CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO A GESTÃO DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA O CASO: EMPRESA ALVO DE SEGMENTO AUTOMOTIVO. ANDERSON ELIAS DE ASSIS Capivari - SP 2012 0 CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO A GESTÃO DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA O CASO: EMPRESA ALVO DE SEGMENTO AUTOMOTIVO. ANDERSON ELIAS DE ASSIS Projeto de Pesquisa de Monografia de conclusão de curso apresentado ao curso de Administração da FACECAP/ CNEC Capivari. Orientador: Prof. Ms. Marco A. Armelin. Capivari - SP 2012 1 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a Deus que nos da saúde, força e perseverança para alcançarmos nosso objetivo com inteligência e sabedoria. Também devo agradecer minha esposa, que me encorajou a participar desse novo momento em minha vida. Pela ajuda e dedicação, não só pelo tempo utilizado para a elaboração desse trabalho, mas sim por toda a minha vida. Aos nossos amigos e colegas, e também ao Professor Marco Armelim, que me orientou de forma muito clara e participativa para que obtivesse sucesso na realização deste trabalho. 2 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, que é soberano em sabedoria, e a minha esposa Elisangela C.P.P. Assis pelo incentivo, amor, paciência e apoio recebido. Aos nossos colegas da turma dos formandos 2012 em Administração da Faculdade Cenecista de Capivari. A todos, Muito Obrigado. 3 “Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio ainda; ensina ao justo, e ele crescerá em prudência.” (Provérbios 9:9). 4 ASSIS, Anderson Elias de. A gestão da produção mais limpa. O caso: Empresa Alvo de Segmento Automotivo. Projeto de Pesquisa de Monografia de Conclusão de Curso. Curso de Graduação em Administração. Faculdade Cenecista de Capivari – CNEC. 55 p., 2012. RESUMO O setor secundário da economia, representado pelas indústrias, tem por função produzir os bens que satisfazem as necessidades das pessoas, porém a disposição inadequada de resíduos sólidos industriais apresenta-se como um dos problemas ambientais mais críticos da atualidade, mesmo em países desenvolvidos este tipo de problema pode ser observado. Através do uso das chamadas tecnologias limpas que possui um caráter preventivo, as empresas grandes, médias e pequenas podem evitar os resíduos e a poluição e não estarão beneficiando somente o meio ambiente, mas sim estarão poupando matérias-primas, cortando custos de tratamento, melhorando a produtividade e qualidade de suas atividades. Palavras-chave: 1. Gestão de produção mais limpa. 2. Sustentabilidade. 3. Meio ambiente. 4. Melhoria continua. 5. Gestão da qualidade. 5 SUMÁRIO Introdução ............................................................................................................................ 08 CAPÍTULO 1- Apresentação do trabalho ........................................................................... 10 1.1. Caracterização do problema ......................................................................................... 11 1.2. Justificativa deste trabalho............................................................................................ 11 1.3. Relevância do trabalho ................................................................................................ 12 1.4. Objetivos do estudo ...................................................................................................... 12 1.4.1. Objetivos gerais. ........................................................................................................ 13 1.4.2. Objetivos específicos. ................................................................................................ 13 1.5. Estrutura do trabalho .................................................................................................... 14 CAPÍTULO 2 – Revisão da Literatura ................................................................................ 16 2.1. O que é produção? ........................................................................................................ 16 2.1.1. Administração da produção ....................................................................................... 17 2.1.2. Responsabilidade ....................................................................................................... 18 2.2. Controles da produção .................................................................................................. 18 2.3. Aspectos ambientais de uma produção ......................................................................... 19 2.3.1. O que é Meio Ambiente? ........................................................................................... 20 2.3.2. O que se busca hoje? ................................................................................................. 21 2.3.3. Quais as exigências do mercado, ONGs, governos e população ............................. . 22 2.4. Resíduos: O que são?.................................................................................................... 23 2.4.1. Inventário... ................................................................................................................ 24 2.4.2. Desenvolvimento sustentável ................................................................................... 25 2.5. Gestão ambiental .......................................................................................................... 26 2.6. Ferramentas de gestão ambiental/qualidade... .............................................................. 27 2.7. Produção mais limpa .................................................................................................... 29 2.7.1. Os benefícios ............................................................................................................. 31 2.7.2. Benefício econômico ................................................................................................. 33 CAPÍTULO 3 – Metodologia da pesquisa. ......................................................................... 37 3.1. Condições gerais .......................................................................................................... 37 6 3.2. Formas de obtenção de dados .................................................................................... 38 CAPÍTULO 4 – Apresentação da empresa alvo .................................................................. 40 4.1. A empresa alvo .......................................................................................................... 40 CAPÍTULO 5 – Apresentação e discussão dos dados......................................................... 41 CAPÍTULO 6 - Considerações finais. ................................................................................. 46 6.1. Sugestões para trabalhos futuros. .............................................................................. 47 Referências bibliográficas ................................................................................................... 49 Apêndices ............................................................................................................................ 53 Anexos ................................................................................................................................. 55 7 INTRODUÇÃO Pode-se considerar a Produção como sendo a transformação de um bem tangível em outro com maior utilidade, e isso pode ser percebido pela história que, o homem préhistórico já estava fazendo essa transformação quando confeccionava uma ferramenta e utensílio, com pedaços de madeira, lascas de pedras, etc. com o passar dos tempos, muitas pessoas se destacaram por possuírem tais habilidades em produzir certos bens de valor. Ao longo do processo de modernização da produção, cresce a importância da figura do consumidor e isto tem elevado as empresas a se atualizarem com novas técnicas de produção. No entanto, devemos partir para a definição de administração da produção, a qual pode defini-la como sendo a atividade de gerenciar recursos destinados à produção e na disponibilidade de bens e serviços isso quer dizer gerenciar processo. Ao utilizar seus recursos de forma eficaz para produzir bens e serviços de modo a satisfazer seus consumidores, é preciso ser criativo, inovador e vigoroso ao aperfeiçoar seus processos, produto e serviços e deste modo alcançar vários benefícios que podem reduzir custos de produção, aumentar a receita aumentando o nível de satisfação, reduzir o montante de investimento necessário para produzir e fornecer inovação futura. Por isso, é útil que reconheçam tendências atuais ou futuras e como elas irão impactar na prática da gestão de operações, envolvendo os indivíduos que trabalham nela, seus consumidores, fornecedores e comunidade do local em que ela está localizada que são as partes interessadas. A administração de materiais tem impacto direto na lucratividade da empresa e na qualidade dos produtos, porque é vista como assunto estratégico que tem profundo impacto na capacidade de competir em qualquer negócio. Porém, a gestão ambiental parece estar seguindo os mesmos passos. Já é claramente aceito que ela tem impacto estratégico em qualquer negócio, tanto em termos de risco como de reputação. Passamos então definir o que é meio ambiente, que é um conjunto de fatores naturais, sociais e culturais que envolvem um indivíduo e com os quais ele interage, influenciando e sendo influenciado. Ou seja, é o espaço em que uma organização opera ofertando bens e serviços incluindo-se ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações. 8 Os desastres causadores de poluição que chegam ás manchetes dos jornais podem ser por vários motivos – navios-tanques que encalham, lixo nuclear mal classificado, produtos químicos que vazam no rio ou nuvens de gases tóxicos pairando sobre cidades industriais. No entanto eles têm algo em comum. É resultado de alguma falha, a boa notícia é que muitas empresas estão buscando melhorias no seu processo produtivo, de maneira geral já começam a reconhecer suas responsabilidades ambientais, em resposta ás pressões de legisladores, regulamentadores, consumidores e da comunidade local. Então o primeiro passo concreto nessa direção ocorre no Brasil em 1973, com a criação do SEMA e a criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), ligadas diretamente à Presidência da República. Oito anos depois, em 1981, é promulgada a Lei n° 6.938, que institui a Política Nacional do Meio Ambiente, marco para a gestão do meio ambiente brasileiro, uma das preocupações centrais do homem moderno diz respeito à qualidade de seu meio ambiente. O próprio conceito de meio ambiente coloca a responsabilidade tanto das pessoas comuns, como dos órgãos governamentais e dos diversos setores produtivos da economia é que todos podem contribuir para diminuir o impacto negativo de suas ações ao meio ambiente. A preocupação com o meio ambiente fez com que a ISO, tomando por base a norma BS7750 (British Standard), elabore a norma ISO 14000, que se encontra em fase desenvolvimento no Brasil. A Abrangência da norma ISO1400 refere-se ao meio ambiente com relação a fornecedores, matéria-prima e insumos desde o produto acabado até o uso e após o uso. Tecnologias ambientais convencionais trabalham principalmente no tratamento de resíduos e emissões gerados em um processo produtivo. Para a Produção mais Limpa pretende integrar os objetivos ambientais aos processos de produção, a fim de reduzir os resíduos e as emissões em termos de quantidade e periculosidade. Por isso, optou-se por analisar a prática do uso da Produção mais Limpa que leva ao desenvolvimento e implantação de Tecnologias Limpas nos processos produtivos. Para introduzir técnicas de Produção mais Limpa em um processo produtivo, que podem ser utilizadas várias estratégias, tendo em vista metas ambientais, econômicas e tecnológicas. 9 CAPÍTULO 1 – Apresentação do trabalho 1.1. Caracterização do problema Um dos grandes problemas enfrentados hoje pela população mundial é a degradação ambiental, ou seja, a degradação de seu meio ambiente, isso não somente é de responsabilidade de pessoas mais comuns, como dos governos e governantes e dos diversos setores produtivos da economia, precisamos, portanto ter em mente que, todos podem e devem contribuir para diminuir os impactos de suas ações e atitude sobre o meio ambiente, talvez tornando suas atividades diárias voltadas para a preservação ou então, no mínimo utilizando-se dos mesmos com consciência e cuidando para que esses sejam preservados e que possam ser utilizados também pelas futuras gerações, como por exemplo, separação de lixos domésticos, oferecendo disciplinas de educação ambiental nas escolas, ou até mesmo, em relação aos processos produtivos, ações mais profundas como a utilização de tecnologias mais limpas nos processos de produção industrial. Podem-se considerar essas ações como sendo formas simples de proteger o meio ambiente e com isto proporcionar qualidade e possibilidade de vida não só para as gerações atuais, mas também para as futuras gerações. Os benefícios e facilidades trazidas à população através de produtos desenvolvidos com a finalidade de garantir uma qualidade de vida à população podem influenciar, e muito, nos aspectos ambientais. Mas, isso já vem sendo percebido pela maior parte da população, dos governantes e dos próprios empresários. Os avanços tecnológicos, hoje utilizados e, que surgem às vésperas do século XXI, busca assegurar um crescimento econômico com prevenção do impacto negativo para o meio ambiente, podendo, até mesmo, ajudar a conservá-lo através de controle dos efluentes, processos de reciclagem e reaproveitamento dos resíduos industriais. Através do uso das chamadas tecnologias limpas que possuem um caráter preventivo, tanto o processo produtivo quanto a composição dos insumos são redefinidos. As empresas grandes, médias e pequenas podem evitar os resíduos e a poluição e não estarão beneficiando somente o meio ambiente e as gerações futuras e sim estarão poupando matérias-primas, cortando custos de tratamento, melhorando a produtividade e 10 qualidade de suas atividades. Portanto, estarão promovendo uma alocação muito mais eficiente de seus recursos e antecipando-se na questão da competitividade. As pressões percebidas, não somente por parte de ações governamentais pelas exigências legais, ou até mesmo pelos órgãos e ONGS ambientalistas e a competição cada vez mais acirrada entre empresas e mercados, estão levando o mundo todo a adotar a prevenção da poluição. Talvez, porque seja bom para a imagem pública da empresa, ou porque esteja ocorrendo muita pressão por parte dos consumidores internos, e principalmente dos internacionais, bem como dos ambientalistas, o que está acontecendo é que um número cada vez maior de empresas está adotando a política da produção ecologicamente correta, ou seja, vêm redefinindo suas tecnologias e produzindo de maneira mais eficiente utilizando toda a capacidade de seus insumos, fazendo com que até mesmo os resíduos industriais sejam reaproveitados cada vez mais da melhor maneira e em maior quantidade. Com isto, a empresa passa a ter um dispêndio menor, pois utiliza todo o insumo necessário na sua produção, sem desperdiçar e muitas vezes aumentando e diversificando seu mercado de atuação através de subprodutos que surgem do que antes era considerado resíduo e terminava no lixo. A partir do momento em que a preocupação com o meio ambiente deixa de ser um custo a mais para a empresa e passa a ser fonte de lucro através da inovação de tecnologias e criação de novos produtos, surge o “eco-business”. As indústrias de equipamentos de depuração, as empresas de serviços de despoluição do ar e água, as de reciclagem de lixo e também os produtos que são vendidos no mercado como sendo ecológicos, fazem parte dessa classificação. 1.2. Justificativa deste trabalho Perante a apresentação da caracterização do problema, este trabalho se justifica pelo interesse não só do pesquisador, mas também para a empresa envolvida no trabalho por talvez, buscar levantar possibilidades de melhoria na gestão da produção, com o intuito de poder promover, subsidiar e implementar ações e ferramentas que possam viabilizar a produção com mais qualidade em relação ao meio ambiente, ou seja, ações que possibilitem a redução de resíduos, a utilização de processos menos agressivos ao meio 11 ambiente, utilização de materiais reaproveitáveis, através da não-geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em um processo produtivo, através de levantamento de ferramentas e conceitos ligados ao tema proposto, no aprofundamento do tema foi motivado pela possibilidade de estarem colaborando com a empresa alvo no aperfeiçoamento de sua gestão de produção e a possível redução de perdas, não só para a empresa em questão, em benefício da sociedade e para o ambiente onde está inserida, buscando relatar o que os autores trazem a respeito da questão e procurar mostrar a empresa possibilidade de uso de ferramentas que possam trazer benefícios em relação aos investimentos realizados em seus processos produtivos. 1.3. Relevância do trabalho A relevância do tema, bem como sua escolha, além de trazer a relevância acadêmica, e ser um assunto bastante discutido e buscado pela maioria das organizações, talvez não somente pelas exigências legais, mas também pelo impacto de sua imagem diante da população, do mercado consumidor e até mesmo de seus concorrentes, poderá proporcionar um ganho de conhecimento por parte do pesquisador e uma possibilidade para a empresa envolvida, receber sugestões de melhorias em seus processos produtivos. Esta abordagem induz inovação nas empresas, dando um passo em direção ao desenvolvimento econômico competitivo, não apenas para elas, mas para toda a região que abrangem. Tecnologias ambientais convencionais trabalham principalmente no tratamento de resíduos e emissões gerados em um processo produtivo. A Produção mais Limpa pretende integrar os objetivos ambientais aos processos de produção, a fim de reduzir os resíduos e as emissões em termos de quantidade e periculosidade. 1.4. Objetivos deste estudo Busca-se com o desenvolvimento deste tema e assunto, através de levantamento de ideias e ferramentas trabalhadas por diversos autores e também um estudo realizado dentro da própria organização envolvida, a possibilidade de se mostrar um caminho para que a 12 esta empresa possa cumprir o seu papel de provedoras das necessidades humanas sem causar prejuízo para natureza e desta forma ao próprio homem. 1.4.1. Objetivos gerais: Partindo da pergunta problema: Como a boa gestão da produção e a utilização de processos mais limpos podem colaborar com a organização e para o meio ambiente? Busca-se relatar os objetivos gerais como sendo a explanação dos conceitos sobre prática do uso da Produção mais Limpa e seus reflexos sobre os processos produtivos. Com a intenção de se buscar possibilidades de implantação de técnicas de Produção mais Limpa em um processo produtivo, explorar como podem ser introduzidas nas estratégias da organização, tendo em vista metas ambientais, econômicas e tecnológicas. Isso realizado através de pesquisa bibliográfica, onde se busca trabalhar ideias e colocações de diversos autores sobre os assuntos tratados. 1.4.2. Objetivos específicos: Como objetivos específicos pode-se colocar: a) Levantar se a empresa faz ou não o controle de resíduos gerados; b) Levantar se está ou não poupando matéria-prima, cortando custo de tratamento e melhorando a produtividade e qualidade das suas atividades. c) Em caso positivo, quais as técnicas e ferramentas usadas; d) Relatar como a empresa se decidiu em utilizar-se dessas ferramentas. e) Levantar quais as dificuldades encontradas pela empresa em relação à utilização de técnicas para a prevenção do impacto ambiental, controle dos efluentes, reciclagem e reaproveitamento dos resíduos. f) Levantar se existe ou não geração de resíduos em todo seu processo, desde o recebimento da matéria-prima, estoque de matéria-prima, produção, estoque de produto acabado, e ainda, quais as ações voltadas para a amenização dessas perdas e no reaproveitamento dos resíduos, se houver. 13 g) Relatar as dificuldades e facilidades da empresa em estar envolvendo seus colaboradores no processo. 1.5. Estrutura do trabalho Este trabalho está organizado em seis capítulos. Sendo o primeiro capítulo sobre a caracterização do problema, ou seja, será definido qual é o problema, a importância desse assunto e como abordar esse problema para chegar a uma conclusão plausível. No segundo capítulo é apresentada uma revisão bibliográfica com o propósito de fornecer o referencial teórico necessário para as análises decorrentes do estudo de caso. Onde se aborda temas como: O que é produção? Administração da produção e responsabilidade Controles da produção Aspectos Ambientais de uma produção O que é meio Ambiente? O que se busca Hoje? Quais as exigências do mercado, ONGs, Governos e População. Resíduo – o que são? Inventario Desenvolvimento Sustentável Gestão Ambiental Ferramentas de gestão Ambiental Produção mais Limpa Já o terceiro capítulo é detalhada a Metodologia empregada na pesquisa, onde se definem os modelos empregados, procedimentos adotados para a coleta de dados e, para sua análise, além de outros detalhes pertinentes. O quarto capítulo é composto por uma breve descrição da empresa-alvo que por questões de Política de segurança da empresa, não é possível divulgar o nome, razão social ou qualquer imagem que venha divulgar ao público, por este motivo poderemos nos referir somente como empresa alvo. 14 No quinto capítulo são apresentados os resultados e discussões oriundos do questionário aplicado ao empreendedor do negócio. Por fim, o sexto capítulo trata das considerações finais desse estudo, onde são resgatados: a pergunta problema dessa pesquisa e os objetivos do trabalho, além da sugestão para trabalhos futuros. 15 CAPÍTULO 2 - Revisão da Literatura 2.1. O que é produção? Segundo Martins (1999) pode-se considerar a produção como sendo a transformação de um bem tangível em outro com maior utilidade, e isso pode ser percebido pela história que, o homem pré-histórico já estava fazendo essa transformação quando confeccionava uma ferramenta e utensílio, com pedaços de madeira, lascas de pedras, etc. Com o passar dos tempos, muitas pessoas se destacaram por possuírem tais habilidades em produzir certos bens de valor. Ainda segundo este mesmo autor, muitas pessoas passaram a produzir conforme solicitações e especificações apresentadas por terceiros, surge então os primeiros artesãos. A produção artesanal também evoluiu Com padronização dos produtos, prazos de entrega, mercado de trocas e formação de grupos de trabalhos. A produção artesanal começa a entrar em decadência com a revolução industrial, a descoberta da máquina a vapor para reduzir esforços brutos e aumentando a produção. Caracteriza por algumas exigências do mercado como – padrões, melhor qualidade, técnicas de vendas, padronização de processos, treinamento da mão-de-obra e hierarquia. Segundo Martins e Laugeni (1999), no final do século XIX surgem os trabalhos do pai da Administração Científica Frederick Taylor que introduz a sistematização do conceito de produtividade. Melhoria da produtividade com menor custo possível. Surge o conceito de output1 e de input2. Ainda segundo esse mesmo autor, o mesmo coloca que Henry Ford cria a linha de montagem seriada, caracterizada por grandes volumes de produtos extremamente padronizados, em busca de melhoria na produtividade. Surgem os estoques, os postos de trabalho, sindicatos, motivação, controle estatístico, manutenção, arranjo físico (layout). 1 2 Output - o que foi produzido. Input - o que foi necessário para se produzir. 16 Ao longo do processo de modernização da produção, cresce a importância da figura do consumidor e isto tem elevado as empresas a se atualizarem com novas técnicas de produção. 2.1.1. Administração da produção O Processo produtivo de uma organização deve antes de tudo ser devidamente planejado e controlado e executado de maneiras a se conseguir um desempenho considerável, ou seja, existe a necessidade de se trabalhar com a razão. “A administração nada mais é do que a condução racional das atividades de uma organização seja ela lucrativa ou não lucrativa. A administração trata do planejamento, da organização (estruturação), da direção e do controle de todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorram dentro de uma organização”. (CHIAVENATO, 2003, P.2) Pode-se também citar Bateman e Snell (1998), que colocam que “administração é o processo de trabalhar com pessoas e recursos para realizar objetivos organizacionais”. No entanto, devemos partir para a definição de administração da produção, a qual pode defini-la como sendo a atividade de gerenciar recursos destinados à produção e na disponibilidade de bens e serviços isso quer dizer gerenciar processo. Podemos afirmar que toda a atividade de uma empresa visando atender objetivos de curto, médio e longo prazo, se inter-relaciona, na tentativa de transformar insumos em matéria prima em produto acabado ou em serviços. Em um sistema produtivo, quando passamos a definir objetivos, existe a necessidade de se definir planos e estratégias para que esses objetivos possam ser atingidos, sendo necessário também que se faça a organização de recursos humanos e físicos necessários para a ação, e controlar esta ação para a correção possível destes objetivos. Dentro de cada operação, os mecanismos que transforma inputs em outputs são chamados de processo. Processo são arranjos de recursos que produzem algumas misturas de produtos e serviços. Tais recursos que nem sempre agregam valor ao produto final, 17 dentro desse conceito encontramos administração da produção ou operações em todas as áreas de atuação. Ainda de acordo com Bateman e Snell (1998), que colocam que toda a atividade da administração da produção pode contribuir para o sucesso de qualquer organização seja ela de qualquer tamanho. Ao utilizar seus recursos de forma eficaz para produzir bens e serviços de modo a satisfazer seus consumidores, é preciso ser criativo, inovador e vigoroso ao aperfeiçoar seus processos, produto e serviços e deste modo alcançar vários benefícios que podem reduzir custos de produção, aumentar a receita aumentando o nível de satisfação, reduzir o montante de investimento necessário para produzir e fornecer inovação futura. 2.1.2 Responsabilidade Segundo Slack at.al. (2009) muitas vezes a gestão da produção/operações seja vista por alguns como ocupada com os aspectos rotineiros do negócio. De fato ela está, na verdade, á frente de quase todos os desafios importante imposto ao negócio. Isso ocorre por causa de novas tecnologias, novas ideias e mudanças no mercado ou nas condições ambientais. As operações terão que entender as consequências destas mudanças. Por isso, é útil que reconheçam tendências atuais ou futuras e como elas irão impactar na prática da gestão de operações, envolvendo os indivíduos que trabalham nela, seus consumidores, fornecedores e comunidade do local em que ela está localizada que são as partes interessadas. Cada gerente de operações é responsável pelo desempenho ambiental de suas organizações. Por que geralmente, são falhas de operações causadoras de desastre e poluição e são as decisões de operações que impactam nas questões ambientais de longo prazo. 2.2. Controles da produção 18 De acordo com Zacarelli (1967), o controle do processo produtivo envolve codificações de materiais, planejamento, MRP, programação da produção, planejamento de projetos, avaliação da produtividade e administração da qualidade e também inclui o movimento dos materiais dentro das fabricas. No que diz respeito ao controle da administração da produção, este processo é realizado pela função de Planejamento e Controle da Produção (PCP). Esse mesmo autor ainda denomina o PCP como Programação e Controle da Produção, definindo-o como “... um conjunto de funções inter-relacionadas que objetivam comandar o processo produtivo e coordená-lo com os demais setores administrativos da empresa". Esse mesmo autor ainda coloca que existem outros tipos de critérios utilizados pelas empresas para controlar e avaliar seus fornecedores da produção e são avaliados os seguintes aspectos: Verificar os custos se estão compatíveis com o mercado, partindo do princípio de que eles podem e devem ser reduzido; O relacionamento somente frutificara se quem está fornecendo dispuser de qualidade mesmo que não seja um padrão de qualidade desejável; e, É fundamental implantar programa de melhoria continua visando um sistema de qualidade nos moldes da ISO 9000. Baseado nas colocações feitas por esse autor, podemos considerar que o fornecedor deverá demonstrar uma cultura de pontualidade em suas entregas e também criar inovações para atender o cliente comprador, sendo flexível para se adaptar a mudanças e solicitações do mercado. Segundo Martins e Laugeni (1999) as necessidades dos clientes, tanto interno como externo, devem ser analisadas para que a empresa possa atendê-los, a partir dos estoques já existentes que foram produzidos com melhor qualidade e menor custo ou se terá que iniciar um processo de reposição, o recebimento dos produtos e pedidos pode envolver diversas áreas e o armazenamento de materiais é uma atividade que consiste em armazenar adequadamente os materiais e de entrega facilitada. A administração de materiais tem impacto direto na lucratividade da empresa e na qualidade dos produtos. 19 2.3. Aspectos ambientais de uma produção Segundo Slack at.al. (2009) embora a gestão ambiental seja um assunto novo, seu papel na organização tem ligação com a gestão da qualidade. Algum tempo atrás, a gestão da qualidade era vista como disciplina separada da gestão de operações, embora geralmente próxima organizacionalmente. Agora a gestão da qualidade é vista como assunto estratégico que tem profundo impacto na capacidade de competir em qualquer negócio. Porém, a gestão ambiental parece estar seguindo os mesmos passos. Já é claramente aceito que ela tem impacto estratégico em qualquer negócio, tanto em termos de risco como de reputação, como em termo de identificar oportunidades para eliminação de custo. Esses autores colocam que o gerenciamento ambiental nas empresas deverá ser realizado em três estágios: Solução de problema: atendimento a legislação ambiental e gerenciamento de todos os riscos ambientais. Segundo Laugeni (1999) a preocupação com meio ambiente fez a ISO elaborar normas ISO14000 contendo especificações técnicas e outros critérios precisos a serem utilizados como regra que abrange respeito ao meio ambiente em relação a fornecedor, matéria prima e insumos. Do produto acabado até o uso no processo de subprodutos, resíduo gerado no processo, produto fora do especificado e emissões: liquida ou atmosférica e de energia. A partir do momento em que a preocupação com o meio ambiente deixa de ser um custo a mais para a empresa e passa a ser fonte de lucro através da inovação de tecnologias e criação de novos produtos. Torna-se mais fácil pensar a questão do desenvolvimento sustentável como sendo uma prática comum no dia-a-dia da sociedade em geral. 2.3.1. O que é meio ambiente? Segundo Lima Silva (2000), Meio Ambiente é um conjunto de fatores naturais, sociais e culturais que envolvem um indivíduo e com os quais ele interage, influenciando e sendo influenciado. Ou seja, é o espaço em que uma organização opera ofertando bens e serviços incluindo-se ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações. 20 Já pela visão de Neves e Tostes (1998), Meio Ambiente é tudo o que tem a ver com a vida de um ser (plantas, animais, pessoas) ou de um grupo de seres vivos, (...) os elementos físicos, vivos, culturais e a maneira como esses elementos são tratados pela sociedade. Ao considerarmos as colocações dos autores, nota-se que ambos colocam o homem como ser interagente e envolvido neste meio, sendo necessária sua conscientização e sua importância para sobrevivência de toda espécie. 2.3.2. O que se busca hoje? Os desastres causadores de poluição que chegam ás manchetes dos jornais podem ser por vários motivos – navios-tanques que encalham, lixo nuclear mal classificado, produtos químicos que vazam no rio ou nuvens de gases tóxicos pairando sobre cidades industriais. No entanto, eles têm algo em comum. É resultado de alguma falha de operações. Dê alguma forma os procedimentos foram inadequados e isso é impacto ambiental de produtos que não foram reciclados e processo que consomem grande quantidade de energia. A boa notícia é que muitas empresas estão buscando melhorias no seu processo produtivo, de maneira geral já começam a reconhecer suas responsabilidades ambientais, em resposta ás pressões de legisladores, regulamentadores, consumidores e da comunidade local. De acordo com Harrison (2000), a grande parte de organizações que estão buscando e implantando melhoria na produção, e isto deve ser tratadas de forma completa, o que requer balanceamento e integração dos sistemas técnicos e sociais. Isso conduz à necessidade de atuação em diferentes áreas e à consideração de aspectos como habilidades e motivação. Ainda segundo esse autor, o mesmo diz que é possível verificar, em várias empresas ou organizações, atividades de melhoria que muitas vezes são chamadas de “melhoria contínua”, como, por exemplo, nas empresas com sistema de qualidade com base nos requisitos da QS 9000. 21 Entretanto, não se pode afirmar que essas atividades são realmente de melhoria contínua. Já Rodrigues (1998), coloca que uma possível explicação seria o fato de elas ressaltarem a aplicação de técnicas e ferramentas sem entendimento básico dos comportamentos relacionados à cultura da empresa, os quais afetam o desempenho da atividade. 2.3.3 Quais as exigências do mercado, Ongs, Governos e População. De acordo com o SEMA3, nosso país é conhecido por suas proporções continentais, uma enorme variedade climática, um gigantesco patrimônio ambiental e a maior diversidade biológica do planeta. A conservação de tais recursos às portas do novo milênio é, todavia, cada vez mais desafiadora. À medida que se consolidam demandas direcionadas ao resgate da enorme dívida social existente em nosso país, que cresce proporcionalmente sobre a utilização dos recursos naturais disponíveis. Garantir, pois, que a utilização dos recursos naturais seja feita de forma apropriada, de acordo com os pressupostos fundamentais do desenvolvimento sustentável, é nossa missão e desafio. Então o primeiro passo concreto nessa direção ocorre no Brasil em 1973, com a criação do SEMA e a criação do IBAMA4, ligadas diretamente à Presidência da República. Oito anos depois, em 1981, é promulgada a Lei n° 6.938, que institui a Política Nacional do Meio Ambiente, marco para a gestão do meio ambiente brasileiro. De acordo com a Política Nacional de Meio Ambiente consagra que os objetivos da ação governamental em assuntos ambientais. Destacam alguns objetivos principais que são: Ação governamental para manutenção do equilíbrio ecológico A racionalização do uso do solo, subsolo, água e ar, planejamento e fiscalização no uso dos recursos ambientais. Proteção dos ecossistemas, com a preservação. 3 4 SEMA - Secretaria do Estado do Meio Ambiente. IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. 22 Educação ambiental em todos os níveis de ensino, objetivando a capacitação da comunidade à participação ativa na defesa do meio ambiente. De acordo com o FNMA5 o Ministério tem adotado um conjunto de medidas buscando transferir o planejamento e a execução de políticas ambientais dos Estados, Municípios, organizações não governamentais e outras entidades públicas e privadas. 2.4 Resíduos: O que são? Segundo o SEBRAE resíduo é tudo aquilo que não aproveitado nas atividades humanas, proveniente da indústria, comercial e residencial. Os resíduos encontrados no lixo são produzidos de diversas formas, e também todo aquele material que não pode ser jogado ao lixo por ser altamente tóxico ou prejudicial à saúde e meio ambiente. Resíduos sólidos e líquidos podem ser de dois tipos de acordo com a sua composição química: resíduo orgânico, proveniente de matéria viva ex: (resto de alimento, plantas e fezes) e resíduos inorgânicos de origem não viva e derivada exe.: (material de construção, plástico, vidro e metais). Os resíduos, encontrados em diferentes estados (sólidos, líquidos e gasosos) têm indesejáveis efeitos no meio ambiente, causando assim um grande impacto ambiental. Portanto, ainda segundo o SEBRAE, reduzir, reutilizar e reciclar é condições essenciais para garantir processos mais econômicos e ambientalmente sustentáveis, em áreas urbanas e rurais. 5 FNMA - Fundo Nacional do Meio Ambiente. 23 Fonte: Empresa Alvo. 2.4.1. Inventário Segundo Giovanetti (2002), uma das preocupações centrais do homem moderno diz respeito à qualidade de seu meio ambiente. O próprio conceito de meio ambiente coloca a responsabilidade tanto das pessoas comuns, como dos órgãos governamentais e dos diversos setores produtivos da economia onde todos podem contribuir para diminuir o impacto negativo de suas ações ao meio ambiente. É possível através de um conjunto de informações sobre gerações, característica, armazenamento, transporte, tratamento, reutilização e reciclagem, identificar alguns tipos de resíduos gerados pela indústria em seu processo produtivo. Estas informações podem e devem ser capitadas por um inventário de resíduo. Giovanetti (2002) ainda cita que de acordo com a resolução do Conama n° 313 de 29 de outubro de 2002, (Inventário nacional de resíduos industriais). Em 2002, CONAMA6, em considerações publicadas em 22 de novembro de 2002, considera a necessidade da elaboração de programas estaduais e do plano nacional para gerenciamento de resíduos sólidos industriais, alguns dos motivos era a ausência de informações sobre quantidade, tipos de resíduos se podem ou não ser prejudicial à saúde e ao meio ambiente; o inventário de resíduo é um dos instrumentos de política de gestão de resíduos. 6 CONAMA - Conselho Nacional e Meio Ambiente. 24 2.4.2. Desenvolvimento sustentável Segundo Krikke, (2001) a continua busca por menores impactos ambientais são resultantes de exigências impostas pela sociedade através dos consumidores e de requisitos legais governamentais. As legislações ambientais tornaram-se mais duras na última década, exigindo das empresas um comportamento ambiental mais ativo, responsabilizando-as pela completa gestão do ciclo de vida dos seus produtos, diminuindo assim os impactos ambientais não apenas dos processos, mas também daqueles causados pelas atividades de descarte. Isto faz com que aumente a porcentagem da utilização de materiais e embalagens reciclados. É crescente entre os clientes a consciência para a reciclagem e por processos de manufatura mais limpos, espera-se que para cada produto novo adquirido um produto antigo deva ser reciclado. Segundo Manzini e Vezzoli (2002), dentro deste quadro de mudanças é preciso que as empresas procurem criar valor tendo em conta a sustentabilidade que implica usar recursos renováveis; reduzir aqueles não é renovável; respeitar a capacidade de auto reciclagem do meio ambiente; reutilizar e reciclar os recursos. Isto é sustentabilidade que significa diminuir custos no processo de produção, minimizar os impactos ambientais e agregar valor ao produto. Segundo Shrivastava e Hart (1998), o mundo será obrigado a se desenvolver de forma sustentável, ou seja, que preserve o meio ambiente, e as empresas deverão fazer o mesmo, por iniciativa própria ou por exigência legal. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (1997) algumas das Estratégias Governamentais no Brasil é a tese de que conservação ambiental e desenvolvimento podem e devem caminhar juntos para o desenvolvimento, de modo a redimir a ausência de políticas ambientais do passado e resgatar as dívidas socioeconômicas do Brasil de forma sustentável. Essa constante luta para inserir a dimensão ambiental nas decisões de políticas públicas tem dado alguns resultados. O primeiro deles é o Protocolo Verde, entendido como um conjunto de requisitos mínimos para a conservação ambiental por meio dos quais se restringe o crédito oficial e os benefícios fiscais a atividades prejudiciais ao meio ambiente. Em termos práticos, este conjunto de diretrizes faz da variável ambiental um critério relevante na tomada de decisões na área de política econômica e no financiamento de projetos pelas agências oficiais de desenvolvimento. 25 Em segundo lugar, destaca-se o envolvimento do setor produtivo e demais atores da sociedade civil no esforço de conservação ambiental através da negociação e do diálogo orientado para a prática do uso sustentável dos recursos naturais. Nessa direção, o Governo tem estimulado e orientado a adoção de uma política de coresponsabilidade e parceria através da conscientização da sociedade para a prática de uma gestão otimizada de seus recursos naturais. Como exemplos desta postura destacam-se a criação do Conselho Empresarial de Desenvolvimento Sustentável, em 1997, e a participação do Brasil nos debates sobre as pautas da ISO 14.000 e sua adoção gradual por parte da indústria no Brasil. 2.5. Gestão ambiental Segundo Abel (2002), citando Andrade (2000), “uma empresa ou uma organização, como um organismo vivo, é um agrupamento humano em interação, que ao se relacionar com o meio externo por meio de sua estrutura interna, faz uma construção social da realidade, que lhe proporciona a sobrevivência. Segundo os mesmos princípios pelos quais mutações são preservadas dentro de cadeias ecológicas do mundo vivo. De sua adequação ou não ás condições ambientais que a cercam dependerá sua sobrevivência ou extinção”. Ainda de acordo com esse autor, a questão ambiental hoje é uma das que mais preocupam a humanidade, tornando-se um de seus maiores desafios, para uma busca de condições socioeconômicas e ambientais equilibrada. Segundo Laugeni (1998), a preocupação com o meio ambiente fez com que a ISO, tomando por base a norma BS7750 (British Standard), elabore a norma ISO 14000, que se encontra em fase de desenvolvimento no Brasil. A Abrangência da norma ISO 14000 refere-se ao meio ambiente com relação a fornecedores, matéria-prima e insumos desde o produto acabado até o uso e após o uso, de acordo com TIBOR (1996), “A ISO define uma norma como acordo documentado contendo especificações técnicas ou outros critérios precisos a serem utilizados uniformemente com 26 regra, diretriz ou definição de características a fim de assegurar que os materiais, produtos, processos e serviços sejam adequados a sua finalidade.”. Ainda, de acordo com as colocações deste autor, um sistema de gestão ambiental eficaz pode ajudar uma empresa a gerenciar, medir e melhorar os aspectos ambientais de suas operações e processos, medindo e controlando subprodutos, resíduo de emissões líquidas e de energia. Desta forma, pode-se perceber que ao utilizar um sistema de gestão ambiental as empresas alcançarão um processo de produção ecologicamente correto, vindo de encontro às atuais necessidades de um mercado globalizado e por este motivo apresentando uma concorrência cada vez mais acirrada. 2.6. Ferramentas de gestão ambiental/qualidade Segundo Slack (2009), a gestão da qualidade é vista como assunto estratégico que tem profundo impacto na capacidade de competir em qualquer negócio. Porém, a gestão ambiental parece estar seguindo os mesmos passos. Já é claramente aceito que ela tem impacto estratégico em qualquer negócio, tanto em termos de risco como de reputação, como em termo de identificar oportunidades para eliminação de custo. Além disso, a gestão da qualidade era vista como um assunto prioritariamente operacional e não estratégicos alguns anos atrás. Qualidade era um diferencial no produto ou serviço e hoje em dia qualidade faz a sobrevivência da organização. Ademais, qualidade é cada vez mais tema de prêmios, auto certificação e sistematização. A gestão ambiental parece estar seguindo seus passos. Segundo Tibor (1996), “As normas ISO 14000 descrevem os conjuntos de elementos básicos de um sistema de gestão ambiental eficaz (...)”. Esse autor coloca ainda que seus elementos incluem a criação de uma política ambiental, o estabelecimento de objetivos e alvos, a implantação de um programa para objetivos, a monitoração e medição de sua eficácia, a correção de problemas e a análise e revisão do sistema para aperfeiçoá-lo e melhorar o desempenho ambiental geral. Para esse mesmo autor, pode-se levar a uma conformidade mais eficiente com os requisitos ambientais obrigatórios e voluntários. Pode ajudar as empresas a efetivarem 27 uma mudança cultural, à medida que práticas gerenciais ambientais forem sendo incorporadas nas operações gerais do negócio. “As normas ISO 14000 são baseadas em uma simples equação: Um melhor gerenciamento do meio ambiente levará a um melhor desempenho desse meio ambiente, a uma maior Eficiência e a um maior retorno dos investimentos”. (TIBOR; 1996.p. 20 e 21) Baseando-se ainda neste autor, o mesmo considera importante esclarecer um pouco mais o que é um SGA, o que passamos a descrever a seguir: SGA7 é uma estrutura organizacional que permite à empresa avaliar e controlar os impactos ambientais de suas atividades, produtos ou serviços. São seis os elementos importantes de um SGA: 1. Política ambiental, na qual a empresa estabelece suas metas e compromissos com seu desempenho ambiental; 2. Planejamento, no qual a empresa analisa o impacto ambiental de suas atividades; 3. Implementação e operação, que são desenvolvimento e a execução de ações para atingir as metas e os objetivos ambientais. 4. Monitoramento e correção das ações, que implica o monitoramento e a utilização de indicadores que asseguram que as metas e os objetivos estão sendo atingidos; 5. Revisão gerencial, na qual o SGA é revisado pelo comando superior da empresa, a fim de assegurar sua probabilidade, adequação e efetividade; 6. Melhoria contínua. De acordo ainda com Tibor (1996), podemos resumir o Sistema de Gestão Ambiental como sendo um conjunto de diretrizes adotadas para a implementação de uma política ambiental numa determinada empresa ou unidade produtiva que especifica competências, comportamentos, procedimentos e exigências a fim de avaliar e controlar os impactos ambientais de suas atividades. 7 SGA - Sistema de Gestão Ambiental 28 2.7. Produção mais limpa (P + L) Segundo o CNTL8, a Tecnologia Mais Limpa significa a aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em um processo produtivo. Esta abordagem induz inovação nas empresas, dando um passo em direção ao desenvolvimento econômico sustentado e competitivo, não apenas para elas, mas para toda a região que abrangem. Tecnologias ambientais convencionais trabalham principalmente no tratamento de resíduos e emissões gerados em um processo produtivo. Para esse Conselho, a Produção mais Limpa pretende integrar os objetivos ambientais aos processos de produção, a fim de reduzir os resíduos e as emissões em termos de quantidade e periculosidade. Na visão do CNTL, a prática do uso da Produção mais Limpa leva ao desenvolvimento e implantação de Tecnologias Limpas nos processos produtivos. Para introduzir técnicas de Produção mais Limpa em um processo produtivo, podem ser utilizadas várias estratégias, tendo em vista metas ambientais, econômicas e tecnológicas. Veja o exemplo: Fonte: Conselho Nacional de Tecnologias Limpas – SENAI-RS (2012) 8 Centro Nacional de Tecnologias Limpas – SENAI – Rio Grande do Sul – Estudos de Implementação de Tecnologias Mais Limpas 29 Segundo Schenini (1999), “as tecnologias limpas são aquelas atreladas aos processos produtivos, ou seja, visam torna-los menos nocivos ao meio ambiente. Envolvendo: infraestrutura básica; gestão de resíduos sólidos; tratamento de efluentes; líquidos e das emanações áreas; eliminação, substituição de processos poluentes. Algumas empresas são receosas quando se trata do processo fabril, porém precisa reconhecer as vantagens ambientais da adoção das tecnologias limpas, visando o posicionamento estratégico das empresas, adotando um processo ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente adequado.” De acordo com a CETESB9 (2006), a P+L, devidamente implantada, resulta nos seguintes benefícios: aumento da rentabilidade do negócio; redução de custo de produção; uso mais racional da água, da energia e das matérias-primas; redução da geração de resíduos, efluentes e emissões e de gastos com se tratamento e destinação final. De acordo com esse órgão, dentre as barreiras para o desenvolvimento de ações P+L, o PNUMA10 (2005) destaca falta de comprometimento do governo na priorização destas ações; falta de participação limitada por parte da indústria na implementação; dificuldades em manter e desenvolver centro de pesquisa dedicada ao conhecimento de tecnologias limpas e materiais alternativos e, além disso, preocupações econômicas, a falta de informações e as atitudes dos gerentes, são barreiras que impede visualização de benefícios do programa, tanto para a empresa como para toda a sociedade. A P+L deve ser vista pelos governos, sociedade e, principalmente, organizações não só como uma estratégia econômica e ambiental, mas como beneficiadora da saúde ocupacional e da segurança dos trabalhadores, bem como fortalecimento da imagem da empresa frente á comunidade e autoridade ambientais. Para a CNTL a implementação de um Programa de Produção mais Limpa possibilita à empresa o melhor conhecimento do seu processo industrial através do monitoramento constante para manutenção e desenvolvimento de um sistema eco-eficiente de produção com a geração de indicadores ambientais e de processo. Este monitoramento permitirá à empresa identificar necessidades de: pesquisa aplicada, informação tecnológica e programas de capacitação. Além disso, o Programa de Produção mais Limpa irá integrar-se aos Sistemas de Qualidade, Gestão 9 Companhia de Tecnologias de Saneamento Ambiental. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. 10 30 Ambiental e de Segurança e Saúde Ocupacional, proporcionando o completo entendimento do sistema de gerenciamento da empresa. Fonte: Conselho Nacional de Tecnologias Limpas – SENAI-RS (2012) 2.7.1. Os benefícios O Programa de Produção mais Limpa traz para as empresas benefícios ambientais e econômicos que resultam na eficiência global do processo produtivo, através de: • eliminação dos desperdícios; • minimização ou eliminação de matérias-primas e outros insumos impactantes para o meio ambiente; • redução dos resíduos e emissões; • redução dos custos de gerenciamento dos resíduos; • minimização dos passivos ambientais; • incremento na saúde e segurança no trabalho. E ainda contribui para: 31 • melhor imagem da empresa; • aumento da produtividade; • conscientização ambiental dos funcionários; • redução de gastos com multas e outras penalidades. O programa de produção mais limpa não apenas minimiza o impacto ambiental dos resíduos pelo seu tratamento e/ou disposição adequada, mas procura evitar a poluição antes que esta seja gerada. Entre as principais metas ambientais da Produção mais Limpa podem ser incluídas: Eliminação e redução de resíduos: Produção mais Limpa procura eliminar o lançamento de resíduos no meio ambiente ou reduzi-lo substancialmente. Entendese por resíduo todos os tipos de poluentes, incluindo resíduos sólidos, perigosos ou não, efluentes líquidos, emissões atmosféricas, calor, ruído ou qualquer tipo de perda que ocorra durante o processo de geração de um produto ou serviço. Produção sem Poluição: Processos produtivos ideais, de acordo com o conceito de Produção mais Limpa, ocorrem em um circuito fechado, sem contaminar o meio ambiente e utilizando os recursos naturais com a máxima eficiência possível. Eficiência energética: A Produção mais Limpa requer os mais altos níveis de eficiência energética na produção de bens e serviços. A eficiência energética é determinada pela maior razão possível entre energia consumida e produto final gerado. Saúde e Segurança do trabalho: A Produção mais Limpa procura sempre minimizar os riscos para os trabalhadores através de um ambiente de trabalho mais limpo, mais seguro e mais saudável. Produtos ambientalmente adequados: O produto final, bem como todos os subprodutos comercialmente viáveis, deve ser tão ambientalmente adequado quanto possível. Fatores relacionados à saúde e meio ambientes devem ser priorizados nos estágios iniciais de planejamento do produto e devem ser considerados ao longo de todo o ciclo de vida do mesmo, da produção à disposição, passando pelo uso. Portanto, fica claro que o principal objetivo da Produção mais Limpa é eliminar ou reduzir a emissão de poluentes para o meio ambiente, ao mesmo tempo em que aperfeiçoa o uso de matérias-primas, água e energia. Desta forma, além de um efeito de proteção 32 ambiental de curto prazo, a Produção mais Limpa incrementa a eficiência no uso de recursos naturais, gerando melhorias sustentáveis de longo prazo. Como em qualquer tipo de projeto, a decisão de investir em Produção mais Limpa depende da relação custo-benefício que o investimento terá. Na prática, frente às restrições de capital e às pressões dos órgãos ambientais e das ONG’s, opta-se pela adoção de estratégias ambientais corretivas (tratamento da poluição ao final do processo: técnicas de fim-de-tubo) no lugar de estratégias preventivas, como é o caso da Produção mais Limpa. Fonte: Fonte: Conselho Nacional de Tecnologias Limpas – SENAI-RS (2012) Figura: ilustra os ganhos com a Produção mais Limpa. 2.7.2. Benefício econômico Comparando as mudanças que ocorrem na estrutura de custos de uma empresa em duas situações possíveis, quando não há e quando há investimento em Produção mais Limpa, verifica-se que neste último caso os custos decrescem significativamente com o tempo, resultado dos benefícios gerados a partir do aumento da eficiência dos processos, do uso eficiente de matérias-primas, água e energia, e da redução de resíduos e emissões gerados. Quando não há investimentos, a estrutura de custos totais não apresenta variações substanciais ao longo do tempo, comportamento que está representado pela linha horizontal (sem produção mais limpa). (Quando se toma a decisão de implantar ações de Produção mais Limpa, a princípio ocorre uma redução dos custos totais pela adoção de medidas sem 33 investimento, como por exemplo, ações de boas práticas operacionais). Visualmente isto corresponde ao segmento A do gráfico. Num segundo momento (segmento B) ocorre um incremento nos custos totais, resultado dos investimentos feitos para as adaptações necessárias, incluindo a adoção de novas tecnologias e modificações no processo existente. Com a entrada em ação dos processos otimizados e novas tecnologias, ocorre uma redução nos custos totais que permite a recuperação do investimento inicial e, com o passar do tempo, os ganhos com a maior eficiência permitem uma redução permanente nos custos totais. Visualmente esta redução de custos pode ser observada na diferença entre as duas curvas, no segmento C do gráfico. O primeiro passo antes da implementação de um programa de Produção mais Limpa é a pré-sensibilização do público alvo (empresários e gerentes) através de uma visita técnicas, fazendo a exposição de casos bem sucedidos, ressaltando seus benefícios econômicos e ambientais. Além disso, devem ser também salientados: • as pressões do órgão ambiental para o cumprimento dos padrões ambientais; • custo na aquisição e manutenção de equipamento; • outros fatores relevantes para que o público alvo visualize os benefícios da abordagem de Produção mais Limpa. É enfatizada, durante a pré-sensibilização, a necessidade de comprometimento gerencial da empresa, sem o qual não é possível desenvolver o Programa de Produção mais Limpa. Após a fase de pré-sensibilização a empresa poderá iniciar a implementação de um Programa de Produção mais Limpa através de metodologia própria ou através de instituições que possam apoiá-la nesta tarefa. Um programa de implementação de Produção mais Limpa deverá seguir os seguintes passos: 1° Passo - Obtenção do comprometimento gerencial é fundamental sensibilizar a gerência para garantir o sucesso do Programa. A obtenção de resultados consistentes depende decisivamente do comprometimento da empresa com o Programa; • Identificação de barreiras à implementação e busca de soluções para que o Programa tenha um bom andamento é essencial que sejam identificadas as barreiras que serão encontradas durante o desenvolvimento do Programa e buscar soluções adequadas para superá-las; 34 • Estabelecimento da amplitude do Programa de Produção mais Limpa na empresa que é necessário definir em conjunto com a empresa a abrangência do Programa: incluirá toda a empresa, iniciará em um setor crítico. 2° Passo - Estudo do fluxograma do processo que é análise detalhada do fluxograma que permite a visualização e a definição do fluxo qualitativo de matéria-prima, água e energia no processo produtivo, visualização da geração de resíduos durante o processo, agindo desta forma como uma ferramenta para obtenção de dados necessários para a formação de uma estratégia de minimização da geração de resíduos, efluentes e emissões. 3° Passo - é elaborado o balanço material e são estabelecidos indicadores, são identificadas as causas da geração de resíduos e é feita a identificação das opções de produção mais limpa. Neste passo a etapas que são as análises quantitativas de entradas e saídas: Quantificação de entradas (matérias-primas, água, energia e outros insumos); Quantificação de saídas (resíduos, efluentes, emissões, subprodutos e produtos); Dados da situação ambiental da empresa; Dados referentes à estocagem, armazenamento e acondicionamento de entradas e saídas. Análise quantitativa de entradas e saídas e estabelecimento de indicadores; 4° Passo - Avaliação técnica, ambiental e econômica das opções de Produção mais Limpa levantadas, sempre visando o aproveitamento eficiente das matérias-primas, água, energia e outros insumos através da não geração, minimização, reciclagem interna e externa. Na avaliação técnica é importante considerar: Impacto da medida proposta sobre o processo, produtividade, segurança, etc; Testes de laboratório ou ensaios quando a opção estiver mudando significativamente o processo existente; Experiências de outras companhias com a opção que está sendo estudada; Todos os funcionários e departamentos atingidos pela implementação das opções; 35 Necessidades de mudanças de pessoal, operações adicionais e pessoais de manutenção, além do treinamento adicional dos técnicos e de outras pessoas envolvidas. Na avaliação ambiental é importante considerar: A quantidade de resíduos, efluentes e emissões que será reduzida; A qualidade dos resíduos, efluentes e emissões que tenham sido eliminados – verificar se estes contêm menos substâncias tóxicas e componentes reutilizáveis; A redução na utilização de recursos naturais. Na avaliação econômica é importante considerar: Os investimentos necessários; Os custos operacionais e receitas do processo existente e os custos operacionais e receitas projetadas das ações a serem implantadas; A economia da empresa com a redução/eliminação de multa. 5° Passo – Último passo que se constitui do plano de implementação e monitoramento e plano de continuidade, nesse passo é importante considerar: As especificações técnicas detalhadas; O plano adequado para reduzir tempo de instalação; Os itens de dispêndio para evitar ultrapassar o orçamento previsto; A instalação cuidadosa de equipamentos; A realização do controle adequado sobre a instalação; A preparação da equipe e a instalação para o início de operação. Após a aplicação dos passos, as atividades descritas acima, o Programa de Produção mais Limpa pode ser considerado como implementado. Neste momento é importante não somente avaliar os resultados obtidos mas, sobretudo, criar condições para que o Programa tenha sua continuidade assegurada através da aplicação da metodologia de trabalho e da criação de ferramentas que possibilitem a manutenção da cultura estabelecida, bem como sua evolução em conjunto com as atividades futuras da empresa. 36 CAPÍTULO 3 – Metodologia da pesquisa 3.1. Condições gerais Segundo GIL (1996), a metodologia é o processo da pesquisa adotado para a elaboração de um determinado assunto, que deve ser seguida para podermos responder sobre o tema proposto, contudo alcançar os objetivos do trabalho de forma clara e objetiva. Segundo Demo (1996) “Pesquisa é o processo que deve aparecer em todo trajeto educativo, como princípio educativo que é na base de qualquer proposta”. Segundo Marconi e Lakatos (2010), método é a forma de proceder ao longo de um caminho. Na ciência os métodos constituem os instrumentos básicos que ordenam de início o pensamento em sistemas traça de modo ordenado a forma de proceder do cientista ao longo de um percurso para alcançar um objetivo. Ainda segundo os autores, a característica distintiva do método é a de ajudar a compreender, no sentido mais amplo, não os resultados da investigação científica, mas o próprio processo de investigação. De acordo com Cervo e Bervian (2005 – págs. 65 a 68), existem 3 principais formas de pesquisa/metodologia, a saber: PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: procura explicar um problema a partir de referências teóricas, publicadas em documentos. Pode ser realizada independente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Em ambos os casos, busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou cientificas do passado existente sobre um determinado assunto, tema ou problema. PESQUISA DESCRITIVA: busca observar, registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos, porém, sem manipulá-los. Busca descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características. 37 Para esse autor, desenvolvem-se principalmente nas ciências humanas e sociais, abordando dados e problemas que merecem ser estudados e cujo registro não consta de documentos. Os dados, por ocorrerem em seu habitat natural, precisam ser coletados e registrados ordenadamente para seu estudo propriamente dito. Resumindo: esta modalidade de pesquisa, em suas diversas formas, trabalha sobre dados ou fatos colhidos na própria fonte. PESQUISA EMPÍRICA: também conhecida como EXPERIMENTAL, manipula diretamente as variáveis relacionadas com o objeto de estudo. Nesse tipo de pesquisa, a manipulação das variáveis proporciona o estudo da relação entre causas e efeitos de um determinado fenômeno. Com a criação de situações de controle, procura-se evitar a interferência que Interfere diretamente na realidade, manipulando fim de observar o que acontece com a dependente. Ainda de acordo com Cervo e Bervian (2005), busca-se dizer de que modo ou por que causas o fenômeno é produzido. Para isso o pesquisador faz uso de aparelhos e de instrumentos que a tecnologia moderna coloca ao seu alcance, ou de procedimentos que tornam perceptíveis as relações existentes entre as variáveis envolvidas no objeto de estudo. Para esse autor, não se resume em pesquisas realizadas em laboratórios, pode ser tanto em contexto de laboratório quanto de campo. Mediante estas informações, podemos classificar o nosso trabalho como sendo uma pesquisa descritiva, tendo como característica o estudo de caso, e também a pesquisa bibliográfica, visto que pesquisamos diversos autores e relacionamos suas principais ideias no tocante ao tema proposto na monografia. 3.2 – Formas de obtenção de dados Na coleta dos dados foi utilizada a técnica de entrevista. Segundo Gil (1996), um dos principais limitadores da entrevista é o fornecimento de respostas falsas, determinadas 38 por razões conscientes ou inconscientes, e a influencia das opiniões pessoais do entrevistador sobre as respostas do entrevistado. Para se minimizar estas influencias, elaborou-se um questionário para o entrevistado. Porém, durante a análise in loco na empresa alvo, optamos por, aplicá-lo e fazê-lo ao responsável pela área e equipe do SHE: Saúde, Segurança e Meio Ambiente. SHE (SAFETY, HEALTH, ENVIRONMENT), pois é a pessoa mais qualificada. 39 CAPÍTULO 4 – Apresentações da Empresa Alvo 4.1. A empresa alvo Por questões de Política de segurança da empresa, não é possível divulgar o nome, razão social ou qualquer imagem que venha divulgar ao público, por este motivo poderemos nos referir somente como empresa alvo. A empresa alvo está presente em 34 países em todos os continentes, com mais de 22.000 colaboradores trabalhando em 150 unidades entre (fabricas escritórios e armazéns). A história começou em 1876 a (1ª geração) onde abriu a forjaria na Alemanha. 1908 (2ª geração) assumiu a empresa com os primeiros serviços de engenharia. 1942 (3ª geração) reconstroem as instalações após a 2ª guerra mundial. Em 1991 a (4ª geração) deu início as operações no México, Portugal, Inglaterra, Itália, Argentina e Brasil. Com a fabricação de peças automotivas no segmento de veículos de passeio, o principal produto é eixo dianteiro e eixo traseiro de várias marcas no mercado Brasileiro. O foco e valores da empresa alvo é a responsabilidade nas ações e integridade em tudo no que faz, perseguindo as metas nos negócios em longo prazo, crescendo com lucro. Uma empresa orientada tecnologicamente com parceiros globais, satisfazendo os requisitos legais. A empresa alvo significa habilidade técnica, confiabilidade, produtos de alta qualidade e consultor altamente competente. 40 CAPÍTULO 5 – Apresentação e Discussão dos Dados Neste capítulo apresentaremos as respostas obtidas pela pesquisa realizada na empresa alvo, objetivando atingir os objetivos propostos pelo trabalho, o qual foi apresentado no primeiro capítulo deste, a metodologia e a obtenção dos dados foram relatadas no capítulo 3 deste e, o questionamento foi feito ao responsável pela área de Saúde, Segurança e meio ambiente que, passamos a relatar: Ao ser indagado sobre o que é meio ambiente para a empresa, o mesmo responde que meio ambiente para a empresa alvo é o local onde a empresa está instalada e suas interações. De acordo com Silva (2000), conforme presentou-se no capítulo 2 deste, diz que o Meio Ambiente é um conjunto de fatores naturais, sociais e culturais que envolvem um indivíduo e com os quais ele interage, influenciando e sendo influenciado. Ou seja, é o espaço em que uma organização opera ofertando bens e serviços incluindo-se ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações. A resposta do entrevistado sim é real e esta justificada segundo o autor citado. Seguindo no Questionário perguntamos o que é aspecto e impacto? Segundo o responsável por está área de meio ambiente diz que aspecto é tudo aquilo que pode causar um impacto ambiental, ou seja, interagindo com o meio ambiente causa mudança no mesmo e pode ser prejudicial ou benéfica, que ocorra total ou parcial em consequência das atividades, produtos e serviços oferecidos pela organização. O entrevistado é ciente que desastres causadores de poluição que chegam ás manchetes dos jornais podem ser por vários motivos – navios-tanques que encalham, lixo nuclear mal classificado, produtos químicos que vazam no rio ou nuvens de gases tóxicos pairando sobre cidades industriais. É resultado de alguma falha de operações. Dê alguma forma os procedimentos foram inadequados e isso é impacto ambiental de produtos que não foram reciclados e processo que consomem grande quantidade de energia. Comentado no capítulo 2 “O que se busca hoje?”. O entrevistado coloca ainda que os resíduos gerados no processo produtivo que podem causar impacto no meio ambiente são: aço, óleo, borra de fosfato, borra de óleo, papel, plástico, madeira, varredura e borra de tinta; mas diz que a empresa alvo faz 41 controle desses resíduos levando em consideração o impacto ambiental e que existe na empresa uma estrutura documental que separa por níveis: Manual de qualidade e meio ambiente (Política, Visão e Objetivos). Instruções de trabalho. Requisitos específicos de cliente. A mesma tem certificado no sistema de gestão de qualidade (ISOTS 16949) e gestão ambiental (ISO 14001), estes são realizados periodicamente através de auditorias por órgãos credenciados. É uma boa notícia entender que empresa alvo está buscando melhorias no seu processo produtivo, de maneira geral já começam a reconhecer suas responsabilidades ambientais, em resposta ás pressões de legisladores, regulamentadores, consumidores e da comunidade local. Mas de acordo com Harrison (2000), já citado no capítulo 2, a grande parte de organizações que estão buscando e implantando melhoria na produção, e isto deve ser tratadas de forma completa, o que requer balanceamento e integração dos sistemas técnicos e sociais. Isso conduz à necessidade de atuação em diferentes áreas e à consideração de aspectos como habilidades e motivação. Ainda segundo esse autor, o mesmo diz que é possível verificar, em várias empresas ou organizações, atividades de melhoria que muitas vezes são chamadas de “melhoria contínua”, como, por exemplo, nas empresas com sistema de qualidade com base nos requisitos da QS 9000. Entretanto, não se pode afirmar que essas atividades são realmente de melhoria contínua. Passamos então a abordar a P+L, neste questionamento. Porque esta abordagem induz inovação nas empresas, dando um passo em direção ao desenvolvimento econômico sustentado e competitivo, não apenas para elas, mas para toda a região que abrangem. Tecnologias ambientais convencionais trabalham principalmente no tratamento de resíduos e emissões gerados em um processo produtivo. Para a Produção mais Limpa pretende integrar os objetivos ambientais aos processos de produção, a fim de reduzir os resíduos e as emissões em termos de quantidade e periculosidade. Na visão do CNTL citado no capítulo 2, a prática do uso da Produção mais Limpa leva ao desenvolvimento e implantação de Tecnologias Limpas nos processos produtivos. De acordo com a CETESB (2006), citado também no capítulo 2, a P+L, devidamente implantada, resulta nos seguintes benefícios: aumento da rentabilidade do 42 negócio; redução de custo de produção; uso mais racional da agua, da energia e das matérias-primas; redução da geração de resíduos, efluentes e emissões e de gastos com de tratamento e destinação final. Segundo o representante da empresa alvo, diz que está poupando matéria-prima e cortando o custo de tratamento e melhorando a produtividade e qualidade das suas atividades utilizando de um sistema de gestão da qualidade e meio ambiente que proporciona produtos e serviços com custo mais baixo e qualidade elevada e as técnicas e ferramentas usadas pela a equipe do SHE (saúde, Segurança e meio ambiente), permite medir e controlar sistematicamente o nível de desempenho ambiental que a própria organização tenha estabelecido, e que este tipo de ferramenta pode mostrar o seu comprometimento com: O atendimento aos requisitos legais; A melhoria continua; A prevenção á poluição; Diante da justificativa do representante apresentamos os benefícios que o Programa de Produção mais Limpa traz para as empresas: benefícios ambientais e econômicos que resultam na eficiência global do processo produtivo, através de: • eliminação dos desperdícios; • minimização ou eliminação de matérias-primas e outros insumos impactantes para o meio ambiente; • redução dos resíduos e emissões; • redução dos custos de gerenciamento dos resíduos; • minimização dos passivos ambientais; • incremento na saúde e segurança no trabalho. E ainda contribui para: • melhor imagem da empresa; • aumento da produtividade; • conscientização ambiental dos funcionários; • redução de gastos com multas e outras penalidades. O programa de produção mais limpa não apenas minimiza o impacto ambiental dos resíduos pelo seu tratamento e/ou disposição adequada, ela procura evitar a poluição antes que esta seja gerada. Entre as principais metas ambientais da Produção mais Limpa podem ser incluídas: • Eliminação e redução de resíduos: 43 • Produção sem Poluição: • Eficiência energética: • Saúde e Segurança do trabalho: • Produtos ambientalmente adequados: Portanto, fica claro que o principal objetivo da Produção mais Limpa é eliminar ou reduzir a emissão de poluentes para o meio ambiente, ao mesmo tempo em que aperfeiçoa o uso de matérias-primas, água e energia. Desta forma, além de um efeito de proteção ambiental de curto prazo, a Produção mais Limpa incrementa a eficiência no uso de recursos naturais, gerando melhorias sustentáveis de longo prazo. Citado no capítulo 2 em detalhes. Ao ser perguntado sobre as dificuldades encontradas para a utilização de técnicas de prevenção do impacto ambiental diz que existem desafios sim e são: Cumprir todos os requisitos legais comuns e acordados de clientes e partes interessadas; Comprometimento com melhoria continua; Comprometimento em motivar os funcionários a utilizar seu potencial em todas as atividades. Analisando as dificuldades encontradas pela a empresa alvo podemos citar Bateman e Snell (1998) já mencionado no capítulo 2, que colocam que toda a atividade da administração da produção pode contribuir para o sucesso de qualquer organização seja ela de qualquer tamanho. Ao utilizar seus recursos de forma eficaz para produzir bens e serviços de modo a satisfazer seus consumidores, é preciso ser criativo, inovador e vigoroso ao aperfeiçoar seus processos, produtos e serviços e deste modo alcançar vários benefícios que podem reduzir custos de produção, aumentar a receita aumentando o nível de satisfação, reduzir o montante de investimento necessário para produzir e fornecer inovação futura. Segundo Schenini (1999) citado no capítulo 2, as tecnologias limpas são aquelas atreladas aos processos produtivos, ou seja, visam torná-los menos nocivos ao meio ambiente. Envolvendo: infraestrutura básica; gestão de resíduos sólidos; tratamento de efluentes; líquidos e das emanações áreas; eliminação, substituição de processos poluentes. Algumas empresas são receosas quando se trata do processo fabril, porém precisa reconhecer as vantagens ambientais da adoção das tecnologias limpas, visando o posicionamento estratégico das empresas, adotando um processo ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente adequado. 44 Quanto à matéria-prima, estoque, produção e estoque de produto acabado as ações tomadas para amenizar as perdas e reaproveitar os resíduos é confirmado que possuem coleta seletiva e que os resíduos são recolhidos separadamente, conforme a natureza do material, para posterior destinação e que existe sim dificuldades para envolver os colaboradores, porque cada um tem a sua função no processo produtivo e através de treinamento e procedimentos de trabalho sabemos que é o melhor caminho, mais é consciência de cada colaborar com o meio ambiente e poupar energia, água, separar os lixos. Para finalizar a entrevista e buscando saber se o entrevistado conhece ferramenta, técnicas e estratégia eficaz do que as usadas pela a empresa alvo que possibilite: O aumento de rentabilidade do negócio; Redução de custo de produção; Uso racional de água, energia e matéria-prima; Redução da geração de resíduos, efluentes, emissões, gasta com tratamento e destinação final. O mesmo reconhece que P+L, pode favorecer bons benefícios e sabe exatamente que ela pode proporcionar, mas não tem condições de estar se beneficiando com a implantação desse projeto, porque não depende somente dele, mas de toda a estrutura e hierarquia da empresa alvo, e que se pudesse implantaria o referido projeto. 45 Capítulo 6 - Considerações Finais Buscou-se relatar os objetivos deste estudo, um levantamento de ideias e ferramentas por diversos autores e também um estudo realizado dentro da própria organização envolvida, com a intenção de se buscar possibilidades de implantação de técnicas de Produção mais Limpa em um processo produtivo, explorar como podem ser introduzidas nas estratégias da organização, tendo em vista metas ambientais, econômicas e tecnológicas, para que esta empresa possa cumprir o seu papel de provedora das necessidades humanas sem causar prejuízo para a natureza e desta forma ao próprio homem e geração futura. Partindo da definição da pergunta problema proposta por esse estudo, “Como a boa gestão da produção e a utilização de processos mais limpos podem colaborar com a organização e para o meio ambiente?”, para isso foram estudadas as teorias de alguns autores e a partir de um questionário de campo pudemos levantar algumas questões e comparar com a empresa alvo. A empresa alvo é uma empresa de grande porte, ou seja, multinacional que procura desenvolver todas as suas atividades da melhor forma possível. Ela está sempre procurando melhorar seu desempenho modernizando-se e consequentemente, ganhar vantagens competitivas frente ao mercado concorrente, mas podemos analisar que está poupando matéria-prima e cortando o custo de tratamento e melhorando a produtividade e qualidade das suas atividades utilizando de um sistema de gestão da qualidade e meio ambiente que proporciona produtos e serviços com custo mais baixo e qualidade elevada e que dispõe de técnicas e ferramentas usadas pela a equipe do SHE (saúde, Segurança e meio ambiente), que permite medir e controlar sistematicamente o nível de desempenho ambiental que a própria organização tenha estabelecido, e que este tipo de ferramenta pode mostrar o seu comprometimento com: • O atendimento aos requisitos legais; • A melhoria continua; • A prevenção á poluição; 46 Mais ainda encontra dificuldades para a utilização de técnicas de prevenção do impacto ambiental e desafios que são: • Cumprir todos os requisitos legais comuns e acordados de clientes e partes interessadas; • Comprometimento com melhoria continua; • Comprometimento em motivar os funcionários a utilizar seu potencial em todas as atividades. Na análise desta organização, percebe-se que a empresa é objetiva em relação preservação do meio ambiente, que está ciente de sua responsabilidade e que o sistema de gestão de qualidade e meio ambiente utilizado por ela ainda é falho, que se dependesse somente dele e sua equipe SHE, implantaria sim o Programa de Produção mais limpa que é eliminar ou reduzir a emissão de poluentes para o meio ambiente, ao mesmo tempo em que aperfeiçoa o uso de matérias-primas, água e energia. Desta forma, além de um efeito de proteção ambiental de curto prazo, a Produção mais Limpa incrementa a eficiência no uso de recursos naturais, gerando melhorias sustentáveis de longo prazo, não apenas minimizando o impacto ambiental dos resíduos pelo seu tratamento e/ou disposição adequada, ela procura evitar a poluição antes que esta seja gerada. Os resultados apresentados nesse trabalho atingiram os objetivos respondendo a pergunta problema e possíveis soluções, podendo ser úteis para organização. Esse trabalho agrega um grande valor na vida profissional e na formação acadêmica, devido o uso da experiência junto com os professores e autores que ensinaram o real valor de uma pesquisa bibliográfica e um estudo de caso, podendo assim ajudar a expor um problema e suas soluções. 6.1 Sugestões para Trabalhos Futuros Como sugestões para trabalhos futuros de pesquisa podem colocar: 47 Aprofundar estudos sobre a norma de sistemas de gestão ambiental ISO 14.000 e o conhecimento sobre reciclagem. Este é um tema que poderá ser aprofundado em pesquisas posteriores. Estudo sobre possibilidades de utilização dos resíduos gerados; Buscar forma de tratamento coletivo dos materiais; Análise econômico-financeira associada a controle, tratamento e destinação dos resíduos gerados. 48 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABEL, Adalberto Aparecido. Custos e Impactos Ambientais em Empresas de Criação de suínos: Um estudo de caso na região de Capivari-SP. Faculdade Cenecista de Varginha, Varginha-MG, 2002. ABNT. 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São Paulo: Pioneira, 1967. 52 APÊNDICES Para o desenvolvimento da pesquisa foram elaboras algumas perguntas para o responsável da área do SHE (Saúde, Segurança e Meio Ambiente). 1- O que é meio ambiente para a empresa alvo? 2- O que é aspecto e impacto ambiental? 3- Quais os tipos de resíduos gerados no processo produtivo que podem causar impacto no meio ambiente? 4- A empresa faz algum tipo de controle desses resíduos gerados? 5- A empresa alvo está poupando matéria-prima, cortando custo de tratamento e melhorando a produtividade e qualidade das suas atividades? 6- Quais as técnicas utilizadas e ferramentas usadas? 7- Por que se resolveu utilizar este tipo de ferramentas? 8- Quais as dificuldades encontradas para utilização de técnicas para prevenção do impacto ambiental? 9- Desde recebimento da matéria-prima, estoque, produção e estoque de produto acabado quais as ações tomadas para amenizar as perdas e reaproveitamento dos resíduos? 53 10- Quais as dificuldades encontradas para envolver os colaboradores no processo? 11- É do seu conhecimento outro tipo de ferramenta, técnica e estratégia mais eficaz? 54 ANEXOS LEI N° 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. 55