2008016 - Universidade de Coimbra

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Faculdade de Economia
Universidade Coimbra
Fontes de Informação Sociológica
“Política Ambiental”
Fernando Pinto
20080936
Coimbra, 2008
Faculdade de Economia
Universidade Coimbra
Fontes de Informação Sociológica
“Política Ambiental”
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Fontes de Informação
Sociológica da Licenciatura em Sociologia sob orientação do Doutor
Paulo Peixoto
Aluno: Fernando Pinto
Nº 20080936
Imagem da capa retirada de:
Http://prisionofthemind.files.wordpress.com/2008/01/2007062100_blog_unc
overing_org_aquecimento_global_image-tm.jpg
Coimbra, 2008
Índice
1.
Introdução………………………………………………………………… 1
2.
Estado das Artes………………………………………………………… 3
2.1
Greenpeace…………………………………………………………... 4
2.2
Aquecimento Global e Kyoto…………. …………………………...8
3.
Descrição pormenorizada do processo de pesquisa……………...12
4.
Página de Internet Avaliada…………………………………………….14
5.
Ficha de Leitura…………………………………………………………. 17
6.
Conclusão………………………………………………………………….20
7.
Referências Bibliográficas……………………………………………...22
Anexos
Anexo A – Cópia de Página de Internet Avaliada
Anexo B – Cópia de texto de suporte para a Ficha de Leitura
1. Introdução
Não é um lábio ou um olho o que chamamos de beleza, mas a força global e o
resultado final de todas as partes. – Alexander Pope
O planeta Terra está em constante mudança, algo que acontece desde há
milhares de anos para cá, mas agora enfrentamos um novo desafio. Os impactos do
ser humano no planeta estão a ser cada vez mais devastadores. Devido ao
desenvolvimento do ser humano, o planeta está a sofrer os danos colaterais, pois
cada vez mais há desastres ecológicos e problemas ambientais relacionados com a
alteração do clima na Terra devido á mão humana. Por isso é preciso criar políticas
de conservação e protecção do planeta.
A cegueira e ambição desmedidas do ser humano começam agora á dar os
seus frutos com o degelo dos glaciares.
“O volume total dos gelos presentes na terra é de cerca de 25
milhões de quilómetros cúbicos”. (Pinna, 2001a)
Degelo este que ainda terá mais consequências, pois o ser humano retira dos
glaciares muita da água, e devido a este degelo a água potável poderá estar em
risco num futuro próximo. Há também os furacões que estão a crescer
proporcionalmente em força devastadora e frequência, os solos começam a ficar
secos e sem a possibilidade de produção de alimentos, as florestas são assoladas
por chuvas ácidas que destroem o ecossistema.
“Os contornos essenciais da história da crise climática são muito
semelhantes hoje ao que eram então. A relação entre a civilização
humana e a Terra transformou-se drasticamente devido a uma
combinação de factores, incluindo a explosão demográfica, a
revolução
tecnológica
e
a
predisposição
para
ignorar
as
1
consequências futuras das acções presentes.” (Gore, 2007).
Felizmente com a percepção e compreensão deste desastre que está a
afectar a humanidade, foram criados “anticorpos” para combater este cancro do
planeta, como foi o caso do protocolo de Kyoto que foi assinado em 1997, e que tem
como principal objectivo diminuir as emissões de dióxido de carbono (CO2) para a
atmosfera por parte dos países mais industrializados, com vista a uma diminuição do
buraco do ozono.
Há também uma organização mundial que “age para mudar atitudes e
comportamentos, para proteger e conservar a natureza e promover a paz”
(Greenpeace Portugal).
Essa organização é a Greenpeace, é uma organização espalhada por várias
regiões e países do planeta com o intuito de proteger o planeta “prestando
testemunho da destruição ambiental de forma pacífica e não violenta” (Greenpeace
Portugal).
2
2. Estado das Artes
O Estado das Artes passa por “reunir, analisar e discutir as informações
publicadas sobre o tema até ao momento em que o trabalho é elaborado. O seu
propósito é fundamentar teoricamente o objecto de investigação com bases sólidas,
e não arbitrariamente. É o “pano de fundo” do problema de pesquisa. Compreende
uma minuciosa busca na literatura, seleccionando-se e sintetizando-se ideias,
estudos e pesquisas que se relacionem com o problema investigado” (Peixoto,
2002).
O tema Política Ambiental é muito abrangente pelo que eu neste trabalho
procurei subdividi-lo num tema chave que é o “aquecimento global”, e procurei fazer
uma ligação deste subtema com o “protocolo de Kyoto”. Irei também falar na maior
organização mundial em luta pelo ambiente terrestre, a “Greenpeace”.
Estes temas (protocolo de Kyoto e GreenPeace) estão interligados com o do
aquecimento global, pois visam a preservação do planeta.
Escolhi estes subtemas pois considero que o “aquecimento global” é neste
momento o problema mais importante e sério que a humanidade enfrenta, e tentei
articulá-lo com um protocolo que procurou combater este fenómeno e ainda de uma
organização que todas os dias trava batalhas para proteger o planeta.
3
2.1 GreenPeace
A GreenPeace é uma organização ambientalista internacional, com 28
delegações espalhadas pelo globo, e com uma presença constante em quarenta
países, as delegações são autónomas em cada país e região, uma vez que cada
zona tem os seus próprios problemas.
A GreenPeace só actua em Portugal desde Novembro de 2007, através de um
escritório virtual (consiste no desenvolvimento e manutenção de um site português,
uma mailing list, de uma newsletter e de uma comunidade de activistas portugueses).
Os sócios da GreenPeace em Portugal têm feito contribuições assinaláveis, quer em
termos de acções ambientais, quer em doações financeiras. Em Portugal o enfoque
que está a ser feito é na comercialização de produtos de pesca, projecto este que
tem como meta estabelecer reservas marinhas e recuperar oceanos.
As principais campanhas e acções da GreenPeace têm um foco em áreas
diversas para proteger e conservar a natureza, áreas estas que são:
- “Em defesa dos oceanos, desafiando a pesca dissipadora e destrutiva
criando uma rede internacional de reservas marinhas.”
- “Catalisando uma revolução energética, para lidar com a ameaça número
um que o nosso planeta enfrenta.”
- “Protegendo as florestas ancestrais do mundo e os animais, as plantas e
as pessoas que dependem deles.”
- “Trabalhando para o desarmamento e a paz, cuidando das causas, dos
conflitos e exigindo a eliminação de todas as armas nucleares.
- “Criando um futuro livre de materiais tóxicos, com alternativas mais
seguras aos químicos perigosos usados nos produtos e nas indústrias actuais.”
- “Fazendo campanha por uma agricultura sustentável, rejeitando os
organismos geneticamente modificados, protegendo a biodiversidade e estimulando
a agricultura socialmente responsável” (GreenPeace Portugal)
4
A filosofia da GreenPeace assenta em “expor crimes ambientais e enfrentar os
governos e empresas sempre que falham no cumprimento das suas promessas de
salvaguardar o ambiente e o futuro do planeta”. (GreenPeace Portugal)
Com cerca de 2,8 milhões de apoiantes em todo o mundo, a GreenPeace
incentiva todos os dias muitos outros milhões a agirem.
Os princípios e valores fundamentais da Greenpeace reflectem-se em
todas as suas campanhas ambientais, e em todo o mundo. São eles:
- "Prestar testemunho da destruição ambiental de forma pacífica e não violenta;”
- ”Usar o confronto não violento para elevar o nível e a qualidade do debate público;”
- ”Não possuir aliados nem adversários permanentes na denúncia das ameaças para
o ambiente e na busca de soluções;”
- ”Garantir a independência financeira relativamente a interesses políticos ou
comerciais;”
- ”Procurar soluções e promover uma discussão aberta e informada sobre as
escolhas ambientais da sociedade.” (GreenPeace Portugal)
A GreenPeace desde 1971 que colecciona vitórias ambientais, entre elas
vou destacar algumas:
1972: Após a primeira acção da Greenpeace, em 1971, os EUA
abandonam os locais de testes nucleares da Ilha de Amchitka, no Alasca.
1975: A França interrompe os ensaios nucleares atmosféricos no
Pacífico Sul, após protestos da Greenpeace no local dos testes.
1978: As acções da Greenpeace param o massacre das focas
cinzentas nas Ilhas Orkney, na Escócia.
1989: É elaborada uma moratória das NU sobre as redes de emalhar
de alto-mar, respondendo à indignação pública relativamente às práticas de
pesca indiscriminada denunciadas pela Greenpeace.
5
1995: As acções da Greenpeace para deter os testes nucleares
franceses recebem ampla atenção internacional. Mais de sete milhões de
pessoas assinam petições apelando à paragem dos testes. A França, o Reino
Unido, os E.U.A., a Rússia e a China comprometem-se a assinar o Tratado de
Proibição Completa de Testes Nucleares.
1998: Após 15 anos de campanhas da Greenpeace, a UE concorda
finalmente eliminar progressivamente a pesca com redes de emalhar pelas
suas frotas, nas suas águas e em águas internacionais, no final de 2001. A
França, a Itália, o Reino Unido e a Irlanda continuaram a pescar com redes de
emalhar no Atlântico Nordeste e no Mediterrâneo, após o Japão, Taiwan e a
Coreia terem interrompido essa faina em alto-mar quando a suspensão
mundial entrou em vigor, no final de 1992.
2001: Após anos de negociações e pressões por parte da Greenpeace,
torna-se uma realidade um acordo global para a eliminação de um grupo de
substâncias químicas de origem humana, altamente tóxicas e persistentes
(Poluentes Orgânicos Persistentes ou POPs), em Maio de 2001, ao ser
adoptado um tratado das Nações Unidas que as proíbe.
7 de Fevereiro de 2006: Pegue-se em dez anos de trabalho difícil,
perigoso e por vezes doloroso. Somem-se milhares de activistas de todo o
mundo – alguns que enviam e-mails, outros que participam em bloqueios,
outros ainda que votam contra a destruição com as suas carteiras. Alguns que
foram espancados, outros processados, alguns ainda que foram presos. O
resultado é que finalmente o bom senso triunfou, e um dos maiores tesouros
do mundo, a Floresta Pluvial do Urso Pardo, foi salva da destruição.
25 de Julho de 2006: A McDonald's aceita interromper a venda de
frangos alimentados a soja plantada em áreas recentemente desflorestadas
6
da floresta tropical da Amazónia, contribuindo positivamente para fazer com
que outras empresas alimentares e supermercados, como a Marks & Spencer,
a Sainsbury's, a ASDA e a Waitrose assinem igualmente uma directiva de
desflorestação zero. Mas vai ainda mais longe, porque a pressão de todas
essas empresas força os seus fornecedores, grandes empresas
multinacionais da soja como a Cargill, a aceitar uma moratória de dois anos na
compra de soja de áreas recentemente desflorestadas.
2 de Maio de 2007:
A Apple anuncia a eliminação progressiva das
substâncias químicas mais perigosas na sua linha de produtos, em resposta a
uma campanha online vencedora do prémio Webby feita por adeptos da
Greenpeace e da Apple de todo o mundo. A campanha lançou à Apple o repto
de se tornar líder ecológica na resolução do problema dos resíduos
electrónicos. (GreenPeace Portugal)
Quando a última árvore for cortada, o último rio envenenado e o último peixe
morto, descobriremos que não podemos comer dinheiro… – GreenPeace
7
2.2
Aquecimento Global e Kyoto
Em cada recanto do mundo – em terra e na água, no gelo que se
derrete e na neve que desaparece, durante as ondas de calor e as
secas, no olho do furacão e nas lágrimas dos refugiados –
estamos a assistir a uma prova crescente e inegável de que os
ciclos da natureza estão a mudar profundamente. – Al Gore
O planeta Terra tem um equilíbrio frágil, o que a leva a ser
vulnerável ao ponto de que o ser humano possa alterar a sua
composição.
“De facto, a atmosfera da terra é tão fina que
temos
a
capacidade
concentração
de
de
alguns
alterar
dos
drasticamente
seus
a
componentes
moleculares básicos. Em especial, aumentámos e muito
a quantidade de dióxido de carbono – o mais importante
dos chamados gases de efeito estufa”. (Gore, 2007)
É natural que parte das radiações infravermelhas emitidas pela
Terra, sejam retidas na atmosfera, aliás porque é necessário para
manter a temperatura adequada que temos hoje em dia. O problema é
que agora esta fina camada de atmosfera está a tornar-se mais
espessa devido às enormes emissões de dióxido de carbono e outros
gases com efeitos de estufa.
“O desenvolvimento industrial, que desde há pelo menos
dois séculos continua a ritmo crescente, emite para a
atmosfera milhões e milhões de toneladas de dióxido de
carbono. Este gás que há um século só existia numa
concentração de 280 partes por milhão, chegou hoje a
360.” (Pinna, 2001b)
8
Dessa forma começa a reter mais radiação infravermelha o que
leva a um aumento cada vez mais perigoso da temperatura da
atmosfera e dos oceanos.
Estas alterações na temperatura da Terra já estão a ter efeitos
devastadores em algumas regiões do planeta. Devido à subida do nível
dos oceanos, que por sua vez é uma consequência do degelo dos
glaciares, estão a haver cheias que estão a vitimar inocentes. E se
numas regiões há cheias, noutras há seca com as temperaturas a bater
recordes, 2005 foi ano mais quente registado, o que levou a ondas de
calor insuportáveis que mataram muitas pessoas, na maioria crianças e
idosos.
Com o aumento da temperatura, houve também um aumento
dos furacões quer em intensidade, quer na sua frequência.
“As tempestades tornam-se mais fortes à medida que
os oceanos ficam mais quentes. Em 2004 a Florida foi
assolada por quatro furacões de uma violência invulgar.
Um número crescente de estudos científicos está a
confirmar que a água mais quente na camada superior do
oceano pode projectar mais energia de convecção que
alimenta furacões mais violentos” (Gore, 2007).
Se de um lado e em certas regiões há furacões e tornados,
noutras, paradoxalmente, há secas, isto devido ao facto de haver um
aumento generalizado da precipitação em todo o mundo. E não só pois
o aquecimento também leva a que parte desta precipitação se desloque
e se reposicione, tendo assim efeitos paradoxais mesmo em regiões
próximas.
“Recentemente, por exemplo, houve enormes cheias
nas
províncias
de
Sichuan
e
ShangDong.
Porém
paradoxalmente, o aquecimento global causa
não só mais cheias, como mais secas. A província próxima
de Anhui, sofreu uma grave e persistente seca, ao mesmo
9
tempo que as regiões vizinhas eram assoladas por cheias.”
(Gore, 2007)
Mas não só apenas os seres humanos em perigo, há também
um largo número de espécies ameaçadas devido à destruição do seu
ecossistema.
“…após a industrialização, o Homem começou a
constituir um perigo sério e imediato para a biosfera e, por
conseguinte, para si mesmo. A prova mais evidente deste
facto talvez seja a trágica eliminação das florestas tropicais
que são as maiores fábricas de oxigénio do planeta”
(Gallavotti, 2001)
Outra preocupação crescente é a dos vectores para doenças
infecciosas emergentes, neste caso os mosquitos, pulgas, roedores,
entre outros. Antigamente como as temperaturas frias provocavam a
congelação nas elevações mais altas e limitavam os mosquitos e as
doenças que transmitiam a baixas altitudes, hoje em dia o aumento do
calor fez com que alguns mosquitos e doenças transmitidas pelo
mosquito migrassem para maiores altitudes, aumentando assim a
probabilidade de espalhar doenças.
Talvez a maior consequência que a humanidade possa vir a ter de enfrentar
no futuro é o fim da água potável.
“Os glaciares dos Himalaias, no planalto do Tibete,
estão entre os mais afectados pelo aquecimento global. Os
Himalaias contêm cem vezes mais gelo que os Alpes e
fornecem mais de metade da água potável a 40% da
população mundial, através de sete rios asiáticos, todos eles
com origem no mesmo planalto. Dentro dos próximos
cinquenta anos, esses 40% da população mundial podem
enfrentar uma grave carência de água potável, a menos que o
mundo aja corajosa e rapidamente para mitigar o aquecimento
global.” (Gore, 2007)
Devido a este crescente problema do aquecimento global, e com os
seus efeitos a começarem a sentir-se, o problema começou a ganhar
10
mediatismo, e as pessoas começaram a ficar inteiradas da situação. Até que
em 1992 mais de 160 governos assinam a Convenção Marco sobre Mudança
Climática na ECO-92.
O objectivo era “evitar interferências antropogénicas perigosas no sistema
climático”. Isso deveria ser feito rapidamente para poder proteger as fontes
alimentares, os ecossistemas e o desenvolvimento social. Também foi incluída
uma meta para que os países industrializados mantivessem as suas emissões
de gases estufa, em 2000, nos níveis de 1990. Também contém o “princípio
de responsabilidade comum e diferenciada”, que significa que todos os países
têm a responsabilidade de proteger o clima, mas o Norte deve ser o primeiro a
actuar.
Em 1997, em Kyoto, Japão, é assinado o Protocolo de Kyoto, um novo
componente da Convenção, que contém, pela primeira vez, um acordo
vinculante que compromete os países do Norte a reduzir as suas emissões.
Como é óbvio houve quem se opusesse, pois baixar a emissão de
gases seria sinónimo de baixar a produção.
“Em Março de 2001, o governo Bush anunciou oficialmente que
se retirava das negociações do Protocolo de Kyoto por
considerá-lo inapropriado para lidar com a mudança climática
por duas razões: a falta de relevância depositada aos
mecanismos de mercado e o não estabelecimento de
compromissos para os países de rendimento médio com rápido
crescimento de emissões. A saída dos Estados Unidos causou
furor na comunidade internacional, mas, depois de algumas
semanas de desorientação, a União Europeia decidiu levar
adiante as negociações para completar e ratificar o Protocolo”
(Viola, 2002).
Em suma o protocolo de Kyoto Compromete a uma série de nações
industrializadas a reduzir suas emissões em 5,2% - em relação aos níveis de
1990 – para o período de 2008-2012. Esses países devem mostrar “um
progresso visível” no ano de 2005.
11
Especifica que as actividades compreendidas nos mecanismos
mencionados devem ser desenvolvidas adicionalmente às acções realizadas
pelos países industrializados dentro dos seus próprios territórios. Entretanto,
os Estados Unidos, como outros países, tentam, a todo custo, evitar limites
sobre o uso que podem fazer desses mecanismos.
“Baseado na previsão do IPCC, a temperatura deve subir entre 1.4 e
5.8 graus centígrados entre 1990 e 2100, considerando diferentes
cenários.” (Edwards, 2008)
Permite aos países ricos medir o valor líquido de suas emissões, ou
seja, contabilizar as reduções de carbono vinculadas às actividades de
desflorestação e reflorestamento.
Determina que é essencial criar um mecanismo que garanta o
cumprimento do Protocolo de Kyoto. Se o protocolo de Kyoto tiver impacto, e
se todos os países respeitarem o acordo, poderemos voltar a equilibrar o
planeta.
“Os argumentos favoráveis ao Protocolo de Kyoto são o stress da
necessidade de diminuir as emissões de gases de estufa para
evitar problemas relacionados com a saúde, agricultura, etc. Os
argumentos contrários á sua acentuação são os altos custos
quando comparados com os benefícios” (Diniz, 2007)
12
3. Descrição pormenorizada do processo de pesquisa
A escolha do tema “Política Ambiental”, não foi fácil pois os outros
temas disponibilizados pelo docente da cadeira de Fontes de Informação
Sociológica também tinham vários aliciantes, mas mesmo assim decidi
escolher este tema, pois a meu ver é dos temas mais discutidos no mundo.
E é também dos mais importantes, pois o planeta como se sabe não
está de boa saúde, e cabe aos líderes mundiais promover políticas de
conservação.
Para a subdivisão do trabalho poderia ter optado por muitos subtemas
pois o tema principal é muito vasto, mas preferi pegar no que achei mais
importante e urgente, que foi o aquecimento global, tentando articulá-lo
com o protocolo de Kyoto, que a meu ver pode ser a solução, ou pelo
menos um inicio para tentar solucionar o problema do aquecimento global.
Procurei por outro lado mostrar os objectivos, metodologias e acções de
uma organização que diariamente tenta pôr cobro à destruição do nosso
belo planeta, que é a GreenPeace.
Na minha opinião a Internet é o melhor meio para se obter informação
desde que se saiba escolher as fontes que se vão utilizar no trabalho, mas
a tarefa não se revelou fácil, uma vez que quando utilizei a expressão
“política ambiental” no motor de busca Google os resultados foram
infrutíferos uma vez que me deu imenso “ruído” (5.830.000 resultados).
Posteriormente utilizei “aquecimento global+protocolo de Kyoto” e
embora com bastantes resultados (156.000), já deu para obter alguma
informação relevante, mas mesmo assim não me contentei e percebi que
tinha de recorrer a um livro sobre o aquecimento global, pois a informação
encontrada na Internet não era suficientemente rigorosa e precisa, por isso
preferi um livro de um autor de referência (Al Gore).
Feito isto voltei para a Internet e pesquisei “Kyoto protocol” e
embora me desse bastante ruído (2.790.000), consegui retirar alguma
informação pertinente, mas não era o suficiente, por isso fui ao Scielo que
13
é uma base de dados com vários artigos de revistas científicas, e pesquisei
“aquecimento global” e “protocolo de Kyoto”, e embora não me desse
sempre resultados em português consegui também retirar informação
precisa.
Já falando sobre a pesquisa da GreenPeace, posso desde já afirmar
que foi bastante fácil uma vez que utilizando o descritor de pesquisa
“Greenpeace Portugal” embora me desse 1.180.000 resultados, a página
oficial era muito fácil de encontrar e lá encontrei a informação necessária
para falar da Greenpeace. E assim ficou concluída a minha pesquisa com
sucesso, e embora ainda tentasse outros descritores de pesquisa como
“ministério do ambiente” e “buraco do ozono, os resultados não me
agradaram, por isso decidi começar o trabalho com as bases assentes em
“aquecimento global”, “protocolo de Kyoto” e “GreenPeace”.
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4. Página de Internet Avaliada
Caracterização Geral
Nome do Site: GreenPeace Portugal
Tipo de Informação: Informar
Público-Alvo: Vasto
Língua Original: Inglês
Endereço URL: http://www.greenpeace.org/portugal
Avaliação feita por: Fernando Pinto
No âmbito da Disciplina de: Fontes de Informação Sociológica
Nº de Aluno: 20080936
15
Avaliação
Autoria do Site: O autor do site está identificado em nome de uma
instituição, a informação contida no site não permite identificar se o autor é
especialista na matéria, o autor exprime-se sempre em nome da instituição e
nunca individual isto nota-se especialmente quando em textos do site é
utilizada a palavra “nós”. No site é também disponibilizado um link onde se
pode ter os contactos da Greenpeace, e outro onde se pode escrever
gratuitamente para receber alertas da Greenpeace.
Estrutura e Navegação no Site: O site é curto e intuitivo o que facilita
a sua procura. Disponibiliza um motor de pesquisa interno e mapa do site.
Quanto aos instrumentos de navegação são eficazes e a própria
navegação no site é fácil de interiorizar. O site não tem publicidade e quanto
à sua estrutura é bastante simples.
Conteúdo e alcance do Site: A informação contida no site tem uma
linguagem corrente, sendo por isso de fácil de compreensão, a informação é
também exacta e objectiva. O site respeita as regras e a forma da língua em
que está escrito. O site não apresenta informação da data da última
actualização, e a conteúdo do site confirma o que li noutros locais.
16
Grafismo do Site: O grafismo do site é bastante atractivo pois a cor
que predomina é uma cor verde, cor esta que é viva tornando o site mais
atractivo, e é uma cor escolhida a dedo, pois o site é ambientalista o que
vem mesmo a calhar. Quanto ao texto, é facilmente legível e não requer
qualquer esforço visual, a impressão é fácil pois a página esta formatada de
forma correcta.
Importância do Site: O site foi de extrema importância para o trabalho
pois uma das alíneas do meu trabalho baseava-se na descrição da
Greenpeace e foi do site que retirei a informação fundamental. Quanto à sua
globalidade numa escala de 0 a 5 eu daria ao site 4 pois parece-me ser
bastante bom.
17
5. Ficha de Leitura
TÍTULO DA PUBLICAÇÃO: “Uma verdade Incoveniente”
AUTOR(ES): Al Gore
LOCAL ONDE SE ENCONTRA:Biblioteca Municipal de Felgueiras
DATA DE PUBLICAÇÃO: Fevereiro 2007
EDIÇÃO: Terceira Edição
LOCAL DE EDIÇÃO: Campo Grande
EDITORA Esfera do Caos
TÍTULO DO CAPÍTULO OU ARTIGO: O livro não está subdividido por capítulos, por
isso vou falar no livro em Geral.
COTA: 504.05 GOR,A v
Nº DE PÁGINAS:328
ASSUNTO: Aquecimento Global
PALAVRAS-CHAVE:
Aquecimento
Global,
Buraco
Ozono,
Efeito
Estufa,
Consequências, Soluções.
DATA DE LEITURA: 20 e 21 de Dezembro de 2008
18
ÁREA CIENTÍFICA: Ecologia
OBSERVAÇÕES: Esta ficha corresponde à terceira de três edições publicadas.
NOTAS SOBRE O AUTOR: Albert Arnold Gore Junior, nasceu em Washington, 31
de Março de 1948, é um político que foi vice-presidente durante a administração de
Bill Clinton. Em 2000 concorreu à presidência dos EUA, mas perdeu de forma
polémica para George Bush. Em 2006 lançou a primeira edição de “Uma verdade
Inconveniente”, e em 2007 o documentário com o mesmo nome. Al Gore, como é
conhecido é um activista ecológico. Al Gore recebeu em 2007 o prémio Nobel da paz
“pelos seus esforços na construção e disseminação de maior conhecimento sobre as
alterações climáticas induzidas pelo homem e por lançar as bases necessárias para
inverter tais alterações” (Nobelprize, 2007)
RESUMO: “Uma Verdade Inconveniente” é um livro que tenta despertar consciências
adormecidas, sobre o perigo que o aquecimento global representa para o planeta,
através de estudos que foram feitos, quer pelo recurso à imagem de especialistas na
matéria, usa também imagens que mostram as consequências do aquecimento
global, e faz previsões para o futuro se continuarmos a agir desta maneira com o
planeta e apresenta soluções para conseguirmos vencer este problema.
Pontos fracos e fortes do documento: Talvez o ponto fraco do livro seja o
constante recurso à história da sua vida, os pontos fortes a meu ver são as imagens
escolhidas para planificar o aquecimento global, pois fazem realmente um individuo
pensar acerca do que se está a passar na sua vida.
19
Conclusão: Tal como mencionei é um livro que alerta para a crise climática, e
apontas as consequências para a crise climática e também soluções e medidas a
adoptar para tornar o planeta mais “limpo” e livre desta crise. Na minha opinião o
livro está bastante bom pois tem realmente um poder de choque muito grande no
sentido em que tem imagens que demostram o nosso futuro se continuarmos agir de
forma negligente, olhando apenas para o nosso umbigo, e não ligando para o que as
próximas gerações poderão sofrer por causa do nosso capitalismo e cegueira.
AUTORES/PERSONAGENS/ESCOLAS DE PENSAMENTO
Principais Autores Citados ou eventuais Protagonistas identificados no texto:
Mark Twain, Roger Revelle, Winston Churchill, David King, Nancy Gore, Donald
Kennedy, Philip Cooney, Upton Sinclair, Jeffrey Immelt.
REFERÊNCIAS HISTÓRICO-CULTURAIS: O autor faz muitas vezes referência a
locais da terra que no passado estavam num bom estado, e compara-os com o local
no presente para haver percepção das alterações geradas pelo aquecimento global.
RECURSOS DE ESTILO E LINGUAGEM: A linguagem utilizada para tratar os factos
do aquecimento global, é científica, mas nunca aprofundando de mais o nível de
rebuscamento.
DISCIPLINA: Fontes de Informação
Sociológica
ALUNO: Fernando Pinto
PROFESSOR: Paulo Peixoto
Nº.
20080936
TURMA: Opção - Inglês
20
6. Conclusão
É difícil fazer com que um homem entenda uma coisa, quando o
seu salário depende de não a entender. – Upton Sinclair
Estamos numa época em que já não é preciso lançar mais
alertas de que o clima está a mudar, pois já estamos a sofrer na pele as
consequências da nossa ganância e sede de poder, os recursos estãose acabar, o planeta está a ficar alterado, se não mudarmos a nossa
atitude face a este facto consumado que é o aquecimento global,
poderemos estar a entrar num período de escassez que nos pode ser
fatal. A água, que é um bem que se julgava inesgotável, pode estar a
acabar, e há quem diga que por causa dela irá haver uma 3ª guerra
mundial.
Há pessoas que todos os dias tentam mudar o curso das nossas
vidas que caminham para um abismo cada vez mais certo e
irremediável, sejam da Greenpeace ou os pioneiros do protocolo de
Kyoto. O trabalho e esforço deles mostra-nos que se quisermos
continuar a poder usufruir de todas as potencialidades deste nosso
maravilhoso planeta temos de fazer sacrifícios.
Seja baixar as emissões de Dióxido de Carbono para a
atmosfera, usar os transportes públicos, reciclar, são tudo actos que
podemos fazer todos os dias e sem grande esforço e que podem não
significar nada agora, mas serão actos que poderão fazer a diferença
no futuro.
21
“E o esplendor dos mapas, caminho abstracto para a imaginação
concreta
Letras e riscos irregulares abrindo para a maravilha.” – Álvaro de
Campos
22
7. Referências Bibliográficas
I. Livros
Gallavotti, Barbara (2001), A Ecologia. Matosinhos, ASA.
Gore, Al (2007), Uma Verdade Inconveniente. Campo Grande, Esfera
do Caos.
Pinna, Lorenzo (2001a), A Terra. Matosinhos, ASA.
Pinna, Lorenzo (2001b), O Clima. Matosinhos, ASA.
23
II. Internet
Diniz, Eliezer Martins (2007), “Lessons from the Kyoto Protocol”.
Ambiente & Sociedade, 10, 1. Página consultada em 17 de Dezembro
de
2008,
disponível
em
http://www.scielo.br/pdf/asoc/v10n1/v10n1a03.pdf
Edwards, Gonzalo (2008), “Climate Change: An Inconvenient Maybe”.
Estudios de Economía, 35, 1. Página Consultada em 21 de Dezembro
de 2008, disponível em http://www.scielo.cl/pdf/ede/v35n1/art01.pdf
Greenpeace, “Greenpeace Portugal”. Página Consultada a 17 de
Dezembro de 2008, disponível em http://www.greenpeace.org/portugal
Nobelprize, “The Nobel Peace Prize 2007”. Página Consultada a 19 de
Dezembro
de
2008,
disponível
em
http://nobelprize.org/nobel_prizes/peace/laureates/2007/
Peixoto, Paulo (2002), “Estado das Artes”, página da cadeira de Fontes
de Informação Sociológica, Página consultada em 23 de Dezembro de
2008,
disponível
em
http://www4.fe.uc.pt/fontes/restos/estado_das_artes.htm
Viola, Eduardo (2002), “O Regime Internacional de Mudança Climática
e o Brasil”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 17, 50. Página
consultada
em
21
de
Dezembro
de
2008,
disponível
em
http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v17n50/a03v1750.pdf
24
25
ANEXO A
Página de Internet Avaliada
Greenpeace Portugal
Endereço:
http://www.greenpeace.org/portugal
ANEXO B
Livro de Suporte para a Ficha de Leitura
Al Gore – “Uma Verdade Inconveniente”
Referência:
Gore, Al (2007), Uma Verdade Inconveniente. Campo Grande, Esfera
do Caos.
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