PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO ÁREA DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS Curso de Mestrado Profissionalizante em Ensino de Física e de Matemática NADIR LACI DIECKEL MAINARDI O ESTUDO DE ELETRICIDADE NO ENSINO MÉDIO, ENFOCANDO ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES ELÉTRICOS: A INTERAÇÃO DAS TICs COM A SALA DE AULA Santa Maria, RS 2013 2 NADIR LACI DIECKEL MAINARDI O ESTUDO DE ELETRICIDADE NO ENSINO MÉDIO, ENFOCANDO ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES ELÉTRICOS: A INTERAÇÃO DAS TICs COM A SALA DE AULA Dissertação apresentado ao Curso de Mestrado Profissionalizante em Ensino de Física e de Matemática do Centro Universitário Franciscano como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em Ensino de Física. Orientador (a): Profa. Dra. Silvia Maria de Aguiar Isaia Santa Maria, RS 2013 3 4 ―A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original‖. Albert Einstein 5 Ao meu esposo Eronides e meus filhos Emanuelli e Carlos Emanuel. 6 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus e a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho e em particular: - A Profa. Dra. Silvia Maria de Aguiar Isaia pela orientação e colaboração. - Ao Prof. Dr. Márcio Marques Martins pelo seu empenho e contribuição valiosa na confecção deste trabalho. - Aos meus alunos do terceiro ano ―A‖ do Colégio Estadual Santo Antão Ensino Fundamental e Médio aos quais colaboraram para que este trabalho ocorresse. - Ao meu esposo Eronides Mainardi pelo incentivo e apoio. - Aos meus filhos Emanuelli Mainardi e Carlos Emanuel Mainardi pela compreensão de minha ausência aos longos anos de estudos. - Aos meus pais Selfredo e Mafalda E. Dieckel, pelo esforço com muita dificuldade para que pudesse chegar até aqui - Aos meus colegas e amigos de turma pelo apoio e amizade durante dois longos anos. - A UNIFRA e todos os professores que colaboraram com seus conhecimentos para que esse trabalho se realizasse. A todos o meu Obrigado! 7 RESUMO A presente dissertação consiste em uma proposta de interação das tecnologias existentes em nossa escola com a sala de aula, contemplando o conteúdo de Eletricidade tendo como suporte conceitos decorrentes da perspectiva de Vygotsky (1997). A questão orientadora foi: qual a contribuição do uso de uma página virtual em interação com a sala de aula no processo da aprendizagem do conteúdo de Eletricidade em Resistores Elétricos na disciplina de Física? A ação foi aplicada em alunos do terceiro ano ―A‖ com 23 alunos integrantes do Colégio Estadual Santo Antão de Bela Vista da Caroba – PR. Para realizar este trabalho se fez necessário dividir em dois momentos principais: no primeiro momento foi desenvolvida uma página virtual (wikispaces), contendo o conteúdo Eletricidade sediado inicialmente com uma questão polêmica vivenciada pelo aluno, provocando-o a interagir com as simulações, experimentos virtuais, vídeos, textos científicos e curiosidades atuais que contribuem para aprendizagem dos alunos. No segundo momento em sala de aula se desenvolveu o conteúdo de resistores elétricos usando como apoio a página virtual concomitantemente com o texto científico e slides, ocorrendo assim uma interação entre aluno-computador, aluno-aluno e aluno-professor, com debates, questionamentos, interpretações e resoluções das atividades apresentadas em sala de aula. A metodologia utilizada de cunho qualitativo se mostrou eficiente nas observações das discussões entre os alunos no instante de acesso à página virtual no laboratório de informática da escola, como também houve a eficiência na analise das discussões e absorções do conteúdo aplicado em sala de aula. Foram elaboradas três atividades em forma de testagem contendo o conteúdo de eletricidade e aplicado aos participantes: o primeiro questionário serviu como propulsor do encaminhamento de todas as atividades desenvolvidas nesta dissertação, seu resultando demonstrou um baixo nível de conhecimento na resolução dos exercícios, com respostas sem nexo de forma usual sem nenhum conhecimento científico. Na segunda atividade, as questões aplicadas aos alunos entre os dois momentos (página virtual – sala de aula), surgiram alguns conceitos de Associação de Resistores Elétricos de forma mais significativa, com alguns equívocos, desestabilizando as concepções existentes, surgindo discussões, reflexões e formação de hipóteses dos conceitos adquiridos na sala de informática, levando os alunos a curiosidade e o desejo de entender e interpretar o conteúdo. Aplicando a terceira atividade após as discussões, interpretação e interações dos alunos sobre o conteúdo apresentado em sala de aula, houve a necessidade de verificar se o uso da página virtual em interação com a sala de aula auxiliou o processo da aprendizagem do conteúdo de Associação de Resistores Elétricos. Os resultados se manifestaram satisfatoriamente na aprendizagem dos alunos via mediação cultural, exibida na interação dos TICs, professor e colegas. Nas atividades (testagem III) desenvolvidas pelos alunos, houve domínio no conhecimento dos conceitos científicos, criando uma estabilidade e segurança nas discussões e nas resoluções dos exercícios apresentados na sala de aula. Palavra Chave: Associação de Resistores, Hipermídia, Aprendizagem, Ensino Médio, Interação TICs e sala de aula 8 ABSTRACT This dissertation consists of a proposed interaction of existing technologies in our school with classroom content Electricity contemplating having as support concepts resulting from the perspective of Vygotsky (1997). The guiding question was: what is the contribution of the use of a virtual page in interaction with the classroom in the learning process of content on Electricity Electrical Resistors in the discipline of physics? The action was applied to third-year students "A" students with 23 members of the State College of Santo Antão of Bela Vista Caroba - PR. To accomplish this work was necessary to divide into two main phases: the first time we developed a virtual page (wikispaces) containing content Electricity headquartered initially with a controversial issue experienced by the student, causing him to interact with the simulations, virtual experiments , videos, current scientific texts and curiosities that contribute to student learning. In the second time in the classroom has developed content using electrical resistors as support for virtual page concomitantly with scientific text and slides, occurring just one student-computer interaction, studentstudent and student-teacher, with discussions, questions, interpretations and resolutions of the activities presented in the classroom. The methodology of qualitative observations proved efficient in the discussions among students instant access to the virtual page in the computer lab at school, but there was also efficient in the analysis of discussions and absorptions of content applied in the classroom. Three activities were prepared in the form of testing containing content electricity and applied to participants: the first questionnaire served as propellant forwarding all activities in this dissertation, his resulting demonstrated a low level of knowledge in solving exercises, with answers without nexus as usual without any scientific knowledge. In the second activity, students applied the issues between the two moments (virtual page - classroom), there were some concepts Association of Electrical Resistors more significantly, with some confusion, destabilizing the existing concepts, emerging discussions, reflections and training hypotheses of the concepts acquired in the computer room, taking the students curiosity and desire to understand and interpret the content. Applying the third activity after discussions, interactions and interpretation of students on the content presented in the classroom, it was necessary to determine whether the use of our interaction with the virtual classroom helped in the process of learning the content of Association Electrical Resistors. The results demonstrated satisfactorily in student learning through cultural mediation, appears in the interaction of ICT, teacher and classmates. In activities (testing III) developed by the students, was the domain knowledge of scientific concepts, creating stability and security in the discussions and resolutions of the exercises presented in the classroom. Keywords: Association Resistors, Hypermedia, Learning, School, Interaction and ICT classroom. 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.………………………………………….................................. 11 1.1 OBJETIVO E QUESTÕES DESENVOLVIDAS……………………….......... 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ……………………………………………… 16 2.1 REFERENCIAL TEÓRICO DE FÍSICA E DE TICs ……………………....... 16 2.1.1 O ENSINO DA FÍSICA….………………………………………………………. 16 2.1.2 A TECNOLOGIA E O ENSINO…………….………………………………….. 18 2.2 AMBIENTE WIKI ……………………………………………………………….. 19 2.3 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ELETRICIDADE …………………………….. 20 2.4 CORRENTE ELÉTRICA ……………………………………………………….. 22 2.4.1 DIFERENÇA DE POTENCIAL ………………………………………………... 24 RESISTÊNCIA E LEI DE OHM ………………………………………............. 25 2.5.1 ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES…………………………………………….. 28 2.5 3 REFERENCIAL TEÓRICO SOBRE A TEORIA SOCIOCULTURAL DE VYGOTSKY...……………………………………………………………………. 35 4 DELIAMENTO METODOLÓGICO ……………………………………........... 37 5 PROCEDIMENTOS …………………………………………………………..... 38 5.1 Testagem I ……………………………………………………………………… 38 5.2 Pagina virtual …………………………………………………………………... 38 5.3 Testagem II ……………………………………………………………………... 42 5.4 Sala de aula …………………………………………………………………….. 43 5.4.1 CONTEÚDO DESENVOLVIDO NA SALA DE AULA……………………….. 43 6 APLICAÇÕES E RESULTADOS OBTIDOS ………………………………… 67 a Testagem I ..…………………………………………………………………….. 67 b Testagem II ……………………………………………………………………... 68 c Testagem II ……………………………………………………………………... 71 6.1 Auto-avaliação …………………………………………………………………. 72 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS …………………………………………………… 76 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …………………………………………. 78 APÊNDICE A –Ttutorial Wikispaces ……………………………………….. 80 10 APÊNDICE B – Testagem 01 ………………………………………………… 96 APÊNDICE C – Testagem 02 ………………………………………………… 101 APÊNDICE D – Testagem 03 ………………………………………………… 105 APÊNDICE E – Imagens de experimentos virtuais e de bancadas…… 110 11 1- INTRODUÇÃO O ensino de Física, no ensino médio, contribui para uma cultura científica, com interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza e com a evolução do mundo tecnológico. Para tanto se faz necessária a integração do conhecimento teórico vinculado a informatização e modelos computacionais em transformação. A Física na maioria das vezes nos permite construir tais modelos experimentais concretos e palpáveis quanto virtuais, para melhorar a compreensão dos fenômenos, permitindo desenvolver novas formas de aprendizado e criar novos materiais didáticos. Incorporando, assim, a formação científica com práticas virtuais, simulações e interações em modelos computacionais. Contudo é importante que ela seja apresentada em um contexto histórico, objeto contínuo na transformação e associação às outras formas de expressões para as produções científicas. A utilização de um objeto virtual de aprendizagem1 atende a dois principais requisitos: substituir os experimentos reais (palpáveis) e proporcionar um vislumbre do funcionamento de determinados princípios da Física. A vantagem de substituir um experimento real pelo experimento computacional é que, com o último, há a possibilidade de realizar o experimento tantas vezes quanto for necessário para que ocorra a aprendizagem efetiva por parte do operador. Além disso, o experimento computacional (nesse caso, o objeto virtual de aprendizagem) elimina o processo de montagem e remontagem do experimento e, consequentemente, os custos. A presente dissertação utilizou ambientes virtuais de aprendizagem, nesse caso o ambiente wikispaces2, para o conteúdo básico de eletricidade, abordando a Associação de Resistores Elétricos no terceiro ano do Ensino Médio (EM). Criaramse situações de ensino que trouxeram questões do quotidiano do aluno para sala de aula. Para tanto foram utilizados vídeos, softwares, simulações, animações e contextualizações disponíveis no mundo virtual, impulsionando o educando ao pensamento crítico em vivência e situações novas. 1 Os Objetos de Aprendizagem virtual são recursos digitais reutilizáveis que auxilia na aprendizagem de alguns conceitos e, ao mesmo tempo, estimule o desenvolvimento de capacidades pessoais, utilizam-se de imagens, animações e applets, documentos VRML realidade virtual, arquivos de texto ou hipertexto, dentre outros. (MACEDO, L N et al, 2007, p3) 2 Um wikispace é um espaço onde pode criar páginas sobre um tema em particular. Cada espaço pode ter várias páginas, arquivos e imagens. (http://www.wikispaces.com). É nesse espaço que foi 12 Como referencial teórico fundamentado na teoria de Vygotsky, que traz a concepção de que ―todo homem se constitui como ser humano pelas relações que estabelece com os outros e com o meio‖ (OLIVEIRA, 1993), ou seja, salientado o desenvolvimento dos conceitos culturais como a linguagem, escrita, os computadores, valorizando as trocas de ideias entre os parceiros em sala de aula. É nas interações que tanto o conceito científico pode ser mais detalhado pelo professor, pois passa a ser mais discutido em um processo descendente, quanto os conceitos mais cotidianos dos alunos passam a ser enriquecidos e tomam um caminho mais ascendente, pois são ampliados pelo conhecimento científico, elaborado historicamente a reconstrução interna das atividades externas, como resultado de processos interativos que se dão ao longo do tempo MARTINS (1997,p.115). Nesta linha de pensamento o conteúdo básico de eletricidade é integrado na aprendizagem do aluno usando uma página virtual associada à sala de aula, possibilitando a aproximação e a compreensão do tema (associação de resistores elétricos) por meios de instrumentos simbólicos (página virtual), que são substituídos pela linguagem servindo como mediação do intercâmbio entre o conhecimento do aluno para o conceito mais elaborado. A página wikispaces ofereceu ferramentas acessíveis para criar um ambiente organizado de tal forma que os alunos foram instigados a ler, interpretar, simular e interagir com os conteúdos organizados pelo professor em uma plataforma virtual contendo links relacionados a diversas contextualizações do tema a ser estudado em sala de aula. Tais situações desenvolveram o pensamento lógico, auxiliando no processo ensino e aprendizagem, somando-se a vivência, não só para melhorar a compreensão do conteúdo proposto em sala de aula, como também tornar o educando um sujeito capaz de tomar atitudes e resolver as situações-problemas que a vida lhe apresenta. Colaborando com estas ideias as DCEs assim se posicionam: Entende-se então que a Física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar para a cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico do universo de fenômenos e não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.(BRASIL, 2008,p.50). criado o ambiente virtual de aprendizagem, cujo o endereço é http:/profisicael.wikispaces.com que no texto é chamado de página virtual. 13 O uso da tecnologia na educação, especialmente os recursos computacionais, segundo o artigo de Fiolhais e Trindade (2003, p. 263) ―passou a ser exigência do novo padrão de formação e qualificação, face à nova configuração brasileira e mundial, pela acirrada competição existente‖, sendo o professor orientando a formação e a qualificação profissional para melhorar a qualidade das aulas principalmente de ensino Médio que está voltado para formação de jovens, críticos independentes. A Física estuda os fenômenos naturais tal como eles ocorrem no espaço e no tempo e os descreve por meio de teorias e muitas vezes expressas em linguagem matemática. As teorias permitem predizer resultados experimentais com grande precisão e muitas dessas teorias tiveram aplicações tecnológicas. Neste sentido, conforme Santos e Mortimer (2002, p. 9), ―a tecnologia pode ser compreendida como o conhecimento que permite controlar e modificar o mundo‖ tudo isso consiste em atividades humanas juntamente com símbolos, instrumentos e máquinas visando o avanço na ciência como na tecnologia para o desenvolvimento que transforma consideravelmente nosso modo de vida. A dissertação foi desenvolvida em duas etapas permitindo uma forma diferente de ensino que estamos acostumados na sala de aula. Primeiramente criouse um ambiente de aprendizagem virtual, contendo o conteúdo Eletricidade sediado por uma questão problematizada com contestações vivenciadas na cultura em que o aluno está inserido. Diante desta situação os alunos precisavam manipular conceitos e realidades que já conhecem para chegar a saberes até então ignorados. Com a disponibilização do conteúdo na página virtual, os alunos puderam assumir a responsabilidade e o livre arbítrio para buscar resultados que lhe permitissem alcançar novos níveis de conhecimento: para isso os estudantes se sentiam instigados a interagir com as simulações, experimentos virtuais, vídeos, textos científicos e curiosidades atuais que estavam disponíveis e ao seu alcance em uma plataforma wikispaces3, em forma de uma página virtual (profisicicael), alimentado com o conteúdo básico de eletricidade abordando Associação de Resistores Elétricos, auxiliando o aluno e permitindo a manipulação de experimentos 3 É um servidor de escrita colaborativa on-line, com acesso livre, onde você pode criar páginas sobre um tema em particular. Pode conter arquivos, imagens e gráficos. 14 virtuais, contribuindo na construção do conhecimento e na aprendizagem do conteúdo. Na segunda etapa ou momento, além dos alunos continuarem acessando livremente a página virtual, o conteúdo desenvolvido na sala de aula foi apresentado na forma de slides e textos ofertados pelo professor. O livro didático (FÍSICA, de Antônio Máximo e Beatriz Alvarenga) adotado pela escola serve como atividades e leituras complementares. Neste momento os alunos expressam seus conceitos usuais transformando em outros mais elaborados, aproximando novas concepções culturais sugeridas em estudo na página virtual (profisicael.wikispaces.com), garantindo o alicerce para discussões e interações de estudante-ambiente e virtualprofessor. Este movimento de compreensão do conteúdo implica nas ações de investigação (ambiente virtual) e de discussão (sala de aula), para a internalização de funções mentais que garantam ao indivíduo a possibilidade de pensar por si. O virtual-professor estimula a operar com ideias, a analisar os fatos e a discuti-los para que, na troca de ideias e no diálogo com os colegas e professor, se construa o seu ponto de regulação para um pensar mais competente e comprometido em determinados conceitos em estudo. As atividades desenvolvidas como simulações, softwares interativos, leituras de textos científicos contribuíram para melhorar a compreensão dos conteúdos, oportunizando aos alunos a serem mais críticos e consciente, responsáveis pela construção do seu próprio conhecimento. Dessa forma o problema de pesquisa que orientou o trabalho foi: qual a contribuição do uso de uma página virtual em interação com a sala de aula no processo da aprendizagem do conteúdo de Eletricidade em Resistores Elétricos na disciplina de Física? 15 1.1 OBJETIVO E QUESTÕES DESENVOLVIDAS Objetivo Geral Verificar a contribuição do uso de uma página virtual em interação com a sala de aula auxilia no processo da aprendizagem do conteúdo de Associação de Resistores Elétricos na disciplina de Física. Objetivos Específicos a. Propiciar ao aluno a busca de conhecimentos/informações, descobrindo conceitos e desenvolvendo seu próprio potencial intelectual; b. Verificar se os recursos computacionais criam pontes entre o conhecimento vivenciado pelo aluno e práticas virtuais, constituindo um novo elemento de cooperação e transformação cultural; c. Verificar se as interações entre os recursos computacionais e a sala de aula auxiliam no processo da aprendizagem dos alunos, atendendo às suas necessidades educacionais e culturais. 16 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 REFERENCIAL TEÓRICO DE FÍSICA E DE TICs 2.1.1 O ENSINO DA FÍSICA O ensino da Física sofreu mudanças significativas no seu percurso, sendo compreendida como uma Ciência de criação humana. Assim, sua produção do conhecimento científico, é entendida como uma atividade historicamente contextualizada e que se faz presente no processo ensino-aprendizagem deste conhecimento. Na maioria das escolas de Ensino Fundamental, a Física desapareceu totalmente ficando somente para o ensino médio o dever de trazer o conhecimento científico de Física. A carga horária semanal destinada a essa disciplina é baixa, dificultando o processo ensino e aprendizagem, o qual ocorre paulatinamente, por envolver a construção do conhecimento. Dentre outros problemas enfrentados pelas escolas, têm-se recursos precários de materiais didáticos e a falta de profissionais qualificados. Segundo Menezes (2005) ―o ensino vem se apresentando de forma episódica e fragmentada‖, não relacionando o conhecimento acadêmico com a realidade cultural de cada aluno. O uso da tecnologia se tornou uma exigência do novo padrão e qualificação do ensino, com recursos computacionais implantados nas escolas, com intuito de reformular o ensino médio para melhorar a compreensão do aluno acerca do mundo competitivo no qual ele está inserido. No entanto, o profissional do ensino não está plenamente preparado para o uso dessas tecnologias, comprometendo a qualidade das aulas de Física em seu âmbito cultural, social e científico. Com o surgimento da tecnologia nas escolas a atualização de professores tornou-se fundamental para o uso da ferramenta computacional. Os cursos de licenciaturas, até então, não apresentavam nenhuma formação nesse campo, tornando ainda mais crítico e preocupante a defasagem das aulas com recursos 17 tecnológicos, dificultando o acompanhamento e evolução do mundo sofrendo os impactos da sociedade. Nesta mesma direção Almeida (2000, p. 16) coloca que: O professor terá papeis diferentes a desempenhar, o que torna necessário novos modos de formação que possam prepará-lo para o uso pedagógico do computador, assim como para refletir sobre a sua prática e durante sua prática do desenvolvimento da aprendizagem e de seu papel de agente transformador de si mesmo e de seus alunos. (ALMEIDA. 2000, p.16) As condições atuais de trabalho dos professores do Ensino Básico dificultam o investimento pessoal na busca de novas visões sobre o ensino e a aprendizagem, o que os levam a repetir, anos a fio, uma determinada prática. Intervir nesse quadro exige mudanças em aspectos sociais, econômicos culturais da realidade educacional e investimento por parte do governo em programas de formação continuada, em políticas de valorização do trabalho docente e na melhoria das condições concretas da educação pública. (REZENDE, 2004). Diante do amplo aspecto de ações necessárias, o estado do Paraná implantou melhorias nas escolas públicas de Ensino Básico por meio de equipamentos de informatização e mídias, desenvolvidas pela Seed (Secretaria Estadual de Educação). O Paraná Digital é o maior programa de informatização escolar do Brasil, ao todo são 44 mil terminais de acesso que foram distribuídos em todas as escolas estaduais. Os laboratórios utilizam software livre e ainda a tecnologia multiterminal, desenvolvida pela Universidade Federal do Paraná. Os multiterminais possibilitam que quatro conjuntos de periféricos — monitores, teclados e mouses — sejam ligados a uma única CPU, formando quatro estações de trabalho independentes, atingindo cem por cento dos alunos do Ensino Médio nos últimos anos. (SEED, 2008). Diante desse quadro é necessário qualificar os professores em um processo de formação pedagógico e técnico, possibilitando a aquisição dos conhecimentos tecnológicos para assumir o seu novo papel na educação. O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes, propostos nestas Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das ideias e dos conceitos da Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro didático como ditador do trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de Física à memorização de modelos, conceitos e definições excessivamente matematizados e tomados como verdades absolutas, como coisas reais. (DCEB, 2008, p.50). 18 2.1.2 A TECNOLOGIA E O ENSINO O crescimento e a evolução sociocultural, tecnológica e educacional do mundo atual implicam em concordar-se com Fiolhais e Trindade (2003) ―as tecnologias geram incessantes mudanças nas organizações e no pensamento humano revelam um novo universo no cotidiano das pessoas com criatividade, autocrítica e a construção do conhecimento‖. Essas ferramentas tecnológicas desenvolvem novas mudanças de aprendizagem e inúmeras possibilidades de desenvolvimento intelectual. O uso da tecnologia computacional promove a aquisição do conhecimento, o desenvolvimento de diferentes modos de apresentação e de compreensão do pensamento possibilitando representar e testar ideias ou hipóteses, que levam à criação de um mundo abstrato e simbólico, ao mesmo tempo em que introduzem diferentes formas de atuação e de interação entre o real e o simulado, permitindo a manipulação de softwares de forma criativa testando diferentes ideias sobre os conteúdos apresentados. (ALMEIDA.2000, p. 28). Cabe ao professor promover a aprendizagem do aluno para que este possa construir o conhecimento dentro de um ambiente que o desafie e o motive para a exploração, a reflexão e a descoberta. Para tanto este ambiente deverá ser resultado de um trabalho cooperativo dos que estão envolvidos na aprendizagem. Assim, o professor deverá criar situações para proporcionar diálogo e reflexão entre os participantes com os temas abordados, ocorrendo à interação entre professor, máquina e aluno. O professor é responsável pelo processo da aprendizagem, fornecendo informações e delimitando determinada área em estudo, para os alunos, enquanto o computador é uma ferramenta com recursos visuais que serve como suporte de um assunto em estudo. (…) o computador não é detentor do conhecimento, mas uma ferramenta tutora pelo aluno e que lhe permite buscar informações em redes de comunicações à distância, navegar entre nós e ligações, de forma não linear, segundo seu estilo cognitivo. Tais informações podem ser integrados pelo aluno em programas aplicativos, e com isso ele tem a chance de elaborar o seu conhecimento para representar a solução de uma situaçãoproblema. (ALMEIDA. 2000,p. 32). 19 Quando o aluno utiliza determinados aplicativos em um ambiente computacional ele importa informações para representar o conhecimento adquirido em diversas operações selecionadas, em que o professor precisa compreender o processo mental do aluno para perceber se os objetivos foram atingidos, para tanto se fez necessário desenvolver ambientes colaborativos e organizados para tal avaliação. 2.2 AMBIENTE WIKI Uma das características da tecnologia wiki é a facilidade com que as páginas são criadas e alteradas - geralmente não existe qualquer revisão antes de as modificações serem aceitas, e a maioria dos wikis são abertos a todo o público ou pelo menos a todas as pessoas que têm acesso ao servidor wiki. Nem o registro de usuários é obrigatório em alguns dos wikis. As páginas podem ser editadas pelos usuários que por ele navegam, desse jeito, é possível corrigir erros, complementar ideias e inserir novas informações. Assim, o conteúdo de um artigo se atualiza graças à coletividade. Os problemas que se podem encontrar em wikis são artigos feitos por pessoas que nem sempre são especialista no assunto, ou até vandalismo, substituindo o conteúdo do artigo. Porém, o intuito é, justamente, que a página acabe por ser editada por alguém com mais conhecimentos! Alternativamente, existem algumas wikis utilizadas como wikis pessoais. Um wikispaces é um espaço onde você pode criar páginas sobre um tema em particular. Cada espaço pode ter várias páginas, arquivos e imagens. Por exemplo, um wikispaces chamado "bebidas" estará localizado em bebidas. wikispaces.com. Wikispaces oferece três tipos de espaço: público (public) é um espaço público pode ser visto e editado por qualquer pessoa. Protegido (protected), este formato foi usado nesta dissertação, é um espaço protegido para ser editado, mas pode ser visto por qualquer um. O privado (private), porém, só pode ser visto e editado pelos membros do espaço. Como o wikispaces protected (wikispaces.com) é um espaço de fácil manipulação para fazer uma página contendo leituras, experimentos, simulações, vídeos, mapas entre outros de uma forma legal em que o administrador (neste caso professor) é responsável pelos termos utilizados na organização evitando 20 vandalismos ou substituição acidental por termos que não estão em discussão ou estudo. A hipermídia elaborada por um administrador pode ser vista por todas as pessoas (alunos) que desejam pesquisar, ler ou visualizar sobre o conteúdo que ali está inserido. O aluno poderá ter acesso a esta página nas diferentes escolas, casas e em qualquer momento e lugar, bastando que ele tenha o endereço para acessar. 2.3 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ELETRICIDADE Os olhares acerca de fenômenos da natureza hoje associados à eletricidade, aparecem desde a antiguidade. As primeiras observações de que se tem conhecimento, segundo Rocha (2002) foram feitas pelo filósofo grego Tales de Mileto, ele observou o âmbar (em grego elétron), certa resina vegetal, utilizado na confecção de joias e objetos de decoração, quando atritado com peles de animais adquiria a propriedade de atrair pequenos objetos materiais. Diante de tais fatos Tales teria se perguntado sobre a composição da matéria. Mais de 2000 anos se passaram até que, em meados do século XVI o estudo dos fenômenos observados por Tales voltassem então a serem focalizados com mais atenção, e condições técnicas muito mais elevadas. Segundo ROCHA (p.187, 2002) O médico inglês William Gilbert, retornou as experiências e descobriu que outros tipos de matérias também apresentavam comportamento semelhante ao âmbar, isto é, quando atritava entre eles esses materiais passavam atrair os demais, comportando-se como âmbar. Ao realizar experiência do atrito com outros materiais além do âmbar, segundo Rocha, Gilbert percebia que após o atrito podia acontecer além da atração, também a repulsão, emitindo um eflúvio pelo qual era responsável pelo fenômeno. Da mesma forma que a atmosfera era o eflúvio que puxava os corpos para a Terra, a atmosfera elétrica era o eflúvio responsável pela força elétrica exercida nos corpos leves. Outra contribuição veio de Otto Von Guericke (1602-1686), que se interessando pela ciência desenvolveu as primeiras máquinas eletrostáticas. Segundo Rocha (2002), as máquinas eram constituídas de esferas compostas de minerais fundidos, que ele julgava ser a composição da Terra, em que eram fixadas em um eixo que podia girar. Ele verificou que se esfregasse a esfera com a mão ao girá-la, ela adquiria propriedade de atração e eliminava centelhas. 21 Mais tarde Stephen Gray (1666-1736), percebeu que era possível transportar a eletricidade por meios de fios. Dependendo do material desse fio, a condução era melhor ou pior, chegando a alguns casos, a se comportar como isolante. A partir da ideia da condução elétrica, Charles DuFay (1698-1739), propôs que havia dois tipos de eletricidade, pois enquanto alguns materiais se atraíam depois de atritados com panos, outros se repeliam. Aos que se comportavam como vidro associou à eletricidade vítrea, aos que se comportavam como resina, associou a eletricidade resinosa. Mais tarde Benjamin Franklin (1707-1790), definiu como positivo a vítrea e a resinosa como negativa. Segundo Rocha (2002), Franklin defendia a ideia de que a eletricidade consiste de apenas um tipo de fluido. Foi a ideia do ―fluído único‖ surgiu a teoria que corpos não eletrizados possui uma quantidade natural de fluído. Essa quantidade seria proporcional ao tamanho do corpo. Um corpo que possuísse excesso de fluido foi chamado por Franklin de ―positivo‖, e se tivesse falta era chamado de ―negativo‖. A partir da experiência de Rutherford em 1911, ficou evidenciado de que a matéria é constituída de átomos, os quais seriam constituídos por um núcleo e por uma eletrosfera. No núcleo se encontra os prótons (carga positiva) e na eletrosfera os elétrons (carga negativa). Foi aproveitando todos os efeitos provocados no espaço por uma carga elétrica presentes em corpos elétricos que Robert Andrew Millikan (1868-1953), conseguiu medir com razoável precisão, o valor da carga de um elétron. Da busca do conhecimento da estrutura da matéria surgiu um conceito importante para o nosso tempo, o da carga elétrica, com suas variadas aplicações da eletricidade na nossa sociedade e de um futuro não muito distante que será desnecessários emaranhados fios e cabos para ligar aparelhos eletrônicos, o witricity, ou seja, eletricidade sem fios segundo o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), os cientistas conseguiram transmitir a energia a dois metros de distância mesmo colocando obstáculo entre a fonte de energia e a lâmpada acesa que serviu como teste, mas nada impede que outros aparelhos venham a ser utilizados com a mesma tecnologia na evolução elétrica. 22 2.4 CORRENTE ELÉTRICA Desde 1729, quando o físico inglês Stephen Gray descobriu que era possível conduzir eletricidade de um corpo para outro através de fios, evidenciou-se que a eletricidade pode percorrer determinados materiais (Canby, 1996). Mas só no século XVIII, com a descoberta da pilha, foi possível obter fluxos de eletricidade estáveis e duradouros. Acredita-se que o nome corrente, dado a esse fluxo de eletricidade, tenha aparecido na década de 1820, quando Ampère, procurando estabelecer uma regra que relacionasse o sentido desse fluxo com seus efeitos magnéticos recém-descobertos, assim a expressão corrente elétrica está relacionada a antigas concepções de que a eletricidade seria um fluído. A corrente elétrica se estabelece em um condutor quando nele existe um campo elétrico e tem como elemento básico o portador da carga elétrica sobre qual esse campo atua. Os aparelhos eletroeletrônicos que se encontram nas residências precisam de energia elétrica para o seu funcionamento. Tal energia é obtida quando eles são ligados em alguma fonte de energia, como uma pilha ou uma tomada. Quando isso é feito, algo invisível acontece. Elétrons livres, que se encontram nos meios condutores desses aparelhos, passam a se movimentar de maneira ordenada, transportando a energia elétrica necessária para o seu funcionamento. Esse movimento ordenado dos elétrons é conhecido como corrente elétrica e ela pode ocorrer nos condutores sólidos, como os metais, e em gases e líquidos ionizados. Ao estudar situações onde as partículas eletricamente carregadas deixam de estar em equilíbrio eletrostático passamos à situação onde há deslocamento destas cargas para uma determinada direção e em um sentido. A corrente elétrica é definida como o fluxo de carga elétrica da seção transversal de um condutor (TIPLER,2006). Se a variação da carga (∆Q) é a carga que flui através da área (A) de seção transversal durante o intervalo de tempo ∆t, a corrente é definida como: 𝑄 𝑖 = ∆𝑡 (01) 23 A unidade de corrente no sistema internacional de unidades (SI) é o ampére4 (A): 1A = 1C/s.(TIPLER, p.145, 2006). Para começar, um tipo de corrente mais comum, que é aquela produzida em fios condutores, que são aqueles feitos de metais, como por exemplo, o cobre. Os metais são bons condutores de eletricidade, pois possuem elétrons livres e quando esses materiais estão em equilíbrio, os elétrons se encontram em movimento desordenado, como mostra a figura abaixo: Figura 01: movimento desordenado dos elétrons. (figura extraída: http://n.i.uol.com.br/licaodecasa/ensmedio/fisica/corel/corel7.jpg) Para se obter uma corrente elétrica, é necessário criar um campo elétrico nesse condutor. Com esse campo elétrico, teremos diferentes níveis de energia potencial. Esses diferentes níveis de energia potencial provocarão algo que é conhecido como diferença de potencial (d.d.p.), ou simplesmente tensão elétrica. Essa diferença de potencial pode ser obtida ligando-se o condutor acima a uma pilha, como mostra a figura 02. Figura 02: movimento ordenado dos elétrons (figura extraída: http://n.i.uol.com.br/licaodecasa/ensmedio/fisica/corel/corel7.jpg) 4 Ampére (A) é a corrente que em dois fios paralelos muito longos, separados de 1m, provoca uma força magnética por unidade de comprimento de 2 x 10-7 N/m. (Tipler & Mosca, 2006). 24 O pólo positivo possui um potencial maior, enquanto que o negativo possui um menor. O movimento dos elétrons será no sentido sempre do maior potencial, ou seja, do pólo positivo. A pilha tem a função de fonte de energia elétrica e também de manter a diferença de potencial, mantendo assim o movimento dos elétrons. Desta forma cria-se uma corrente elétrica no fio, com sentido oposto ao campo elétrico, e este é chamado sentido real da corrente elétrica (TIPLER & MOSCA, p.148,2006). Embora seja convencionado que a corrente tenha o mesmo sentido do campo elétrico, o que não altera em nada seus efeitos (com exceção para o fenômeno chamado Efeito Hall5), e este é chamado o sentido convencional da corrente. 2.4.1 DIFERENÇA DE POTENCIAL A diferença de potencial (d.d.p) também denominada de tensão elétrica (U) é uma grandeza física que esta intimamente ligada ao conceito de corrente elétrica. Porém para ―existir‖ corrente elétrica entre dois pontos deve-se haver uma diferença de potencial elétrica entre os mesmos dois pontos. Para entendermos a d.d.p, relembremos o seguinte: todo corpo que está eletrizado, recebeu ou cedeu elétrons. Como a carga de um elétron é representada por (-) o corpo que recebeu elétrons fica carregado negativamente (denominado de íon negativo ou ânion), já o corpo que cedeu elétrons ou perdeu fica carregado positivamente, pois o mesmo tem falta de elétrons, denominado de íon positivo ou cátion. Portanto esse desequilíbrio de cargas entre dois corpos revela que ambos têm um potencial elétrico diferente, ou seja, existe uma diferença de potencial elétrica. Então consideremos um dispositivo capaz de manter uma diferença de potencial entre dois corpos. Esses ―dispositivos‖ são denominados de geradores, ao qual comumente podemos associar a uma simples pilha. Por exemplo, de acordo 5 Os portadores de carga q que estão em movimento com uma velocidade de arraste v estarão sob efeito de uma força magnética que os deslocarão para a lateral do condutor, aumentando a concentração desses portadores nessa região. Essa maior concentração de cargas na lateral dá origem a um campo elétrico lateral conhecido como campo Hall (HALLIDAY & RESNICK, 1996) 25 com a figura abaixo a pilha (gerador elétrico) mantém entre seus terminais + e – uma diferença de potencial elétrico: U= U(+) –U(-). (02) Em que: U= diferença de potencial ou tensão elétrica Quando ligamos os terminais desse gerador a um condutor (fio de cobre) ao filamento da lâmpada, a mesma se acende, pois ocorre um movimento de cargas elétricas no condutor (corrente elétrica). Figura 03: movimento de carga elétrica (figura extraída: http://luhghilardi.blogspot.com.br/2009_05_01_archive.html) A diferença de potencial é uma grandeza física expressa no SI por V(volts) em homenagem ao Físico Alessandro Volta (GASPAR, 2011). Existem dispositivos (instrumentos) capazes de medir a diferença de potencial elétrica, denominados de voltímetro. A diferença de potencial U entre dois pontos será: 𝑈 = 𝑈𝑎 − 𝑈𝑏 = 𝐸 ∆𝐿 (03) 2.5 RESISTÊNCIA E LEI DE OHM George Simon Ohm foi um físico alemão que viveu entre os anos de 1789 e 1854 e verificou experimentalmente que existem resistores nos quais a variação da corrente elétrica é proporcional à variação da diferença de potencial (ddp) (ROCHA, 2002). Simon realizou inúmeras experiências com diversos tipos de condutores, aplicando sobre eles várias intensidades de voltagens, contudo, percebeu que nos metais, principalmente, a relação entre a corrente elétrica e a diferença de potencial se mantinha sempre constante. Dessa forma, elaborou uma relação matemática que diz que a voltagem aplicada nos terminais de um condutor é proporcional à corrente 26 elétrica que o percorre, matematicamente fica escrita do seguinte modo: a diferença de potencial e a corrente é chamada de resistência do segmento 𝑅= 𝑈 (04) 𝑖 em que a resistência elétrica R, a diferença de potencial das extremidades do condutor é U e a intensidade da corrente elétrica que atravessa este condutor é i. (TIPLER & MOSCA, 2006). No SI a unidade de resistência elétrica deriva da razão volt/ampère e recebe o nome de ohm (Ω), em homenagem ao físico alemão George Simon Ohm (GASPAR, 2011). O valor da resistência elétrica de qualquer condutor pode ser considerado constante em determinados intervalos de variação da intensidade da corrente elétrica. Nesse caso, há diferença de potencial nas extremidades do condutor é diretamente proporcional à intensidade da corrente elétrica que o atravessa, e o valor da resistência é a constante de proporcionalidade. Assim da definição da resistência elétrica podemos escrever: U= R.i (05) Essa expressão é conhecida como lei de Ohm. Quando um condutor obedece a ela, ou seja, quando sua resistência elétrica pode ser considerada constante, ele é chamado de resistor ôhmico. (TIPLER & MOSCA, 2006). U U= R. i i Gráfico 01: resistor ôhmico Para os materiais não-ôhmicos, a resistência depende da corrente, logo a tensão (U) não é proporcional a corrente elétrica (i). (TIPLER & MOSCA, 2006). 27 Porém há muitos materiais que não obedecem à lei de ohm, esses materiais são chamados de dispositivos não lineares. O gráfico 02 mostra a característica de um dipolo não ôhmico, onde se observa uma atenuação do aumento da corrente para um aumento da voltagem, caracterizando assim a não linearidade da função U=f(I). U i Gráfico 02: resistor não-ôhmico A resistência elétrica é uma propriedade que os materiais em geral têm, de dificultar o movimento dos elétrons. Sendo assim, a corrente elétrica tem sua intensidade reduzida naqueles materiais cuja resistividade é maior. Assim sendo, pode-se controlar as respectivas intensidades das correntes elétricas que atravessam um determinado circuito eletrônico. Figura 04: resistência elétrica da lâmpada incandescente. (figura extraída http://osfundamentosdafisica.blogspot.com.br/) O efeito joule causa a liberação de calor. Exemplos de equipamentos que utilizam esse princípio são os chuveiros, aquecedores de cabelo, lâmpadas incandescentes, etc. Figura 05: resistência de chuveiro elétrico com efeito joule. (figura extraída http://www.infoescola.com/fisica/resistores/) 28 Nos circuitos eletrônicos em geral, os resistores são encontrados associados em série ou em paralelo, e muitas vezes em associações mistas, que são compostos por conjuntos de associações em série e em paralelo. Códigos de cores para resistores e outros elementos Segundo Tipler (2006), os resistores de carbono são codificados por tarjas que devem ser lidas partindo-se da mais próxima da extremidade do resistor. As primeiras duas tarjas representam um número inteiro entre 1 e 99. A terceira tarja indica a quantidade de zeros a seguir. Para o resistor mostrado na figura 06, as cores das tarjas são respectivamente, marrom, verde,azul e ouro. Assim o número é 1.000.000, indicando uma resistência de 15.000.000 Ω. Figura 06: tabela de códigos de cores do resisores. (figura extraída: www.ebah.com.br/content/ABAAAAJB8AI/relatorio-fisica-iii) 2.5.1 ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES Resistores são componentes que têm por finalidade oferecer uma oposição à passagem de corrente elétrica, através de seu material. São muito utilizados para limitar a quantidade de corrente em um circuito (diminuindo a tensão), ou ainda, transformar energia elétrica em energia térmica (efeito joule). A essa oposição damos o nome de resistência elétrica, que possui como unidade ohm. TIPLER & MOSCA (p.157, 2006). 29 Esses elementos causam uma queda de tensão em alguma parte de um circuito elétrico, porém jamais causam quedas de corrente elétrica. TIPLER & MOSCA (p.157, 2006). Isso significa que a corrente elétrica que entra em um terminal do resistor será exatamente a mesma que sai pelo outro terminal, porém há uma queda de tensão. Utilizando-se disso, é possível usar os resistores para controlar a corrente elétrica sobre os componentes desejados. Os resistores podem ser associados basicamente de três maneiras diferentes: Associação em série, associação em paralelo e associação mista. Para efeito de cálculos, em muitos casos será necessário descobrir como a série de resistores se comporta como um todo. Nestes casos utilizamos o conceito de resistor equivalente. Que é um resistor que tem as mesmas propriedades da associação, ou seja, uma resistência que seja a mesma do conjunto, esta resistência é chamada resistência equivalente. (HALLIDAY & RESNICK, 1996). a. Associação em série Esse é o tipo de associação onde os resistores são ligados um em seguida do outro, de modo a serem percorridos pela mesma corrente elétrica. Veja, no esquema abaixo, como fica a associação de alguns resistores em série: Figura 06: associação em série (Fonte: http://www.brasilescola.com/fisica/associacao-resistores.htm) A diferença de potencial (ddp) total aplicada entre os pontos A e B é igual a soma das ddps de cada resistor, ou seja: 𝑼𝑻 = 𝑼𝟏 + 𝑼𝟐 + 𝑼𝟑 (06) 30 E a resistência equivalente, para esse tipo de associação, é dada pela soma de todas as resistências que fazem parte do circuito, veja como fica: 𝐑𝐞𝐪 = 𝐑𝟏 + 𝐑𝟐 + 𝐑𝟑 (07) É importante destacar que a resistência equivalente desse tipo de circuito será sempre maior que o valor de apenas um resistor. Se no circuito elétrico existir n resistores, todos com iguais resistências, a resistência equivalente pode ser calculada da seguinte forma: 𝐑𝐞𝐪 = 𝐧𝐑 (08) No caso da associação em série, a corrente elétrica i é a mesma para todos os resistores do circuito. b. Associação em paralelo Nesse tipo de associação os resistores são ligados um do lado do outro, de forma que todos os resistores ficam submetidos à mesma diferença de potencial, veja como fica o esquema de um circuito com associação de resistores em paralelo: Figura 07: associação em paralelo (Fonte: http://www.brasilescola.com/fisica/associacao-resistores.htm) A corrente elétrica total que circula por este tipo de circuito é igual à soma da corrente elétrica que atravessa cada um dos resistores, ou seja: 𝒊 = 𝒊𝟏 + 𝒊𝟐 + 𝒊𝟑 (09) 31 O valor da resistência equivalente desse tipo de circuito elétrico é sempre menor do que o valor de qualquer uma das resistências que compõem o circuito. E para calcular o seu valor, o da resistência equivalente, podemos utilizar a seguinte equação matemática: R eq = 1 R1 1 1 +R +R 2 (10) 3 Quando se possui apenas dois resistores usamos a seguinte equação: 𝑅𝑒𝑞 = R 1 ×R 2 R 1+R 2 (11) c. Associação mista É o tipo de associação que há a mistura de associação em série e em paralelo, assim como mostra o esquema abaixo: Figura 08: associação mista (Fonte: http://www.brasilescola.com/fisica/associacao-resistores.htm) Para descobrir a resistência equivalente desse tipo de associação deve-se considerar os tipos de associação de forma separada, bem como suas características. d. Lei de Kirchhoff 32 As Leis de Kirchhoff são assim denominadas em homenagem ao físico alemão Gustav Robert Kirchhoff, que as formulou em 1845. Estas leis são baseadas no Princípio da Conservação da Energia, no Princípio de Conservação da Carga Elétrica e no fato de que o potencial elétrico tem o valor original após qualquer percurso numa trajetória fechada (sistema nãodissipativo). As Leis de Kirchhoff são empregues na análise de circuitos elétricos mais complexos como, por exemplo, aqueles com mais de uma fonte de tensão em série ou em paralelo. Segundo TIPLER & MOSCA (2006) a aplicação conjunta das Leis de Kirchhoff e de Ohm permite obter um conjunto de equações cuja resolução conduz aos valores das intensidades de corrente e das tensões aos terminais dos componentes. Termos importantes: Um nó (ou ponto de junção de vários ramos) num circuito é um ponto onde três (ou mais) condutores são ligados (os pontos 1 e 4, 2 e 3 são nós, mas a, b, c e d não). Um ramo é um troço de um circuito entre dois nós. Uma malha é qualquer caminho condutor fechado (as malhas possíveis são as trajetórias fechadas definidas pelos pontos a14d, a23d, 1234, 2bc3, 1bc4 e abcd) Quando se ―atravessa‖ uma resistência no mesmo sentido da corrente convencional, a queda de potencial é negativa. resistência Quando no se sentido ―atravessa‖ contrário ao uma da corrente convencional, a queda de potencial é positiva. Quando se ―atravessa‖ uma f.e.m. do pólo negativo para o positivo, a queda de tensão é positiva. 33 Quando se ―atravessa‖ uma f.e.m. do pólo positivo para o negativo, a queda de tensão é negativa. e. 1º Lei de Kirchhoff Lei das Correntes A Lei dos Nós também é conhecida como a 1ª Lei de Kirchhoff ou a Lei das Correntes (KCL). Esta lei é uma conseqüência da conservação da carga elétrica total existente num circuito (estabelece que num ponto qualquer a quantidade de carga elétrica que chega deve que ser exatamente igual à que sai), isto é então, uma confirmação de que não há acumulação de cargas nos nós. TIPLER&MOSCA (2006) Figura 09: circuito elétricos das correntes Fonte: http://www.eletronica24h.com.br/Curso%20CC/aparte2/Figuras2/A11Fig06.gif Apenas com o conhecimento dos elementos que constituem o circuito e as respectivas equações características, não é possível determinar a totalidade das tensões e das correntes elétricas presentes, é então necessário o conhecimento de uma outra importante lei, a Lei dos Nós. Num circuito elétrico com várias resistências em paralelo, em qualquer nó, a soma das intensidades de corrente que chegam é igual à soma das que saem do nó. TIPLER&MOSCA (2006). 𝑰𝒏 𝒏 =𝟎 34 f. 2º Lei de kirchhoff ou Lei das Tensões A Lei das Malhas também é conhecida como a 2ª Lei de Kirchhoffou como a Lei das Tensões (KVL). Esta lei é uma generalização do princípio da conservação da energia num circuito fechado. TIPLER&MOSCA (2006) Figura 10: circuito elétrico das tensões Fonte: http://www.eletronica24h.com.br/Curso%20CC/aparte2/Figuras2/A11Fig08.gif 𝐸= 𝑉𝑛 = 𝑅𝑛 𝐼𝑛 Existindo M malhas num circuito, a Lei das Malhas permite escrever (M – 1) equações linearmente independentes. Se num circuito série não existe nenhum nó, apenas há uma única malha e a intensidade de corrente elétrica tem o mesmo valor em todos os pontos / elementos do circuito, então, ao longo da malha, a soma algébrica das forças eletromotrizes (f.e.m.) é igual à soma algébrica das tensões nas resistências. Generalizando, ao longo de qualquer malha de um circuito elétrico a soma algébrica das tensões em todos os elementos é nula (a soma de todas as tensões geradas subtraídas da soma de todas as tensões consumidas numa malha), isto é, o somatório das quedas de potencial deve ser nulo. 35 𝑉𝑛 = 0 3. REFERENCIAL TERÓRICO SOBRE A TEORIA SOCIOCULTURAL DE VYGOTSKY. A teoria de Vygotsky (2000) entende o homem como uma unidade enquanto mente e corpo, organismo biológico e social, integrado em um processo histórico, social e cultural. Sua concepção de desenvolvimento é concebida em função das interações sociais e respectivas relações com os processos mentais superiores, que envolvem mecanismos de mediação. As relações homem-mundo não ocorrem diretamente, são medidas por instrumentos ou signos fornecidos pela cultura. O conceito de mediação decorre da ideia de que o homem tem a capacidade de operar mentalmente sobre o mundo, isto é, de representar os objetos e fatos reais através de seu sistema de representação simbólica, o que lhe dá a possibilidade de operar mentalmente tanto com objetos ausentes como com processo de pensamento imaginário. Vygotsky (1989, p.44) afirma que a linguagem e o desenvolvimento sociocultural estão imbricados no desenvolvimento do pensamento. Assim, o sistema simbólico fundamental na mediação sujeito-objeto é a linguagem humana, instrumento de mediação verbal do qual a palavra é a unidade básica. Os instrumentos culturais – a fala, a escrita, os computadores, etc. – ―expandem os poderes da mente, tornando a sabedoria do passado analisável no presente e passível de aperfeiçoamento no futuro‖ (VYGOTSKY et al, 1988, p.26). Vygotsky (2000) ―analisa as características do homem ao longo do processo de evolução de espécie humana‖, salientando a formação da sociedade com base no trabalho, na qual se desenvolve as atividades coletivas, a invenção e a utilização de instrumentos. Assim para ele ―a transmissão racional e intencional da experiência e do pensamento a outros requer um sistema mediador, cujo protótipo é a fala humana, oriunda da necessidade de intercâmbio durante o trabalho.‖ (VYGOTSKY, 1989, p.5). 36 Na perspectiva de Vygotsky (1989) o desenvolvimento se produz pela internalização6, que possibilita apropriação dos instrumentos de mediação fornecidos pela cultura, elemento fundamental nas inter-relações (aluno-aluno, aluno-professor, aluno-computador) que se estabelecem em um ambiente informatizado. Esse ambiente favorece o desenvolvimento de processos mentais superiores quando empregado segundo o ciclo ―descrição-execução-reflexão-depuração7‖. (ALMEIDA, 2000, p.70). Uma vez que as ideias representadas no computador expressam o mundo tal como sujeito o percebe, ele propicia a comunicação desse mundo às outras pessoas, que por sua vez, se envolvem na construção compartilhada de conhecimentos sobre esse percebido. ―Isso provoca o pensamento reflexivo e a depuração das ideias do sujeito‖ (Almeida, 2000, p. 70). A atitude de o professor propor diálogo cria condições para que a aprendizagem ocorra como um processo dinâmico, que envolve múltiplos elementos em um ambiente. Assim o aluno interage, descobre, debate com os colegas e o professor atua como mediador segundo o conceito de zona proximal de desenvolvimento8 (ZPD) conforme ideário de Vygotsky. (1989) Quando o professor trabalha com temas emergentes no contexto dos alunos, ―as atividades se dão inicialmente no plano interpessoal e formam um campo de percepção que é explorado com auxílio do computador‖. (ALMEIDA, 2000, p.70). O objetivo é levar os alunos a operar com aspectos da situação para melhor compreendê-la, para interligar as informações com conhecimentos que já possuem, para aprender os conceitos e as representações envolvidas no processo. ―A internalização é um processo individual que ocorre quando o aluno constrói seu 6 É a reconstrução interna de uma operação externa, onde o comportamento cultual envolve a reconstrução da atividade psicológica tendo como base a operações com signos. (Vygotsky, 2010, p.57). 7 Primeiro, a interação com o computador e descrição de uma ideia. Segundo, o computador executa fielmente a descrição fornecida, somente do que foi solicitado à máquina. Terceiro, o resultado obtido permite ao aluno refletir sobre o que foi solicitado ao computador. Finalmente, se o resultado não corresponde ao que era esperado, o aluno tem que depurar a ideia original através da aquisição de conteúdos ou de estratégias. (VALENTE, 1993). 8 É um conceito elaborado por Vygotsky que define a distância entre o nível real de desenvolvimento que determinado pela capacidade de se resolver problemas sem ajuda e o nível potencial, que é determinado que a resolução de problema ocorra por meio da orientação de um adulto ou de outro companheiro. 37 próprio significado sobre o tema, transformando-se e transformando seu contexto numa relação dialética entre o interpessoal e o intrapessoal‖. (Almeida, 2000, p. 71). Através da identificação da ZPD do aluno, pode-se diagnosticar o que ele já produziu, mas principalmente o que poderá produzir neste processo de desenvolvimento. Tudo o que o aluno será capaz de fazer hoje, bem como, reproduzir, analisar e simular com a cooperação da hipermídia será capaz de fazer sozinho amanhã em sala de aula. Portanto, o saber que o conhecimento se elabora com reflexões, visualizações e interações dos instrumentos culturais como a fala, a escrita, o computador etc. expandem-se os poderes da mente, tornando a teoria do passado analisável no presente e passível de aperfeiçoamento no futuro (Vygotsky, 1989, p.89). Vygotsky (1989) refere-se à internalização como a transformação do fenômeno social e cultural em processo intrapessoal. Este processo ocorre na sala de aula, com os debates em que o professor será mediador da aprendizagem dos alunos, assumindo o controle do processo, fornecendo todas as informações aos alunos para reelaborar os conceitos e incorporar em suas estruturas, originando ação dos alunos sobre os conteúdos de Física, e, sobre as estruturas previamente construídas na hipermídia que irão caracterizar seu nível real de desenvolvimento no momento da aprendizagem. 4. DELINEAMENTO METODOLÓGICO Utilizando a pesquisa qualitativa, de cunho interpretativo, os instrumentos de coleta de dados selecionados para essa dissertação foram aplicados aos participantes da pesquisa durante as aulas de Física. Houve a necessidade de criar registros dos participantes (avaliações, questionários, entrevistas e registros de auto avaliação) a fim de validar os dados coletados. Em vista do tempo previsto da questão em estudo selecionou-se uma única turma da terceira série ―A‖ do Colégio Estadual Santo Antão de Ensino Fundamental e Médio de Bela Vista da Caroba do estado do Paraná para atingir a validação dos objetivos propostos. 38 5. PROCEDIMENTOS Para a realização das atividades foram utilizados os procedimentos a seguir: 5.1 Testagem I Para desenvolver esta dissertação foi necessário reunir instrumentos de investigação, fazer um diagnóstico inicial para a verificação das competências dos alunos no conhecimento do conteúdo de Resistores Elétricos. Houve a necessidade de uma sondagem (Apêndice ―B‖) entre os alunos, utilizando cinco questões pessoais, e, a aplicação de atividades contendo dez exercícios: sendo quatro questões objetivas e seis questões descritivas. Os alunos responderam as questões individualmente sem consulta a material algum. Os resultados se destacam pelo baixo conhecimento do conteúdo, bem como o alto grau de desinteresse na leitura e interpretação das questões apresentadas. 5.2 Página virtual Os resultados da testagem I possibilitaram a construção da página virtual (profisicael.wikispaces.com), incluindo ―Resistores elétricos‖ conteúdo a ser desenvolvido seguindo a ordem de planejamento do Plano de Trabalho Docente 9 do colégio. Pensando na metodologia a ser adotado, sobretudo na formação no espaço virtual contendo conteúdo de eletricidade, e em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Ensino Médio de Física, foi necessário dimensionar aspectos da realidade concreta do aluno, oriundos do senso comum – partindo do nível de desenvolvimento atual do aluno, segundo Vygotsky (1998) ―os indivíduos trazem em si marcas de sua própria história - os aspectos pessoais que passaram 9 É um documento que registra, orienta /direciona o trabalho do professor; requer conhecimento prévio da Proposta Pedagógica Curricular; 39 por processos internos de transformação‖ -. Assim, o indivíduo transforma-se processando internamente, por meio de seu livre-arbítrio, as diversas visões de mundo com as quais convive. Esta página virtual trouxe contribuições importantes para a prática pedagógica do professor, pois se tratava de um apoio para o trabalho docente, apresentando uma linguagem adequada para os estudantes, com abordagens contextualizadas, vídeos, interações e experiências virtuais problematizando o conteúdo a ser desenvolvido e estudado na sala de aula. Na demonstração figura 11, o questionamento ou problemática traçou o contexto sob o qual se delineou todo o conteúdo, para ―provocar‖ inicialmente os alunos. Esta página inicial foi elaborada com uma questão para que relembrem suas atividades cotidianas, que ocorrem em nosso meio, para argumentação de que o contexto seja apenas o ponto de partida da abordagem pedagógica, (…) cujos passos seguintes permitam o desenvolvimento do pensamento e da sistematização do conhecimento. Nesse contexto, o importante é a provocação, a mobilização (...). (SEED, s/d, p.3-4). Figura 11: página virtual – profisicael.wikispaces.com Os alunos ao adentrarem no espaço virtual, encontraram possibilidades de buscar sanar as curiosidades sobre os conceitos e as interpretações de forma espontânea para adquirir novas significações, ou seja, permitiram a inserção em um sistema conceitual abstrato, com diferentes graus de compreensão, características que definem a construção do próprio conhecimento. 40 A articulação do conceito espontâneo com o conceito científico possibilita segundo entendemos da interpretação vygotskiana, um tipo de percepção mais generalizante, conscientizando a criança de seus processos mentais e impulsionando o seu desenvolvimento. (MARTINS. 1997, p.119) Figura 12: página virtual – conceituando resistores Na página virtual estavam disponibilizados pequenos textos, vídeos, simulações e outras atividades básicas de eletricidade, organizadas na forma de links. Os primeiros links se apresentam com revisões dos conteúdos desenvolvidos em aulas anteriores. Em seguida, estavam disponíveis os links que continham o conteúdo de Resistores Elétricos (figura 12), possibilitando inúmeras modalidades de aprendizagem, bem como: Figura 13: página virtual – vídeos com experiências. 41 As visualizações em vídeos (figura 13), demonstrando experimentos e explicações sobre Resistores Elétricos; As interatividades das simulações (figura 14), em que os alunos montavam suas próprias animações, com livre arbítrio no grau de dificuldade e na condição de compreensão da formação dos experimentos virtuais. Figura 14: página virtual – experiências virtuais Sugestões de montagem de experimentos (figura 15) de fácil manipulação, facultando a individualidade do aluno que permitiu o envolvimento dos colegas na manipulação e na construção das experiências, desafiando-os na construção de novos experimentos em bancadas para melhor compreensão e entendimento do conteúdo. 42 Figura 15: página virtual – incentivando a experiência Os alunos administraram o tempo de acesso à página, utilizando as mídias na hora que necessitassem, sanando dúvidas e curiosidades para a o entendimento e compreensão do conhecimento que estava em construção. O ambiente virtual ficou disponível ao aluno durante o período de aulas. Na maioria dos alunos interagiam com a página virtual no colégio em turno contrário às aulas, por não ter acesso a internet em suas casas, dessa forma o aluno determinou seu horário de estudo, agindo com autonomia e escolhendo a ordem didática que mais lhe fosse conveniente. 5.3 Testagem II Ao considerar a página virtual, um ambiente de recursos reflexivos e pedagógicos apresentada com ferramentas e estratégias diferentes que estamos acostumados na sala de aula, foi necessário justificar esta compreensão aplicando posteriormente novas atividades baseados nos conteúdos apresentados. Foram elaboradas novas questões objetivas e descritivas, em forma de uma segunda testagem (Apêndice ―C‖), baseadas no conteúdo de Associação de Resistores Elétricos, usadas como subsídios para levantar hipóteses, refletir e testar o aproveitamento dos alunos ao acessarem a página. 5.4 Sala de aula 43 5.4.1 CONTEÚDO DESENVOLVIDO NA SALA DE AULA Foram necessárias 06 aulas para o desenvolvimento do conteúdo de Resistores Elétricos em sala de aula. Apresentado aos alunos na forma de slides para discussão, reflexão e depuração dos conceitos formalizados na página virtual, provocando uma ruptura dos níveis apresentados pelos alunos, e, desfiando-os a atingir um novo nível de conhecimento. Sendo conduzida a aula pelo professor foi deixado tempo livre para reflexão e discussão. A maioria dos alunos já compartilhava da mesma ideia por que estavam interados do conteúdo na página virtual. Figura 16: Slide 01 Existe algum fundamento científico para a história da garrafa d´água? Houve o comentário dos alunos que já se depararam com esta cena curiosa: garrafas plásticas de refrigerante, com dois litros de capacidade, cheias de água, depositadas sobre medidores de consumo de energia elétrica, popularmente denominados de ―contadores de luz‖. Perguntados, invariavelmente os alunos confirmam que se trata de uma tentativa de reduzir o consumo ou reduzir a indicação do medidor, e que a orientação sobre como colocar as garrafas foi fornecida por um vizinho ou parente, que teve bons resultados com a técnica. 44 Analisando os fatos e discutindo para que, na troca e no diálogo com os outros pudessem descartar conceitos equivocados, e, perceber a necessidade de buscar informações e conhecimento para interpretar e formar novos conceitos. Figura 17: Slide 02 Instigados a buscar uma nova concepção para melhorar seu conhecimento, no slide 02 na primeira frase se observa a troca da linguagem do senso comum para uma linguagem formalizada. Discutido entre os alunos com orientação dada pelo professor, se percebeu que no senso comum geralmente utiliza a denominação ―luz‖ em substituição à energia elétrica quando se trata de uso ou custo, mesmo tratando-se de conceitos diferentes. É fato que a maioria das pessoas almeja economizar, pagar menos pela utilização da energia elétrica ao final do mês. Interessados na discussão os alunos perceberam que na realidade, paga-se pelo serviço e equipamentos necessários na disponibilização da energia elétrica que chega a residências, comércios e indústrias. Ao desligarmos eletrodomésticos, lâmpadas e equipamentos eletrônicos, estamos deixando de utilizar ou ―consumir‖ energia elétrica, que não será registrada no medidor para ser convertida em valores monetários. Articulada pelo professor, outra palavra bastante usada no senso comum ―consumir energia‖ aqui empregada, também não reflete o seu verdadeiro significado. Em se tratando de energia elétrica, ou qualquer outra forma de energia, 45 o conceito mais adequado é o da conversão. A energia não é consumida ou destruída, tampouco pode ser criada, mas sim, convertida de uma forma em outra. Com o conceito acima citado pelo professor, os alunos perceberam que em nosso meio a energia pode ser obtida por meio de conversões de outros tipos de energia, como por exemplo, a energia do vento (energia eólica), das pilhas e baterias (energia química), usinas hidrelétricas (energia mecânica), usinas nucleares e termoelétricas (energia térmica). Por tratar de conceitos já conhecidos houve a percepção das palavras empregadas de forma equivocada em nossa cultura, onde ―consumir energia‖ não é conceito formalizado. A linguagem do meio ambiente, que reflete uma forma de perceber o real num dado tempo e espaço, aponta o modo pelo qual a criança apreende as circunstâncias em que vive, cumprindo uma dupla função: de um lado, permite a comunicação, organiza e medeia a conduta; de outro, expressa o pensamento e ressalta a importância reguladora dos fatores culturais existentes nas relações sociais. (MARTINS. 1997, p 115). Voltando novamente na questão apresentada no primeiro slide 02 e na página virtual, fundamentada na crença de que as garrafas cheias de água próximas aos medidores permitiriam economia no uso da energia elétrica residencial, os alunos indagados buscavam alguma solução levantando outros questionamentos na sala de aula: - Mas como se daria esta redução, apenas no medidor ou aproveitamento da energia elétrica que chega a nossa residência? - Essa redução realmente se comprova? A busca de resposta a tais perguntas os convidou para uma investigação, auxiliada pela página virtual usada como estratégia de colaboração. Porém, para a investigação tornar-se mais coerente foi interessante sabermos mais a respeito de como os circuitos elétricos são distribuídos em nossas residências. Na página virtual foram apresentados vídeos de circuitos elétricos em que os alunos tiveram acesso, tão logo visualizado houve a ligação de que nossas residências podem ser comparadas com modelos de circuitos elétricos. Houve a discussão das semelhanças e evidências de que o modelo de circuito elétrico em nossas casas se apresenta na forma de associação em paralelo. Assim que o processo interativo estava ocorrendo, os alunos passavam a acreditar que todos teriam possibilidade de falar, de levantar suas hipóteses e, nas 46 negociações, chegar a conclusões que ajudavam a entender e interpretar o processo dinâmico que estava em construção. Um aspecto essencial do aprendizado segundo Vygotsky (2010) ―é o fato de ele criar uma zona de desenvolvimento proximal (ZDP)‖; ou seja, o aprendizado desperta vários processos internos de desenvolvimento, que são capazes de operar somente quando interage com os colegas em seu ambiente, e quando em cooperação com o professor. Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvimento do conteúdo aprendido. Com o questionamento anteriormente abordado ―de que os circuitos elétricos estão presentes em nossas residências‖, tais evidências foram usadas a fim de poder fundamentar teoricamente a investigação apresentada no slide 03 (O que é um circuito elétrico?) com a história dos primeiros circuitos formados. Figura 18: Slide 03 Usando o professor como o articulador dos conhecimentos todos os alunos se tornaram parceiros, interessados, no conhecimento. Valorizados em suas respostas e questionamentos buscavam novos conceitos e a pensar conjuntamente, e, não esperar que uma única pessoa, no caso o professor, tenha todas as respostas para tudo. A teoria de Vygotsky aparece nas aulas onde se favorece a interação social, onde os professores falam com as crianças e utilizam a linguagem para 47 expressar aquilo que aprendem, onde se estimula as crianças para que expressem oralmente e por escrito e nas classes onde se favorece e se valoriza o diálogo entre os membros do grupo. (PRASS. p. 19, 2012). Com a visualização do slide 04 os alunos apresentaram conceitos nas discussões e interações constantes na formação de circuitos elétricos, se posicionavam diante de suas observações e manipulavam as ideias lembrando-se das simulações encontradas na página virtual, que construíam circuitos de diferentes formas e tamanhos. Figura 19: Slide 04 Explanado pelo professor no slide 04 estavam representados alguns elementos de um circuito elétrico. A bateria é responsável pela conversão de energia química em energia elétrica. Nesse caso, a energia elétrica é produzida na forma de força eletromotriz. A diferença de potencial da bateria é contínua e constante (CC). Em nossas residências, a diferença de potencial é alternada. Em nossa representação usamos a energia elétrica contínua apenas para simplificar alguns detalhes. Assim, quando falamos de 127 V, por exemplo, a referência será a diferença de potencial contínuo equivalente ao efeito produzido por uma fonte alternada10. 10 A energia elétrica alternada apresenta um equivalente em corrente contínua, denominado valor eficaz. Assim, quando dizemos que a tomada de energia possui 127V, esse valor é o equivalente em corrente contínua ao efeito produzido pela fonte alternada. 48 Ocorreu a intervenção dos alunos identificando peças básicas que constituem um circuito elétrico: - Fonte de Energia Elétrica (gerador de força eletromotriz que, em nosso modelo, optou-se pela tensão contínua, mas que em nossas residências é alternada) - Condutores de eletricidade (formado pelos fios que conduzem a eletricidade) - Dispositivos de controle (interruptores) -Receptores (onde ocorre a conversão de energia elétrica em outras formas de energia). Figura 20: Slide 05 Com a apresentação do slide 05, foi exposta a seguinte questão pelo professor: - Alguma vez na sua vida você passou pela experiência de ficar sem “luz” em sua casa? Sendo sim a resposta da maioria dos alunos, houve uma interrupção no circuito elétrico da sua residência. Essa interrupção foi causada por fatores internos ou externos. Se forem externos, o motivo pode ser o rompimento de algum condutor no poste ou a atuação de proteções, como fusíveis e disjuntores. Internamente em nossas residências também existem proteções, na maioria dos casos, efetuadas por disjuntores. Tais componentes têm a função de ―abrir‖ os circuitos, isto é, interromper a possibilidade de passagem de corrente elétrica 49 quando sua intensidade é superior à projetada para a fiação, por um período de tempo determinado. Logo que possível o aluno X argumenta que na caixa medidora de consumo de energia elétrica, possui-se um disjuntor que se encontra em nossas residências. Valorizando as interações sistematizadas pelo professor, pôde se notar, que os alunos apresentavam conhecimento sobre vários circuitos protegidos por disjuntores diferentes que utilizaram nas simulações virtuais. Houve a percepção que a capacidade de corrente elétrica que cada circuito pode fornecer é diferente para cada aplicação, como ocorre em nossas residências. Cada disjuntor terá, então, uma corrente de proteção diferente. Alguns alunos perceberam em suas simulações, que o circuito que alimenta as lâmpadas e eletrodomésticos das residências, é protegido por um disjuntor com corrente de proteção pouco superior à soma de todas as correntes exigidas por cada elemento. Ocorrendo a apropriação de conceitos científicos com procedimentos analíticos e não com experiências concretas, a aprendizagem dos conceitos científicos adquiridos via mediação cultural, que se deu na e pela interação com professor e colegas outro exemplo foi discutido e compreendido: quando um circuito alimenta o chuveiro elétrico, deverá ter um disjuntor separado e, em geral, de corrente de proteção superior ao circuito das lâmpadas e eletrodomésticos, pois o chuveiro elétrico funciona com uma corrente elétrica mais intensa. Figura 21: Slide 06 50 Segundo VYGOTSKY (1997) ―Cabe ao professor, ao longo do processo em discussão, aglutinar todas as questões que apareceram e sistematizá-las de forma a garantir a apropriação dos conceitos apresentados‖, isso garante ao professor o domínio, que vai, sim, ensinar os seus alunos, mas estes poderão aprender com colegas mais experientes ou que tiverem vivências diferenciadas. Seguindo este raciocínio foi desenvolvida uma questão slide 06, sistematizada pelo professor, direcionando os alunos a interagir e expor suas idéias adquiridas na sua cultura e, usando como subsídios reflexões e hipóteses fornecidas pela página virtual. É feita de maneira a equilibrar a corrente elétrica distribuída aos eletrodomésticos e lâmpadas, considerando fatores como consumo de energia elétrica e proteção da fiação. A rede elétrica de nossas residências apresenta uma combinação de conexões e possibilidades que podem ser divididas, basicamente, em circuitos paralelos e circuitos série. Para entendermos melhor essa distribuição, veremos os conceitos de associação em paralelo e em série. Definida a questão apresentada, os alunos construíram as idéias relacionando com conceito espontâneo que possibilite a inserção de novos conceitos para adquirir nova significação. Figura 22: Slide 07 51 O slide 07 representa uma configuração de circuito em paralelo alimentando três lâmpadas. Os alunos identificaram conceitos básicos na representação das figuras: à esquerda a figura possui os componentes que a constitui o circuito fisicamente, e a direita, a figura representa o circuito com os símbolos dos seus componentes, utilizados em eletricidade. Com acesso a página virtual os alunos sentiram-se diante de situações que precisavam manipular saberes até então ignorados, houve a necessidade de buscar conceitos já conhecidos em sua cultura (neste caso o interruptor, que é uma chave que pode ser fechada ou aberta, em função da necessidade de lâmpadas acesas ou apagadas) para a re-elaboração de ideias que os desafiavam na resolução de certas atividades e simulações. Reunidos na sala de aula com diferentes realidades e, no conjunto de tantas ideias, os alunos acabaram por construir significados com a interpretação de características e simbologias de circuitos elétricas para resolver determinadas atividades. A compreensão de que a bateria é uma força eletromotriz ou fonte de tensão elétrica (medida em Volt [V]), as lâmpadas em potência (medida em Watt [W]), e tensão de trabalho em (V), a intensidade da corrente elétrica (medida em Ampère [A]). Coisas que na individualidade de cada aluno tinha diversos sentidos. Valorizando os conceitos construídos pelos alunos, o professor pôde intervir auxiliando na concepção da ideia de um circuito de corrente elétrica encontrando os pontos de derivação, como observado no slide 07. O circuito elétrico é dito paralelo, pois se pensarmos nos conjuntos chave e lâmpada, tais conjuntos estão conectados, ao mesmo tempo, à mesma fonte de força eletromotriz. Houve a observação que, nesta configuração, as chaves podem ser acionadas individualmente. Assim, uma chave não interfere na ação de outra chave. O resultado é a possibilidade de acionarmos as lâmpadas individualmente. Explorando ainda a imagem do slide 07, o professor induziu os alunos a perceber signos11 existentes na figura do slide e utilizados na página virtual. Estes signos representados em cada uma das lâmpadas do circuito, possuindo uma ―resistência elétrica” diferente quando submetidas às mesmas condições de alimentação. Se considerarmos as características de fabricação, observado em uma 11 Signos são elementos que lembram ou simbolizam algo e, portanto, podem ser usados para significar alguma coisa que foi criada culturalmente, ou que a experiência lhe impõe, uma intuição. São também conhecidos como instrumentos simbólicos. 52 lâmpada o fabricante imprime as no corpo dessa lâmpada as informações de tensão e potência elétricas. O fabricante está afirmando que, quando conectada a uma rede de 127 V, sua potência será de 100W, por exemplo. Para entender melhor na forma conceitual foram revisadas as expressões de potencial elétrico12 e lei de Ohm13, apresentadas no slide 08 definida por substituição as expressões que garantem a compreensão e a resolução dos resistores na equação. Assim, para a lâmpada 1 usaremos que sua potência será de 100W por exemplo, conectada a uma fonte de tensão de 127V; a lâmpada 2, 60W e a lâmpada 3, 40W, respectivamente. Figura 23: Slide 08 As expressões P=R.I2 e P=V2/R são possíveis variações da expressão P=V.I, clássica na determinação da potência elétrica. Em nosso caso, a expressão [V] será muito útil, se isolarmos a variável R (resistência elétrica) na equação. O mesmo procedimento nos informa a resistência das lâmpadas 2 e 3, assim: 12 É a medida associada ao nível de energia potencial de um ponto de um campo elétrico. Ao tomarmos uma carga de prova q e a coloquemos em um ponto P de um campo elétrico. Ela adquire uma energia associada ao quanto pré-disposta ela está a entrar em movimento a partir unicamente do campo que está interagindo com ela. 13 A voltagem aplicada nos terminais de um condutor é proporcional à corrente elétrica que o percorre. 53 Figura 24: resolução da atividade Valeu lembrar, também, que as lâmpadas não possuem resistências elétricas constantes e, neste caso, estamos representando os valores de resistência correspondentes às características de alimentação específicas (127V). Foi importante, neste momento, recordarmos os conceitos das Leis de Ohm, em que alguns materiais possuem resistência invariável e outros, resistência variável. Na figura 24, R1, R2 e R3 representam componentes denominados em Física de resistores. Sua principal característica é obedecer a primeira lei de Ohm, isto é, manter o valor da resistência elétrica constante, independente às variações de tensão e corrente a que possam ser submetidos. Houve a intervenção dos alunos que conheciam os componentes de resistores utilizados como limitadores de corrente elétrica, em eletrônica. Com essa ideia surgiu interesse em voltar à página virtual para reconhecer os variados tipos e modelos de resistores existentes, como também buscar informações nas eletrônicas locais, para que possamos entender melhor como são utilizados os equipamentos que possuem resistores que usamos no nosso dia a dia. Leis de Kirchhoff Os circuitos elétricos podem ser analisados acompanhando como a corrente e tensão, encontram-se distribuídos em seus elementos. Isso pode ser sintetizado em duas formas de ligação entre seus elementos: o circuito em série, onde os seus componentes estejam sujeitos a mesma intensidade de corrente elétrica; e o circuito em paralelo, em que seus componentes estão sujeitos a mesma diferença de potencial. Assim, os circuitos podem ser estudados sob o ponto de vista de duas leis fundamentais, chamadas leis de Kirchhoff. Tais leis decorrem diretamente dos princípios da conservação da carga e da força elétrica em um circuito. Estabelecem relações importantes entre as grandezas tensão e corrente elétricas nos diversos 54 elementos presentes nos circuitos elétricos, e servem de base para o equacionamento dos mesmos. Figura 25: Slide 09 No momento da apresentação do slide 09, houve a interação dos alunos com questionamentos e debates espontâneos na sala de aula para definição da Lei Kirchhoff, favorecendo as negociações e possibilitando que o professor pudesse intervir nas negociações que juntamente com os colegas alguns significados interpretados de maneira diferente fossem construídos e apropriados. Segundo Schoeder, (p.314, 2007). ―os processos de formação e desenvolvimento dos conceitos espontâneos e dos conceitos científicos são diferentes entre si; portanto, diferem quanto à sua relação com a experiência da criança e suas atitudes com 55 relação aos objetos, logo os seus desenvolvimentos possuem caminhos diferentes‖. Figura 26: Circuito elétrico hhttp://ensinoadistancia. pro.br/EaD/ Eletromagnetismo Foi necessário desenhar alguns circuitos elétricos (figura 26) identificando o sentido de percurso dos elétrons em cada malha, caracterizando os pontos limitados para visualizar a formação de seus componentes, como também entender que cada nó é o ponto de encontro de três ou mais ramos do circuito, tendo cada ramo um ou mais componentes elétricos. A Lei de Kirchhoff estava disponível na página virtual apresentada em vídeo, figura 27, que serviu como um suporte (dicas), aos alunos em função das dificuldades apresentadas na interpretação dos circuitos que eles mesmos construíam. . Figura 27: página virtual/vídeo lei de kirchhoff 56 Na interpretação dos circuitos se criou uma analogia das malhas formadas em algumas residências em que os alunos conheciam o sistema de distribuição elétrica de suas casas. Observando a entrada da corrente elétrica e o ponto de divisão formando nó. Para visualizar melhor estes circuitos os alunos usaram as simulações que estavam inseridas na página virtual criando variadas formas de circuitos elétricos e interpretando a Lei de Kirchhoff . Utilizando os circuitos que os colegas montaram na página virtual, os alunos perceberam que em um determinado nó a intensidade do fluxo dos elétrons diminuía, quando a corrente elétrica estava fluindo na mesma direção de um ramo que se subdividia em outros ramos que continham as lâmpadas acesas, e ocorria o contrário no momento que dois ou mais ramos se encontravam em um nó intensificando o fluxo dos elétrons neste circuito. Na modelagem virtual surgiram elementos com valores algébricos afirmando que a soma de todas as correntes pertencente a um nó é nula, ou seja, foi visualizada na troca de ideia entre professor e colegas a Lei de Kirchhoff reproduzida na imagem 28. Figura 28: diferente intensidade de corrente elétrica Os estudantes foram conduzidos pelo professor para a participação de uma nova forma de pensamento, os auxiliando a relacionarem as simulações virtuais 57 criadas na sala de informática como mostra a figura 28, com a representação de forma simbólica esboçada na figura 26. Esta relação tornou possível a demonstração algébrica da equação da Lei de Kirchhoff das Correntes (LKC). Nó 1 → it = i1 + ia Nó 2 → ia = i2 + i3 Nó 3 → i2 + i3 = ia Nó 4 → i1 + ia = it Intensidade total (iT) iT= i1 + i2 + i3 (1) (LKC) i1 = i2 = i3 = 𝑉𝑅1 (2) (1aLei de Ohm) 𝑅1 𝑉𝑅2 (3) (1ª Lei de Ohm) 𝑅2 𝑉𝑅3 (4) (1ª Lei de Ohm) 𝑅3 Substituindo 2, 3 e 4 em 1 temos: iT = 𝑉𝑅𝐼 𝑅1 𝑉𝑅2 + 𝑅2 𝑉𝑅3 + 𝑅3 mas, 𝑉𝑅1 + 𝑉𝑅2 + 𝑉𝑅3 = 𝑈 Usando o U em evidência 1 𝑖𝑇 = 𝑈. (𝑅1 + 𝑖𝑇 𝑈 𝑈 𝑖𝑇 1 = (𝑅1 + = 1 𝑅2 1 𝑅2 + + 1 𝑅3 1 𝑅3 ) então: ) o recíproco dos dois lados da igualdade fica: 1 1 1 1 + + 𝑅1 𝑅2 𝑅3 Pensando um pouco em conjunto se a razão U/it corresponde à expressão, o que essa expressão representa 𝑈 1 = 1 1 1 𝑖𝑇 + + 𝑅1 𝑅2 𝑅3 Novamente, foi associado à primeira lei de ohm. Assim, a expressão ―o inverso da soma dos inversos das resistências‖ em paralelo corresponde à resistência equivalente do circuito paralelo. 𝑅𝑒𝑞= 1 1 1 1 + + 𝑅1 𝑅2 𝑅3 ou 1 𝑅𝑒𝑞 = 1 𝑅1 + 1 𝑅2 + 1 𝑅3 Sugerido pelo professor fazer algumas resoluções relativas ao circuito paralelo da figura 24. Analisando atentamente a solução das equações e discutindo com seus colegas os resultados obtidos. Segundo Vygotsky ―o ato real e complexo 58 do pensamento que não pode ser ensinado por meio do treinamento, só podendo ser realizado quando o próprio desenvolvimento mental da criança já tiver atingido o nível necessário.‖ (2005, p.104). a) Lembrando que R1= 161,29 Ω ; R2 = 268,82 Ω e R3 = 403,23 Ω, a resistência equivalente do nosso circuito série será; 𝑅𝑒𝑞= 1 1 1 1 + + 161 ,29 268 ,82 403 ,23 𝑅𝑒𝑞= 80,65 Ω b) Agora podemos calcular a intensidade da corrente elétrica (i) que circula pela fonte de tensão do circuito, usando a primeira lei de Ohm: i = U/Req i = 127/80,65 i = 1,58 A c) A corrente elétrica em cada resistor, pela primeira lei de Ohm: i1= VR1/R1= 127/161,2 i1 = 0,7874 A ou 787,4 mA i2= VR2/R2= 127/268,82 i2 = 0,4724 A ou 472,4 mA i3= VR3/R3 = 127/403,23 i3= 0,315 A ou 315 mA Refletindo a respeito dos resultados obtidos como mostra a figura 29 os alunos concordaram que lei de Kirchhoff estava presente nas simulações virtuais e nas atividades realizadas na sala de aula. 59 Figura 29: exercícios resolvidos pelos alunos CIRCUITO EM SÉRIE Os conceitos dos circuitos de associação em série, os alunos identificaram de uma forma autônoma, sem a intervenção do professor. Os estudantes trocavam idéias entre os colegas e perceberam que o circuito fechado possui um caminho para a corrente elétrica, sem ―desvio‖ ou ramificações. 60 Figura 30: Slide 10 Na sala de informática os estudantes construíram circuitos elétricos com associações em série. Utilizando a modelagem virtual se tornou um desafio descobrir porque reduzia a intensidade da luminosidade das lâmpadas dependendo do circuito que formavam: quando aumentavam a quantidade de lâmpadas no circuito, menor era a intensidade; se formavam circuitos com menor número de baterias e lâmpadas a intensidade da luz nas lâmpadas era maior, como mostra a figura 31. 61 Figura 31: circuito em série Lei de Kirchhoff para as Tensões Aproveitando as discussões que ocorriam na sala de aula foi analisado um circuito pelo qual denominado na forma de malha, e que a somando algebricamente suas tensões o resultado era nula. As tensões na malha fechada tiveram origem em elementos geradores ou receptores, os quais converteram energia de outro tipo em energia elétrica e energia elétrica em outro tipo, respectivamente. O modelo algébrico representativo das diferenças de potenciais nos componentes de uma malha fechada considera geradores tensão como ―elevações de tensão‖ e, para os resistores, quedas de tensão. Sob este aspecto, a lei de Kirchhoff para as tensões pode ser enunciada como a soma das elevações de tensão igual a soma das quedas de tensão, em uma malha fechada. Partindo desse princípio, no nosso modelo de circuito série temos a fonte de tensão de 127V como elemento de elevação de tensão e os resistores como elementos de queda de tensão. Para fins de referência, denominamos VR1, VR2 e VR3 as quedas de tensão, e U como a elevação de tensão. Assim: 62 Figura 32 - Circuito Série (corrente elétrica representada no sentido convencional) 𝐔 = 𝐕𝐑𝟏 + 𝐕𝐑𝟐 + 𝐕𝐑𝟑 Lei de Kirchhoff das Tensões (LKT) Verificando as simulações e medindo as intensidades os alunos verificaram a principal característica do circuito série é o fato de que a intensidade de corrente elétrica é a mesma para todos os componentes do circuito. Induzido pelo professor equacionou-se a tensão da seguinte forma: U = VR1 + VR2 + VR3 (1) LKT VR1 = i . R1 (2) 1º LEI DE OHM VR2 = i . R2 (3) 1º LEI DE OHM VR3 = i . R3 (4) 1º LEI DE OHM Substituindo (2), (3) e (4), em (1) obtivemos: U = i .R1 + i .R2 + i.R3 Usando i em evidência: U = i.(R1 + R2 + R3) Então: U = (R1 + R2 + R3) I A equação P=𝑉 𝑉 = 𝑅 𝑉2 𝑅 é muito importante para entendermos que a razão U/i corresponde à soma dos valores das resistências dos resistores R1, R2 e R3. _ Vamos pensar um pouco??? Se a razão U/i corresponde à soma de R1+R2+R3, o que essa razão representa??? Alguns alunos lembraram-se da primeira lei de Ohm, o raciocínio está correto. A razão U/i, interpretada na perspectiva da primeira lei de Ohm, representa 63 a resistência que todo o circuito série impõe à circulação de corrente elétrica, ―impulsionada‖ pelo valor da força eletromotriz U da fonte de tensão. Esse valor é denominado em Física de resistência equivalente (Req) de uma associação de resistores em série. Assim: 𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 Em que: Req =resistor equivalente Rn= resistores Com estas conclusões resolvemos algumas contas relativas aos exemplos levantados na sala de aula refletindo a respeito e obtendo resultados, foi comparado ao enunciado da lei de Kirchhoff para as tensões. 64 Figura 33: exercícios resolvidos pelos alunos a) Considere as resistências dos resistores são: R1= 100 Ω ; R2 = 150 Ω e R3 = 1020Ω, a resistência equivalente do nosso circuito série será; Req = 100 Ω + 150 Ω + 1020 Ω b) Agora podemos calcular a intensidade da corrente elétrica que circula pelo circuito todo, usando a primeira lei de Ohm... i = U/Req i = 127/1270 i = 0,1 A ou, em notação científica, i = 1,0 .10-1A, ou ainda, em notação de engenharia... i = 100 mA (mili amperes) 65 c) Sabendo o valor da intensidade de corrente elétrica em cada resistor, podemos saber a intensidade da potência elétrica em cada um, pela relação P = i 2.R, bem como o valor da queda de tensão, pela primeira lei de Ohm: PR1 = i2.R1= (1,0 .10-1)2.100 VR1= i.R1= 1,0 .10-1. 100 PR1 = 1 W VR1 = 10 V PR2 = i2.R2= (1,0 .10-1)2. 150 VR2= i.R2= 1,0 .10-1. 150 PR2 = 1,5 W VR2 = 15 V PR3 = i2.R2= (1,0 .10-1)2. 1020 VR3= i.R3= 1,0 .10-1. 1020 PR3 = 10,2 W VR3 = 102 V Retomando conceitos já conhecidos dos circuitos em série e paralelo os alunos foram instigados a novas indagações um pouco mais profundamente, houve a reflexão a respeito de suas características, com os seguintes questionamentos: a) No circuito série, a mais alta dissipação de potência ocorre no resistor de resistência mais alta ou mais baixa? E no circuito paralelo? b) No circuito série, a resistência equivalente do circuito será sempre mais alta ou mais baixa do que o maior valor de resistência associado? c) No circuito paralelo, a resistência equivalente do circuito será sempre mais alta ou mais baixa do que o menor valor de resistência associado? Com os circuitos estudados até aqui, os alunos perceberam que o medidor de energia elétrica indica a quantidade de energia utilizada por todos os eletrodomésticos da residência, durante certo período de tempo. O medidor de energia elétrica está conectado em série com todo o resto da rede de conexões de nossa casa. Para as garrafas de água causar alguma diferença, elas teriam que interferir no processo de medição dessa energia ou no consumo propriamente dito. A fim de continuar com a investigação, precisa-se entender quantos eletrodomésticos estão conectados ao circuito elétrico de nossas casas, qual o 66 consumo de cada um e por quanto tempo cada um deles está ligado durante um período de 30 dias. O objetivo desta atividade é entender como os eletrodomésticos influenciam no valor mensal da conta de energia elétrica em sua residência. É o medidor de energia elétrica que registra a quantidade de energia elétrica consumida por você e sua família. Esse consumo, expresso em quilowatts-hora (kWh), é calculado dentro de um período determinado que, para efeito de cobrança, normalmente é de 30(trinta) dias. Portanto, os alunos se sentiram instigados para investigar procurando na conta de energia o valor unitário do kiloWatt – hora, expresso kWh. O professor sintetizou para recorrer se necessário, ao seguinte procedimento: - Procure o consumo em kiloWatt´s – hora (kWh) utilizados no mês e divida pelo valor em reais pago neste mesmo mês. Assim, obterás como resultado o valor individual do kiloWatt – hora cobrado. Este valor deve ser igual ao encontrado na conta. - Formar uma lista de todos os eletrodomésticos que existem em suas residências, preenchendo uma tabela. - Com base nos dados anotados pelos alunos, iremos juntos refletir e discutir a respeito de como a energia utilizada em suas casas é composta. Qual ou quais eletrodomésticos são mais significativos, ao longo do tempo, no “consumo” total de energia durante o mês. - E agora? Já conhecendo um pouco a respeito dos circuitos elétricos e como se processa a medição do consumo em nossas casas. Com base nessa fundamentação, podemos refletir a respeito da questão inicial desse texto? As garrafas de água terão influência sobre o consumo mensal de energia elétrica? Esta conclusão somente chegaremos nas próximas aulas… 67 6 APLICAÇÕES E RESULSTADOS OBTIDOS a. Testagem I As atividades foram aplicadas em três etapas diferentes contendo questões objetivas, descritivas, com interpretações de gráficos, cálculos matemáticos e interpretação do fenômeno físico com o conteúdo de Associação de Resistores Elétricos. Utilizando a metodologia quantitativa somente para registrar os resultados obtidos das atividades, e para visualizar em gráficos o nível de compreensão e conhecimento dos alunos no conteúdo de resistores Elétricos em cada etapa apresentada. A primeira atividade serviu como subsídio para a sondagem e verificação do nível de conhecimento dos vinte e três alunos do terceiro ano ―A‖, obtendo em número de acertos o seguinte resultado: TESTAGEM I 25 A L U N O S 20 15 10 5 2 3 0 1 0 2 0 0 0 0 3 0 4 0 5 2 1 2 1 0 0 6 0 7 0 8 0 9 1 0 Números de alunos que acertaram a questão 0 QUESTÕES Gráfico 03: Resultado das primeiras atividades O resultado do gráfico 03 nos apresenta o nível de conhecimento dos alunos com o conteúdo de eletricidade. Na maior parte dos alunos não conseguiram responder a avaliação, enquanto um número reduzido de alunos acertou algumas respostas sem ter conhecimento prévio, estavam respondendo de forma aleatória deduzindo a resposta que mais lhe era conveniente. 68 b. Testagem II Apresentado o ambiente virtual com fins educacionais, a segunda avaliação apresentou resultados mais promissores para o processo da aprendizagem. Com acesso a hipermídia (profisicael.wikispaces.com) se tornou possível o desenvolvimento da aprendizagem. Com este acesso o aluno explorou os conceitos que permitiu a construção ativa do conhecimento científico, predispondo a descoberta de ideias, com leituras, simulações e interações, desenvolvendo uma nova visão com a participação e acesso constante da página virtual tendo como base de apoio uma metodologia instigante e desafiadora, causando um determinado desconforto aos alunos em seus conceitos pré-formados do conteúdo de eletricidade enfocando corrente elétrica e associação de resistores. Estes conceitos geraram conflitos e interação entre aluno – computador e aluno – aluno, sem que ocorresse a intervenção do professor. Interações entre alunos no momento do acesso a página virtual: A seguir a falas dos alunos - Será que realmente funciona colocando os litros de água na caixa do relógio (caixa do medidor da energia elétrica)? - Vou colocar o litro de água na caixa para ver se funciona. - Colocar um imã anti-rotação do relógio diminui o custo da conta de energia. - Vamos tentar fazer os cálculos da simulação. - Mesmo que eu não sei nada vou tentar responder as simulações pra ver se descubro como se faz. - Vamos tentar juntos encontrar a resposta. - Professora porque a nossa resposta não dá certa? -Olha como o resistor dificulta a passagem dos elétrons. - Podemos inverter as cargas. - Consegui montar um circuito, mas a lâmpada não acendeu. O que deu errado? - O meu circuito pegou fogo. - Consegui ascender a lâmpada do circuito. (aluno X que trabalha em uma auto-elétrica). - Como você conseguiu montar certo o circuito? 69 - Usei lâmpada ligada a fios e bateria. Quanto mais baterias usar maior será o brilho da lâmpada (aluno X). - Se quiser usar mais lâmpadas a luz ficara mais fraca. - Dá para usar outras coisas, como o interruptor e resistor. Podemos medir a intensidade da correte elétrica e a voltagem também. - Eu quero saber por que o meu circuito não está funcionado!? - Primeiro tem que entender como tudo funciona. - Vamos montar estes circuitos. Vou usar uma bateria pra formar a associação em série e associação em paralelo. - Vou usar um reostato de um rádio pra ver se funcionada, pra mim aumentar e diminuir a intensidade da luz. TESTAGEM II 25 A L U N O S 20 15 12 11 10 8 6 3 5 0 3 0 3 Números de alunos que acertaram a questão 0 0 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 QUESTÕES Gráfico 04: Resultado da segunda atividade O gráfico 04 nos mostra que houve um maior número de acertos das questões principalmente as objetivas. Segundo MORTIMER (1995), o resultado dessa atividade contribuiu para fortalecer uma visão construtivista do processo de aprendizagem, em que apresentaram papel importante o envolvimento ativo do aprendiz na construção do conhecimento e as ideias prévias dos estudantes. As questões descritivas que exigiam maior concentração e interpretação na sua resolução percebeu-se na avaliação a falta de clareza no conteúdo para direcionar o aluno na construção de um pensamento científico e eficaz. 70 O objetivo central dessa atividade foi promover a mudança das concepções dos alunos de um conjunto de conceitos já existentes para outro mais elaborado. Foi fundamental promover os alunos a uma situação em que a compreensão evidenciada por eles gerasse conflito de ideias, permitindo a construção de novas ideias e o abandono das antigas. Percebeu-se a necessidade das aulas de Física (sala de aula), para a interação do conhecimento elaborado pelo aluno com o conteúdo científico apresentado e discutido em sala de aula entre colegas e o professor. Algumas observações importantes foram apontadas pelos alunos no dia da aplicação do segundo questionário: Leitura intensa das questões (que não ocorreu no primeiro questionário); Maior interesse; Alguns alunos não se lembravam das fórmulas e do procedimento da resolução dos exercícios; Curiosidade nas respostas corretas; A necessidade de aprender o conteúdo para a resolução das questões; Curiosidade de forma instigadora sobre o conteúdo; Discussões entre os alunos sobre o conteúdo, observando os alunos com maior interação com a página virtual; A percepção de alguns alunos que precisavam buscar mais conhecimentos. A necessidade dos alunos em interagir com maior intensidade para construir seu conhecimento científico e debater no mesmo nível de conhecimento com os colegas. 71 c. Testagem IIl Com a interação dos alunos e a manifestação da re-elaboração das concepções mentais do conteúdo de eletricidade, observou-se que os objetivos da aprendizagem estavam sendo alcançados nas discussões e intervenções do professor juntamente com o livro didático. O docente contribuiu para a estabilidade mental, para a formação do conceito científico durante evolução conceitual do aluno. Esse saber contribuiu também para que o professor estivesse mais ciente de como pode intervir para desequilibrar as estruturas cognitivas dos estudantes e favorecer seu reequilíbrio em um nível melhor. Para que pudéssemos verificar a evolução do pensamento foi necessária a aplicação de uma terceira testagem (avaliação). TESTAGEM III 25 A L U N O S 20 22 23 23 23 22 20 22 19 15 15 12 10 Número de alunos que acertaram a questão 5 0 0 10 20 3 040506 07 08 09 10 QUESTÕES Gráfico 05: Resultado da terceira atividade O gráfico 05 apresenta o resultado das atividades após ser desenvolvido o conteúdo na sala de aula. Podemos perceber o aumento significativo de acertos nas respostas dos alunos, especialmente por se tratar de algo que é novo, uma forma diferente de ensinar, mudando a rotina de sala de aula dos estudantes, mas que ao menos tempo lhes é familiar, por se tratar de um recurso contemporâneo e muito utilizado pelos jovens atualmente. O aumento da motivação dos alunos demonstrou resultados significativos, considerando uma turma mista, em que os alunos 72 apresentavam níveis diferentes de aprendizagem, havendo melhoramento nas habilidades de expressão, raciocínio e participação dos estudantes. 6.1 Auto-avaliação Com o término das avaliações houve a necessidade da auto-avaliação dos alunos no processo da aprendizagem, direcionando as questões que obteve os seguintes resultados: Questionário teste com questões avaliativa da aula 1. Você acessou a página virtual Profísicael… ( 23 ) sim ( 0 ) não 2. Achou fácil de manipular a página? ( 21 ) sim ( 2 ) não 3. Leu, assistiu e interagiu com o contexto encontrado na página? ( 23 ) sim ( 0 ) não 4. Achou interessante? ( 22 ) sim ( 1 ) não 5. Você relacionou os conteúdos da sala de aula com o que encontrou na na página virtual Profísicael? ( 23 ) sim ( 0 ) não 6. A página virtual te auxiliou para uma melhor compreensão do conteúdo na sala de aula? ( 23 ) sim ( 0 ) não 7. De que forma a página te auxiliou? Questiono mais e participo com perguntas e respostas. Tendo no site experiências estimulando a prática; Os conceitos são ótimos, bom para entender, tem bases, tem ótimo conteúdo; Na sala de aula temos aula teórica, e no site temos acesso a experiências e práticas; Para mim auxiliou sobre a corrente elétrica; Esclarecimento do conteúdo e melhor aprendizagem; Compreendi um pouco, só que não li muito; 73 Que os resistores podem te dar várias formas; Foi uma base de entendimento, entendi um pouco, algumas coisas não ficaram claras para mim; As imagens me ajudaram a compreender; Facilitou com o entendimento com as figuras que deram noção do conteúdo; Entender melhor; Havia exemplos, simulações que me ajudaram a entender melhor; Ajudando entender mais os conteúdos de Física e nos trabalhos; O que eu não entendia muito bem me esclareceu melhor; No conhecimento da potencia elétrica; Lá está mais resumido o conteúdo e tem vídeos que me auxiliaram para melhor entender o conteúdo. 8. O que mais você gostou? Dos vídeos, que são mais interessantes, facilita o entendimento; Eu gostei das experiências feitas com espelhos planos; Achei interessantes os desenhos e a leitura; Das ilusões dos espelhos planos e das leis; Das simulações; Das experiências e vídeos; Das figuras; Das imagens; Algumas simulações que ficaram claras para mim; Dos espelhos; Dos vídeos explicam bem, as leis também, experiências etc.; Das simulações virtuais; Da formação dos circuitos elétricos. 9. Quais as dificuldades que você encontrou? Nenhuma estava bem claro; No início como acessar os vídeos; Poucas coisas, algumas não entendi bem e outras entendi um pouco; Em entender o conteúdo; Entender as experiências; 74 Entender imagens e palavras; Entender certas palavras; Nenhuma dificuldade; Um pouco na hora de acessá-lo; Tirando a parte que não sou muito bom na frente do computador, foi bom; No começo até que comecei a entender o conteúdo; Houve clareza, o que li entendi porque li várias vezes; Não me lembro de nada em especial. 10. Relate a tua opinião sobre a hipermídia. É um site informativo e criativo, facilita muito o entendimento, pois os conteúdos estão mais resumidos o que é mais importante, e seria uma boa se os outros professores das outras disciplinas fizessem o mesmo; É um site bom com várias informações que despertou curiosidade em mim de buscar mais; É que agora eu consigo entender; É um conteúdo muito interessante, e no site tem muitas coisas para se ler e ver; O site ficou muito bem elaborado, ficou bom, pois ajudou muito no conteúdo de Física e também nos trabalhos; Eu gostei muito e achei muito legal e todos os professores deveriam fazer trabalhos assim; Interessante, acredito que ajuda muito no entendimento do conteúdo, porque nem sempre o que vemos em sala de aula fica claro para estudar para as provas; É muito bom, com bastante conteúdo, onde dá para entender melhor do que só com explicações na sala de aula; Muito bom, mas deveria ser mais explicativo; O site é bom, mas não é meu jeito que eu gosto de estudar, prefiro os livros na sala de aula; Não faz o meu tipo de estudo, mas o site é bom; 75 Bem desenvolvido, fácil de entender se ler, experiências também ajudam a entender muito mais; O site é bom porque com ele nós buscamos entender melhor o conteúdo; É ótimo meio de pesquisa, para entender melhor o mundo da Física; Bem desenvolvido, com bastante conteúdo, fácil de entender, a gente lê e a professora explicando se encaixa, é melhor para se entender; Perante as observações dos resultados fornecidos pelos alunos do terceiro ano ―A‖, todos eles acessaram página virtual (profisicael.wikispaces.com). Apenas dois alunos tiveram dificuldades em manipular e interagir com a página. Somente um aluno não achou interessante a página virtual (não gostava das tecnologias utilizadas), mas mesmo assim, leu, interagiu e simulou as atividades apresentadas. Todos os alunos concordaram que a página virtual auxiliou no seu processo de aprendizagem, e, que os conteúdos foram relacionados com a sala de aula, auxiliando na interação entre os alunos e professor para a construção do conhecimento em Resistores Elétricos. Com base das questões descritivas, acima citadas, as questões de número 7 até a questão 10, os alunos apresentaram respostas positivas e animadoras na utilização desta metodologia pedagógica apresentada. 76 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Hoje em um mundo globalizado onde novas tecnologias surgem a todo o momento, é necessário adaptar-se aos diferentes tipos de aprendizagem tanto como professor ou como aluno. A ação pedagógica desenvolvida teve como habilidade ampliar e enriquecer a prática educativa, procurando assim elevar o nível de conhecimento de nossos alunos e, atingindo os objetivos propostos na realização deste trabalho. A presente dissertação apresentou estratégias de ensino usando a tecnologia como aliada para desenvolver no aluno percepções e habilidades por meios de intercâmbios de ideias e discussões, considerando as dificuldades que a escola pública apresenta em seus aspectos social, econômico e político. Percebeuse que os alunos desenvolveram o espírito de cooperação entre colegas estabelecendo uma conexão entre sua realidade com o mundo contemporânea e os conceitos físicos apresentados na sala de aula. Acreditando nas atividades virtuais desenvolvidas, possibilitou-se uma nova visão da disciplina (aluno e professor), criando condições para que os alunos aprendessem o conteúdo de Física sem regras, textos e exercícios prontos e acabados. Foram desenvolvidas as aulas de forma participativa, aprimorando conceitos para um nível mais elaborado que gradualmente foram surgindo através das investigações e discussões que ocorria na sala de aula, sustentados pela página virtual com recursos visuais, interativos e instigantes. Os resultados obtidos tiveram uma perspectiva mais inovadora, o reconhecimento de que o uso das tecnologias tem um sentido transformador nas práticas pedagógicas, ou seja, que as TICs não foram usadas para simplesmente reforçar as formas de trabalho anteriores. É necessário aproveitar pedagogicamente tal oportunidade, fazendo-a reverter positivamente a favor das aprendizagens dos alunos. Isto não significa apenas integrar os computadores em atividades curriculares específicas, mas inclui também procurar criar ambientes de aprendizagem estimulantes, abertos, que apelem à autonomia e responsabilidade dos alunos e ao assumir um papel ativo, por parte dos mesmos nas suas aprendizagens e nas aprendizagens dos colegas. 77 Os resultados obtidos nos gráficos 3, 4 e 5 observa-se explicitamente a evolução na construção do conhecimento científico dos alunos, em que cada etapa apresentaram níveis diferentes dos conceitos envolvidos e melhor assimilados e compreendidos. Houve a percepção de que a prática pedagógica além de enriquecer as aulas ministradas pelo professor desenvolveu crescimento profissional, em uma disciplina muitas vezes vista como difícil e distante da realidade dos profissionais da educação. Os recursos utilizados auxiliaram para formar indivíduos autônomos, e as tecnologias utilizadas foram instrumentos que conduziram os alunos a esse ideal. O fator decisivo foi perceber a importância de conhecer o conteúdo antes de discuti-lo em sala de aula, onde às atividades mentais são construídas pelo aluno não apenas repassadas pelo professor, percebendo que às aprendizagens foram compartilhadas, onde os alunos perguntavam, discutiram, ajudavam-se mutuamente, cresceram e não apenas receberam informações, sendo desenvolvida nos alunos a percepção e a responsabilidade de ser o agente de sua aprendizagem, permitindo a interatividade, autonomia no processo construtivo. 78 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Maria Elizabeth. Informática e Formação de Professores. Série de estudos – Educação a Distância. Brasília: MEC. V.1 e 2, 2000. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 8.ed. São Paulo: Atlas, 2007. ARAUJO, Ives Solano; VEIT, Eliane Angela. Uma revisão da literatura sobre estudos relativos a tecnologias computacionais no ensino de Física. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v.4, n.3, p.5-18, 2004. PRASS, Alberto Ricardo. TEORIAS DE APRENDIZAGEM. Denominam-se "Teorias da Aprendizagem", aos diversos modelos que visam explicar o explicar o processo de aprendizagem pelos indivíduos. ScriniaLibris.com, p. 1821, 2012. ______. Avanços e retrocessos dos alunos no campo conceitual da termodinâmica. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciências, v.7, n.1, p. 23-46, 2008. DCEs – Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Física. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. p.50. 2008. ______. Física no Computador: o Computador como Ferramenta no Ensino e na Aprendizagem das Ciências Físicas –. Revista Brasileira de Ensino de Física, v.25, n.3, p.259 a 272, 2003. FALKEMBACH, Gilse Antoninha Morgental. Concepção e desenvolvimento de material educativo digital. Novas Tecnologias na Educação, CINTED, UFRGS, v.3, n.1, 2005. FIOLHAIS, Carlos; TRINDADE, Jorge.Física no Computador: o Computador como uma Ferramenta no Ensino e na Aprendizagem das Ciências Físicas. Revista Brasileira de Ensino de Física. Vol. 25, setembro,2003 GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1995. GRINGS, Edi Terezinha de Oliveira; CABALLERO, Concesa; MOREIRA, Marco Antonio. Possíveis indicadores de invariantes operatórios apresentado por estudantes em conceitos da termodinâmica. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 28, n.4, p.463-471, 2006. HALLIDAY, David & RESNICK, Robert. Experiments in Modern Physics, Melissinos, A. C. 4º ed. V. 3. 1996. MENEZES, Luís Carlos de. Vale a Pena Ser Físico?. 2ed. São Paulo: moderna, 2005. 79 MARTINS, João Carlos. Vygotsky e o Papel das Interações Sociais na Sala de Aula:Reconhecer e Desvendar o Mundo. Série Idéias n. 28. São Paulo: FDE, p. 111-122, 1997. OLIVEIRA, Marta K. de. Vygotsky. aprendizado e desenvolvimento, um processo histórico. São Paulo: Scipione, 1993. ROCHA, José Fernando. (org.): Origens e Evolução das Idéias da Física. Salvador: EDUFBA, 2002. REZENDE, Flávia. Formação de Professores de Física no Ambiente Virtual. Física Escola, v. 5, n. 2, p.15, 2004. SANTOS, Luiz Pereira; MORTIMER, Eduardo Fkeury: Uma Analise de Pressupostos Teóricos da Abordagem C-T-S no Contexto da educação Brasileira. ENSAIO-Pesquisa em Ciências. Vol.02E. Dezembro 2002. VALENTE, José Armando. O uso inteligente do computador na educação. NIED – UNICAMP. 1993, p.02. VYGOTSKY, Lev Semionovich. A Formação Social da Mente. Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores. Organizadores Michel cole et al. 7º Ed.São Paulo,2010. VYGOTSKY, Lev Semionovich. Imaginação e a Criação na Infância. Ensaio Psicológico: livro para profesores; apresentação e comentarios Ana Luiza Smolka; tradução Zoia Prestes. São Paulo: Ática, 2009. VYGOTSKY, Lev Semionovich. Pensamento e Linguagem. Psicologia e Pedagogia. São Paulo,3ºed. Martins Fontes, 1991. WIKISPACE. Disponível: www.wikispaces.com/help-portuguese. Janeiro 2011. ZÉDUCANDO.Witricity.Disponível://joserosafilho.wordpress.com/2008/04/28/witricit y/ (VILLATORE, HIGA. 2009 p.106). 80 APÊNDICE A – Tutorial Wikispaces TUTORIAL PÁGINA WIKIS PACES 81 COMO CRIAR UMA WIKISPACE O wikispaces É um servidor de escrita colaborativa on-line, com acesso livre. Para você utilizar este ambiente você deve acessar a página principal: www.wikispaces.com/ Wikispaces Pode ser criada para abordar os mais diferentes temas: Em sala de aula pode ser um bom recurso, para construir uma página colaborativa sobre os assuntos abordados. Na sala de aula Um wikispace para uma turma é um lugar para que os estudantes postem o seu trabalho de modo a que os professores e os colegas possam corrigir ou melhorar e discutir. Espaços Um wikispace é um espaço onde pode criar páginas sobre um tema em particular. Cada espaço pode ter várias páginas, arquivos e imagens. Para criar uma Wikispace você deve fazer o seguinte: 1º – Entre no site www.wikispaces.com Você pode optar que tipo de página queR construir: Educação, negócios ou passeio; (caso educação escolha se és aluno ou professor) como mostra na figura 01. Figura 01: página inicial 2º registrar-se na página Preencha os campos que são pedidos: 82 1. Pick a username - (nome de usuário) 2. Set your passord- (senha) 3. Enter your email address - (e-mail) 4. Space name (opcional) – (nome/endereço da wiki) 3º – como registrar Clique em ―Join‖ como mostra a figura 02 Observações Importantes: -Caso já exista algum usuário com o nome digitado, aparecerá uma mensagem em inglês: ― We already have a member with username‖ , ―Já existe um membro cadastrado com esse nome de usuário‖ e pode sugerir que se escreva o nome e usuário e um número ex: cristiane1. -No nome de usuário não pode haver, pontos, espaços ou underline. - A senha deve ter seis caracteres. Nesta tela preencha novamente os campos solicitados. Figura 02: registro na página wikispaces 4º Acessar a sua página No botão New Wiki (minha página) abrirá uma tela você deverá informar o nome de sua página (wiki Name) e o tipo de wiki (wiki Type) em nosso caso na educação (Higher Education). Além de preencher os campos já informados, figura 03, você deve confirmar (create). 83 Figura 03: acessando sua página 5º - página inicial da Wiki. A próxima tela figura 04 será a sua página home, esta tela é página inicial da sua wiki, a partir dela você poderá criar suas wikis e incluir os wikis de amigos e familiares: Figura 04: primeira página 6º Pedindo ajuda 84 Na tela ao lado direito você pode pedir ajuda (help) quando for necessário como mostra a figura 05. Pronto! você já criou seu wiki, esta será a página inicial (home) a do seu wiki, a partir dela você poderá inserir links, imagens,vídeos. Agora é só editar a primeira página do seu wiki. Figura 05: obtendo ajuda 7º editando uma página ou espaço wiki - Para editar uma página ou espaço devemos seguir os seguintes passos: Clicar no botão ―edit this page‖, na borda superior da página como mostra a figura 06: Figura 06: editando a página 85 Apague a frase em inglês e comece a escrever o que quiser. Agora a página funciona com um editor de texto simples mostrada na figura 07. 8º Barra de ferramentas (TollBar) Esta é a barra de ferramenta que será explicada a seguir: Você pode formatar as letras com negrito , itálico e sublinhado - Os tamanhos dos textos são definidos como normal, heading1, heading2 e heading3, como mostra a figura ao lado -Para Inserir enumeração de itens: - Para Inserir marcadores: -Para Inserir barra horizontal (separador) Figura 07: editor de texto Clique em salvar para não perder seus textos editados, sempre que se editar uma página, para que a mesma seja atualizada é necessário clicar em ―SAVE‖ na tecla salvar conforme a figura 08. 86 Figura 08: salvando a página editada 9º Adicionar uma imagem à sua página Adicionando uma página ou arquivos. Clique em "+" para adicionar uma nova página ou arquivo. Siga as instruções da figura 09 e 10. Figura 09: adicionando uma página 87 Figura 10: carregando arquivos 10º O arquivo carregado Seu arquivo foi enviado, agora vamos colocá-lo em uma página. Feche a janela clicando no "X" no canto superior direito. Figura 11: arquivo carregado 11º Como Inserir Imagens e Arquivos Para editar a página (edit this page) -Clicar no ícone na barra de ferramentas. Uma pequena tela é aberta para que se defina a página destino do link. 88 -Clicar no botão ―procurar‖ e localizar o arquivo ou imagem no computador. -Clicar em ―Link text‖; Após, digite o nome da página ou arquivo irá aparecer. É só dar clique sobre adicionar link. O arquivo esta aparecerá na página como link. Se for uma imagem, ainda abrirá uma nova tela de propriedades da imagem, onde poderá escolher a posição da imagem e se a mesma será um link. Figura 12: inserir link 12º Como Inserir Imagens e Arquivos Enquanto edita a página (edit this page) figura 13 -Clicar no ícone na barra de ferramentas. -Clicar no botão ―procurar‖ e localizar o arquivo ou imagem no computador; -Clicar em ―Upload File‖; Após, o arquivo ou imagem irá aparecer como figura na tela. É só dar duplo clique sobre o arquivo ou imagem e esta aparecerá na página. Se for uma imagem, ainda abrirá uma nova tela de propriedades da imagem, onde poderá escolher a posição da imagem e se a mesma será um link. 89 Figura 13: inserir figuras 13º Como Inserir Vídeos - Enquanto edita a página (edit this page) -Clicar no ícone ―Embed Media‖ ( Inserir mídias) ferramentas; Aparecerá a seguinte tela: Wikispaces Video Calendar Spreadsheet Document Polls RSS Feed Chat and IM Slideshow Map Bookmark Poster Social Other HTML , na barra de 90 Figura 14: opção de vídeo No caso de optar pelo vídeo aparecerão os locais que você pode procurar como mostra na figura 14, Copiar e colar o código HTML do Vídeo ou podcast no espaço disponível. - Clicar em salvar. 14º Como Inserir Tabela: Enquanto edita a página (edit this page) - Clicar no ícone ―Insert Table‖. Definir o número de linhas (rows) e colunas (columms). -Clicar em ―insert table‖ como mostra a figura 15. Figura 15: criando tabela 91 16º Gerenciamento da Página: Para gerenciar uma página no Wikispace você primeiramente deve clicar no link . No gerenciamento do espaço você encontra: – o criador da wiki e quando foi criado (Created) – os organizadores (organizers), membros (members) e a licença (license) que foi escolhida no momento em que foi criado o espaço. Figura 16: gerenciar a página *Nota: a licença pode ser alterada a qualquer momento pelo criador do espaço. Em seguida, encontram-se os índices do espaço, onde temos a lista de páginas (list pages), lista de arquivos (List and upload files), estatísticas de mensagens postadas no espaço (Usage Statistics) , importação de blog (Import a Blog Entry) - aceita-se apenas blogger ou type pad, e por último podemos fazer um backup (Backup Space) de nosso espaço tanto para Windows / Unix ou exportar o espaço como HTML (Export Spaces as HTML).Em Space Settings, encontram-se os ajustes do espaço, aqui você encontra os links nome, descrição e licença, aparência e efeitos (Look and Feel), membros e permissões (Members and Permissions) e subscrição. Mais abaixo, temos formas de você expandir e divulgar a sua wiki, convidando pessoas (Invite People) a participar das wikis. 17º Manipulando Efeitos e Aparência (Look and Feel) 92 Em ―Manage wiki‖, clique em Look and Feel Figura 17: alterando o wiki - Clique em ―Change or make a new theme‖, para alterar o tema, as cores e o Logo da sua wiki. 18º Temas Temas permitem você trocar a aparência geral de seu wikispace de acordo com suas necessidades. Você pode escolher 4 temas predefinidos ou construir e aplicar no seu próprio wikispace. Figura 18: tema e cores 93 OBS: O Custom Theme é pago, e o ―Make new Theme‖ é grátis, porém é necessário um conhecimento em HTML e CSS. -Cores: Quando estiver usando um tema predefinido, você pode também escolher cores para o fundo do espaço, menus, destaques, textos e links. Estas cores aplicam-se para a área que envolve os índices principais da página. Você pode optar por colocar o código da cor em HTML ou acessar o link ―pick color‖. 19º Abas O wikispaces oferece as seguintes abas: -home (página inicial da wiki) -Edit this page (Editar esta página) -Page (Esta página) -Discussion (Fórum) -History (História) -Notify me (Notifique-me) -Discussion (Fórum): Cada página possui uma aba de fórum. Você pode criar um fórum diferente em cada página da sua wiki. -History (História): Mostra a história da wiki, as modificações realizadas, os autores das modificações, as datas e horários das modificações. -Notify me (Notifique-me): Notifica aos organizadores da wiki, por e-mail sobre modificações, contribuições em fóruns, etc. 94 95 APÊNDICE B – Testagem 01 Colégio Estadual Santo Antão – Ens. Fund. e Médio Av. Rio Grande do Sul, S/N CEP: 85.745-000 Fone/Fax: (46) 3557-1188 Autorização de Funcionamento do Estab. Res. 20 de 23/03/82 Reconhecimento do Ensino Médio pela Resolução 2338/00 de 27/07/2000 [email protected] Bela Vista da Caroba Paraná TESTE DE CONHECIMENTO ―ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES‖ SÉRIE 3º .............................DATA......./........../2011.ACERTOS.................... NOME...........................................................................................................Nº........... 1. Três resistores idênticos são colocados de tal modo que dois estão em série entre si e ao mesmo tempo em paralelo com o terceiro resistor. Dado que a resistência efetiva é de 2 Ω, quanto vale a resistência de cada um destes resistores Ohms (Ω)? A) 100 Ω B) 30 Ω C) 1 Ω D) 10 Ω E) 3 Ω 2. Dois resistores são submetidos a um potencial de 12 V. Quando eles estão em série, a corrente medida é de 1,33 A = 4/3 A. Quando eles estão em paralelo, a corrente medida é de 5,4 A. Os valores das resistências são: A)4 Ω e 5 Ω B) 4 Ω e 2 Ω C) 7 Ω e 2 Ω D) 5 Ω e 1 Ω E) 4,5 Ω e 4,5 Ω 3. Em Santa Catarina, as residências recebem energia elétrica da distribuidora Centrais Elétricas de Santa Catarina S. A. (CELESC), com tensão de 220 V, geralmente por meio de dois fios que vêm da rede 96 externa. Isso significa que as tomadas elétricas, nas residências, têm uma diferença de potencial de 220 V. Considere que as lâmpadas e os eletrodomésticos comportam-se como resistências. Pode-se afirmar que, em uma residência, a associação de resistências e a corrente elétrica são, respectivamente: A) B) C) D) E) em série; igual em todas as resistências. em série; dependente do valor de cada resistência. mista (em paralelo e em série); dependente do valor de cada resistência. em paralelo; independente do valor de cada resistência. em paralelo; dependente do valor de cada resistência. 4. Calcule a resistência do circuito formado por 10 resistores de 10 kΩ, colocados todos em paralelo entre si, e em série com 2 resistores de 2 kΩ, colocados em série. A) 1 kΩ B) 2 kΩ C) 5 kΩ D) 7 kΩ E) 9 kΩ 5. Duas resistências R1 = 1Ω e R2 = 2Ω estão ligadas em série a uma bateria de 12 V. Calcule: a) a resistência equivalente; b) a corrente total do circuito. 6. Determine a resistência equivalente da associação acima. 7. Na associação representada acima, a resistência do resistor equivalente vale 28Ω. Calcule o valor da resistência desconhecida. 8. Um fogão elétrico contém duas resistências iguais de 50Ω. Determine a resistência equivalente da associação quando essas resistências forem associadas em série. 9. Associam-se em série dois resistores, sendo R1=10Ω e R2=15Ω. A ddp entre os extremos da associação é de 100V. Determine: a) a resistência equivalente da associação; b) a corrente que atravessa os resistores; c) a ddp em cada resistor. 97 10. Considere a associação em série de resistores esquematizada acima. Determine: a) a resistência equivalente da associação; b) a corrente elétrica i; c) a ddp medida por cada um dos multímetros. V 11. A intensidade da corrente que atravessa os resistores da figura acima vale 0,5 A. Calcule: a) a resistência equivalente; b) a ddp em cada resistor; c) a ddp total. 12. Quais os critérios você usou para responder as questões? 13. Respondeu o que sabia ou não respondeu as questões? 14. Tem certeza das respostas das questões respondidas? Por quê? 15. As questões respondidas: ( ) você sabia a resposta ( ) você deduziu que esta seria a resposta certa ou ( ) você marcou qualquer resposta. Justifique: _________________________________RESPOSTAS____________________________________ 98 Figura apêndice B: testagem resolvida pelos alunos. 99 Figura apêndice B: testagem resolvida pelos alunos. 100 APÊNDICE C – Testagem 02 101 Colégio Estadual Santo Antão – Ens. Fund. e Médio Av. Rio Grande do Sul, S/N CEP: 85.745-000 Fone/Fax: (46) 3557-1188 Autorização de Funcionamento do Estab. Res. 20 de 23/03/82 Reconhecimento do Ensino Médio pela Resolução 2338/00 de 27/07/2000 [email protected] Bela Vista da Caroba Paraná TESTE DE CONHECIMENTO 2 ―ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES‖ SÉRIE 3º.................DATA......./........../2011.ACERTOS.................... NOME...........................................................................................................Nº................... 1. Três resistores idênticos são colocados de tal modo que dois estão em paralelo entre si e ao mesmo tempo em série com o terceiro resistor. Dado que a resistência efetiva é de 3 Ω, quanto vale a resistência de cada um destes resistores Ohms (Ω)? A) 1/2 Ω B) 30 Ω C) 1 Ω D) 3/4 Ω E) 3 Ω a. b. c. d. e. 3. 2. Dispõe-se de três resistores de resistência 300 ohms cada um. Para se obter uma resistência de 450ohms, utilizando-se os três resistores, como devemos associálos? Dois em paralelo, ligados em série com o terceiro. Os três em paralelo. Dois em série, ligados em paralelo com o terceiro. Os três em série. n.d.a Uma diferença de potencial de 12V é aplicada num conjunto de três resistores associados em paralelo com valores, em ohms, iguais a 2,0, 3,0 e 6,0. A corrente elétrica, em ampères, no resistor maior, será: a) 2,0 b) 4,0 c) 6,0 d) 8,0 e) 12 4. Calcule a resistência do circuito formado por 10 resistores de 10 kΩ, colocados todos em série entre si, e em paralelo com 2 resistores de 2 kΩ, colocados em paralelo. A)10 1 kΩ B) 20 kΩ C) 50 kΩ D) 102 kΩ E) 9 kΩ 5. Pretende-se determinar a resistência de uma lâmpada, cuja tensão nominal é de 120 volts, com um circuito no qual se pode medir simultaneamente a tensão aplicada à lâmpada e a intensidade de corrente da mesma. Foram feitas duas medições: primeiro a 120 volts e depois a 40 volts. Calculou-se a resistência da lâmpada aplicando-se a lei de Ohm e obteve-se resistência sensivelmente maior para 120 volts. Pode-se afirmar que: a) houve erro nas medidas, pois os resultados deveriam ser iguais; b) houve um curto-circuito no filamento da lâmpada, diminuindo a resistência na 2ª medida; c) a diferença decorre da desigualdade de temperaturas do filamento nas duas tensões; d) o processo não serve para medir resistência; e) n.d.a. 6. Na associação representada acima, a resistência do resistor equivalente vale 20Ω. Calcule o valor da resistência desconhecida. . 102 7. Um fogão elétrico contém duas resistências iguais de 50Ω. Determine a resistência equivalente da associação quando essas resistências forem associadas em paralelo. 8. Associam-se dois resistores, sendo R1=10Ω e R2=15Ω. A ddp entre os extremos da associação é de 100V. Determine: a) a resistência equivalente da associação em série; b) a resistência equivalente da associação em paralelo; c) a corrente que atravessa os resistores; d) a ddp em cada resistor. 9. Defina com suas palavras: a) corrente elétrica; b) circuito elétrico; c) associação de resistores em série e d) associação de resistores em paralelo. 10. A intensidade da corrente que atravessa os resistores da figura acima vale 1,0 A. Calcule: a) a resistência equivalente; b) a ddp em cada resistor; c) a ddp total V _________________________________RESPOSTAS______________________________ 103 Figura apêndice B: testagem resolvida pelos alunos. 104 APÊNDICE D – Testagem 03 105 Colégio Estadual Santo Antão – Ens. Fund. e Médio Av. Rio Grande do Sul, S/N CEP: 85.745-000 Fone/Fax: (46) 3557 -1188 Autorização de Funcionamento do Estab. Res. 20 de 23/03/82 Re conhe cime nto do En sin o Médio pe la Resolução 2338/00 de 27/07/2000 [email protected] Bela Vista da Caroba Paraná TESTE DE CONHECIMENTO 3 ―ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES‖ SÉRIE 3º.....................................DATA......./........../2011.ACERTOS.................... NOME...........................................................................................................Nº................... 1. No circuito apresentado na figura abaixo, considerando que a potência dissipada não poderá ser nula, qual das chaves deve ser fechada permitindo a passagem de corrente elétrica pelo circuito, tal que a potência dissipada pelas resistências seja a menor possível? a) b) c) d) e) 2. a) chave 2 chave 3 chaves 1 e 2 chaves 1 e 3 chaves 1, 2 e 3 Três resistores idênticos de R = 30Ω estão ligados em paralelo com uma bateria de 12 V. Podese afirmar que a resistência equivalente do circuito é de: Req = 10Ω, e a corrente é 1,2 A b) c) Req = 20Ω, e a corrente é 0,6 A. Req = 30Ω, e a corrente é 0,4 A d) e) Req = 40Ω, e a corrente é 0,3 A. Req = 60Ω, e a corrente é 0,2 A. 3. Um estudante de Física mede com um amperímetro a intensidade da corrente elétrica que passa por um resistor e, usando um voltímetro, mede a tensão elétrica entre as extremidades do resistor, obtendo o gráfico abaixo. Pode-se dizer que a resistência do resistor vale: a) 1Ω b) 10Ω c) 100Ω d) 0,1Ω e) 0,01Ω 4. Aplica-se uma d.d.p. nos terminais de um resistor e mede-se a intensidade de corrente que o atravessa.Determine: a) o resistor é ôhmico? Justifique a sua resposta. b) a resistência elétrica do resistor; b) a ddp nos terminais do resistor quando percorrido por corrente de intensidade 1,6 A . 5. Responda: a) Sabendo que a intensidade da corrente elétrica que passa por um resistor de resistência 4 Ω é de 8 A., calcule a tensão entre os terminais desse resistor b) Uma serpentina de aquecimento, ligada a uma linha de 110 v, consome 5 A . Determinar a resistência dessa serpentina. c) Uma tensão de 12 volts aplicada a uma resistência de 3,0 Ω produzirá uma corrente de: a) 36 A b) 24 A c) 4,0 A d) 0,25 A 106 d) 6. 7. Um resistor de 10 Ω no qual flui uma corrente elétrica de 3,0 ampéres está associado em paralelo com outro resistor. Sendo a corrente elétrica total, na associação, igual a 4,5 ampéres, o valor do segundo resistor, em ohms, é a) 5,0 b) 10 c) 20 d) 30 e) 60 O valor de cada resistor, no circuito representado no esquema a seguir, é 10 ohms. Determine a resistência equivalente entre os terminais A e B, em ohms. a) 10 b) 15 c) 30 d) 40 e) 90 Determine a resistência equivalente entre os pontos A e B do circuito da figura. Sendo dado: R = 2Ω 1 R = R = 4Ω = R 2 3 R = 12Ω 4 R = 1Ω 5 8. A corrente elétrica i, em função da diferença de potencial U aplicada aos terminais de dois resistores, R1 e R2, está representada na figura. Calcule R1 e R2. ( QT) R1 9. Dado o circuito elétrico, determine a resistência equivalente entre os pontos A e B. A tensão total é a diferença das tensões de cada resistor e a corrente é a mesma? Quais são os resistores equivalentes? 10. Um técnico em eletrônica necessita de um resistor com resistência de valor não disponível no seu laboratório. Então, utilizando alguns componentes existentes, ele monta uma associação de resistores conforme mostra a figura abaixo. Considerando que a diferença de potencial entre os pontos A e B seja igual a 120 V, determine: a) A resistência equivalente entre os pontos A e B; b) as correntes que passar em cada resistor; c) a corrente elétrica total (i) 107 Figura apêndice c: testagem resolvida pelos alunos. 108 Figura apêndice c: testagem resolvida pelos alunos 109 APÊNDICE E – Imagens de experimentos virtuais e de bancadas 110 Imagem 01: alunos na sala de informática acessando a página virtual Imagem 02: alunos na sala de informática acessando a página virtual 111 Imagem 03: alunos na sala de informática acessando a página virtual – A história da eletricidade. Imagem 04: alunos na sala de informática acessando a página virtual – curiosidade do mundo contemporâneo. 112 Imagem 05: alunos na sala de informática acessando a página virtual – Associação de resistores elétricos. Imagem 06: alunos na sala de informática usando simulações construindo circuitos elétricos. 113 Imagem 07: alunos na sala de informática usando simulações construindo circuitos elétricos e interagindo com os colegas com discussões e ideias diferentes. Imagem 08: alunos construindo circuitos elétricos de bancada usando materiais alternativos para demonstrar os circuitos virtuais. 114 Imagem 09: alunos construindo circuitos elétricos de bancada usando materiais alternativos para demonstrar os circuitos virtuais com interrupção de circuito.