A SOCIOLOGIA (DA SAÚDE) NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS

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UFPB – PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA 6CCHLADCSMT01 A SOCIOLOGIA (DA SAÚDE) NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM (1) (3) Heloísa de Andrade Lins ; Antonio Giovanni Boaes Gonçalves Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes/Departamento de Ciências Sociais/MONITORIA RESUMO A interdisciplinaridade é a mais inovadora forma de melhoria no ensino, em especial, o superior. Desta maneira a sociologia, como ciência da sociedade, penetra nas demais áreas do conhecimento científico e tenta dar a sua contribuição pela ótica do social na formação dos novos profissionais. Na enfermagem, ela entra como sociologia da saúde, tentando quebrar a visão tecnicista do processo saúde­doença. Nesta perspectiva atuamos através da vivência como monitora da disciplina Sociologia da Saúde oferecida pelo Departamento de Ciências Sociais ao Curso de Enfermagem, ambos na UFPB, no ano letivo de 2006. A experiência de estar acompanhando as atividades didático­acadêmicas em sala de aula suscitaram questões que nos levam a pensar sobre a importância da sociologia para o referido curso. O objetivo deste trabalho é refletir sobre a importância da sociologia da saúde apara o curso de enfermagem. Utilizamos métodos qualitativos, com entrevistas realizadas com professores de enfermagem e professores de sociologia da saúde, além de questionários direcionados aos alunos de enfermagem. Analisamos a visão dos professores e alunos a partir da utilização de técnicas do Discurso do Sujeito Coletivo, utilizando como figuras metodológicas as Expressões­chave, as Idéias Centrais e a Ancoragem. Vimos que a sua importância está depositada em formar enfermeiros, assim como os demais profissionais de saúde, com uma visão mais aberta sobre o processo saúde­doença, diferente do modelo tecnicista biomédico atuante, vendo que o seu trabalho não se limita apenas ao “curar”, envolve ainda a prevenção e promoção da saúde, o que vai colocar em xeque o conceito restrito de saúde predominante nos atuais modelos de educação médica. A doença é apresentada pela sociologia como algo multicausal, profundamente marcada pelas influências dos contextos social, econômico, ambiental e político, e que o usuário é uma pessoa e não é dividida em vários “pedaços”. Apesar de constatarmos uma certa hostilidade no início das aulas da disciplina, os alunos no decorrer do período passam a compreender a sua importância e dar valor por meio das discussões em sala de aula. Palavras­chave: Sociologia da Saúde; Educação Médica; Enfermagem INTRODUÇÃO Este trabalho relata a experiência do exercício na monitora em Sociologia da Saúde, disciplina oferecida pelo Departamento de Ciências Sociais ao curso de Enfermagem, na UFPB no ano letivo de 2006. Integrando o projeto de monitoria, desenvolvemos uma pesquisa cujo objetivo principal é refletir sobre a importância desta disciplina para a formação profissional dos futuros enfermeiros. As informações que apresentaremos neste relatório, referem­se, portanto, a esta pesquisa. As ciências naturais, depois de passarem por um longo período tentando mostrar a sua autenticidade e utilidade, finalmente chegam ao século XVIII ganhando o status de científica, constituindo­se em locus da verdade legítima, passando a dominar o poder que antes pertencia a Igreja. No século seguinte, da própria necessidade do homem em estudar as transformações que estavam ocorrendo em suas vidas, começam a surgir às ciências humanas e dentro destas a Sociologia, que no final do século XIX, das mãos de Auguste Comte, pai do positivismo, recebe sua “certidão de nascimento”. Comte tenta aplicar os princípios teóricos e metodológicos de investigação das ciências naturais às recém criadas ciências humanas, para assim chegar, pela mesma objetividade, ao controle sobre os fenômenos estudados. A razão humana era a base para se conhecer a realidade, livre de preconceitos religiosos e supersticiosos. É com este ideal que surge a Sociologia, tendo inclusive sido chamada por Comte, de “a Rainha das Ciências”. Depois de Comte surgiram vários outros pensadores com idéias e correntes teóricas diferentes para analisar a sociedade, tal como Durkheim, Weber e Karl Marx considerados os principais pensadores clássicos da mesma. Mas se a Sociologia surge fazendo parte de um conhecimento geral, isso será modificado rapidamente, pois aos poucos vamos perceber que pelo mesmo ideal de __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ (1) Monit or(a) Bolsista(a); (2) (3) Monitor(a) Volunt ário(a) Pr of(a) Ori entador(a)/Coordenador(a).
UFPB – PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA cientificismo que a criou, as diversas ciências vão se afastando pela via da especialização. Cada vez mais o mundo vai sendo recortado pela razão cientificista. E nesse processo as ciências naturais vão ganhando maior reconhecimento, pois, são elas as verdadeiras ciências, capazes de objetivamente explicar a natureza sem correr o risco dos vieses que a subjetividade humana pode gerar. As ditas ciências humanas, por outro lado, não conseguem se livrar desse “inconveniente” da subjetividade que é inerente ao próprio objeto do qual se ocupam. Grosso modo, veremos se desenvolver uma hierarquia e um isolamento entre as ciências: as ciências naturais e exatas sendo vistas como paradigmáticas, e as humanas, como pré­paradigmáticas (KUHN, 2000). Podemos perceber que para cada área da realidade surge uma ciência especifica que vai se especializando e se distanciando das demais ciências, e até mesmo dentro dos limites de cada uma delas, foram se criando mais e mais especialidades. Por exemplo, as ciências da saúde que já são vistas como uma especialidade das ciências naturais subdividem­se ainda mais ao dividirem o corpo humano em muitas partes, sendo que cada especialidade médica se ocupará exclusivamente de um ínfima parte desse objeto que é o corpo. Com a Sociologia também não é diferente, ela tem se especializado em muitas áreas, embora, as especializações da sociologia não sejam tão radicais como as que verificamos nas ciências médicas. Desta forma, as diversas áreas do conhecimento passam a se bastar a si mesmas, o que levará a um reducionismo prejudicial ao próprio conhecimento da realidade. Com efeito, nas ciências médicas, este reducionismo será evidenciado pela utilização de um conceito de saúde bastante restrito no qual verificamos um tipo de explicação preso a fatores biológicos e físicos, ou seja, um paradigma unicausal de explicação da doença. Isoladas em suas certezas, as ciências médicas não atribuirão muita importância às ciências humanas. Daí decorre um modelo de educação médica centrado nas disciplinas naturais, atribuindo às disciplinas como a sociologia, um lugar bastante periférico. Vai­se construindo uma tradição que reproduz essa forma de pensar e de viver as profissões da saúde. O que percebemos durante as aulas de sociologia da saúde, parece confirmar esta nossa hipótese: os alunos até acham interessante a disciplina, mas não a vivem dando­lhe a mesma importância que é dada às demais disciplinas da área médica. Mas é muito importante destacar que já há algum tempo, a grande especialização do conhecimento vem sendo estudada e tem recebido muitas críticas. A chamada razão pós­ moderna tem mostrado quanto é frágil à linha que separa as ciências. Novas descobertas da física quântica têm desmistificado a “dureza” das ciências naturais. Dessa crítica ao pensamento científico tradicional, novos caminhos vêm surgindo. O mais importante tem sido o da interdisciplinaridade. É por meio dele, por exemplo, que podemos perceber as deficiências do modelo biomédico de explicação da doença, fortemente arraigado na educação médica. O diálogo entre as diversas ciências passa a ser visto como necessário para se responder as questões que a realidade têm nos colocado. Mais do que isso, mostra­se também uma necessidade urgente de envolver, no fazer científico, atitudes consideradas desnecessárias. Hoje, por exemplo, não se pode mais pensar em ciência sem falar em ética. Para o nosso propósito aqui anunciado, é pertinente perceber a relação entre sociologia e o objeto das ciências médicas, como eles têm se aproximado. Isso nos leva a verificar, ainda num terreno profundamente marcado pela especialização e hierarquização científicas, o nível de importância que aquela pode receber em tal espaço. Esta relação tem suas origens ainda no século XIX, durante o surgimento da medicina social, que era um jeito de fazer medicina que procurava compreender os fatores sociais, econômicos e ambientais no desencadeamento das doenças. Mas ela nem mesmo teve tempo para amadurecer, pois com a descoberta dos micróbios por Louis de Pasteur, adotou­se um modelo de medicina que interpretava a doença como resultado de infestação ou infecção por um agente etiopatogênico. Esse ideal da medicina social irá florescer novamente na segunda metade do século XX quando o modelo biomédico passa ser questionado, pois já não dá conta de explicar bem o que acontece com a saúde das pessoas. No Brasil é nos anos 1970 que o tema saúde entra no campo dos estudos sociológicos, passando a ser importante para a educação médica, pois a mesma poderá ampliar o entendimento sobre o processo saúde­doença, destacando o caráter do processo social do mesmo e contribuir na formação dos profissionais de saúde, porém nem sempre ela foi bem aceita nos cursos de saúde.
UFPB – PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA Como já dissemos, a educação médica adotou um modelo para a formação dos médicos e demais profissionais de saúde baseado na ótica das especializações; dos métodos tecnicistas; do modelo biomédico de saúde, no qual o corpo humano é visto como uma máquina formada por peças que se pode analisar e interferir através do saber e técnicas racionais, a doença é vista como um mau funcionamento dos mecanismos biológicos, cujo causador é um agente especifico, unicausal; o “paciente” é visto como um ser passivo, com um “corpo doente” que é tratado de forma separada, tanto da mente, como das condições sociais e ambientais que o envolvem. A formação dos enfermeiros também segue esta tendência, embora, em relação à medicina, tenha se mostrado como terreno mais propício para a crítica. Porém, este modelo, há alguns anos, vem sendo contestado por não conseguir atuar satisfatoriamente sobre as chamadas doenças da civilização, como as psicossomáticas e neoplasias. Nessas brechas, outras formas de encarar as doenças conseguem, aos poucos, conquistar espaço: as medicinas alternativas de inspiração oriental; o reavivamento da medicina popular, e o discurso da medicina social e da epidemiologia que colocam em pauta o caráter multifacetado e processual das doenças (GIDDENS, 2005). Podemos dizer, então, que estamos vivendo uma mudança de paradigma. A interdisciplinaridade tornou­se uma preocupação nas políticas de educação no nosso país. Como acontece em toda época de transição, surge à necessidade de se repensar velhas certezas. As Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de enfermagem vêm acrescentando conteúdos baseados em outros conhecimentos médicos como, por exemplo, a homeopatia, e conteúdos da área das ciências humanas e sociais. Assim, como está na Resolução CNE/CES Nº3 /2001 no artigo 5°, o profissional deverá “atuar compreendendo a natureza humana em suas dimensões, em suas expressões e fases evolutivas”, também “estabelecer novas relações com o contexto social, reconhecendo a estrutura e as formas de organização social, suas transformações e expressões. Ainda deverá compreender a política de saúde no contexto das políticas sociais, reconhecendo os perfis epidemiológicos das populações” e “reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida e atuar de forma a garantir a integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso todos os níveis de complexidade do sistema”. Pelo menos em termos de princípios, estas Diretrizes estabelecem uma função importante para a imaginação sociológica no processo de formação dos novos enfermeiros. Desta forma, os conhecimentos sociológicos emergem como necessários e complementares ao estudo, à análise e à compreensão da saúde­doença que também devem ser vistas como construção social. Mas até onde vai esta importância na realidade dos futuros enfermeiros, só o estudo empírico pode dizer, pois enquanto princípio teórico, estas exigências podem não ter um correspondente na prática concreta do currículo de enfermagem. Existe, atualmente, no currículo do Curso de Enfermagem da UFPB, a disciplina sociologia da saúde de caráter obrigatório. Pressupõe­se que a sociologia é uma disciplina importante para a formação do(a) enfermeiro(a) que poderá valer­se de seus conhecimentos na sua prática profissional. O grande mérito, talvez seja o de fazê­lo perceber a saúde numa visão ampliada. Também se deve salientar que o SUS (Sistema Único de Saúde) ao implantar um modelo de saúde coletiva, exige dos profissionais uma formação centrada na humanização, onde o “paciente” não deve ser visto como uma máquina e sim como um ser pensante e que pode agir de forma a promover sua cura. O norte principal do SUS é a prevenção e promoção da saúde, onde não apenas o corpo mais também outros fatores externos contribuem para a saúde do indivíduo, como por exemplo, saneamento básico, tipo de moradia, alimentação, emprego, dentre outros que denotam problemas sociais pela falta de políticas públicas, conteúdos analisados pela sociologia. Além disso, como consta nos manuais de sociologia, sua importância enquanto saber incide sobre vários aspectos da vida humana que são importantes para todas as pessoas, pois todas são membros de uma sociedade, compartilhando de suas regras, seus mecanismos de poder e de exclusão, promoção, etc. Trata de fornecer às pessoas conhecimentos que mostram como a sociedade funciona em sua totalidade ou em suas partes constituintes, o que dá às pessoas senso crítico de si mesma, dos outros e da realidade. Assim, a importância da sociologia na formação dos enfermeiros pode ser entendida em um aspecto específico (correspondente ao saber veiculado pela sociologia da saúde) e em um aspecto mais amplo relacionado à teoria sociológica geral.
UFPB – PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA METODOLOGIA No desenvolvimento da pesquisa tem­se utilizado métodos qualitativos, através de entrevistas semi­diretivas, gravadas e transcritas com professores (de Enfermagem e de Sociologia da Saúde) e questionários abertos com os alunos de enfermagem que já cursaram a referida disciplina. Somem­se a isso as pesquisas bibliográficas de revisão de literatura. Para a análise dos dados temos utilizado as técnicas do Discurso do Sujeito Coletivo, através das Expressões­chave (ECH), das Idéias Centrais (IC) e da Ancoragem (AC), permitindo uma melhor apreensão ao descrever o sentido dos discursos presentes na pesquisa de representação social. Segundo Lefèvre e Lefèvre (2005), as ECH são trechos ou transcrições literais do discurso do entrevistado que revelam a essência do depoimento, as IC são descrições do sentido dos depoimentos e a AC é a manifestação lingüística de uma dada teoria. RESULTADOS Não apresentaremos propriamente os resultados, pois ainda falta recolher e sistematizar alguns dados; o que apresentamos, portanto, são as linhas gerais que a análise está tomando. Por ser uma pesquisa qualitativa, não houve uma preocupação com uma grande quantidade de entrevistados e sim com a significatividade do material coletado, procurando­se resguardar as restrições que sofrem tais pesquisas. Destaca­se, primeiramente, que hoje a importância da Sociologia para a enfermagem, tem se respaldado em muitos discursos e práticas que foram geradas pela implantação do Sistema Único de Saúde. A proposta dessa política pública de saúde articulou discursos que difundem o chamado “conceito ampliado de saúde”. Podemos ver que, por exemplo, a implantação do Programa Saúde da Família, respalda­se em princípios de prevenção, promoção, humanização, eqüidade, etc., e que pede profissionais com outra visão que não seja apenas a tecnicista, mas que consiga ver que existem vários outros fatores que afetam o estado de morbidez do usuário do SUS. Mas aqui, também se leva em consideração a dúvida metódica: não seria o discurso do SUS influenciado pelas vozes sociológicas que se levantaram durante o processo de sua criação e implementação? Outra direção mostra a própria mudança que está ocorrendo nas universidades em relação ao ensino como influenciadora. Agora se privilegia o ensino que possa dar uma visão ampliada aos novos profissionais que a universidade forma, ou seja, a universidade não quer formar apenas profissionais específicos em suas áreas mais também cidadãos com uma visão mais geral do todo, pois mesmo agindo como enfermeiro deve ter certos conhecimentos daquele usuário que esteja atendendo porque até em certos casos a maneira de abordar é diferente. Pode­se destacar também que o espaço que o enfermeiro está conquistando na sociedade, pois antes era visto apenas como submisso ao médico, onde só recebia ordens, hoje esta ficando cada vez mais diferente, ele está conquistando espaço, por exemplo, no Programa de Saúde da Família, é ele quem coordena, já pode interpretar um laudo médico, mesmo contra os médicos. Neste caso a Sociologia pode ajudá­los a refletirem sobre todas essas transformações que estão ocorrendo em sua profissão. O discurso dos professores de enfermagem entrevistados tende a reproduzir o discurso subjacente ao SUS e à interdisciplinaridade, este último, bastante influenciado pelas últimas recomendações do MEC e da UFPB; por sua vez, o discurso dos professores de sociologia da saúde manifesta pontos de encontro com o discurso dos primeiros, mas a ele acrescenta algo da teoria sociológica geral. Por último, os alunos apresentam idéias que jogam com a importância da sociologia na sua formação. Alguns consideram­na tão importante quanto às outras disciplinas do currículo; outros, entretanto, destacam­na como inferior. Alegam como motivos para acharem­na
UFPB – PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA importante ou não, além de aspectos ligados à essência da disciplina, fatores que estão relacionados às condições de sua ocorrência, ou seja, aspectos didáticos metodológicos que envolvem a atuação do professor, a falta de aulas práticas, a pouca aplicabilidade dos conhecimentos teóricos na realidade do profissional, entre outros. CONCLUSÃO Nada há de conclusivo neste relatório. Foi possível apenas apresentar uma reflexão teórica que dá suporte a um estudo empírico. Este por sua vez, devido à fase em que se encontra, permitiu­nos apenas apresentar linhas gerais ou direções de análise do material coletado. Aqui se discute a importância da sociologia na formação de enfermeiros. Este objeto nos tem levado a uma reflexão sobre a forma como o conhecimento científico tem se organizado na modernidade, cujas marcas principais são a especialização e hierarquização entre as diversas áreas. Como conseqüência, estabelece­se uma ruptura entre as diversas competências, vive­se um reducionismo. Só recentemente tem­se se esboçado uma crítica a esse jeito de ver e viver as competências. Na área médica, vemos surgir aberturas no modelo biomédico de medicina que é predominante da educação médica, e é essa abertura que convoca a sociologia para mostrar sua importância. Uma importância que já é percebida pelos profissionais e futuros profissionais da área, mas que ainda não é integralmente sentida e vivida. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADAM, Philippe. & HERZLICH, Claudine. Sociologia da doença e da medicina. Bauru – SP: Ed. EDUSC, 2001. AMORETTI, Rogério. Educação médica diante das necessidades sociais em saúde. Revista Brasileira de Educação Médica. Rio de Janeiro, v. 29, maio/ago. 2005. Disponível em < http://www.ghc.com.br/ghc/Noticias/Not071105_01.pdf#search=%22a%20educa%C3%A7%C3 %A3o%20m%C3%A9dica%22> BOTTOMORE, Thomas Burton. Introdução à Sociologia. Rio de janeiro: Ed. Zahar,1975. BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução CNE/CSE N° 03 de 2001. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES03.pdf>. BRASIL, Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 196, de 10 de outubro de 1996 – Diretrizes e Normas envolvendo seres humanos. Brasília, 1996. CAPRA, F. O ponto de mutação . 12ª ed. São Paulo: Cultrix, 2001. COSTA, Cristina. Sociologia: Introdução à Ciência da Sociedade. 2ª edição. São Paulo: Moderna, 1997. CHINOY, Ely. Sociedade: Uma Introdução à Sociologia. 4ª ed. São Paulo: Ed. Cultrix, 1975. GIDDENS, A. Sociologia do corpo: saúde, doença e envelhecimento. In _____, Sociologia. 4 ed. Lisboa: Gulbekian, 2004, p 128­149. KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. 5 ed. São Paulo: Perspectiva, 2000.
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