instabilidade lombossacra em felino

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IV SIMPÓSIO INTERNATIONAL DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM VETERINÁRIO - BELO HORIZONTE - 2014
INSTABILIDADE LOMBOSSACRA EM FELINO – RELATO DE CASO
Instability in feline lumbosacral – case report
Inestabilidad lumbossacra en felina - informe de caso
1
1
Guilherme Magyar COSTA , Mayara Benatti de AZEVEDO ; Mariana Queiroz Pinho Dos
1
1
1,2
SANTOS , Raquel de Araújo CANTARELLA , Daniel dos Santos BAPTISTA ;
1.Hospital Veterinário Rebouças, São Paulo,SP
2.Associação Brasileira de Radiologia Veterinária (ABRV) – Diretor Presidente
Email: [email protected]
RESUMO
Instabilidade lombossacra é definida como um complexo de sinais neurológicos
causados por compressão de raízes nervosas junto ao canal vertebral lombossacral.
Foi selecionado um felino atendido no ano de 2014 no Hospital Veterinário
Rebouças com sinais clínicos e radiográficos de instabilidade lombossacra. Este
trabalho tem como objetivo relatar este caso devido à escassez da literatura em
relação a estas alterações em felinos.
ABSTRACT
Lumbosacral instability is defined as a complex of neurological signs caused by
compression of the nerve roots that occur through the lumbosacral spinal canal. A
feline attended in 2014 at the Veterinary Hospital Rebouças with clinical and
radiographic signs of lumbosacral instability was selected. This paper aims to report
this case because of the scarcity of literature regarding these changes in felines.
RESUMEN
Inestabilidad lumbosacra se define como un complejo de signos neurológicos
causados por compresión de las raíces nerviosas que se producen a través del
canal espinal lumbosacra. Se seleccionó un felino que asistieron en 2014 al Hospital
Veterinario Rebouças con signos clínicos y radiológicos de inestabilidad lumbosacra.
Este documento tiene por objeto informar de este caso debido a la escasez de
literatura en relación con estos cambios en los felinos.
Palavras-chave : cauda equina; exame radiográfico; espondilolistese; gatos
Keyword: cauda equina; radiography; spondylolisthesis; cats.
Palabras-clave: cauda equina, radiografía, espondilolistesis; gatos.
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INTRODUÇÃO
Instabilidade lombossacra é definida como um conjunto de sinais neurológicos
causados por compressão de raízes nervosas junto ao canal vertebral lombossacral.
(SEIM III, 2005). Caracterizando uma moléstia por estenose do canal vertebral entre
L7 e a primeira vértebra lombar (S1 ou lombossacro), podendo ser congênita ou
adquirida (BRASIL et al., 2006). Anatomicamente nos gatos, o cone medular terminal
(extremidade caudal do cordão espinhal) se localiza geralmente entre L7 e S1 (SEIM
III, 2005).
Os sinais clínicos mais comuns de felinos com alteração lombossacra são
hiperestesia, relutância ao pular, redução da atividade, cauda baixa, ataxia em
membro pélvico e dificuldade de defecação (CARIOU et al,2008).
As radiografias são úteis para descartar as causas da compressão da cauda
eqüina, especialmente a espondilose, mas as radiografias não podem ser utilizadas
para avaliar compressão da raiz nervosa. A epidurografia pode ser útil na
identificação de algumas compressivas na junção lombossacral. A tomografia
computadorizada e a imagem por ressonância magnética estão se tornando padrão
na avaliação da junção lombossacral. (BAHR, 2010)
As alterações em região lombossacra que podem ser identificadas
radiograficamente incluem espondilose deformante ventral, dorsal e lateral,
esclerose das faces articulares de L7-S1, diminuição do espaço intervertebral entre
L7-S1, osteoartrose nos processos articulares de L7-S1, listese ventral de S1 em
relação a L7 discoespondilite, estenose idiopatica, estenose degenerativa, vértebra
de transição, neoplasia óssea (DROST et al,1996), osteocondrose sacral, fratura ou
subluxação (PALMER, 1991)
O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um felino, apresentando sinais
clínicos e radiográficos de instabilidade lombossacra atendido no mês de setembro
de 2014 no Hospital Veterinário Rebouças.
RELATO DE CASO
Foi atendido no mês de setembro um felino, sem raça definida, 15 anos de
idade, com a queixa de aquesia há 3 dias e importante sensibilidade dolorosa em
região lombossacra, assim foi solicitado exame radiográfico da coluna lombossacra,
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constatando-se importantes alterações na região, após o diagnóstico se iniciou o
devido tratamento clínico obtendo-se melhora significativa do quadro.
DISCUSSÃO
Os sinais clínicos apresentados pelo paciente como hiperestesia em região
lombossacra, associados à relutância a executar movimentos de salto e subir em
objetos antes feitos normalmente, intolerância a manipulação da região lombossacra
e pélvica; também como o sinal de retenção fecal foram os mesmos descritos por
Cariou et al,2008.
Juntamente com os sinais radiográficos descritos por PALMER,1991 e
DROST,1996, como esclerose do canal vertebral do sacro (S1), sinais degenerativos
vertebrais (espondiloses ventrais, dorsais e laterais), diminuição do espaço e do
forâmen intervertebral em L7-S1, opacificação do forâmen intervertebral e listeses
vertebrais, foram suficientes para o correto diagnóstico e tratamento do paciente.
Apesar de BAHR, 2010 descrever que as radiografias não são úteis para avaliar a
compressão medular, outros sinais radiograficos tem auxiliado a terapia clinica.
CONCLUSÃO
Os achados radiográficos juntamente com os sinais clínicos apresentados
pelo paciente foram suficientes para o adequado diagnóstico e tratamento clínico,
podendo assim a radiografia simples auxiliar no início do tratamento clínico.
REFERÊNCIAS
BAHR, A. As vértebras.In: THRALL, D.E. Diagnóstico de Radiologia Veterinária,
Elsevier,5ed, 2010, Rio de Janeiro,p.179-193.
BRASIL, F.B.J; GIORDANO, P.P; MARTINS, A.W.; Síndrome da cauda equina,
etiopatologia. Revisão de literatura, Bol. Med. Vet.; v.2, n.2, p.26-33, 2006.
Cariou MP, Störk CK, Petite AF, et al. Cauda equine syndrome treated by
lumbosacral stabilization in a cat. Vet Comp Orthop Traumatol 2008;21: 462-466.
Drost WT, Love NE, Berry CR. Comparison of radiography, myelography and
computed tomography for the evaluation of canine vertebral and spinal tumors in
sixteen dogs. Vet Radial & Ultrasound 1996;37:28-33.
Palmer RH, Chambers JN. Canine lumbosacral diseases. Part 11. Definitive
diagnosis, treatment and prognosis. Comp Cont Edu Pract Vet 1991 ; 13:2 13-22 I
SEIM III, H. B. Cirurgia da Espinha Lombossacral. In: FOSSUM, T.W. Cirurgia de
pequenos animais, Roca, 2ed, 2005,São Paulo,p. 1292-1312.
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