LIMPEZA_HOSPITALAR - Resgate Brasilia Virtual

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INTRODUÇÃO
TREINAMENTO E RECICLAGEM :
No antigo raciocínio sobre administração de pessoal, as atividades consideradas
cotidianas nas empresas eram seleção, treinamento e administração salarial. Hoje
esse raciocínio é complementado com a necessidade de proporcionar ao funcionário
oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional, além de condições
satisfatórias de trabalho em todos os sentidos.
As instituições que não investem em desenvolvimento pessoal e profissional do
empregado geram inúmeros problemas para o empregado e para a instituição.
- Desnível entre as exigências do cargo e seu ocupante
- Queda da qualidade das atividades realizadas
- Baixa da auto-estima
- Insatisfação
- Alta rotatividade com conseqüente dificuldade para a realização de treinamentos
- Imagem negativa da instituição.
Se concluí portanto que, o acidente do trabalho é um péssimo negócio para :
1) O empregado que sofre a lesão, a dor, a inatividade, a redução de seu salário e a
interrupção de seu trabalho temporário ou às vezes definitivamente
2) O empregador que vê interrompida sua linha de produção, aumentado seus custos,
prejudicado financeiramente pela quebra de máquinas e angustiado com a falha
humana pela qual se sente responsável.
As palestras e os cursos rápidos são os melhores métodos educacionais da
prevenção de acidentes. O contato pessoal, quer individual ou em grupo, é a maneira
mais eficiente de disseminar o espírito de segurança entre os componentes de um
grupo.
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LIMPEZA E HIGIENE HOSPITALAR
PREFÁCIO
.....................................................................
Vivemos uma nova era na Limpeza e Higiene Hospitalar, a era da mudança de valores
e da conscientização da real importância desse serviço antes tão esquecido.
Paralelamente, outros serviços também ganham espaço crescente, tais como
lavanderia, recepção, manutenção, etc.
A moderna administração, numa visão globalizada, procura cada vez mais diferenciar
sua instituição de saúde das demais. Num momento cercado de crises econômicas,
administradores zelosos pela imagem institucional percorrem o caminho difícil da
qualidade total e nas etapas vencidas encontram serviços esquecidos e não raramente
um deles é a Limpeza.
O “Marketing” está presente nas instituições que almejam este diferencial, e quem
acompanha a evolução histórica destes serviços, antes poucos lembrados, percebe
que esse é o momento de incluí-los nos programas que se destinam à reformulação de
sua imagem e, para isso, a Qualidade é fundamental.
É importante saber como o “Marketing” pode atuar neste processo de mudança de
imagem. Em primeiro lugar, deve-se entender que aspectos antes aceito como o de
funcionários da Limpeza analfabetos, chefia sem qualificação, falta de integração do
serviço com as demais unidades, enfim, todos os quesitos que levam à crescente
desvalorização do serviço e de seus funcionários, hoje não são admitidos em muitas
organizações de saúde preocupadas com a qualidade.
Antes de desconhecermos a tendência atual, devemos lembrar que hoje, por exigência
de nossos próprios clientes, estamos mudando. Ë natural que pacientes, visitantes e
até os próprios funcionários exigem e cobrem mais. Reclamações de falta de higiene
nas instituições de saúde vêm à tona inclusive na mídia, não só em relação a aspectos
médicos e de enfermagem, mas também sobre as condições dos pisos, paredes,
equipamentos e aparência dos funcionários. A comparação com outra instituição
torna-se inevitável, assim como a conseqüente preferência por outra em condições
mais favoráveis. Essa comparação também é feita entre a limpeza realizada e os
serviços prestados, como por exemplo : “se não cuidam da limpeza ambiente não
cuidam de materiais e equipamentos “.
Portanto, o tão falado diferencial está também em todos os aspectos ligados à
Limpeza e à Higiene : limpeza dos uniformes, aparência, nível de escolaridade e
postura dos auxiliares de limpeza, treinamento e reciclagem, investimento em materiais
e equipamentos, chefia qualificada, integração do serviço com Serviço de Controle de
Infecção, Educação Continuada, SESMT, CIPA, etc.
Caminhamos e evoluímos rapidamente na última década, contando até com a criação
de cursos de capacitação profissional em algumas cidades de nosso País, e rumamos
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enfim para a unificação de vários serviços, dando-lhes uma estrutura compatível com a
Hotelaria Hospitalar.
Para que não fiquemos no subjetivismo, temos que arregaçar as mangas e analisar
nossos serviços para estruturá-los compatibilizando-os com as tendências antes que
seja tarde.
Como mensagem final peço a todas as chefias de Limpeza que lutem com os recursos
disponíveis, o que não é fácil, e relatem suas experiências cada vez mais, estimulando,
assim, a todos a superar as dificuldades do dia-a-dia.
Silvana Torres.
OBJETIVOS E FINALIDADES DO SERVIÇO DE LIMPEZA HOSPITALAR
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Para traçar os objetivos e as finalidades do serviço, é necessário que se tenha
conhecimentos da filosofia da instituição e de sua administração, para evitar futuros
conflitos de interesse. A partir do comum acordo entre administração e
chefia, pode-se chegar aos reais objetivos, que podem ou não ir de encontro com os
itens a seguir :
a) Contribuir para a constante melhora da aparência e imagem da instituição.
b) Prevenir a deterioração de superfícies, objetos e materiais.
c) Promover SEGURANÇA e conforto aos pacientes e aos funcionários por meio do
ambiente limpo.
d) Contribuir para o programa de qualidade total da instituição.
e) Reduzir o número de microorganismos das superfícies.
f) Contribuir para redução de custos
g) Contribuir para a integração dos diferentes serviços visando ao intercâmbio cientifico
e à conseqüente melhora da qualidade do serviço.
h) Contribuir para o desenvolvimento de tecnologia própria por meio da pesquisa e do
aprimoramento de técnicas.
i) Manter intercâmbio com outras instituições.
j) Promover intercâmbio com os setores diretamente relacionados com o serviço de
limpeza : CCIH, SESMT, comissão de padronização de materiais.
k) Participar de eventos ligados ao serviço.
1. IMPORTÂNCIA DO AMBIENTE NA TRANSMISSÃO DE INFECÇÕES
Qual a importância do ambiente nas infecções hospitalares ?
Qual a concentração mínima aceitável de um microorganismo esporulado para um
ambiente hospitalar seguro ?
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Os microorganismos veiculados pelo ar são depositados em lesões de pacientes de
forma direta ou indireta ?
Será que estas perguntas serão respondidas com certeza algum dia ?
Por enquanto, a única resposta é que não existem estatísticas que sustentem a
hipótese de infecções decorrentes de áreas, ar e superfícies.
Sabe-se hoje que superfícies limpas e desinfetadas conseguem reduzir em 90
% o número de microorganismos, enquanto as superfícies que foram apenas limpas
reduzem 80%, ou seja, diferenças estatisticamente não-significativas , sem contar que
após 2 horas as superfícies voltam a se contaminar, retornando à contagem inicial de
microorganismos.
Apesar das estatísticas, devemos levar em conta as precauções baseadas no
modo de transmissão das doenças : pelo ar, por gotículas, por contato e
precauções-padrão, pois sabidamente, transmitem-se patógenos nos casos em que as
devidas precauções não são tomadas não só pelos profissionais de enfermagem, mas
também pelos da limpeza.
Embora o verdadeiro papel do ambiente nos mecanismos de transmissão de
microorganismos nas áreas hospitalares não seja conhecido, é fato conhecido a
transmissão de infecções por rotavírus e Cândida sp. através do meio ambiente, pois o
período de sobrevivência do rotavírus ultrapassa 12 dias, e o da Candida, horas no
ambiente; com relação ao vírus da AIDS, a literatura aponta como tempo de
sobrevivência em superfícies com matéria orgânica ressequida até 3 dias e o vírus da
hepatite nas mesmas condições até 1 semana.
1.1 - MEDIDAS UTILIZADAS PARA DIMINUIR A INTERFERÊNCIA
DO AMBIENTE NAS INFECÇÕES
- EVITAR ATIVIDADES QUE FAVOREÇAM O LEVANTAMENTO E PARTÍCULAS
EM SUSPENSÃO, COMO :
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


Uso de vassouras
Uso de ventiladores
Uso de ar condicionado comum
Uso de aspiradores de pó (permitido apenas nas áreas administrativas)
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 Arrumar as camas sem técnica de dobradura de lençóis (caso a limpeza seja
responsável por essa atividade)
 Realização de limpeza a seco
 Isolar áreas de reformas ou construções
1.3 - OBJETIVOS
 Evitar formação ou piora de processos alérgicos
 Evitar surtos de aspergiloses
 Evitar a disseminação de algumas doenças como, por exemplo, varicela,
tuberculose, etc.
1.5 - OBSERVAÇÃO
- O ar condicionado indicado é o central com filtros HEPA, com sistemas de
ventilação apropriado.
1.6 - EVITAR FONTES DE FUNGOS
Retirar vasos com flores e plantas dos quartos e colocá-los nos corredores. Essa
recomendação vale principalmente para os casos de unidades críticas e com pacientes
imunossuprimidos.
Com relação ao ambiente, devem-se utilizar as seguintes precauções :
- Limpeza mais freqüente, principalmente dos locais mais próximos ao paciente, com
álcool.
1.7 - UTILIZAÇÃO DAS PRECAUÇÕES PADRÃO
Sempre que houver contato com sangue ou fluidos corpóreos
LEMBRE-SE :
pacientes.
as precauções-padrão devem ser utilizadas para todos os
Em pacientes portadores de diarréias, herpes, impetigo, furúnculos, escabiose e
queimados :
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a) utilizar luvas adequadamente
b) Lavar as mãos com anti-sépticos
c) Desinfetar áreas ao redor do paciente : cama, criado-mudo, mesa de refeição,
suporte de soro, etc.
d) Desinfetar áreas utilizadas pelos pacientes contaminados : assento de vasos
sanitários, pias, comadres, chão, etc.
LEMBRE-SE : a matéria orgânica deve sempre sofrer descontaminação ou
desinfecção, independente da área em que estiver localizada : crítica, semicrítica
e não-crítica.
3. CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS HOSPITALARES
3.1 - ÁREAS CRÍTICAS - são áreas que oferecem maior risco de transmissão de
infecções, ou seja, áreas que realizam um grande número de procedimentos
invasivos e/ou que possuem paciente de alto risco com o sistema imunológico
comprometido.
- Exemplos :
1) Unidade de Terapia Intensiva
2) Unidade de Transplantes
3) Centros Cirúrgico e Obstétricos
4) Unidade de Quimioterapia
5) Berçário de Alto Risco
6) Isolamento
7) Unidade de Diálise
8) Banco de Sangue
9) Laboratório
10) Central de Material
11) Lactário
12) Hematologia
13) Unidade de Emergência
14) Necrotério
3.2 - ÁREAS SEMICRÍTICAS - são áreas onde o risco de transmissão de infecções
é menor, pois embora existam pacientes, estes não requerem cuidados de alta
complexidade ou isolamento.
EXEMPLOS :
1) Unidades de Internação e Ambulatórios.
3.3 - ÁREAS NÃO-CRÍTICAS - são áreas não ocupadas por pacientes.
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Exemplos :
1) Áreas Administrativas
4. PERFIL DA CHEFIA DO SERVIÇO DE LIMPEZA
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- Muitos supervisores e encarregados se perguntam quais seriam os pré-requisitos
necessários para ocupar o cargo de chefe de limpeza e se poderiam almejar, um dia,
ocupar este cargo.
Antes de responder à pergunta, temos que colocar quais são os requisitos para a
ocupação deste cargo :
1) Exercer liderança perante o grupo
2) Ter postura compatível com o cargo
3) Ser pontual e assíduo
4) conhecer técnicas de limpeza
5) Conhecer produtos, materiais e equipamentos
6) Realizar sempre as tarefas com técnica correta
7) Ser de fácil relacionamento
8) Ter equilíbrio emocional
9) Ter equilíbrio entre o pessoal e o emocional
10) Ser ético
11) ter humildade suficiente para admitir suas falhas
12) Ter capacidade de ouvir e de tomar decisões
13) Ser criativo
14) Ter pensamento estratégico com capacidade de decisão e solução de
problemas.
Com todos esses requisitos preenchidos, temos não só um bom chefe de
limpeza, mas também um líder eficaz.
5. ATRIBUIÇÕES DA CHEFIA DO SERVIÇO
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Para que ocorra desempenho satisfatório e maior organização no serviço de
limpeza, é necessário que as atividades sejam sistematizadas, bem dirigidas e nada
seja negligenciado. Para que isso ocorra, o chefe deve estabelecer um roteiro de suas
atividades diárias e esforçar-se em cumpri-lo.
A seguir, sugestões de atividades que devem ser desenvolvidas em um prazo a
ser estabelecido de acordo com as necessidades do serviço :
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- Elaborar o manual do serviço que deverá conter :
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uniforme : modelo, cuidados, periodicidade da lavagem
equipamentos : técnicas de uso e limpeza, local onde devem ser guardados
normas e rotinas
planejar e programar atividades diárias, semanais, quinzenais e mensais do serviço
Distribuir diariamente as tarefas a serem realizadas
Programar, providenciar e controlar os materiais utilizados no serviço.
Provisionar, controlar e orientar sobre o uso dos EPI’s
Dimensionar recursos humanos necessários para o serviço
Dimensionar área física
Dimensionar equipamentos
Participar direta ou indiretamente do processo seletivo dos futuros membros da
equipe
Realizar avaliação de desempenho e reciclagem da equipe de limpeza
Registrar as atividades realizadas
Enviar relatórios administrativos mensalmente à administração contendo : atividades
realizadas, promoções, admissões, demissões, sanções, taxa de absenteísmo e de
consumo de materiais, sugestões de compra de materiais e equipamentos e áreas
que devem ser reparadas, número atualizado de funcionários do serviço, etc.
Elaborar escalas mensais de serviço
Participar das reuniões da CCIH quando o assunto pertinente for limpeza hospitalar
Participar do processo de padronização de produtos químicos
Realizar reuniões periódicas com a equipe, a fim de comunicar mudanças de
rotinas, ouvir sugestões e críticas construtivas da equipe, promover melhor
entrosamento, etc.
Realizar reuniões periódicas com as demais chefias envolvidas com o serviço:
enfermagem, Lavanderia, SESMT, Comissão de Padronização de Materiais, etc.
Controlar o horário de chegada e saída da unidade de trabalho dos membros da
equipe
Supervisionar o trabalho da equipe nas áreas externa e interna.
6. ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE LIMPEZA
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As atribuições da equipe devem ser estipuladas e supervisionadas pela chefia
do serviço.
Relacionamos a seguir as principais atribuições :
1) Apresentar-se pontualmente usando uniformes na unidade em que trabalham
2) Executar os serviços de acordo com as normas estabelecidas pela chefia
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3) Utilizar os EPI apenas para a finalidade a que se destinam, responsabilizandose pela guarda e conservação e comunicando à chefia qualquer alteração que os
tornem impróprios para uso.
Comunicar à chefia :
1) Problemas no serviço que o impeçam de continuar suas atividades
2) Instalações, materiais e equipamentos danificados
3) Falta de materiais
4) Interferências de outros profissionais nas rotinas realizadas
5) Guardar em local adequado e devidamente limpos os materiais e os equipamentos
utilizados, comunicando possíveis extravios.
6. HIGIENE E APARÊNCIA PESSOAL
Os cuidados básicos de higiene, tão óbvios para muitos, pode não ser tão
óbvios para outros.
Não é incomum percorrermos organizações de saúde e depararmos com
funcionários despenteados, com unhas grandes e esmaltadas e trajando uniformes
sujos.
Algumas regras básicas pode ser os parâmetros a serem seguidos para uma
boa aparência e higiene adequada.
a) Banho diário
- Os funcionários deverão tomar banho para iniciar seu serviço, bem como, na saída,
para evitar levar para sua casa microorganismos em sua pele.
b) Unhas curtas, limpas e sem esmalte
- O esmalte que não for incolor mascara a sujidade. As unhas compridas servem de
depósitos para microorganismos.
As cutículas não devem ser removidas, pois podem deixar lesões que funcionam
como porta de entrada de microorganismo.
c) Cabelos curtos ou presos
- Os cabelos refletem a importância que o funcionário dá para sua aparência e higiene
pessoal. Cabe à chefia de limpeza supervisionar se os cabelos dos funcionários estão
limpos, penteados e presos.
Cabelos longos e soltos podem deprender-se e ser encontrados em locais
inadequados como pratos de pacientes, roupas de cama, etc. levando à contaminação.
d) Uniformes
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- Os uniformes devem ser limpos, sem manchas e confortáveis. O crachá é obrigatório
para a identificação de todos os funcionários da instituição.
É importante que o funcionário (a) tenha no mínimo três mudas de roupa.
- Deve ser clara para que apareça a sujidade.
- Calças compridas e jalecos : devem ser folgados, permitindo, assim,
movimentos
amplos; de preferência as calças devem ter elástico na cintura e o jaleco ter manga
curta, bolsos e estar no comprimento dos quadris. O tecido deve ser apropriado à
temperatura de cada região.
- Calças : devem ser do tipo profissional, totalmente fechados, impermeáveis e com
sola antiderrapante, para evitar quedas e acidente com eletricidade. Não deve ser
permitido o uso de chinelos, sandálias, tênis de pano ou lona, enfim, nada que
possibilite respingamentos, umidade e contatos diretos da pele com substâncias que
possam contaminar.
e) Adornos
- O uso de acessórios como anéis, pulseiras e brincos não é recomendado para o
funcionário de limpeza, pois possibilita a contaminação.
Em determinadas técnicas, como lavagem de mãos, os anéis e as pulseiras são
totalmente contra-indicados, pois impedem a remoção completa dos microorganismos
das áreas em que se encontram, sem contar com o constante acúmulo de sujidade
abaixo deles.
Não são incomuns alergias provocadas por brincos. Nestes casos, é frequente o
funcionário (a) apresentar prurido e levar as mãos não lavadas ao local lesionado,
propiciando a contaminação.
7. TRATAMENTOS DE PISOS EM HOSPITAIS
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7.1 - TIPOS DE TRATAMENTO
a) Cera lustrável - cera à base de carnaúba, pouco utilizada atualmente. Cera de filme
mole que necessita de dar lustro para conseguirmos um grau razoável de brilho,
produto que requer uma quantidade maior de manutenção e não é antiderrapante.
b) Impermeabilizante - cera à base de polímetro acrílico, utilizada atualmente em
locais de alto e baixo tráfego. Cera de filme mais duro, com isso resiste mais ao
tráfego, necessitando assim de menor manutenção, produto de alto-brilho e
antiderrapante.
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7. 2 - PROCEDIMENTOS
No caso de cera lustrável, será feita a remoção total da cera antiga e limpeza do
piso, aplicação de 1 a 2 camadas de cera, em seguida, para a secagem, usar a
máquina polidora de 174 RPM para dar brilho. No caso de impermeabilizante acrílico,
procederemos da mesma forma na remoção e limpeza, em seguida aplicaremos, se
necessário, 2 a 3 camadas de base seladora, pois em alguns tipos de piso não há
necessidade; por fim, aplicaremos as camadas de cera de auto-brilho, variando de 3 a
5 camadas, dependendo das características do tráfego local.
Se a cera que tivermos utilzado for compatível ao sistema High Speed, em
algumas fases da implatação do sistema utilizaremos uma polidora High Speed,
máquina de no mínimo 1.500 RPM, isso para alcançarmos um maior nível de
resistência da cera.
7.3 - CONSERVAÇÃO DIÁRIA
Devemos tomar cuidado com o tipo de produto que utilizaremos, pois não
poderá agredir estes tratamento, e com isso manchá-lo ou mesmo removê-lo.
7.4 - MANUTENÇÃO DO SISTEMA
Com esse procedimento, manteremos o brilho e o número de camadas do
sistema. Poderemos proceder com apenas polimento, utilizando a máquina High
Speed ou com recamadas, utilizando produtos compatíveis ao sistema UHS, e
conseguiremos uma significativa economia de cera.
7.5 - ESCOLHA DO PRODUTO
A escolha do material a ser utilizado é de suma importância, pois está ligado ao
tipo de piso, à característica do tráfego e ao produto que será utilizado para o
procedimento de higienização.
1) Removedor compatível com a cola do piso, em caso de sintéticos.
2) Base seladora : variação em função do tipo de piso e de sua porosidade.
3) Acabamento : variação em função de tráfego e do produto utilizado na
higienização.
7.5 - POR QUE IMPERMEABILIZAR ?
1) Proteção : as agressões normais incidirão sobre o filme de cera, aumentando com
isso a durabilidade do piso.
2) Higiene : os pisos impermeabilizados são mais fáceis de limpar, pois contém menos
porosidade, locais estes que acumulam sujeiras.
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3) Segurança : os impermeabilizantes acrílicos são antiderrapantes.
4) Beleza : todo piso impermeabilizado possui um bom nível de brilho variado,
dependendo da qualidade dos polímetros que o produto contém.
Para a realização e impermeabilização, conservação e manutenção, é indicado
o uso de equipamentos e acessórios que aumentam a produtividade dos funcionários e
o rendimento dos produtos, trazendo assim um melhor resultado a um custo mais
baixo.
Exemplos de alguns equipamentos e acessórios :
1) Máquina lavadora automática
2) Aspirador de líquido
3) Polidora
4) Mop pó, úmido e aplicador
5) balde espremedor
6) Carro funcional
7) etc.
8. DESINFETANTES HOSPITALARES
............................................................
8.1 - SOLUÇÕES DESINFETANTES
As soluções germicidas de uso hospitalar têm seu uso regulamentado pela Portaria
SNVS, MS, n.º 15 de 23 de agosto de 1.988. Os registros de soluções germicidas
destinadas ao uso hospitalar e estabelecimentos relacionados com o atendimento à
saúde são fornecidos mediante comprovação de eficácia e avaliação toxicológica
realizados no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INQS) da
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)., Ministério da Saúde, ou laboratórios oficiais
credenciados especificamente para este fim, obedecidos os métodos e procedimentos
do INCQS/FIOCRUZ. Os produtos comercializados destinados à limpeza, desinfecção
ou anti-sepsia deverão ter certificado de registro expedido pela Divisão de Produtos
(DIPROD) da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde
(Portaria MS 930/02).
Cabe ao consumidor a exigência do certificado do registro no DIPROD e
verificação do prazo de validade do mesmo.
8.2 - GERMICIDAS PARA SUPERFÍCIES FIXAS
8.2.1 - Hipoclorito de Sódio
A padronização usada é de hipoclorito à 1%. Somente a concentração em pisos e
paredes é 0,5%. O prazo de validade é de 24 horas. Tem de garantir sua ação
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germicida e não deve ser utilizado em mármore e metais, por ser corrosivo. Requer
limpeza prévia de superfície com água e sabão, enxágüe e secagem para desinfecção.
É padronizado para descontaminação prévia e desinfecção de materiais de vidro,
plástico ou borracha. Exposição : 30 minutos.
8.2.2 - ÁLCOOL
Sua concentração é 70%. É um desinfetante de nível intermediário com boa ação
bacterecida, fungicida, tuberculicida. Sua concentração diminui quando em
concentrações inferiores a 50% e na presença de exultados purulentos. Friccionar o
álcool na superfície, deixar secar espontaneamente.
É contra-indicado para uso em acrílico, enrijece borracha e tubos plásticos.
É corrosivo para alguns metais.
8.2.3 - FENOL SINTÉTICO (FENALABOR)
Desinfetante de nível intermediário, é padronizado em concentração de 3 a 5% para
uso exclusivo em superfícies fixas. O prazo de validade após diluição varia de acordo
com o fabricante. É bom bactericida, sua ação viruscida restringe-se ao vírus lipófilicos
(HIV) e tem baixa ação fungicida.
Altamente tóxico, deve ser manipulado com luvas, óculos e máscara. Quando em
contato com a pele, pode provocar despigmentação e é irritante para a mucosa. Não
deve ser usado em berçário devido a possibilidade de causar hiper-bilirrubinemia
neonatal. É desinfetante com ação detergente e deve ser friccionado na superfície
antes da contagem dos 10 minutos para desinfecção a fim de remover as sujidades.
Após o tempo de exposição deve ser removido com pano úmido. Não requer limpeza
com água e sabão e pode manchar pisos e paredes.
8.2.4 - GLUTARALDEÍDOS (GLUTALABOR)
Sua concentração é de 2%. desinfetante de alto nível e age com esterizante químico
para materiais termo-sensíveis, dependendo do tempo em exposição.
Demora 14 dias após o preparo para inutilizá-lo. Recomenda-se o uso de luvas e
máscara para manipulação e que as soluções sejam desprezadas após sete dias de
uso ou quando houver alteração da coloração ou presença de depósitos. Os materiais
devem ser imersos totalmente, sem bolhas de ar.
9. PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA LIMPEZA HOSPITALAR
1) nunca varrer superfícies a seco - o ato de varrer o piso favorece a dispersão
de microorganismos que podem estar veiculados às partículas de pó, por isso,
recomenda-se a varredura úmida que pode ser realizada com mops ou panos de
chão.
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2) Utilizar sempre dois baldes de cores diferentes - os baldes destinam-se
a : 1.º balde - solução; 2.º balde - água limpa para o enxágüe.
Esta técnica se aplica onde a limpeza é realizada com pano de chão e rodo.
3) Utilizar água e detergente para limpeza de superfícies - os produtos
químicos ficam reservados apenas para as superfícies que contêm matéria orgânica
ou em caso de surtos com a indicação da CCIH.
4) Utilizar produtos químicos aprovados pelo ministério da saúde consultar, sempre que necessário, a portaria n.º 15 de Ministério da Saúde.
5) Separar panos para diferentes superfícies e áreas - por exemplo, panos
de cores diferentes para limpeza de paredes, pisos, móveis, pias, etc
6) Obedecer os sentidos corretos para limpeza
a) Paredes e anexos : de cima para baixo
b) Tetos : sentido unidirecional.
c) Piso de quartos ou enfermarias : do fundo para a porta de entrada.
d) Pisos de corredores, saguões etc. : de dentro para fora, de trás para frente, etc.
7) Observação :
1) Iniciar sempre da área menos contaminada para a mais contaminada
2) Nunca realizar movimentos de vaivém, deve-se limpar em sentido unidirecional.
3) Iniciar a limpeza pelas paredes e, por último, o piso.
Utilizar EPI para a realização da limpeza - utilizá-los adequadamente, quando
recomendados.
Realizar a desinsetização periódica - não existe uma periodicidade padrão. A
empresa contratada para a realização do diagnóstico é que determinará a
freqüência para cada área da instituição.
Não impermeabilizar pisos de salas cirúrgicas - esse procedimento não é
permitido devido à condutibilidade do piso. As demais áreas podem ser
impermeabilizadas.
10. TÉCNICAS DE LIMPEZA
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10.1 - LIMPEZA CONCORRENTE DA UNIDADE DO PACIENTE
A unidade do paciente é composta por : cama, criado-mudo, painel de
comunicação, suporte de soro, mesa de refeições e de cabeceira, cesto para lixo e
demais mobiliários utilizados durante a assistência ao paciente.
Freqüência - diária, antecede a limpeza concorrente de piso.
Objetivo - limpeza e/ou desinfecção e diminuição de transmissão nos casos de
precauções por contato.
Executante - dependendo do contrato de trabalho, pode ser a limpeza a
enfermagem ou até mesmo alguém contratado somente para este fim, com
denominações diferentes como camareira, auxiliar de hotelaria, etc. Também é comum
o emprego do antigo atendente de enfermagem, hoje excluído do quadro de
enfermagem pela nova Lei de exercício Profissional para ocupar esse cargo de
funções elementares.
Produtos empregados - Água e detergente; no caso de presença de matéria
orgânica e superfícies metálicas, utilizar álcool a 70% ou quaternário de amônio.
Lembre-se :
1. Não utilizar hipoclorito de sódio em superfícies metálicas pelo risco de
corrosão dos metais.
2. Verificar sempre a compatibilidade do revestimento das superfícies com o
desinfetante a ser utilizado.
Técnica - passar o pano sobre as superfícies em sentido unidirecional. Em caso de
utilização de álcool a 70%, a fricção mecânica (três vezes) é necessária.
Lembre-se :
Nos casos de precauções de contato, aumentar a freqüência da limpeza e da
desinfecção.
10.2 LIMPEZA CONCORRENTE DE QUARTOS OU ENFERMARIAS
COM PANOS DE CHÃO E RODO
- Freqüência - diária
- Objetivo - limpeza e reposição de materiais
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Técnica :
 Reunir todo o material necessário em carrinho de limpeza
 Colocar o carro ao lado da porta de entrada do quarto ou enfermaria, sempre do
lado de fora
 Cumprimentar o paciente e explicar o que será feito
 Colocar os EPI’s necessários para a realização da limpeza
 Recolher os sacos de lixo do local, fechá-los adequadamente e depositá-los no saco
“hamper” do carrinho de limpeza. Em seguida, repor os sacos de lixo.
 Realizar a remoção das partículas maiores, como migalhas, papéis,cabelos, etc.
com um pano úmido envolvido no rodo
 Iniciar a limpeza mergulhando um pano de chão limpo em um balde contendo água
e detergente, torcendo suavemente e envolvendo no rodo
 Iniciar do fundo para a porta de entrada, delimitando mentalmente a área que será
limpa, passando o pano em sentido unidirecional, com movimentos firmes e
contínuos.
 Enxaguar o pano em outro balde contendo apenas água limpa
 Repetir a operação quantas vezes for necessário. A água do balde também deve ser
trocada sempre que houver necessidade
 Secar o piso com um pano seco e limpo
 Repetir essas operações para o restante do piso
 Recolher o material utilizado no quarto ou enfermaria, deixando o ambiente em
ordem
 Iniciar a limpeza do banheiro
 Lavar os panos utilizados na limpeza antes de utilizá-los em outro quarto.
RECOMENDAÇÕES :
1) Não abrir ou fechar portas com mãos enluvadas
2) Não deixar materiais de limpeza nos quartos ou banheiros, devem ser guardados
após devidamente lavados e secos (na lavanderia), na sala de materiais de limpeza
da unidade
3) Não deixar panos de molho, evitando assim a proliferação de microorganismos.
4) O uso de desinfetantes para descontaminação ou desinfecção é restrito para
superfícies que contenham matéria orgânica, ou seja, sangue ou fluídos corpóreos.
Neste caso, basta utilizar um desinfetante que já contenha detergente em sua
formulação.
5) A revisão da limpeza deve ser feita nos três períodos : manhã, tarde e noite.
11. LIMPEZA CONCORRENTE DE PISO COM MOP
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Freqüência - diária
Objetivos - Limpeza
Técnica
 Reunir todo o material necessário em carro de limpeza. De preferência, o carro já
deve conter um carrinho próprio com o mop
 Colocar o carro ao lado da porta de entrada do quarto ou enfermaria, sempre do
lado de fora
 Cumprimentar o paciente e explicar o que será feito
 Colocar os EPI’s necessários para a realização da limpeza
 Recolher os sacos de lixo do local, fechá-los adequadamente e depositá-los no saco
“hamper” do carrinho de limpeza. Em seguida, repor os sacos de lixo.
 Remover as partículas maiores, como migalhas, papéis, cabelos etc. com o mop
seco.
 Mergulhar o mop úmido em um balde (do sistema mop) contendo água e
detergente.
 Retirar o mop da água, colocando sua cabeleira em base própria para torção
 Tracionar a alavanca com o objetivo de retirar o excesso de água do mop sem
contato manual. Nesse procedimento, o funcionário deve manter a coluna reta e os
joelhos dobrados
 Retirar o mop da base de torção e iniciar a limpeza.
 Iniciar do fundo para a porta de entrada, delimitando mentalmente a área que será
limpa, passando o mop em movimento de “oito deitado” na reta durante o
desenvolvimento de toda a técnica.
 Enxaguar o mop em balde (do sistema mop) contendo água limpa
 Repetir a operação quantas vezes for necessário. A água do balde também deve ser
trocada sempre que houver necessidade
 Repetir essas operações para o restante do piso
 Recolher o material utilizado no quarto ou enfermaria, deixando o ambiente em
ordem.
 Iniciar a limpeza do banheiro
Lembre-se :
1. Após a utilização do mop no piso de um quarto da enfermaria, deve-se lavá-lo
com água e detergente e enxaguá-lo antes de prosseguir com a limpeza em
outro piso. Esta lavagem do mop deve ser feita no próprio carro mop, seguida
de torção e troca de água.
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2. Após o término do uso diário do mop, deve-se encaminhá-lo à lavanderia para
ser processado.
3. A prensa utilizada para torcer o mop pode ser utilizada para se obter vários
graus de torção de acordo com a necessidade : leve, moderada e intensa.
Portanto, se você deseja deixar o piso quase que completamente
seco deve realizar uma forte torção da prensa.
12. LIMPEZA DE PISOS DE CORREDORES
Técnica
 Reunir todo material necessário no local a ser limpo
 Colocar os EPI’s necessários para a realização da limpeza
 Dividir o corredor ao meio utilizando fitas zebradas ou cones de sinalização,
impedindo, assim, o fluxo de pessoas na metade do corredor a ser limpa.
 Delimitar o início e o fim da área em que será realizada a limpeza com cones de
sinalização ou placas de piso escorregadio
 Utilizar máquina de lavar pisos com recipiente já contendo a solução a ser utilizada.
 Passar a máquina sobre o piso em sentido unidirecional, com movimento de “oito
invertido”.
 Aspirar a solução com a própria máquina ou aspirador de água.
 Secar com mop água ou pano de chão e rodo, deixando esta metade do corredor
liberada para o fluxo dos transuentes.
 Repetir as mesmas operações no outro lado do corredor.
 Repetir os materiais e os equipamentos, deixando o ambiente em ordem
Recomendações
 Dar preferências aos horários de menor movimento para a realização da limpeza
dos corredores
 Em caso de limpeza sem o uso de máquinas, utilizar os mesmos passos da limpeza
concorrente de piso.
13. LIMPEZA TERMINAL
 Qual a freqüência deste tipo de limpeza ?
Após a saída dos pacientes : alta, óbito ou transferência
 Onde limpar ?
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Piso, teto, e seus anexos, como portas, vidros, janelas, etc.
 Quais equipamentos são utilizados ?
a) Para o piso : máquinas de lavar piso
b) Para as paredes : utilizar cabo regulável com esponjas sintéticas que possuem
duas faces.
c) Para os vidros : “Kits” para limpeza de vidros
d) Para o teto: “Kits” para limpeza de tetos.
 Qual movimento empregado com a máquina de lavar piso ?
O movimento é de um “oito deitado” , unidirecional, do fundo para a porta de
entrada.
 Quais as atividades do pessoal de limpeza ?
O pessoal de limpeza fica com piso, parede e seus anexos, enquanto a
enfermagem fica com a unidade do paciente : cama, criado-mudo, painel, mesa de
refeições, etc. A unidade do paciente pode ser limpa pelo pessoal de limpeza, desde
que haja consenso entre chefia de limpeza, CCIH e chefia de enfermagem. Nos casos
em que a limpeza da unidade do paciente for executada pelo pessoal de limpeza,
esses devem receber treinamento específico para execução das técnicas.
 As superfícies devem ser limpas com desinfetantes ?
O uso de desinfetantes para descontaminação ou desinfecção é restrito para
superfícies que contenham matéria orgânica, ou seja, sangue ou fluídos corpóreos.
 Como proceder em caso de surtos ?
Nesse caso específico, é recomendado o uso de desinfetantes em toda a extensão
da superfície da área onde está ocorrendo o surto e na unidade do paciente.
Lembre-se :
1. As paredes devem ser limpas de cima para baixo
2. O teto deve ser limpo em sentido unidirecional
3. Paredes e tetos contaminam-se menos do que superfícies horizontais, como
pisos, bancadas, etc.
14. LIMPEZA DE SALAS DE CIRURGIAS
É importante lembrar que as infecções do sítio cirúrgico não devem ser relacionados
com o tipo de limpeza que é realizada nas salas de cirurgias, ou seja, técnicas
diferentes, uso de detergente ou desinfetante.
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Dentre os fatores que levam ao aparecimento das infecções, o ambiente fica em último
lugar, perdendo para os fatores endógenos do paciente (originado no interior de, ou
por fatores internos) e para as técnicas indevidas empregadas pelo pessoal da saúde,
principalmente os procedimentos que têm contato direto com o paciente.
A matéria orgânica presente na sala durante a cirurgia deve ser retirada logo após sua
eliminação, até mesmo durante a cirurgia, pois seu ressecamento e posterior dispersão
no ar ambiente pode representar um risco potencial de contaminação.
Apesar desse cuidado, não podemos supervalorizar a importância dessa matéria
orgânica como principal fator para o aparecimento da infecção, até porque não o é,
pois, sem um veículo, a contaminação não ocorre. É necessário um vetor que
transporte o microorganismo das superfícies fixas para o paciente, do contrário, não
ocorre a infecção.
Ao invés de hipervalorizar as técnicas empregadas, melhor seria limitar o número de
pessoas presentes na sala durante a cirurgia.
14.1 - Mandamento básico da limpeza das salas cirúrgicas
Considerar todo procedimento cirúrgico como contaminado, ou seja, limpar com o
mesmo rigor as salas após qualquer tipo de cirurgia, contaminada ou não.
14.2 - Atribuições da circulante de sala
 Limpeza das mesas auxiliares, bancadas e equipamentos
 Recolhimento de roupas sujas em “hampers” devidamente forrados com sacos
plásticos para materiais infectantes.
 Recolhimento e encaminhamento dos instrumentais (caso não tenha
instrumentadora).
14.3 - Atribuição do funcionário da limpeza
 Limpeza de piso, parede e seus anexos.
15. LIMPEZA PREPARATÓRIA
É a limpeza realizada antes das cirurgias programadas, mesmo que todo centro
cirúrgica ou centro obstétrico tenha sido submetido anteriormente a uma limpeza
terminal, a fim de garantir a eliminação de microorganismos depositados nas
superfícies durante o período noturno por ação da gravidade.
 Quem realiza ? Em que período ?
A enfermagem, durante o plantão noturno.
 Em que técnica consiste ?
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Basta passar um pano embebido em álcool a 70% nas superfícies como : bancadas,
mesas, etc. , a fim de retirar as partículas que se depositaram durante a noite por ação
da gravidade.
Lembre-se :
O pano deve ser limpo e passado com técnica correta, ou seja, três fricções
mecânicas.
16. LIMPEZA OPERATÓRIA
É uma limpeza realizada quando ocorre derramamento de líquido ou fluídos corpóreos
do paciente durante a cirurgia nas superfícies.
 Quem realiza ? Em que momento ?
A circulante de sala, durante o ato cirúrgico.
 Em que consiste a técnica ?
Realização de desinfecção ou descontaminação
imediatamente após o derramamento.
da
superfície
atingida
 Observação : a circulante de sala deve ter todo o material necessário para a
descontaminação ou desinfecção dentro da sala de cirurgia, não devendo transitar
fora da sala para buscá-lo.
17. LIMPEZA CONCORRENTE
É aquela diariamente entre as cirurgias; não envolve o uso de máquinas., mas
sim, mops ou pano e rodo.
 Quem realiza ?
Tanto a enfermagem quanto o pessoal de limpeza, porém cada qual com sua tarefa
:
a) pessoal de limpeza : piso
b) enfermagem : recolhimento e encaminhamento de roupas sujas e instrumentais
e limpeza de bancadas
18. LIMPEZA TERMINAL
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É a limpeza de desinfecção realizada após todas as cirurgias programadas do dia;
envolve o uso de máquinas de lavar piso.
 Quem realiza ?
Tanto a enfermagem quanto o pessoal de limpeza, diferindo no tipo de tarefa:
a) pessoal da limpeza - piso, teto, parede e anexos
b) enfermagem - recolhimento e encaminhamento de roupas sujas e instrumentais
e limpeza de bancadas.
 Recomendações
1) Não utilize mangueiras para jogar água nas paredes, basta utilizar esponja sintética
com cabo regulável.
2) O foco deve ser limpo com álcool a 70%.
19. MEDIDAS DE SEGURANÇA NO SERVIÇO
Segundo a Lei n.º 8.213, art. 19 de 24.07.91, “Acidente de Trabalho é o que ocorre
pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos
segurados, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou
a perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho “
Os acidentes podem ser provocados por agentes biológicos, ergonômicos e
mecânicos. Todos os acidentes podem e devem ser prevenidos, basta que se tome as
devidas medidas.
Tanto o hospital como cada funcionário tem sua parcela na responsabilidade de
prevenção de acidentes, resta que cada um cumpra sua parte.
19.1 - Medidas Preventivas contra acidentes Mecânicos,
Ergonômicos e biológicos
Nunca substituir escadas por cadeiras
As escadas devem ser de abrir, com plataforma de apoio e dispositivos laterais para
pendurar objetos necessários à rotina executada. Antes de usar a escada, verificar se
a trava está posicionada.
Utilizar escadas apenas em superfícies planas
Terrenos com declive podem derrubar a escada, provocando acidentes
Nunca manusear equipamentos elétricos com mãos molhadas
Não misturar produtos de limpeza
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A mistura pode tornar-se perigosa, provocando formação de gases tóxicos e reações
alérgicas.
Utilizar cinto de segurança para limpeza de janela e vidros
Este procedimento de segurança deve ser adotado não só por funcionários do próprio
hospital, como também de empresas tercerizadas, pois, se porventura algum acidente
ocorrer, o hospital é que será acionado judicialmente
Proteger tomadas elétricas de paredes que serão molhadas
Nunca correr nas dependências hospitalares
Manter postura adequada
Ao abaixar ou levantar, utilizar sempre a musculatura das pernas, nunca das costas,
mantendo-a ereta, prevenindo assim problemas de coluna.
Não levantar ou carregar objetos muito pesados sem ajuda
Dar preferência a transporte de materiais e equipamentos em carros próprios
Obedecer a horários de intervalos
Os intervalos para descanso e refeições devem ser seguidos rigorosamente a fim de
prevenir o estresse.
Notificar acidentes imediatamente após a ocorrência
O acompanhamento médico deve ser rigoroso, assim como a realização de testes e
tratamentos necessários.
Utilizar equipamentos de proteção individual e coletiva sempre que
necessário
Vacinação contra a hepatite B.
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FINALIZAÇÃO :
O TST - TREINAMENTO EM SEGURANÇA NO TRABALHO, agrade a Deus a
oportunidade de criar para você um trabalho que o fará despertar para a sua Segurança no seu
serviço, objetivando sempre a sua satisfação pessoal e profissional..
Agradecemos a você pela presença que sempre contribui para nosso sucesso pessoal
profissional.
Nossos telefones para contato são :
 (19) - 970 75 866 : celular
 (19) - 656 46 03 : comercial
Elaboração
T.
S.T - Treinamento em Segurança no Trabalho
Responsável Técnico
SILVIO LUIS FIGUEIREDO
Técnico em Segurança no Trabalho
SSST/MTB n.º 51/13309 - 3
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