A Sra. Iracema Portella (PP-PI) pronuncia o seguinte discurso: Senhor presidente, senhoras deputadas e senhores deputados, Venho hoje a este plenário para tratar da importância da vacinação contra a gripe em nosso País. A pandemia de gripe ocorrida em 2009 serve de alerta para a necessidade de adotarmos medidas protetoras. Inicialmente designada como gripe suína e, em seguida, como gripe A, a pandemia da gripe de 2009 foi um surto global de uma variante de gripe suína, cujos primeiros casos ocorreram no México. Disseminou-se pelo mundo, a partir da América do Norte, atingindo pouco tempo depois a Europa e a Oceania. O vírus foi identificado como uma nova cepa do já conhecido Influenza A subtipo H1N1, o 1 mesmo vírus responsável pelo maior número de casos de gripe entre humanos. Esse vírus contém ADN típico de vírus aviários, suínos e humanos, incluindo elementos dos vírus suínos europeus e asiáticos. Os sintomas da doença são o aparecimento repentino de febre, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação nos olhos e fluxo nasal. A primeira vacina para a nova gripe foi anunciada ainda no outono de 2009 no Hemisfério Norte. O Brasil esforçou-se para dominar técnicas de produção da vacina. Até 2010, todo o processo de produção era realizado na Europa, mas atualmente o Brasil já é capaz de produzir a vacina. Os resultados da produção são concentrados com três tipos de vírus, que, depois de processados, vão produzir milhões de doses de vacinas. A vacina produz impacto direto na diminuição dos casos e gastos com medicamentos para tratamento 2 de infecções secundárias, além de contribuir para a redução das internações hospitalares e da mortalidade. A vacina é segura e protege contra os três principais vírus que circulam no hemisfério sul no ano anterior, entre eles o da influenza A (H1N1). Segundo dados do Ministério da Saúde, este ano foram notificados em todo o país 449 casos de influenza A (H1N1), com 51 mortes. O número de casos já é quase o triplo do total registrado no ano passado inteiro, que teve 181 registros, com 27 mortes. Em 2010, ocorreram 113 mortes. Entre os estados que já registraram mortes por H1N1 em 2012 estão Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Por essa razão, é importante obter altas taxas de cobertura de vacinação contra a gripe, para evitar uma epidemia. 3 Em 2012, mais de 24 milhões de pessoas foram vacinadas contra a gripe, o que representa 80,04% do público-alvo indicado para a imunização, que inclui idosos, crianças entre 6 meses e 2 anos, gestantes, índios e profissionais de saúde. A meta de proteger 80% dos grupos indicados foi atingida por 18 estados e pelo Distrito Federal. A maior adesão foi observada entre os trabalhadores de saúde, que registraram cobertura vacinal de 99,69%. As crianças respondem pela segunda maior adesão, com 86,83%. Alguns grupos prioritários, contudo, ainda não alcançaram a meta de 80%: os idosos, com 77,79%, a população indígena, que é vacinada nas próprias aldeias, com 77,1%, e as gestantes, com 71,4%. A Região Centro-Oeste obteve a maior adesão da população, com cobertura de 85,31% do públicoalvo. A Região Sul ficou em segundo lugar, com 83,36%, seguida da Norte, com 81,62%, do Nordeste, com 80,79%, e do Sudeste, com 77,30%. 4 Cada município tem autonomia para avaliar a cobertura alcançada na sua área de abrangência e determinar se deve continuar ofertando as doses. Caso a cobertura tenha ficado abaixo da meta, a orientação do Ministério da Saúde é que a vacina continue sendo aplicada. Assim, solicitamos que cada município brasileiro, com apoio dos estados e do Ministério da Saúde promova a elevação da cobertura da vacinação contra a gripe, particularmente nos locais que não atingiram as metas de cobertura, para alcançarmos um maior nível de proteção da população. Era o que tinha a dizer. Muito obrigada. 5