T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho INTRODUÇÃO TREINAMENTO E RECICLAGEM : No antigo raciocínio sobre administração de pessoal, as atividades consideradas cotidianas nas empresas eram seleção, treinamento e administração salarial. Hoje esse raciocínio é complementado com a necessidade de proporcionar ao funcionário oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional, além de condições satisfatórias de trabalho em todos os sentidos. As instituições que não investem em desenvolvimento pessoal e profissional do empregado geram inúmeros problemas para o empregado e para a instituição. - Desnível entre as exigências do cargo e seu ocupante - Queda da qualidade das atividades realizadas - Baixa da auto-estima - Insatisfação - Alta rotatividade com conseqüente dificuldade para a realização de treinamentos - Imagem negativa da instituição. Se concluí portanto que, o acidente do trabalho é um péssimo negócio para : 1) O empregado que sofre a lesão, a dor, a inatividade, a redução de seu salário e a interrupção de seu trabalho temporário ou às vezes definitivamente 2) O empregador que vê interrompida sua linha de produção, aumentado seus custos, prejudicado financeiramente pela quebra de máquinas e angustiado com a falha humana pela qual se sente responsável. As palestras e os cursos rápidos são os melhores métodos educacionais da prevenção de acidentes. O contato pessoal, quer individual ou em grupo, é a maneira mais eficiente de disseminar o espírito de segurança entre os componentes de um grupo. TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho LIMPEZA E HIGIENE HOSPITALAR PREFÁCIO ..................................................................... Vivemos uma nova era na Limpeza e Higiene Hospitalar, a era da mudança de valores e da conscientização da real importância desse serviço antes tão esquecido. Paralelamente, outros serviços também ganham espaço crescente, tais como lavanderia, recepção, manutenção, etc. A moderna administração, numa visão globalizada, procura cada vez mais diferenciar sua instituição de saúde das demais. Num momento cercado de crises econômicas, administradores zelosos pela imagem institucional percorrem o caminho difícil da qualidade total e nas etapas vencidas encontram serviços esquecidos e não raramente um deles é a Limpeza. O “Marketing” está presente nas instituições que almejam este diferencial, e quem acompanha a evolução histórica destes serviços, antes poucos lembrados, percebe que esse é o momento de incluí-los nos programas que se destinam à reformulação de sua imagem e, para isso, a Qualidade é fundamental. É importante saber como o “Marketing” pode atuar neste processo de mudança de imagem. Em primeiro lugar, deve-se entender que aspectos antes aceito como o de funcionários da Limpeza analfabetos, chefia sem qualificação, falta de integração do serviço com as demais unidades, enfim, todos os quesitos que levam à crescente desvalorização do serviço e de seus funcionários, hoje não são admitidos em muitas organizações de saúde preocupadas com a qualidade. Antes de desconhecermos a tendência atual, devemos lembrar que hoje, por exigência de nossos próprios clientes, estamos mudando. Ë natural que pacientes, visitantes e até os próprios funcionários exigem e cobrem mais. Reclamações de falta de higiene nas instituições de saúde vêm à tona inclusive na mídia, não só em relação a aspectos médicos e de enfermagem, mas também sobre as condições dos pisos, paredes, equipamentos e aparência dos funcionários. A comparação com outra instituição torna-se inevitável, assim como a conseqüente preferência por outra em condições mais favoráveis. Essa comparação também é feita entre a limpeza realizada e os serviços prestados, como por exemplo : “se não cuidam da limpeza ambiente não cuidam de materiais e equipamentos “. Portanto, o tão falado diferencial está também em todos os aspectos ligados à Limpeza e à Higiene : limpeza dos uniformes, aparência, nível de escolaridade e postura dos auxiliares de limpeza, treinamento e reciclagem, investimento em materiais e equipamentos, chefia qualificada, integração do serviço com Serviço de Controle de Infecção, Educação Continuada, SESMT, CIPA, etc. Caminhamos e evoluímos rapidamente na última década, contando até com a criação de cursos de capacitação profissional em algumas cidades de nosso País, e rumamos TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho enfim para a unificação de vários serviços, dando-lhes uma estrutura compatível com a Hotelaria Hospitalar. Para que não fiquemos no subjetivismo, temos que arregaçar as mangas e analisar nossos serviços para estruturá-los compatibilizando-os com as tendências antes que seja tarde. Como mensagem final peço a todas as chefias de Limpeza que lutem com os recursos disponíveis, o que não é fácil, e relatem suas experiências cada vez mais, estimulando, assim, a todos a superar as dificuldades do dia-a-dia. Silvana Torres. OBJETIVOS E FINALIDADES DO SERVIÇO DE LIMPEZA HOSPITALAR TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho Para traçar os objetivos e as finalidades do serviço, é necessário que se tenha conhecimentos da filosofia da instituição e de sua administração, para evitar futuros conflitos de interesse. A partir do comum acordo entre administração e chefia, pode-se chegar aos reais objetivos, que podem ou não ir de encontro com os itens a seguir : a) Contribuir para a constante melhora da aparência e imagem da instituição. b) Prevenir a deterioração de superfícies, objetos e materiais. c) Promover SEGURANÇA e conforto aos pacientes e aos funcionários por meio do ambiente limpo. d) Contribuir para o programa de qualidade total da instituição. e) Reduzir o número de microorganismos das superfícies. f) Contribuir para redução de custos g) Contribuir para a integração dos diferentes serviços visando ao intercâmbio cientifico e à conseqüente melhora da qualidade do serviço. h) Contribuir para o desenvolvimento de tecnologia própria por meio da pesquisa e do aprimoramento de técnicas. i) Manter intercâmbio com outras instituições. j) Promover intercâmbio com os setores diretamente relacionados com o serviço de limpeza : CCIH, SESMT, comissão de padronização de materiais. k) Participar de eventos ligados ao serviço. 1. IMPORTÂNCIA DO AMBIENTE NA TRANSMISSÃO DE INFECÇÕES Qual a importância do ambiente nas infecções hospitalares ? Qual a concentração mínima aceitável de um microorganismo esporulado para um ambiente hospitalar seguro ? TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho Os microorganismos veiculados pelo ar são depositados em lesões de pacientes de forma direta ou indireta ? Será que estas perguntas serão respondidas com certeza algum dia ? Por enquanto, a única resposta é que não existem estatísticas que sustentem a hipótese de infecções decorrentes de áreas, ar e superfícies. Sabe-se hoje que superfícies limpas e desinfetadas conseguem reduzir em 90 % o número de microorganismos, enquanto as superfícies que foram apenas limpas reduzem 80%, ou seja, diferenças estatisticamente não-significativas , sem contar que após 2 horas as superfícies voltam a se contaminar, retornando à contagem inicial de microorganismos. Apesar das estatísticas, devemos levar em conta as precauções baseadas no modo de transmissão das doenças : pelo ar, por gotículas, por contato e precauções-padrão, pois sabidamente, transmitem-se patógenos nos casos em que as devidas precauções não são tomadas não só pelos profissionais de enfermagem, mas também pelos da limpeza. Embora o verdadeiro papel do ambiente nos mecanismos de transmissão de microorganismos nas áreas hospitalares não seja conhecido, é fato conhecido a transmissão de infecções por rotavírus e Cândida sp. através do meio ambiente, pois o período de sobrevivência do rotavírus ultrapassa 12 dias, e o da Candida, horas no ambiente; com relação ao vírus da AIDS, a literatura aponta como tempo de sobrevivência em superfícies com matéria orgânica ressequida até 3 dias e o vírus da hepatite nas mesmas condições até 1 semana. 1.1 - MEDIDAS UTILIZADAS PARA DIMINUIR A INTERFERÊNCIA DO AMBIENTE NAS INFECÇÕES - EVITAR ATIVIDADES QUE FAVOREÇAM O LEVANTAMENTO E PARTÍCULAS EM SUSPENSÃO, COMO : Uso de vassouras Uso de ventiladores Uso de ar condicionado comum Uso de aspiradores de pó (permitido apenas nas áreas administrativas) TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho Arrumar as camas sem técnica de dobradura de lençóis (caso a limpeza seja responsável por essa atividade) Realização de limpeza a seco Isolar áreas de reformas ou construções 1.3 - OBJETIVOS Evitar formação ou piora de processos alérgicos Evitar surtos de aspergiloses Evitar a disseminação de algumas doenças como, por exemplo, varicela, tuberculose, etc. 1.5 - OBSERVAÇÃO - O ar condicionado indicado é o central com filtros HEPA, com sistemas de ventilação apropriado. 1.6 - EVITAR FONTES DE FUNGOS Retirar vasos com flores e plantas dos quartos e colocá-los nos corredores. Essa recomendação vale principalmente para os casos de unidades críticas e com pacientes imunossuprimidos. Com relação ao ambiente, devem-se utilizar as seguintes precauções : - Limpeza mais freqüente, principalmente dos locais mais próximos ao paciente, com álcool. 1.7 - UTILIZAÇÃO DAS PRECAUÇÕES PADRÃO Sempre que houver contato com sangue ou fluidos corpóreos LEMBRE-SE : pacientes. as precauções-padrão devem ser utilizadas para todos os Em pacientes portadores de diarréias, herpes, impetigo, furúnculos, escabiose e queimados : TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho a) utilizar luvas adequadamente b) Lavar as mãos com anti-sépticos c) Desinfetar áreas ao redor do paciente : cama, criado-mudo, mesa de refeição, suporte de soro, etc. d) Desinfetar áreas utilizadas pelos pacientes contaminados : assento de vasos sanitários, pias, comadres, chão, etc. LEMBRE-SE : a matéria orgânica deve sempre sofrer descontaminação ou desinfecção, independente da área em que estiver localizada : crítica, semicrítica e não-crítica. 3. CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS HOSPITALARES 3.1 - ÁREAS CRÍTICAS - são áreas que oferecem maior risco de transmissão de infecções, ou seja, áreas que realizam um grande número de procedimentos invasivos e/ou que possuem paciente de alto risco com o sistema imunológico comprometido. - Exemplos : 1) Unidade de Terapia Intensiva 2) Unidade de Transplantes 3) Centros Cirúrgico e Obstétricos 4) Unidade de Quimioterapia 5) Berçário de Alto Risco 6) Isolamento 7) Unidade de Diálise 8) Banco de Sangue 9) Laboratório 10) Central de Material 11) Lactário 12) Hematologia 13) Unidade de Emergência 14) Necrotério 3.2 - ÁREAS SEMICRÍTICAS - são áreas onde o risco de transmissão de infecções é menor, pois embora existam pacientes, estes não requerem cuidados de alta complexidade ou isolamento. EXEMPLOS : 1) Unidades de Internação e Ambulatórios. 3.3 - ÁREAS NÃO-CRÍTICAS - são áreas não ocupadas por pacientes. TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho Exemplos : 1) Áreas Administrativas 4. PERFIL DA CHEFIA DO SERVIÇO DE LIMPEZA ............................................................ - Muitos supervisores e encarregados se perguntam quais seriam os pré-requisitos necessários para ocupar o cargo de chefe de limpeza e se poderiam almejar, um dia, ocupar este cargo. Antes de responder à pergunta, temos que colocar quais são os requisitos para a ocupação deste cargo : 1) Exercer liderança perante o grupo 2) Ter postura compatível com o cargo 3) Ser pontual e assíduo 4) conhecer técnicas de limpeza 5) Conhecer produtos, materiais e equipamentos 6) Realizar sempre as tarefas com técnica correta 7) Ser de fácil relacionamento 8) Ter equilíbrio emocional 9) Ter equilíbrio entre o pessoal e o emocional 10) Ser ético 11) ter humildade suficiente para admitir suas falhas 12) Ter capacidade de ouvir e de tomar decisões 13) Ser criativo 14) Ter pensamento estratégico com capacidade de decisão e solução de problemas. Com todos esses requisitos preenchidos, temos não só um bom chefe de limpeza, mas também um líder eficaz. 5. ATRIBUIÇÕES DA CHEFIA DO SERVIÇO ............................................................ Para que ocorra desempenho satisfatório e maior organização no serviço de limpeza, é necessário que as atividades sejam sistematizadas, bem dirigidas e nada seja negligenciado. Para que isso ocorra, o chefe deve estabelecer um roteiro de suas atividades diárias e esforçar-se em cumpri-lo. A seguir, sugestões de atividades que devem ser desenvolvidas em um prazo a ser estabelecido de acordo com as necessidades do serviço : TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho - Elaborar o manual do serviço que deverá conter : uniforme : modelo, cuidados, periodicidade da lavagem equipamentos : técnicas de uso e limpeza, local onde devem ser guardados normas e rotinas planejar e programar atividades diárias, semanais, quinzenais e mensais do serviço Distribuir diariamente as tarefas a serem realizadas Programar, providenciar e controlar os materiais utilizados no serviço. Provisionar, controlar e orientar sobre o uso dos EPI’s Dimensionar recursos humanos necessários para o serviço Dimensionar área física Dimensionar equipamentos Participar direta ou indiretamente do processo seletivo dos futuros membros da equipe Realizar avaliação de desempenho e reciclagem da equipe de limpeza Registrar as atividades realizadas Enviar relatórios administrativos mensalmente à administração contendo : atividades realizadas, promoções, admissões, demissões, sanções, taxa de absenteísmo e de consumo de materiais, sugestões de compra de materiais e equipamentos e áreas que devem ser reparadas, número atualizado de funcionários do serviço, etc. Elaborar escalas mensais de serviço Participar das reuniões da CCIH quando o assunto pertinente for limpeza hospitalar Participar do processo de padronização de produtos químicos Realizar reuniões periódicas com a equipe, a fim de comunicar mudanças de rotinas, ouvir sugestões e críticas construtivas da equipe, promover melhor entrosamento, etc. Realizar reuniões periódicas com as demais chefias envolvidas com o serviço: enfermagem, Lavanderia, SESMT, Comissão de Padronização de Materiais, etc. Controlar o horário de chegada e saída da unidade de trabalho dos membros da equipe Supervisionar o trabalho da equipe nas áreas externa e interna. 6. ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE LIMPEZA ............................................................ As atribuições da equipe devem ser estipuladas e supervisionadas pela chefia do serviço. Relacionamos a seguir as principais atribuições : 1) Apresentar-se pontualmente usando uniformes na unidade em que trabalham 2) Executar os serviços de acordo com as normas estabelecidas pela chefia TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho 3) Utilizar os EPI apenas para a finalidade a que se destinam, responsabilizandose pela guarda e conservação e comunicando à chefia qualquer alteração que os tornem impróprios para uso. Comunicar à chefia : 1) Problemas no serviço que o impeçam de continuar suas atividades 2) Instalações, materiais e equipamentos danificados 3) Falta de materiais 4) Interferências de outros profissionais nas rotinas realizadas 5) Guardar em local adequado e devidamente limpos os materiais e os equipamentos utilizados, comunicando possíveis extravios. 6. HIGIENE E APARÊNCIA PESSOAL Os cuidados básicos de higiene, tão óbvios para muitos, pode não ser tão óbvios para outros. Não é incomum percorrermos organizações de saúde e depararmos com funcionários despenteados, com unhas grandes e esmaltadas e trajando uniformes sujos. Algumas regras básicas pode ser os parâmetros a serem seguidos para uma boa aparência e higiene adequada. a) Banho diário - Os funcionários deverão tomar banho para iniciar seu serviço, bem como, na saída, para evitar levar para sua casa microorganismos em sua pele. b) Unhas curtas, limpas e sem esmalte - O esmalte que não for incolor mascara a sujidade. As unhas compridas servem de depósitos para microorganismos. As cutículas não devem ser removidas, pois podem deixar lesões que funcionam como porta de entrada de microorganismo. c) Cabelos curtos ou presos - Os cabelos refletem a importância que o funcionário dá para sua aparência e higiene pessoal. Cabe à chefia de limpeza supervisionar se os cabelos dos funcionários estão limpos, penteados e presos. Cabelos longos e soltos podem deprender-se e ser encontrados em locais inadequados como pratos de pacientes, roupas de cama, etc. levando à contaminação. d) Uniformes TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho - Os uniformes devem ser limpos, sem manchas e confortáveis. O crachá é obrigatório para a identificação de todos os funcionários da instituição. É importante que o funcionário (a) tenha no mínimo três mudas de roupa. - Deve ser clara para que apareça a sujidade. - Calças compridas e jalecos : devem ser folgados, permitindo, assim, movimentos amplos; de preferência as calças devem ter elástico na cintura e o jaleco ter manga curta, bolsos e estar no comprimento dos quadris. O tecido deve ser apropriado à temperatura de cada região. - Calças : devem ser do tipo profissional, totalmente fechados, impermeáveis e com sola antiderrapante, para evitar quedas e acidente com eletricidade. Não deve ser permitido o uso de chinelos, sandálias, tênis de pano ou lona, enfim, nada que possibilite respingamentos, umidade e contatos diretos da pele com substâncias que possam contaminar. e) Adornos - O uso de acessórios como anéis, pulseiras e brincos não é recomendado para o funcionário de limpeza, pois possibilita a contaminação. Em determinadas técnicas, como lavagem de mãos, os anéis e as pulseiras são totalmente contra-indicados, pois impedem a remoção completa dos microorganismos das áreas em que se encontram, sem contar com o constante acúmulo de sujidade abaixo deles. Não são incomuns alergias provocadas por brincos. Nestes casos, é frequente o funcionário (a) apresentar prurido e levar as mãos não lavadas ao local lesionado, propiciando a contaminação. 7. TRATAMENTOS DE PISOS EM HOSPITAIS ............................................................ 7.1 - TIPOS DE TRATAMENTO a) Cera lustrável - cera à base de carnaúba, pouco utilizada atualmente. Cera de filme mole que necessita de dar lustro para conseguirmos um grau razoável de brilho, produto que requer uma quantidade maior de manutenção e não é antiderrapante. b) Impermeabilizante - cera à base de polímetro acrílico, utilizada atualmente em locais de alto e baixo tráfego. Cera de filme mais duro, com isso resiste mais ao tráfego, necessitando assim de menor manutenção, produto de alto-brilho e antiderrapante. TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho 7. 2 - PROCEDIMENTOS No caso de cera lustrável, será feita a remoção total da cera antiga e limpeza do piso, aplicação de 1 a 2 camadas de cera, em seguida, para a secagem, usar a máquina polidora de 174 RPM para dar brilho. No caso de impermeabilizante acrílico, procederemos da mesma forma na remoção e limpeza, em seguida aplicaremos, se necessário, 2 a 3 camadas de base seladora, pois em alguns tipos de piso não há necessidade; por fim, aplicaremos as camadas de cera de auto-brilho, variando de 3 a 5 camadas, dependendo das características do tráfego local. Se a cera que tivermos utilzado for compatível ao sistema High Speed, em algumas fases da implatação do sistema utilizaremos uma polidora High Speed, máquina de no mínimo 1.500 RPM, isso para alcançarmos um maior nível de resistência da cera. 7.3 - CONSERVAÇÃO DIÁRIA Devemos tomar cuidado com o tipo de produto que utilizaremos, pois não poderá agredir estes tratamento, e com isso manchá-lo ou mesmo removê-lo. 7.4 - MANUTENÇÃO DO SISTEMA Com esse procedimento, manteremos o brilho e o número de camadas do sistema. Poderemos proceder com apenas polimento, utilizando a máquina High Speed ou com recamadas, utilizando produtos compatíveis ao sistema UHS, e conseguiremos uma significativa economia de cera. 7.5 - ESCOLHA DO PRODUTO A escolha do material a ser utilizado é de suma importância, pois está ligado ao tipo de piso, à característica do tráfego e ao produto que será utilizado para o procedimento de higienização. 1) Removedor compatível com a cola do piso, em caso de sintéticos. 2) Base seladora : variação em função do tipo de piso e de sua porosidade. 3) Acabamento : variação em função de tráfego e do produto utilizado na higienização. 7.5 - POR QUE IMPERMEABILIZAR ? 1) Proteção : as agressões normais incidirão sobre o filme de cera, aumentando com isso a durabilidade do piso. 2) Higiene : os pisos impermeabilizados são mais fáceis de limpar, pois contém menos porosidade, locais estes que acumulam sujeiras. TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho 3) Segurança : os impermeabilizantes acrílicos são antiderrapantes. 4) Beleza : todo piso impermeabilizado possui um bom nível de brilho variado, dependendo da qualidade dos polímetros que o produto contém. Para a realização e impermeabilização, conservação e manutenção, é indicado o uso de equipamentos e acessórios que aumentam a produtividade dos funcionários e o rendimento dos produtos, trazendo assim um melhor resultado a um custo mais baixo. Exemplos de alguns equipamentos e acessórios : 1) Máquina lavadora automática 2) Aspirador de líquido 3) Polidora 4) Mop pó, úmido e aplicador 5) balde espremedor 6) Carro funcional 7) etc. 8. DESINFETANTES HOSPITALARES ............................................................ 8.1 - SOLUÇÕES DESINFETANTES As soluções germicidas de uso hospitalar têm seu uso regulamentado pela Portaria SNVS, MS, n.º 15 de 23 de agosto de 1.988. Os registros de soluções germicidas destinadas ao uso hospitalar e estabelecimentos relacionados com o atendimento à saúde são fornecidos mediante comprovação de eficácia e avaliação toxicológica realizados no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INQS) da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)., Ministério da Saúde, ou laboratórios oficiais credenciados especificamente para este fim, obedecidos os métodos e procedimentos do INCQS/FIOCRUZ. Os produtos comercializados destinados à limpeza, desinfecção ou anti-sepsia deverão ter certificado de registro expedido pela Divisão de Produtos (DIPROD) da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (Portaria MS 930/02). Cabe ao consumidor a exigência do certificado do registro no DIPROD e verificação do prazo de validade do mesmo. 8.2 - GERMICIDAS PARA SUPERFÍCIES FIXAS 8.2.1 - Hipoclorito de Sódio A padronização usada é de hipoclorito à 1%. Somente a concentração em pisos e paredes é 0,5%. O prazo de validade é de 24 horas. Tem de garantir sua ação TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho germicida e não deve ser utilizado em mármore e metais, por ser corrosivo. Requer limpeza prévia de superfície com água e sabão, enxágüe e secagem para desinfecção. É padronizado para descontaminação prévia e desinfecção de materiais de vidro, plástico ou borracha. Exposição : 30 minutos. 8.2.2 - ÁLCOOL Sua concentração é 70%. É um desinfetante de nível intermediário com boa ação bacterecida, fungicida, tuberculicida. Sua concentração diminui quando em concentrações inferiores a 50% e na presença de exultados purulentos. Friccionar o álcool na superfície, deixar secar espontaneamente. É contra-indicado para uso em acrílico, enrijece borracha e tubos plásticos. É corrosivo para alguns metais. 8.2.3 - FENOL SINTÉTICO (FENALABOR) Desinfetante de nível intermediário, é padronizado em concentração de 3 a 5% para uso exclusivo em superfícies fixas. O prazo de validade após diluição varia de acordo com o fabricante. É bom bactericida, sua ação viruscida restringe-se ao vírus lipófilicos (HIV) e tem baixa ação fungicida. Altamente tóxico, deve ser manipulado com luvas, óculos e máscara. Quando em contato com a pele, pode provocar despigmentação e é irritante para a mucosa. Não deve ser usado em berçário devido a possibilidade de causar hiper-bilirrubinemia neonatal. É desinfetante com ação detergente e deve ser friccionado na superfície antes da contagem dos 10 minutos para desinfecção a fim de remover as sujidades. Após o tempo de exposição deve ser removido com pano úmido. Não requer limpeza com água e sabão e pode manchar pisos e paredes. 8.2.4 - GLUTARALDEÍDOS (GLUTALABOR) Sua concentração é de 2%. desinfetante de alto nível e age com esterizante químico para materiais termo-sensíveis, dependendo do tempo em exposição. Demora 14 dias após o preparo para inutilizá-lo. Recomenda-se o uso de luvas e máscara para manipulação e que as soluções sejam desprezadas após sete dias de uso ou quando houver alteração da coloração ou presença de depósitos. Os materiais devem ser imersos totalmente, sem bolhas de ar. 9. PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA LIMPEZA HOSPITALAR 1) nunca varrer superfícies a seco - o ato de varrer o piso favorece a dispersão de microorganismos que podem estar veiculados às partículas de pó, por isso, recomenda-se a varredura úmida que pode ser realizada com mops ou panos de chão. TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho 2) Utilizar sempre dois baldes de cores diferentes - os baldes destinam-se a : 1.º balde - solução; 2.º balde - água limpa para o enxágüe. Esta técnica se aplica onde a limpeza é realizada com pano de chão e rodo. 3) Utilizar água e detergente para limpeza de superfícies - os produtos químicos ficam reservados apenas para as superfícies que contêm matéria orgânica ou em caso de surtos com a indicação da CCIH. 4) Utilizar produtos químicos aprovados pelo ministério da saúde consultar, sempre que necessário, a portaria n.º 15 de Ministério da Saúde. 5) Separar panos para diferentes superfícies e áreas - por exemplo, panos de cores diferentes para limpeza de paredes, pisos, móveis, pias, etc 6) Obedecer os sentidos corretos para limpeza a) Paredes e anexos : de cima para baixo b) Tetos : sentido unidirecional. c) Piso de quartos ou enfermarias : do fundo para a porta de entrada. d) Pisos de corredores, saguões etc. : de dentro para fora, de trás para frente, etc. 7) Observação : 1) Iniciar sempre da área menos contaminada para a mais contaminada 2) Nunca realizar movimentos de vaivém, deve-se limpar em sentido unidirecional. 3) Iniciar a limpeza pelas paredes e, por último, o piso. Utilizar EPI para a realização da limpeza - utilizá-los adequadamente, quando recomendados. Realizar a desinsetização periódica - não existe uma periodicidade padrão. A empresa contratada para a realização do diagnóstico é que determinará a freqüência para cada área da instituição. Não impermeabilizar pisos de salas cirúrgicas - esse procedimento não é permitido devido à condutibilidade do piso. As demais áreas podem ser impermeabilizadas. 10. TÉCNICAS DE LIMPEZA TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho 10.1 - LIMPEZA CONCORRENTE DA UNIDADE DO PACIENTE A unidade do paciente é composta por : cama, criado-mudo, painel de comunicação, suporte de soro, mesa de refeições e de cabeceira, cesto para lixo e demais mobiliários utilizados durante a assistência ao paciente. Freqüência - diária, antecede a limpeza concorrente de piso. Objetivo - limpeza e/ou desinfecção e diminuição de transmissão nos casos de precauções por contato. Executante - dependendo do contrato de trabalho, pode ser a limpeza a enfermagem ou até mesmo alguém contratado somente para este fim, com denominações diferentes como camareira, auxiliar de hotelaria, etc. Também é comum o emprego do antigo atendente de enfermagem, hoje excluído do quadro de enfermagem pela nova Lei de exercício Profissional para ocupar esse cargo de funções elementares. Produtos empregados - Água e detergente; no caso de presença de matéria orgânica e superfícies metálicas, utilizar álcool a 70% ou quaternário de amônio. Lembre-se : 1. Não utilizar hipoclorito de sódio em superfícies metálicas pelo risco de corrosão dos metais. 2. Verificar sempre a compatibilidade do revestimento das superfícies com o desinfetante a ser utilizado. Técnica - passar o pano sobre as superfícies em sentido unidirecional. Em caso de utilização de álcool a 70%, a fricção mecânica (três vezes) é necessária. Lembre-se : Nos casos de precauções de contato, aumentar a freqüência da limpeza e da desinfecção. 10.2 LIMPEZA CONCORRENTE DE QUARTOS OU ENFERMARIAS COM PANOS DE CHÃO E RODO - Freqüência - diária - Objetivo - limpeza e reposição de materiais TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho Técnica : Reunir todo o material necessário em carrinho de limpeza Colocar o carro ao lado da porta de entrada do quarto ou enfermaria, sempre do lado de fora Cumprimentar o paciente e explicar o que será feito Colocar os EPI’s necessários para a realização da limpeza Recolher os sacos de lixo do local, fechá-los adequadamente e depositá-los no saco “hamper” do carrinho de limpeza. Em seguida, repor os sacos de lixo. Realizar a remoção das partículas maiores, como migalhas, papéis,cabelos, etc. com um pano úmido envolvido no rodo Iniciar a limpeza mergulhando um pano de chão limpo em um balde contendo água e detergente, torcendo suavemente e envolvendo no rodo Iniciar do fundo para a porta de entrada, delimitando mentalmente a área que será limpa, passando o pano em sentido unidirecional, com movimentos firmes e contínuos. Enxaguar o pano em outro balde contendo apenas água limpa Repetir a operação quantas vezes for necessário. A água do balde também deve ser trocada sempre que houver necessidade Secar o piso com um pano seco e limpo Repetir essas operações para o restante do piso Recolher o material utilizado no quarto ou enfermaria, deixando o ambiente em ordem Iniciar a limpeza do banheiro Lavar os panos utilizados na limpeza antes de utilizá-los em outro quarto. RECOMENDAÇÕES : 1) Não abrir ou fechar portas com mãos enluvadas 2) Não deixar materiais de limpeza nos quartos ou banheiros, devem ser guardados após devidamente lavados e secos (na lavanderia), na sala de materiais de limpeza da unidade 3) Não deixar panos de molho, evitando assim a proliferação de microorganismos. 4) O uso de desinfetantes para descontaminação ou desinfecção é restrito para superfícies que contenham matéria orgânica, ou seja, sangue ou fluídos corpóreos. Neste caso, basta utilizar um desinfetante que já contenha detergente em sua formulação. 5) A revisão da limpeza deve ser feita nos três períodos : manhã, tarde e noite. 11. LIMPEZA CONCORRENTE DE PISO COM MOP TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho Freqüência - diária Objetivos - Limpeza Técnica Reunir todo o material necessário em carro de limpeza. De preferência, o carro já deve conter um carrinho próprio com o mop Colocar o carro ao lado da porta de entrada do quarto ou enfermaria, sempre do lado de fora Cumprimentar o paciente e explicar o que será feito Colocar os EPI’s necessários para a realização da limpeza Recolher os sacos de lixo do local, fechá-los adequadamente e depositá-los no saco “hamper” do carrinho de limpeza. Em seguida, repor os sacos de lixo. Remover as partículas maiores, como migalhas, papéis, cabelos etc. com o mop seco. Mergulhar o mop úmido em um balde (do sistema mop) contendo água e detergente. Retirar o mop da água, colocando sua cabeleira em base própria para torção Tracionar a alavanca com o objetivo de retirar o excesso de água do mop sem contato manual. Nesse procedimento, o funcionário deve manter a coluna reta e os joelhos dobrados Retirar o mop da base de torção e iniciar a limpeza. Iniciar do fundo para a porta de entrada, delimitando mentalmente a área que será limpa, passando o mop em movimento de “oito deitado” na reta durante o desenvolvimento de toda a técnica. Enxaguar o mop em balde (do sistema mop) contendo água limpa Repetir a operação quantas vezes for necessário. A água do balde também deve ser trocada sempre que houver necessidade Repetir essas operações para o restante do piso Recolher o material utilizado no quarto ou enfermaria, deixando o ambiente em ordem. Iniciar a limpeza do banheiro Lembre-se : 1. Após a utilização do mop no piso de um quarto da enfermaria, deve-se lavá-lo com água e detergente e enxaguá-lo antes de prosseguir com a limpeza em outro piso. Esta lavagem do mop deve ser feita no próprio carro mop, seguida de torção e troca de água. TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho 2. Após o término do uso diário do mop, deve-se encaminhá-lo à lavanderia para ser processado. 3. A prensa utilizada para torcer o mop pode ser utilizada para se obter vários graus de torção de acordo com a necessidade : leve, moderada e intensa. Portanto, se você deseja deixar o piso quase que completamente seco deve realizar uma forte torção da prensa. 12. LIMPEZA DE PISOS DE CORREDORES Técnica Reunir todo material necessário no local a ser limpo Colocar os EPI’s necessários para a realização da limpeza Dividir o corredor ao meio utilizando fitas zebradas ou cones de sinalização, impedindo, assim, o fluxo de pessoas na metade do corredor a ser limpa. Delimitar o início e o fim da área em que será realizada a limpeza com cones de sinalização ou placas de piso escorregadio Utilizar máquina de lavar pisos com recipiente já contendo a solução a ser utilizada. Passar a máquina sobre o piso em sentido unidirecional, com movimento de “oito invertido”. Aspirar a solução com a própria máquina ou aspirador de água. Secar com mop água ou pano de chão e rodo, deixando esta metade do corredor liberada para o fluxo dos transuentes. Repetir as mesmas operações no outro lado do corredor. Repetir os materiais e os equipamentos, deixando o ambiente em ordem Recomendações Dar preferências aos horários de menor movimento para a realização da limpeza dos corredores Em caso de limpeza sem o uso de máquinas, utilizar os mesmos passos da limpeza concorrente de piso. 13. LIMPEZA TERMINAL Qual a freqüência deste tipo de limpeza ? Após a saída dos pacientes : alta, óbito ou transferência Onde limpar ? TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho Piso, teto, e seus anexos, como portas, vidros, janelas, etc. Quais equipamentos são utilizados ? a) Para o piso : máquinas de lavar piso b) Para as paredes : utilizar cabo regulável com esponjas sintéticas que possuem duas faces. c) Para os vidros : “Kits” para limpeza de vidros d) Para o teto: “Kits” para limpeza de tetos. Qual movimento empregado com a máquina de lavar piso ? O movimento é de um “oito deitado” , unidirecional, do fundo para a porta de entrada. Quais as atividades do pessoal de limpeza ? O pessoal de limpeza fica com piso, parede e seus anexos, enquanto a enfermagem fica com a unidade do paciente : cama, criado-mudo, painel, mesa de refeições, etc. A unidade do paciente pode ser limpa pelo pessoal de limpeza, desde que haja consenso entre chefia de limpeza, CCIH e chefia de enfermagem. Nos casos em que a limpeza da unidade do paciente for executada pelo pessoal de limpeza, esses devem receber treinamento específico para execução das técnicas. As superfícies devem ser limpas com desinfetantes ? O uso de desinfetantes para descontaminação ou desinfecção é restrito para superfícies que contenham matéria orgânica, ou seja, sangue ou fluídos corpóreos. Como proceder em caso de surtos ? Nesse caso específico, é recomendado o uso de desinfetantes em toda a extensão da superfície da área onde está ocorrendo o surto e na unidade do paciente. Lembre-se : 1. As paredes devem ser limpas de cima para baixo 2. O teto deve ser limpo em sentido unidirecional 3. Paredes e tetos contaminam-se menos do que superfícies horizontais, como pisos, bancadas, etc. 14. LIMPEZA DE SALAS DE CIRURGIAS É importante lembrar que as infecções do sítio cirúrgico não devem ser relacionados com o tipo de limpeza que é realizada nas salas de cirurgias, ou seja, técnicas diferentes, uso de detergente ou desinfetante. TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho Dentre os fatores que levam ao aparecimento das infecções, o ambiente fica em último lugar, perdendo para os fatores endógenos do paciente (originado no interior de, ou por fatores internos) e para as técnicas indevidas empregadas pelo pessoal da saúde, principalmente os procedimentos que têm contato direto com o paciente. A matéria orgânica presente na sala durante a cirurgia deve ser retirada logo após sua eliminação, até mesmo durante a cirurgia, pois seu ressecamento e posterior dispersão no ar ambiente pode representar um risco potencial de contaminação. Apesar desse cuidado, não podemos supervalorizar a importância dessa matéria orgânica como principal fator para o aparecimento da infecção, até porque não o é, pois, sem um veículo, a contaminação não ocorre. É necessário um vetor que transporte o microorganismo das superfícies fixas para o paciente, do contrário, não ocorre a infecção. Ao invés de hipervalorizar as técnicas empregadas, melhor seria limitar o número de pessoas presentes na sala durante a cirurgia. 14.1 - Mandamento básico da limpeza das salas cirúrgicas Considerar todo procedimento cirúrgico como contaminado, ou seja, limpar com o mesmo rigor as salas após qualquer tipo de cirurgia, contaminada ou não. 14.2 - Atribuições da circulante de sala Limpeza das mesas auxiliares, bancadas e equipamentos Recolhimento de roupas sujas em “hampers” devidamente forrados com sacos plásticos para materiais infectantes. Recolhimento e encaminhamento dos instrumentais (caso não tenha instrumentadora). 14.3 - Atribuição do funcionário da limpeza Limpeza de piso, parede e seus anexos. 15. LIMPEZA PREPARATÓRIA É a limpeza realizada antes das cirurgias programadas, mesmo que todo centro cirúrgica ou centro obstétrico tenha sido submetido anteriormente a uma limpeza terminal, a fim de garantir a eliminação de microorganismos depositados nas superfícies durante o período noturno por ação da gravidade. Quem realiza ? Em que período ? A enfermagem, durante o plantão noturno. Em que técnica consiste ? TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho Basta passar um pano embebido em álcool a 70% nas superfícies como : bancadas, mesas, etc. , a fim de retirar as partículas que se depositaram durante a noite por ação da gravidade. Lembre-se : O pano deve ser limpo e passado com técnica correta, ou seja, três fricções mecânicas. 16. LIMPEZA OPERATÓRIA É uma limpeza realizada quando ocorre derramamento de líquido ou fluídos corpóreos do paciente durante a cirurgia nas superfícies. Quem realiza ? Em que momento ? A circulante de sala, durante o ato cirúrgico. Em que consiste a técnica ? Realização de desinfecção ou descontaminação imediatamente após o derramamento. da superfície atingida Observação : a circulante de sala deve ter todo o material necessário para a descontaminação ou desinfecção dentro da sala de cirurgia, não devendo transitar fora da sala para buscá-lo. 17. LIMPEZA CONCORRENTE É aquela diariamente entre as cirurgias; não envolve o uso de máquinas., mas sim, mops ou pano e rodo. Quem realiza ? Tanto a enfermagem quanto o pessoal de limpeza, porém cada qual com sua tarefa : a) pessoal de limpeza : piso b) enfermagem : recolhimento e encaminhamento de roupas sujas e instrumentais e limpeza de bancadas 18. LIMPEZA TERMINAL TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho É a limpeza de desinfecção realizada após todas as cirurgias programadas do dia; envolve o uso de máquinas de lavar piso. Quem realiza ? Tanto a enfermagem quanto o pessoal de limpeza, diferindo no tipo de tarefa: a) pessoal da limpeza - piso, teto, parede e anexos b) enfermagem - recolhimento e encaminhamento de roupas sujas e instrumentais e limpeza de bancadas. Recomendações 1) Não utilize mangueiras para jogar água nas paredes, basta utilizar esponja sintética com cabo regulável. 2) O foco deve ser limpo com álcool a 70%. 19. MEDIDAS DE SEGURANÇA NO SERVIÇO Segundo a Lei n.º 8.213, art. 19 de 24.07.91, “Acidente de Trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho “ Os acidentes podem ser provocados por agentes biológicos, ergonômicos e mecânicos. Todos os acidentes podem e devem ser prevenidos, basta que se tome as devidas medidas. Tanto o hospital como cada funcionário tem sua parcela na responsabilidade de prevenção de acidentes, resta que cada um cumpra sua parte. 19.1 - Medidas Preventivas contra acidentes Mecânicos, Ergonômicos e biológicos Nunca substituir escadas por cadeiras As escadas devem ser de abrir, com plataforma de apoio e dispositivos laterais para pendurar objetos necessários à rotina executada. Antes de usar a escada, verificar se a trava está posicionada. Utilizar escadas apenas em superfícies planas Terrenos com declive podem derrubar a escada, provocando acidentes Nunca manusear equipamentos elétricos com mãos molhadas Não misturar produtos de limpeza TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho A mistura pode tornar-se perigosa, provocando formação de gases tóxicos e reações alérgicas. Utilizar cinto de segurança para limpeza de janela e vidros Este procedimento de segurança deve ser adotado não só por funcionários do próprio hospital, como também de empresas tercerizadas, pois, se porventura algum acidente ocorrer, o hospital é que será acionado judicialmente Proteger tomadas elétricas de paredes que serão molhadas Nunca correr nas dependências hospitalares Manter postura adequada Ao abaixar ou levantar, utilizar sempre a musculatura das pernas, nunca das costas, mantendo-a ereta, prevenindo assim problemas de coluna. Não levantar ou carregar objetos muito pesados sem ajuda Dar preferência a transporte de materiais e equipamentos em carros próprios Obedecer a horários de intervalos Os intervalos para descanso e refeições devem ser seguidos rigorosamente a fim de prevenir o estresse. Notificar acidentes imediatamente após a ocorrência O acompanhamento médico deve ser rigoroso, assim como a realização de testes e tratamentos necessários. Utilizar equipamentos de proteção individual e coletiva sempre que necessário Vacinação contra a hepatite B. TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho FINALIZAÇÃO : O TST - TREINAMENTO EM SEGURANÇA NO TRABALHO, agrade a Deus a oportunidade de criar para você um trabalho que o fará despertar para a sua Segurança no seu serviço, objetivando sempre a sua satisfação pessoal e profissional.. Agradecemos a você pela presença que sempre contribui para nosso sucesso pessoal profissional. Nossos telefones para contato são : (19) - 970 75 866 : celular (19) - 656 46 03 : comercial Elaboração T. S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho Responsável Técnico SILVIO LUIS FIGUEIREDO Técnico em Segurança no Trabalho SSST/MTB n.º 51/13309 - 3 TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO e T.S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho TREINAR SEU PESSOAL É O SEU MAIOR INVESTIMENTO