UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Esco la de Eng enh a ria de Lo ren a – EEL Física Experimental I Movimento Retilíneo Uniforme Turma EI2A Data de Entrega: 24/09/2007 Alunos: José Francisco Ferreira Junior – 05I002 Douglas Turque da Silveira – 07E045 Professora: Renata 1. Título Movimento Retilíneo Uniforme – M.R.U. 2. Objetivo 1. Reconhecer um M.R.U.; 2. Construir o gráfico da variação de posição do móvel em função do tempo transcorrido (x versus Δt); 3. Determinar a velocidade média de um móvel; 4. Fornecer a equação horária de um móvel (em M.R.U.) a partir de suas observações e medições. 3. Introdução Cinemática é o estudo dos movimentos sem a preocupação com as suas causas. Está dividida em: movimento retilíneo uniforme, movimento retilíneo uniformemente variado, movimento de queda livre e movimento circular uniforme. Como não nos preocupamos com as causas do movimento, não há forças externas, a gravidade é constante, assim como a aceleração. Ao estudar Cinemática procuramos estudar quatro coisas: 1. 2. 3. 4. Deslocamento de uma partícula; Tempo levado para ocorrer um deslocamento; Velocidade média ou instantânea de uma partícula; Aceleração de uma partícula. Quando um corpo se desloca com velocidade constante, ao longo de uma linha reta, dizemos que ele realizou um movimento retilíneo uniforme, e a palavra uniforme indica que o valor da velocidade permanece constante. Também é necessário definirmos dois termos que perecem iguais, mas não são, deslocamento e distância percorrida. Deslocamento é a posição final subtraída da posição inicial, ou seja, numa viagem de São José a Lorena, e de Lorena a São José, o deslocamento é igual a zero, pois andou-se 100Km para ir até Lorena, e 100Km para voltar a São José. Sendo assim: 100 100 0 Distância percorrida é quanto o corpo andou. No exemplo anterior, 100Km para a viagem de ida mais 100Km para a viagem de volta, ou seja: 100 100 200 A velocidade média é calculada dividindo-se a distância percorrida pelo tempo gasto para percorrê-la: v s t 2 A função horária do movimento uniforme nos fornece a posição do móvel em um instante t 0 , desde que se conheça a posição inicial e sua velocidade. Fazendo-se s s s0 e rearranjando, temos a expressão: s s0 vt Onde: s: espaço percorrido; s0: posição inicial; v: velocidade; t: tempo 4. Desenvolvimento 4.1. Metodologia Utilizando o colchão de ar linear de Hentschel, seguiu-se os seguintes passos: Manteve-se ligados apenas os sensores da posição x0 e x4, e o cronômetro registrou o tempo necessário para percorrer esse trecho, de 0,4m. Foram tomadas duas medidas de tempo e usou-se a média entre elas; Colocou-se o móvel na posição inicial e, após todos os sensores serem ligados, repetiu-se o item anterior. Os tempos para se percorrer cada trecho de 0,1m foram anotados e colocados em uma tabela; Com os dados dos itens anteriores, determinou-se a equação horária do movimento. 4.2. Cálculos e Gráfico Tempos para o percurso total: Medidas Tempo (s) Espaço percorrido (m) 1 2,232 0,4 2 2,215 0,4 Média 2,224 0,4 3 Tempos para cada trecho do percurso Medidas 1º intervalo 2º intervalo 3º intervalo 4º intervalo t1-t0 t2-t1 t3-t2 t4-t3 1 0,449 0,525 0,523 0,523 2 0,507 0,566 0,568 0,565 3 s1-s0 0,464 s2-s1 0,527 s3-s2 0,526 s4-s3 0,524 4 0,505 0,528 0,527 0,526 5 0,551 0,555 0,557 0,557 Média 0,4952 0,5402 0,5402 0,539 Velocidade média em cada intervalo (m/s) 1º intervalo 2º intervalo 3º intervalo 4º intervalo 0,2019 0,1851 0,1851 0,1855 Posição do móvel (m) Tempo (s) s0 0 t0 0 s1 0,1 t1 0,4952 s2 0,2 t2 1,0354 s3 0,3 t3 1,5756 s4 0,4 t4 2,1146 A velocidade média deste móvel é: vm 0,4 0,1892 m s 2,1146 A velocidade média teórica é de 0,201m . Calculando o erro relativo, obtemos: s 4 Erel (%) Vm exp Vmt *100 Vmt 0,1892 0,201 0,201 *100 5,87% Com os dados anteriores é possível construir um gráfico de posição versus tempo e escrever a função horária deste movimento: s t v v s s s0 s s0 t s s0 vt s 0,1892t (função horária do movimento) Pelo método dos mínimos quadrados temos: x A x n 2 2 1 0,3 0,1 5 i i B xi Gi C Gi R x G i i n G 1,57512 5,2208 0,53096 5 2 2 i n 8,27132472 27,25675264 2,819974192 5 B2 0,53096 2 0,999860099 AC 0,1* 2,819974192 Coeficiente de correlação Dessa forma, o gráfico é: Velocidade y = 0,531x - 0,5487 R2 = 0,9997 2,5 2,1146 2 1,5756 Tempo 1,5 1,0354 1 0,5 0,4952 0 0 0,1 0,2 0,3 0,4 -0,5 Distância 5 A função horária do movimento, s 0,531t 0,5487 , é a função determinada pelo método dos mínimos quadrados, e R 2 0,9997 é o coeficiente de correlação. Foi possível concluir que erros acumulados, e os de arredondamento, influenciam muito no resultado final, e na determinação da função horária, uma vez que os valores da tabela, inseridos na função encontrada, não são coerentes com o que se esperava encontrar. Isso pode ter ocorrido por vários fatores, como o atrito com o ar e os tempos obtidos pelo cronômetro. Pelo valor encontrado no coeficiente de correlação, o experimento pode ser considerado muito bom. 5. Conclusão Concluiu-se que o Movimento Retilíneo Uniforme, como a definição diz, é realizado em linha reta, com velocidade constante. Sendo assim, nenhuma força externa atua nele, e não há aceleração. Pelo fato do móvel partir do repouso, diferenças de leitura, com conseqüente variação na função horária, ocorreram, mas os conceitos foram fixados, uma vez que, se o colchão de ar linear de Hentschel fosse mais longo, a tendência seria do valor da velocidade experimental se aproximar muito do valor teórico, pois não haveria mais a interferência do movimento inicial, ou seja, partir do repouso (velocidade inicial igual a zero). Provavelmente não houve espaço suficiente para a estabilização da velocidade que, como dito anteriormente, tem que ser constante. 6