PREFEITURA MUNICIPAL DE POMERODE SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO EMPREENDEDORA CNPJ 83.102.251/0001-04 Fone: (47) 3395-6300 E-mail: [email protected] Rua 15 de Novembro, 649 – Bairro Centro 89107-000 - POMERODE - SANTA CATARINA LÍNGUA PORTUGUESA CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA Pensar o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa implica: [...] saber avaliar as relações entre as atividades de falar, de ler e de escrever, todas elas práticas discursivas, todas elas usos da língua, nenhuma delas secundária em relação a qualquer outra, e cada uma delas particularmente configurada em cada espaço em que seja posta como objeto de reflexão [...] (NEVES, 2003, p. 89). Refletir sobre o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também as contradições, as diferenças e os paradoxos do quadro complexo da contemporaneidade. Mesmo vivendo numa época denominada “era da informação”, a qual possibilita acesso rápido à leitura de uma gama imensurável de informações, convivemos com o índice crescente de analfabetismo funcional, e os resultados das avaliações educacionais revelam baixo desempenho do aluno em relação à compreensão dos textos que lê. Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que ele se envolva nas práticas de uso da língua – sejam de leitura, oralidade e escrita. O professor de Língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao educando a prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária, digital, etc.). Sob o exposto, defende-se que as práticas discursivas abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com outras linguagens (multiletramentos): [...] (as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio linguageiro criado pelo homem), percebendo seu chão comum (são todas práticas sociais, discursivas) e suas especificidades (seus diferentes suportes tecnológicos, seus diferentes modos de composição e de geração de significados) (FARACO, 2002, p.101). Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua portuguesa, busca: • empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles; • desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção; • analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos; • aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita; • aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão. Sugere-se que professor, primeiramente, selecione os objetivos que pretende com o gênero oral escolhido, por exemplo: • na proposição de um seminário, além de explorar o tema a ser apresentado, é preciso orientar os alunos sobre o contexto social de uso desse gênero; definir a postura diante dos colegas; refletir a respeito das características textuais (composição do gênero, as marcas linguístico-enunciativas); organizar a sequência da apresentação; • na participação em um debate, pode-se observar a argumentação do aluno, como ele defende seu ponto de vista, além disso, o professor deve orientar sobre a adequação da linguagem ao contexto, trabalhar com os turnos de fala, com a interação entre os participantes, etc.; • na dramatização de um texto, é possível explorar elementos da representação cênica (como entonação, expressão facial e corporal, pausas), bem como a estrutura do texto dramatizado, as trocas de turnos de falas, observando a importância de saber a fala do outro (deixa) para a introdução da sua própria fala, etc.; • ao narrar um fato (real ou fictício), o professor poderá abordar a estrutura da narrativa, refletir sobre o uso de gírias e repetições, explorar os conectivos usados na narração, que apesar de serem marcadores orais, precisam estar adequados ao grau de formalidade/informalidade dos textos, entre outros pontos. Na prática da escrita, há três etapas interdependentes e intercomplementares sugeridas por Antunes (2003) e adaptadas às propostas destas Diretrizes, que podem ser ampliadas e adequadas de acordo com o contexto: • inicialmente, essa prática requer que tanto o professor quanto o aluno planejem o que será produzido: é o momento de ampliar as leituras sobre a temática proposta; ler vários textos do gênero solicitado para a escrita, a fim de melhor compreender a esfera social em que este circula; delimitar o tema da produção; definir o objetivo e a intenção com que escreverá; prever os possíveis interlocutores; pensar sobre a situação em que o texto irá circular; organizar as ideias; • em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta apresentada, levando em conta a temática, o gênero e o interlocutor, selecionará seus argumentos, suas ideias; enfim, tudo que fora antes planejado, uma vez que essa etapa prevê a anterior (planejar) e a posterior (rever o texto); • depois, é hora de reescrever o texto, levando em conta a intenção que se teve ao produzi-lo: nessa etapa, o aluno irá rever o que escreveu, refletir sobre seus argumentos, suas ideias, verificar se os objetivos foram alcançados; observar a continuidade temática; analisar se o texto está claro, se atende à finalidade, ao gênero e ao contexto de circulação; avaliar se a linguagem está adequada às condições de produção, aos interlocutores; rever as normas de sintaxe, bem como a pontuação, ortografia, paragrafação. Se for preciso, tais atividades devem ser retomadas, analisadas e avaliadas (diagnosticadas) durante esse processo. CONTEÚDOS 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano LINGUAGEM ORAL E ESCRITA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA Debate Entrevista Campanha publicitária/jingle Depoimento/memórias Biografia e autobiografia Itinerário turístico Poema/acróstico Notícia e reportagem Crônica Relatório de experiências (relatório, resumo) Exposição (apresentação de trabalhos) Música Entrevista Depoimento/memórias Conto maravilhoso/de suspense Manchetes Artigo de opinião Reportagem Carta do leitor/carta ao leitor Charge, tira e cartum. Relatório de experiências (relatório, resumo) Exposição (apresentação de trabalhos) Mitos e lendas Contos fantásticos Música/paródia e paráfrase Seminário Debate Propaganda (folder, filipeta e flyer) Crônica Reportagem Resenha crítica Relatório de experiências (paper, projeto de pesquisa) Exposição (apresentação de trabalhos) Observação: As tipologias textuais (narração, descrição e injunção) serão abordadas em gêneros textuais sempre que for conveniente. Observação: As tipologias textuais (narração e descrição) serão abordadas em gêneros textuais sempre que for conveniente. Observação: As tipologias textuais (narração, descrição, dissertaçãoexposição e dissertaçãoargumentação) serão abordadas em gêneros textuais sempre que for conveniente. Observação: As tipologias textuais (narração, descrição, dissertaçãoexposição e dissertaçãoargumentação) serão abordadas em gêneros textuais sempre que for conveniente. ASPECTOS GRAMATICAIS ASPECTOS GRAMATICAIS ASPECTOS GRAMATICAIS ASPECTOS GRAMATICAIS Fonema e letra. Vogais, consoantes e semivogais, encontros vocálicos e consonantais e dígrafos. Classificação dos ditongos (crescentes e decrescentes, nasais e orais). Adjetivo – Flexão de grau, locuções adjetivas e adjetivos pátrios. Poema/cordel Carta Bilhete E-mail Cartaz Notícia Fábula/apólogo Diário Histórias em Quadrinhos Regras de Jogo Relatório de experiências (relatório/resumo) Exposição (apresentação de trabalhos) Preposição – Classificação e locuções prepositivas. Crase – Regras gerais. Aposto e Vocativo. Estrutura das palavras. Formação das palavras. Conjunções coordenativas Período Composto por Sílabas – classificação quanto ao número e classificação quanto à tonicidade. coordenação. Siglas e abreviaturas. Adjunto adverbial. Pronome – Adjetivo e substantivo. Tipos de Frases (declarativa, interrogativa, exclamativa, optativa). Interjeição – Classificação. Substantivo – Classificação. Substantivo – Flexão de gênero, número e grau. Adjetivo – Flexão de gênero e número. Artigo – Classificação. Numeral – Classificação. Pronomes – Classificação – Pessoais (retos, oblíquos, tratamento), Possessivo e Demonstrativo. Verbo – Identificação do verbo (ação, estado e fenômeno). Modo indicativo dos verbos regulares. (presente, passado e futuro). Uso dos porquês. Parônimos e Homônimos. Verbo Modo indicativo – verbos regulares e irregulares. Modo subjuntivo dos verbos regulares e irregulares. Formas nominais do verbo. Verbos - Modo imperativo dos verbos regulares e irregulares. Classificação do verbo: verbo transitivo/ direto / indireto/ direto e indireto/ intransitivo / de ligação. Classificação dos complementos verbais: Objeto direto e indireto. Advérbio – Classificação e locuções adverbiais Classificação dos predicados (verbal, nominal, verbo-nominal). Frase, oração e período (simples e composto). Classificação dos predicativos: Classificação da frase (verbal e Predicativo do sujeito e do objeto. nominal). Termos essenciais (sujeito e Complemento Nominal. predicado). Vozes verbais (ativa, passiva, Sujeito – Classificação (simples, reflexiva). composto, elíptico, indeterminado, oração sem sujeito). Adjunto Adnominal. Posição do sujeito. Pronome relativo. Período composto por subordinação. Classificação do período composto por subordinação (subordinadas substantivas, adverbiais e adjetivas). Colocação pronominal. Concordância Nominal e Verbal. Crase (Particularidades). Regência Nominal e Verbal. Semântica. Denotação e Conotação. Figuras de linguagem. Observação: Ortografia, pontuação e acentuação serão trabalhadas em todas as turmas durante todo o ano letivo. TEMAS TRANSVERSAIS Valorização à vida. Direito da criança e do adolescente. História e cultura afro-brasileira e indígena. LÍNGUA PORTUGUESA / EMPREENDEDORISMO / 9º ANO Currículo e carta de apresentação. Recibo. Ata. Cheque. Declaração. Contrato. Formulário. Manual de instrução. Edital de convocação. E-mail (correspondência digital). Carta comercial. Meios digitais – Redes sociais. Ofício/requerimento. Oratória. Coordenadora de Grupo: Vera Lucia de Campos Selke Gütz Grupo de Estudo: Jane Carla Wollick Roepcke Luciana Ott Michels Dóris Mathias Selhorst Luana Oliveira Silva Camila Gabriela Pollnow Viviane Ferreira Orb Scheila Maas Roseli Paupitz Elana Pagel Pomerode, 15 de maio de 2014.