Historiada musicana Bahia por Paulinho Boca de Cantor a origem A História da Música na Bahia começa antes da chegada dos portugueses. Os índios com seus rituais de guerra e de paz, suas danças, festanças e pajelanças, ao seu modo, já faziam soar seus tambores de peles e de madeiras, seus caxixis e maracás, acompanhando seus cânticos, que se misturavam aos sons da natureza exuberante. Com a chegada do homem branco, trazendo seus costumes, sua língua, sua religiosidade, suas cantigas, suas modinhas e seus instrumentos musicais, a musica começa a se popularizar nos saraus e nas festas de ruas da velha cidade da Bahia. Segundo o radialista e historiador Perfilino Neto: “É nesse clima de melodias ternas, cantigas anônimas e gêneros folclóricos (como a FOFA DA BAHIA- gênero que antecede ao LUNDU e a CHULA- cujas primeiras pulsações foram trazidas de Portugal), que começa a aparecer uma leva de trovadores nas ruas da cidade do Salvador.” Mas sem dúvida, é a chegada dos negros, com seus batuques, suas danças, seus lamentos, seu ritmo e alegria contagiantes, a influência mais presente e mais forte nas variantes percussivas, que fazem a música e os músicos baianos, originais e respeitados em todo mundo. Paulo Roberto Figueredo de Oliveira Natural de Santa Inês-Ba Torno a citar um trecho do texto do historiador Perfilino Neto para ilustrar a presença marcante, constante e a importância da Bahia para a Musica Popular Brasileira: Paulinho Boca de Cantor c ompositor e cantor popular, um dos integrantes do grupo Novos Baianos (prêmio de melhor disco feito no Brasil em todos os tempos- ACABOU CHORARE- Revista Rolling Stone – Out. 2007), começou sua carreira musical como “crooner” de orquestra em 1963, animando bailes em Salvador e no interior da Bahia. Em 1969 conheceu Moraes Moreira e Luiz Galvão e juntos idealizaram e fundaram o grupo Novos Baianos. Além de se apresentar desde os anos 60 em shows musicais por todo Brasil e no exterior é também um estudioso da origem da musicalidade Brasileira. Tem produzido e apresentado trabalhos sobre a história da música no Brasil resultado de pesquisas e de resgate histórico do patrimônio artístico e cultural, entre eles “DO LUNDU AO AXÉ – BAHIA DE TODAS AS MÚSICAS” (2002) através do FAZCULTURA - Secretaria de Cultura do Estado da Bahia) e o projeto A BOSSA DO BOCA – 100 ANOS DE MÚSICA NO BRASIL, através do Ministério da Cultura – Fundo Nacional de Cultura (Pronac 064416). (2007) Apresentou o mesmo projeto em 10 cidades do interior da Bahia através do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA.) 31/07 a 22/08/2008. Em 2010 idealizou e produziu, junto com seu filho Betão Aguiar, pesquisa sobre a história da Musica de São Paulo, através de Convênio com a Secretaria de Cultura do Estado se São Paulo, disponibilizada o resultado do trabalho no site www.musicadesaopaulo.com.br O artista se apresenta nas festas populares e no Carnaval de Salvador desde 1976, sempre inovando e atualizando suas apresentações e foi responsável junto com os parceiros do grupo “Novos Baianos” pela revolução tecnológica no Carnaval de Salvador, ao se apresentarem pela primeira vez num trio elétrico usando som de voz (o som do trio era somente instrumental). Contribuindo para a efervescência musical da Bahia e para o surgimento das grandes estrelas da música baiana nos últimos 30 anos. 02 “Quem for contar hoje, a verdadeira história da Música Popular Brasileira ou se dispuser a fazer um levantamento circunstanciado de suas origens, por certo terá que admitir - e nisso não vem nenhum bairrismo - que esse processo cultural, começa e chega aos dias atuais com a Bahia ocupando o pioneirismo das manifestações musicais do povo brasileiro.” Portanto, partindo do princípio de que o Brasil foi descoberto na Bahia, a música brasileira também tem a Bahia como berço. E nossos artistas honraram esse pioneirismo, criando desde sempre a trilha sonora da vida do nosso povo, mantendo sua alegria e felicidade espontâneas. A mistura das culturas indígena, portuguesa e africana dão um toque especial e original a nossa “baianidade” musical. Vamos contar um pouco dessa história. Faremos alguns comentários, falaremos de algumas peculiaridades, das músicas, dos movimentos marcantes e de seus autores e intérpretes. No século XVII, o poeta Gregório de Matos já ensaiava a popularidade da musica na Bahia, quando se apresentava com uma viola de arame, por ele mesmo improvisada, cantando seus lundus com versos jocosos e obscenos, chocando a todos com sua “Boca do Inferno”. Mas contaremos “ A História da Musica na Bahia” a partir do Início do século passado, com os primeiros registros e os mais representativos da nossa produção musical. Um olhar nosso, sobre momentos dessa história, que abrange nomes representativos, importância histórica, notoriedade, originalidade, mas também os movimentos e os fenômenos de popularidade, que sempre aconteceram e continuam acontecendo até os dias atuais, na nossa musica popular. Esse “levantamento circunstanciado” sobre a história da musica na Bahia, tem como objetivo principal registrar nomes e obras importantes, fazer um apanhado cronologicamente da trajetória da nossa produção musical, mas acima de tudo é a nossa maneira de homenagear a todos os artistas da nossa musica: compositores (as), músicos, cantores (as), por terem musicado e continuarem musicando ---nossas vidas e transformado a musica da Bahia numa das mais inventivas do planeta. 03 o começo O Professor e Historiador Cid Teixeira nos conta que “O trovador, o modinheiro, o cantor de rua e de saraus domésticos é personagem obrigatória da vida Bahiana dos séculos XVIII e XIX”, e que são muitos os letristas, compositores de pauta e instrumentistas desta primeira época. “Até o poeta Castro Alves teve seus poemas musicados, entre eles o Gondoleiro do Amor que alcançou grande popularidade”. E diz mais: “Bem antes do aparecimento do cilindro ou do disco a musica popular na Bahia já estava entre as de maior influência em todo Brasil. E o fato de ser o porto da cidade do Salvador o ponto e confluência, não somente dos navios vindos de Portugal, como a grande maioria dos que trouxeram a cultura Africana, para o Brasil, fez da Bahia, também o local próprio para que os ritmos convivessem e se fundissem, tal como hoje continuam convivendo e gerando novas formas de expressão”. Começam os registros musicais, em cilindros depois em discos, no início do século passado. E a primeira musica brasileira gravada em disco no Brasil, pela Casa Edson – Rio de Janeiro em 1902foi o Lundu “ Isto é Bom” de autoria do ator, musico e compositor baiano Xisto Bahia. Interpretada por “Bahiano” nome artístico de Manoel Pedro dos Santos, natural de Santo Amaro da Purificação. Sucesso que torna tanto o compositor como o intérprete conhecidíssimos em todo Brasil. O Xisto Bahia, excursionou pelo Nordeste cantando chulas, e consolidou seu sucesso no Rio de Janeiro por volta de 1880. Chegou a receber aplausos até do Imperador D. Pedro II. Chega a era do rádio, início do século passado e a Bahia continua presente nas manifestações musicais do Brasil. Vários compositores baianos começam a se destacar e suas canções começam a fazer muito sucesso nas rádios de todo Pais. A “semba” – dança africana- que as baianas, quituteiras e serviçais, levaram junto com a corte para o Rio de Janeiro, terminou dando nome ao gênero mais conhecido da musica brasileira em todo mundo: o samba. Outro artista, o que melhor cantou as belezas da nossa terra e com certeza o maior colecionador de sucessos da musica brasileira é sem dúvida nenhuma, o grande Dorival Caymmi. Desde que pegou um “Ita no Norte e foi pro Rio morar,” foi um sucesso atrás do outro. Alem dos sambas gravados por Carmen Miranda e por vários outros artistas brasileiros e por ele também, suas canções praieiras na sua voz grave e marcante lhe deram muita popularidade e na sua grande maioria são verdadeiros e eternos clássicos da musica popular brasileira. Incensado e regravado com muita frequência até hoje, é um dos nomes mais importantes da nossa musica. Humberto Porto é outro baiano notável, respeitado no meio e parceiro e nomes importantes como Assis Valente, Benedito Lacerda, Herivelton Martins e muitos outros. Gravado pela nata da musica brasileira, artistas como Carmen Miranda. Dalva de Oliveira, Francisco Alves, Trio de Ouro. Foi um dos precursores do “lamento” na rítmica brasileira e em suas canções exaltava a religiosidade baiana, falando sobre os negros e suas histórias. Um dos maiores sucessos da nossa musica em todos os tempos é de sua autoria: a marcha carnavalesca Jardineira, em parceria com Benedito Lacerda. Quem não sabe cantar: “ô jardineira porque estás tão triste? O que foi que aconteceu?” Chegando na década de 40 do século passado, todos esses nomes expressivos da musica baiana continuavam a fazer sucesso e outros começam a despontar na cena musical brasileira, que tinha o Rio de Janeiro como a grande vitrine. O compositor e cantor Waldeck Arthur de Macedo – conhecido como Gordurinha- apelido que ganhou quando trabalhava na Rádio Sociedade da Bahia, por ironia a sua magreza- foi um desse nomes. Batalhou muito no Rio mas foi quando voltou para a Bahia e gravou suas próprias composições, cheias de humor e de ginga, que conquistou de vez o Brasil. Quem não conhece Chiclete com Banana (a mais conhecida e gravada, foi sucesso, primeiro com Jackson do Pandeiro e até hoje, com outros artistas), Mambo da Cantareira, Suplica Cearense, Orora Analfabeta, Carta a Maceió e Vendedor de Caranqueijo- esta regravada recentemente por Gilberto Gil. Figura das mais engraçadas e populares da nossa musica, não fazia só sambas, sua musica tinha uma influência muito forte da musica nordestina. Com a chegada e popularização desse fenômeno musical, e com o samba fazendo sucesso no rádio e nas gafieiras, vários compositores e sambistas baianos, radicados no Rio de Janeiro, ganham destaque na cena musical , no Brasil e no exterior. Um desses nomes importantes é o de Josué de Barros, compositor e músico baiano, com carreira internacional. No início do século passado, já se apresentava em Paris e Lisboa e foi o autor de um dos primeiros sucessos de Carmen Miranda - Yayá Yoyô. Aliás, ele se intitulava o descobridor dessa grande estrela. A história conta, que vários baianos foram importantes para o sucesso da Carmen Miranda. Será que por isso mesmo ela se vestia de baiana? Muitos historiadores acham que sim. O primeiro baiano importante para o descobrimento do talento fantástico da Carmen Miranda, foi um deputado federal da Bahia chamado Aníbal Duarte, que morava numa pensão no centro do Rio, capital brasileira nessa época, e cujos proprietários eram os portugueses, pais da Carmen Miranda. Entre um elogio e outro, o nobre deputado prometeu apresentar para a “pequena notável”, os compositores da Bahia que se destacavam no Rio. E além do Josué de Barros, foi ele quem também apresentou Assis Valente e Dorival Caymmi. Os grandes sucessos da Carmen Miranda, foram composições desses baianos geniais. Assis Valente, foi o mais próximo e o mais gravado pela estrela. Ao ponto de afirmarem que chegou a rolar até um affaire entre os dois. Nunca confirmado, mas existiu essa proximidade sim. Dizem até, que foi uma paixão mal resolvida. Muito respeitado e bastante gravado, deixou seu nome marcado para sempre na musica brasileira, com sucessos eternos como Boas Festas e Brasil Pandeiro, entre muitos outros. Teve uma vida conturbada e uma morte trágica, dando fim a própria vida. Nesse ano de 2011 se comemora o centenário de nascimento desse grande artista baiano. 04 05 o samba da bahia “ Desde que o Samba é Samba é assim”. O samba nasceu na Bahia ou no Rio de Janeiro? De fato o nome “samba” foi registrado em disco e se tornou o nome do gênero musical mais representativo do Brasil, a partir do ano de 1917, com a gravação da música Pelo Telefone, interpretada por Donga, compositor carioca, filho de Tia Amélia, uma das “Tias baianas”, como ficaram conhecidas as quituteiras que foram para o Rio, em busca de melhores dias. E que alem de seus quitutes afamados, levaram seus batuques e umbigadas e são diretamente responsáveis pelo Brasil cair no Samba. Inclusive a quem discuta a autoria desse primeiro “samba”, afirmando que é uma criação coletiva, um das muitas que rolava na Casa da Tia Ciata, uma dessas tias mais famosas. Mas os sambadores e as baianas do recôncavo, já cantavam e dançavam vários tipos de samba, entre eles: o batuque, o lundu, o samba de roda, o samba-duro , a chula. Portanto a certeza que temos é que todos os ritmos, que vieram dar no samba, foram trazidos com os negros, quando aqui chegaram para trabalhar, como escravos. Os bambas do samba, até hoje, com várias e honrosas exceções, são negros descendentes de escravos. Os primeiros cantores e compositores da era do registro em disco e do rádio, como não conseguiam campo de trabalho com musica na Bahia, começaram a migrar para o Rio de Janeiro. A Bahia nunca parou de sambar e vários nomes continuaram surgindo. Sambistas maravilhosos, que não deixaram o samba morrer. João Gilberto Prado Pereira de Oliveira Natural de Juazeiro-Ba Num movimento, natural, espontâneo, nasce o chamado Samba da Bahia, capitaneado pelo o Mestre Batatinha – (Oscar da Penha), Riachão, Panela, Garrafão, Tião Motorista, Edson Conceição, Aloísio Silva, e tantos outros que tiveram suas musicas gravadas com sucesso por nomes do cenário nacional. Outra leva de sambistas da mesma linhagem, que tiveram suas musicas também conhecidas em todo Brasil e até hoje dão continuidade ao requintado Samba da Bahia:: Walmir Lima, Lupa, Ederaldo Gentil, Edil Pacheco, Roque Ferreira, Nelson Rufino. A Bahia continua sambando e fazendo o Brasil sambar. É justo lembrar alguns outros nomes ligados ao samba da Bahia: Antonio Carlos e Jocafi, Maria Creuza,Tom e Dito, Chocolate da Bahia, Paulinho Camafeu, Roque Bendenguê, Firmino de Itapoan, as cantoras Claudete Macedo, Miriam Tereza e o maravilhoso Quarteto em SI. a bossa nova tropicália E música brasileira já era conhecida no exterior com as apresentações de Carmen Miranda e dos muitos conjuntos instrumentais e vocais que se apresentavam fora do pais., mas foi um baiano com um banquinho e um violão, quem mais internacionalizou a nossa musica. João Gilberto e o seu jeito pessoal e inconfundível de interpretar o samba. Além de revolucionar a maneira dos intérpretes de música popular usarem a voz, fez com que a musica brasileira deixasse de ser só folclore e mulatas rebolando e passasse a ser vista respeitada como música de qualidade, que influenciasse, fosse absorvida e interpretada por nomes importantes da musica em todo mundo. João não só mudou o olhar internacional sobre a musica brasileira como é ainda hoje um dos artistas brasileiros mais requisitados e executados ao redor do mundo. A Bossa Nova de João Gilberto é considerada, pela sua riqueza rítmica e melódica, uma das formas de musica popular, mais elaboradas e admiradas do planeta. ssa vocação natural e o pioneirismo da Bahia nas artes, sobretudo na musica, sempre desencadeou em movimentos que surpreenderam o Brasil. É o caso do Tropicalismo, movimento cultural e artístico de vanguarda, que revolucionou a arte brasileira nos anos 60. Glauber Rocha, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé, Capinan, Rogério Duarte, , Waly Salomão e outros baianos e baianas, que misturaram as manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais, não só na musica mas em todas as artes... Antenados com os movimentos e as mudanças determinantes, que aconteciam no mundo, esses baianos ajudaram a mudar o astral e a vida de um pais, que vivia um período de ditadura militar. Diferentemente do que acontecia no conturbado momento, a Tropicália inovou exatamente por não usar a musica e as artes como arma e sim como caminho para ajudar a desbravar a verdadeira alma brasileira, a tirar o Brasil daquele estado. E conseguiu. As cantoras baianas Gal Costa e Maria Bethânia figuravam como as intérpretes mais importantes do Movimento Tropicalista. 06 07 A pós tropicalismo “ A Bahia não pode parar, Brasa, Brasil, Varandá, estão aí os Novos Baianos”. Caetano Veloso escreveu de Londres, onde estava exilado, para o Jornal O Pasquim, dando aval ao trabalho revolucionário desse grupo que surgiu em 1969 e foi responsável pelas primeiras fusões do pop internacional com a nossa musica popular. O grupo permanece vivo na memória brasileira, tem servido de referencia para novos talentos e vem despertando o interesse de novas gerações que revivem e cultuam o rico trabalho dos Novos Baianos. Apesar do grupo ter se dissolvido em 1979, seus integrantes continuam atuando em carreiras solos e continuam tendo seus trabalhos reconhecidos. Premio de melhor disco feito no Brasil em todos os tempos, -NOVOS BAIANOS Acabou Chorare- Somlivre 1972) o melhor entre os 100 melhores – colocou o grupo no lugar de destaque que sempre mereceu na MPB.. E esse reconhecimento faz justiça a um trabalho musical de qualidade comprovada, original e sem precedentes. Além de terem feito mais de 10 trabalhos em discos, todos com a marca e a qualidade do grupo, seus componentes são responsáveis pela grande revolução tecnológica e musical no Carnaval de Salvador, ao colocarem pela primeira vez no palco móvel do trio elétrico, que era só instrumental, o som de voz, abrindo espaço para que cantores e cantoras pudessem apresentar seus shows na nossa grande festa popular. Esse feito foi preponderante para tornar o Carnaval da Bahia uma das maiores manifestações populares do planeta e para que surgissem os grande talentos da musica baiana nos últimos 30 anos. o trio elétrico U ma das maiores invenções musicais do século passado, o palco móvel e a guitarra baiana, criações dos baianos Dodô e Osmar em 1950, e até hoje mantidas originalmente, por seu filhos, (com destaque para os exímios instrumentistas Armandinho e Aroldo Macedo), o Trio Elétrico é o grande propagador da musica da Bahia nos Carnavais fora de época e nos grandes eventos musicais de todo Brasil. As grandes estrelas do que passou a se chamar de Axé Music são oriundas do trio elétrico. Portanto o trio elétrico revolucionou o carnaval da Bahia e é diretamente responsável pela efervescência musical que tomou conta da musica baiana, a partir dos anos 80, e continua ajudando a difundir outros fenômenos de popularidade que não param de acontecer na nossa musica. Hoje não se pode pensar em Carnaval na Bahia, ou em vários outros lugares do Brasil, sem a presença dos trios elétricos. Seja com as grandes estrelas puxando os blocos, ou com os artistas independentes animando o carnaval do povão, do “folião pipoca”, o palco usado é sempre o trio elétrico. o rock baiano R aul Seixas é o nome mais importante do rock baiano. Com seu jeito irreverente , visionário e revolucionário o “Maluco Beleza” deixou sua marca na musica brasileira. Cultuado e reverenciado por gerações que se seguem, o seu trabalho continua influenciando as atitudes e o comportamento de jovens brasileiros de todas as classes sociais. Outros nomes do rock baiano seguiram a trilha do grande e genial Raul Seixas e conquistaram o Brasil. O que faz com que a Bahia continue sendo também um celeiro de roqueiros. Destaque para: Marcelo Nova e Camisa de Vênus, a cantora Pitty e o Cascadura. Apesar de poucos nomes terem atingido notoriedade no cenário nacional o rock baiano continua vivo e revelando novos valores. samba de roda (patrimônio) O Samba de Roda, o jeito de tocar e dançar esse ritmo, que é característico do Recôncavo Baiano, torna-se destaque mundial no início do Século XXI. Vejamos a seguir as considerações que faz o Etno-musicólogo Carlos Sandroni, Coordenador do dossiê de candidatura do Samba de Roda à III Declaração das Obras-Primas do Patrimônio Imaterial da Humanidade (2004-2005). “Historiadores da música popular consideram o samba de roda baiano a principal fonte do samba carioca, que como se sabe veio a tornar-se, no decorrer do século XX, um símbolo indiscutível de brasilidade. A narrativa de origem do samba carioca remete à migração de negros baianos para o Rio de Janeiro no último quartel do século XIX, que teriam buscado reproduzir, nos bairros situados entre o canal do Mangue e o cais do porto, seu ambiente cultural de origem, onde a religião, a culinária, as festas e o samba eram partes destacadas. Parece indiscutível que as famosas “tias” baianas – como tia Amélia, tia Perciliana e sobretudo tia Ciata – e seus filhos – como Donga e João da Baiana – tiveram papel de relevo na fase pioneira do samba no Rio de Janeiro, sobretudo até meados dos anos 1920. Depois disso, o samba de roda baiano continuou sendo uma das referências do samba nacional, presente de maneira mais ou menos explícita nas obras de expoentes da MPB como Dorival Caymmi, Ary Barroso e Caetano Veloso, assim como na “ala das baianas” das escolas de samba e nas letras de nas letras de compositores de todo país. Estas são razões a mais para que o samba de roda seja devidamente conhecido e valorizado, não como matriz longínqua e coisa do passado, mas como parte da vida atual de mulheres e homens da Bahia. Trata-se de uma das jóias da cultura brasileira, por suas qualidades intrínsecas de beleza, perfeição técnica, poesia e bom-humor, assim como pelo papel proeminente que vem desempenhando na própria definição da identidade nacional. Em outubro de 2004, o samba de roda do Recôncavo baiano foi inscrito no Livro das Formas de Expressão do Patrimônio Imaterial do Brasil.” O trio elétrico dos Novos Baianos foi o primeiro trio a ter som de voz amplificado em 1976, começando assim os grandes shows e o surgimento dessas estrelas no carnaval de Salvador e de outras cidades brasileiras. Um dos componentes do grupo Novos Baianos – Moraes Moreiramusicalmente, teve uma participação decisiva na consolidação dos frevos baianos oriundos do trio elétrico, eternizando, atualizando e mantendo vivo o ritmo que veio do Recife, mas que foi determinante para a criação desse grande invento baiano. Ele musicou alguns temas instrumentais e fez várias composições de sucessos nacionais, ligadas ao som original do trio elétrico. Foi o invento do Trio que transformou o Carnaval de rua de Salvador, numa das maiores festas populares do mundo. Essa deferência justa ao Samba de Roda, vem homenagear a resistência dos Sambadores do interior da Bahia, liderados pelo grande Bule-Bule e os grupos de Chula e de Samba de roda que resistem ao tempo e ao descaso. O samba de roda Filho da Bahia de Walter Queiroz Jr, fez muito sucesso na voz da Fafá de Belém. E o santamarense Roberto Mendes é sem dúvida, um dos maiores intérpretes e estudiosos da chula e de outros ritmos ligados ao recôncavo baiano. 08 09 Finalmente em 25 de novembro de 2005, o samba de roda do Recôncavo baiano foi incluído pela UNESCO na Terceira Declaração das Obras Primas do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade.” pagode, arrocha O Ivete Maria Dias de Sangalo Natural de Juazeiro-Ba axé music O fenômeno musical baiano que se tornou conhecido como Axé Music começa em 1985 com a musica Fricote (Luiz Caldas e Paulinho Camafeu). A pulsação e a dança do “fricote” explodem no Carnaval da Bahia e depois ganham todo Brasil. Os ritmos já expressos nas manifestações africanas que sempre permearam a musica feita na Bahia ganham novas fusões musicais e vêm junto com coreografias populares, inventivas, que logo viram uma verdadeira febre nacional. É a Bahia mais uma vez na vanguarda das manifestações musicais brasileiras. Contestado por alguns puristas o movimento se mantém firme, apesar das reclamações no que se refere a falta de mensagens e conteúdo de suas letras, melodias e harmonias repetitivas e a tendência vulgar e sensual de suas danças. No entanto as grandes estrelas da musica baiana se revezam e fazem desse movimento o mais popular e o mais bem sucedido financeiramente em todos os tempos na nossa música. Além do seu criador Luiz Caldas, do cantor e compositor Geronimo e da cantora Sarajane (considerados precursores do movimento), outros nomes expressivos surgem e dão continuidade ao Axé Music. Só para citar alguns: Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Durval Lélys e Asa de Águia, Netinho, Cheiro de Amor, Gilmelândia, Banda Eva, Chiclete com Banana, Cláudia Leite e muitos outros. Na ultima pesquisa sobre preferência musical popular- agora em 2011- feita em Salvador, o Axé Music havia perdido força, O Pagode (movimento musical oriundo da periferia) tomou o lugar do Axé na festa da galera. Mas a mesma pesquisa mostra que a grande maioria do público baiano ainda prefere a tradicional MPB. forró baiano R itmo mais ligado ao interior do Nordeste Brasileiro, difundido por nomes como Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro e sempre presente nas festas da Bahia e de todo Brasil, o Forró tem transformado as nossas festas juninas numa grande atração nacional nos últimos anos. Com o apoio da oficialidade a essas festas tradicionais, o interesse de turistas cresceu muito nos últimos anos, os festejos se multiplicam, tanto na capital como no interior e tem dado oportunidade para que surjam nomes expressivos, alcançando sucesso no Forró Baiano, como: Adelmário Coelho, Zelito Miranda, Xangai, Carlos Pita, Gereba, Virgílio e grupos como Estakazero, Seu Maxixe e outros, colocando na grande mídia, esse gênero musical que sempre fez parte da tradição de festas populares da Bahia. 10 e outros fenômenos de popularidade s fenômenos de popularidade são uma constante na musica da Bahia desde sempre. Saem dos guetos e da periferia, são considerados em sua maioria expressões menores, pelo apelo das suas letras e pela sensualidade das suas danças, mas logo conquistam enorme popularidade e não só nas classe menos privilegiadas mas em todas as áreas da sociedade. No início uma relutância em aceitar os apelos das letras e os trejeitos sensuais das danças, mas como todos os fenômenos se alastram e conquistam seu espaço. É o caso do pagode e do Arrocha. O pagode um samba com melodias repetitivas e harmonias simples é uma verdadeira febre nos bairros da periferia de Salvador. Com o sucesso alcançado rapidamente nos meios de comunicação, logo o fenômeno alcança todo Brasil. Já o arrocha, com características de um bolero acelerado, que leva os casais a dançarem agarradinhos, alem de muita sensualidade, trás de volta um clima romântico nas canções. Apesar de descriminados esses fenômenos continuam se multiplicando e fazendo a festa do povão nos guetos e na periferia. a riqueza da percurssão O e a beleza dos blocos afros s blocos Afros são, sem dúvida, a maior expressão cultural do Carnaval da Bahia. Sua preservação salva a nossa festa maior, de ser confundida com qualquer outra festa de participação popular espontânea. Alem da riqueza percussiva, com ritmos usados nos rituais do candomblé, os blocos afros mostram a beleza dos negros, a criatividade e a plasticidade de seus adereços, trajes e danças que acompanham seus desfiles, e que contam a trajetória cultural e preservam a tradição e os costumes dos afros descendentes. Fora tudo isso foram os blocos afros que trouxeram e consolidaram também no nosso carnaval a multiplicidade rítmica, incorporando novas formas de expressões musicais. Antes da explosão dos blocos afros a musica no carnaval se resumia a frevos, marchinhas e sambas tradicionais. A multiplicidade, a fusão e a incorporação de novos ritmos (Afoxés, Ijexás, Samba Reggae, Axé etc.) e também de novas danças e coreografias, no carnaval da Bahia, surgiram e se multiplicaram com a visibilidade conquistada pelos blocos afros. Dentre os mais destacados:: Olodum, Ilê Aiyê, Muzenza, Malê Debalê, Badauê, Araketu e Cortejo Afro. A rica percussão trazida pelos blocos afros para o nosso carnaval, ganhou o mundo, revelou talentos extraordinários, e é responsável pela inclusão social de jovens carentes através da musica. O percussionista baiano é hoje reconhecido e requisitado em todo mundo pela sua originalidade e versatilidade. Destaque para Carlinhos Brown e sua criatividade privilegiada, que desaguou na Timbalada, entidade musical que transformou todo universo dos blocos, com sua modernidade e estética inovadoras. Não bastasse isso. Carlinhos Brown- que é um dos artistas baianos mais inventivos dos últimos tempos- tem sido o responsável pela divulgação dos ritmos afros baianos, pelo mundo afora. Salva a Bahia Sinhá, Salva a Bahia Sinhô, Salve nossos artistas e músicos que fazem a nossa terra ostentar o titulo de Terra da Felicidade. Paulinho Boca de Cantor. Saiba mais e confira a relação de artistas e cantores da Bahia no link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Cantores_da_Bahia 11 o show Yayá Yoyo Josué de Barros Yoyô Yayá Me dá licença Pra eu brincar no carnavá a história da música na bahia O show A História da Musica na Bahia por Paulinho Boca de Cantor, apresenta um repertório cronológico, com os momentos marcantes e relevantes da produção musical baiana, fruto de pesquisa sobre a origem e trajetoria da nossa musicalidade. roteiro com letras das músicas e mini biografia dos autores 1. 2. 3. 4. 5. ISTO É BOM (Xisto Bahia) YAYA YOYÔ (Josué de Barros) YAYA BAIANINHA (Humberto Porto) BRASIL PANDEIRO (Assis Valente) SAUDADE DE ITAPOAN SAUDADES DA BAHIA (Dorival Caymmi) 6. BIM BOM (João Gilberto) 7. BAIANO BURRO NASCE MORTO (Gordurinha) CADA MACACO NO SEU GALHO (Riachão) 8. HORA DA RAZÃO (Batatinha) 9. ILHA DE MARÉ (Walmir Lima / Lupa) QUEM SAMBA FICA (Tião Motorista / José Bispo) 10. O OURO E A MADEIRA (Ederaldo Gentil) 11. VERDADE (Nelson Rufino) 12. VOCÊ ABUSOU (Antonio Carlos / Jocáfi) TAMANCO MALANDRINHO (Tom e Dito) NÃO DEIXE O SAMBA MORRER (Edson Conceição / Aloísio) SAMBA PRAS MOÇAS (Roque Ferreira / Grazielle) 13. ALEGRIA, ALEGRIA (Caetano Veloso) 14. SOY LOCO POR TI AMÉRICA (Gilberto Gil / Capinan) 15. SÃO, SÃO PAULO (Tom Zé) 16. SWING DO CAMPO GRANDE (Moraes / Galvão / Paulinho Boca) DÊ UM ROLÊ (Moraes/Galvão) 17. FIGADO LÁ (Osmar Macedo) 18. MALUCO BELEZA (Raul Seixas e Cláudio Roberto) 19. FILHO DA BAHIA (Walter Queiroz) AMOR DE MATAR (Roberto Mendes / Jorge Portugal) 20. MORENA TROPICANA (VICENTE BARRETO) 21. IJEXÁ (Edil Pacheco) É D'OXUM (Gerônimo / Vevé Calazans) 22. FRICOTE (Luis Caldas / Paulinho Camafeu) 23. CANTO DA CIDADE (Daniela Mercury / Tote Gira) 24. DEPOIS QUE O ILÊ PASSAR (Miltão) 25. NOSSA GENTE (Roque Carvalho) CANTO PRO MAR (Carlinhos Brown) Yayá Yoyô Você não vai mas deixa eu ir que eu vou Nunca vi festa tão boa (Yayá Yoyô) carnavá é mesmo suco " são três dias de alegria " isso é prá ficar maluco Você diz que vai simbora (Yayá Yoyô) não me importa não faz má " eu só quero que tu vortes " só dispois do carnavá Josué de Barros Yoyô Yayá.... Você diz que me despreza (Yayá Yoyô) eu só tou querendo ver " dispois não pegue a chorar " quando tu se arrepender Isto é Bom Xisto Bahia O inverno é rigoroso já dizia minha vó quem dorme junto tem frio quanto mais quem dorme só Isto é bom isto é bom Isto é bom que dói (bis) Quando nós dois se encontrou nós peguemo a se gostar tu me disse umas coisinhas que eu nem quero me alembrar Yoyô Yayá.... " deixa eu entrar no cordão minha nêga entra, meu nêgo, mas não encosta” Carmen Miranda Josué de Barros, cantor e compositor baiano, nascido em Salvador em 16 de março de 1888 e falecido no Rio de Janeiro em 30 de novembro de 1959. Foi o descobridor de Carmen Miranda, a quem deu para gravar esta música em 23 de janeiro de 1930, visando o carnaval deste ano, alcançando grande sucesso. Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Josu%C3%A9_de_Barros A saia de Carolina me custou cinco mil réis arrasta a mulata a saia que eu dou mais cinco e são dez Isto é bom isto é bom Isto é bom que dói Yayá Baianinha Humbertos Porto (bis) Mulata levanta a saia não deixa a renda arrastar a saia custa dinheiro dinheiro custa a ganhar Isto é bom isto é bom Isto é bom que dói Yayá Baianinha pimenta de cheiro(Bis) Cheirando a leite de côco arruda manjericão machucha machuca um coração (bis) Minha mulata bonita vamos ao mundo girar vamos ver a nossa sorte que Deus tem para nos dar Sabor de mulata saia engomada te ver assim toda rendada Yayá Baianinha que fala gostoso Humberto Porto Xisto Bahia, compositor baiano nascido em Salvador em 5 de setembro de 1841 e falecido em Caxambu, Minas Gerais em 30 de outubro de 1894, foi um dos mais afamados brasileiros da Segunda metade do século XIX. Isto é bom foi também a primeira musica brasileira a ser gravada em disco no Brasil, em 1902 na Casa Edison do Rio de Janeiro em 15 de julho de 1944. Interpretada por “Bahiano” nome artístico de Manoel Pedro dos Santos que era de Santo Amaro da Purificação. (Bis) Tem voz de juriti juriti amoroso que quando morre o dia chora saudoso (Bis) Humberto Porto, compositor baiano, nascido em Salvador em 19 de janeiro de 1908 e morto no Rio de Janeiro em 25 de maio de 1943. Esta música foi gravada pela primeira vez em 1938 por Dalva de Oliveira e Dupla Preto e Branco, formada por Herivelto Martins e Nilo Chagas. Bate a sandália bem no terreiro machuca bem o moreno faceiro Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Humberto_Porto Yayá Baianinha pimenta de cheiro(Bis) Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Xisto_Bahia Xisto Bahia Manoel Pedro dos Santos “o Baiano” 12 (Bis) 13 Brasil Pandeiro Assis Valente Bim Bom João Gilberto Chegou a hora dessa gente bronzeada mostar seu valor eu fui a penha fui pedir a Padroeira para me ajudar salve o Morro do Vintém pendura a saia, eu quero ver eu quero ver o Tio Sam tocar pandeiro para o mundo sambar Bim, Bim, Bim, Bim, Bim, Bim, O Tio Sam está querendo conhecer a nossa batucada anda dizendo que o molho da baiana melhorou seu prato vai entrar no cuzcuz acarajé e abará na Casa Branca já dançou a batucada de Yoyô e Yayá Só Bim, Bom, Bim, Bim, Bom Bim, Bom, Bim, Bim, Bom Bim, Bom Bim, Bom, Bim, Bim, Bom Bim, Bom, Bim, Bim, Bom Bim, Bim Brasil esquentai vossos pandeiros iluminai os terreiros que nós queremos sambar há quem sambe diferente noutras terras outra gente um batuque de matar batucada reuni vossos valores pastorinhas e cantores expressão que não tem par Bim, Bim, Bom Bim, Bim, Bom Bim, Bim, Bom Bim, Bim, Bom É só isso o meu baião e não tem mais nada não o meu coração pediu assim Assis Valente José de Assis Valente, compositor baiano de grande sucesso nos anos 30 e 40, nascido na cidade de Pateoba (região de Santo Amaro da Purificação) em 19 de março de 1908 e morto no Rio de Janeiro em 10 de março de 1958. Os mais expressivos sucessos da carreira de Carmen Miranda são de sua autoria. Uma de suas músicas mais conhecidas Brasil Pandeiro teve sua primeira gravação realizada pelo conjunto Anjos do Inferno em 26 de fevereiro de 1941 e voltou a fazer e faz sucesso até hoje na interpretação do grupo Novos Baianos. Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Assis_Valente João Gilberto João Gilberto, cantor e compositor baiano de Juazeiro, nascido em 10 de junho de 1931, revolucionou a música, inventou a batida do samba, que deu origem ao que se passou a chamar de bossa-nova. Mudou o jeito de interpretar com voz suave, sem o esforço e a potencia dos cantores líricos. O seu primeiro LP “Chega de Saudade”, é o disco que representa oficialmente o início da Bossa Nova. Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Gilberto Coqueiro de Itapoã Coqueiro! Areia de Itapoã Areia! Morena de Itapoã Morena! Saudade de Itapoã Me deixa! (bis) Saudades da Bahia Dorival Caymmi Ai, ai que saudade eu tenho da Bahia Ai, se eu escutasse o que mamãe dizia "bem, não vá deixar a sua mãe aflita a gente faz o que o coração dita mas esse mundo é feito de maldade e ilusão" ai, se eu escutasse hoje não sofria ai, esta saudade dentro do meu peito ai, se ter saudade é ter algum defeito eu pelo menos, mereço o direito de ter alguém com quem eu possa me confessar ponha-se no meu lugar e veja como sofre um homem infeliz que teve que desabafar dizendo a todo mundo o que ninguém diz vejam que situação e vejam como sofre um pobre coração pobre de quem acretida na glória e no dinheiro para ser feliz Bim, Bim, Bim, Bim, Bim, Bim, Bom, Bom, Bom Bom, Bom, Bim Bim, Bim, Bom Bim, Bim, Bom Bim, Bim, Bom Bim, Bim, Bom Baiano Burro, Nasce Morto Gordurinha Ô vento que faz cantigas nas folhas, o alto do coqueiral ô vento que ondula as águas, eu nunca tive saudade igual Me traga boas notícias daquela terra, toda manhã E jogue uma flor no colo de uma morena em Itapoã O pau que nasce torto não tem jeito, morre torto baiano burro, garanto que nasce morto Sou da Bahia, comigo não tem horário. não sou otário e ninguém pode zombar. sou cabra macho, sou baiano toda hora, meio dia, duas horas, quatro e meia. o que é que há! cabeça grande é sinal de inteligência eu agradeço a providência ter nascido lá. Coqueiro de Itapoã Salve a Bahia ioiô. Salve a Bahia iaiá. Coqueiro! areia de Itapoã Pau que nasce torto ... Areia! Morena de Itapoan Morena! Saudade de Itapoan Me deixa! Me deixa! Dorival Caymmi, nascido em 30 de abril de 1914. Sua primeira gravação foi realizada pelo próprio autor em 5 de novembro de 1947 e lançada em abril de 1948. Compôs inspirado pelos hábitos, costumes e as tradições do povo baiano, exaltando a beleza natural e do mar da Bahia. Tendo como forte influência a música negra, desenvolveu um estilo pessoal de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza melódica. Um dos compositores de maior sucesso da musica brasileira, O Castro Alves poeta colosso sujeito moço, mas soube o que fez. a Martha Rocha violão baiano, foi mostrar pra americano que a Bahia já tem vez. Rui Barbosa, cabra de sangue na guelra foi pra Inglaterra ensinar inglês. Gordurinha, cujo nome verdadeiro era Waldeck Arthur de Macedo, nasceu em Salvador em 10 de agosto de 1922 e morreu em Nova Iguaçu, estado do Rio de Janeiro, em 16 de janeiro de 1949. Pau que nasce torto .... Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gordurinha Gordurinha Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dorival_Caymmi Dorival Caymmi 14 É só isso o meu baião e não tem mais nada não o meu coração pediu assim Só Bim, Bom, Bim, Bom, Bim, Bim Saudades de Itapoã Dorival Caymmi Brasil esquentai vossos pandeiros iluminai os terreiros que nós queremos sambar (bis) ô ô sambar ô ô sambar Bom, Bom, Bom Bom, Bom, Bim 15 Quem samba Fica Tião Motorista e José Bispo Cada Macaco no seu Galho Riachão Xô Xuá Cada macaco no seu galho Xô Xuá Eu não me canso de falar Xô Xuá O meu galho é na Bahia Xô Xuá O seu é em outro lugar Não se aborreça moço da cabeça grande você vem não sei de onde fica aqui não vai pra lá Esse negócio da mãe preta ser leiteira já encheu sua mamadeira vá mamar noutro lugar Riachão Riachão, nome artístico de Clementino Rodrigues, ficou nacionalmente conhecido quando Caetano Veloso gravou esta sua música, Cada macaco no seu galho. Figura folclórica da cidade de Salvador, de uma alegria contagiante e de um humor ímpar, passa isso em suas musicas e retrata o cotidiano da cidade. Já virou filme e seu repertório continua sendo revisitado por vários artistas. Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Riach%C3%A3o_%28compositor%29 Xô Xuá Cada macaco no seu galho... Hora da Razão Batatinha e J. Luna Batatinha Oscar da Penha, o saudoso e querido Batatinha, nascido em Salvador em 5 de agosto de 1924 e falecido na mesma cidade em 3 de janeiro de 1997. Sambista de muita sensibilidade poética, autodidata, já fazia sucesso na Bahia e ficou ainda mais conhecido quando foi gravado por Caetano Veloso no LP Muitos Carnavais em 1976, alcançando repercussão nacional. Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/batatinha/biografia Se eu deixar de sofrer como é que vai ser para me acostumar se tudo é carnaval eu não devo chorar pois eu preciso me encontrar Sofrer também é merecimento cada um tem seu momento quando a hora é da razão alguém vai sambar comigo e o nome eu não digo guardo tudo no coração Ilha de Maré Wamir Lima e Lupa Ah, eu vim de Ilha de Maré minha senhora prá fazer samba na Lavagem do Bonfim saltei na rampa do mercado e segui na direção cortejo armado na Igreja da Conceição Compositor. Cantor baiano, nascido Raimundo Cleto do Espírito Santo, ganhou esse apelido porque era motorista de taxi em Salvador. Estudou no Liceu de Artes e Ofícios em Salvador, onde participou do coral. Aos nove anos compôs a sua primeira música, "Papai Noel passou, fez que não viu".Aos 16 anos, recebeu o pseudônimo de Tião; mais tarde, ficou conhecido como Tião do Pandeiro. Anos depois, Jamelão (José Bispo) o apelidou de Tião Motorista. Em 1943, integrou o conjunto Ases do Ritmo. No ano seguinte, passou a integrar o conjunto Britinho e Seus Estucas, no qual cantava e tocava pandeiro, viajando em turnê pela Argentina e Uruguai.No ano de 1957, apresentou-se sozinho no Hotel Glória no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, voltou a Salvador passando a integrar a Orquestra do Maestro Vivaldo Figueiredo. Quem samba fica quem não samba vai embora (Bis) Se é homem é meu senhor se é mulher minha senhora (Bis) Vou prá Bahia vou ver vapor correr no mar no mar ê ê no mar ê ê no mar (Bis) Você abusou Antônio Carlos e Jocafi Você abusou tirou partido de mim Abusou tirou partido de mim Abusou tirou partido de mim Abusou Mas não faz mal é tão normal ter desamor é tão cafona sofredor que eu já nem sei se é meninice ou cafonice o meu amor se o quadradismo dos meus versos vai de encontro aos intelectos que não usam o coração como expressão Antonio Carlos e Jocafi Você abusou ... Que me perdoe se eu insisto nesse tema mas não sei fazer poema ou canção que fale de outra coisa que não seja o amor se o quadradismo dos meus versos vai de encontro aos intelectos que não usam o coração como expressão Antônio Carlos e Jocáfi formam uma dupla de cantores e brasileiros, nascidos na Bahia, que começaram a carreira em 1969 no Festival Internacional da Canção e fizeram sucesso na década de 1970. Os nomes verdadeiros dos componentes da dupla são Antônio Carlos Marques Pinto e José Carlos Figueiredo. Muitas de suas canções fizeram parte da trilha sonora de muitas telenovelas, algumas como tema de abertura. Canções como "Você abusou" foram sucesso na voz de Maria Creuza, que mais tarde se casou com Antônio Carlos. Você abusou … Tamanco Malandrinho Tom e Dito Aí de carroça andei, comadre Aí de carroça andei, compadre Valmir Lima Ah, quando cheguei lá no Bonfim minha senhora da carroça enfeitada eu saltei com água, flores e perfume a escada da colina eu lavei Aí foi que eu sambei, compadre Aí foi que eu sambei, comadre Tião Motorista Walmir Lima, sambista baiano, teve sucessos gravados por nomes importantes da música brasileira. Sua musica Ilha de Maré em parceria co Roberto Santos o Lupa, gravada por Alcione, ganhou o Brasil e é muito executa e gravada até hoje. Juntamente com Batatinha, Edil Pacheco, Roque Ferreira, Panela, Ederaldo Gentil, Riachão e Nélson Rufino, representa o melhor do samba de raiz de origem baiana. Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/walmir-lima Tom e Dito Dupla surgida em Salvador no início da década de 1970. Formada por Tom (Antonio Carlos dos Santos Pereira 3/12/1947 - Salvador - Bahia - voz, violão e teclados) e Dito (voz e violão) teve o primeiro disco produzido pela dupla de compositores baianos, Antonio Carlos e Jocafi. Em 1974, a dupla lançou seu primeiro LP, "Se mandar m'imbora eu fico", pela gravadora Som Livre Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/tom-e-dito 16 Vista sua mortalha azul turqueza mais bonita que a beleza mais humana que o perdão Que eu quero ver Eu quero ver meu bloco na avenida sete encontrar com você Calce seu tamanco malandrinho pintado de azul marinho que é a cor da solidão Eu quero ver na arquibancada da vida você se perder eu quero verTranse carnaval são só três dias de cachaça e de folia de alegria e emoção Transe carnaval são só três dias de cachaça e de folia de alegria e emoção Chore quando chegar terça-feira peito estoura de saudade estraçalha o coração 17 Chore quando chegar terça-feira peito estoura de saudade dilacera o coração Que eu quero ver... Samba pras moças Roque Ferreira / Grazielle Não deixe o samba morrer Edson Conceição e Aloisio Edson Conceição (Edson Gomes da Conceição), compositor, letrista e cantor, nasceu em 18 de março de 1937 em Salvador, Bahia. Compôs em 1975, com Aloísio, um samba de grande sucesso denominado Não deixe o samba morrer, em parceria com o compositor e cantor da noite Aloísio Silva e interpretado pela cantora Alcione. A música foi um dos primeiros sucessos da cantora, lançando-a definitivamente para o mercado nacional. Dois anos depois, gravou pela CBS o LP Quem tem fé, não sai!, no qual incluiu várias composições em parceria com Aloísio, como Quem tem fé, não sai, Virgem morena da Conceição, De chita e Júnior, entre outras. Ainda neste mesmo LP, gravou Desculpe (c/ Willy) e Temporal, em parceria com Nazareno. Quando eu não puder pisar mais na avenida Quando as minhas pernas não puderem agüentar levar meu corpo junto com meu samba o meu anel de bamba entrego a quem mereça usar eu vou ficar no meio do povo, espiando minha escola perdendo ou ganhando mais um carnaval antes de me despedir deixo ao sambista mais novo o meu pedido final antes de me despedir deixo ao sambista mais novo o meu pedido final Incandeia, incandeia incandeia incandeia incandeia, incandeia meu candiá Saiba mais: http://mpbantiga.blogspot.com/2011_06_05_archive.html Roque Ferreira Edson Conceição O Ouro e a Madeira Ederaldo Gentil Não deixe o samba morrer não deixe o samba acabar o morro foi feito de samba de samba, prá gente sambar... Não queria ser o mar me bastava a fonte muito menos ser a rosa simplesmente espinho não queria ser caminho porém o atalho muito menos ser a chuva apenas o orvalho Ederaldo Gentil Cantor e compositor baiano,, autor de belos sambas e um dos mais conceituados dos bambas baianos. Aos 11 anos já participava da bateria da Escola de Samba Filhos do Tororó, começando a compor para a escola ainda muito jovem.Trabalhou como relojoeiro.Ao lado Batatinha, Riachão, Panela, Nélson Rufino, Edil Pacheco, Walter Queirós, Tião Motorista, Chocolate, Roque Ferreira, Nélson Balalô, Paulinho Boca de Cantor e Walmir Lima. Criador de melodias originais e letras contundentes, gravado por grandes nomes da nossa musica é autor do samba O Ouro e a madeira. Roque Augusto Ferreira 12/3/1947 Nazaré das Farinhas, BA Cantor. Compositor. Começou a compor aos 14 anos, quando mudou-se para Salvador. Ao lado de Riachão, Edil Pacheco, Ederaldo Gentil, Nélson Rufino, Batatinha, Panela e Walmir Lima, é considerado um dos mais importantes compositores do samba baiano.Publicitário, trabalhou em várias agências durante 20 anos, abandonando a profissão. Clara Nunes foi uma das responsáveis por seu lançamento ao grande público. Em 1979 a cantora gravou de sua autoria "Apenas um adeus" (c/ Edil Pacheco e Paulinho Diniz) no LP "Esperança". No ano de 1981 a mesma cantora interpretou "Coração valente", em parceria com Edil Pacheco. Em 1983 Ederaldo Gentil no disco "Identidade" incluiu "Provinciano", (...) Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/roque-ferreira Curió bebeu a água mas inda tem coco mel de engenho com cachaça e alegria um pouco morena que tá sambando não deixa ninguém sambar meu amor tá perguntando Se o samba é pras moças se o samba é de moça só se o samba é de moça se o samba é de moça só se o samba é de moça Meu amor tá perguntando como coisa que eu soubesse se de lá eu vinha se lá estivesse Meu amor na roda, valha-me deus fica num chamego, valha-me deus cada umbigada, valha-me deus é um desassossego, valha-me Deus Ô de lá ô de lá dona da casa eu vim lá de cima sambar e só vou embora quando meu amor mandar Não queria ser o dia só a alvorada muito menos ser o campo me bastava o grão não queria ser a vida porém o momento muito menos ser concerto apenas a canção Incandeia incandeia incandeia, incandeia meu candiá O ouro afunda no mar madeira fica por cima ostra nasce do lodo gerando pérolas finas Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/ederaldo-gentil Verdade Nelson Rufino e Carlinhos Santana Prá ganhar seu amor fiz mandinga fui a ginga de um bom capoeira dei rasteira na sua emoção com o seu coração fiz zoeira fui a beira de um rio e você uma ceia com pão, vinho e flor uma luz prá guiar sua estrada a entrega perfeita do amor Descobri que te amo demais descobri em você minha paz descobri sem querer a vida, verdade como negar essa linda emoção que tanto bem fêz pro meu coração e a minha paixão adormecida Teu amor meu amor incendeia nossa cama parece um teia teu olhar uma luz que clareia meu caminho tal qual lua cheia eu nem posso pensar te perder ai de mim esse amor terminar sem você minha felicidade morreria de tanto penar. verdade Nelson Rufino Também oriundo da Escola de Samba Filhos do Tororó, em 1965, compôs seu primeiro samba enredo "Portais da Bahia", com o qual a escola foi campeã. Sua primeira música gravada foi "Alerta mocidade", por Eliana Pittman, em 1970. Um ano depois, ganhou o primeiro festival de samba do Bloco Apaches do Tororó, com o samba "Blusão do ano passado".Mais o samba Verdade, em parceria com Carlinhos Santana, na interpretação de Zeca Pagodinho é o grande sucesso desse compositor, nascido em Salvador em 12 de setembro de 1942. Esta música, gravada em 1979, fez grande sucesso na voz de Roberto Ribeiro sambista carioca, nascido em 1940 e morto em 8 de janeiro de 1996. Outras músicas suas fizeram sucesso na voz de Roberto Ribeiro destaque para Todo menino é um Rei. Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/nelson-rufino/biografia Caetano Emanuel Viana Teles Veloso Santo Amaro da Purificação-Ba 18 19 Alegria Alegria Gilberto Passos Gil Moreira (Salvador, 26 de junho de 1942) é um músico e político brasileiro. Encabeçou junto com Caetano Veloso o movimento tropicalista que revolucionou a música e a vida brasileiras nos anos 60 do século passado. Considerado e respeitado como artista, político e pensador em todo mundo, foi Ministro da Cultura no Governo Lula. Com uma carreira de sucesso de mais de 40 anos e continua inovando e servindo de referencia para novos talentos da nossa musica. Caetano Veloso Caminhando contra o vento sem lenço, sem documento no sol de quase dezembro Eu vou O sol se reparte em crimes espaçonaves, guerrilhas em Cardinales bonitas Eu vou Em caras de presidentes em grandes beijos de amor em dentes, pernas, bandeiras bomba e Brigitte Bardot o sol nas bancas de revista me enche de alegria e preguiça quem lê tanta notícia Eu vou Por entre fotos e nomes os olhos cheios de cores o peito cheio de amores vãos Eu vou Por que não, por que não Por que não, por que não Ela pensa em casamento eu nunca mais fui à escola sem lenço, sem documento, eu vou eu tomo uma Coca-Cola ela pensa em casamento e uma canção me consola Eu vou Por entre fotos e nomes sem livros e sem fuzil sem fome, sem telefone no coração do Brasil ela nem sabe até, pensei em cantar na televisão o sol é tão bonito eu vou, sem lenço, sem documento nada no bolso ou nas mãos eu quero seguir vivendo, amor Eu vou Por que não, por que não Por que não, por que não Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gilberto_gil Nessa musica hino do movimento tropicalista Gil é parceiro de José Carlos Capinam, mais conhecido como Capinam ou Capinan (Esplanada, 19 de dezembro de 1941) é um poeta baiano parceiro e teve suas musicas gravadas com sucesso, por vários nomes importantes da musica brasileira. É um dos nomes importantes do Movimento Tropicalista. Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Capinan São, São Paulo Tom Zé Caetano Veloso Caetano Veloso (nascido Caetano Emanuel Viana Teles Veloso em Santo Amaro da Purificação, 7 de agosto de 1942) é um músico, produtor, arranjador e escritor brasileiro. Com uma carreira que já ultrapassa quatro décadas, Caetano construiu uma obra musical marcada pela releitura e renovação, considerada de grande valor intelectual e poético. Um dos responsáveis pelo movimento de vanguarda que se tornou conhecido como Tropicalismo, é um dos artistas brasileiros mais respeitados em todo mundo, continua atuante, na musica e na vida brasileiras Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caetano_Veloso Tom Zé Soy loco por ti América Gilberto Gil e Capinan Soy loco por ti, América yo voy traer una mujer playera que su nombre sea marti que su nombre sea marti soy loco por ti de amores tenga como colores la espuma blanca de Latinoamérica y el cielo como bandera y el cielo como bandera Soy loco por ti, América Soy loco por ti de amores (Bis) Sorriso de quase nuvem os rios, cancões, o medo o corpo cheio de estrelas o corpo cheio de estrelas como se chama a amante desse país sem nome, esse tango, esse rancho, esse povo, dizei-me arde o fogo de conhecê-la o fogo de conhecê-la Soy loco por ti, América Soy loco por ti de amores (Bis) El nombre del hombre muerto ya no si puede decirlo, quién sabe? antes que o dia arrebente antes que o dia arrebente el nombre del hombre muerto antes que a definitiva noite se espalhe em Latinoamérica Capinan São, São Paulo meu amor São, São Paulo quanta dor são oito milhões de habitantes de cada canto e nação que se agridem cortesmente correndo a todo vapor se amando com todo ódio se odeiam com todo amor são oito milhões de habitantes aglomerada solidão com mil chaminés e carros gazeados a prestação porém com todo defeito te carrego no meu peito São, São Paulo meu amor São, São Paulo quanta dor salvai-nos por caridade pecadoras invadiram todo centro da cidade armadas de ruge e batom dando vivas ao bom humor num atentado contra o pudor a família protegida o palavrão reprimido empregador que condena uma bomba por quinzena porém com todo defeito te carrego no meu peito São, São Paulo meu amor São, São Paulo quanta dor Santo Antônio foi demitido dos ministros de cupido armados da eletrônica casam pela TV crescem flores de concreto céu aberto ninguém vê Em Brasília é veraneio no Rio é banho de mar o país todo de férias aqui é só trabalhar porém com todo defeito te carrego no meu peito São, São Paulo meu amor São, São Paulo quanta dor Antônio José Santana Martins (Irará, 11 de outubro de 1936), mais conhecido como Tom Zé, é um compositor, cantor, arranjador e jardineiro brasileiro. É considerado uma das figuras mais originais da música popular brasileira, tendo participado ativamente do movimento musical conhecido como Tropicália nos anos 1960 e se tornado uma voz alternativa influente no cenário musical do Brasil. A partir da década de 1990 também passou a gozar de notoriedade internacional, especialmente devido à intervenção do músico britânico David Byrne. Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tom_z%C3%A9 el nombre del hombre es pueblo el nombre del hombre es pueblo nos braços de uma mulher nos braços de uma mulher Soy loco por ti, America Soy loco por ti de amores (Bis) Espero a manhã que cante el nombre del hombre muerto não sejam palavras tristes soy loco por ti de amores um poema ainda existe com palmeiras, com trincheiras, cancões de guerra, quem sabe canções do mar ai, hasta te comover ai, hasta te comover Mais apaixonado ainda dentro dos braços da camponesa, guerrilheira, manequim, ai de mim nos braços de quem me queira nos braços de quem me queira Antônio José Santana Martins Irará-Ba Soy loco por ti, America Soy loco por ti de amores (Bis) Soy loco por ti, America Soy loco por ti de amores (Bis) Estou aqui de passagem sei que adiante um dia eu vou morrer de susto, de bala ou vício de susto, de bala ou vício num precipício de luzes entre saudades, soluços, eu vou morrer de bruços nos braços, nos olhos 20 Gilberto Gil 21 Os Novos Baianos foi um conjunto musical brasileiro, nascido na Bahia, ativo entre os anos de 1969 e 1979. Eles marcaram a música popular brasileira e até o rock brasileiro dos anos 70, utilizando-se de vários ritmos musicais brasileiros que vão de bossa nova, frevo, baião, choro, afoxé ao rock n' roll. O grupo lançou oito trabalhos antológicos para MPB. Influenciados pela contracultura e pela emergente Tropicália. Contava com Moraes Moreira (compositor, vocal e violão), Baby Consuelo (vocal), Pepeu Gomes (Guitarra), Paulinho Boca de Cantor (vocal), Dadi (baixo) e Luiz Galvão (letras) entre outros. O segundo disco do grupo, Acabou Chorare, que mescla guitarra elétrica, baixo e bateria com cavaquinho, chocalho, pandeiro e agogô, foi eleito pela revista Rolling Stone como o melhor disco da história da música brasileira em outubro de 2007 Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Novos_Baianos Moraes Moreira: Antônio Carlos Moreira Pires, (Ituaçu, 8 de julho de 1947), mais conhecido como Moraes Moreira, é um cantor, compositor e músico brasileiro, integrante do movimento dos Novos Baianos. Moraes Moreira começou tocando sanfona de doze baixos em festas de São João e outros eventos de Ituaçu, o "Portal da Chapada Diamantina". Na adolescência aprendeu a tocar violão, enquanto fazia curso de ciências em Caculé, Bahia. Mudou-se para Salvador e lá conheceu Tom Zé, e também entrou em contato com o rock n' roll. Mais tarde, ao conhecer Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, formou o conjunto Novos Baianos, onde ficou de 1969 até . Juntamente com Luiz Galvão, foi compositor de quase todas as canções do Grupo[1]. O álbum Acabou Chorare, lançado pela banda em 1972, foi considerado pela revista Roling Stone Brasil[2] um dos 100 melhores álbuns da história da música brasileira. Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Moraes_Moreira Luiz Galvão: Luís Dias Galvão, mais conhecido como Luís Galvão (, 1937), é um poeta e músico brasileiro[1]. Mudou-se para Salvador, onde conheceu Moraes Moreira e Paulinho Boca de Cantor, com os quais criou o conjunto Novos Baianos, em 1968.[2] Conhecia João Gilberto desde a adolescência em Juazeiro, o que permitiu que, quando os Novos Baianos fossem para o Rio de Janeiro após realizarem É Ferro na Boneca (1970) em São Paulo, ele contatasse o pai da bossa nova e este influenciasse todo o grupo, culminando no álbum mais aclamado deles, Acabou Chorare (1972. Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Galv%C3%A3o Paulinho Boca de Cantor: Paulo Roberto Figueiredo de Oliveira, mais conhecido por Paulinho Boca de Cantor (Santa Inês, Bahia, 28 de junho de 1946) é um cantor e compositor brasileiro. Foi um dos membros fundadores do grupo de MPB Novos Baianos, que durou de 1969 à 1979. Começou como crooner do grupo Orquestra Avanço, que atuava em Salvador e no interior da Bahia[1]. Em 1969, fundou, ao lado de Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Luiz Galvão e Moraes Moreira, o grupo Novos Baianos. Seu primeiro álbum solo tinha o título de Paulinho Boca de Cantor - Bom de Chinfra e Bom de Amor pela CBS, e tinha destaque pela parceria com Gilberto Gil e Luiz Galvão na faixa “Que bom prato é vatapá”. Em 1981, consolidou sua carreira solo ao lançar Valeu, um dos álbuns de produção independente mais vendidos no Brasil[4]. Em 1983 se apresentou em Roma, no espetáculo Bahia de Todos os Sambas, ao lado de nomes como Gal Costa, Caetano Veloso e João Gilberto. Nos anos seguintes foi contratado pela EMI e lançou mais três discos. Em 1997 reuniu os Novos Baianos e lançou o disco Infinito Circular, pela Som Livre. Fez também algumas apresentações ao vivo com a banda, incluindo a "Noite Brasileira" no Festival de Montreux, Suíça. Em 1998 fez o CD Todos os Sambas, mostrando várias nuances desse gênero- da Chula até a Bossa Novae e desde 2000, tem feito pesquisa sobre o origem da musicalidade brasileira: produziu o CD duplo Do Lundu ao Axé- resgate da produção musical baiana, Em 2006 idealizou e produziu o show A Bossa do Boca um retrato da trajetória da MPB com destaque para a Bossa Nova. Em 2008 gravou DVD Paulinho Boca Canta Novos Baianos e em 2010 junto com seu filho o musico e produtor cultural Betão Aguiar, organizou pesquisa sobre a história da música de São Paulo (www.musicadesaopaulo.com.br) Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulinho_Boca_de_Cantor Swing do Campo Grande Morais, Galvão e Paulinho Boca de Cantor Minha carne é de carnaval meu coração é igual (Bis) Aqueles que tem uma seta e quatro letras de amor por isso onde quer que eu ande em qualquer pedaço eu faço um campo grande, um campo grande um campo grande yê, um campo grande yê êa Eu não marco touca eu viro toco eu viro moita (Bis) Dê um rolé Novos Baianos Morais e Galvão Não se assuste pessoa se eu lhe disser que a vida é boa não se assuste pessoa se eu lhe disser que a vida é boa Enquanto eles se batem, dê um rolê e você vai ouvir Apenas quem já dizia, Eu não tenho nada Antes de você ser eu sou Eu sou, eu sou o amor da cabeça aos pés eu sou, eu sou, eu sou o amor da cabeça aos pés E só estou beijando o rosto de quem dar valor Pra quem vale mais o gosto do que cem mil réis Eu sou, eu sou, eu sou o amor da cabeça aos pés eu sou, eu sou, eu sou o amor da cabeça aos pés 22 23 Fígado lá Osmar Macêdo Osmar fez frevo doido pra endoidar meu carnaval eu sinto um comixão no fígado que não é normal paro pra pensar não dá pulo pra verificar é nessa que eu quero entrar vou cotovelar fígado lá fígado cá fígado cá fígado lá fígado cru fígado nu vou cotovelar Dodo & Osmar Dodo & Osmar foram os inventores do trio elétrico do carnaval baiano. Dodô (Antonio Adolfo Nascimento) e Osmar Macedo conheceram-se em um programa de rádio em 1938. Os dois estudavam música e eletrônica e pesquisavam uma forma de amplificar o som dos instrumentos de corda. A amplificação aconteceu dez anos depois e, no carnaval de 1950, a dupla saiu em cima de um Ford tocando em instrumentos adaptados as canções da Academia de Frevo do Recife, que se apresentava na ocasião em Salvador. Em um ano fizeram aperfeiçoamentos e incluíram mais um membro, Temístocles Aragão, formando assim o trio elétrico em 1951. No ano seguinte uma empresa de refrigerantes percebeu o enorme sucesso do trio e colocou um caminhão decorado à disposição dos músicos, inaugurando o formato consagrado por todos os carnavais até hoje. Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dod%C3%B4_e_Osmar Maluco Beleza Raul Seixas e Cláudio Roberto Raul Seixas Raul Santos Seixas (Salvador, 28 de junho de 1945 — São Paulo, 21 de agosto de 1989) foi um famoso cantor e compositor brasileiro, frequentemente considerado um dos pioneiros do rock brasileiro. Também foi produtor musical da CBS durante sua estada no Rio de Janeiro, e por vezes é chamado de "Pai do Rock Brasileiro e Maluco Beleza. Deixou uma obra extensa e continua endeusado e cultuado por uma legião de fãs por todo Brasil. Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Raul_Seixas Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual eu do meu lado, aprendendo a ser louco um maluco total na loucura real Raul Santos Seixas Natural de Salvador-Ba Controlando a minha "maluquez" misturado com minha lucidez vou ficar, ficar com certeza Maluco Beleza (Bis) E este caminho que eu mesmo escolhi é tão fácil seguir por não ter onde ir Amor de Matar Roberto Mendes e Jorge Portugal Tropicana Controlando a minha "maluquez"... Vicente Barreto e Alceu Valença Ô, do lado de lá Do desejo decá lá um beijo que eu quero provar dessa coisa, que ver eu não vejo mas dá um molejo de arrepiar (Bis) É um frenesi sem freio é um amor de matar é um samba balanceio som que semeio sem meio de errar é um a um meio a meio é um, pra lá e pra cá É um amor sem rodeio na roda do meio no meio do mar Yê, Yê Odoyá Yê, Yê Ya (Bis) Da Manga rosa quero o gosto e o sumo Melão maduro, Saputi, Juá Jaboticaba seu olhar noturno beijo travoso de Umbu-Cajá Roberto Mendes Jorge Portugal Em 1988, lançou o primeiro disco "Flama", que contou com a participação de Gilberto Gil e apresentação de Caetano Veloso.No ano de 1992, o segundo trabalho, "Matriz", contou com a participação de Caetano Veloso.Em 1994, lançou o disco "Roberto Mendes", com produção de Maria Bethânia, sua maior incentivadora.Teve composições gravadas por diversos artistas, entre os quais, Gal Costa, Margareth Menezes, Daniela Mercury, Maria Creuza, Simone Moreno, Raimundo Sodré e Zezé Motta.Maria Bethânia obteve sucesso com as composições "Filosofia pura" (em dueto com Gal Costa), "A bela e o mar", "Vida vã" e "Vila do adeus", de Roberto Mendes e Jorge Portugal, e "Resto de mim", de Roberto Mendes e Ana Basbaum. Saiba mais http://www.dicionariompb.com.br/roberto-mendes/dados-artisticos Conseguiu projeção nacional em 1980 quando seu parceiro Raimundo Sodré participou do "Festival da Nova MPB 80", da Rede Globo, classificando "A massa", parceria de ambos. A música foi incluída no disco do festival ainda naquele ano. Nesse mesmo ano, Raimundo Sodré lançou o LP "A massa", pela gravadora Polydor, no qual incluiu "A Massa", "Menino triste", "Vá pra casa esse menino, viu?", "Coió de Anália" e "Resistência", todas, parcerias de Jorge Portugal e Raimundo Sodré. Ainda nesse disco Raimundo Sodré incluiu "Baião pisado" e "Brasileira, profissão sonhar", ambas de autoria de Roberto Mendes, Raimundo Sodré e Jorge Portugal. Vicente Barreto. Nascido em Conceição do Coité, no interior da Bahia, mas criado no município de Serrinha, tornou-se autodidata na arte de tocar violão..... Parceiro de diversos artistas da MPB, é autor de 10 discos ao longo de sua carreira. Ao todo são 1 compacto e 4 LP's, ..Assim tão Moço.., ..Rasgando a Seda.., ..Vicente Barreto.. e.. Nação Brasileira..; e 5 CD's: ..Ano Bom.., ..Mão Direita.., ..E a Turma Chegando pra Dançar.., ..O Melhor de Vicente Barreto.. e ..Noites sem fim dos Forrós....... Em 1973, Vicente tem sua primeira música gravada pelo Quinteto Violado, no disco Berra Boi. A Parceria em Baião do Quinji é com Fábio Paes. Aos 25 anos foi apresentado a Vinícius de Moraes, com quem compôs a música Eterno Retorno, gravada pela cantora Márcia no LP Ronda de 1977 , além do próprio Vicente no CD Mão Direita, em 1996..... Em 1979, já estabelecido em São Paulo, ele grava seu primeiro LP, contando com a participação de Gonzaguinha na música Abençoado e Santo. Sua musica de maior sucesso é sem Duvida Tropicana – em parceria com Alceu Valença que a imortalizou com uma grande interpretação. Pele macia ai, carne de Cajú saliva doce, doce mel, mel de uruçú Linda morena fruta de vez temporana caldo de Cana caiana vem me desfrutar morena tropicana eu quero teu sabor ai, ai, oi, oi Saiba mais http://www.myspace.com/vicentebarreto Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/jorge-portugal/dados-artisticos 24 25 Vicente Barreto É D Oxum Filho da Bahia Walter Queiroz Gerônimo e Vevè Calazans Nessa cidade todo mundo é D'Oxum homem-menino, menina-mulher toda essa gente irradia magia presente na água doce presente na água salgada e toda cidade brilha (Bis) Ai morenô, ai morenô ai moreninha, meus amor ai morenô Saia dessa roda, venha descansar venha pro meu colo, venha namorar ai moreno ainda sou menino, mas já sei amar aprendi mais cedo, só prá lhe ensinar ai morena Filho da Bahia se você não vem não lhe faço dengo não vou lhe ninar ai moreno Viver não é fácil não pergunte prá meu coração Sei perder na valentia sei amar o meu amor sei beber no varandá foi Sandoval quem me ensinou, Ai moreno ai morenô, ai morenô ai morenê “ai meus amor” , ai morenô Gerônimo Valter Queiroz Walter Pinheiro de Queiroz Júnior 18/10/1944 Salvador, BA , Compositor. Instrumentista (violonista). Cantor. Advogado. Publicitário. Sobrinho do escritor José de Queiroz Júnior e do compositor Nilo Queiroz. Primo do saxofonista Cacao Chamiê e do compositor Fred Falcão. Aos quatorze anos, formou, com Johildo Barbosa e Mário Morgade, o Abaeté Samba Trio, que atuava em colégios e clubes e chegou a participar de programas de televisão, Em 1968, foi finalista no festival "Brasil Canta no Rio", com a música "A flor e o bloco". Nesse mesmo ano, convidado por Glauber Rocha, participou, como compositor, da trilha sonora do filme "O dragão da maldade contra o o santo guerreiro", com a canção "Diálogo na gruta". Ainda em 1968, começou a compor jingles para o mercado publicitário. Também nesse ano, participou do II Festival Nordestino. É autor dentre outras musicas de Filho da Bahia sucesso na voz de Fafá de Belém. Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/walter-queiroz Ijexá Edil Pachêco Filhos de Gandhy Badauê Ilê Aiyê, Malê Debalê, Oju Obá tem um mistério que bate no coração força de uma canção que tem o dom de encantar(Bis) Edil Pacheco Edimilson de Jesus Pacheco 1/6/1945, Compositor. Cantor. Instrumentista. Filho de Antonio Pacheco e Maria Lúcia de Jesus. Nasceu em Maragogipe, cidade situada no Recôncavo baiano. Ganhou o primeiro violão do tio José Lessa. Aos 18 anos, mudou-se para Salvador.Trabalhou em padaria, foi bancário e trabalhou em uma empresa de transportes .Em 1963 participou do grupo musical Função. Por essa época conheceu os poetas Luiz Galvão e Cid Seixas e os músicos e compositores Moraes Moreira, Ederaldo Gentil, Tião Motorista, Celeste, Alcyvando Luz e Batatinha. Em 1965, aos 20 anos, foi convidado pelo compositor Batatinha para acompanhá-lo como violonista no show "Eu sou, tu és, ele é: gente". Por essa época, incentivado por Batatinha compôs "Experiência própria" e "Protetor do samba".Uma de suas primeiras músicas gravadas foi a toada "Fim de tarde" (c/ Luiz Galvão) em 1969, por Eliana Pittman, que lhe foi apresentada pelo jornalista Fernando Vita. Neste mesmo disco, Eliana Pittman também gravou "Passatempo" (c/ Batatinha e Cid Seixas). Por essa época, participou várias vezes do programa televisivo "Improviso" gravado no Teatro Vila Velha. Devido ao sucesso nacional de "Alô, madrugada" (c/ Ederaldo Gentil), gravada por Jair Rodrigues no início da década de 1970, transferiu-se para o Rio de Janeiro.. Sua música Ijexá fez sucesso nacional na voz de Clara Nunes. Saiba mais : http://www.dicionariompb.com.br/edil-pacheco/dados-artisticos Seu brilho parece um sol derramado um céu prateado um mar de estrelas revela a leveza de um povo sofrido de rara beleza que vive cantando profunda grandeza A sua riqueza vem lá do passado de lá do congado eu tenho certeza Filhas de Gandhy ê povo grande Ojuladê, Katendê, Baba-Obá netos de Gandhi povo de Zambi traz pra você um novo som: Ijexá Vevé Calazans Geronimo Santana é cantor e compositor símbolo da resistência cultural nos últimos 20 anos, propulsor da musica afrobaiana. Nasceu em 26 de junho de 1953, em Salvador, na Bahia. Hoje o seu sucesso é repartido nas vozes de grandes intérpretes e grandes bandas como: Maria Bethânia, Elba Ramalho, Margareth Menezes, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Araketu, Vânia Abreu, Chiclete com Banana, Timbalada, Cheiro de Amor, Márcia Freire, Carla Cristina, Pysirico, Ricardo Chaves, Jorge Aragão, Asa de Águia, Pimenta Nativa, Beth Carvalho, Dudu Nobre e tantos outros. Sua musica É Do`xum gravada pelo MPB4 para a trilha da série Tenda dos Milagres (Rede Globo) o fez conhecido em todo Brasil e no exterior e já foi gravada por vários outros nomes importantes da musica brasileira. No ano de 1976, a dupla Tom & Dito gravou pela Continental o disco "Revertério", no qual interpretaram "Cretina" e "Divã", parcerias da dupla com Vevé Calasans. No ano seguinte a mesma dupla intepretou "Ao sul do teu corpo" (Tom, Dito e Vevé Calasans).Em 1978 Alcione gravou "Mau negócio", parceria com o poeta Ildásio Tavares, no LP "Alerta geral".Em 1985 suas composições "Marujada de quebra-ferro" e "É d' Oxum", ambas em parceria com Gerônimo, foram gravadas no LP "Mensageiro da alegria", de Gerônimo, lançado pelo selo Nova República. Nesse mesmo ano, "Fruta mulher" (c/ Roberto Mendes), interpretada por Nana Caymmi, foi incluída na trilha sonora da novela "Roque Santeiro", da Rede Globo e lançada em LP homônimo. Ainda nesse ano "É d' Oxum" foi interpretada por MPB-4 e "Maluco pra te ver" (c/ Walter Queiroz) fizeram parte da trilha sonora do seriado "Tenda dos Milagres", da Rede Globo É D'Oxum, é D'Oxum, é D'Oxum Eu vou navegar eu vou navegar nas ondas do mar eu vou navegar (Bis) Com Oxum é D'Oxum Saiba mais: http://www.dicionariompb.com.br/veve-calasans/dados-artisticos Fricote Paulinho Camaféu e Luiz Caldas Nêga do cabelo duro que não gosta de pentear quando passa na baixa do tubo o negão começa a gritar (Bis) Pega ela aí, pega ela aí pra que? pra passar batom de que cor? de violeta na boca e na bochecha Pega ele aí, pega ela aí pra que? pra passar batom de que cor? de cor azul na boca e na porta do céu Paulinho Camafeu 26 Seja tenente ou filho de pescador ou importante desembargador se der presente é tudo uma coisa só a força que mora n'água não faz distinção de cor e toda cidade é D'Oxum Luiz Caldas Luiz César Pereira Caldas (Feira de Santana, 24 de junho de 1963) é um multiinstrumentista, compositor e cantor brasileiro universalmente reconhecido como "O Rei do Axé" . Quando garoto, de origem humilde, começou a apresentar-se com bandas amadoras. Já aos dez anos de idade viajava por pequenas cidades, onde participava de shows. Aprendeu, assim, a tocar vários instrumentos, tendo praticamente vivido no meio musical. No início dos anos 70 o então Luiz Caldas foi morar em Vitória da Conquista-BA e ganhou a vida trabalhando em alguns comércios da cidade (Panificadoras, supermercados e bares) exercendo a função de serviços gerais, mas nas horas vagas tocava no ¨conjunto¨ musical de um famoso músico da época, chamado João Faustino. Foi o inventor do ritmo que misturava o pop com reggae, toques caribenhos, ijexá, frevo e samba, presentes num ritmo que ganhou o apelido de Deboche - e que evoluiu para outros tantos modismos lançados no Carnaval baiano.Luiz Caldas foi um dos cantores que, misturando ritmos baianos introduziu nos trios elétricos uma nova sonoridade através de novos instrumentos (como o teclado), inaugurando uma nova era na cultura musical da Bahia, embrião da Axé Music.Conhecido no Carnaval baiano, tem 12 álbuns lançados e foi presença constante nos principais programas de televisão da década de 1980. Ganhou a Coroa de Prata no programa Rei Majestade, do SBT.Em 2009, Luiz Caldas preparou para lançamento um conjunto de 10 CDs, com 130 músicas no total. O projeto envolve vários estilos, como o pagode, o forró, a música romântica, o hard rock e a música instrumental, sendo um dos álbuns dedicado aos povos indígenas, com letras inteiramente em Tupi.As músicas estão sendo primeiramente lançadas no site oficial do cantor. Todo o projeto foi lançado em 2010, mesmo ano que o cantor inicia a divulgação como cantor também de heavy metal, como pode ser visto no portal R7. Gandhy Autor de grandes sucessos na voz de artistas renomados, Paulo de Camafeu, o Paulinho, como gosta de ser chamado, foi um dos que compôs junto com Luiz Caldas a música "Fricote", que colocou a Bahia no cenário musical. Atualmente, Paulinho está produzindo um CD que ainda este ano estará nas lojas. Vale ressaltar que, em 2009, ele gravou um CD em homenagem aos 60 anos do Afoxé Filho de Gandhy. 27 O Canto da Cidade Tote Gira e Daniela Mercury A cor dessa cidade sou eu o canto dessa cidade é meu O gueto a rua a fé eu vou andando a pé pela cidade bonita o toque do afoxé e a força de onde vem ninguém explica ela é bonita ÔOO verdadeiro amor ÔOO você vai onde eu vou Não diga que não me quer não diga que não quer mais eu sou o silêncio da noite o sol da manhã mil voltas o mundo tem mas tem um ponto final eu sou o primeiro que canta eu sou o carnaval Daniela Mercury Daniela Mercury, nome artístico de Daniela Mercuri de Almeida (Salvador, 28 de julho de 1965), é uma cantora, compositora, dançarina, produtora, atriz e apresentadora de televisão[4] brasileira. Vencedora de um Grammy Latino, por seu álbum , recebeu também seis Prêmios TIM de Música, um prêmios pela APCA, três prêmios Multishow e dois prêmios pelo VMB, de melhor videoclipe e fotografia. Daniela é considerada uma das maiores cantoras, e mais famosas de axé music, e é conhecida como a rainha deste gênero musical. Desde de 1991 até hoje, Daniela lançou diversos álbuns e singles (sendo 14 em primeiro lugar e 24 Top 10), vendendo mais de 12 milhões de discos em todo o mundo.[5] Ela gravou um DVD comemorativo de 25 anos do Cirque du Soleil e fez parte do Festival de Jazz de Montreal[6]. Além disso, Mercury foi convidada para participar do DVD de Alejandro Sanz, e cantar com Paul McCartney, em Oslo, na Noruega, durante a entrega do Prêmio Nobel da Paz. Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Daniela_Mercury Depois que o Ilê Passar Miltão Rebentou Ilê Aiyê Curuzu passo de Angola Ijexá vamos pra cama meu bem Me pegue agora me dê um beijo gostoso pode até me amassar mas me solte quando o Ilê passar Ilê Aiyê O Ilê Aiyê, ou simplesmente Ilê, é o mais antigo bloco-afro do carnaval da cidade do Salvador, no estado da Bahia. Criado em 1 de novembro de 1974, o Ilê torna-se o primeiro bloco afro do Brasil e hoje constitui um grupo cultural de luta pela valorização e inclusão da população afrodescendente, inspirando a criação de muitos outros grupos culturais no Brasil e no mundo. Na sua primeira apresentação no carnaval de 1975, o Ilê Aiyê apresentou a música "Que Bloco é Esse", de Paulinho Camafeu. Miltão é um dos compositores do Bloco IlêAiyê Quero ver você Ilê Aiyê passar por aqui Canto pro Mar Não me pegue não me toque por favor não me provoque eu só quero ver o Ilê passar Nossa Gente Roque Carvalho Avisa lá que eu vou chegar mais tarde, o yé vou me juntar ao Olodum que é da alegria é denominado de vulcão o estampido ecoou nos quatro cantos do mundo em menos de um minuto: em segundos nossa gente é quem bem diz é quem mais dança os gringos se afinavam na folia os deuses igualando todo o encanto toda a transa os rataplãs dos tambores gratificam quem fica não pensa em voltar afeição à primeira vista o beijo batom que não vai mais soltar a expressão do rosto identifica Avisa lá avisa lá avisa lá o o Avisa lá que eu vou Antônio Carlos Santos de Freitas Natural de Salvador-Ba Olodum O Olodum é um bloco-afro do carnaval da cidade do Salvador na Bahia. Foi fundado em 25 de abril de 1979 durante o período carnavalesco como opção de lazer aos moradores do Maciel-Pelourinho, garantindolhes assim, o direito de brincarem o carnaval em um bloco e de forma organizada. É uma Organização não Governamental (ONG) do movimento negro brasileiro. Desenvolve ações de combate à discriminação social, estimula a auto-estima e o orgulho dos afrobrasileiros, defende e luta para assegurar os direitos civis e humanos das pessoas marginalizadas, na Bahia e no Brasil. Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Olodum Carlinhos Brown Vou na timbalada oyá Canto pro mar, mar, mar, mar A Timbalada é uma de origem da cidade de Salvador, Bahia. A banda é conhecida pelo seu axé music e por seu ritmo parecido com o Olodum e o Ilê ayê.A banda é uma das atrações do Carnaval de Salvador, e representa bastante a etnia negra que existe na Bahia.A banda estreiou para o mundo em 1993 num show na cidade de Aracaju, onde foi feito um verdadeiro Candeal. A partir dai a banda fez diversas apresentações em diversos programas de Tv e shows.Uma das principais marcas da banda são os corpos pintados de seus integrantes. A primeira formação da banda conta com os cantores Ninha, Pátricia e Xéxeu. em 2006 Ninha sai da banda e forma a banda Tribahia, juntamente com Pátricia e Xéxeu. A Timbalada ganha uma nova cara e segue forte com Denny Silva e Amanda Santiago. Em 2007 uma nova mudança, Amanda decide sair para se dedicar a um outro projeto, sob a tutela de Carlinhos Brown. Nesse ano sob o comando de Denny a banda grava seu primeiro DVD, gravado em São Luis do Maranhão.No carnaval a banda comanda o Bloco Timbalada, no circuito Barra-Ondina (sexta e sábado), e o bloco Jumper, também no circuito Barra-Ondina (segunda e terça). Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Timbalada Carlinhos Brown, nome artístico de Antônio Carlos Santos de Freitas, (Salvador, 23 de novembro de 1962) é um cantor, percussionista, compositor, produtor e agitador cultural brasileiro, um dos artistas mais inventivos surgidos nos últimos tempos no Brasil. Na Espanha também é conhecido como Carlito Marrón. Seu nome artístico consta ser uma homenagem a James Brown e H. Rap Brown, líderes da música negra da década de 1970, ídolos do funk e da soul music. Foi iniciado na música através de Osvaldo Alves da Silva, o Mestre Pintado do Bongô. Seus primeiros instrumentos, que marcariam toda sua carreira e estilo musical, foram os de percussão, com aprendizado e desenvolvimento das células rítmicas provenientes dos terreiros de candomblé. Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlinhos_Brown 28 29 Eu canto pra lua porque amo a lua ai que lua, ai que lua Eu canto pra terra porque amo a terra ai que terra, ai que terra vou na timbalada oyá canto pro ar, ar, ar, ar Eu canto pro vento porque amo o vento ai que vento, ai que vento Eu canto pra ela porque amo ela ai que ela, ai que ela Eu canto pra rua porque amo a rua ai que rua, ai que rua Trago flor no jarro pra saudar depois eu vou jamais agora eu vou lavar agora eu vou levar ficha técnica IDEALIZAÇÃO, DIREÇÃO GERAL E APRESENTAÇÃO: Paulinho Boca de Cantor DIREÇÃO MUSICAL: Carlos Marques e Paulinho Boca de Cantor PESQUISAS: Paulinho Boca De Cantor FIGURINOS E PRODUÇÃO EXECUTIVA: Virginia Amaral DESIGN, LAY OUT E ARTE GRÁFICA: Flávio Sá VIOLÃO E VOCAL: Carlos Marques BATERIA: Márcio Dhiniz BAIXO: Dido Gomes GUITARRA: Kakau Araújo PERCUSSÃO: Toni Mola TECLADOS: José Raimundo Rios 30 31