MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA NAS PARASITOSES 1

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MAD II (Parasitologia) – Aula 3 (27/04) – Mec. de Ag. e Defesa nas Parsitoses – Profa. Adriana P. Sudré
MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA NAS PARASITOSES
1) Resposta Imune – Uma breve introdução…
MAD II (Parasitologia) – Aula 3 (27/04) – Mec. de Ag. e Defesa nas Parsitoses – Profa. Adriana P. Sudré
2) Resposta inflamatória: É definida como um complexo processo defensivo local,
acionado por injúria determinada por agentes biológicos e/ou físicos e/ou químicos,
caracterizado por seqüência de fenômenos irritativos, vasculares, exsudativos,
degenerativo-necróticos e de reparo.  ocorre exteriorização da inflamação por: dor,
rubor, calor, tumor (aumento do volume da área) e freqüentemente por alteração da
função local.
A fagocitose de patógenos é facilitada pela presença, na membrana, dos macrófagos,
de receptores para Fc, de IgG e para C3b. Quando o fenômeno se apresenta em
intensidade significante.
3) Relação Parasito-Hospedeiro
- Relações entre Hospedeiros Intermediário / Definitivo e Parasitos
- Hábitos dos hospedeiros
4) Interação entre parasitos e o sistema imune
- Localização X Imunidade
5) Imunidade à Protozoários
5.1) Imunidade Inata
 Protozoários extracelulares - fagocitose e ativação do complemento.
 Reconhecimento dos PAMPs (padrões moleculares associados à membrana do
patógeno) pelos TLRs (receptore toll-like).
 Os TLRs induzem a transcrição dos genes para citocinas e quimiocinas (atuam
conjuntamente para recrutar mais fagócitos aos locais de infecção) e moléculas co estimuladoras necessárias para a ativação da resposta imune adaptativa.
 Influência da espécie de hospedeiro
5.2) Imunidade Adquirida
 Protozoários estimulam tanto as respostas imunes mediadas por anticorpos como por
células
 Anticorpos controlam os números de parasitos no sangue e fluidos teciduais,
enquanto as respostas mediadas por células são direcionadas largamente contra
parasitos intracelulares
Papel dos anticorpos nas infecções parasitárias
Exemplos: Toxoplasmose e Leishmaniose
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5.3) Evasão Imune por Protozoários
A- Reclusão anatômica no hospedeiro
 Plasmodium dentro de eritrócitos – quando infectados, não são reconhecidos por
células NK e TC. Também a forma intracelular hepática apresenta essa opção.
 Leishmania spp e Trypanosoma cruzi dentro de macrófagos – escape para citoplasma
evita digestão
 Leishmania, Toxoplasma e Trypanosoma cruzi podem migrar para compartimentos
intracelulares seguros através do retardamento da maturação do fagossomo.
B - Variação antigênica
 Diferentes estágios do ciclo de vida do Plasmodium expressam diferentes antígenos.
 Tripanossomas africanos - recobertos por uma glicoproteína variante de superfície
(VSG). Cada tripanossoma possui cerca de 1000 genes que codificam diferentes VSGs,
embora somente 1 esteja ativo. Quando um indivíduo é infectado ele fabrica anticorpos
contra o VSG expresso inicialmente pela população de tripanossomas.
C. Immunosupressão / Mecanismos anti-imunes – manipulação da resposta imune do
hospedeiro
 Leishmania inibe a produção de IL-12 (indutora de celulas Th1) e expressão de
moléculas MHC II.
 Inibição do processo fagocítico e da liberação de reativos intermediários do oxigênio.
ex. Leishmania
 Tripanossomas podem promover o desenvolvimento de células reguladoras
supressoras ou estimular o sistema de células B até sua exaustão.
 P. falciparum pode suprimir a habilidade de células dendríticas de processar
antígenos.
 Leishmania e T. cruzi podem suprimir a produção de oxidantes o u de citocinas
 T. gondii pode promover a apoptose de macrófagos.
D. Máscara imunológica
 T. brucei pode adsorver proteínas séricas do hospedeiro ou antígenos solúveis de
eritrócitos, desta forma reduzindo sua antigenicidade.
6) Imunidade a Helmintos
6.1) Imunidade Adquirida
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 Dependente de histamina – similar a reações alérgicas (Hipersensibilidade Tipo I) –
associação com eosinofilia, edema, asma e dermatite (urticária).
 Neutralização mediada por anticorpos das proteases larvares
 Prevenção da ecdise e inibição do desenvolvimento larvar por anticorpos direcionados
contra antígenos da cutícula perdida.
 Células T citotóxicas podem atacar helmintos que estejam profundamente embebidos
na mucosa intestinal ou que estejam realizando migração tecidual.
 Cistos viáveis de Taenia solium desencadeiam uma resposta Th2 e desta forma a
produção de IgE. Entretanto, uma vez que o cisto morra, ele estimula uma resposta Th1
e a formação de granuloma.
6.2) Evasão Imune por Helmintos
A. Tamanho – Inibição da resposta primária e inflamação - dificuldade de eliminar
B. Cobertura com moléculas do hospedeiro - Cestodas e trematodas adsorvem
moléculas do hospedeiro, ex. Moléculas eritrocitárias.
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 Schistosoma – proteínas séricas, (antígenos de grupo sanguíneo e MHC classe I e II).
 T. solium em suínos - parasitos são recobertos por IgG. Não está claro se esta IgG é
sintetizada pelo verme ou se o verme sintetiza um receptor que se liga a IgG do
hospedeiro.
 Os cisticercos também podem adsorver moléculas de MHC em sua superfície.
 Schistosoma pode neutralizar a via alternativa do complemento através da inserção
do fator de aceleração do decaimento (CD55) do seu hospedeiro em sua porção externa
da dupla camada lipídica.
C. Reclusão anatômica - Trichinella spiralis dentro de miócitos.
D. Immunosupressão – Parasitos podem secretar agentes anti-inflamatórios que
suprimem o recrutamento e ativação de leucócitos efetores.
E. Variação Antigênica / descamação de superfície
 F. hepatica, quando expostos a anticorpos descamam seu glicocálix e, portanto, seus
antígenos de superfície
 Schistosoma mansoni – rápida troca de membrana externa
F. Espessura de tegumento Externo
Ex: Dirofilaria e Ascaris
G. Mecanismos anti-imunes – larvas hepáticas de Schistosoma produzem enzimas
que clivam anticorpos
H. Produção de enzimas pelos parasitos
 Filárias secretam enzimas anti-oxidantes. Ex. glutationa peroxidase e superoxido
dismutase – resistência a ADCC e stress oxidativo.
 F. hepatica secreta proteases que destroem imunoglobulinas. Estas proteases podem
gerar fragmentos Fab que se ligam aos antígenos do parasito e os mascaram. Eles
também podem gerar fragmentos Fc que podem bloquear os receptores celulares.
7) Teoria da Higiene
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