língua portuguesa - Prefeitura Municipal de Pomerode

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PREFEITURA MUNICIPAL DE POMERODE
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO EMPREENDEDORA
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89107-000 - POMERODE - SANTA CATARINA
LÍNGUA PORTUGUESA
CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Pensar o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa implica: [...] saber avaliar as
relações entre as atividades de falar, de ler e de escrever, todas elas práticas discursivas, todas
elas usos da língua, nenhuma delas secundária em relação a qualquer outra, e cada uma delas
particularmente configurada em cada espaço em que seja posta como objeto de reflexão [...]
(NEVES, 2003, p. 89).
Refletir sobre o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também as
contradições, as diferenças e os paradoxos do quadro complexo da contemporaneidade.
Mesmo vivendo numa época denominada “era da informação”, a qual possibilita acesso
rápido à leitura de uma gama imensurável de informações, convivemos com o índice
crescente de analfabetismo funcional, e os resultados das avaliações educacionais revelam
baixo desempenho do aluno em relação à compreensão dos textos que lê.
Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por meio de uma
gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que ele se envolva
nas práticas de uso da língua – sejam de leitura, oralidade e escrita.
O professor de Língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao educando a prática, a
discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária,
digital, etc.). Sob o exposto, defende-se que as práticas discursivas abrangem, além dos textos
escritos e falados, a integração da linguagem verbal com outras linguagens
(multiletramentos): [...] (as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a semiologia
gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e
todas as formas infográficas ou qualquer outro meio linguageiro criado pelo homem),
percebendo seu chão comum (são todas práticas sociais, discursivas) e suas especificidades
(seus diferentes suportes tecnológicos, seus diferentes modos de composição e de geração de
significados) (FARACO, 2002, p.101).
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes
práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua portuguesa, busca:
• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e
interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a
possibilidade de um posicionamento diante deles;
• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que
considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;
• analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus
conhecimentos linguístico-discursivos;
• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a
sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;
• aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de
expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para
adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma
padrão.
Sugere-se que professor, primeiramente, selecione os objetivos que pretende com o
gênero oral escolhido, por exemplo:
• na proposição de um seminário, além de explorar o tema a ser apresentado, é preciso
orientar os alunos sobre o contexto social de uso desse gênero; definir a postura diante dos
colegas; refletir a respeito das características textuais (composição do gênero, as marcas
linguístico-enunciativas); organizar a sequência da apresentação;
• na participação em um debate, pode-se observar a argumentação do aluno, como ele defende
seu ponto de vista, além disso, o professor deve orientar sobre a adequação da linguagem ao
contexto, trabalhar com os turnos de fala, com a interação entre os participantes, etc.;
• na dramatização de um texto, é possível explorar elementos da representação cênica (como
entonação, expressão facial e corporal, pausas), bem como a estrutura do texto dramatizado,
as trocas de turnos de falas, observando a importância de saber a fala do outro (deixa) para a
introdução da sua própria fala, etc.;
• ao narrar um fato (real ou fictício), o professor poderá abordar a estrutura da narrativa,
refletir sobre o uso de gírias e repetições, explorar os conectivos usados na narração, que
apesar de serem marcadores orais, precisam estar adequados ao grau de
formalidade/informalidade dos textos, entre outros pontos.
Na prática da escrita, há três etapas interdependentes e intercomplementares sugeridas
por Antunes (2003) e adaptadas às propostas destas Diretrizes, que podem ser ampliadas e
adequadas de acordo com o contexto:
• inicialmente, essa prática requer que tanto o professor quanto o aluno planejem o que será
produzido: é o momento de ampliar as leituras sobre a temática proposta; ler vários textos do
gênero solicitado para a escrita, a fim de melhor compreender a esfera social em que este
circula; delimitar o tema da produção; definir o objetivo e a intenção com que escreverá;
prever os possíveis interlocutores; pensar sobre a situação em que o texto irá circular;
organizar as ideias;
• em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta apresentada, levando em
conta a temática, o gênero e o interlocutor, selecionará seus argumentos, suas ideias; enfim,
tudo que fora antes planejado, uma vez que essa etapa prevê a anterior (planejar) e a posterior
(rever o texto);
• depois, é hora de reescrever o texto, levando em conta a intenção que se teve ao produzi-lo:
nessa etapa, o aluno irá rever o que escreveu, refletir sobre seus argumentos, suas ideias,
verificar se os objetivos foram alcançados; observar a continuidade temática; analisar se o
texto está claro, se atende à finalidade, ao gênero e ao contexto de circulação; avaliar se a
linguagem está adequada às condições de produção, aos interlocutores; rever as normas de
sintaxe, bem como a pontuação, ortografia, paragrafação.
Se for preciso, tais atividades devem ser retomadas, analisadas e avaliadas
(diagnosticadas) durante esse processo.
CONTEÚDOS
6º ano
7º ano
8º ano
9º ano
LINGUAGEM ORAL E
ESCRITA
LINGUAGEM ORAL E
ESCRITA
LINGUAGEM ORAL E
ESCRITA
LINGUAGEM ORAL E
ESCRITA
Debate
Entrevista
Campanha publicitária/jingle
Depoimento/memórias
Biografia e autobiografia
Itinerário turístico
Poema/acróstico
Notícia e reportagem
Crônica
Relatório de experiências (relatório,
resumo)
Exposição (apresentação de
trabalhos)
Música
Entrevista
Depoimento/memórias
Conto maravilhoso/de suspense
Manchetes
Artigo de opinião
Reportagem
Carta do leitor/carta ao leitor
Charge, tira e cartum.
Relatório de experiências (relatório,
resumo)
Exposição (apresentação de
trabalhos)
Mitos e lendas
Contos fantásticos
Música/paródia e paráfrase
Seminário
Debate
Propaganda (folder, filipeta e flyer)
Crônica
Reportagem
Resenha crítica
Relatório de experiências (paper,
projeto de pesquisa)
Exposição (apresentação de
trabalhos)
Observação: As tipologias textuais
(narração, descrição e injunção)
serão abordadas em gêneros
textuais sempre que for
conveniente.
Observação: As tipologias textuais
(narração e descrição) serão
abordadas em gêneros textuais
sempre que for conveniente.
Observação: As tipologias textuais
(narração, descrição, dissertaçãoexposição e dissertaçãoargumentação) serão abordadas em
gêneros textuais sempre que for
conveniente.
Observação: As tipologias textuais
(narração, descrição, dissertaçãoexposição e dissertaçãoargumentação) serão abordadas em
gêneros textuais sempre que for
conveniente.
ASPECTOS GRAMATICAIS
ASPECTOS GRAMATICAIS
ASPECTOS GRAMATICAIS
ASPECTOS GRAMATICAIS
Fonema e letra.
Vogais, consoantes e semivogais,
encontros vocálicos e consonantais
e dígrafos.
Classificação dos ditongos
(crescentes e decrescentes, nasais e
orais).
Adjetivo – Flexão de grau, locuções
adjetivas e adjetivos pátrios.
Poema/cordel
Carta
Bilhete
E-mail
Cartaz
Notícia
Fábula/apólogo
Diário
Histórias em Quadrinhos
Regras de Jogo
Relatório de experiências
(relatório/resumo)
Exposição (apresentação de
trabalhos)
Preposição – Classificação e
locuções prepositivas.
Crase – Regras gerais.
Aposto e Vocativo.
Estrutura das palavras.
Formação das palavras.
Conjunções coordenativas
Período Composto por
Sílabas – classificação quanto ao
número e classificação quanto à
tonicidade.
coordenação.
Siglas e abreviaturas.
Adjunto adverbial.
Pronome – Adjetivo e substantivo.
Tipos de Frases (declarativa,
interrogativa, exclamativa,
optativa).
Interjeição – Classificação.
Substantivo – Classificação.
Substantivo – Flexão de gênero,
número e grau.
Adjetivo – Flexão de gênero e
número.
Artigo – Classificação.
Numeral – Classificação.
Pronomes – Classificação –
Pessoais (retos, oblíquos,
tratamento), Possessivo e
Demonstrativo.
Verbo – Identificação do verbo
(ação, estado e fenômeno).
Modo indicativo dos verbos
regulares. (presente, passado e
futuro).
Uso dos porquês.
Parônimos e Homônimos.
Verbo
Modo indicativo – verbos regulares
e irregulares.
Modo subjuntivo dos verbos
regulares e irregulares.
Formas nominais do verbo.
Verbos - Modo imperativo dos
verbos regulares e irregulares.
Classificação do verbo: verbo
transitivo/ direto / indireto/ direto e
indireto/ intransitivo / de ligação.
Classificação dos complementos
verbais: Objeto direto e indireto.
Advérbio – Classificação e locuções
adverbiais
Classificação dos predicados
(verbal, nominal, verbo-nominal).
Frase, oração e período (simples e
composto).
Classificação dos predicativos:
Classificação da frase (verbal e
Predicativo do sujeito e do objeto.
nominal).
Termos essenciais (sujeito e
Complemento Nominal.
predicado).
Vozes verbais (ativa, passiva,
Sujeito – Classificação (simples,
reflexiva).
composto, elíptico, indeterminado,
oração sem sujeito).
Adjunto Adnominal.
Posição do sujeito.
Pronome relativo.
Período composto por
subordinação.
Classificação do período composto
por subordinação (subordinadas
substantivas, adverbiais e
adjetivas).
Colocação pronominal.
Concordância Nominal e Verbal.
Crase (Particularidades).
Regência Nominal e Verbal.
Semântica.
Denotação e Conotação.
Figuras de linguagem.
Observação:
Ortografia, pontuação e acentuação serão trabalhadas em todas as turmas durante todo o ano letivo.
TEMAS TRANSVERSAIS
Valorização à vida.
Direito da criança e do adolescente.
História e cultura afro-brasileira e indígena.
LÍNGUA PORTUGUESA / EMPREENDEDORISMO / 9º ANO
Currículo e carta de apresentação.
Recibo.
Ata.
Cheque.
Declaração.
Contrato.
Formulário.
Manual de instrução.
Edital de convocação.
E-mail (correspondência digital).
Carta comercial.
Meios digitais – Redes sociais.
Ofício/requerimento.
Oratória.
Coordenadora de Grupo: Vera Lucia de Campos Selke Gütz
Grupo de Estudo: Jane Carla Wollick Roepcke
Luciana Ott Michels
Dóris Mathias Selhorst
Luana Oliveira Silva
Camila Gabriela Pollnow
Viviane Ferreira Orb
Scheila Maas
Roseli Paupitz
Elana Pagel
Pomerode, 15 de maio de 2014.
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