Diversidade e reprodução das plantas

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Prof. Especialista Felipe de Lima Almeida
Características gerais das plantas
 Atualmente são conhecidas mais de
300 mil espécies de plantas;
 As
plantas
são
organismos
eucarióticos,
multicelulares
e
autotróficos, capazes de produzir,
por meio da fotossíntese, as
substâncias orgânicas que lhes
servem de alimento.
Características gerais das plantas
 Uma característica comum a todas as
plantas é a alternância de gerações
haploides e diploides;
 02 indivíduos haploides = gametófitos
 01 indivíduo diploide = esporófito
 Ao atingir a fase adulta, células do
esporófito dividem-se por meiose e
originam células haploides denominadas
esporos;
 Um esporo, ao germinar, produz um
gametófito haploide, fechando o ciclo
Grandes grupos de plantas atuais
Cladograma que mostra algumas das características compartilhadas pelos grupos de planta.
Plantas avasculares: Briófitas
 São distribuídas em três filos: Bryophyta (musgos), Hepatophyta
(hepáticas) e Anthocerophyta (antóceros):
Bryophyta (musgos).
Hepatophyta (hepáticas).
Anthocerophyta (antóceros).
Características gerais das briófitas
 São plantas pequenas e delicadas que vivem geralmente em ambientes
úmidos e sombreados;
 A maioria das espécies não ultrapassa 5 centímetros de altura, apesar de
haver, na Nova Zelândia, briófitas que chegam a atingir 50 centímetros;
 As espécies mais conhecidas de briófita são os musgos, que podem formar
densos tapetes verdes sobre pedras, troncos de árvores e barrancos;
 Apresentam alternância de gerações em seu ciclo de vida. O gametófito
haploide é a geração mais desenvolvida e persistente;
 O esporófito das briófitas é diploide, tem tamanho reduzido e sempre se
desenvolve sobre o gametófito, nutrindo-se à custa deste até atingir a
maturidade, quando produz esporos e morre.
Organização corporal das briófitas
 O corpo das briófitas, denominado talo, é constituído por células pouco
diferenciadas.;
 Entre as células mais especializadas, destacam-se as que revestem a
planta, constituindo a epiderme;
 Em antóceros, o gametófito é uma fina lâmina celular que cresce paralela ao
solo e o esporófito, uma estrutura bifurcada de pontas afiladas, que cresce
ereto sobre o gametófito;
 Os gametófitos das hepáticas também apresentam forma laminar e crescem
paralelos ao solo e sobre troncos de árvores, em locais sombreados e
úmidos;
 Os esporófitos das hepáticas são pequenas bolsas esféricas presentes em
estruturas especiais dos gametófitos, os gametóforos. Estes lembram
minúsculos guarda-chuvas, com bordas lisas nas plantas masculinas e
bordas recortadas nas plantas femininas.
Reprodução assexuada das briófitas
 Muitas briófitas reproduzem-se assexuadamente por fragmentação;
 Em hepáticas e antóceros, os gametófitos crescem por expansão das
bordas de seu corpo taloso, que eventualmente pode se partir e originar
novos indivíduos.
 Hepáticas do gênero Marchantia produzem estruturas especializadas para a
reprodução assexuada, os propágulos, que se formam no interior de
conceptáculos, estruturas em forma de taça localizadas na face superior do
talo.
 Os propágulos desprendem-se da planta mãe e podem originar,
assexuadamente, novos indivíduos.
Reprodução sexuada das briófitas
 A maioria das briófitas é dioica ou unissexual: há plantas com estruturas
reprodutoras masculinas (anterídios) e plantas com estruturas reprodutoras
femininas (arquegônios);
 Algumas espécies são monoicas ou bissexuais, isto é, a mesma planta
tem estruturas reprodutoras masculinas e estruturas reprodutoras
femininas;
Dioicos
Monoicos
Plantas vasculares sem sementes: Pteridófitas
Ilustração representando uma floresta do período Carbonífero concebida com
base em indícios fósseis.
 As plantas vasculares sem sementes, informalmente chamadas de
pteridófitas, estão distribuídas em dois filos: Pteridophyta (samambaias,
avencas, cavalinhas e psilotos) e Lycopodiophyta (licopódios e
selaginelas);
 As pteridófitas caracterizam-se por não formarem sementes e por
apresentarem, nos esporófitos, dois tipos de tecido condutor bem
diferenciados:
Que transporta água e sais minerais das raízes até
as folhas.
XILEMA
Constitui a seiva mineral, ou seiva xilemática.
FLOEMA
Que transporta uma solução de açúcares e outros
compostos orgânicos produzidos nas folhas, para
as demais partes da planta.
Constitui a seiva orgânica, ou seiva floemática.
 A fase mais desenvolvida e predominante no ciclo de vida das plantas
vasculares é representada pelo esporófito diploide;
 Esporófitos de pteridófitas geralmente apresentam três partes: raiz, caule
e folhas;
Raiz
São estruturas em geral subterrâneas, cuja função é fixar a
planta ao solo e absorver água e sais minerais.
Caule
Conduz a seiva mineral absorvida pelas raízes até as
folhas, em a seiva orgânica das folhas até as raízes.
Folhas
São estruturas geralmente laminares e com células ricas em
cloroplastos. Essas características são adaptações à sua
principal função, que é realizar a fotossíntese.
Tecidos
Sistema dérmico
Sistema vascular
Sistema
fundamental
Organização dos tecidos das pteridófitas.
Atividade de verificação
1. Descreva as principais características das plantas.
2. Qual a característica favoreceu a conquista das plantas pteridófidas no
ambiente terrestre?
3. Quais as funções do xilema e do floema respectivamente?
4. Como ocorre a reprodução das briófitas?
5. Como estão divididos os tecidos que compõem o corpo das pteridófitas?
Reprodução assexuada das Pteridófitas
 Muitas espécies de pteridófita têm reprodução assexuada por brotamento;
 O rizoma vai crescendo e, de espaço em espaço, formam-se pontos
vegetativos que originam folhas e raízes;
 A fragmentação ou decomposição do rizoma nas regiões entre esses
pontos vegetativos isola-os uns dos outros e assim surgem novas plantas.
Reprodução sexuada das Pteridófitas
 A maioria das espécies de pteridófita tem esporos de um único tipo, sendo
por isso denominadas homosporadas;
 Outras, como as dos gêneros Selaginella, Salvinia e Marsilea, formam dois
tipos de esporo, um grande — o megásporo — e outro pequeno — o
micrósporo. Por isso, elas são chamadas de heterosporadas;
 Na superfície inferior das folhas de certas samambaias existem pequenas
estruturas circulares verdes ou marrons, enfileiradas, denominadas soros.
Cada um deles contém um conjunto de esporângios, geralmente recobertos
por uma estrutura protetora, o indúsio;
 No interior dos esporângios há esporócitos, células que se dividem por
meiose e originam esporos haploides. Quando maduros, os esporângios
rompem-se e liberam os esporos.
Representação esquemática de um soro em corte transversal para mostrar os
esporângios.
Ciclo de vida de uma samambaia.
Plantas vasculares com sementes
nuas: gimnospermas
 As atuais plantas vasculares com sementes nuas, chamadas informalmente
de gimnospermas, são distribuídas em 4 filos: Coniferophyta (coníferas),
Cycadophyta (cicadófitas), Gnetophyta (gnetófitas) e Ginkgophyta
(gincófitas);
Araucárias, filo Coniferophyta
Ciprestes, filo Coniferophyta.
Sequoias, filo Coniferophyta.
Gnetophyta.
Cicadófita.
Ginkgo biloba, filo Ginkgophyta
 A grande novidade evolutiva das gimnospermas, em relação às pteridófitas,
foi a semente;
 Os pesquisadores concordam que esta foi fundamental no sucesso das
plantas fanerógamas (gimnospermas e angiospermas) na flora atual do
planeta;
 Semente é a estrutura reprodutiva que se forma a partir do desenvolvimento
do óvulo;
 Nas plantas, o óvulo é uma estrutura multicelular, constituída tanto por
tecido diploide originário do esporófito como pelo megagametófito, que
contém o gameta feminino, a oosfera;
 Outra importante novidade evolutiva das plantas vasculares com semente foi
a conquista da independência da água em estado líquido para a fecundação;
 Nas plantas com semente não há necessidade de água para a fecundação,
pois o gametófito masculino parcialmente desenvolvido, denominado grão de
pólen, é transferido pelo ar para perto do gametófito feminino, que se
encontra no interior do óvulo;
 A transferência dos grãos de pólen até os óvulos é chamada de polinização;
 Estimulado por substâncias presentes na micrópila do óvulo, o
microgametófito imaturo continua seu desenvolvimento, formando uma
estrutura tubular denominada tubo polínico, por meio do qual o gameta
masculino atinge a oosfera e pode fecundá-la.
Representação esquemática do ciclo de vida de Pinus sp.
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