por Paulinho Boca de Cantor

Propaganda
Historiada
musicana
Bahia
por Paulinho Boca de Cantor
a
origem
A
História da Música na Bahia começa antes da chegada dos portugueses. Os índios com
seus rituais de guerra e de paz, suas danças, festanças e pajelanças, ao seu modo, já
faziam soar seus tambores de peles e de madeiras, seus caxixis e maracás,
acompanhando seus cânticos, que se misturavam aos sons da natureza exuberante.
Com a chegada do homem branco, trazendo seus costumes, sua língua, sua religiosidade,
suas cantigas, suas modinhas e seus instrumentos musicais, a musica começa a se popularizar nos
saraus e nas festas de ruas da velha cidade da Bahia.
Segundo o radialista e historiador Perfilino Neto: “É nesse clima de melodias ternas,
cantigas anônimas e gêneros folclóricos (como a FOFA DA BAHIA- gênero que antecede ao LUNDU e
a CHULA- cujas primeiras pulsações foram trazidas de Portugal), que começa a aparecer uma leva
de trovadores nas ruas da cidade do Salvador.”
Mas sem dúvida, é a chegada dos negros, com seus batuques, suas danças, seus lamentos, seu
ritmo e alegria contagiantes, a influência mais presente e mais forte nas variantes percussivas, que
fazem a música e os músicos baianos, originais e respeitados em todo mundo.
Paulo Roberto Figueredo de Oliveira
Natural de Santa Inês-Ba
Torno a citar um trecho do texto do historiador Perfilino Neto para ilustrar a presença
marcante, constante e a importância da Bahia para a Musica Popular Brasileira:
Paulinho Boca de Cantor
c
ompositor e cantor popular, um dos integrantes do grupo Novos Baianos (prêmio de
melhor disco feito no Brasil em todos os tempos- ACABOU CHORARE- Revista Rolling
Stone – Out. 2007), começou sua carreira musical como “crooner” de orquestra em
1963, animando bailes em Salvador e no interior da Bahia. Em 1969 conheceu Moraes Moreira e
Luiz Galvão e juntos idealizaram e fundaram o grupo Novos Baianos.
Além de se apresentar desde os anos 60 em shows musicais por todo Brasil e no exterior é
também um estudioso da origem da musicalidade Brasileira. Tem produzido e apresentado trabalhos
sobre a história da música no Brasil resultado de pesquisas e de resgate histórico do patrimônio
artístico e cultural, entre eles “DO LUNDU AO AXÉ – BAHIA DE TODAS AS MÚSICAS” (2002) através
do FAZCULTURA - Secretaria de Cultura do Estado da Bahia) e o projeto A BOSSA DO BOCA – 100
ANOS DE MÚSICA NO BRASIL, através do Ministério da Cultura – Fundo Nacional de Cultura
(Pronac 064416). (2007) Apresentou o mesmo projeto em 10 cidades do interior da Bahia através
do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA.) 31/07 a 22/08/2008. Em 2010 idealizou e produziu, junto
com seu filho Betão Aguiar, pesquisa sobre a história da Musica de São Paulo, através de Convênio
com a Secretaria de Cultura do Estado se São Paulo, disponibilizada o resultado do trabalho no site
www.musicadesaopaulo.com.br
O artista se apresenta nas festas populares e no Carnaval de Salvador desde 1976, sempre
inovando e atualizando suas apresentações e foi responsável junto com os parceiros do grupo
“Novos Baianos” pela revolução tecnológica no Carnaval de Salvador, ao se apresentarem pela
primeira vez num trio elétrico usando som de voz (o som do trio era somente instrumental).
Contribuindo para a efervescência musical da Bahia e para o surgimento das grandes estrelas da
música baiana nos últimos 30 anos.
02
“Quem for contar hoje, a verdadeira história da Música Popular Brasileira ou se dispuser a
fazer um levantamento circunstanciado de suas origens, por certo terá que admitir - e nisso não vem
nenhum bairrismo - que esse processo cultural, começa e chega aos dias atuais com a Bahia
ocupando o pioneirismo das manifestações musicais do povo brasileiro.”
Portanto, partindo do princípio de que o Brasil foi descoberto na Bahia, a música brasileira
também tem a Bahia como berço. E nossos artistas honraram esse pioneirismo, criando desde
sempre a trilha sonora da vida do nosso povo, mantendo sua alegria e felicidade espontâneas.
A mistura das culturas indígena, portuguesa e africana dão um toque especial e original a
nossa “baianidade” musical.
Vamos contar um pouco dessa história. Faremos alguns comentários, falaremos de algumas
peculiaridades, das músicas, dos movimentos marcantes e de seus autores e intérpretes.
No século XVII, o poeta Gregório de Matos já ensaiava a popularidade da musica na Bahia,
quando se apresentava com uma viola de arame, por ele mesmo improvisada, cantando seus lundus
com versos jocosos e obscenos, chocando a todos com sua “Boca do Inferno”. Mas contaremos “ A
História da Musica na Bahia” a partir do Início do século passado, com os primeiros registros e os
mais representativos da nossa produção musical.
Um olhar nosso, sobre momentos dessa história, que abrange nomes representativos,
importância histórica, notoriedade, originalidade, mas também os movimentos e os fenômenos de
popularidade, que sempre aconteceram e continuam acontecendo até os dias atuais, na nossa
musica popular.
Esse “levantamento circunstanciado” sobre a história da musica na Bahia, tem como objetivo
principal registrar nomes e obras importantes, fazer um apanhado cronologicamente da trajetória
da nossa produção musical, mas acima de tudo é a nossa maneira de homenagear a todos os artistas
da nossa musica: compositores (as), músicos, cantores (as), por terem musicado e continuarem
musicando ---nossas vidas e transformado a musica da Bahia numa das mais inventivas do planeta.
03
o começo
O
Professor e Historiador Cid Teixeira nos conta que “O trovador, o modinheiro, o cantor
de rua e de saraus domésticos é personagem obrigatória da vida Bahiana dos séculos
XVIII e XIX”, e que são muitos os letristas, compositores de pauta e instrumentistas
desta primeira época. “Até o poeta Castro Alves teve seus poemas musicados, entre eles o Gondoleiro
do Amor que alcançou grande popularidade”. E diz mais: “Bem antes do aparecimento do cilindro ou
do disco a musica popular na Bahia já estava entre as de maior influência em todo Brasil. E o fato de
ser o porto da cidade do Salvador o ponto e confluência, não somente dos navios vindos de Portugal,
como a grande maioria dos que trouxeram a cultura Africana, para o Brasil, fez da Bahia, também o
local próprio para que os ritmos convivessem e se fundissem, tal como hoje continuam convivendo e
gerando novas formas de expressão”.
Começam os registros musicais, em cilindros depois em discos, no início do século passado. E
a primeira musica brasileira gravada em disco no Brasil, pela Casa Edson – Rio de Janeiro em 1902foi o Lundu “ Isto é Bom” de autoria do ator, musico e compositor baiano Xisto Bahia. Interpretada
por “Bahiano” nome artístico de Manoel Pedro dos Santos, natural de Santo Amaro da Purificação.
Sucesso que torna tanto o compositor como o intérprete conhecidíssimos em todo Brasil. O Xisto
Bahia, excursionou pelo Nordeste cantando chulas, e consolidou seu sucesso no Rio de Janeiro por
volta de 1880. Chegou a receber aplausos até do Imperador D. Pedro II.
Chega a era do rádio, início do século passado e a Bahia continua presente nas manifestações
musicais do Brasil. Vários compositores baianos começam a se destacar e suas canções começam a
fazer muito sucesso nas rádios de todo Pais.
A “semba” – dança africana- que as baianas, quituteiras e serviçais, levaram junto com a corte
para o Rio de Janeiro, terminou dando nome ao gênero mais conhecido da musica brasileira em todo
mundo: o samba.
Outro artista, o que melhor cantou as belezas da nossa terra e com certeza o maior
colecionador de sucessos da musica brasileira é sem dúvida nenhuma, o grande Dorival Caymmi.
Desde que pegou um “Ita no Norte e foi pro Rio morar,” foi um sucesso atrás do outro. Alem dos
sambas gravados por Carmen Miranda e por vários outros artistas brasileiros e por ele também, suas
canções praieiras na sua voz grave e marcante lhe deram muita popularidade e na sua grande
maioria são verdadeiros e eternos clássicos da musica popular brasileira. Incensado e regravado
com muita frequência até hoje, é um dos nomes mais importantes da nossa musica.
Humberto Porto é outro baiano notável, respeitado no meio e parceiro e nomes importantes
como Assis Valente, Benedito Lacerda, Herivelton Martins e muitos outros. Gravado pela nata da
musica brasileira, artistas como Carmen Miranda. Dalva de Oliveira, Francisco Alves, Trio de Ouro.
Foi um dos precursores do “lamento” na rítmica brasileira e em suas canções exaltava a religiosidade
baiana, falando sobre os negros e suas histórias. Um dos maiores sucessos da nossa musica em todos
os tempos é de sua autoria: a marcha carnavalesca Jardineira, em parceria com Benedito Lacerda.
Quem não sabe cantar: “ô jardineira porque estás tão triste? O que foi que aconteceu?”
Chegando na década de 40 do século passado, todos esses nomes expressivos da musica
baiana continuavam a fazer sucesso e outros começam a despontar na cena musical brasileira, que
tinha o Rio de Janeiro como a grande vitrine. O compositor e cantor Waldeck Arthur de Macedo –
conhecido como Gordurinha- apelido que ganhou quando trabalhava na Rádio Sociedade da Bahia,
por ironia a sua magreza- foi um desse nomes. Batalhou muito no Rio mas foi quando voltou para a
Bahia e gravou suas próprias composições, cheias de humor e de ginga, que conquistou de vez o
Brasil. Quem não conhece Chiclete com Banana (a mais conhecida e gravada, foi sucesso, primeiro
com Jackson do Pandeiro e até hoje, com outros artistas), Mambo da Cantareira, Suplica Cearense,
Orora Analfabeta, Carta a Maceió e Vendedor de Caranqueijo- esta regravada recentemente por
Gilberto Gil. Figura das mais engraçadas e populares da nossa musica, não fazia só sambas, sua
musica tinha uma influência muito forte da musica nordestina.
Com a chegada e popularização desse fenômeno musical, e com o samba fazendo sucesso no
rádio e nas gafieiras, vários compositores e sambistas baianos, radicados no Rio de Janeiro, ganham
destaque na cena musical , no Brasil e no exterior.
Um desses nomes importantes é o de Josué de Barros, compositor e músico baiano, com
carreira internacional. No início do século passado, já se apresentava em Paris e Lisboa e foi o autor
de um dos primeiros sucessos de Carmen Miranda - Yayá Yoyô. Aliás, ele se intitulava o descobridor
dessa grande estrela.
A história conta, que vários baianos foram importantes para o sucesso da Carmen Miranda.
Será que por isso mesmo ela se vestia de baiana? Muitos historiadores acham que sim.
O primeiro baiano importante para o descobrimento do talento fantástico da Carmen
Miranda, foi um deputado federal da Bahia chamado Aníbal Duarte, que morava numa pensão no
centro do Rio, capital brasileira nessa época, e cujos proprietários eram os portugueses, pais da
Carmen Miranda.
Entre um elogio e outro, o nobre deputado prometeu apresentar para a “pequena notável”, os
compositores da Bahia que se destacavam no Rio. E além do Josué de Barros, foi ele quem também
apresentou Assis Valente e Dorival Caymmi. Os grandes sucessos da Carmen Miranda, foram
composições desses baianos geniais.
Assis Valente, foi o mais próximo e o mais gravado pela estrela. Ao ponto de afirmarem que
chegou a rolar até um affaire entre os dois. Nunca confirmado, mas existiu essa proximidade sim.
Dizem até, que foi uma paixão mal resolvida. Muito respeitado e bastante gravado, deixou seu nome
marcado para sempre na musica brasileira, com sucessos eternos como Boas Festas e Brasil Pandeiro,
entre muitos outros. Teve uma vida conturbada e uma morte trágica, dando fim a própria vida. Nesse
ano de 2011 se comemora o centenário de nascimento desse grande artista baiano.
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05
o samba da bahia
“
Desde que o Samba é Samba é assim”. O samba nasceu na Bahia ou no Rio de Janeiro? De
fato o nome “samba” foi registrado em disco e se tornou o nome do gênero musical mais
representativo do Brasil, a partir do ano de 1917, com a gravação da música Pelo
Telefone, interpretada por Donga, compositor carioca, filho de Tia Amélia, uma das “Tias baianas”,
como ficaram conhecidas as quituteiras que foram para o Rio, em busca de melhores dias. E que alem
de seus quitutes afamados, levaram seus batuques e umbigadas e são diretamente responsáveis pelo
Brasil cair no Samba. Inclusive a quem discuta a autoria desse primeiro “samba”, afirmando que é
uma criação coletiva, um das muitas que rolava na Casa da Tia Ciata, uma dessas tias mais famosas.
Mas os sambadores e as baianas do recôncavo, já cantavam e dançavam vários tipos de
samba, entre eles: o batuque, o lundu, o samba de roda, o samba-duro , a chula. Portanto a certeza
que temos é que todos os ritmos, que vieram dar no samba, foram trazidos com os negros, quando
aqui chegaram para trabalhar, como escravos.
Os bambas do samba, até hoje, com várias e honrosas exceções, são negros descendentes de
escravos. Os primeiros cantores e compositores da era do registro em disco e do rádio, como não
conseguiam campo de trabalho com musica na Bahia, começaram a migrar para o Rio de Janeiro.
A Bahia nunca parou de sambar e vários nomes continuaram surgindo. Sambistas
maravilhosos, que não deixaram o samba morrer.
João Gilberto Prado Pereira de Oliveira
Natural de Juazeiro-Ba
Num movimento, natural, espontâneo, nasce o chamado Samba da Bahia, capitaneado pelo o
Mestre Batatinha – (Oscar da Penha), Riachão, Panela, Garrafão, Tião Motorista, Edson Conceição,
Aloísio Silva, e tantos outros que tiveram suas musicas gravadas com sucesso por nomes do cenário
nacional. Outra leva de sambistas da mesma linhagem, que tiveram suas musicas também
conhecidas em todo Brasil e até hoje dão continuidade ao requintado Samba da Bahia:: Walmir Lima,
Lupa, Ederaldo Gentil, Edil Pacheco, Roque Ferreira, Nelson Rufino. A Bahia continua sambando e
fazendo o Brasil sambar.
É justo lembrar alguns outros nomes ligados ao samba da Bahia: Antonio Carlos e Jocafi,
Maria Creuza,Tom e Dito, Chocolate da Bahia, Paulinho Camafeu, Roque Bendenguê, Firmino de
Itapoan, as cantoras Claudete Macedo, Miriam Tereza e o maravilhoso Quarteto em SI.
a bossa nova
tropicália
E
música brasileira já era conhecida no exterior com as apresentações de Carmen
Miranda e dos muitos conjuntos instrumentais e vocais que se apresentavam fora do
pais., mas foi um baiano com um banquinho e um violão, quem mais internacionalizou
a nossa musica. João Gilberto e o seu jeito pessoal e inconfundível de interpretar o samba. Além de
revolucionar a maneira dos intérpretes de música popular usarem a voz, fez com que a musica
brasileira deixasse de ser só folclore e mulatas rebolando e passasse a ser vista respeitada como
música de qualidade, que influenciasse, fosse absorvida e interpretada por nomes importantes da
musica em todo mundo. João não só mudou o olhar internacional sobre a musica brasileira como é
ainda hoje um dos artistas brasileiros mais requisitados e executados ao redor do mundo. A Bossa
Nova de João Gilberto é considerada, pela sua riqueza rítmica e melódica, uma das formas de musica
popular, mais elaboradas e admiradas do planeta.
ssa vocação natural e o pioneirismo da Bahia nas artes, sobretudo na musica, sempre
desencadeou em movimentos que surpreenderam o Brasil. É o caso do Tropicalismo,
movimento cultural e artístico de vanguarda, que revolucionou a arte brasileira nos
anos 60. Glauber Rocha, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé, Capinan, Rogério Duarte, , Waly
Salomão e outros baianos e baianas, que misturaram as manifestações tradicionais da cultura
brasileira a inovações estéticas radicais, não só na musica mas em todas as artes... Antenados com os
movimentos e as mudanças determinantes, que aconteciam no mundo, esses baianos ajudaram a
mudar o astral e a vida de um pais, que vivia um período de ditadura militar. Diferentemente do que
acontecia no conturbado momento, a Tropicália inovou exatamente por não usar a musica e as artes
como arma e sim como caminho para ajudar a desbravar a verdadeira alma brasileira, a tirar o Brasil
daquele estado. E conseguiu. As cantoras baianas Gal Costa e Maria Bethânia figuravam como as
intérpretes mais importantes do Movimento Tropicalista.
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A
pós tropicalismo
“
A Bahia não pode parar, Brasa, Brasil, Varandá, estão aí os Novos Baianos”. Caetano
Veloso escreveu de Londres, onde estava exilado, para o Jornal O Pasquim, dando aval ao
trabalho revolucionário desse grupo que surgiu em 1969 e foi responsável pelas
primeiras fusões do pop internacional com a nossa musica popular. O grupo permanece vivo na
memória brasileira, tem servido de referencia para novos talentos e vem despertando o interesse de
novas gerações que revivem e cultuam o rico trabalho dos Novos Baianos. Apesar do grupo ter se
dissolvido em 1979, seus integrantes continuam atuando em carreiras solos e continuam tendo seus
trabalhos reconhecidos.
Premio de melhor disco feito no Brasil em todos os tempos, -NOVOS BAIANOS Acabou
Chorare- Somlivre 1972) o melhor entre os 100 melhores – colocou o grupo no lugar de destaque que
sempre mereceu na MPB.. E esse reconhecimento faz justiça a um trabalho musical de qualidade
comprovada, original e sem precedentes.
Além de terem feito mais de 10 trabalhos em discos, todos com a marca e a qualidade do grupo,
seus componentes são responsáveis pela grande revolução tecnológica e musical no Carnaval de
Salvador, ao colocarem pela primeira vez no palco móvel do trio elétrico, que era só instrumental, o
som de voz, abrindo espaço para que cantores e cantoras pudessem apresentar seus shows na nossa
grande festa popular. Esse feito foi preponderante para tornar o Carnaval da Bahia uma das maiores
manifestações populares do planeta e para que surgissem os grande talentos da musica baiana nos
últimos 30 anos.
o trio elétrico
U
ma das maiores invenções musicais do século passado, o palco móvel e a guitarra
baiana, criações dos baianos Dodô e Osmar em 1950, e até hoje mantidas
originalmente, por seu filhos, (com destaque para os exímios instrumentistas
Armandinho e Aroldo Macedo), o Trio Elétrico é o grande propagador da musica da Bahia nos
Carnavais fora de época e nos grandes eventos musicais de todo Brasil. As grandes estrelas do que
passou a se chamar de Axé Music são oriundas do trio elétrico. Portanto o trio elétrico revolucionou o
carnaval da Bahia e é diretamente responsável pela efervescência musical que tomou conta da musica
baiana, a partir dos anos 80, e continua ajudando a difundir outros fenômenos de popularidade que
não param de acontecer na nossa musica. Hoje não se pode pensar em Carnaval na Bahia, ou em
vários outros lugares do Brasil, sem a presença dos trios elétricos. Seja com as grandes estrelas
puxando os blocos, ou com os artistas independentes animando o carnaval do povão, do “folião
pipoca”, o palco usado é sempre o trio elétrico.
o rock baiano
R
aul Seixas é o nome mais importante do rock baiano. Com seu jeito irreverente ,
visionário e revolucionário o “Maluco Beleza” deixou sua marca na musica brasileira.
Cultuado e reverenciado por gerações que se seguem, o seu trabalho continua
influenciando as atitudes e o comportamento de jovens brasileiros de todas as classes sociais. Outros
nomes do rock baiano seguiram a trilha do grande e genial Raul Seixas e conquistaram o Brasil. O
que faz com que a Bahia continue sendo também um celeiro de roqueiros. Destaque para: Marcelo
Nova e Camisa de Vênus, a cantora Pitty e o Cascadura. Apesar de poucos nomes terem atingido
notoriedade no cenário nacional o rock baiano continua vivo e revelando novos valores.
samba de roda (patrimônio)
O
Samba de Roda, o jeito de tocar e dançar esse ritmo, que é característico do Recôncavo
Baiano, torna-se destaque mundial no início do Século XXI. Vejamos a seguir as
considerações que faz o Etno-musicólogo Carlos Sandroni, Coordenador do dossiê de
candidatura do Samba de Roda à III Declaração das Obras-Primas do Patrimônio Imaterial da
Humanidade (2004-2005).
“Historiadores da música popular consideram o samba de roda baiano a principal fonte do
samba carioca, que como se sabe veio a tornar-se, no decorrer do século XX, um símbolo indiscutível
de brasilidade. A narrativa de origem do samba carioca remete à migração de negros baianos para o
Rio de Janeiro no último quartel do século XIX, que teriam buscado reproduzir, nos bairros situados
entre o canal do Mangue e o cais do porto, seu ambiente cultural de origem, onde a religião, a
culinária, as festas e o samba eram partes destacadas. Parece indiscutível que as famosas “tias”
baianas – como tia Amélia, tia Perciliana e sobretudo tia Ciata – e seus filhos – como Donga e João da
Baiana – tiveram papel de relevo na fase pioneira do samba no Rio de Janeiro, sobretudo até meados
dos anos 1920. Depois disso, o samba de roda baiano continuou sendo uma das referências do samba
nacional, presente de maneira mais ou menos explícita nas obras de expoentes da MPB como Dorival
Caymmi, Ary Barroso e Caetano Veloso, assim como na “ala das baianas” das escolas de samba e nas
letras de nas letras de compositores de todo país. Estas são razões a mais para que o samba de roda
seja devidamente conhecido e valorizado, não como matriz longínqua e coisa do passado, mas como
parte da vida atual de mulheres e homens da Bahia. Trata-se de uma das jóias da cultura brasileira,
por suas qualidades intrínsecas de beleza, perfeição técnica, poesia e bom-humor, assim como pelo
papel proeminente que vem desempenhando na própria definição da identidade nacional. Em
outubro de 2004, o samba de roda do Recôncavo baiano foi inscrito no Livro das Formas de
Expressão do Patrimônio Imaterial do Brasil.”
O trio elétrico dos Novos Baianos foi o primeiro trio a ter som de voz amplificado em 1976,
começando assim os grandes shows e o surgimento dessas estrelas no carnaval de Salvador e de
outras cidades brasileiras. Um dos componentes do grupo Novos Baianos – Moraes Moreiramusicalmente, teve uma participação decisiva na consolidação dos frevos baianos oriundos do trio
elétrico, eternizando, atualizando e mantendo vivo o ritmo que veio do Recife, mas que foi
determinante para a criação desse grande invento baiano. Ele musicou alguns temas instrumentais e
fez várias composições de sucessos nacionais, ligadas ao som original do trio elétrico. Foi o invento
do Trio que transformou o Carnaval de rua de Salvador, numa das maiores festas populares do
mundo.
Essa deferência justa ao Samba de Roda, vem homenagear a resistência dos Sambadores do
interior da Bahia, liderados pelo grande Bule-Bule e os grupos de Chula e de Samba de roda que
resistem ao tempo e ao descaso. O samba de roda Filho da Bahia de Walter Queiroz Jr, fez muito
sucesso na voz da Fafá de Belém. E o santamarense Roberto Mendes é sem dúvida, um dos maiores
intérpretes e estudiosos da chula e de outros ritmos ligados ao recôncavo baiano.
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Finalmente em 25 de novembro de 2005, o samba de roda do Recôncavo baiano foi incluído
pela UNESCO na Terceira Declaração das Obras Primas do Patrimônio Oral e Imaterial da
Humanidade.”
pagode, arrocha
O
Ivete Maria Dias de Sangalo
Natural de Juazeiro-Ba
axé music
O
fenômeno musical baiano que se tornou conhecido como Axé Music começa em 1985
com a musica Fricote (Luiz Caldas e Paulinho Camafeu). A pulsação e a dança do
“fricote” explodem no Carnaval da Bahia e depois ganham todo Brasil. Os ritmos já
expressos nas manifestações africanas que sempre permearam a musica feita na Bahia ganham novas
fusões musicais e vêm junto com coreografias populares, inventivas, que logo viram uma verdadeira
febre nacional. É a Bahia mais uma vez na vanguarda das manifestações musicais brasileiras.
Contestado por alguns puristas o movimento se mantém firme, apesar das reclamações no
que se refere a falta de mensagens e conteúdo de suas letras, melodias e harmonias repetitivas e a
tendência vulgar e sensual de suas danças. No entanto as grandes estrelas da musica baiana se
revezam e fazem desse movimento o mais popular e o mais bem sucedido financeiramente em todos os
tempos na nossa música. Além do seu criador Luiz Caldas, do cantor e compositor Geronimo e da
cantora Sarajane (considerados precursores do movimento), outros nomes expressivos surgem e dão
continuidade ao Axé Music. Só para citar alguns: Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Durval Lélys e Asa
de Águia, Netinho, Cheiro de Amor, Gilmelândia, Banda Eva, Chiclete com Banana, Cláudia Leite e
muitos outros.
Na ultima pesquisa sobre preferência musical popular- agora em 2011- feita em Salvador, o
Axé Music havia perdido força, O Pagode (movimento musical oriundo da periferia) tomou o lugar do
Axé na festa da galera. Mas a mesma pesquisa mostra que a grande maioria do público baiano ainda
prefere a tradicional MPB.
forró baiano
R
itmo mais ligado ao interior do Nordeste Brasileiro, difundido por nomes como Luiz
Gonzaga e Jackson do Pandeiro e sempre presente nas festas da Bahia e de todo
Brasil, o Forró tem transformado as nossas festas juninas numa grande atração
nacional nos últimos anos.
Com o apoio da oficialidade a essas festas tradicionais, o interesse de turistas cresceu muito
nos últimos anos, os festejos se multiplicam, tanto na capital como no interior e tem dado
oportunidade para que surjam nomes expressivos, alcançando sucesso no Forró Baiano, como:
Adelmário Coelho, Zelito Miranda, Xangai, Carlos Pita, Gereba, Virgílio e grupos como Estakazero,
Seu Maxixe e outros, colocando na grande mídia, esse gênero musical que sempre fez parte da
tradição de festas populares da Bahia.
10
e outros fenômenos de popularidade
s fenômenos de popularidade são uma constante na musica da Bahia desde sempre.
Saem dos guetos e da periferia, são considerados em sua maioria expressões menores,
pelo apelo das suas letras e pela sensualidade das suas danças, mas logo conquistam
enorme popularidade e não só nas classe menos privilegiadas mas em todas as áreas da sociedade. No
início uma relutância em aceitar os apelos das letras e os trejeitos sensuais das danças, mas como
todos os fenômenos se alastram e conquistam seu espaço. É o caso do pagode e do Arrocha. O pagode
um samba com melodias repetitivas e harmonias simples é uma verdadeira febre nos bairros da
periferia de Salvador. Com o sucesso alcançado rapidamente nos meios de comunicação, logo o
fenômeno alcança todo Brasil. Já o arrocha, com características de um bolero acelerado, que leva os
casais a dançarem agarradinhos, alem de muita sensualidade, trás de volta um clima romântico nas
canções. Apesar de descriminados esses fenômenos continuam se multiplicando e fazendo a festa do
povão nos guetos e na periferia.
a riqueza da percurssão
O
e a beleza dos blocos afros
s blocos Afros são, sem dúvida, a maior expressão cultural do Carnaval da Bahia. Sua
preservação salva a nossa festa maior, de ser confundida com qualquer outra festa de
participação popular espontânea. Alem da riqueza percussiva, com ritmos usados nos
rituais do candomblé, os blocos afros mostram a beleza dos negros, a criatividade e a plasticidade de
seus adereços, trajes e danças que acompanham seus desfiles, e que contam a trajetória cultural e
preservam a tradição e os costumes dos afros descendentes. Fora tudo isso foram os blocos afros que
trouxeram e consolidaram também no nosso carnaval a multiplicidade rítmica, incorporando novas
formas de expressões musicais. Antes da explosão dos blocos afros a musica no carnaval se resumia a
frevos, marchinhas e sambas tradicionais. A multiplicidade, a fusão e a incorporação de novos
ritmos (Afoxés, Ijexás, Samba Reggae, Axé etc.) e também de novas danças e coreografias, no
carnaval da Bahia, surgiram e se multiplicaram com a visibilidade conquistada pelos blocos afros.
Dentre os mais destacados:: Olodum, Ilê Aiyê, Muzenza, Malê Debalê, Badauê, Araketu e Cortejo
Afro.
A rica percussão trazida pelos blocos afros para o nosso carnaval, ganhou o mundo, revelou
talentos extraordinários, e é responsável pela inclusão social de jovens carentes através da musica.
O percussionista baiano é hoje reconhecido e requisitado em todo mundo pela sua originalidade e
versatilidade.
Destaque para Carlinhos Brown e sua criatividade privilegiada, que desaguou na Timbalada,
entidade musical que transformou todo universo dos blocos, com sua modernidade e estética
inovadoras. Não bastasse isso. Carlinhos Brown- que é um dos artistas baianos mais inventivos dos
últimos tempos- tem sido o responsável pela divulgação dos ritmos afros baianos, pelo mundo afora.
Salva a Bahia Sinhá, Salva a Bahia Sinhô, Salve nossos artistas e músicos que fazem a nossa
terra ostentar o titulo de Terra da Felicidade.
Paulinho Boca de Cantor.
Saiba mais e confira a relação de artistas e cantores da Bahia no link:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Cantores_da_Bahia
11
o show
Yayá Yoyo
Josué de Barros
Yoyô Yayá
Me dá licença
Pra eu brincar no carnavá
a história da música na bahia
O show A História da Musica na Bahia por Paulinho Boca de Cantor, apresenta um repertório
cronológico, com os momentos marcantes e relevantes da produção musical baiana, fruto de
pesquisa sobre a origem e trajetoria da nossa musicalidade.
roteiro com letras das músicas e mini biografia dos autores
1.
2.
3.
4.
5.
ISTO É BOM (Xisto Bahia)
YAYA YOYÔ (Josué de Barros)
YAYA BAIANINHA (Humberto Porto)
BRASIL PANDEIRO (Assis Valente)
SAUDADE DE ITAPOAN
SAUDADES DA BAHIA (Dorival Caymmi)
6. BIM BOM (João Gilberto)
7. BAIANO BURRO NASCE MORTO (Gordurinha)
CADA MACACO NO SEU GALHO (Riachão)
8. HORA DA RAZÃO (Batatinha)
9. ILHA DE MARÉ (Walmir Lima / Lupa)
QUEM SAMBA FICA (Tião Motorista / José Bispo)
10. O OURO E A MADEIRA (Ederaldo Gentil)
11. VERDADE (Nelson Rufino)
12. VOCÊ ABUSOU (Antonio Carlos / Jocáfi)
TAMANCO MALANDRINHO (Tom e Dito)
NÃO DEIXE O SAMBA MORRER (Edson Conceição / Aloísio)
SAMBA PRAS MOÇAS (Roque Ferreira / Grazielle)
13. ALEGRIA, ALEGRIA (Caetano Veloso)
14. SOY LOCO POR TI AMÉRICA (Gilberto Gil / Capinan)
15. SÃO, SÃO PAULO (Tom Zé)
16. SWING DO CAMPO GRANDE (Moraes / Galvão / Paulinho Boca)
DÊ UM ROLÊ (Moraes/Galvão)
17. FIGADO LÁ (Osmar Macedo)
18. MALUCO BELEZA (Raul Seixas e Cláudio Roberto)
19. FILHO DA BAHIA (Walter Queiroz)
AMOR DE MATAR (Roberto Mendes / Jorge Portugal)
20. MORENA TROPICANA (VICENTE BARRETO)
21. IJEXÁ (Edil Pacheco)
É D'OXUM (Gerônimo / Vevé Calazans)
22. FRICOTE (Luis Caldas / Paulinho Camafeu)
23. CANTO DA CIDADE (Daniela Mercury / Tote Gira)
24. DEPOIS QUE O ILÊ PASSAR (Miltão)
25. NOSSA GENTE (Roque Carvalho)
CANTO PRO MAR (Carlinhos Brown)
Yayá Yoyô
Você não vai
mas deixa eu ir
que eu vou
Nunca vi festa tão boa (Yayá Yoyô)
carnavá é mesmo suco
"
são três dias de alegria
"
isso é prá ficar maluco
Você diz que vai simbora (Yayá Yoyô)
não me importa não faz má
"
eu só quero que tu vortes "
só dispois do carnavá
Josué de Barros
Yoyô Yayá....
Você diz que me despreza (Yayá Yoyô)
eu só tou querendo ver
"
dispois não pegue a chorar "
quando tu se arrepender
Isto
é Bom
Xisto Bahia
O inverno é rigoroso
já dizia minha vó
quem dorme junto tem frio
quanto mais quem dorme só
Isto é bom isto é bom
Isto é bom que dói
(bis)
Quando nós dois se encontrou
nós peguemo a se gostar
tu me disse umas coisinhas
que eu nem quero me alembrar
Yoyô Yayá....
" deixa eu entrar no cordão minha nêga
entra, meu nêgo, mas não encosta”
Carmen Miranda
Josué de Barros, cantor e compositor baiano, nascido em Salvador em 16 de
março de 1888 e falecido no Rio de Janeiro em 30 de novembro de 1959. Foi o
descobridor de Carmen Miranda, a quem deu para gravar esta música em 23 de
janeiro de 1930, visando o carnaval deste ano, alcançando grande sucesso.
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Josu%C3%A9_de_Barros
A saia de Carolina
me custou cinco mil réis
arrasta a mulata a saia
que eu dou mais cinco e são dez
Isto é bom isto é bom
Isto é bom que dói
Yayá
Baianinha
Humbertos Porto
(bis)
Mulata levanta a saia
não deixa a renda arrastar
a saia custa dinheiro
dinheiro custa a ganhar
Isto é bom isto é bom
Isto é bom que dói
Yayá Baianinha
pimenta de cheiro(Bis)
Cheirando a leite de côco
arruda manjericão
machucha machuca
um coração
(bis)
Minha mulata bonita
vamos ao mundo girar
vamos ver a nossa sorte
que Deus tem para nos dar
Sabor de mulata
saia engomada
te ver assim toda rendada
Yayá Baianinha
que fala gostoso
Humberto Porto
Xisto Bahia, compositor baiano nascido em Salvador em 5 de setembro de 1841 e falecido
em Caxambu, Minas Gerais em 30 de outubro de 1894, foi um dos mais afamados
brasileiros da Segunda metade do século XIX. Isto é bom foi também a primeira musica
brasileira a ser gravada em disco no Brasil, em 1902 na Casa Edison do Rio de Janeiro em
15 de julho de 1944. Interpretada por “Bahiano” nome artístico de Manoel Pedro dos
Santos que era de Santo Amaro da Purificação.
(Bis)
Tem voz de juriti
juriti amoroso
que quando morre o dia
chora saudoso
(Bis)
Humberto Porto, compositor baiano, nascido em Salvador em 19 de janeiro de
1908 e morto no Rio de Janeiro em 25 de maio de 1943. Esta música foi gravada
pela primeira vez em 1938 por Dalva de Oliveira e Dupla Preto e Branco, formada
por Herivelto Martins e Nilo Chagas.
Bate a sandália bem no terreiro
machuca bem o moreno faceiro
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Humberto_Porto
Yayá Baianinha
pimenta de cheiro(Bis)
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Xisto_Bahia
Xisto Bahia
Manoel Pedro dos Santos
“o Baiano”
12
(Bis)
13
Brasil
Pandeiro
Assis Valente
Bim
Bom
João Gilberto
Chegou a hora
dessa gente bronzeada
mostar seu valor
eu fui a penha
fui pedir a Padroeira
para me ajudar
salve o Morro do Vintém
pendura a saia, eu quero ver
eu quero ver o Tio Sam tocar pandeiro
para o mundo sambar
Bim,
Bim,
Bim,
Bim,
Bim,
Bim,
O Tio Sam está querendo
conhecer a nossa batucada
anda dizendo que o molho da baiana
melhorou seu prato
vai entrar no cuzcuz acarajé e abará
na Casa Branca já dançou a batucada
de Yoyô e Yayá
Só Bim, Bom, Bim, Bim, Bom
Bim, Bom, Bim, Bim, Bom
Bim, Bom
Bim, Bom, Bim, Bim, Bom
Bim, Bom, Bim, Bim, Bom
Bim, Bim
Brasil esquentai vossos pandeiros
iluminai os terreiros
que nós queremos sambar
há quem sambe diferente
noutras terras outra gente
um batuque de matar
batucada reuni vossos valores
pastorinhas e cantores
expressão que não tem par
Bim, Bim, Bom
Bim, Bim, Bom
Bim, Bim, Bom
Bim, Bim, Bom
É só isso o meu baião
e não tem mais nada não
o meu coração pediu assim
Assis Valente
José de Assis Valente, compositor baiano de grande sucesso nos anos 30 e 40, nascido na
cidade de Pateoba (região de Santo Amaro da Purificação) em 19 de março de 1908 e
morto no Rio de Janeiro em 10 de março de 1958. Os mais expressivos sucessos da
carreira de Carmen Miranda são de sua autoria. Uma de suas músicas mais conhecidas
Brasil Pandeiro teve sua primeira gravação realizada pelo conjunto Anjos do Inferno em
26 de fevereiro de 1941 e voltou a fazer e faz sucesso até hoje na interpretação do grupo
Novos Baianos.
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Assis_Valente
João Gilberto
João Gilberto, cantor e compositor baiano de Juazeiro, nascido em 10 de junho de
1931, revolucionou a música, inventou a batida do samba, que deu origem ao que se
passou a chamar de bossa-nova. Mudou o jeito de interpretar com voz suave, sem o
esforço e a potencia dos cantores líricos. O seu primeiro LP “Chega de Saudade”, é o
disco que representa oficialmente o início da Bossa Nova.
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Gilberto
Coqueiro de Itapoã
Coqueiro!
Areia de Itapoã
Areia!
Morena de Itapoã
Morena!
Saudade de Itapoã
Me deixa!
(bis)
Saudades
da Bahia
Dorival Caymmi
Ai, ai que saudade eu tenho da Bahia
Ai, se eu escutasse o que mamãe dizia
"bem, não vá deixar a sua mãe aflita
a gente faz o que o coração dita
mas esse mundo é feito de maldade e ilusão"
ai, se eu escutasse hoje não sofria
ai, esta saudade dentro do meu peito
ai, se ter saudade é ter algum defeito
eu pelo menos, mereço o direito
de ter alguém com quem eu possa me confessar
ponha-se no meu lugar
e veja como sofre um homem infeliz
que teve que desabafar
dizendo a todo mundo o que ninguém diz
vejam que situação
e vejam como sofre um pobre coração
pobre de quem acretida
na glória e no dinheiro para ser feliz
Bim,
Bim,
Bim,
Bim,
Bim,
Bim,
Bom,
Bom,
Bom
Bom,
Bom,
Bim
Bim, Bim, Bom
Bim, Bim, Bom
Bim, Bim, Bom
Bim, Bim, Bom
Baiano
Burro, Nasce Morto
Gordurinha
Ô vento que faz cantigas nas folhas,
o alto do coqueiral
ô vento que ondula as águas,
eu nunca tive saudade igual
Me traga boas notícias
daquela terra, toda manhã
E jogue uma flor no colo
de uma morena em Itapoã
O pau que nasce torto
não tem jeito, morre torto
baiano burro,
garanto que nasce morto
Sou da Bahia, comigo não tem horário.
não sou otário e ninguém pode zombar.
sou cabra macho, sou baiano toda hora,
meio dia, duas horas, quatro e meia.
o que é que há!
cabeça grande é sinal de inteligência
eu agradeço a providência
ter nascido lá.
Coqueiro de Itapoã
Salve a Bahia ioiô.
Salve a Bahia iaiá.
Coqueiro!
areia de Itapoã
Pau que nasce torto ...
Areia!
Morena de Itapoan
Morena!
Saudade de Itapoan
Me deixa!
Me deixa!
Dorival Caymmi, nascido em 30 de abril de 1914. Sua primeira gravação foi realizada pelo
próprio autor em 5 de novembro de 1947 e lançada em abril de 1948. Compôs inspirado
pelos hábitos, costumes e as tradições do povo baiano, exaltando a beleza natural e do
mar da Bahia. Tendo como forte influência a música negra, desenvolveu um estilo pessoal
de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza
melódica. Um dos compositores de maior sucesso da musica brasileira,
O Castro Alves poeta colosso
sujeito moço, mas soube o que fez.
a Martha Rocha violão baiano,
foi mostrar pra americano
que a Bahia já tem vez.
Rui Barbosa, cabra de sangue na guelra
foi pra Inglaterra
ensinar inglês.
Gordurinha, cujo nome verdadeiro era Waldeck Arthur de Macedo, nasceu em
Salvador em 10 de agosto de 1922 e morreu em Nova Iguaçu, estado do Rio de
Janeiro, em 16 de janeiro de 1949.
Pau que nasce torto ....
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gordurinha
Gordurinha
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dorival_Caymmi
Dorival Caymmi
14
É só isso o meu baião
e não tem mais nada não
o meu coração pediu assim
Só Bim, Bom, Bim, Bom, Bim, Bim
Saudades
de Itapoã
Dorival Caymmi
Brasil esquentai vossos pandeiros
iluminai os terreiros
que nós queremos sambar (bis)
ô ô sambar
ô ô sambar
Bom,
Bom,
Bom
Bom,
Bom,
Bim
15
Quem
samba Fica
Tião Motorista e José Bispo
Cada
Macaco no seu Galho
Riachão
Xô Xuá
Cada macaco no seu galho
Xô Xuá
Eu não me canso de falar
Xô Xuá
O meu galho é na Bahia
Xô Xuá
O seu é em outro lugar
Não se aborreça moço da cabeça grande
você vem não sei de onde
fica aqui não vai pra lá
Esse negócio da mãe preta ser leiteira
já encheu sua mamadeira
vá mamar noutro lugar
Riachão
Riachão, nome artístico de Clementino Rodrigues, ficou nacionalmente conhecido
quando Caetano Veloso gravou esta sua música, Cada macaco no seu galho. Figura
folclórica da cidade de Salvador, de uma alegria contagiante e de um humor ímpar, passa
isso em suas musicas e retrata o cotidiano da cidade. Já virou filme e seu repertório
continua sendo revisitado por vários artistas.
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Riach%C3%A3o_%28compositor%29
Xô Xuá
Cada macaco no seu galho...
Hora da Razão
Batatinha e J. Luna
Batatinha
Oscar da Penha, o saudoso e querido Batatinha, nascido em Salvador em 5 de agosto de
1924 e falecido na mesma cidade em 3 de janeiro de 1997. Sambista de muita
sensibilidade poética, autodidata, já fazia sucesso na Bahia e ficou ainda mais conhecido
quando foi gravado por Caetano Veloso no LP Muitos Carnavais em 1976, alcançando
repercussão nacional.
Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/batatinha/biografia
Se eu deixar de sofrer
como é que vai ser
para me acostumar
se tudo é carnaval
eu não devo chorar
pois eu preciso me encontrar
Sofrer também é merecimento
cada um tem seu momento
quando a hora é da razão
alguém vai sambar comigo
e o nome eu não digo
guardo tudo no coração
Ilha de Maré
Wamir Lima e Lupa
Ah,
eu vim de Ilha de Maré
minha senhora
prá fazer samba
na Lavagem do Bonfim
saltei na rampa do mercado
e segui na direção
cortejo armado
na Igreja da Conceição
Compositor. Cantor baiano, nascido Raimundo Cleto do
Espírito Santo, ganhou esse apelido porque era
motorista de taxi em Salvador. Estudou no Liceu de
Artes e Ofícios em Salvador, onde participou do coral.
Aos nove anos compôs a sua primeira música, "Papai
Noel passou, fez que não viu".Aos 16 anos, recebeu o
pseudônimo de Tião; mais tarde, ficou conhecido como
Tião do Pandeiro. Anos depois, Jamelão (José Bispo) o
apelidou de Tião Motorista. Em 1943, integrou o
conjunto Ases do Ritmo. No ano seguinte, passou a
integrar o conjunto Britinho e Seus Estucas, no qual
cantava e tocava pandeiro, viajando em turnê pela
Argentina e Uruguai.No ano de 1957, apresentou-se
sozinho no Hotel Glória no Rio de Janeiro. Neste mesmo
ano, voltou a Salvador passando a integrar a Orquestra
do Maestro Vivaldo Figueiredo.
Quem samba fica
quem não samba vai
embora (Bis)
Se é homem é meu senhor
se é mulher minha
senhora (Bis)
Vou prá Bahia vou ver
vapor correr no mar
no mar ê ê no mar
ê ê no mar
(Bis)
Você abusou
Antônio Carlos e Jocafi
Você abusou
tirou partido de mim
Abusou
tirou partido de mim
Abusou
tirou partido de mim
Abusou
Mas não faz mal
é tão normal ter desamor
é tão cafona sofredor
que eu já nem sei
se é meninice ou cafonice
o meu amor
se o quadradismo dos meus versos
vai de encontro aos intelectos
que não usam o coração
como expressão
Antonio Carlos e Jocafi
Você abusou ...
Que me perdoe
se eu insisto nesse tema
mas não sei fazer poema ou canção
que fale de outra coisa
que não seja o amor
se o quadradismo dos meus versos
vai de encontro aos intelectos
que não usam o coração
como expressão
Antônio Carlos e Jocáfi formam uma dupla de cantores e brasileiros, nascidos na
Bahia, que começaram a carreira em 1969 no Festival Internacional da Canção e
fizeram sucesso na década de 1970. Os nomes verdadeiros dos componentes da
dupla são Antônio Carlos Marques Pinto e José Carlos Figueiredo. Muitas de suas
canções fizeram parte da trilha sonora de muitas telenovelas, algumas como tema
de abertura. Canções como "Você abusou" foram sucesso na voz de Maria Creuza,
que mais tarde se casou com Antônio Carlos.
Você abusou …
Tamanco
Malandrinho
Tom e Dito
Aí de carroça andei, comadre
Aí de carroça andei, compadre
Valmir Lima
Ah,
quando cheguei lá no Bonfim
minha senhora
da carroça enfeitada eu saltei
com água, flores e perfume
a escada da colina eu lavei
Aí foi que eu sambei, compadre
Aí foi que eu sambei, comadre
Tião Motorista
Walmir Lima, sambista baiano, teve sucessos gravados por nomes importantes da música
brasileira. Sua musica Ilha de Maré em parceria co Roberto Santos o Lupa, gravada por
Alcione, ganhou o Brasil e é muito executa e gravada até hoje. Juntamente com
Batatinha, Edil Pacheco, Roque Ferreira, Panela, Ederaldo Gentil, Riachão e Nélson
Rufino, representa o melhor do samba de raiz de origem baiana.
Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/walmir-lima
Tom e Dito
Dupla surgida em Salvador no início da década de 1970.
Formada por Tom (Antonio Carlos dos Santos Pereira
3/12/1947 - Salvador - Bahia - voz, violão e teclados) e Dito (voz
e violão) teve o primeiro disco produzido pela dupla de
compositores baianos, Antonio Carlos e Jocafi. Em 1974, a
dupla lançou seu primeiro LP, "Se mandar m'imbora eu fico",
pela gravadora Som Livre
Saiba mais:
http://www.dicionariompb.com.br/tom-e-dito
16
Vista
sua mortalha azul turqueza
mais bonita que a beleza
mais humana que o perdão
Que eu quero ver
Eu quero ver
meu bloco na avenida sete
encontrar com você
Calce
seu tamanco malandrinho
pintado de azul marinho
que é a cor da solidão
Eu quero ver
na arquibancada da vida
você se perder
eu quero verTranse
carnaval são só três dias
de cachaça e de folia
de alegria e emoção
Transe
carnaval são só três dias
de cachaça e de folia
de alegria e emoção
Chore
quando chegar terça-feira
peito estoura de saudade
estraçalha o coração
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Chore
quando chegar terça-feira
peito estoura de saudade
dilacera o coração
Que eu quero ver...
Samba
pras moças
Roque Ferreira / Grazielle
Não deixe o samba morrer
Edson Conceição e Aloisio
Edson Conceição (Edson Gomes da Conceição), compositor, letrista e
cantor, nasceu em 18 de março de 1937 em Salvador, Bahia. Compôs
em 1975, com Aloísio, um samba de grande sucesso denominado Não
deixe o samba morrer, em parceria com o compositor e cantor da
noite Aloísio Silva e interpretado pela cantora Alcione. A música foi
um dos primeiros sucessos da cantora, lançando-a definitivamente
para o mercado nacional. Dois anos depois, gravou pela CBS o LP
Quem tem fé, não sai!, no qual incluiu várias composições em
parceria com Aloísio, como Quem tem fé, não sai, Virgem morena da
Conceição, De chita e Júnior, entre outras. Ainda neste mesmo LP,
gravou Desculpe (c/ Willy) e Temporal, em parceria com Nazareno.
Quando eu não puder
pisar mais na avenida
Quando as minhas pernas
não puderem agüentar
levar meu corpo
junto com meu samba
o meu anel de bamba
entrego a quem mereça usar
eu vou ficar
no meio do povo, espiando
minha escola
perdendo ou ganhando
mais um carnaval
antes de me despedir
deixo ao sambista mais novo
o meu pedido final
antes de me despedir
deixo ao sambista mais novo
o meu pedido final
Incandeia, incandeia
incandeia
incandeia
incandeia, incandeia
meu candiá
Saiba mais:
http://mpbantiga.blogspot.com/2011_06_05_archive.html
Roque Ferreira
Edson Conceição
O Ouro e a Madeira
Ederaldo Gentil
Não deixe o samba morrer
não deixe o samba acabar
o morro foi feito de samba
de samba, prá gente sambar...
Não queria ser o mar
me bastava a fonte
muito menos ser a rosa
simplesmente espinho
não queria ser caminho
porém o atalho
muito menos ser a chuva
apenas o orvalho
Ederaldo Gentil
Cantor e compositor baiano,, autor de belos sambas e um dos mais conceituados dos bambas
baianos. Aos 11 anos já participava da bateria da Escola de Samba Filhos do Tororó,
começando a compor para a escola ainda muito jovem.Trabalhou como relojoeiro.Ao lado
Batatinha, Riachão, Panela, Nélson Rufino, Edil Pacheco, Walter Queirós, Tião Motorista,
Chocolate, Roque Ferreira, Nélson Balalô, Paulinho Boca de Cantor e Walmir Lima. Criador
de melodias originais e letras contundentes, gravado por grandes nomes da nossa musica é
autor do samba O Ouro e a madeira.
Roque Augusto Ferreira 12/3/1947 Nazaré das Farinhas, BA Cantor. Compositor.
Começou a compor aos 14 anos, quando mudou-se para Salvador.
Ao lado de Riachão, Edil Pacheco, Ederaldo Gentil, Nélson Rufino, Batatinha,
Panela e Walmir Lima, é considerado um dos mais importantes compositores do
samba baiano.Publicitário, trabalhou em várias agências durante 20 anos,
abandonando a profissão. Clara Nunes foi uma das responsáveis por seu
lançamento ao grande público. Em 1979 a cantora gravou de sua autoria "Apenas
um adeus" (c/ Edil Pacheco e Paulinho Diniz) no LP "Esperança". No ano de 1981 a
mesma cantora interpretou "Coração valente", em parceria com Edil Pacheco. Em
1983 Ederaldo Gentil no disco "Identidade" incluiu "Provinciano", (...)
Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/roque-ferreira
Curió bebeu a água
mas inda tem coco
mel de engenho com cachaça e alegria
um pouco
morena que tá sambando
não deixa ninguém sambar
meu amor tá perguntando
Se o samba é pras moças
se o samba é de moça só
se o samba é de moça
se o samba é de moça só
se o samba é de moça
Meu amor tá perguntando
como coisa que eu soubesse
se de lá eu vinha
se lá estivesse
Meu amor na roda, valha-me deus
fica num chamego, valha-me deus
cada umbigada, valha-me deus
é um desassossego, valha-me Deus
Ô de lá
ô de lá
dona da casa eu vim lá de cima sambar
e só vou embora quando meu amor mandar
Não queria ser o dia
só a alvorada
muito menos ser o campo
me bastava o grão
não queria ser a vida
porém o momento
muito menos ser concerto
apenas a canção
Incandeia
incandeia
incandeia, incandeia
meu candiá
O ouro afunda no mar
madeira fica por cima
ostra nasce do lodo
gerando pérolas finas
Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/ederaldo-gentil
Verdade
Nelson Rufino e Carlinhos Santana
Prá ganhar seu amor fiz mandinga
fui a ginga de um bom capoeira
dei rasteira na sua emoção
com o seu coração fiz zoeira
fui a beira de um rio e você
uma ceia com pão, vinho e flor
uma luz prá guiar sua estrada
a entrega perfeita do amor
Descobri que te amo demais
descobri em você minha paz
descobri sem querer a vida,
verdade
como negar essa linda emoção
que tanto bem fêz pro meu coração
e a minha paixão adormecida
Teu amor meu amor incendeia
nossa cama parece um teia
teu olhar uma luz que clareia
meu caminho tal qual lua cheia
eu nem posso pensar te perder
ai de mim esse amor terminar
sem você minha felicidade
morreria de tanto penar.
verdade
Nelson Rufino
Também oriundo da Escola de Samba Filhos do Tororó, em 1965, compôs seu
primeiro samba enredo "Portais da Bahia", com o qual a escola foi campeã. Sua
primeira música gravada foi "Alerta mocidade", por Eliana Pittman, em 1970. Um
ano depois, ganhou o primeiro festival de samba do Bloco Apaches do Tororó, com o
samba "Blusão do ano passado".Mais o samba Verdade, em parceria com Carlinhos
Santana, na interpretação de Zeca Pagodinho é o grande sucesso desse compositor,
nascido em Salvador em 12 de setembro de 1942. Esta música, gravada em 1979, fez
grande sucesso na voz de Roberto Ribeiro sambista carioca, nascido em 1940 e
morto em 8 de janeiro de 1996. Outras músicas suas fizeram sucesso na voz de
Roberto Ribeiro destaque para Todo menino é um Rei.
Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/nelson-rufino/biografia
Caetano Emanuel Viana Teles Veloso
Santo Amaro da Purificação-Ba
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Alegria Alegria
Gilberto Passos Gil Moreira (Salvador, 26 de junho de 1942) é um músico e político brasileiro. Encabeçou junto com
Caetano Veloso o movimento tropicalista que revolucionou a música e a vida brasileiras nos anos 60 do século passado.
Considerado e respeitado como artista, político e pensador em todo mundo, foi Ministro da Cultura no Governo Lula.
Com uma carreira de sucesso de mais de 40 anos e continua inovando e servindo de referencia para novos talentos da
nossa musica.
Caetano Veloso
Caminhando contra o vento
sem lenço, sem documento
no sol de quase dezembro
Eu vou
O sol se reparte em crimes
espaçonaves, guerrilhas
em Cardinales bonitas
Eu vou
Em caras de presidentes
em grandes beijos de amor
em dentes, pernas, bandeiras
bomba e Brigitte Bardot
o sol nas bancas de revista
me enche de alegria e preguiça
quem lê tanta notícia
Eu vou
Por entre fotos e nomes
os olhos cheios de cores
o peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não
Por que não, por que não
Ela pensa em casamento
eu nunca mais fui à escola
sem lenço, sem documento, eu vou
eu tomo uma Coca-Cola
ela pensa em casamento
e uma canção me consola
Eu vou
Por entre fotos e nomes
sem livros e sem fuzil
sem fome, sem telefone
no coração do Brasil
ela nem sabe até, pensei
em cantar na televisão
o sol é tão bonito
eu vou, sem lenço, sem documento
nada no bolso ou nas mãos
eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou
Por que não, por que não
Por que não, por que não
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gilberto_gil
Nessa musica hino do movimento tropicalista Gil é parceiro de José Carlos Capinam, mais conhecido como Capinam
ou Capinan (Esplanada, 19 de dezembro de 1941) é um poeta baiano parceiro e teve suas musicas gravadas com
sucesso, por vários nomes importantes da musica brasileira. É um dos nomes importantes do Movimento Tropicalista.
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Capinan
São, São Paulo
Tom Zé
Caetano Veloso
Caetano Veloso (nascido Caetano Emanuel Viana Teles Veloso em Santo Amaro da
Purificação, 7 de agosto de 1942) é um músico, produtor, arranjador e escritor brasileiro.
Com uma carreira que já ultrapassa quatro décadas, Caetano construiu uma obra
musical marcada pela releitura e renovação, considerada de grande valor intelectual e
poético. Um dos responsáveis pelo movimento de vanguarda que se tornou conhecido
como Tropicalismo, é um dos artistas brasileiros mais respeitados em todo mundo,
continua atuante, na musica e na vida brasileiras
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caetano_Veloso
Tom Zé
Soy loco por ti América
Gilberto Gil e Capinan
Soy loco por ti, América
yo voy traer una mujer playera
que su nombre sea marti
que su nombre sea marti
soy loco por ti de amores
tenga como colores
la espuma blanca de Latinoamérica
y el cielo como bandera
y el cielo como bandera
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores (Bis)
Sorriso de quase nuvem
os rios, cancões, o medo
o corpo cheio de estrelas
o corpo cheio de estrelas
como se chama a amante
desse país sem nome, esse tango,
esse rancho, esse povo, dizei-me arde
o fogo de conhecê-la
o fogo de conhecê-la
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores (Bis)
El nombre del hombre muerto
ya no si puede decirlo, quién sabe?
antes que o dia arrebente
antes que o dia arrebente
el nombre del hombre muerto
antes que a definitiva noite
se espalhe em Latinoamérica
Capinan
São, São Paulo meu amor
São, São Paulo quanta dor
são oito milhões de habitantes
de cada canto e nação
que se agridem cortesmente
correndo a todo vapor
se amando com todo ódio
se odeiam com todo amor
são oito milhões de habitantes
aglomerada solidão
com mil chaminés e carros
gazeados a prestação
porém com todo defeito
te carrego no meu peito
São, São Paulo meu amor
São, São Paulo quanta dor
salvai-nos por caridade
pecadoras invadiram
todo centro da cidade
armadas de ruge e batom
dando vivas ao bom humor
num atentado contra o pudor
a família protegida
o palavrão reprimido
empregador que condena
uma bomba por quinzena
porém com todo defeito
te carrego no meu peito
São, São Paulo meu amor
São, São Paulo quanta dor
Santo Antônio foi demitido
dos ministros de cupido
armados da eletrônica
casam pela TV
crescem flores de concreto
céu aberto ninguém vê
Em Brasília é veraneio
no Rio é banho de mar
o país todo de férias
aqui é só trabalhar
porém com todo defeito
te carrego no meu peito
São, São Paulo meu amor
São, São Paulo quanta dor
Antônio José Santana Martins (Irará, 11 de outubro de 1936), mais
conhecido como Tom Zé, é um compositor, cantor, arranjador e jardineiro
brasileiro. É considerado uma das figuras mais originais da música
popular brasileira, tendo participado ativamente do movimento musical
conhecido como Tropicália nos anos 1960 e se tornado uma voz
alternativa influente no cenário musical do Brasil. A partir da década de
1990 também passou a gozar de notoriedade internacional,
especialmente devido à intervenção do músico britânico David Byrne.
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tom_z%C3%A9
el nombre del hombre es pueblo
el nombre del hombre es pueblo
nos braços de uma mulher
nos braços de uma mulher
Soy loco por ti, America
Soy loco por ti de amores (Bis)
Espero a manhã que cante
el nombre del hombre muerto
não sejam palavras tristes
soy loco por ti de amores
um poema ainda existe
com palmeiras, com trincheiras,
cancões de guerra,
quem sabe canções do mar
ai, hasta te comover
ai, hasta te comover
Mais apaixonado ainda
dentro dos braços da camponesa,
guerrilheira, manequim, ai de mim
nos braços de quem me queira
nos braços de quem me queira
Antônio José Santana Martins
Irará-Ba
Soy loco por ti, America
Soy loco por ti de amores (Bis)
Soy loco por ti, America
Soy loco por ti de amores (Bis)
Estou aqui de passagem
sei que adiante
um dia eu vou morrer
de susto, de bala ou vício
de susto, de bala ou vício
num precipício de luzes
entre saudades, soluços,
eu vou morrer de bruços
nos braços, nos olhos
20
Gilberto Gil
21
Os Novos Baianos foi um conjunto musical brasileiro, nascido na Bahia, ativo entre os anos de 1969 e 1979. Eles marcaram a música
popular brasileira e até o rock brasileiro dos anos 70, utilizando-se de vários ritmos musicais brasileiros que vão de bossa nova, frevo,
baião, choro, afoxé ao rock n' roll. O grupo lançou oito trabalhos antológicos para MPB. Influenciados pela contracultura e pela
emergente Tropicália. Contava com Moraes Moreira (compositor, vocal e violão), Baby Consuelo (vocal), Pepeu Gomes (Guitarra),
Paulinho Boca de Cantor (vocal), Dadi (baixo) e Luiz Galvão (letras) entre outros. O segundo disco do grupo, Acabou Chorare, que
mescla guitarra elétrica, baixo e bateria com cavaquinho, chocalho, pandeiro e agogô, foi eleito pela revista Rolling Stone como o melhor
disco da história da música brasileira em outubro de 2007
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Novos_Baianos
Moraes Moreira: Antônio Carlos Moreira Pires, (Ituaçu, 8 de julho de 1947), mais conhecido como Moraes Moreira, é um cantor,
compositor e músico brasileiro, integrante do movimento dos Novos Baianos. Moraes Moreira começou tocando sanfona de doze baixos
em festas de São João e outros eventos de Ituaçu, o "Portal da Chapada Diamantina". Na adolescência aprendeu a tocar violão, enquanto
fazia curso de ciências em Caculé, Bahia. Mudou-se para Salvador e lá conheceu Tom Zé, e também entrou em contato com o rock n' roll.
Mais tarde, ao conhecer Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, formou o conjunto Novos Baianos, onde
ficou de 1969 até . Juntamente com Luiz Galvão, foi compositor de quase todas as canções do Grupo[1]. O álbum Acabou Chorare,
lançado pela banda em 1972, foi considerado pela revista Roling Stone Brasil[2] um dos 100 melhores álbuns da história da música
brasileira.
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Moraes_Moreira
Luiz Galvão: Luís Dias Galvão, mais conhecido como Luís Galvão (, 1937), é um poeta e músico brasileiro[1]. Mudou-se para Salvador,
onde conheceu Moraes Moreira e Paulinho Boca de Cantor, com os quais criou o conjunto Novos Baianos, em 1968.[2] Conhecia João
Gilberto desde a adolescência em Juazeiro, o que permitiu que, quando os Novos Baianos fossem para o Rio de Janeiro após realizarem
É Ferro na Boneca (1970) em São Paulo, ele contatasse o pai da bossa nova e este influenciasse todo o grupo, culminando no álbum mais
aclamado deles, Acabou Chorare (1972.
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Galv%C3%A3o
Paulinho Boca de Cantor: Paulo Roberto Figueiredo de Oliveira, mais conhecido por Paulinho Boca de Cantor (Santa Inês, Bahia, 28 de
junho de 1946) é um cantor e compositor brasileiro. Foi um dos membros fundadores do grupo de MPB Novos Baianos, que durou de
1969 à 1979. Começou como crooner do grupo Orquestra Avanço, que atuava em Salvador e no interior da Bahia[1]. Em 1969, fundou,
ao lado de Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Luiz Galvão e Moraes Moreira, o grupo Novos Baianos. Seu primeiro álbum solo tinha o título de
Paulinho Boca de Cantor - Bom de Chinfra e Bom de Amor pela CBS, e tinha destaque pela parceria com Gilberto Gil e Luiz Galvão na faixa
“Que bom prato é vatapá”. Em 1981, consolidou sua carreira solo ao lançar Valeu, um dos álbuns de produção independente mais
vendidos no Brasil[4]. Em 1983 se apresentou em Roma, no espetáculo Bahia de Todos os Sambas, ao lado de nomes como Gal Costa,
Caetano Veloso e João Gilberto. Nos anos seguintes foi contratado pela EMI e lançou mais três discos.
Em 1997 reuniu os Novos Baianos e lançou o disco Infinito Circular, pela Som Livre. Fez também algumas apresentações ao vivo com a
banda, incluindo a "Noite Brasileira" no Festival de Montreux, Suíça.
Em 1998 fez o CD Todos os Sambas, mostrando várias nuances desse gênero- da Chula até a Bossa Novae e desde 2000, tem feito pesquisa
sobre o origem da musicalidade brasileira: produziu o CD duplo Do Lundu ao Axé- resgate da produção musical baiana, Em 2006
idealizou e produziu o show A Bossa do Boca um retrato da trajetória da MPB com destaque para a Bossa Nova. Em 2008 gravou DVD
Paulinho Boca Canta Novos Baianos e em 2010 junto com seu filho o musico e produtor cultural Betão Aguiar, organizou pesquisa sobre
a história da música de São Paulo (www.musicadesaopaulo.com.br)
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulinho_Boca_de_Cantor
Swing do Campo Grande
Morais, Galvão e Paulinho Boca de Cantor
Minha carne é de carnaval
meu coração é igual
(Bis)
Aqueles que tem uma seta
e quatro letras de amor
por isso onde quer que eu ande
em qualquer pedaço
eu faço
um campo grande, um campo grande
um campo grande yê, um campo grande yê êa
Eu não marco touca
eu viro toco eu viro moita (Bis)
Dê um rolé
Novos Baianos
Morais e Galvão
Não se assuste pessoa
se eu lhe disser que a vida é boa
não se assuste pessoa
se eu lhe disser que a vida é boa
Enquanto eles se batem, dê um rolê e você vai
ouvir
Apenas quem já dizia,
Eu não tenho nada
Antes de você ser eu sou
Eu sou, eu sou o amor da cabeça aos pés
eu sou, eu sou, eu sou o amor da cabeça aos pés
E só estou beijando o rosto de quem dar valor
Pra quem vale mais o gosto do que cem mil réis
Eu sou, eu sou, eu sou o amor da cabeça aos pés
eu sou, eu sou, eu sou o amor da cabeça aos pés
22
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Fígado
lá
Osmar Macêdo
Osmar fez frevo doido
pra endoidar meu carnaval
eu sinto um comixão no fígado
que não é normal
paro pra pensar não dá
pulo pra verificar
é nessa que eu quero entrar
vou cotovelar
fígado lá
fígado cá
fígado cá
fígado lá
fígado cru
fígado nu
vou cotovelar
Dodo & Osmar
Dodo & Osmar foram os inventores do trio elétrico do carnaval baiano. Dodô (Antonio Adolfo
Nascimento) e Osmar Macedo conheceram-se em um programa de rádio em 1938. Os dois
estudavam música e eletrônica e pesquisavam uma forma de amplificar o som dos
instrumentos de corda. A amplificação aconteceu dez anos depois e, no carnaval de 1950, a
dupla saiu em cima de um Ford tocando em instrumentos adaptados as canções da
Academia de Frevo do Recife, que se apresentava na ocasião em Salvador. Em um ano fizeram
aperfeiçoamentos e incluíram mais um membro, Temístocles Aragão, formando assim o trio
elétrico em 1951. No ano seguinte uma empresa de refrigerantes percebeu o enorme sucesso
do trio e colocou um caminhão decorado à disposição dos músicos, inaugurando o formato
consagrado por todos os carnavais até hoje.
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dod%C3%B4_e_Osmar
Maluco
Beleza
Raul Seixas e Cláudio Roberto
Raul Seixas
Raul Santos Seixas (Salvador, 28 de junho de 1945 — São Paulo, 21 de agosto de 1989) foi um
famoso cantor e compositor brasileiro, frequentemente considerado um dos pioneiros do rock
brasileiro. Também foi produtor musical da CBS durante sua estada no Rio de Janeiro, e por vezes é
chamado de "Pai do Rock Brasileiro e Maluco Beleza. Deixou uma obra extensa e continua
endeusado e cultuado por uma legião de fãs por todo Brasil.
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Raul_Seixas
Enquanto você
se esforça pra ser
um sujeito normal
e fazer tudo igual
eu do meu lado,
aprendendo a ser louco
um maluco total
na loucura real
Raul Santos Seixas
Natural de Salvador-Ba
Controlando a minha "maluquez"
misturado com minha lucidez
vou ficar,
ficar com certeza
Maluco Beleza
(Bis)
E este caminho que eu mesmo
escolhi
é tão fácil seguir
por não ter onde ir
Amor de Matar
Roberto Mendes e Jorge Portugal
Tropicana
Controlando a minha "maluquez"...
Vicente Barreto e Alceu Valença
Ô, do lado de lá
Do desejo
decá lá um beijo
que eu quero provar
dessa coisa, que ver
eu não vejo
mas dá um molejo
de arrepiar
(Bis)
É um frenesi
sem freio
é um amor de matar
é um samba balanceio
som que semeio
sem meio de errar
é um a um
meio a meio
é um, pra lá e pra cá
É um amor sem rodeio
na roda do meio
no meio do mar
Yê, Yê Odoyá
Yê, Yê Ya
(Bis)
Da Manga rosa quero o gosto e o sumo
Melão maduro, Saputi, Juá
Jaboticaba seu olhar noturno
beijo travoso de Umbu-Cajá
Roberto Mendes
Jorge Portugal
Em 1988, lançou o primeiro disco "Flama", que contou com a participação de Gilberto Gil e
apresentação de Caetano Veloso.No ano de 1992, o segundo trabalho, "Matriz", contou com a
participação de Caetano Veloso.Em 1994, lançou o disco "Roberto Mendes", com produção de Maria
Bethânia, sua maior incentivadora.Teve composições gravadas por diversos artistas, entre os
quais, Gal Costa, Margareth Menezes, Daniela Mercury, Maria Creuza, Simone Moreno, Raimundo
Sodré e Zezé Motta.Maria Bethânia obteve sucesso com as composições "Filosofia pura" (em dueto
com Gal Costa), "A bela e o mar", "Vida vã" e "Vila do adeus", de Roberto Mendes e Jorge Portugal, e
"Resto de mim", de Roberto Mendes e Ana Basbaum.
Saiba mais http://www.dicionariompb.com.br/roberto-mendes/dados-artisticos
Conseguiu projeção nacional em 1980 quando seu parceiro Raimundo Sodré participou do "Festival
da Nova MPB 80", da Rede Globo, classificando "A massa", parceria de ambos. A música foi incluída
no disco do festival ainda naquele ano. Nesse mesmo ano, Raimundo Sodré lançou o LP "A massa",
pela gravadora Polydor, no qual incluiu "A Massa", "Menino triste", "Vá pra casa esse menino, viu?",
"Coió de Anália" e "Resistência", todas, parcerias de Jorge Portugal e Raimundo Sodré. Ainda nesse
disco Raimundo Sodré incluiu "Baião pisado" e "Brasileira, profissão sonhar", ambas de autoria de
Roberto Mendes, Raimundo Sodré e Jorge Portugal.
Vicente Barreto. Nascido em Conceição do Coité, no interior
da Bahia, mas criado no município de Serrinha, tornou-se
autodidata na arte de tocar violão..... Parceiro de diversos
artistas da MPB, é autor de 10 discos ao longo de sua carreira.
Ao todo são 1 compacto e 4 LP's, ..Assim tão Moço.., ..Rasgando
a Seda.., ..Vicente Barreto.. e.. Nação Brasileira..; e 5 CD's:
..Ano Bom.., ..Mão Direita.., ..E a Turma Chegando pra
Dançar.., ..O Melhor de Vicente Barreto.. e ..Noites sem fim dos
Forrós....... Em 1973, Vicente tem sua primeira música
gravada pelo Quinteto Violado, no disco Berra Boi. A Parceria
em Baião do Quinji é com Fábio Paes. Aos 25 anos foi
apresentado a Vinícius de Moraes, com quem compôs a música
Eterno Retorno, gravada pela cantora Márcia no LP Ronda de
1977 , além do próprio Vicente no CD Mão Direita, em 1996.....
Em 1979, já estabelecido em São Paulo, ele grava seu primeiro
LP, contando com a participação de Gonzaguinha na música
Abençoado e Santo. Sua musica de maior sucesso é sem Duvida
Tropicana – em parceria com Alceu Valença que a imortalizou
com uma grande interpretação.
Pele macia
ai, carne de Cajú
saliva doce, doce mel, mel de uruçú
Linda morena
fruta de vez temporana
caldo de Cana caiana
vem me desfrutar
morena tropicana
eu quero teu sabor
ai, ai, oi, oi
Saiba mais http://www.myspace.com/vicentebarreto
Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/jorge-portugal/dados-artisticos
24
25
Vicente Barreto
É D Oxum
Filho
da Bahia
Walter Queiroz
Gerônimo e Vevè Calazans
Nessa cidade
todo mundo é D'Oxum
homem-menino, menina-mulher
toda essa gente irradia magia
presente na água doce
presente na água salgada
e toda cidade brilha
(Bis)
Ai morenô, ai morenô
ai moreninha, meus amor
ai morenô
Saia dessa roda, venha descansar
venha pro meu colo, venha namorar
ai moreno
ainda sou menino, mas já sei amar
aprendi mais cedo, só prá lhe ensinar
ai morena
Filho da Bahia se você não vem
não lhe faço dengo
não vou lhe ninar
ai moreno
Viver não é fácil não
pergunte prá meu coração
Sei perder na valentia
sei amar o meu amor
sei beber no varandá
foi Sandoval quem me ensinou,
Ai moreno
ai morenô, ai morenô
ai morenê “ai meus amor” , ai morenô
Gerônimo
Valter Queiroz
Walter Pinheiro de Queiroz Júnior 18/10/1944 Salvador, BA , Compositor.
Instrumentista (violonista). Cantor. Advogado. Publicitário. Sobrinho do escritor José
de Queiroz Júnior e do compositor Nilo Queiroz. Primo do saxofonista Cacao Chamiê e
do compositor Fred Falcão. Aos quatorze anos, formou, com Johildo Barbosa e Mário
Morgade, o Abaeté Samba Trio, que atuava em colégios e clubes e chegou a participar de
programas de televisão, Em 1968, foi finalista no festival "Brasil Canta no Rio", com a
música "A flor e o bloco". Nesse mesmo ano, convidado por Glauber Rocha, participou,
como compositor, da trilha sonora do filme "O dragão da maldade contra o o santo
guerreiro", com a canção "Diálogo na gruta". Ainda em 1968, começou a compor jingles
para o mercado publicitário. Também nesse ano, participou do II Festival Nordestino. É
autor dentre outras musicas de Filho da Bahia sucesso na voz de Fafá de Belém.
Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/walter-queiroz
Ijexá
Edil Pachêco
Filhos de Gandhy Badauê
Ilê Aiyê, Malê Debalê, Oju Obá
tem um mistério
que bate no coração
força de uma canção
que tem o dom de
encantar(Bis)
Edil Pacheco
Edimilson de Jesus Pacheco 1/6/1945, Compositor. Cantor. Instrumentista. Filho de Antonio
Pacheco e Maria Lúcia de Jesus. Nasceu em Maragogipe, cidade situada no Recôncavo baiano.
Ganhou o primeiro violão do tio José Lessa. Aos 18 anos, mudou-se para Salvador.Trabalhou
em padaria, foi bancário e trabalhou em uma empresa de transportes .Em 1963 participou do
grupo musical Função. Por essa época conheceu os poetas Luiz Galvão e Cid Seixas e os
músicos e compositores Moraes Moreira, Ederaldo Gentil, Tião Motorista, Celeste, Alcyvando
Luz e Batatinha. Em 1965, aos 20 anos, foi convidado pelo compositor Batatinha para
acompanhá-lo como violonista no show "Eu sou, tu és, ele é: gente". Por essa época,
incentivado por Batatinha compôs "Experiência própria" e "Protetor do samba".Uma de suas
primeiras músicas gravadas foi a toada "Fim de tarde" (c/ Luiz Galvão) em 1969, por Eliana
Pittman, que lhe foi apresentada pelo jornalista Fernando Vita. Neste mesmo disco, Eliana
Pittman também gravou "Passatempo" (c/ Batatinha e Cid Seixas). Por essa época, participou
várias vezes do programa televisivo "Improviso" gravado no Teatro Vila Velha. Devido ao
sucesso nacional de "Alô, madrugada" (c/ Ederaldo Gentil), gravada por Jair Rodrigues no
início da década de 1970, transferiu-se para o Rio de Janeiro.. Sua música Ijexá fez sucesso
nacional na voz de Clara Nunes.
Saiba mais : http://www.dicionariompb.com.br/edil-pacheco/dados-artisticos
Seu brilho parece
um sol derramado
um céu prateado
um mar de estrelas
revela a leveza
de um povo sofrido
de rara beleza
que vive cantando
profunda grandeza
A sua riqueza
vem lá do passado
de lá do congado
eu tenho certeza
Filhas de Gandhy
ê povo grande
Ojuladê, Katendê, Baba-Obá
netos de Gandhi
povo de Zambi
traz pra você
um novo som: Ijexá
Vevé Calazans
Geronimo Santana é cantor e compositor símbolo da resistência cultural nos últimos 20 anos,
propulsor da musica afrobaiana. Nasceu em 26 de junho de 1953, em Salvador, na Bahia. Hoje
o seu sucesso é repartido nas vozes de grandes intérpretes e grandes bandas como: Maria
Bethânia, Elba Ramalho, Margareth Menezes, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Araketu,
Vânia Abreu, Chiclete com Banana, Timbalada, Cheiro de Amor, Márcia Freire, Carla Cristina,
Pysirico, Ricardo Chaves, Jorge Aragão, Asa de Águia, Pimenta Nativa, Beth Carvalho, Dudu
Nobre e tantos outros. Sua musica É Do`xum gravada pelo MPB4 para a trilha da série Tenda
dos Milagres (Rede Globo) o fez conhecido em todo Brasil e no exterior e já foi gravada por
vários outros nomes importantes da musica brasileira.
No ano de 1976, a dupla Tom & Dito gravou pela Continental o disco "Revertério", no qual
interpretaram "Cretina" e "Divã", parcerias da dupla com Vevé Calasans. No ano seguinte a
mesma dupla intepretou "Ao sul do teu corpo" (Tom, Dito e Vevé Calasans).Em 1978 Alcione
gravou "Mau negócio", parceria com o poeta Ildásio Tavares, no LP "Alerta geral".Em 1985 suas
composições "Marujada de quebra-ferro" e "É d' Oxum", ambas em parceria com Gerônimo,
foram gravadas no LP "Mensageiro da alegria", de Gerônimo, lançado pelo selo Nova
República. Nesse mesmo ano, "Fruta mulher" (c/ Roberto Mendes), interpretada por Nana
Caymmi, foi incluída na trilha sonora da novela "Roque Santeiro", da Rede Globo e lançada em
LP homônimo. Ainda nesse ano "É d' Oxum" foi interpretada por MPB-4 e "Maluco pra te ver"
(c/ Walter Queiroz) fizeram parte da trilha sonora do seriado "Tenda dos Milagres", da Rede
Globo
É D'Oxum, é D'Oxum, é D'Oxum
Eu vou navegar
eu vou navegar
nas ondas do mar
eu vou navegar (Bis)
Com Oxum
é D'Oxum
Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/veve-calasans/dados-artisticos
Fricote
Paulinho Camaféu e Luiz Caldas
Nêga do cabelo duro
que não gosta de pentear
quando passa na baixa do tubo
o negão começa a gritar
(Bis)
Pega ela aí, pega ela aí
pra que?
pra passar batom
de que cor?
de violeta
na boca e na bochecha
Pega ele aí, pega ela aí
pra que?
pra passar batom
de que cor?
de cor azul
na boca e na porta do céu
Paulinho Camafeu
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Seja tenente ou filho de pescador
ou importante desembargador
se der presente
é tudo uma coisa só
a força que mora n'água
não faz distinção de cor
e toda cidade é D'Oxum
Luiz Caldas
Luiz César Pereira Caldas (Feira de Santana, 24 de junho de 1963) é um multiinstrumentista,
compositor e cantor brasileiro universalmente reconhecido como "O Rei do Axé" .
Quando garoto, de origem humilde, começou a apresentar-se com bandas amadoras. Já aos
dez anos de idade viajava por pequenas cidades, onde participava de shows. Aprendeu, assim,
a tocar vários instrumentos, tendo praticamente vivido no meio musical. No início dos anos
70 o então Luiz Caldas foi morar em Vitória da Conquista-BA e ganhou a vida trabalhando em
alguns comércios da cidade (Panificadoras, supermercados e bares) exercendo a função de
serviços gerais, mas nas horas vagas tocava no ¨conjunto¨ musical de um famoso músico da
época, chamado João Faustino. Foi o inventor do ritmo que misturava o pop com reggae,
toques caribenhos, ijexá, frevo e samba, presentes num ritmo que ganhou o apelido de
Deboche - e que evoluiu para outros tantos modismos lançados no Carnaval baiano.Luiz
Caldas foi um dos cantores que, misturando ritmos baianos introduziu nos trios elétricos
uma nova sonoridade através de novos instrumentos (como o teclado), inaugurando uma
nova era na cultura musical da Bahia, embrião da Axé Music.Conhecido no Carnaval baiano,
tem 12 álbuns lançados e foi presença constante nos principais programas de televisão da
década de 1980. Ganhou a Coroa de Prata no programa Rei Majestade, do SBT.Em 2009, Luiz
Caldas preparou para lançamento um conjunto de 10 CDs, com 130 músicas no total. O
projeto envolve vários estilos, como o pagode, o forró, a música romântica, o hard rock e a
música instrumental, sendo um dos álbuns dedicado aos povos indígenas, com letras
inteiramente em Tupi.As músicas estão sendo primeiramente lançadas no site oficial do
cantor. Todo o projeto foi lançado em 2010, mesmo ano que o cantor inicia a divulgação como
cantor também de heavy metal, como pode ser visto no portal R7.
Gandhy Autor de grandes sucessos na voz de artistas renomados, Paulo de Camafeu, o
Paulinho, como gosta de ser chamado, foi um dos que compôs junto com Luiz Caldas a música
"Fricote", que colocou a Bahia no cenário musical. Atualmente, Paulinho está produzindo um
CD que ainda este ano estará nas lojas. Vale ressaltar que, em 2009, ele gravou um CD em
homenagem aos 60 anos do Afoxé Filho de Gandhy.
27
O Canto da Cidade
Tote Gira e Daniela Mercury
A cor dessa cidade sou eu
o canto dessa cidade é meu
O gueto a rua a fé
eu vou andando a pé
pela cidade bonita
o toque do afoxé
e a força de onde vem
ninguém explica
ela é bonita
ÔOO
verdadeiro amor
ÔOO
você vai onde eu vou
Não diga que não me quer
não diga que não quer mais
eu sou o silêncio da noite
o sol da manhã
mil voltas o mundo tem
mas tem um ponto final
eu sou o primeiro que canta
eu sou o carnaval
Daniela Mercury
Daniela Mercury, nome artístico de Daniela Mercuri de Almeida (Salvador, 28 de julho de 1965), é
uma cantora, compositora, dançarina, produtora, atriz e apresentadora de televisão[4] brasileira.
Vencedora de um Grammy Latino, por seu álbum , recebeu também seis Prêmios TIM de Música, um
prêmios pela APCA, três prêmios Multishow e dois prêmios pelo VMB, de melhor videoclipe e
fotografia. Daniela é considerada uma das maiores cantoras, e mais famosas de axé music, e é
conhecida como a rainha deste gênero musical. Desde de 1991 até hoje, Daniela lançou diversos
álbuns e singles (sendo 14 em primeiro lugar e 24 Top 10), vendendo mais de 12 milhões de discos
em todo o mundo.[5] Ela gravou um DVD comemorativo de 25 anos do Cirque du Soleil e fez parte
do Festival de Jazz de Montreal[6]. Além disso, Mercury foi convidada para participar do DVD de
Alejandro Sanz, e cantar com Paul McCartney, em Oslo, na Noruega, durante a entrega do Prêmio
Nobel da Paz.
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Daniela_Mercury
Depois que o Ilê Passar
Miltão
Rebentou
Ilê Aiyê Curuzu
passo de Angola Ijexá
vamos pra cama meu bem
Me pegue agora
me dê um beijo gostoso
pode até me amassar
mas me solte quando o Ilê passar
Ilê Aiyê
O Ilê Aiyê, ou simplesmente Ilê, é o mais antigo bloco-afro do carnaval da cidade do Salvador, no
estado da Bahia. Criado em 1 de novembro de 1974, o Ilê torna-se o primeiro bloco afro do Brasil e
hoje constitui um grupo cultural de luta pela valorização e inclusão da população afrodescendente, inspirando a criação de muitos outros grupos culturais no Brasil e no mundo. Na sua
primeira apresentação no carnaval de 1975, o Ilê Aiyê apresentou a música "Que Bloco é Esse", de
Paulinho Camafeu. Miltão é um dos compositores do Bloco IlêAiyê
Quero ver você Ilê Aiyê
passar por aqui
Canto pro Mar
Não me pegue
não me toque
por favor não me provoque
eu só quero ver o Ilê passar
Nossa Gente
Roque Carvalho
Avisa lá que eu vou chegar mais tarde, o yé
vou me juntar ao Olodum que é da alegria
é denominado de vulcão
o estampido ecoou nos quatro cantos do mundo
em menos de um minuto: em segundos
nossa gente é quem bem diz é quem mais dança
os gringos se afinavam na folia
os deuses igualando todo o encanto toda a transa
os rataplãs dos tambores gratificam
quem fica não pensa em voltar
afeição à primeira vista
o beijo batom que não vai mais soltar
a expressão do rosto identifica
Avisa lá avisa lá avisa lá o o
Avisa lá que eu vou
Antônio Carlos Santos de Freitas
Natural de Salvador-Ba
Olodum
O Olodum é um bloco-afro do carnaval da cidade do Salvador na Bahia.
Foi fundado em 25 de abril de 1979 durante o período carnavalesco
como opção de lazer aos moradores do Maciel-Pelourinho, garantindolhes assim, o direito de brincarem o carnaval em um bloco e de forma
organizada. É uma Organização não Governamental (ONG) do
movimento negro brasileiro. Desenvolve ações de combate à
discriminação social, estimula a auto-estima e o orgulho dos afrobrasileiros, defende e luta para assegurar os direitos civis e humanos
das pessoas marginalizadas, na Bahia e no Brasil.
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Olodum
Carlinhos Brown
Vou na timbalada oyá
Canto pro mar, mar, mar, mar
A Timbalada é uma de origem da cidade de Salvador, Bahia. A banda é conhecida pelo
seu axé music e por seu ritmo parecido com o Olodum e o Ilê ayê.A banda é uma das
atrações do Carnaval de Salvador, e representa bastante a etnia negra que existe na
Bahia.A banda estreiou para o mundo em 1993 num show na cidade de Aracaju, onde
foi feito um verdadeiro Candeal. A partir dai a banda fez diversas apresentações em
diversos programas de Tv e shows.Uma das principais marcas da banda são os corpos
pintados de seus integrantes. A primeira formação da banda conta com os cantores
Ninha, Pátricia e Xéxeu. em 2006 Ninha sai da banda e forma a banda Tribahia,
juntamente com Pátricia e Xéxeu. A Timbalada ganha uma nova cara e segue forte
com Denny Silva e Amanda Santiago.
Em 2007 uma nova mudança, Amanda decide sair para se dedicar a um outro projeto,
sob a tutela de Carlinhos Brown. Nesse ano sob o comando de Denny a banda grava
seu primeiro DVD, gravado em São Luis do Maranhão.No carnaval a banda comanda o
Bloco Timbalada, no circuito Barra-Ondina (sexta e sábado), e o bloco Jumper,
também no circuito Barra-Ondina (segunda e terça).
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Timbalada
Carlinhos Brown, nome artístico de Antônio Carlos Santos de Freitas, (Salvador, 23
de novembro de 1962) é um cantor, percussionista, compositor, produtor e agitador
cultural brasileiro, um dos artistas mais inventivos surgidos nos últimos tempos no
Brasil. Na Espanha também é conhecido como Carlito Marrón. Seu nome artístico
consta ser uma homenagem a James Brown e H. Rap Brown, líderes da música negra
da década de 1970, ídolos do funk e da soul music. Foi iniciado na música através de
Osvaldo Alves da Silva, o Mestre Pintado do Bongô. Seus primeiros instrumentos, que
marcariam toda sua carreira e estilo musical, foram os de percussão, com
aprendizado e desenvolvimento das células rítmicas provenientes dos terreiros de
candomblé.
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlinhos_Brown
28
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Eu canto pra lua
porque amo a lua
ai que lua, ai que lua
Eu canto pra terra
porque amo a terra
ai que terra, ai que terra
vou na timbalada oyá
canto pro ar, ar, ar, ar
Eu canto pro vento
porque amo o vento
ai que vento, ai que vento
Eu canto pra ela
porque amo ela
ai que ela, ai que ela
Eu canto pra rua
porque amo a rua
ai que rua, ai que rua
Trago flor no jarro pra saudar
depois eu vou jamais
agora eu vou lavar
agora eu vou levar
ficha técnica
IDEALIZAÇÃO, DIREÇÃO GERAL E APRESENTAÇÃO:
Paulinho Boca de Cantor
DIREÇÃO MUSICAL:
Carlos Marques e Paulinho Boca de Cantor
PESQUISAS:
Paulinho Boca De Cantor
FIGURINOS E PRODUÇÃO EXECUTIVA:
Virginia Amaral
DESIGN, LAY OUT E ARTE GRÁFICA:
Flávio Sá
VIOLÃO E VOCAL:
Carlos Marques
BATERIA:
Márcio Dhiniz
BAIXO:
Dido Gomes
GUITARRA:
Kakau Araújo
PERCUSSÃO:
Toni Mola
TECLADOS:
José Raimundo Rios
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