Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Morfologia Guilherme Marques da Fonseca Turma XXXVIII Número 36 CITOLOGIA O poder de resolução de um microscópio é dado pela menor distância entre dois pontos que se pode identificar. TEORIA CELULAR: todos os seres vivos, vegetais ou animais, são compostos de unidades, chamadas células (século XIX). Na microscopia ótica, não se vê a estrutura, se faz uma coloração que evidencia certa estrutura. Nos procariontes, o DNA é único e circular, e a transcrição e a tradução de um mesmo mRNA ocorrem simultaneamente. Membrana Plasmática Funções: - proteção - manutenção da forma - comunicação Composta de uma bicamada fosfolipídica: quanto maior o número de insaturações, maior a fluidez. OBS: O colesterol ajuda na manutenção da fluidez. A membrana não apresenta poros! ASSIMETRIA DAS FACES DA MEMBRANA: a quantidade e o tipo de proteína são diferentes entre as faces externa e interna da membrana. Associados às células estão receptores glicídicos na face externa (glicoproteínas e glicolipídios). Dependendo da especificidade da célula, há um ou alguns determinados receptores. Canais Iônicos: - generalistas ou - específicos GLICOCÁLIX: proteção da célula que impede determinadas moléculas de chegarem à célula 1 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Morfologia Guilherme Marques da Fonseca Turma XXXVIII Número 36 Núcleo A carioteca é formada por uma dupla membrana. A membrana externa é parecida com a membrana do retículo endoplastmático rugoso – As duas membranas têm uma continuidade, o RER está associado à carioteca. A carioteca tem poros (anuli = poros nucleares). HETEROCROMATINA CONSTITUTIVA: sempre condensada, não transcreve. Está associada à membrana interna (ancorada); também produz centrômeros, telômeros, estabilidade dos cromossomos condensados, DNA reserva. Pode Ter tido uso em algum lugar da escala evolutiva. CARIOLINFA: líquido nuclear. Nucléolo DNA que transcreverá rRNA (RON/NOR: região organizadora de nucléolo), que irá se acumular em volta. Nucléolo: - fibriliar (rRNA) - granular (rRNA + proteína -> ribossomo) A presença de um nucléolo indica que uma célula está ativa (síntese de proteína). Lâminas (17/5/2000) Células: A1 – Células isoladas – esfregaço vaginal (membrana – citoplasma – núcleos – nucléolos – grânulos de cromatina); A2 – membrana basal + glicocálice A3 – Aparelho de Golgi A4 –Inclusão (glicogênio) A5 – Mitose (raiz de cebola) 2 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Morfologia Guilherme Marques da Fonseca Turma XXXVIII Número 36 3 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Morfologia Guilherme Marques da Fonseca Turma XXXVIII Número 36 Mitose Duas células filhas iguais à mãe. Antes da mitose: S – síntese (duplicação). G1 + S + G2 => Intérfase G1 – Célula ativa metabolicamente S – Duplicação do DNA, dos centríolos e do DNA mitocondrial. G2 - espera do início da divisão; - síntese de proteínas específicas (dímero) que vão mediar a divisão celular. - Fator Promotor de Maturação (cliclina + CDC) -> desencadeia a passagem G2 -> mitose G2 => Mitose O FPM irá fosforilar as histonas, aumentando o enrolamento da cromatina e, portanto, aumentando a condensação da mesma. O FPM também irá fosforilar a lâmina nuclear (ancora a cromatina na parede interna da carioteca), liberando a crimatina para se condensar. Haverá uma desintegração da carioteca, formando pequenas vesículas. Haverá uma polimerização de microtúbulos, para formar o fuso mitótico. O nucléolo desaparecerá, pois não há síntese proteica nesta fase da vida celular. G1 => S O CDK irá fosforilar (ativar) enzimas que iniciarão a síntese do DNA. G0 As células não se desenvolvem, pois não apresentam o Fator Promotor de Maturação. Consequentemente, não entram em divisão. “Intérfase permanente” 4 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Morfologia Guilherme Marques da Fonseca Turma XXXVIII Número 36 CALONAS: impedem as células de entrarem em mitoses. São produzidas pelas próprias células. Células tumorais não têm receptores para as calonas, portanto não recebem a mensagem. Na metáfase, os cromossomos no máximo de sua condensação se dirigem ao equador da célula. Os centríolos ficam um em cada polo da célula, em regiões denominadas centrossomos. FISSÃO CENTROMÉRICA: separação de cromátides irmãs, no centrômero. As mitocôndrias se duplicam por fissão, assim como os peroxissomos. Em um dos pólos do núcleo está um par de centríolos, que formarão as fibras do fuso. 9 tripletes de microtúbulos CENTROSSOMO: Centro de organização de microtúbulos. Duplicação dos centríolos: 5 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Morfologia Guilherme Marques da Fonseca Turma XXXVIII Número 36 CINETÓCURO: região protéica (disco proteico) do cromossomo, onde o fuso ancora; geralmente está associado ao centrômero. Meiose Geração de gametas. Um único processo de síntese precede duas divisões: a primeira separa cromossomos homólogos, enquanto que a segunda separa cromátides irmãs. Prófase I da meiose 1. Leptóteno – lepto = delgado, taina = fita - condensação da cromatina - cariocinese - desorganização nucleolar - núcleos axiais (“disposição em buquê”) 2. Zigóteno – zygos = laço, união - condensação da cromatina - pareamento dos cromossomos homólogos - complexo sinaptonêmico (proteína) 3. Paquíteno – pachys = espesso - bivalente ou tétrade - permuta, crossing-over } recombinação gênica 4. Diplóteno – diplos = duplo - dissolução do complexo sinaptonêmico - separação dos homólogos - visualização dos quiasmas (cruz) 5. Diacinese – dia = através, kinesis = movimento - terminalização dos quiasmas - aumento da condensação cromossômica - desaparecimento do nucléolo - cariocinese - fibras do fuso se ligam aos homólogos. 6 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Morfologia Guilherme Marques da Fonseca Turma XXXVIII Número 36 Complexo sinaptonêmico Organelas Clatrinas entram na endocitose: algumas substâncias precisam de receptores para entrar na célula. A clatrina está ligada à parte interna da membrana plasmática e a microtúbulos. A modificação da clatrina pelo receptor forma uma depressão e depois uma vesícula. Depois de formado o endossomo, a clatrina volta para a parede interna da membrana. Peroxissomos: - – oxidação - Digere etanol 7