03-03-2010 Universidade de Aveiro Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática Sistemas Electrónicos Mestrado Integrado em Engenharia de Computadores e Telemática Análise de Circuitos Slide 1 Conteúdos • Grandezas eléctricas – – – – Carga Corrente Tensão Potência • Elementos de um circuito eléctrico – – – – – Fontes independentes Resistências Fontes dependentes Condensadores Bobines • Elementos topológicos – Nó, Ramo e Malha – Ligações série e paralelo Slide 2 1 03-03-2010 Grandezas eléctricas - Carga • Os efeitos da gravidade são facilmente apreciados no dia a dia. • As forças da gravidade são conhecidas, sendo possível quantificá-las e determinar o seu efeito. • Contudo, não as conseguimos ver. • De forma semelhante, os efeitos da carga eléctrica também são facilmente observados. No entanto a carga eléctrica é algo que não conseguimos ver. Slide 3 Grandezas eléctricas - Carga • Continuando com a comparação entre gravidade e carga eléctrica… – A gravidade permite-nos compreender as forças atractivas entre corpos de massa diferente. – Sabe-se que corpos de maior massa, exercem forças atractivas mais intensas sobre corpos de menor massa. • Relativamente à carga eléctrica foram identificadas forças atractivas e repulsivas Slide 4 2 03-03-2010 Grandezas eléctricas - Carga • A existência de forças atractivas e repulsivas pressupõe dois tipos de carga eléctrica: – Carga negativa. – Carga positiva. • Relativamente a estes dois tipos da carga, sabe-se que: – Cargas de igual sinal repelem-se. – Cargas de sinal contrário atraem-se. Slide 5 Grandezas eléctricas - Carga • Toda a matéria é constituída por átomos. A carga eléctrica é uma propriedade das partículas do átomo: – Carga negativa – electrões. – Carga positiva – protões. – Os neutrões têm carga nula. – Globalmente o átomo é neutro. • A carga de um electrão é de -1.602E-19 C (Coulomb). Slide 6 3 03-03-2010 Grandezas eléctricas - Corrente • A corrente num condutor possui direcção e magnitude associadas. • A corrente é a medida da razão em que a carga se está a movimentar, através de uma superfície de referência e numa determinada direcção. • Se q(t) for a variação temporal da carga, a corrente é dada por: i (t ) = dq (t ) dt Slide 7 Grandezas eléctricas - Corrente • A corrente é medida e Ampère (A), em virtude dos primeiros estudos sobre corrente eléctrica, executados por André Marie Ampère. • 1 A é corresponde ao movimento de carga à razão de 1 C/s. • De forma equivalente a carga transferida entre os tempos t0 e t é definida por: t q = ∫ i (u )du t0 Slide 8 4 03-03-2010 Grandezas eléctricas - Tensão • Quando uma corrente atravessa um determinado elemento do circuito, entrando no terminal A e saindo no terminal B, surge entre A e B uma diferença de tensão (ou potencial). I • A diferença de tensão através A do elemento é uma medida do trabalho realizado para que VAB E uma determinada quantidade de carga atravesse o elemento. B Slide 9 Grandezas eléctricas - Tensão • A tensão aos terminais de um elemento é o trabalho realizado para mover 1 C de carga de um terminal ao outro. • A tensão é medida em Volts (V), em virtude dos trabalhos de Alessandro Volta. • 1 V é equivalente a 1 J/C. Slide 10 5 03-03-2010 Grandezas eléctricas - Potência • A potência é uma medida da energia despendida por unidade de tempo. A potência é medida em Watts (W). • 1 W equivale a 1 J/s • A potência é proporcional: – À carga por unidade de tempo – corrente – E ao trabalho necessário para transferir 1 C de carga tensão P = VI Slide 11 Grandezas eléctricas - Potência • O balanço de potência num circuito é sempre nulo, em consequência do principio fundamental da conservação da energia. • Assim, pode coexistir num mesmo circuito: – Potência fornecida: P<0 – Potência absorvida: P>0 – Potência dissipada: P>0 • É necessário convencionar quando um elemento fornece, absorve ou dissipa potência. Slide 12 6 03-03-2010 Grandezas eléctricas - Potência • P>0 quando a corrente que o atravessa e a tensão aos seus terminais têm o mesmo sentido. I A VAB E PE>0 B I A • P<0 quando a corrente que o atravessa e a tensão aos seus terminais têm sentidos opostos. E VAB B PE<0 Slide 13 Elementos – Fontes Independentes • Há dois tipos de fontes independentes: – Fontes de tensão. – Fontes de corrente. • As fontes independentes servem para representar as variáveis de entrada de um determinado circuito, consequentemente podem representar: – A alimentação do circuito (fontes DC). – Os estímulos de entrada do circuito (fontes de sinal). Slide 14 7 03-03-2010 Elementos – Fontes Independentes • Fontes independentes de tensão • Fontes independentes de corrente Slide 15 Elementos – Resistência • Chama-se resistência a um elemento que exibe uma dependência linear entre a corrente que o atravessa e a tensão aos seus terminais. • Esta relação linear é conhecida por Lei de Ohm, e estabelece que: R= V V ⇔ V = RI ⇔ I = I R • A resistência é medida em Ohms (Ω), em virtude dos resultados do físico George S. Ohm. Slide 16 8 03-03-2010 Elementos – Resistência • A resistência é uma propriedade existente em todos os materiais condutores. • Quantifica a oposição que um determinado elemento condutor oferece à passagem de corrente. L S R=ρ L S • L – comprimento (m). • S – área de secção (m2). • ρ – resistividade do material (Ω/m). Slide 17 Elementos – Resistência • Por definição, a resistência é um elemento que dissipa potência. A energia eléctrica fornecida a uma resistência é por esta convertida em calor. • Consequentemente, PR>0 V2 = RI 2 > 0 PR = VI = R Slide 18 9 03-03-2010 Elementos – Resistência • O recíproco da resistência é a condutância. G= 1 I = R V • A condutância é medida em Siemens (o recíproco do Ohm) (S, ou Ω-1). • Verifica-se de forma análoga que: I2 PG = VI = = GV 2 > 0 G Slide 19 Elementos – Fontes Dependentes • As fontes dependentes são classificadas quanto à variável de controlo e quanto à variável controlada. • Assim podem existir 4 tipos de fontes dependentes: – Fonte de tensão controlada por tensão (VCVS). – Fonte de tensão controlada por corrente (CCVS). – Fonte de corrente controlada por tensão (VCCS). – Fonte de corrente controlada por corrente (CCCS). Slide 20 10 03-03-2010 Elementos – Fontes Dependentes • VCVS • Av é uma razão entre duas tensões. • CCVS • Rm é uma razão entre uma tensão e uma corrente, com dimensão de Ω. Slide 21 Elementos – Fontes Dependentes • VCCS • Gm é uma razão entre uma corrente e uma tensão, com dimensão de Ω-1. • CCCS • Ai é uma razão entre duas correntes. Slide 22 11 03-03-2010 Elementos – Condensador • Chama-se condensador a um elemento que exibe uma relação diferencial entre a corrente que o atravessa e a tensão aos seus terminais. t dv 1 ⇔ v = ∫ idt + v(t0 ) i =C dt C t0 q = Cv • A capacidade (C) do condensador é medida em Farads (F), em virtude dos resultados do físico Michael Faraday. Slide 23 Elementos – Condensador • A capacidade é uma propriedade existente entre duas placas de material condutor que não se tocam. • Quantifica a capacidade de armazenar energia sobre a forma de campo eléctrico. A d C =ε A d • A – área das placas (m2). • d – distância entre as placas(m). • ε – permitividade dieléctrica (F/m). Slide 24 12 03-03-2010 Elementos – Condensador • Um condensador não dissipa energia, armazena-a sobre a forma de campo eléctrico. • A potência fornecida ao condensador: PC = vi = Cv dv dt • A energia armazenada é: t I C 1 WC = ∫ PC dt = Cv 2 2 t0 V Slide 25 Elementos – Condensador • Características importantes de um condensador: – Se a tensão aos terminais de um condensador não varia com o tempo, então a corrente que o atravessa é nula. – O condensador pode armazenar energia, mesmo quando a corrente que o atravessa é nula. – A tensão aos terminais de um condensador não pode variar instantaneamente. – Um condensador nunca dissipa energia, apenas a armazena. Slide 26 13 03-03-2010 Elementos – Bobine • Chama-se bobine a um elemento que exibe uma relação integral entre a corrente que o atravessa e a tensão aos seus terminais. t di 1 i = ∫ vdt + i (t0 ) ⇔ v = L dt L t0 • A indutância (L) da bobine é medida em Henries (H), em virtude dos resultados do físico Joseph Henry. Slide 27 Elementos – Bobine • A indutância é uma propriedade existente em todos os materiais condutores. • Quantifica a capacidade de armazenar energia sobre a forma de campo magnético. L = µN 2 A s • • • • N – numero de espiras. A – área de secção (m2). s – comprimento da bobine (m). μ – permeabilidade magnética (H/m). Slide 28 14 03-03-2010 Elementos – Bobine • Uma bobine não dissipa energia, armazena-a sobre a forma de campo magnético. • A potência fornecida à bobine: PL = vi = Li di dt • A energia armazenada é t 1 WL = ∫ PL dt = Li 2 2 t0 Slide 29 Elementos – Bobine • Características importantes de uma bobine: – Se a corrente que atravessa uma bobine não varia com o tempo, então a tensão aos seus terminais é nula. – A bobine pode armazenar energia, mesmo quando a tensão aos seus terminais é nula. – A corrente que atravessa uma bobine não pode variar instantaneamente. – Uma bobine nunca dissipa energia, apenas a armazena. Slide 30 15 03-03-2010 Elementos Topológicos – Nó • Um nó de circuito é um ponto partilhado pelo menos por dois elementos. Nó Slide 31 Elementos Topológicos – Ramo • Um ramo de circuito é a conexão existente entre dois nós, formada por um elemento de circuito. Ramo Slide 32 16 03-03-2010 Elementos Topológicos – Malha • Uma malha de circuito é uma composição fechada de ramos de circuito Malha Slide 33 Elementos Topológicos • Nó de referência – é o nó relativamente ao qual todas as tensões de um circuito podem ser especificadas. • A sua escolha é perfeitamente arbitrária. • Por regra e de forma a facilitar a análise, escolhese para referência o nó partilhado pelo maior numero de componentes possível. Slide 34 17 03-03-2010 Elementos Topológicos • Ligação série de elementos – composição de N elementos envolvendo N-1 nós partilhados por elementos consecutivos. Nós com 2 elementos apenas Slide 35 Elementos Topológicos • Ligação paralela de elementos – composição de N elementos envolvendo 2 nós partilhados por todos os N elementos. 1 nó apenas 1 nó apenas Slide 36 18 03-03-2010 Elementos Topológicos “Topologicamente equivalentes” Slide 37 Elementos Topológicos “Topologicamente equivalentes” Slide 38 19 03-03-2010 Elementos Topológicos Dois circuitos são topologicamente equivalentes se: • Resistem a transformações topológicas mantendo as mesmas características: – Esticar. – Torcer (sem implicar curto-circuitos). – E outras transformações que não envolvam cortes de algum ramo do circuito. Slide 39 Elementos Topológicos Slide 40 20 03-03-2010 Conteúdos • Leis de Kirchhoff – Lei dos nós – Lei das Malhas • Análise Nodal – Nó essencial – Nó trivial – Super-nó • Análise de Malhas – Malha essencial – Malha trivial – Super-malha Slide 41 Leis de Kirchhoff – lei dos Nós • É uma consequência directa do principio fundamental da conservação de energia. • Relaciona a forma como as correntes de um circuito se dividem na presença de um nó com vários ramos associados. • Estabelece para estas situações que o balanço de correntes num nó de circuito é sempre nulo. • A consequência é que nem todas as correntes que contribuem num nó de circuito tem o mesmo sentido: – Umas “chegam ao nó”; – Outras “abandonam o mesmo”. Slide 42 21 03-03-2010 Leis de Kirchhoff – Lei dos Nós • Formalmente ∑I k =0 Nó Slide 43 Leis de Kirchhoff – Lei dos Nós • Alternativamente ∑I = ∑I k in k out Nó Slide 44 22 03-03-2010 Leis de Kirchhoff – lei das Malhas • É também uma consequência directa do principio fundamental da conservação de energia. • Relaciona a forma como as tensões de um circuito se distribuem pelos vários elementos de uma malha. • Estabelece para estas situações que o balanço das quedas de tensão numa malha de circuito é sempre nulo. • A consequência é que nem todas as quedas de tensão de uma malha de circuito tem o mesmo sentido: – Umas “têm sentido horário”; – Outras “têm sentido anti-horário”. Slide 45 Leis de Kirchhoff – Lei das Malhas • Formalmente ∑V k =0 Slide 46 23 03-03-2010 Leis de Kirchhoff – Lei das Malhas • Alternativamente ∑V k CW = ∑V k CCW CW – Clockwise CCW – Counter Clockwise Slide 47 Análise Nodal • Análise baseada na lei dos nós de Kirchhoff. • Assenta no seguinte algoritmo: – Escolha do nó de referência. – Identificação dos restantes nós. – Para cada nó: • Arbitrar os sentidos das correntes que contribuem no nó. • Escrever a equação de correntes resultantes. • Relacionar cada corrente com as tensões nodais do circuito (usando para tal as leis descritivas dos elementos que compõem o circuito). Slide 48 24 03-03-2010 Análise Nodal • Num circuito contendo N nós, este algoritmo resulta sempre num sistema de N-1 equações, com N-1 incógnitas. • As incógnitas são as tensões nodais do circuito. • As tensões nodais são as tensões medidas entre cada nó do circuito e o nó de referência. • Sendo arbitrária a escolha do nó de referência, são também arbitrários os valores das tensões nodais! • No entanto, a relação entre as tensões nodais é sempre a mesma! Slide 49 Análise Nodal • As leis descritivas dos elementos de um circuito (R, L e C) relacionam as correntes que os atravessam com as quedas de tensão aos seus terminais. • Um queda de tensão não é mais do que a diferença entre duas tensões nodais. VE = V1 − V2 Slide 50 25 03-03-2010 Análise Nodal • Fontes de corrente (independentes ou dependentes) estabelecem de forma directa qual o valor da corrente no ramo que ocupam. • Fontes de tensão (independentes ou dependentes) apresentam algumas dificuldades: – É impossível saber à priori qual a corrente fornecida/absorvida por uma fonte de tensão – Podem em casos particulares, estabelecer de forma directa o valor de uma tensão nodal. Slide 51 Análise Nodal – Nó Trivial • Nó trivial: um nó para o qual o valor da tensão nodal é conhecido à priori. • Os nós triviais surgem sempre que exista uma fonte de tensão entre o nó em causa e o nó de referência. V1 = Va Slide 52 26 03-03-2010 Análise Nodal – Super-Nó • Um super-nó é um nó formado por dois nós interligados por uma fonte de tensão. • A aplicação da lei dos nós de Kirchhoff a cada nó que compõe um super-nó inclui a referência à corrente que atravessa a fonte de tensão: – Num caso a abandonar o nó; – No outro a chegar ao nó. Slide 53 Análise Nodal – Super-Nó Nó 1 Nó 2 • Nó 1 I1 + I 2 = IVa • Nó 2 I 3 + I 4 + IVa = 0 I1 + I 2 + I 3 + I 4 = 0 + V2 − V1 = Va Eq. Auxiliar do super-nó Slide 54 27 03-03-2010 Análise Nodal – Nó Essencial • Todos os nós que não são nem triviais, nem supernós. • Os nós essenciais são objecto da aplicação directa da lei dos nós de Kirchhoff. • Não necessitam de equações auxiliares. • O valor das suas tensões nodais não é conhecido à priori. Slide 55 Análise de Malhas • Análise baseada na lei das malhas de Kirchhoff. • Assenta no seguinte algoritmo: – Identificação das malhas do circuito. – Para cada malha: • Arbitrar os sentidos das correntes de malha. • Escrever a equação de tensões resultantes. • Relacionar cada queda de tensão com as correntes de malha do circuito (usando para tal as leis descritivas dos elementos que compõem o circuito). Slide 56 28 03-03-2010 Análise de Malhas • Num circuito contendo N malhas, este algoritmo resulta sempre num sistema de N-1 equações, com N1 incógnitas. • As incógnitas são as correntes de malha do circuito. • As correntes de malha são correntes abstractas que circulam dentro de cada malha. • Os sentidos atribuídos ás correntes de malha são arbitrários • Uma corrente de malha com sinal negativo indica que o sentido real é o oposto do sentido arbitrado. Slide 57 Análise de Malhas • As leis descritivas dos elementos de um circuito (R, L e C) relacionam as correntes que os atravessam com as quedas de tensão aos seus terminais. • A corrente que atravessa um elemento pertencente a duas malhas, relaciona-se com as respectivas correntes de malha. I E = I1 − I 2 Slide 58 29 03-03-2010 Análise de Malhas • Fontes de tensão (independentes ou dependentes) estabelecem de forma directa qual o valor da queda de tensão do ramo que ocupam. • Fontes de corrente (independentes ou dependentes) apresentam algumas dificuldades: – É impossível saber à priori qual a queda de tensão numa fonte de corrente. – Podem em casos particulares, estabelecer de forma directa o valor de uma corrente de malha. Slide 59 Análise de Malhas – Malha Trivial • Malha Trivial: uma malha na qual o valor da corrente de malha é conhecido à priori. • As malhas triviais surgem sempre que exista uma fonte de corrente não partilhada dentro de uma malha. I1 = I a Slide 60 30 03-03-2010 Análise de Malhas – Super-Malha • Uma super-malha é uma malha formada por duas malhas que partilham uma fonte de corrente. Super-Malha • A aplicação da lei das malhas de Kirchhoff a cada malha que compõe uma super-malha inclui a referência à queda de tensão na fonte de corrente: – Num caso no sentido horário; – No outro no sentido oposto. Slide 61 Análise de Malhas – Super-Malha Malha 1 Malha 2 • Malha 1 V1 + V2 + V4 + VIa = 0 • Malha 2 V5 + V6 + V7 = VIa V1 + V2 + V4 + V5 + V6 + V7 = 0 + I 2 − I1 = I a Eq. Auxiliar da super-malha Slide 62 31 03-03-2010 Análise de Malhas – Malha Essencial • Todas as malhas que não são nem triviais, nem super-malhas. • As malhas essenciais são objecto da aplicação directa da lei das malhas de Kirchhoff. • Não necessitam de equações auxiliares. • O valor das suas correntes de malha não é conhecido à priori. Slide 63 Conteúdos • Associação de resistências – Série – Paralelo • • • • Divisor de tensão Divisor de corrente Teorema da sobreposição Circuitos duais Slide 64 32 03-03-2010 Associação de Resistências - Série ⇔ Aplicando a lei das malhas V = Req I V = R1 I + R2 I + .. + RN −1 I + RN I N V = (R1 + R2 + .. + RN −1 + RN )I Req = ∑ Rk k =1 Slide 65 Associação de Resistências - Paralelo ⇔ Aplicando a lei dos nós I= V V V V + + .. + + R1 R2 RN −1 RN 1 1 1 1 V I = + + .. + + R R R R 2 N −1 N 1 I= V Req N 1 1 =∑ Req k =1 Rk Slide 66 33 03-03-2010 Divisor de Tensão I= V R1 + R2 VAB = R1 I = R1 V R1 + R2 VBC = R2 I = R2 V R1 + R2 Slide 67 Divisor de Corrente V = Req I = R1 R2 I R1 + R2 I R1 = V R2 = I R1 R1 + R2 I R2 = V R1 = I R2 R1 + R2 Slide 68 34 03-03-2010 Teorema da Sobreposição • O teorema da sobreposição é uma consequência directa do princípio de linearidade. – Se y1 é a resposta ao estímulo x1 – y2 a resposta ao estímulo x2 – Então, ay1+by2 é resposta ao estímulo ax1+bx2, onde a e b são constantes reais. • Circuitos que contenham, resistências, condensadores, indutâncias fontes independentes e fontes dependentes, obedecem a este princípio. Slide 69 Teorema da Sobreposição • Se as fontes independentes ([V1 V2 .. VN], ([I1 I2 .. IM]), de um circuito representarem os estímulos de entrada do mesmo, então: – Qualquer queda de tensão no circuito é obtida como uma combinação linear das fontes independentes. VX=[a1 a2 .. aN] [V1 V2 .. VN]T+ [b1 b2 .. bM] [I1 I2 .. IM]T – Qualquer corrente no circuito é obtida como uma combinação linear das fontes independentes. IX=[c1 c2 .. cN] [V1 V2 .. VN]T+ [d1 d2 .. dM] [I1 I2 .. IM]T Slide 70 35 03-03-2010 Teorema da Sobreposição • As constantes ak, bk, ck e dk dependem dos restantes elementos que compõem o circuito. • O teorema da sobreposição consiste na aplicação inversa do principio da linearidade. • Uma vez que todas as correntes e tensões num circuito são combinações lineares das fontes independentes do mesmo, • Então, é possível determinar o valor de qualquer tensão ou corrente no circuito, como uma soma de contribuições tomando uma fonte independente de cada vez. Slide 71 Teorema da Sobreposição I X = I X (I1 ) + I X (V1 ) + I X (V2 ) VX = VX (I1 ) + VX (V1 ) + VX (V2 ) Slide 72 36 03-03-2010 Circuitos Duais • Circuitos duais, são circuitos que têm descrições formais semelhantes. • Assentam numa série de transformações duais bem definidas. • Obtêm-se de forma topológica, por aplicação directa dos princípios e transformação. Dual de Nó Malha Corrente Tensão Resistência (R) Condutância (G) Capacidade (C) Indutância (L) Fonte de tensão Fonte de corrente Slide 73 Circuitos Duais Slide 74 37 03-03-2010 Conteúdos • Teorema de Thévenin • Teorema de Norton • Transformação de fontes Slide 75 Teorema de Thévenin • O Teorema de Thévenin estabelece que todos os circuitos lineares podem ser representados por um circuito equivalente contendo: – Uma fonte de tensão ideal – fonte de Thévenin; – Em série com uma resistência equivalente – resistência de Thévenin. Slide 76 38 03-03-2010 Teorema de Thévenin • O processo para determinar o circuito equivalente de Thévenin é algo complexo: – A tensão equivalente de Thévenin é a tensão que surge entre os terminais A-B identificados, com estes em aberto. – A resistência de Thévenin é a resistência vista dos terminais A-B identificados, quando se coloca a 0 todas as fontes independentes do circuito. • Este ponto é particularmente complexo, quando o circuito inclui fontes dependentes. • Neste caso, é necessário utilizar uma fonte de teste. Slide 77 Teorema de Thévenin • Uma alternativa é utilizar sempre uma fonte de teste. • Partindo do equivalente de Thévenin, VA = RTH I T + VTH • No circuito original: • Identificar o nó B como referência. • Escrever as equações nodais e resolver em ordem a VA. • O termo constante é VTH, o termo dependente de IT é RTH. Slide 78 39 03-03-2010 Teorema de Norton • O Teorema de Norton estabelece que todos os circuitos lineares podem ser representados por um circuito equivalente contendo: – Uma fonte de corrente ideal – fonte de Norton; – Em paralelo com uma resistência equivalente – resistência de Norton. Slide 79 Teorema de Norton • O processo para determinar o circuito equivalente de Norton é parecido com o anterior: – A corrente equivalente de Norton é a corrente que passa nos terminais A-B identificados, quando estes estão em curto-circuito. – A resistência de Norton é a resistência vista dos terminais A-B identificados, quando se coloca a 0 todas as fontes independentes do circuito. • Este ponto é particularmente complexo, quando o circuito inclui fontes dependentes. • Neste caso, é necessário utilizar uma fonte de teste. Slide 80 40 03-03-2010 Teorema de Norton • Uma alternativa é utilizar sempre uma fonte de teste. • Partindo do equivalente de Norton, I AB = I N − VT RN • No circuito original: • Escrever as equações de malha e resolver em ordem a IAB. • O termo constante é IN, o termo dependente de VT é RN. Slide 81 Transformação de Fontes • As fontes independentes podem ser de dois tipos: – Fontes de tensão. – Fontes de corrente. • Em ambos os casos, estas fontes representam circuito ideais. • Na realidade, não existem fontes ideais de corrente ou tensão. • As fontes reais têm perdas: – No caso de uma fonte de tensão, a tensão nominal baixa com a corrente fornecida ao circuito. – No caso de uma fonte de corrente, a corrente nominal baixa com a tensão imposta pelo circuito. Slide 82 41 03-03-2010 Transformação de Fontes • Este efeito de diminuição da tensão nominal ou corrente nominal nas fontes reais pode ser quantificado por uma resistência interna de perdas. – No caso das fontes de tensão, em série com a fonte ideal. – No caso das fontes de corrente, em paralelo com a fonte ideal. Slide 83 Transformação de Fontes VAB = VS − RS I L I AB = I S − VL RS Slide 84 42 03-03-2010 Transformação de Fontes • As fontes reais tem um comportamento linear. • Como tal, enquadram-se dentro dos pressupostos dos teoremas de Norton e Thévenin. • Em consequência, uma fonte real de tensão pode ser representada por uma fonte real de corrente e vice-versa. Slide 85 Transformação de Fontes IF = IN = VS RS RS = RN = RF VS = VTH = RF I F RS = RTH = RF Slide 86 43 03-03-2010 Exercícios Resolvidos 1. 2. 3. 4. 5. 6. Análise nodal e de malhas Super-nós e super-malhas Análise nodal com fontes dependentes Análise de malhas com fontes dependentes Equivalentes de Thévenin e Norton Transformação de fontes Slide 87 Análise nodal e Análise de malhas - 1 • 4 nós – 1 trivial – 1 referência – 2 essenciais • 2 malhas – 1 trivial – 1 essencial Slide 88 44 03-03-2010 Análise nodal e Análise de malhas - 1 I R1 = I R 2 + I R 3 I R3 + I b = 0 V1 = Va V1 − V2 V2 V2 − V3 = + R2 R2 R3 V2 − V3 + Ib = 0 R3 V1 é um nó Trivial V1 V2 V3 IR1 IR3 IR2 Slide 89 Análise nodal e Análise de malhas - 1 VR1 + VR 2 − Va = 0 I2 = −Ib R1 I1 + R2 (I1 − I 2 ) − Va = 0 I1 I2 é uma malha Trivial I2 Slide 90 45 03-03-2010 Super-nós e super-malhas - 2 • 4 nós • 3 malhas – 1 super-nó – 1 referência – 1 essencial – 1 super-malha – 1 essencial Slide 91 Super-nós e super-malhas - 2 I R1 + I R 2 + I R 3 = I b I R3 = I R 4 Equação auxiliar V2 − V3 V3 = R3 R4 V1 V2 V2 − V3 + + = Ib V2 − V1 = Va R1 R2 R3 V1 V1-V2 é um super-nó V2 V3 IR3 IR1 IR2 IR4 Slide 92 46 03-03-2010 Super-nós e super-malhas - 2 VR1 − Va + VR 2 = 0 R1 I1 − Va + R2 (I 2 − I 3 ) = 0 VR 2 + VR 3 + VR 4 = 0 R2 (I 3 − I 2 ) + R3 I 3 + R4 I 3 = 0 I 2 − I1 = I b I1-I2 é uma super-malha I1 I2 I3 Slide 93 Análise nodal com fontes dependentes – 3 • 4 nós – 1 trivial – 1 referência – 2 essenciais • 2 fontes dependentes – 1 VCVS – 1 CCCS Slide 94 47 03-03-2010 Análise nodal com fontes dependentes – 3 V1 = AvVc V1 é um nó trivial V1 I R1 = I R 3 + Ai I c I R3 + I b = 0 V1 − V2 V2 − V3 = + Ai I c R1 R3 V2 − V3 + Ib = 0 R3 V2 IR1 V3 IR3 Equações de controlo Vc = V3 I c = I R1 = V1 − V2 R1 Slide 95 Análise de malhas com fontes dependentes – 4 • 2 malhas – 1 trivial – 1 essencial • 2 fontes dependentes – 1 VCCS – 1 CCVS Slide 96 48 03-03-2010 Análise de malhas com fontes dependentes – 4 VR 2 + Va − Rm I c = 0 I1 = −GmVc I1 é uma malha trivial R2 I 2 + Va − Rm I c = 0 Equações de controlo Vc = VR1 + Rm I c Vc = R1 I1 − Rm I 2 I1 I2 Ic = −I2 Slide 97 Equivalentes de Thévenin e Norton – 5 • Va-R1-R2 é um divisor de tensão. • Colocando uma fonte de teste entre os pontos A e B, a tensão VAB (a corrente IAB)pode ser determinada pelo teorema da sobreposição Slide 98 49 03-03-2010 Equivalentes de Thévenin e Norton – 5 R2 Va R1 + R2 Vc = VAB = VAB IT =0 a =0 VAB V = (R3 + R4 )I T VAB = − R3GmVc a =0 IT =0 VTH + VAB V VAB = −Gm RTH R2 R3 Va + (R3 + R4 )I T R1 + R2 Slide 99 Equivalentes de Thévenin e Norton – 5 R2 Va R1 + R2 Vc = I AB = I AB V T = I AB V =− T =0 + I AB V a =0 VT R3 + R4 I AB V a =0 =0 R3 GmVc R3 + R4 I AB = VT − Gm R2 R3Va + (R1 + R2 )(R3 + R4 ) R3 + R4 IN RN Slide 100 50 03-03-2010 Transformação de fontes - 6 Ia = Va 2R Req=R Slide 101 Transformação de fontes - 6 Vb = RI a Vb = Va 2 Req=2R Slide 102 51 03-03-2010 Transformação de fontes - 6 A 2R Vb 2R + 2R V = a 4 VAB = 2R Vb VAB 2R B Slide 103 52