Aula 05 - Ponto dos Concursos

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EBSERH-Psicologia Hospitalar
Prof.Eliete Portugal/Lícia Madureira
Aula 05
EBSERH - PSICOLOGIA HOSPITALAR
TÉCNICAS DE ENTREVISTA
PROFESSORAS: ELIETE PORTUGAL / LÍCIA MADUREIRA
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TÓPICOS DA AULA
1. TÉCNICAS DE ENTREVISTA..........................................................03
2. QUESTÕES GABARITADAS ..........................................................30
3. GABARITO...................................................................................42
4. REFERÊNCIAS..............................................................................43
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1. TÉCNICAS DE ENTREVISTA
Segundo
Almeida
(2004),
entrevista,
etimologicamente, é uma “visão entre”, que
perpassa, que passa através de duas ou mais
pessoas. A entrevista torna-se assim uma troca,
um diálogo (uma palavra entre dois), uma relação,
uma comunicação, um encontro, enfim, as
conceituações são tantas quantas são os (as)
autores (as) que se debruçam sobre o tema
(Anastasi & Urbina, 2000; Assumpção, 1977; Benjamin, 1996, Hindle, 1999;
Lodi, 1998; Rech, 2000, entre outros. Mas em todos eles/elas há dois pontos
invariáveis que são: comunicação entre pessoas. E ainda, a expressão entrevista
psicológica é efetuada pelos psicólogos no exercício de suas atividades. Estes
levam em conta, por certo, regras e fatores psicológicos observados
anteriormente, mas o objetivo visado é o de resolver um dos problemas que
entram normalmente no quadro da psicologia (seleção e orientação
profissional, pesquisas psicológicas, estudos de opinião pública, exame
de personalidade, etc.).
É um conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um
entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação
profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais
ou sistêmicos, em um processo que visa a fazer recomendações,
encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção em benefício das pessoas
entrevistadas.
Sullivan (1970), a define como: Uma situação de comunicação vocal entre duas
pessoas (a two-group) mais ou menos voluntariamente integrados num padrão
terapeuta cliente que se desenvolve progressivamente com o propósito de
elucidar formas características de vida das pessoas entrevistadas, e vividas por
elas como particularmente penosas ou especialmente valiosas e, de cuja elucidação ela espera tirar algum benefício.
A entrevista é uma técnica de investigação científica em psicologia, sendo um
instrumento fundamental do método clínico. Bleger (1987) diz a “entrevista
psicológica é uma relação, com características particulares, que se estabelece
entre duas ou mais pessoas. O específico ou particular dessa relação reside em
que um dos integrantes é um técnico da psicologia que deve atuar nesse papel,
e o outro ou os outros, necessitam de sua intervenção técnica. Porém, isso é um
ponto fundamental, o técnico não só utiliza em entrevista seus conhecimentos
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psicológicos para aplicá-los ao entrevistado, como também esta aplicação se
produz precisamente através de seu próprio comportamento no decorrer da
entrevista. Para sublinhar o aspecto fundamental da entrevista poder-se-ia dizer,
de outra maneira, que ela consiste em uma relação humana na qual um dos
integrantes deve procurar saber o que está acontecendo e deve atuar segundo
esse conhecimento. A realização dos objetivos possíveis da entrevista
(investigação, diagnóstico, orientação, etc.) depende desse saber e da atuação e
acordo com esse saber. ”
Ainda de acordo Bleger (1998), na consideração da entrevista psicológica como
técnica, ela tem seus próprios procedimentos ou regras empíricas: Com os quais
não só se amplia e se verifica como também, ao mesmo tempo, se aplica
o conhecimento científico. Essa dupla face da técnica tem especial gravitação
no caso da entrevista porque, entre outras razões, identifica ou faz coexistir no
psicólogo as funções de investigador e de profissional, já que a técnica é o ponto
de interação entre a ciência e as necessidades práticas; é assim que a entrevista
alcança a aplicação de conhecimentos científicos e, ao mesmo tempo, obtém ou
possibilita levar a vida diária do ser humano ao nível do conhecimento e da
elaboração científica. E tudo isso em um processo ininterrupto de interação.
Tavares (2002) ressalta que as técnicas de entrevistas favorecem a
manifestação das particularidades do sujeito, permitindo assim ao
profissional: Acesso amplo e profundo ao outro, a seu modo de se
estruturar e de se relacionar, mais do que qualquer outro método de
coleta de informações. Por exemplo, a entrevista é a técnica de avaliação que
pode mais facilmente se adaptar às variações individuais e de contexto, para
atender às necessidades colocadas por uma grande diversidade de situações
clínicas e para tornar explícitas particularidades que escapam a outros
procedimentos. Por meio dela, pode-se testar limites, confrontar, contrapor e
buscar esclarecimentos, exemplos e contextos para as respostas do sujeito. Esta
adaptabilidade coloca a entrevista clínica em um lugar de destaque inigualável
entre as técnicas de avaliação.
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(IADES-2013) A entrevista clínica não é técnica única, sendo fortemente
influenciada por seus objetivos e pela orientação do entrevistador. Considerando
o aspecto formal de classificação das entrevistas, é correto afirmar que:
a) as entrevistas estruturadas são aquelas preferencialmente em pesquisas
porque sua utilização raramente considera as necessidades ou demandas do
sujeito avaliado, destinando-se ao levantamento de informações definidas pela
necessidade de um projeto.
b) as entrevistas epidemiológicas são o melhor exemplo de entrevista livre
porque requerem que o entrevistador cubra grande número de questões em
pouco tempo.
c) as entrevistas livres aumentam a confiabilidade da informação obtida,
permitindo a criação de banco de dados úteis à pesquisa.
d) na entrevista semiestruturada, não se pode exigir que o entrevistador tenha
experiência ou conhecimento clínico, devido o seu uso em contextos de alto
custo, como o levantamento do censo.
e) na saúde pública, nas clínicas sociais e em hospitais, utiliza-se,
prioritariamente, a entrevista de livre estruturação, uma vez que as mesmas
facilitam o registro de dados e a padronização dos procedimentos.
Comentários: Segundo Cunha (2007), em seu livro Psicodiagnóstico, entrevista
clínica pode ser conceituada como um conjunto de técnicas de tempo limitado,
dirigido por um entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos,
em uma relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos
pessoais, relacionais ou sistêmicos(individuo, casal, família, rede social), em um
processo que visa a fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum
tipo de intervenção em benefício das pessoas entrevistadas.
Ainda segundo a autora, quanto ao seu aspecto formal, as entrevistas
classificam-se em estruturada, semiestruturada e de livre estruturação.
As entrevistas estruturadas são de pouca utilidade clínica, segundo Cunha
(2007), que nos assegura ainda que a aplicação deste tipo de entrevista é mais
frequente em pesquisas, principalmente nas situações em que a habilidade clínica
não é necessária ou possível. Sua utilização raramente considera as necessidades
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ou demandas do sujeito avaliado, usualmente, ela se destina ao levantamento
de informações definidas pelas necessidades de um projeto. Um exemplo típico
é a entrevista epidemiológica, que, como um censo, requer que o entrevistador
cubra um grande número de questões em pouco tempo.
Diante do exposto fica evidenciado que a alternativa a se encaixa corretamente
com o proposto pela autora, respondendo assim à questão.
Gabarito: a
Conforme Augras (2002) na situação do encontro em
psicologia clínica, o aspecto da informação para fins de
diagnóstico é especificamente a fala do cliente, ou seja, a
situação da fala aponta dois vetores: fala-se e ouve-se.
De acordo Cunha (1986), a entrevista apresenta vários
objetivos, podendo ser diagnóstica, a qual não emprega
a interpretação e tem intuito de estabelecimento do
diagnóstico do paciente, coletando dados para tal fim, bem como a formulação
de indicações terapêuticas. Enquanto que a entrevista terapêutica visa o
acompanhamento do paciente, o esclarecimento das suas dificuldades, podendo
ter o emprego do processo de interpretação, com vistas ao insight do paciente,
o que não ocorre na entrevista diagnóstica. Na entrevista de aconselhamento,
o psicólogo fornece informações, faz críticas, elogios e sugestões ao paciente,
além de interpretar o material que este lhe traz. Atribuem-se as características à
entrevista de aconselhamento: - é uma relação entre duas pessoas; - o
entrevistador é levado a assumir a responsabilidade de ajudar o paciente; - este
tem possíveis necessidades, problemas, bloqueios ou frustrações que deseja
tentar satisfazer ou modificar; - o bem-estar do paciente constitui o interesse
central da situação; ambos desejam encontrar soluções para as dificuldades
apresentadas pelo paciente. J. A. Cunha (1986).
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Entrevista clínica psiquiátrica e entrevista clínica psicológica
Surgem pelo menos duas diferenças essenciais entre a entrevista clínica utilizada
em psiquiatria e em psicologia, sendo as duas abordagens, no entanto,
complementares e necessárias:
O psiquiatra baseia-se em elementos clínicos aparentes para estabelecer um
diagnóstico, referenciando-o seguidamente a um sistema nosográfico. O
psicólogo, por seu lado, tenta antes compreender o funcionamento psicológico
de um indivíduo, tentando situar as condutas observadas num contexto (história
pessoal e familiar do sujeito, elementos de personalidade, modalidades de
relacionamento com o meio, representações interiores); aqui a referência é o
próprio sujeito;
O psiquiatra inscreve a entrevista clínica num procedimento terapêutico,
enquanto o procedimento do psicólogo não é terapêutico no sentido médico
do termo (ausência de prescrições); ela tem antes de mais um enfoque de ajuda,
de aconselhamento e de intervenção psicológica, que é suposto levar a
modificações positivas no indivíduo em sofrimento.
Para Silveira (2001) os referenciais teóricos oriundos da Psicanálise, Gestalt,
Behaviorismo, influenciam tanto a técnica da entrevista quanto a sua análise, ou
seja: A fundamentação teórica do psicólogo permite realizar a entrevista em
condições metodológicas mais restritas, convertendo-a em instrumento científico
com resultados confiáveis. Entretanto, a entrevista, utilizada isoladamente não
substitui outros procedimentos de investigação da personalidade, mas completa
os dados obtidos por outros instrumentos.
Modelo Psicanalítico
Primeiras Entrevistas / Indicação de análise
As primeiras entrevistas psicanalíticas têm como função recolher os elementos
de decisão no que diz respeito à indicação de análise e de acordar modalidades
práticas de cura. D. Lagache (1964). No decurso destas primeiras entrevistas:



O analista, através de um procedimento não diretivo, escuta os pacientes,
a história das perturbações, a história da sua vida.
Analisa o desejo e a capacidade do sujeito para empreender uma análise.
Tem em conta a maleabilidade e a riqueza psíquica do paciente, a sua
aptidão para verbalizar e tolerar a situação de análise que pode viver como
frustrante.
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Fixação do quadro psicanalítico
Uma vez colocada a indicação da análise, esse quadro é fixado e já não muda.
Diz respeito:




A duração (raramente inferior a quatro ou cinco anos)
A frequência e duração das sessões (duas a três sessões por semana, com
uma duração de trinta a quarenta e cinco minutos.
A posição do analisado (deitado no divã);
A posição do analista (situado atrás do paciente)
Entrevistas seguintes
A partir deste momento é o de observar, o de escutar (com uma atenção flutuante
e não seletiva), de “compreender”, de saber esperar e calar-se e no momento
oportuno dar a interpretação que convêm.
Através da interpretação, o analista comunica ao sujeito o conteúdo latente do
discurso deste. Esta comunicação pode tomar diferentes formas: questão,
reformulação, restituição, pontuação. Consiste em reunir elementos separados
do discurso; neste sentido, é uma atividade de ligação e de atribuição de sentido
à narrativa do sujeito.
A interpretação só é efetuada quando o sujeito está preparado para a ouvir; é,
portanto, verdadeiramente um trabalho de co-construção entre terapeuta e
paciente. O procedimento do psicanalista é consequentemente não diretivo; ele
não deve dirigir o discurso do sujeito, não intervêm, abstêm-se de formular juízos
e não aconselha; “o analista não deve ser senão o espelho que reflete aquilo que
lhe é mostrado” (Freud, 1913).
Modalidades da Entrevista nas Psicoterapias Breves
As psicoterapias breves obtêm grande desenvolvimento sobretudo durante e
depois da Segunda Guerra Mundial. Alexander e French (1959) propõem
modificações técnicas da psicanálise e desenvolvem a experiência emocional
corretiva. Gilliéron (1997). Alexander propõe trabalhar com base no método das
associações livres, mas associa igualmente entrevistas mais diretas e dá diretivas
ao paciente, ele pensa também que as atitudes do terapeuta devem ser
suficientemente flexíveis para se adaptarem caso a caso.
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Michael Balint propõe a psicoterapia focal; trata-se de entrevistas face a face,
cujo número é limitado no tempo, com uma focalização no problema do paciente.
Peter Sifnéos (1972) desenvolve a psicoterapia de curto prazo provocadora de
ansiedade, na qual estabelece um contrato com o paciente, com vista à resolução
do problema. O número de entrevistas é breve e a atitude do terapeuta é semi
diretiva.
Quadro
A entrevista nas psicoterapias breves desenrola-se face a face e a psicoterapia é
limitada no tempo. Este quadro cria uma dinâmica relacional específica e acentua
as trocas afetivas. A situação é menos constrangedora para o sujeito; aproximase mais de uma situação de entrevista, o discurso situa-se mais num registo
consciente e racional, em função de um relaxamento físico e psíquico menos
significativo que o da cura psicanalítica. Os conteúdos aproximam-se mais da
realidade e menos da dimensão imaginária: isto pode ser vivido pelo paciente
como mais estruturante e contentor. A função pedagógica e a função de suporte
do terapeuta são mais solicitadas neste tipo de terapia e pode-se passar de uma
forma não diretiva a uma maior diretividade.
Fenomenologia: um outro olhar sobre a prática da entrevista
A abordagem fenomenológica em psicologia pode, portanto, ser definida como
um conhecimento descritivo sem a priori dos fatos. Tenta apreender o indivíduo
de maneira global, tendo em conta o significado do seu vivido.
A abordagem fenomenológica não propõe qualquer técnica psicoterapêutica
particular, mas insiste na noção de comunicação. Deve instaurar-se uma
comunicação e uma relação verdadeira entre o clínico e o seu paciente. O acento
é posto na relação terapêutica, que é considerada como uma relação interhumana, portanto uma possibilidade de encontro, um face-a-face e uma troca
com o outro. Não existem regras técnicas; mais do que um modelo terapêutico,
a abordagem fenomenológica propõe uma reflexão teórica sobre a noção de
psicoterapia e uma reflexão sobre a prática da entrevista insistindo na
experiência comunicativa entre os dois interlocutores.
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Abordagem humanista: Carl Rogers
As concepções de C. Rogers (1966) tiveram grande influência no que diz respeito
à psicoterapia, pois elas integram uma abordagem humanista bastante próxima
do ponto de vista fenomenológico. Assumindo uma posição face às teorias
psicanalítica e behavioristas, revela muito pouco interesse pela nosografia e pela
estrutura da personalidade; segundo ele, em todo o ser humano existem
potencialidades que podem ser desenvolvidas e realizar-se numa relação
interpessoal.
Abordagem Cognitiva e Comportamental representam um conjunto de técnicas
baseadas nas teorias da aprendizagem e nos contributos da psicopatologia
cognitiva (Jean Cottraux, 1984). Todas elas têm em comum um certo número de
características:




O estabelecimento de um contrato entre o paciente e o terapeuta;
A definição clara e precisa dos objetivos terapêuticos, com uma definição
das condutas que vão ser alvo das tentativas de mudança;
A duração do tratamento, que é geralmente bastante breve, de três a seis
meses;
A medida quantitativa e qualitativa da mudança obtida.
Terapias comportamentais.
Têm por objetivo suprimir o comportamento inapropriado para o substituir por
um comportamento adaptado, segundo as leis do condicionamento.
A entrevista consiste, portanto numa série de diretivas dadas pelo terapeuta: o
sujeito deve por exemplo, aprender a relaxar-se, deve construir em seguida com
o terapeuta uma lista hierarquizada de situações que provocam ansiedade e, em
seguida, deve associar relaxamento físico e representação de situações ansiosas.
Esta associação repetida muitas vezes cria uma nova resposta condicionada que
é o relaxamento. Neste tipo de terapia, a atenção do terapeuta não incide, na
verdade, sobre as associações livres e espontâneas do sujeito, ao qual é dado
um certo número de diretivas fixas e enquadradas para tratar o sintoma.
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Entrevista x Observação direta.
Segundo Almeida (2004), a observação, exercida pelo entrevistador participante
do campo da entrevista, torna-se a principal estratégia técnica para a coleta e a
organização das informações de que ele necessita para a avaliação das funções
psíquicas do entrevistado. Sem esse procedimento não é possível entrar em
contato com o mundo mental do entrevistado, o que é uma das metas da
entrevista de avaliação.
Segundo Bleger (1998), a entrevista pode ser de dois tipos fundamentais: aberta
e fechada. Na fechada as perguntas já estão previstas, assim como a ordem e
a maneira de formulá-las, e o entrevistador não pode alterar nenhuma destas
disposições. Na entrevista aberta, o entrevistador tem ampla liberdade para as
perguntas ou para suas intervenções, permitindo-se toda a flexibilidade
necessária em cada caso particular.
A entrevista fechada é um questionário que passa a ter uma relação estreita
com a entrevista, na medida em que uma manipulação de certos princípios e
regras facilita e possibilita a aplicação do questionário.
A liberdade do entrevistador, no caso da entrevista aberta, reside num manejo
que permita, na medida do possível, que o entrevistado configure o campo da
entrevista segundo sua estrutura psicológica particular ou – dito de outra maneira
– “que o campo da entrevista se configure, o máximo possível, pelas variáveis
que dependem da personalidade do entrevistado” Bleger (1998).
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(FUNCAB-2015)Segundo Bleger (1998), podem ser considerados dois tipos
fundamentais de entrevista: a entrevista aberta e a fechada. Sobre a entrevista
fechada pode-se afirmar:
A) O entrevistador tem ampla liberdade para as perguntas ou para suas
intervenções, permitindo-se toda a flexibilidade necessária em cada caso
particular.
B) As perguntas já estão previstas, assim como a ordem e a maneira de formulálas, e o entrevistador não pode alterar nenhuma destas disposições.
C) A entrevista fechada é realizada em um espaço fechado que minimiza as
influências do meio ambiente nos resultados.
D) Em todos os casos é a melhor estratégia de entrevista, pois permite um
aprofundamento mais amplo da personalidade do entrevistado sem que haja
influência do entrevistador.
E) Uma das características da entrevista fechada é não seguir um método
padronizado.
Gabarito: b
Considerando o número de participantes, distingue-se a entrevista em
individual e grupal, seja um ou mais os entrevistadores e/ ou os entrevistados.
Vale ressalvar aqui como exemplo de entrevista grupal as entrevistas sistêmicas
para avaliar casais e famílias que estão se tornando cada vez mais relevantes em
psicologia, sobretudo quando há a demanda de atenção psicológica para crianças
e adolescentes. Féres-Carneiro (1996). Elas podem focalizar a avaliação da
estrutura ou da história relacional ou familiar. Podem também avaliar
aspectos importantes da rede social de pessoas e famílias. Essas técnicas são
muito variadas e fortemente influenciadas pela orientação teórica do
entrevistador (Tavares, 2002).
Terapias familiares sistémicas A escola de Palo Alto interessou-se, portanto
pelo funcionamento patológico da comunicação familiar. Paul Watzlawick (1972),
considerando o sistema familiar como um sistema homeostático, no qual a
perturbação de um membro da família tende a preservar o equilíbrio familiar.
Para o terapeuta, a questão é a de fazer com que a família encontre um outro
equilíbrio e uma reorganização do sistema na ausência de perturbação
psicopatológica.
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(IBFC – 2013) Sobre as terapias familiares, julgue as alternativas abaixo como
(V ) verdadeiras ou (F ) falsas e assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) O terapeuta deve encarar a família como sendo ao mesmo tempo uma
produção coletiva e um aspecto do mundo interno de cada um de seus membros.
( ) O terapeuta de focar o tratamento primeiramente no membro na família que
mais necessita de acompanhamento psicológico.
( ) Écomum nas famílias a presença da compulsão a repetição, de geração em
geração.
( ) Atendência atual na terapia de família é de uma “corrente integradora” entre
as concepções psicanalíticas, sistêmicas, da teoria comunicacional e
psicodramática.
a) V, V, F, F.
b) F, F, V, V.
c) V, F, V, V.
d) F, V, F, F.
Gabarito: c
É o objetivo das terapias familiares sistémicas, tentativa de mudança sobre os
fenómenos inerentes à família, considerada como um grupo. Trata-se, portanto,
de conduzir as entrevistas com a família e o objetivo é re-situar a perturbação e
o discurso do sujeito num conjunto: as interações familiares e sociais. As
entrevistas familiares são dirigidas por vários terapeutas, no mínimo duas
pessoas, tendo por objetivo formar um sistema capaz de se preservar do grupo
familiar. Os terapeutas implicam-se ativamente na terapia, manejam os
paradoxos e contra paradoxos (M. Selvini-Palazolli e col., op.cit.) e envolvem-se
no plano emocional. Estas terapias exigem um intenso trabalho antes e depois
da consulta. O vídeo é muitas vezes utilizado e necessitam de uma sólida
formação bem como de um domínio da técnica.
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Para Bleger (1998), em todos os casos, a entrevista é sempre um fenômeno
grupal, já que mesmo com a participação de um só entrevistado sua relação com
o entrevistador deve ser considerada em função da psicologia e da dinâmica de
grupo.
Ainda de acordo Bleger (1998), pode-se diferenciar também as entrevistas
segundo o beneficiário do resultado:



a entrevista que se realiza em benefício do entrevistado – que é o caso da
consulta psicológica ou psiquiátrica;
a entrevista cujo objetivo é a pesquisa, na qual importam os resultados
científicos;
a entrevista que se realiza para um terceiro (uma instituição).
Cada uma delas implica variáveis distintas a serem levadas em conta, já que
modificam ou atuam sobre a atitude do entrevistador, assim como do
entrevistado, e sobre o campo total da entrevista. Uma diferença fundamental é
que, excetuando o primeiro tipo de entrevista, os dois outros requerem que o
entrevistador desperte interesse e participação, que “motive” o entrevistado.
(IBFC-2013) Analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiros (V) e Falso
(F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixa,
com relação à entrevista psicológica.
( ) A entrevista é instrumento importante para o psicólogo, sendo a entrevista
Psicológica técnica de investigação científica e fundamental para o método clínico.
( ) A entrevista psicológica pode ser realizada de maneira aberta ou fechada,
individualmente ou em grupo, sendo que seu formato irá depender dos objetivos
pela qual foi programada.
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( ) A entrevista psicológica é sinônimo de anamnese, uma vez que ambas tem
os mesmos objetivos que são os de obter compilação de dados do paciente a
respeito de sua história clínica atual.
( ) A teoria da entrevista foi influenciada apenas por conhecimentos provenientes
Da Gestalt, sendo que outras abordagens psicológicas pouco contribuíram para o
desenvolvimento da técnica.
a) V; V; V; F
b) F; V; v; F
c) V; V; F; F
d) F; F; V; F
Comentários: É cabível apontarmos as assertivas individualmente, a fim de
ampliarmos o conhecimento, bem como, fixarmos os conteúdos pertinentes a
questão:
a) “A entrevista é instrumento importante para o psicólogo, sendo a entrevista
Psicológica técnica de investigação científica e fundamental para o método clínico.
Sabe-se que a entrevista é método insubstituível no campo das Ciências
Humanas e da Psicologia, bem como uma técnica que oportuniza o ingresso às
representações mais íntimas e pessoais do sujeito. Dessa forma fica evidenciado
que a alternativa a é verdadeira.
b) “A entrevista psicológica pode ser realizada de maneira aberta ou fechada,
individualmente ou em grupo, sendo que seu formato irá depender dos objetivos
pela qual foi programada”. A alternativa b é verdadeira, pois confirma a
caracterização das entrevistas enquanto abertas e fechadas. Na entrevista
fechada tanto a ordem quanto a maneira de formular as perguntas já estão
previstas e não podem ser modificadas, entretanto na entrevista aberta existe
uma maior flexibilidade por parte do entrevistador ao conduzir o curso das
perguntas de acordo com a imperativo do caso.
c) “A entrevista psicológica é sinônimo de anamnese, uma vez que ambas
tem os mesmos objetivos que são os de obter compilação de dados do paciente
a respeito de sua história clínica atual”. Importante trazermos os conceitos a que
se refere o foco da questão: Segundo Bleger, anamnese é a compilação de dados
preestabelecidos de tal amplitude e detalhe que permite obter uma síntese tanto
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da situação presente como da história de um indivíduo, de sua doença ou de sua
saúde. Sua finalidade é basicamente a compilação de dados. Ainda para o autor,
entrevista é um dos procedimentos de que o técnico ou profissional, psicólogo
ou médico dispõe para atender a uma consulta. Diferentemente da consulta e da
anamnese, a entrevista psicológica objetiva o estudo e a utilização do
comportamento total do indivíduo em todo o curso da relação estabelecida com
o técnico durante o tempo que essa relação durar (BLEGER,1980).
d) “A teoria da entrevista foi influenciada apenas por conhecimentos provenientes
Da Gestalt, sendo que outras abordagens psicológicas pouco contribuíram para o
desenvolvimento da técnica”. Segundo Bleger (1980), as bases da entrevista
psicológica, provém de quatro áreas: Psicanálise, Gestalt, Topologia e
Behaviorismo. Dessa forma, a afirmativa d é falsa desde quando propõe que
apenas a Gestalt influenciou essa teoria.
Gabarito: c
DESCANSE, DEPOIS VOLTE PARA O FOCO!
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Segundo Tavares (2002), as distintas técnicas de entrevista têm em comum
o objetivo de avaliar para fazer algum tipo de recomendação, seja
diagnóstica ou terapêutica. A entrevista, como tema de contato inicial, é
crucial para o desenvolvimento de uma relação de ajuda. A aceitação das
recomendações ou a permanência no tratamento dependem de algumas
características importantes desse primeiro contato, que são influenciadas por um
conjunto de competências do entrevistador. A dificuldade de aceitação das
recomendações ou a desistência de iniciar um processo terapêutico,
quando ocorre, se dá nos primeiros contatos.
Uma entrevista, na prática, antes de poder ser considerada uma técnica, deve
ser vista como um contato social entre duas ou mais pessoas. O sucesso da
entrevista dependerá, portanto, da qualidade geral de um bom contato
social, sobre o qual se apoiam as técnicas clínicas específicas. Dessa
maneira, a execução da técnica é influenciada pelas habilidades interpessoais do
entrevistador. Essa interdependência entre habilidades interpessoais e o uso da
técnica é tão grande que, muitas vezes, é impossível separá-las. O bom uso da
técnica deve ampliar o alcance das habilidades interpessoais do entrevistador e
vice-versa.
Para levar uma entrevista a termo de modo adequado, Tavares (2002) ainda nos
sugere que o entrevistador deve ser capaz de:
1) estar presente, no sentido de estar inteiramente disponível para o outro
naquele momento, e poder ouvi-lo sem a interferência de questões pessoais;
2) ajudar o entrevistado a se sentir à vontade e a desenvolver uma aliança de
trabalho;
3) facilitar a expressão dos motivos que levaram a pessoa a ser encaminhada ou
a buscar ajuda;
4) buscar esclarecimento para colocações vagas ou incompletas;
5) gentilmente, confrontar esquivas e contradições;
6) tolerar a ansiedade relacionada aos temas evocados na entrevista;
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7) reconhecer defesas e modos de estruturação do sujeito, especialmente quando
elas atuam diretamente na relação com o entrevistador (transferência);
8) compreender seus processos contra transferenciais;
9) assumir a iniciativa em momentos de impasse;
10) dominar as técnicas que utiliza.
Para estar presente e poder ouvir o outro, o entrevistador deve ser capaz de
isolar outras preocupações e, momentaneamente, focalizar sua atenção no
entrevistado. Sendo assim, torna-se necessário que suas necessidades pessoais
estejam sendo suficientemente atendidas e que ele possa reconhecer os
momentos em que isso parece não estar ocorrendo. Isso implica que as
ansiedades presentes não sejam tão fortes a ponto de interferir no processo. As
ansiedades inconscientes do entrevistador levam à resistência e dificultam a
escuta, principalmente de material latente na fala do entrevistado. Cuidando de
suas necessidades pessoais, o entrevistador poderá ouvir o outro de um modo
diferenciado. Essa escuta diferenciada, por si só, é considerada uns dos
elementos terapêuticos. Cordioli (1993).
Atento ao outro, o entrevistador estará mais apto a ajudá-lo a sentir-se à vontade
e a desenvolver uma aliança de trabalho. A aliança para o trabalho, segundo
Tavares (2002), que mais tarde se desenvolverá em uma aliança terapêutica,
é composta de dois fatores: A percepção de estar recebendo apoio e o
sentimento de estarem trabalhando juntos. Desenvolver uma atmosfera de
colaboração é essencial para o sucesso de uma avaliação. Para isso, é importante
que o cliente perceba que o entrevistador está receptivo a suas dificuldades e a
seus objetivos, que ele demonstra entendê-lo e aceitá-lo, que ele reconhece suas
capacidades e seu potencial, e que ele o ajuda a mobilizar sua capacidade de
autoajuda. Essa percepção fortalece a relação e favorece uma atitude
colaborativa e participativa por parte do sujeito.
Modelo ou estrutura de entrevista
Podemos classificar a entrevista de acordo com sua estrutura, objetivos, métodos
e enquadramento teórico de referência. Quanto ao objetivo, a entrevista pode
ser:
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Diagnóstica
Visa estabelecer o diagnóstico e o prognóstico do paciente, assim como as
indicações terapêuticas adequadas.
Psicoterápica
Busca colocar em prática uma estratégia de intervenção psicológica de acordo
com alguma das diversas abordagens clínicas.
De encaminhamento
Tem o objetivo de indicar o tratamento do paciente, o qual não será conduzido
pelo entrevistador. Deve-se evitar que o entrevistado desenvolva um vínculo
forte.
De seleção
Visa selecionar um candidato a vaga de emprego, tendo previamente o
conhecimento acerca de seu currículo e analisando as características do
candidato de acordo com o perfil do cargo, destacando seus aspectos mais
significativos com relação à vaga.
De desligamento
Pode ter relação com a alta do paciente ou demissão do funcionário de uma
empresa. Visa estabelecer planos do pós alta ou a necessidade de trabalhar
alguma questão pendente; no caso do funcionário, tem o objetivo de obter um
feedback sobre o ambiente de trabalho, e em algumas situações também fornecer
um ao funcionário.
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Quanto à estrutura, segundo Gil (1999), encontramos os seguintes tipos de
entrevista:
Entrevista informal (não estruturada)
Tem como objetivo básico a coleta de dados. Neste tipo de entrevista, o maior
peso incide no entrevistador. Por não portar um questionário pré-definido, fica a
seu critério explorar as questões que considere mais importantes, podendo se
adaptar as necessidades de cada entrevistado. Porém, como esse tipo de coleta
de dados depende do discernimento do entrevistador, existe o risco de questões
importantes serem menosprezadas em detrimento de outras.
Entrevista focalizada (semiestruturada)
É livre como a entrevista informal, porém direcionada para um determinado tema
pré-estabelecido. Quando o entrevistado se distancia do tema, o entrevistador
deve fazê-lo retomar o foco.
Entrevista por pautas (semiestruturada ou semidirigida)
Estas entrevistas apresentam certo grau de estruturação, pois há uma relação de
pontos de interesse, com perguntas abertas pré-estabelecidas ou um esquema
pré-definido. As pautas devem ser ordenadas e guardar certa relação entre si.
No decorrer da entrevista, o entrevistador pode investigar outros aspectos que
considere relevantes, elaborando novas questões. O entrevistado poderá falar
livremente sobre as pautas, e caso se distancie, o entrevistador deve intervir de
forma sutil.
Entrevista estruturada (fechada)
Na entrevista estruturada, existe uma relação fixa de perguntas, cuja ordem e
formulação permanecem invariáveis para todos os entrevistados, que geralmente
são em grande número. Este tipo de entrevista é frequentemente utilizado como
forma de coleta de dados quantitativa para pesquisas.
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(FGV-2014)A entrevista psicológica é um momento importante para o
levantamento de dados em um processo de avaliação. A esse respeito, analise as
afirmativas a seguir.
I. Na entrevista livre, não há roteiro prévio para a condução do processo de
avaliação.
II. A entrevista estruturada não é utilizada em uma avaliação clínica.
III. Na entrevista semiestruturada, o entrevistador formula um roteiro básico e
vai fazendo as perguntas de forma mais livre, procurando seguir o que
entrevistado fala. Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: c
Sequência temporal da entrevista diagnóstica
Segundo Golder (2000), a sequência temporal pode ser dividida em entrevista
inicial, entrevistas subsequentes e devolutiva, as quais possuem características
e objetivos distintos.
Entrevista inicial
A primeira entrevista tem, em geral, o objetivo de estabelecer um acordo entre
o terapeuta e o paciente. O empenho do terapeuta nessa primeira entrevista pode
ter influência decisiva na continuidade ou abandono do tratamento (Fiorini,
1987). Deve haver uma breve apresentação que vise eliminar falsas expectativas
do entrevistado, explique os processos de avaliação e explicite os objetivos, além
de definir bem o papel de todos os participantes. É necessário informar da
confidencialidade das informações fornecidas, do sigilo profissional, e explorar a
possibilidade de coletar informação de outras fontes (por exemplo, com a
família).
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Conforme Gilliéron (1996), a primeira entrevista deve permitir conhecer o modo
de chegada do paciente à consulta, o tipo de relação que ele busca estabelecer
com o terapeuta e as queixas iniciais verbalizadas pelo paciente. No final desta
entrevista, devem ficar esclarecidos os horários, duração das sessões,
honorários, forma de pagamento, condições para administrar instrumentos de
testagem e para a consulta de terceiros.
Entrevistas subsequentes
Após a entrevista inicial, na qual os contratos já foram estabelecidos, nas
entrevistas subsequentes são coletados os dados com relação a história
do entrevistado, tais como suas fases de desenvolvimento, escolaridade e
relações profissionais, familiares e sociais, além da possível aplicação de
testes, conforme o objetivo do processo.
Entrevista devolutiva
Ao final do processo de entrevista, o entrevistador deve dar um feedback ao
paciente. Este processo deve encerrar-se de acordo com o tempo previsto
anteriormente.
Cunha (1993), aponta alguns direcionamentos sobre a entrevista devolutiva:

após a interpretação dos dados, o entrevistador deve comunicar o resultado
do psicodiagnóstico e indicar a terapêutica mais adequada;
 a devolução deve iniciar pelos aspectos menos comprometidos do paciente,
que mobilizam menos ansiedade, e por fim, deve-se evitar o uso de jargão
técnico, e dar foco ao sintoma que é relatado na queixa principal.
Deve ser feito também com o entrevistado um resumo da entrevista para garantir
que a informação foi bem compreendida por ambos.
Para Ocampo, Arzeno e Piccolo (1995), o processo devolutivo deve consistir em
observar a resposta verbal do cliente ante a recepção da mensagem do
entrevistador. Isso compõe uma modalidade de informação que permite sintetizar
corretamente o caso e emitir o diagnóstico e o prognóstico com determinada
segurança e concomitantemente oferece o planejamento acertado da orientação
terapêutica, conforme for o caso. Em muitas situações, esse momento é
integrado em uma mesma sessão, ao final da entrevista. Em outros casos,
sobretudo quando as atividades de avaliação se desdobram por mais de uma
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sessão, é conveniente destacar a entrevista de devolução do restante do
processo. Outra finalidade da entrevista de devolução é consentir ao entrevistado
exprimir seus pensamentos e sentimentos em relação às conclusões e
recomendações do entrevistador. Ainda, permite avaliar a reação do entrevistado
a elas.
Segundo Tavares (2002), mesmo na fase devolutiva, a entrevista mantém seu
aspecto avaliativo e tem-se a oportunidade de averiguar a atitude da pessoa em
relação à avalia- ção e às recomendações, ao seu desejo de segui-las ou de
recusá-las. Finalmente como objetivo da entrevista de devolução, destaca-se: A
importância de ajudar o entrevistado a compreender as conclusões e
recomendações e a remover distorções ou fantasias contraproducentes em
relação a suas necessidades. A devolução pode ser simples, como, por exemplo,
de que o motivo que o levou a procurar ajuda pode ser atendido em um processo
terapêutico ou complexo, a ponto de requerer mais de uma sessão.
(CESPE-2010) Na entrevista de devolução:
a) a devolução conclui-se com a definição do sintoma que motivou a queixa
inicial.
b) o entrevistador explica o que é o psicodiagnóstico e indica a terapêutica mais
adequada.
c) o entrevistador não explica sobre a composição e sim sobre a condução do
processo de avaliação.
d) a devolução se inicia com os aspectos mais comprometidos do paciente.
e) o uso de termos técnicos ajuda a explicar os sintomas percebidos durante a
avaliação.
Gabarito: b
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Cuidados na hora de entrevistar
Segundo Eriksson (apud Scheeffer, 1977), existem algumas recomendações para
o processo de entrevista psicológica:







O entrevistador deve ter cuidado para não transformar a entrevista numa
conversa social;
O entrevistador não deve completar as frases do entrevistado, e evitar
perguntas que tenham respostas do tipo sim/não. Não deve interromper
também o fluxo de pensamentos do entrevistado;
A atitude do entrevistador deve ser de aceitação completa das vivências
do entrevistado
As pausas e silêncio podem ser embaraçosas para o entrevistador, porém,
o entrevistado poderá estar revivendo experiências ou refletindo acerca
da questão. Se a pausa for longa, o entrevistador pode retomar um tópico
anterior;
O tempo de entrevista deverá ser marcado, e o entrevistado comunicado
sobre o tempo que dispõe;
É necessário trocar o pronome pessoal ‘eu’ por expressões, mas vagas,
como “parece-me que…”
É necessário fazer uma síntese do que foi conversado ao final de cada
entrevista;
O entrevistador deverá atentar
entendimento do entrevistado;







para
a
adequação
da
linguagem
ao
Perceber a influência que exerce na resposta do entrevistado (através da
entonação de voz que faz ao perguntar, por exemplo, ou mesmo
expressões faciais de reação à resposta do entrevistado);
Levar em consideração o contexto socioeconômico, idade, sexo e classe
social para adequar as perguntas e compreender as respostas;
Considerar a diferença entre o que as pessoas relatam e o que realmente
fazem;
Tomar cuidado com as especificidades de perguntas que se relacionem com
atitudes, crenças e hábitos;
Compreender que respostas anteriores afetam as respostas à perguntas
seguintes;
Que as pessoas podem ter dificuldade para emitir suas opiniões;
Evitar termos técnicos e jargões profissionais; e, por fim começar com
perguntas mais genéricas, deixando as específicas ou que provoquem
maior mobilização emocional para o final.
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(FUNCAB-2015) Em relação à entrevista psicológica, sabe-se que a execução
da técnica é influenciada pelas habilidades interpessoais do entrevistador. Para
levar uma entrevista a termo de modo adequado, o entrevistador deve ser capaz
de:
A) expressar seus motivos para realizar a entrevista, expondo as habilidades que
o levaram a desempenhar essa função.
realizar intervenções vagas ou incompletas para não influenciar o entrevistado.
C) não confrontar esquivas e contradições.
D) confrontar e polemizar a ansiedade relacionada aos temas evocados na
entrevista.
E) ajudar o entrevistado a se sentir à vontade e a desenvolver uma aliança de
trabalho.
Gabarito: e
Normas Práticas segundo Oliveira (2005)

No início da entrevista, esclarecer cuidadosamente a finalidade e objetivos
desta;

Não exigir do entrevistado, no início, uma exposição ordenada e sistemática
dos fatos porque, de momento, não estará capacitado para fazê-lo;

Deixá-lo falar sem interrupção enquanto o fizer espontaneamente e,
quando calar, estimulá-lo com alguma pergunta concreta e breve;

Não se centrar excessivamente no roteiro preparado de antemão. Criado o
rapport, é bem mais eficaz desenvolver, num clima de comunicação, uma
conversa, a mais informal possível. Nesta, se o entrevistador é experiente
e maduro, afluirão de forma espontânea a maior parte dos dados que
deseja obter. Depois será preciso, apenas, completar brevemente alguns
detalhes mediante perguntas concretas e concisas;

Apegar-se demais a um roteiro preestabelecido, além de denotar
insegurança por parte do entrevistador, pode transformar a entrevista em
um interrogatório ou inquérito, prejudicando a autenticidade das respostas;
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
Utilizar-se de um léxico, linguagem ou terminologia similar às usadas pelo
entrevistado, permitindo, assim, uma correcta aproximação do seu mundo
de vivências;

No decorrer da entrevista fazer um breve resumo do que foi falado, com
uma dupla finalidade:

Para que o entrevistado perceba que é escutado com atenção;

E para que possa complementar ou modificar seu relato, ou para que possa
esclarecer alguns pontos mal compreendidos ou não corretamente
assimilados pelo entrevistador.
Desvantagens da entrevista
A entrevista depende diretamente da capacidade de comunicação das pessoas, e
de verbalizar suas ideias. Assim, a ausência ou demasia de motivação do
entrevistado podem afetar a fidedignidade dos resultados, além de algumas
respostas poderem ser falseadas, quer seja consciente ou inconscientemente.
Estas podem também reter dados, por receio da violação do anonimato. O
entrevistador está sempre sujeito a causar inferência nas respostas das
pessoas, suas opiniões têm influência sobre a interpretação dos dados, tornando
a análise de conteúdo delicada, devido à suas noções pré-concebidas,
perspectivas e visão de mundo.
Anamnese
A Anamnese é uma recuperação da memória, o processamento de informações
preestabelecidas que são informadas pelo paciente, um resumo de todo um
histórico de seu processo saúde-doença. Não é uma história qualquer, a
anamnese, juntamente com a entrevista, precisa ter um foco para a investigação
ser bem-sucedida e as informações adquiridas serem bem aproveitadas.
Dependendo da área em que o psicólogo trabalhe, alguns aspectos de anamnese
são mais importantes que outros, cabe ao psicólogo ter uma negligência
seletiva para separar o que é fundamental do que pode ser negligenciado
em sua investigação.
Diferente da entrevista, que busca informações que o paciente não está ciente
(dentre outras), na anamnese o paciente é o moderador, pois, supõe-se de que
ele conheça sua própria história e que é capaz de fornecer informações sobre ela.
Porém, a anamnese pode ser feita dentro do processo de entrevista.
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(FCC-2007) Segundo Jurema Alcides Cunha, a história pessoal (ou anamnese)
pressupõe:
a) um levantamento da sintomatologia e das condições de vida do paciente.
b) a história clínica, ou seja, a história da doença atual.
c) a caracterização da emergência de sintomas ou de mudanças
comportamentais, numa determinada época e a sua evolução até o momento
atual.
d) uma reconstituição global da vida do paciente, como um marco referencial em
que a problemática atual se enquadra e ganha significação.
e) a entrevista com diversos familiares, para uma compreensão da dinâmica
individual do paciente.
Gabarito: d
Antes de obter qualquer informação, é necessário estabelecer uma boa relação
com o cliente, mostrar interesse pelo que ele tem para contar é de fundamental
importância para que a conversa flua naturalmente, em alguns casos se deter ao
roteiro pode passar uma impressão de desinteresse pelo que o cliente tem a
dizer, e isto pode resultar em respostas vazias por parte do cliente. Algumas
palavras e expressões são perigosas para se usar em uma anamnese, evitem o
uso de expressões e entonações que sugerem julgamento à fala do cliente, como
também frases que cobram justificativas de alguns comportamentos do sujeito.
A entrevista está na base de todas as psicoterapias que associam a palavra ao
dispositivo terapêutico. O quadro e os elementos técnicos não parecem modificarse muito, mas há um certo número de elementos que, no entanto, variam de
uma técnica terapêutica para outra, como:
A posição das cadeiras (face a face, lado a lado);
A posição do paciente (sentado ou deitado);
O número e a duração das sessões;
A duração da psicoterapia;
A atitude do clínico (não diretiva, semidiretiva ou diretiva).
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RESUMINDO...
 Técnicas – Procedimentos para investigação-descrever e avaliar,
levantando informações para se alcançar objetivos;
 Acontece dentro dos domínios da Psicologia Clínica;
 É parte de um processo, e pode ser utilizado como único instrumento;
 Dirigida.
Cabe ao entrevistador






Estabelecer uma relação profissional;
Conduzir o processo;
Dominar a técnica;
Zelar pelo bem-estar do paciente;
Reconhecer a necessidade de treinamento especializado;
Fornecer informações.
O resultado depende:






habilidade do entrevistador;
do domínio da técnica;
da qualidade da formação clínica;
da sensibilidade do avaliador;
delimitação de tempo;
contrato terapêutico.
Tipos de entrevista:





Estruturada – utilizada em pesquisas;
Semiestruturada – caminho traçado;
Livre estruturação - metas, papéis e objetivos;
Entrevista de triagem – avaliar e encaminhar;
Anamnese – levantar, de forma detalhada, a história do paciente.
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 Entrevista diagnóstica – descrever, avaliar, relacionar e inferir,
visando a modificação de uma condição. Prioriza aspectos
sindrômicos e psicodinâmicos;
 Entrevistas sistêmicas – Focaliza a avaliação da estrutura ou da
história relacional ou familiar;
 Entrevista de devolução – Comunicação de resultados, momento de
expressão do paciente.
Objetivos finais
 Reconhecer a demanda
 Perceber a natureza do problema
 Formular alternativas e encaminhamentos
Objetivos instrumentais:
Varia de acordo com a modalidade de entrevista
Competências do avaliador
 Estar presente e disponível;
 Propiciar espaço para estabelecimento de um bom vínculo, uma boa aliança
de trabalho;
 Facilitar a expressão do paciente;
 Buscar esclarecimentos e confrontar situações;
 Tolerar a ansiedade;
 Reconhecer defesas;
 Compreender a contratransferência sem atuar;
 Assumir iniciativas;
 Dominar a técnica utilizada.
FORÇA, FÉ E
FOCO NA
VITÓRIA!
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2. QUESTÕES GABARITADAS
1. (IBFC-2013) Na avaliação psicológica, a entrevista tem o objetivo de fazer a
anamnese do sujeito que será avaliado. Segundo Jurema Cunha, “a entrevista
clínica é um conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido
por um entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma
relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais,
relacionais ou sistêmicos”. Com base nesta afirmação julgue as alternativas
abaixo:
I.Durante a anamnese somente aspectos que envolvem a queixa, que gerou o
pedido de avaliação, devem ser explorados.
II.A anamnese tem por objetivo obter dados e informações que possam
correlacionar as queixas com os dados do processo avaliativo.
III.A anamnese só é válida se for feita com o paciente que será avaliado.
IV.Aanamnese fornece elementos para a previsão prognóstica.
V. Aanamnese direciona a avaliação, pois a partir das queixas e história do
paciente é que serão escolhidos os demais instrumentos utilizados. Estão corretas
as afirmações:
a) I, II e III apenas.
b) II, III e V apenas.
c) II, IV e V apenas.
d) I, IV e V apenas.
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2. (IADES-2013) Tendo por base os objetivos das entrevistas, em saúde
mental, julgue os itens a seguir.
I - A entrevista diagnóstica visa estabelecer o diagnóstico e o prognóstico do
paciente.
II - A entrevista de desligamento visa indicar um tratamento ao paciente, que
não será conduzido pelo analista que o entrevistou.
III - A entrevista de pesquisa visa investigar temas diversos de interesse da
investigação clínica e que é realizada com o consentimento documentado do
paciente.
IV - A entrevista de encaminhamento tem por objetivo colocar em prática
estratégias de intervenção psicológica. A quantidade de itens certos é igual a
a) 0.
b) 1.
c) 2
d) 3.
e) 4.
3. (IADES-2014) A entrevista psicológica é um recurso técnico utilizado nas
diversas áreas do campo profissional e que ganha destaque no contexto
hospitalar. É uma das principais técnicas utilizadas pela sua importância
investigativa e recebe novas configurações e adaptações, considerando as
contingências do ambiente institucional e as particularidades da população
usuária. Quanto à entrevista psicológica utilizada no espaço hospitalar, assinale
a alternativa correta.
a)Na maioria das vezes, a entrevista psicológica é realizada ao lado do leito do
paciente, em um ambiente pouco privativo e compartilhado por demais
integrantes da equipe de saúde e (ou) por familiar e acompanhante do paciente.
b)Apesar de importante, não permite conhecer a relação que a pessoa faz com
sua doença e o significado que atribui à internação.
c)Permite a aproximação, a investigação e a intervenção para com o paciente de
forma imprecisa, o que dificulta compreender e auxiliar na minimização do
sofrimento e no enfrentamento da situação em que se encontra.
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d)Os dados colhidos na entrevista psicológica não ajudam a complementar o
diagnóstico médico, pois permitem apenas a exploração do contexto vivencial do
sujeito, de cunho muito subjetivo, que não contribui para o esclarecimento da
doença.
e)Os dados colhidos na entrevista, a partir dos relatos dos pacientes, não ajudam
a revelar informações sobre o estilo de vida e os comportamentos que
comprometeram ou colaboraram com o desencadeamento, o desenvolvimento ou
a evolução da doença.
4. (TJ-PR-2013) Uma importante técnica, utilizada nos diferentes contextos da
psicologia, é a Entrevista Psicológica. José Bleger, por exemplo, postula uma série
de considerações sobre o tema. Quanto à entrevista psicológica, considere as
seguintes afirmativas: 1.A entrevista psicológica pode se dar de modo aberto ou
fechado. 2.O termo entrevista diz respeito a “entre” e “vista”, que se refere ao
próprio objetivo da técnica, que prima pela relação estabelecida entre os dois
participantes do processo. 3.A observação assistida do entrevistador é uma das
principais estratégias para a coleta e a organização de informações para a
avaliação da situação psíquica do entrevistado. 4.As entrevistas psicológicas
devem levar em consideração quem é o beneficiado dela – o próprio sujeito, uma
pesquisa ou uma instituição, por exemplo. Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
d) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
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5. (UFPR-2010) A realização de entrevista clínica é considerada uma das
principais competências do psicólogo, independentemente de sua abordagem
teórica. Sobre o procedimento de entrevista clínica, é correto afirmar:
a) A entrevista clínica define-se pelo seu caráter aberto, em que o cliente conduz
os conteúdos tratados.
b) Existem diferentes fases da entrevista, e os autores concordam com a
existência de uma fase de introdução, uma de exploração, uma de teste de
hipótese e, finalmente, uma fase de feedback (devolução da informação).
c) A entrevista clínica deve restringir-se a 50 minutos, para que o enquadre seja
mantido.
d) O silêncio deve ser evitado durante as primeiras entrevistas, uma vez que ele
é indicador da resistência do cliente à intervenção.
e) A técnica de paráfrase, uma das mais importantes técnicas de intervenção,
caracteriza-se por apontar discrepâncias entre o que é observado e o que é
falado.
6. (FCC-2010) Segundo Marcelo Tavares, a entrevista de triagem tem por
objetivo principal:
a) avaliar a demanda do sujeito e fazer um encaminhamento.
b) fazer o levantamento detalhado da história de desenvolvimento da pessoa,
sobretudo na infância.
c) priorizar aspectos sindrômicos ou psicodinâmicos.
d) focalizar a avaliação da estrutura ou da história familiar.
e) comunicar ao sujeito o resultado da avaliação.
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7. (IDECAN-2014) Segundo Cunha (2000), “a entrevista clínica em psicologia
é um conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um
entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação
profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais
ou sistêmicos, em um processo que visa fazer recomendações, encaminhamentos
ou propor algum tipo de intervenção em benefício das pessoas entrevistadas”.
Considerando a definição anterior, marque V para as afirmativas verdadeiras e F
para as falsas.
( ) A necessidade de ensinar a realizar uma entrevista clínica coloca, portanto,
desafios para quem deseja transmitir esses conhecimentos e habilidades.
( ) As entrevistas semiestruturadas recebem esse nome porque o entrevistador
tem clareza de seus objetivos, do tipo de informação necessária para atingi-los,
de como essa informação deve ser obtida, quando ou em que sequência, em que
condições deve ser investigada e como deve ser considerada.
( ) A finalidade maior de uma entrevista é sempre a de descrever e avaliar para
oferecer alguma forma de retorno. Este objetivo é direcionado somente à
entrevista semiestruturada.
( ) Na entrevista psicodinâmica, é importante a investigação do desenvolvimento
psicossexual, considerando que cada modalidade de entrevista define seus
objetivos instrumentais e estes delimitam o alcance e as limitações da técnica.
(
) Estratégias diferentes de avaliação podem ser utilizadas para atingir os
objetivos de cada situação ou combinadas para atingir objetivos diversos.
A sequência está correta em
a) V, V, F, V, V.
b) F, F, V, F, F.
c) V, F, F, V, F.
d) F, V, V, F, V.
e) V, V, F, F, V.
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8. (IDECAN-2010) Sobre a entrevista psicológica como campo, um dos
aspectos a se considerar é:
a) A relação interpessoal, na qual se inclui a interação entre os participantes.
b) A suposição de que o paciente conhece sua vida e está capacitado para
fornecer dados sobre a mesma.
c) A simulação como fator de grande valor informativo.
d) Os dados, que devem ser avaliados como certo e errado.
e) A ausência total de objetividade, devido a ausência do sujeito observador como
variável.
9. (IDECAN-2010) “Na relação que se estabelece na entrevista deve-se contar
com dois fenômenos altamente significativos.”
Assinale-os:
a) A inversão de papéis e o conflito diagnóstico.
b) A anamnese e a consulta.
c) A concordância e a divergência.
d) A transferência e a contratransferência.
e) A investigação e o histórico.
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10. (NC-UFPR-2010) A realização de entrevista clínica é considerada uma das
principais competências do psicólogo, independentemente de sua abordagem
teórica. Sobre o procedimento de entrevista clínica, é correto afirmar:
a) A entrevista clínica define-se pelo seu caráter aberto, em que o cliente conduz
os conteúdos tratados.
b) Existem diferentes fases da entrevista, e os autores concordam com a
existência de uma fase de introdução, uma de exploração, uma de teste de
hipótese e, finalmente, uma fase de feedback (devolução da informação).
c) A entrevista clínica deve restringir-se a 50 minutos, para que o enquadre seja
mantido.
d) O silêncio deve ser evitado durante as primeiras entrevistas, uma vez que ele
é indicador da resistência do cliente à intervenção.
e) A técnica de paráfrase, uma das mais importantes técnicas de intervenção,
caracteriza-se por apontar discrepâncias entre o que é observado e o que é
falado.
11. (FCC-2012) NÃO é objetivo de uma entrevista inicial psicodiagnóstica:
a) Comunicar verbal, discriminada e dosificadamente ao paciente, a seus pais e
ao grupo familiar, os resultados obtidos e observar a resposta verbal e pré- verbal
do paciente e de seus pais ante a recepção da mensagem do psicólogo.
b) Perceber a primeira impressão que o entrevistado desperta no psicólogo e
verificar se ela se mantém ao longo de toda a entrevista ou muda, e em que
sentido.
c) Considerar o que o paciente verbaliza: o que, como e quando verbaliza e com
que ritmo.
d) Estabelecer o grau de coerência ou discrepância entre tudo o que foi
verbalizado e tudo o que o psicólogo captou por meio de sua linguagem não
verbal (roupas, gestos, por exemplo).
e) Estabelecer um bom rapport com o paciente para reduzir ao mínimo a
possibilidade de bloqueios ou paralizações e criar um clima preparatório favorável
à aplicação de testes.
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12. (FCC-2012) As entrevistas clínicas semiestruturadas
a) são constituídas por questões.
b) não seguem nenhum formato sistemático.
c) raramente baseiam-se em questionário
d) são compostas por temas elaborados juntamente com o entrevistado.
e) são compostas por reflexões lineares somente.
Gabarito a
13. (AOCP-2015) Assinale a alternativa correta em relação à Entrevista
Psicológica, instrumento fundamental de trabalho para o psicólogo.
(A) Pode-se classificar a Entrevista quanto alguns dos seguintes objetivos:
Diagnóstica; Psicoterápica e de Seleção.
(B) A Entrevista Psicológica segue o padrão não estruturado, visando a livre
demanda.
(C) A primeira impressão recebida do cliente serve para interpretar os dados que
ele nos oferece posteriormente (por exemplo, forma de vestir).
(D) A Entrevista Psicológica não acontece na abordagem psicanalítica por ser
mais objetiva, não proporcionado insihgts.
(E) Não é um instrumento de uso exclusivo do psicólogo, podendo ser aplicada
por profissionais de diversas áreas.
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14. (AOCP-2015) Sobre a entrevista psicológica no contexto hospitalar, é
correto afirmar que:
(A) o prontuário médico é o meio de acesso ao paciente, dispensando a
entrevista.
(B) só a família do paciente é entrevistada em função do adoecimento do
paciente.
(C) não importa a técnica de entrevista utilizada no contexto hospitalar.
(D) não importa a técnica da entrevista no contexto hospitalar, desde que o
psicólogo comunique ao paciente – por questões éticas – que a mesma tem como
fim o parecer psicológico.
(E) no contexto hospitalar a técnica de entrevista focal é mais utilizada, marcando
início da relação com o paciente, levando-se em conta o momento atual da
doença e as condições da hospitalização para realizá-la. Cabe ao psicólogo
comunicar ao paciente que os dados da entrevista poderão constar no parecer
clínico que ele elabora no seu trabalho hospitalar.
15. (AOCP- 2014) Com relação à Entrevista Psicológica, assinale a alternativa
correta.
(A) Sua única finalidade é de investigação.
(B) Não se faz necessário preparar a entrevista, pois ela deve ocorrer de forma
livre.
(C) É um instrumento que pode ser utilizado em vários contextos como hospital
e escola.
(D) A verdadeira Entrevista Psicológica só pode ser do tipo não estruturada.
(E) A Entrevista Psicológica só acontece na Psicanálise.
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16. (AOCP–2010) A respeito da entrevista clínica, assinale a alternativa
INCORRETA.
(A) Descrever e avaliar são os objetivos primordiais da entrevista, o que
pressupõe o levantamento de informações a partir das quais se torna possível
relacionar eventos e experiências, fazer inferências e estabelecer conclusões.
(B) A entrevista clínica não é uma técnica única.
(C) As entrevistas podem ser divididas em estruturadas, semi-estruturadas e de
livre estruturação.
(D) As entrevistas estruturadas privilegiam a objetividade e as perguntas são
sempre abertas sem buscar respostas específicas à questões específicas.
(E) As entrevistas estruturadas são de pouca utilidade clínica
17. (IADES-2012)
alternativa correta
Com relação às entrevistas psicológicas, assinale a
(A) A entrevista semi-estruturada exige a padronização de procedimentos e
registro de dados.
(B) Por não serem diretivas, as entrevistas estruturadas facilitam a intervenção
terapêutica num contexto de hospital.
(C) Os questionários superam em contribuição as entrevistas livres, devido a
riqueza de informações.
(D) Na entrevista semi-estruturada o entrevistador não tem clareza de seus
objetivos, o que permite uma investigação mais abrangente do paciente em seu
contexto hospitalar.
E) o que determina as diferentes classificações da entrevista, é a finalidade pela
qual ela é realizada.
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18. (IBFC-2011) Segundo José Bleger (Temas de Psicologia. Entrevista e
Grupos), poder-se-ia afirmar que:
a) Entrevista, consulta e anamnese são sinônimos.
b) a entrevista tem como objetivo obter dados completos da vida total de uma
pessoa.
c) É necessário o entrevistador ser flexível com o enquadramento da entrevista
a fim de captar toda a riqueza de seu entrevistado.
d) O entrevistador é um observador participante, que de certa maneira,
condiciona os fenômenos que ele mesmo vai registrar.
19. (IADES-2014) Considerando aspectos relacionados à prática clínica do
psicólogo, incluindo as modalidades de documentos decorrentes de avaliações
psicológicas, assinale a alternativa correta.
a) Uma entrevista, na prática, antes de poder ser considerada uma técnica, deve
ser vista como um contato social entre duas ou mais pessoas.
b) A declaração é um documento que visa informar a ocorrência de fatos ou
situações subjetivas relacionadas ao atendimento psicológico.
c) O relatório deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, não
necessariamente à luz de um instrumental técnico.
d) Diferentemente do relatório, a finalidade do laudo deve ser a de apresentar os
procedimentos e as conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica.
e) Na exposição de motivos em um parecer, deve-se apresentar a questão em
tese, sendo necessária a descrição detalhada dos procedimentos, como os dados
colhidos ou o nome dos envolvidos.
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3. GABARITO
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
C
C
A
D
B
A
A
A
D
B
11
12
13
14
15
16
17
18
19
A
A
A
E
C
D
E
D
A
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4. REFERÊNCIAS
BLEGER, J. (1998). Temas de psicologia: entrevistas e grupos. São Paulo:
Martins Fontes.
CUNHA, J. A. (2002). Psicodiagnóstico - V (5ª ed. rev. e ampl.). Porto Alegre,
RS: Artmed.
CORDIOLI, A. V. (1993). Psicoterapias: abordagens atuais. Porto Alegre, RS:
Artmed.
OCAMPO, M. L. S., Arzeno, M. E. G., & Piccolo, E. G. (1995). O processo
psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. São Paulo: Martins Fontes
TAVARES, M. (2002). A entrevista clínica. In: J. A. Cunha, Psicodiagnóstico - V
(5ª ed., rev. e ampl.). Porto Alegre, RS: Artmed.
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