O Domínio de Transição da Província Mineral de Carajás nas áreas dos depósitos cupríferos Bacaba e Visconde: caracterização geológica e petrográfica dos litotipos Ricardo Ceglio Benedetti (IG-UNICAMP) Lena Virgínia Soares Monteiro (IG-USP) Introdução Resultados A Província Mineral de Carajás hospeda diferentes classes de depósitos minerais, inclusive os depósitos de óxido de ferro-cobre-ouro que representam mundialmente um dos grandes alvos da 1mm 0,5mm pesquisa mineral. Grande parte dos depósitos de óxido de ferro-cobre-ouro de Carajás localiza-se ao 1mm 1,0mm longo de uma extensa zona de cisalhamento WSW-ESE que marca o limite de unidades da Bacia Carajás e seu embasamento, atribuído ao Complexo Xingu. Essa zona de contato insere-se no B A Domínio de Transição, que representa um domínio tectônico ainda pouco estudado situado entre a 1mm 1,0mm 1mm 0,5mm porção sul da província, representada pelo Terreno Granito-Grenstone de Rio Maria, e a porção norte, representada pela Bacia Carajás. C D 1mm 0,5mm E 1mm 1,0mm F Fotomicrografia: A -Granito Serra Dourada com processo de sericitização de feldspato. B - Clorita Milonito, mostrando a grande quantidade de clorita (verde) e quartzo (incolor) deformado, além da presença de opacos, representados principalmente por calcopirita. C - Granito Serra Dourada mostrando a alteração potássica pervasiva representada pela formação de biotita. D - Gabronorito mostrando relíquias de piroxênio ígneo, cristais anédricos de anfibólio, plagioclásio sericitizado, quartzo, escapolita, magnetita e clorita.A magnetita, na parte centro-inferior da foto, apresenta textura esqueletal. E - Tonalito Bacaba evidenciando a sericitização seletiva nos feldspatos e alteração potássica pervasiva representada pela formação de biotita. F - Biotita Xisto mostrando a alta porcentagem de biotita Objetivos O estudo proposto tem como objetivo principal o reconhecimento do modo de ocorrência, distribuição espacial, relações de contato, padrão estrutural, natureza e características petrográficas dos litotipos do Domínio de Transição na área de aproximadamente 30 km2 situada entre os depósitos Bacaba e Visconde, bem como de suas relações com zonas hidrotermalizadas e/ou mineralizadas. Conclusões Métodos Trabalho de Campo Revisão Bibliografica Petrografia A distribuição espacial das zonas de alteração hidrotermal indica um padrão no qual as zonas mais distais são representadas pela zona de alteração sódica, notadamente representada por intensa escapolitização. Tais zonas podem ser associados à processos de alteração hidrotermal envolvendo fluidos altamente salinos e quentes (> 500 oC), uma vez que a escapolita é um mineral indicador de tais condições. Dessa forma, os fluidos possivelmente foram também metalíferos, uma vez que a elevada salinidade favorece o transporte efetivo de metais, tal como o cobre. Em direção aos dois depósitos, zonas de alteração potássica são mais proximais, enquanto as zonas de cloritização associam-se espacialmente aos corpos de minério. Esse zoneamento sugere associação das zonas mineralizadas com associações minerais formadas a menores temperaturas (< 300 oC), com clorita presente. Dessa forma, as zonas mineralizadas podem também corresponder à áreas de influxo estruturalmente controlado de fluidos frios e diluídos, possivelmente meteóricos. Esse influxo pode ter tido fundamental importância para a precipitação do cobre.