso das nossas vidas que caminham para um abismo cada vez mais certo e irremediável, sejam da Greenpeace ou os pioneiros do protocolo de Kyoto. O trabalho e esforço deles mostra-nos que se quisermos continuar a poder usufruir de todas as potencialidades deste nosso maravilhoso planeta temos de fazer sacrifícios. Seja baixar as emissões de Dióxido de Carbono para a atmosfera, usar os transportes públicos, reciclar, são tudo actos que podemos fazer todos os dias e sem grande esforço e que podem não significar nada agora, mas serão actos que poderão fazer a diferença no futuro. 21 “E o esplendor dos mapas, caminho abstracto para a imaginação concreta Letras e riscos irregulares abrindo para a maravilha.” – Álvaro de Campos 22 7. Referências Bibliográficas I. Livros Gallavotti, Barbara (2001), A Ecologia. Matosinhos, ASA. Gore, Al (2007), Uma Verdade Inconveniente. Campo Grande, Esfera do Caos. Pinna, Lorenzo (2001a), A Terra. Matosinhos, ASA. Pinna, Lorenzo (2001b), O Clima. Matosinhos, ASA. 23 II. Internet Diniz, Eliezer Martins (2007), “Lessons from the Kyoto Protocol”. Ambiente & Sociedade, 10, 1. Página consultada em 17 de Dezembro de 2008, disponível em http://www.scielo.br/pdf/asoc/v10n1/v10n1a03.pdf Edwards, Gonzalo (2008), “Climate Change: An Inconvenient Maybe”. Estudios de Economía, 35, 1. Página Consultada em 21 de Dezembro de 2008, disponível em http://www.scielo.cl/pdf/ede/v35n1/art01.pdf Greenpeace, “Greenpeace Portugal”. Página Consultada a 17 de Dezembro de 2008, disponível em http://www.greenpeace.org/portugal Nobelprize, “The Nobel Peace Prize 2007”. Página Consultada a 19 de Dezembro de 2008, disponível em http://nobelprize.org/nobel_prizes/peace/laureates/2007/ Peixoto, Paulo (2002), “Estado das Artes”, página da cadeira de Fontes de Informação Sociológica, Página consultada em 23 de Dezembro de 2008, disponível em http://www4.fe.uc.pt/fontes/restos/estado_das_artes.htm Viola, Eduardo (2002), “O Regime Internacional de Mudança Climática e o Brasil”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 17, 50. Página consultada em 21 de Dezembro de 2008, disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v17n50/a03v1750.pdf 24 25 ANEXO A Página de Internet Avaliada Greenpeace Portugal Endereço: http://www.greenpeace.org/portugal ANEXO B Livro de Suporte para a Ficha de Leitura Al Gore – “Uma Verdade Inconveniente” Referência: Gore, Al (2007), Uma Verdade Inconveniente. Campo Grande, Esfera do Caos.