Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Geociências Laboratório de Geografia Aplicada PROPOSTA DE PROJETO Proponente: Laboratório de Geografia Aplicada Temática a ser desenvolvida: Características geográficas do ambiente paisagístico no sentido leste oeste do Estado da Paraíba: o contexto sociedade natureza no transecto _ litoral _ interior O problema em destaque: Qual a realidade geográfica referente às matrizes ambientais que dão suporte à relação entre à sociedade e a natureza no transecto litoral _ interior do território paraibano? Metas geográficas que devem ser alcançadas Inventário e Diagnóstico geográfico - Leitura e interpretação da paisagem enquanto categoria geográfica; - Definição dos Indicadores sócio-ambientais que compõem o sistema paisagístico; - Descrição dos indicadores da paisagem partir de: - modelos numéricos do terreno, do clima, do escoamento superficial e sub-superficial e da vegetação; - modelos cartográficos e iconográficos, em formato digital; - simulação do comportamento da paisagem a partir de intervenção; - Observação de legislação e Requisitos regulatórios que determinam o comportamento de qualquer atividade relacionada ao meio ambiente: Constituição Federal e Estadual; Leis Orgânicas Municipais; Leis Complementares, Decretos; Resoluções e Normas (ISO 14001) Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Geociências Laboratório de Geografia Aplicada Produtos a) Real Relatório com análise geográfica da Região Natural; Mapas, cartas e diagramas que representem a paisagem em escala precisa, utilizando softwere CAD e SPRING. b) Modelagem digital Relevo – rugosidade; MNT (Modelagem Numérica do Terreno); distinção entre bacias, sub-bacias e microbacias hidrográficas Clima – caracterização mesoclimática a partir de leitura simultânea dos dados de estações digitais instaladas; Fitogeografia – mapas de distribuição da vegetação a partir das estruturas da população: Faixa Costeira - Zona da Mata; Várzea e Mangue. Barlavento da Borborema – Brejo Peneplano da Borborema – Caatinga c) Divulgação dos resultados Parciais Publicação em órgãos de informação popular; Relatórios técnico-científicos para a Biblioteca setorial; Finais Diagnóstico sócio ambiental para a Biblioteca Setorial (Geografia e Centro de Ciências Agrárias) e Central da UFPB Publicações em revistas especializadas em Geografia e Meio Ambiente e artigos para publicação na revista do Departamento de Geociências Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Geociências Laboratório de Geografia Aplicada REQUISITOS DE FUNDAMENTAÇÃO Pesquisa bibliográfica e documental em formato convencional e digital; Pesquisa e adequação de softwares ao processo de modelização; Adequação do sistema de hardware ao software. RECURSOS Equipamentos Computação: Sistema de Hardware instalado em rede; Topografia: teodolito e bússola, GPS; Hidrografia: molinete, baliza, trena, flutuadores; Fitogeografia: clinômetro, paquímetro; Climatologia: estação digital contendo instrumental como anemômetro, biruta e índices (radiação, insolação, nebulosidade, pluviosidade, temperatura), para coleta de vinte um dados simultâneamente Pessoal Um Coordenador Geral do projeto Cinco sub-coordenadores Setor de Informação em Geografia Aplicada Três analistas/operadores juniors de sistema computacional, avançado (para atuar com CAD; SPRING e ARCVIW e Banco de dados ORACLE); Três pesquisadores em Geografia sistemática; Cinco estagiários em Geografia; Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Geociências Laboratório de Geografia Aplicada ETAPAS O Território paraibano está dividido regionalmente em: - Litoral Cinco REGIÕES - Depressão GEOGRÁFICAS - Borborema - Sertão / Depressão - Sertão / Planaltos e Serras MICRORREGIÕES Meso Regiões - Mata Paraibana QUATRO - Agreste Paraibano OITO – Borborema QUATRO - Sertão Paraibano SETE CRONOGRAMA O Projeto será desenvolvido em 48 meses o referente a quatro translações completas da Terra ao redor do Sol, o que possibilitará angariar maior número de dados climáticos e conseqüentemente mesoclimáticos do lugares em que forem ou estiverem instaladas às estações climáticas digitais1 2 1 Observação já estão instaladas estações digitais em João Pessoa; Campina Grande; São João do Cariri; faltando instalar em mais oitos pontos: 1) Itabaiana; 2) São Sebastião de Cacimbas; 3) Pombal; 4) Cajazeiras, 5) Bonito de Santa Fé, 6) Picuí; 7) São Bento e 8) Patos. Essas estações deverão ser instaladas nas escolas para maior intercâmbio pesquisa / extensão e ensino, procurando favorecer a tranversalidade pertinente à cidadania participativa e responsável pelo viés da instituição ensino. 2 A operação das estações será efetuada por pessoa instruída pelo Projeto tendo como preferência pessoas ligadas ao ensino fundamental e médio do lugar, pois propiciará maior intercâmbio com o ensino local. Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Geociências Laboratório de Geografia Aplicada Atividades 12 12 MESES 12 12 Produto Real Diagnóstico geográfico X Pesquisa bibliográfica Trabalho de campo X Trabalho de gabinete X Trabalho de laboratório computacional X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Produto Virtual Pesquisa bibliográfica Trabalho experimental de campo Simulação computacional em laboratório ORÇAMENTO Equipamentos - Computacionais (hardwere e Softwere) serão utilizados, inicialmente, os dos pesquisadores; Estações climatológicas digitais: os dados serão coletados pela estação do LES e do Centro de Ciências Atmosféricas de Campina Grande; Topográficos e fitogeográficos, serão utilizados o instrumental pessoal dos coordenadores do projeto; Fotográficos também serão utilizados os instrumentos pessoais dos coordenadores do projeto. Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Geociências Laboratório de Geografia Aplicada Veículo e diárias para viagens mensais Será mantido pela Coordenação do projeto, com possíveis convênios que virão a ser feitos com às prefeituras municipais pertinentes ao transecto da pesquisa, resultando em produtos específicos para os municípios. Justificativa Partindo do princípio de que a paisagem objetiva é constituída de conjuntos que estão interligados de forma intersectiva, destacando que as relações entre estes, são de interdepedência efetiva, pois há, nessa intersecção, uma troca sistêmica e permanente de de fluxos de matéria e energia. Uma intervenção no fluxo desse sistema, por acréscimo ou retirada de matéria e/ou de energia, pode acarretar uma nova função que tende a ser um ruído no ritmo do sistema, desorganizando-o de tal forma que o retorno ao estágio antecedente pode ser comprometido a partir dos materiais ou energias instauradas. Pensando a paisagem como a categoria que representa o suporte à existência da atividade sócio-econômica e, neste caso, qualquer uma atividade decorrente dessa relação sociedade/natureza de forma sincrônica e diacrônica poderá alterar harmonia ecodinâmica da paisagem. Sendo a paisagem atual do território paraibano um cenário decorrente de relações sociedade natureza, não se deve negligenciar o equilíbrio dinâmico existente na estrutura dessa paisagem, neste sentido nos valemos da necessidade de observarmos o conceito paisagem como categoria que contém uma estrutura sistêmica e que é o suporte para o desencadeamento das relações da sociedade com a sua própria sobrevida. Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Geociências Laboratório de Geografia Aplicada Lendo a paisagem como sistema aberto A paisagem como categoria torna-se um paradigma de referência, e acaba por assumir uma identidade concreta, pois “Resultando da combinação de elementos diversos que funcionam integradamente, as paisagens são exemplos típicos de fenômenos ao serem analisados pela abordagem sistemática” (Christofoletti, 1990: 14). Esses elementos diversos estão aglutinados em conjuntos que ligados entre si formam uma estrutura e compreendem os três elementos: totalidade, transformação e auto regulagem, conforme aponta Dolfuss (1999, p. 33). A paisagem, cujos conjuntos estão estruturados sistematicamente, mantém sua dinâmica devido ao sistema ser aberto “nas quais ocorrem constantes trocas de energia e matéria, tanto recebendo quanto perdendo” (Christofoletti, idem: 3). A origem da energia e da matéria que mantém o fluxo dinâmico da paisagem, em sua maior parte não são/estão localizados nas proximidades dos fenômenos. As condições iniciais não são passíveis de controle, como é o caso do clima gerador das precipitações, e quando pequenas diferenças se acumulam acabam por explodir em qualquer lugar e em qualquer tempo. O sistema natural “é um conjunto de componentes ligados por fluxos de energia funcionando como uma unidade” (Drew, 1999: 21). A intervenção poderá surgir como um componente de alteração ou de profunda alteração, pois mesmo sendo intencionalmente benéfica, a intensidade dessa intervenção poderá estar inadvertida em relação a que “ todos os sistemas naturais possuem um elo fraco na cadeia de causa e efeito: um ponto que o mínimo de acréscimo de tensão (ímpeto de mudar) traz consigo alterações no conjunto sistema” (Drew, idem: 26). O sistema contém em sua estrutura um elo fraco e as condições iniciais não são passíveis de controle, logo paisagem é um fenômeno decorrente dessas ações e sua dinâmica é resultante da quebra sucessiva desses elos fracos, tornando assim uma característica dos sistemas abertos. Já os sistemas fechados são passíveis de seu total controle assim como a substituição dos componentes de menor resistência. Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Geociências Laboratório de Geografia Aplicada Sendo a paisagem um sistema aberto, qualquer alteração oriunda de uma intervenção deverá ser vista como alteração do próprio ritmo da dinâmica natural, e se esta intervenção for uma fixação protética poderá conter o ritmo natural do sistema, acarretando assim mudanças estruturais nas linhas de forças e de trabalho do sistema. A atividade protética a que nos referimos são as obras instaladas de forma inflexível sobre uma estrutura paisagística não contemplando o equilíbrio dinâmico do próprio sistema natural e sua sensibilidade, por isso a atividade protética é um agente interferente, pois é uma construção artificial e, como tal, atua como elemento transformador da paisagem, a negligência sobre a estrutura da paisagem como suporte ambiental à sobrevidade decorre de que a paisagem é vista apenas como um recurso e por isso que para o observador não atento “qualquer paisagem se apresenta a primeira vista como uma desordem imensa que nos deixa à vontade para escolhermos o sentido que quisermos dar-lhe” (Levy-Strauss, 1970: 50). Dessa afirmativa de Levy-Strauss acreditamos que os agentes de interferência acabam por negligenciar elementos de aparência às vezes insignificante, pois cada um vê a paisagem de acordo com sua própria ótica, alterando assim por completo os arranjos paisagísticos, que agem de forma invisível. A busca de um referencial teórico é para estabelecer um enfoque racional de baixo teor de contaminação afetivo e intelectual, pois a paisagem é a interação e intersecção dos conjuntos inorgânicos, orgânicos e sócioculturais, e baseando-nos no esquema proposto por Strahler (1994: 39), assim temos a paisagem como seqüência das relações de interconjunto: Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Geociências Laboratório de Geografia Aplicada climático climático biótico biótico hidrográfico hídrico topográfico topográfico A decomposição e a classificação da paisagem enquanto conjunto, amplia a percepção da própria estrutura que compõe a paisagem. Tomando então a paisagem enquanto concepção de estrutura, Lalande, citado por Dolfuss (1973: 33), define então que “a estrutura é um conjunto formado de fenômenos de tal forma solidários que cada um deles depende dos demais e não pode ser o que é a não ser em e por sua relação com ele”. É nesta relação entre fenômenos que se dá a articulação de fluxos de matéria e energia, ou seja, um arranjo sistêmico que promove a adequação e acomodação dos fenômenos construindo assim a estética do cenário paisagístico. Nessa concepção de arranjo sistêmico entre fenômenos constituintes do conjunto paisagem, em que a troca de matéria e energia é a tônica da dinâmica da paisagem e o arranjo das relações é sempre em busca da maior organização espacial para o menor gasto de energia, é então neste ritmo, que a concepção conceitual de equilíbrio em sistemas ambientais é assim proposta por Almeida “O equilíbrio de um sistema representa o ajustamento completo das suas variáveis internas às condições externas”. Não há então como não se deduzir dessas concepções que qualquer interferência num dado sistema não acabe por promover uma disritmia, e se esses ruídos interferentes persistirem vão acabar por degradar o ritmo anterior impondo assim um novo ritmo, alterando por completo o arranjo que compunha o cenário. A alteração do cenário passa a ser dependente da “intensidade (...) do esforço ou tensão aplicada ao sistema (...) e do grau de Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Geociências Laboratório de Geografia Aplicada suscetibilidade à mudança (sensibilidade) do próprio sistema”, como refere Drew (1982: 19). Ainda em sua observação sobre a sensibilidade do cenário ambiental, Drew postula que “todos os sistemas naturais possuem um elo fraco na cadeia de causa e efeito: um ponto em que o mínimo de acréscimo de tensão (ímpeto de mudar) traz consigo alterações no conjunto sistema”. Se o acréscimo de tensão for sobre um ponto de elevada vulnerabilidade o esforço acaba por produzir o máximo de resultados e se “O limiar da recuperação foi ultrapassado (...) a recuperação do estado original é muito demorada”, ou então é irreversível. Tendo como referência-teórico conceitual a teoria Ecodinâmica postulada por Jean Tricart cuja base consiste em estabelecer uma relação íntima com a Teoria Geral dos Sistemas e os princípios da termodinâmica, nesse sentido a estrutura da paisagem permite uma situação que consideramos pertinente, para melhor eficácia, quantificar e demonstrar a captura dos elementos contigentes à paisagem, pois conforme Baquero (1973: 07) “A medida é necessária para realizar com rigor científico qualquer tipo de comprovação na ciência experimental”. A quantificação nesse caso corrobora o processo dedutivo a partir das determinações das hipóteses. Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Geociências Laboratório de Geografia Aplicada Planos de ESTUDOS DA PAISAGEM NO TERRITÓRIO PARAIBANO PROGRAMAS – Pós Temática a) Erosão mecânica Cenário Domínios da Bioclimático paisagem - Micro e subSubdeserto bacias paraibano hidrográficas b) Erosão solar c) Estrutura da população vegetal - Planalto da Borborema - Borda de bacias hidrográficas Região C A R I R I Território Municipal São João do Cariri Pesquisador Assist Financ a)Pablo André Mest. Areia Fabiano b)Kallianna Josineide Mest. Areia Nirvana c)Maria Lieze Mest.Areia Raquel d)Conrad Mest. Areia e) Odete Mest. Areia d) Contenção de encostas e) – Ocupação dos Nordestino estuários pela Sub-seco população vegetal MANGUE Estuários Maceiós e Zona da Municípios Mata Costeiros Paraibana IBAMA/APAN Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Geociências Laboratório de Geografia Aplicada PROGRAMAS - Graduação Temática Cenario Dominio da Bioclimático paisagem A) Delimitação Nordeste Urbano Territorial do Campus I Sub-seco da UFPB B) Contenção de erosão Nordeste Urbano em micro bacia urbana Sub-seco Região Território Pesq Municipal da João Pessoa Edson Assist Pablo Zona André Mata Paraibana Zona da João Pessoa Conrad Pablo André Mata Paraibana Financ O próprio O próprio Trabalhos Técnicos Temática Cenario Bioclimático A) Geografia da rede de àgua do Campus I da UFPB B) Geografia da rede de esgoto do Campus I da UFPB C) Fotografia de pequeno formato do Campus I UFPB Nordeste Sub-seco Nordeste Sub-seco Nordeste Sub-seco Dominio Região da paisagem Urbano Zona da Mata Paraibana Urbano Zona da Mata Paraibana Urbano Zona da Mata Paraibana Território Municipal Pesq João Pessoa Pablo Conrad André João Pessoa Pablo Conrad André João Pessoa Pablo Conrad Maria Assist Financ Fabiano Raquel Pref. Univ Lieze Joseane Nirvana Andre Raquel Pref. Univ Pref. Univ Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Geociências Laboratório de Geografia Aplicada CURSOS OFERECIDOS PELO LGA GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA Bacharelado PÓS-GRADUAÇÃO DISCIPLINA TEMAS ESPECIAIS MBA A) Planejamento Regional; 1 - com ênfase em Meio Ambiente ou 2 – com ênfase em Cidade B) Auditoria Ambiental a) Plano Diretor; b) Auditoria Ambiental; c) EIA / RIMA Possíveis clientes que têm interesse em qualificação de seus funcionários: a) b) c) d) e) Bibliografia: Banco do Nordeste; Fundação Banco do Brasil; Caixa Econ. Federal; Federação da Indústria; Assoc. Comercial