Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro Estudo 13 – Morte e Ressurreição Mateus 26 a 28 Elaborado por Bruna Senna [email protected] 1. Introdução Queridos amigos radiouvintes, chegamos hoje ao final de nossa jornada no evangelho de Mateus. Muitas foram as lições que aprendemos e vimos que várias passagens deste evangelho atestam que Jesus é de fato o Messias prometido ao mundo. Ao longo de todo o livro, Mateus nos dá provas e credenciais de que Jesus é o Rei do universo, o Filho de Deus. Nele as profecias se cumpriram, e Nele encontramos o Salvador perfeito que tira o pecado do mundo. Hoje refletiremos nos três últimos capítulos do evangelho de Mateus e veremos os momentos finais do ministério terreno de Jesus. 2. O tempo chegou Logo no início do capítulo 26, lemos que Jesus mais uma vez fala aos seus discípulos sobre a sua crucificação. Dali a dois dias seria celebração da Páscoa e Cristo seria sacrificado. Ao celebrar a Páscoa, os judeus festejavam o fim da escravidão no Egito e o início do êxodo rumo à terra prometida. O fato de Jesus ser crucificado na época da Páscoa não é mera coincidência. Isso também fazia parte dos planos de Deus. A morte de Jesus e o derramamento do seu sangue nos garantiram o fim da escravidão do pecado e o início de uma nova vida ao lado de Deus. Como bem disse o apóstolo Paulo Jesus Cristo é a nossa Páscoa (1 Co 5.7). Contudo, muitos sacerdotes e líderes religiosos não O enxergaram como tal. Pelo contrário, viram em Jesus um inimigo e buscavam de todo jeito um modo de eliminálo. Em outras ocasiões em que os sacerdotes quiseram matar Jesus Ele se retirou, porque ainda não era chegado o momento (Mt 12.14-15; Lc 4.29-30). Mas agora era diferente, o tempo havia chegado e o Cordeiro de Deus seria sacrificado. Reunidos www.pibrj.org.br na casa de Caifás, o sumo sacerdote, os principais líderes religiosos decidiram que prenderiam Jesus sob a acusação de traição e o matariam. Eles, no entanto, nem precisaram se preocupar muito sobre como pegar Jesus, porque Judas Iscariotes, um dos próprios discípulos do Mestre, foi voluntariamente até os sacerdotes oferecendo seus serviços de traidor. 3. O caminho rumo a cruz O caminho de Jesus até a cruz foi marcado por traição, abandono, escárnio, humilhação e açoites. Por 30 moedas de prata, o valor que era pago por um escravo (Êx 21.32), Judas entregou Jesus aos seus inimigos. Pedro, Tiago e João prometeram que permaneceriam fiéis a Cristo mesmo que para isso tivessem que morrer, mas quando Jesus os chamou para ficarem com Ele em oração caíram no sono. Por fim, todos os demais discípulos, que também haviam jurado lealdade a Jesus até a morte O abandonaram sozinho quando os emissários dos sacerdotes foram prendê-lo. Depois de preso, Jesus foi levado até os líderes religiosos que se valeram de falsas testemunhas para incriminá-lo, e o condenaram a morte sob a acusação de blasfêmia, quando Ele se identificou como sendo o Cristo, Filho de Deus. Os sacerdotes levaram Jesus até Pilatos, o governador romano, porque somente ele poderia oficialmente decretar a pena de morte. Pilatos, mesmo sem encontrar em Jesus motivos para condená-lo, atendeu ao pedido da multidão que, agitada pelo furor dos líderes religiosos, pedia a crucificação de Jesus. Antes de ser pregado no madeiro, Jesus foi violentamente açoitado com chicotes que dilaceravam as costas. Os soldados do governador humilharam Jesus Lição 13 - 2T 2013 Pg. 1 cuspindo no seu rosto, Eles colocaram uma coroa de espinhos na sua cabeça e com um caniço batiam Nele. Jesus já estava tão debilitado que foi preciso chamar um homem para carregar a sua cruz até o Gólgota, onde Jesus foi, enfim, crucificado. Toda a humilhação, dor e sofrimento que Jesus passou era também o cumprimento da profecia do Antigo Testamento (Is 53) que dizia que o Messias sofreria por causa dos nossos pecados e seria castigado por causa das nossas maldades. Embora Ele não tivesse cometido nenhum erro ou pecado, nem houvesse qualquer mentira em sua boca foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer para que nós pudéssemos ter acesso a Deus. Alguns dos que passavam e viam Jesus preso na cruz não se contentavam com seu sofrimento físico e continuavam lançando insultos sobre Ele, mandando que Ele saísse da cruz, se de fato fosse o Filho de Deus. Jesus, porém, permaneceu na cruz justamente porque era o Filho de Deus e em obediência ao Pai. Cristo não desceu da cruz não porque não pudesse fazê-lo, mas porque esse não era o propósito de Deus. Jesus ficou agonizando na cruz por seis horas antes de morrer, e quando deu seu suspiro final entregando seu espírito a Deus o véu do templo se rasgou em duas partes. Esse véu era uma cortina que bloqueava a entrada no Santo dos Santos. Ninguém além do sumo sacerdote podia ultrapassar o véu e ali, diante da presença de Deus, ele fazia expiação pelos pecados de todo o povo (Êx 26.31-33; Lv 16). O rasgar do véu significava que o caminho até Deus estava aberto a todos por meio de Jesus(Jo 14.6). Por causa do ministério de Cristo como sumo sacerdote e de seu sacrifício por nós, temos acesso à presença de Deus (Hb 10.19-22). Depois de morto Jesus foi sepultado por José de Arimatéia, mas esse não é o fim da história. O sofrimento e a morte de Jesus não foram sua derrocada, mas o caminho necessário para a vitória. Depois de três dias no túmulo Jesus ressurgiu e, provando que era o Filho de Deus, aniquilou a morte, como havia prometido. O sepulcro estava vazio www.pibrj.org.br para quem quisesse ver! Jesus estava vivo e apareceu diante de muitos que puderam ver e tocar Nele. 4. Uma nova e verdadeira vida A certeza da ressureição de Cristo é o alicerce da fé cristã e é o que nos dá razão para viver, pois temos um Deus vivo que se relaciona conosco e que prometeu que estaria ao nosso lado todos os dias da nossa vida (Mt 28.20). O fato de Jesus ter ressuscitado prova que Deus havia perdoado todos os pecados através de Cristo. Se tivesse restado algum pecado sem perdão Jesus não teria ressuscitado, visto que a recompensa do pecado é a morte (Rm 6.23). Somente através de Jesus temos o perdão para os nossos pecados. Nada que possamos fazer é suficiente para pagar a nossa dívida com Deus. Eu e você não temos nada que nos habilite a chegar até Deus, mas por causa da vida e do sacrifício de Jesus podemos viver uma nova e verdadeira vida. Ao longo dessas treze lições aprendemos quem é Jesus e a mensagem final que gostaríamos de transmitir a você é essa: Jesus é Deus, Ele vive e voltará! Aproprie-se dessa verdade e desfrute da única vida que vale a pena ser vivida, a vida ao lado de Cristo. Que Deus nos abençoe! Amém! Bibliografia: Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD, 2008 Bíblia de Estudo MacArthur. Barueri, Sp. Sociedade Bíblica do Brasil, 2010 Bíblia Shedd / editor responsável Russel P. Shedd. São Paulo: Nova Vida; Brasília: Sociedade Bíblia do Brasil, 1997. Comentário bíblico africano / editor geral Tokunboh Adeyemo. – São Paulo: Mundo Cristão, 2010. PINTIO, Caralos Osvaldo Cardoso. Foco e Desenvolvimento no Novo Testamento – São Paulo : Hagnos, 2008. MOUCE, Robert H. Novo comentário Bíblico Contemporâneo – Mateus. Editora Vida, 1996 TASKER, R. V. G. Mateus, introdução e comentário. Editora Mundo Cristão WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo : Novo Testamento : volume I – Santo André, SP : Geográfica editora, 2006 Lição 13 - 2T 2013 Pg. 2