Comissão Organizadora Monitoria Adriana Cruvinel Carloni, MSc Caroline Domingues Rogeri Aline Oliveira da Rocha Danielle Pessoa Pereira, MSc Ana Carolina de C. Peters, PhD Estela Maria Silva Ana Carolina Laus, PhD Fernanda Franco Munari André van Helvoolt Lengert, MSc Isana Rodrigues Silva Anna Luiza Silva Almeida Vicente Julia Maria Saraiva Duarte Giovanna Barbarini Longato, PhD Maraísa Cristina da Costa Fernanda de Paula Cury Rhafaela Lima Causin Larissa Russo Veloso e Silva Simone Jacovaci Colleta, MSc Lídia M. Rebolho B. Arantes, PhD Weder Pereira de Menezes, MSc Maicon Fernando Zanon, MSc Matias Eliseo Melendez, PhD Marcela Nunes Rosa, MSc Maressa Ferreira, PhD Nathália Cristina Campanella Paula Silva Felício Tatiane Honda Morais Vânia Sammarino Mariano, PhD Viviane Aline Oliveira S. Saito, PhD Palestrantes Adriana Cruvinel Carloni, MSc (Vírus e Câncer) Ana Carolina de Carvalho, PhD (Controle da Expressão Gênica) Ana Carolina Laus, PhD (Alterações Genéticas e Citogenéticas no Câncer) Cristovam Scapulatempo Neto, PhD (Biobanco) Daniel Onofre Vidal, PhD (A Influência das Alterações Epigenéticas nos Tumores de Infância) Denise Guimarães Peixoto, PhD (Vias Moleculares da Carcinogênese Colorretal) Edenir Inêz Palmero, PhD (Identificação do Câncer Hereditário: Um desafio a ser superado) Henrique César Santejo Silveira, PhD (A Influência do Ambiente Ocupacional na Carcinogênese) José Humberto G. Tavares Fregnani, PhD Rastreamento no Câncer de Colo do Útero) (Novas Perspectivas de Lidia Maria Rebolho Batista Arantes, PhD (Marcadores Moleculares e Novas Terapias em Tumores de Cabeça e Pescoço) Luiz Fernando Lopes, PhD (Genética Molecular na Clínica Pediátrica) Márcia Maria Chiquitelli Marques Silveira, PhD (Role of MicroRNA Deregulation in Breast Cancer Onset and Progression) Matias Eliseo Melendez, PhD (Clonagem Molecular e Terapia Gênica) Maressa Ferreira Neto, PhD (Alterações Genéticas e Citogenéticas no Câncer) Nathália Cristina Campanella (Biomarcadores no Câncer) Raul Torrieri, MSc (Bioinformática na Oncologia) Rui Manuel Reis, PhD (Molecular Profile of Brain Tumors/ Introdução à Carcinogênese) Vânia Sammartino Mariano, Phd (Tumores Induzidos por Papilomavírus Humano/ Imunologia em Câncer) Vinicius de Lima Vazquez, PhD (Oportunidades de pesquisa em melanomas no Hospital de Câncer de Barretos) Mini Curso 1 Extração de DNA, Eletroforese e PCR Preceptores: André Lengert, Anna Luiza Vicente, Nathália Cristina Campanella e Vânia Sammartino Mariano Esta aula objetiva mostrar ao aluno quais materiais biológicos são frequentemente utilizados para extração de DNA na área oncológica; alguns métodos de extração que estão disponíveis e como avaliar a eficiência do processo. Materiais biológicos para extração de DNA - Principalmente: células de cultura, sangue e biópsias/peças fixadas em formalina e incluídas em parafina. - Sangue: deve ser coletado em tubo contendo o anticoagulante EDTA; Para separação do material: centrifugar a 3.500 rpm por 10 minutos a 4°C Plasma e buffy coat (enriquecido de células mononucleares) com hemácias Extração de DNA: será feita a partir do buffy coat e consequente lise das hemácias* - Parafina: antes de qualquer procedimento, as lâminas devem ser desparafinizadas* Lâmina guia corada por Hematoxilina-Eosina (HE): demarcação da área tumoral de interesse Fazer macrodissecção da área demarcada utilizando uma agulha e depositando material em um tubo do tipo eppendorf contendo tampão de lise celular. Material pronto para extração por kit comercial ou por fenol-clorofórmio. Extração de DNA - Fenol-clorofórmio-etanol: em desuso, há contaminação com proteína, método econômico Formação de fases: Aquosa: Orgânica: Utilização de etanol para precipitar material genético. - Kits comerciais: utilizam colunas com sílica para fazer a separação do material genético. Os protocolos variam para cada marca, mas seguem as fases: Lise celular Precipitação de material genético com etanol Aplicação do lisado em coluna de sílica Lavagem do material genético e eluição do DNA contido na membrana. - Análise da extração e congelamento a -20°C até utilização. Quantificação do DNA extraído - Pode ser realizada por espectrofotometria ou fluorescência (Qubit TMLife Technologies) - Espectrometria: Valores das razões (próximos de 2,0): - 260/280 - 260/230 - Fluorescência Anexos 1) PROTOCOLO – EXTRAÇÃO DE TECIDO PARAFINADO Volume inicial: 2 a 4 cortes de 10 µ de tecido parafinado cortado em lâmina histológica Kit QIAamp DNA Micro Kit (QIAGEN): Volume de DNA: 30 µL 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Desparafinizar a lâmina: 20 minutos estufa (80 a 85°) Banho xilol I: 5 minutos Banho xilol II: 5 minutos Banho etanol 100%: 1 minuto Banho etanol 70%: 1 minuto Banho etanol 50%: 1 minuto Banho água miliQ: 1 minuto Raspagem da área tumoral com agulha (18G x 1 ½) utilizando a lâmina de HE como molde para localizar a área tumoral demarcada pelo patologista 9. Lavagem da agulha em tubo eppendorf contento 80 µL de tampão ATL e 1 µL de RNA Carrier (concentração de 1µg/ µL) 10.Adicionar 15 µL de proteinase K (QIAGEN) 11.Homogenizar por pipetagem 12.Incubar overnight á 56°C/ 700 rpm 13.Vortex/ 10 segundos 14.Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto) 15.Adicionar 15 µL de proteinase K 16.Homogenizar por pipetagem 17.Incubar á 56°C/ 700 rpm/ pelo menos 1 hora 18.Vortex/ 10 segundos 19.Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto) 20.Incubar a 98°C/ 600 rpm/ 20 minutos 21.Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto) 22.Resfriar a temperatura ambiente (± 5 minutos) 23.Adicionar 110 µL de tampão AL 24.Vortex/ 10 segundos 25.Adicionar 110 µL de etanol 100% 26.Vortex/ 10 segundos 27.Incubar 5 minutos a temperatura ambiente 28.Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto) 29.Transferir 300 µL da mistura para QIAamp Mini Spin Column, previamente identificado 30.Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto) 31.Descartar o tubo coletor 32.Colocar a coluna em um novo tubo coletor 33.Adicionar 500 µL de AW1 34.Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto) 35.Descartar o tubo coletor 36.Adicionar 500 µL de AW2 37.Centrifugar a 14.000 rpm/ 1 minuto 38.Descartar o tubo coletor 39.Colocar a coluna em um novo tubo coletor 40.Centrifugar a 14.000 rpm/ 3 minutos 41.Descartar o tubo coletor 42.Colocar a coluna em um microtubo de 1,5 ml, previamente identificado 43.Adicionar 30 µL de água ultra pura (DNAse/ RNAse free, IDT) 44.Incubar por 5 minutos 45.Centrifugar a 8.000 rpm/ 1 minuto 46.Centrifugar a 14.000 rpm/ 1 minuto 47.Descartar a coluna 48.Quantificar 1 µL de DNA no NanoDrop 49.Anotar os valores 260/280, 260/230 e a quantidade do DNA em ng/ µL 50.Diluir o DNA em 50ng/ µL (*) em um novo microtubo de 1,5 ml, previamente identificado com o ID e concetração 51.Armazenar, tanto a solução estoque em -20°C e a solução de uso a -4°C (*) Seguir o seguinte cálculo: 50ng (diluição de uso) x 20 µL (volume total da diluição do DNA) Quantidade do DNA em ng/ µL = x µL DNA da solução estoque, completar para 20 µL de água ultra pura (DNAse/ RNAse free) 2) PROTOCOLO – EXTRAÇÃO DE BUFFY-COAT (material enriquecido de mononucleares) Preparação da solução de lise Reagentes: Cloreto de amônio – 10X: 1 litro de água miliQ + 77,04g de cloreto de amônio Bicarbonato de amônio – 1X: 1 litro de água miliQ + 0,7g de bicarbonato de amônio Preparo da solução: em 810 mL de água destilada, adicionar 90 mL de cloreto de amônio 10X e 100 mL de bicarbonato de amônio 1X Preparação de PBS 10X Reagentes: 80g NaCl 2g KCl 2,4g KH2PO4 17,8g Na2HPO2 – H2O ou 14,4g Na2HPO4 Preparo da solução: completar com água destilada para 1L e acertar pH para 7,4. Autoclavar em seguida e fazer diluição para a concentração de uso (1x). 1. Adicionar 12 ml da solução de lise para tubo falcon 15 ml, previamente identificado 2. Transferir todo o buffy coat armazenado para falcon 15 ml 3. Vortex (o suficiente para o material se homogenizar com a solução) 4. Incubar no gelo por 20 minutos; com 10 minutos vortexar novamente 5. Centrifugar a 3.500 rpm/ 4°C/ 10 minutos 6. Descartar o sobrenadante 7. Breve centrifugação (spin) 8. Colocar as amostras no gelo 9. Retirar o restante do sobrenadante 10.Adicionar 200 µL PBS 1X no falcon 15 ml 11.Homogenizar o material 12.Transferir todo material para eppendorf 1,5 ml, previamente identificado e com tampão ATL e 1 µL de RNA Carrier 13.Adicionar 10 µL de proteinase K (QIAGEN) 14.Adicionar 100 µL de tampão AL 15.Vortex/ 15 segundos 16.Incubar á 56°C/ 20 minutos/ 600 rpm 17.Breve centrifugação (8000 rpm/ 1 minuto) 18.Adicionar 50 µL de etanol (96% - 100%) 19.Vortex/ 15 segundos 20.Incubar a temperatura ambiente por 3 minutos 21.Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto) 22.Transferir todo o material lisado para QIAamp MinElute Column, previamente identificado 23.Incubar a temperatura ambiente por 5 minutos 24.Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto) 25.Descartar o tubo coletor e colocar a coluna em um novo tubo coletor 26.Adicionar 500 µL de tampão AW1 27.Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto) 28.Descartar o tubo coletor, e colocar a coluna em um novo tubo coletor 29.Adicionar 500 µL de tampão AW2 30.Breve centrifugação (8.000 rpm/ 1 minuto) 31.Descartar o tubo coletor, colocar a coluna em um novo tubo coletor 32.Centrifugar a 14.000 rpm/ 3 minutos 33.Colocar a coluna em tubo eppendorf 1,5 ml, previamente identificado 34.Adicionar 60 µL de água ultra pura (DNAse/ RNAse free, IDT) no centro da membrana 35.Incubar a temperatura ambiente por no mínimo 3 minutos 36.Centrifugar a 14. 000 rpm/ 1 minuto 37.Descartar a coluna 38.Quantificar 1 µL de DNA no Nano Drop 39.Anotar os valores 260/ 280, 260/ 230 e a quantidade do DNA em ng/ µL 40.Diluir o DNA em 50ng/ µL (*) em um novo microtubo de 1,5 ml, previamente identificado com o ID e concetração 41.Armazenar, tanto a solução estoque em -20°C e a solução de uso a -4°C (*) Seguir o seguinte cálculo: 50ng (diluição de uso) x 20 µL (volume total da diluição do DNA) Quantidade do DNA em ng/ µL = x µL DNA da solução estoque, completar para 20 µL de água ultra pura (DNAse/ RNAse free) Roteiro de aula prática - PCR Iniciando o estudo de um gene de interesse. Por onde começar? Acesso a bancos de dados para obter as sequências de interesse e definição da região a ser analisada (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/; http://www.ensembl.org/index.html); Desenho e discussão dos parâmetros ideais de primers (http://bioinfo.ut.ee/primer3/; http://www.ncbi.nlm.nih.gov/); Análise da qualidade e avaliação de estruturas secundárias de primers utilizando softwares disponíveis (http://www.idtdna.com/analyzer/Applications/OligoAnalyzer/); Alinhamento de primers no genoma utilizando Blat e Blast. Quais as diferenças de cada ferramenta e qual utilizar? (http://genome.ucsc.edu/cgi-bin/hgBlat; http://blast.ncbi.nlm.nih.gov/Blast.cgi); Desenho de sondas e discussão dos parâmetros ideais a serem utilizados; Definição de protocolo inicial para PCR e discussão de estratégias para obter sucesso na reação. Roteiro de Aula Prática – Eletroforese em Gel de Agarose Objetivos: Realizar um protocolo padrão de eletroforese; Aprender a analisar o gel; Aprender a reconhecer os tipos mais comuns de problemas. Protocolo de gel de agarose 1,5%: 1. Colocar um pente no berço; 2. Em uma balança de precisão pesar 1,5 g de agarose em um becker ou erlenmeyer; 3. Adicionar 100 mL de tampão TAE; 4. Levar ao microoondas o tempo suficiente para a mistura ficar homogênea (em torno de 3 minutos); 5. Esfriar o gel na água; 6. Despejar o gel sobre o berço e estourar bolhas caso houver; 7. Esperar em torno de 30 minutos a polimerização do gel. Protocolo de eletroforese 1. Colocar o berço na cuba de modo que o tampão cubra todo o gel; 2. Adicionar 2 µL de loading em 5 µL de produto de PCR; 3. Aplicar todo o volume no gel; 4. Adicionar 2 µL de loading em 5 µL de ladder; 5. Aplicar todo o volume no gel; 6. Correr a 100V por 40 minutos. Mini Curso 2 Cultura Celular e Citogenética Aula prática – Cultura de Células Estabelecidas Preceptores: Adriana Cruvinel Carloni, Giovanna Longato, Marcela Nunes Rosa, Viviane Saito, Weder Menezes. Monitores: Larissa Russo e Tatiane Honda Morais. Nota: Para desenvolvimento da aula prática, os alunos deverão estar devidamente paramentados (uso obrigatório) de acordo com as normas de higiene e proteção individual. Os equipamentos, juntamente com toda a estrutura serão apresentados aos alunos antes das atividades realizadas na sala. Atividade 1: Noções de esterilização e preparo do material de trabalho. - Utilização de um fluxo laminar (Biosegurança) e estufa. - Manipulação dos utensílios (ponteiras, canisters, bomba de vácuo e plástico) e tratamento de resíduos. Atividade 2: Observação de culturas celulares ao microscópio de luz invertida - Reconhecimento do equipamento: Microscopia de luz invertida. - Observação das características celulares; cultura aderente cultura em suspensão Atividade 3: Dissociação celular (Tripsinização) - Método de dissociação celular por tripsina: a) Em uma garrafa T25, contendo uma cultura celular, aspirar todo o meio com a ajuda do aspirador acoplado a uma ponteira pasteur de vidro estéril. b) Em seguida adicionar cuidadosamente 1000µL de DPBS para lavar os resíduos celulares ou mesmo células mortas, aspirar o conteúdo novamente com auxílio da bomba a vácuo acoplado a pipeta pasteur. c) Colocar 500µL de tripsina na garrafa cuidadosamente. d) Incubar a 37º C por 5 minutos. e) Verificar ao microscópio a morfologia das células, quanto à dissociação do fundo da placa. f) Após tripsinização, inativar o efeito da tripsina com 4 mL de meio (DMEM) contendo 10% de SFB (soro fetal bovino). g) Colocar a suspensão de células em um tubo falcon de 15 mL. Atividade 4: Contagem das células - Contagem das células viáveis com Trypan Blue. a) Retirar cuidadosamente 10 µL da suspensão celular e colocar em um microtubo. b) Adicionar o mesmo volume de Trypan Blue, homogeneizar cuidadosamente. c) Aplicar nos campos de leitura da lâmina de contagem e proceder a contagem no contador automático. Atividade 5: Contagem das células - Semeadura (Plaqueamento) das células. a) Neste experimento iremos utilizar placas de fundo chato com 96 poços. Será necessário semear 5000 células em cada poço da placa como descrito no esquema abaixo. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 A B C D E F G H 5000 celulas em cada poço Cálculo para preencher os 32 poços selecionados b) Observar a morfologia e distribuição das células nos poços da placa em seguida incubá-las a 37º C em estufa suplementada com 5% de CO2. Atividade 6: Exposição das linhagens celulares à compostos/agentes citotóxicos e revelação por MTS. - Após 12 horas da semeadura das células, as mesmas devem ser expostas ao agente (candidato) citotóxico. a) As placas contendo os agentes serão repassadas aos alunos (preparadas anteriormente). b) Aspirar cuidadosamente o meio de cada poço com auxílio da bomba de vácuo acoplada a uma pasteur de vidro. c) Em seguida preparar o meio de cultura DMEM, juntamente com o MTS (10%). d) Aplicar 100 µL em todos os poços da placa de cultura com auxílio da pipeta. e) Incubar por no mínimo 45 minutos. f) Fazer a leitura no espectrofotômetro (VARIOSKAN) em comprimento de onda de 490 nM. Aula prática – Citogenética Preceptores: Maressa Ferreira e Maicon Zanon. Monitora: Simone Jacovaci e Julia Maria Saraiva Duarte Aula Teórica: Noções de Citogenética clássica e molecular no diagnóstico. Aula Prática: Noções básicas de prática, análise e interpretação de banda GTG e hibridização in situ fluorescente Protocolo de bandeamento GTG 1. As amostras devem ser encaminhadas em seringa (lavada com Heparina 0.1 ml). Transferir o conteúdo da seringa para um tubo cônico de 15 mL, homogeneizar cuidadosamente a amostra; 2. Identificar as garrafas com o RH do paciente, data, hora cultura semeada e tempo cultura; 3. Homogeneizar e levar as garrafas para serem mantidas em incubadora de CO² a 5%. As garrafas devem ser divididas em 2 tempos de cultivo: cultura de 48h e 72h. 4. Deve ser adicionada 55µL de Colcemid nas garrafas 2 horas antes de completar-se o tempo de cultivo (a cultura deve permanecer na incubadora por 1h50 até começar o processo de colheita); Retirada das Culturas: 5. Transferir o conteúdo das garrafas de cultura para tubos cônicos de 15 ml previamente identificados; 6. Centrifugar os tubos a 1500 rpm por 10 minutos; 7. Hipotonizar em KCL; 8. Centrifugar os tubos a 1500 rpm por 10 minutos, retirar o sobrenadante; 9. Fixar (fixador 3:1 / metanol:ácido acético). 10. Repetir a fixação mais duas vezes Apllied Spectral Imaging BAND View (Análise e interpretação) Hibridização in situ fluorescente Primeiro dia Desparafinizar os cortes histológicos em xilol; 3 banhos de 10 minutos cada, Temperatura Ambiente (TA) Desidratar em álcool absoluto; Deixar as lâminas em solução 0.2N HCL; Pré-tratamento em Citrato 10mM (pH 6.4)- (80° C) em banho-maria; Realizar a digestão enzimática com Pepsina (tempo variável em decorrência do subtipo do tecido). Lavar em água destilada, 1 banho de 10 minutos, TA Desidratação em álcool, 75%, 80%, 100% por 2 minutos cada Aplicação da sonda: incubação no Hibridizador para Denaturação e Hibridização (tempo e temperatura é variável dependendo da indicação do fornecedor da sonda Segundo dia Solução 1 – Etapa Pós-hibridação Lavar em solução 2 x SSC; Secagem das lâminas, TA Aplicar 8 DAPI, montar com lamínula Mini Curso 3 Clonagem e Epigenética Preceptores: Ana Carolina de Carvalho e Lidia Rebolho Arantes Nota: Para desenvolvimento da aula prática, os alunos deverão estar devidamente paramentados (uso obrigatório) de acordo com as normas de higiene e proteção individual. Os equipamentos, juntamente com toda a estrutura serão apresentados aos alunos antes atividades realizadas na sala. Atividade 1: Aula teórica - Metilação do DNA: Princípios e Aplicações Atividade 2: Aula Prática - ANÁLISE DO PERFIL DE METILAÇÃO DE DNA: a) Tratamento com Bissulfito de Sódio: O DNA extraído será submetido a um tratamento com bissulfito de sódio, o qual envolve a deaminação das bases citosinas não metiladas convertendoas em uracilas, enquanto as citosinas metiladas são protegidas do processo e mantêm-se conservadas. Mil nanogramas do DNA de cada uma das amostras serão submetidas ao tratamento com bissulfito de sódio, com o EpitTect Bisulfite Kit (Qiagen), segundo especificações do fabricante. b) Métodos de Análise: b. 1) MSP (Methylation Specific PCR): 2 reações de PCR por gene Primers para a situação metilada Primers para a situação não metilada Análise qualitativa 1) Montar a reação de PCR: Pré-Mix Água Buffer 10X MgCl2 (25 mM) dNTPs (10 mM) Primer Forward Primer Reverso Taq Comum Volume Final DNA tratado 1x 10x (µL) 16,05 120,5 2,5 25 1,5 15 0,5 5 1,6 16 1,6 16 0,25 2,5 24 1 2) Programar o termociclador: 94˚C 94˚C 61ºC 72ºC 72ºC 4ºC 5 min. 30 seg. 45 seg. x 35 45 seg. 7 min. ∞ 3) Após o fim da reação, analisar os produtos da PCR por eletroforese. b. 2) QMSP-PCR (Quantitative Methylation Specific PCR): 2 reações de PCR por amostra Primers para a situação metilada (gene) Primers gene referência (região sem CpG mas com C) Curva Standard: permite quantificação relativa 1) Montar a reação de PCR: REAGENTE Água Tampão Home-made dNTP 10 mM 10X Primer Forward 100 uM Primer Reverse 100 uM Rox Reference Dye Sonda 100 uM Taq Platinum TOTAL DNA tratado 1X 13,56 2,00 0,40 0,24 0,24 0,40 0,04 0,12 17,0 3,0 Gene (10) 135,6 20 4 2,4 2,4 4 0,4 1,2 Placa ACTB e Gene A B C D E F G H 1 P1 X 2 P2 X 3 P2 X 4 P3 Y 5 P3 Y 6 P4 Y 7 P4 Z 8 P5 Z 9 P5 Z 10 P6 W 11 P6 W P1 X P2 X P2 X P3 Y P3 Y P4 Y P4 Z P5 Z P5 Z P6 W P6 W 2) Colocar no equipamento. 3) Após o fim da reação, analisar o resultado com o software SDS 2.4 (Life Technologies). b. 3) Pirosequenciamento: 1 reação de PCR por amostra Primers para a situação não-metilada (região sem CpG mas com C) Análise por sequenciamento durante a síntese da fita complementar 1) Montar a reação de PCR: Mix Água Master Mix Qiagen Primer Forward Primer Reverse Volume Final DNA tratado 1x (µL) 10,5 12,5 0,5 0,5 24 1 10x (µL) 105 125 5 5 12 W W 2) Programar o termociclador: 95˚C 94˚C 55ºC 72ºC 72ºC 4ºC 14:30 30min. seg. 30 seg. x 40 30 seg. 10:00 min.∞min. 3) Após o fim da reação, analisar os produtos da PCR por eletroforese. 4) Reação de Pirosequenciamento: - Hibridização do produto; - Captura das “beads”; - Purificação do produto (lavagem em diferentes tampões); - Imersão das “beads” no primer de sequenciamento; - Anelamento do primer; - Corrida no equipamento; - Análise através do Software Pyromark Q96 (Qiagen). Atividade 3: Discussão dos Resultados - Os resultados dos experimentos serão avaliados e discutidos. Resumos O Papel de Neurotrofinas e seus Receptores em Linhagens Celulares de Sarcoma de Ewing Amanda Rocha O sarcoma de Ewing é um dos mais agressivos tipos de câncer pediátrico. Esse tipo de câncer é um tumor primitivo neuroectodérmico, grupo que inclui ainda outros tumores pediátricos como o meduloblastoma e o neuroblastoma. Apesar de avanços significativos desde o surgimento da quimioterapia, ainda há necessidade de aumento dos índices de cura, redução da toxicidade da quimioterapia e redução da resistência ao tratamento em pacientes com de sarcoma de Ewing. O desenvolvimento de novas terapias mais seletivas e eficazes exige uma melhor compreensão da biologia do sarcoma de Ewing e a identificação e caracterização dos mecanismos moleculares e celulares que regulam seu crescimento. Propomos uma estratégia envolvendo estudos em células cultivadas em laboratório, utilizando ferramentas de biologia molecular e celular, bioquímica, citopatologia e farmacologia, para caracterizar alterações biológicas, identificar novos alvos terapêuticos e descobrir e desenvolver potenciais terapias inovadoras para o tratamento de sarcoma de Ewing. no controle durante o período de exposição e em 0,10 mgL-1. Em 1,00 e 3,40 mgL-1 ocorreu 21,2% de mortalidade; em 11,40 mg L-1 foi de 15,1%; em 36,40 mg L-1 foi de 78,7; e em 118,00 mg L-1 foi de 100% dos organismos expostos. A CL 50;7d foi de 3,55 mg L-1 com limite superior de 4,55 mg L-1 e limite inferior de 2,40 mg L-1, sendo considerada a mistura como muito tóxica para este bioindicador. Para a A. caroliniana não ocorreu padrão de resposta de mortalidade, com variação entre 5 e 20% nas concentrações testadas, assim para este bioindicador a concentração letal 50% foi > 118,0 mg L-1, sendo a mistura de diuron + hexazinona considerada praticamente não tóxica. Assim, devido a resposta sensível a mistura dos herbicidas a L. minor deve ser empregada em seu biomonitoramento, enquanto que, a A. caroliniana não deve ser utilizada devido a sua tolerância ao herbicida. Palavras-chave: Ecotoxicologia, bioindicadores, diuron, hexazinona Key-words: Ecotoxicology, bio-indicators, diuron, hexazinone Filmes Nanoestruturados de Langmuir e LangmuirBlodgett Ana Laura Vieira Alves (LEEA/UNIFEB); Isabella Alves Brunetti (LEEA/UNIFEB); Lorena Regina da Silva Peres (LEEA/UNIFEB); Claudinei da Cruz (orientador) Laboratório de Ecotoxicologia e Eficácia de Agrotóxicos, LEEA, do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos, Curso de Ciências Biológicas. A. Sakai1, A.P.S. Mesquita2, E.V Castro3, C.C. Lopes2, A.H. Straus3, L. Caseli1 1Universidade Federal de São Paulo, Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas, Laboratório de Materiais Híbridos, Diadema, Brasil 2Universidade Federal de São Paulo, Departamento de Biologia Molecular, Laboratório Carl Peter von Dietrich, São Paulo, Brasil 3Universidade Federal de São Paulo, Departamento de Bioquímica, Laboratório de Imunoquímica de Glicoconjugados, São Paulo, Brasil e-mail: [email protected] A aplicação de agrotóxicos na agricultura pode ocorrer problemas ambientais devido a sua dinâmica ambiental. Dentre os herbicidas, os mais utilizados são o diuron e a hexazinona, que podem contaminar águas subterrâneas e organismos aquáticos. Diante do exposto, os objetivos deste estudo foi estimar a toxidade aguda (CL50;7d) da mistura de herbicida diuron+hexazinona para as macrófitas aquáticas Lemna minor e Azolla caroliniana, utilizadas como organismos bioindicadores. As plantas foram aclimatadas em sala de bioensaio com temperatura entre 25,0 e 27,0 ºC, iluminação de 1000 lux e fotoperíodo de 12 horas, por três dias. Após aclimatação, foram selecionadas quatro colônias com três frondes de L. minor e cinco plantas de A. caroliniana que foram transferidas para recipiente de vidro com capacidade máxima de 100 mL contendo 50 mL de meio de cultivo Hoagland’s, por mais 24 horas. Após esse período foi adicionado 50 mL de Hoagland’s contento as seguintes concentrações: 0,10; 1,00; 3,40; 11,40; 36,40; e 118,00 mg L-1 e um controle (sem adição do produto teste) e três réplicas cada. Após sete dias de exposição foi a avaliação de mortalidade. Para a L. minor não ocorreu mortalidade Filmes de Langmuir podem mimetizar biomembranas ao se espalhar fosfolipídeos, colesterol, proteínas, glicoproteínas e outras biomoléculas sobre a interface ar-água/tampão formando monocamadas automontáveis1–3. Estudos nesse tipo de sistema reportam a influência da composição lipídica da membrana plasmática sobre a conformação de receptores4, consequentemente influenciando as interações receptor-ligante e as vias de sinalização bioquímica, o que se relaciona com processos de desenvolvimento de resistência a drogas que atuam no membrana plasmática. Um exemplo desse tipo de droga é o trastuzumab5, que é um anticorpo monoclonal humanizado utilizado no tratamento adjuvante e neoadjuvante de casos de câncer de mama HER-positivo. O presente estudo avalia a composição lipídica da membrana celular de linhagens derivadas do endotélio de aorta de coelho (linhagem controle EC)6, transfectada com o oncogene EJ-ras (linhagem EJ-ras EC) ou selecionadas quanto ao comportamento resistente ao anoikis (linhagens Adh1EC e Adh2-EC). Experimentos de HPTLC (high performance thin layer chromatography) indicam fosfatidiletanolamina (PE) e fosfatidilcolina (PC) como Avaliação da Toxicidade Aguda da Associação de Herbicida Diuron e Hexazinona para Bioindicadores Neotropicais fosfolipídeos majoritários e fosfatidilserina (PS) e fosfatidilinositol (PI) como minoritários, apresentando pequena flutuação nas concentrações entre as linhagens. Extratos celulares foram utilizados para montar e caracterizar as monocamadas. Isotermas de pressão superficial versus área da cuba (π-A) indicam a formação de monocamadas estáveis. Espectroscopia na região do infravermelho de absorção-reflexão com modulação da polarização (PM-IRRAS) indicam a presença de polissacarídeos e proteínas (bandas em torno de 1740 cm-1, 1550 cm-1 e 1450 cm-1 respectivamente) na monocamada. Imagens de microscopia no ângulo de Brewster mostram a presença de microdomínios nas monocamadas. As caracterizações realizadas mostraram variações entre as linhagens tumorigênicas e a linhagem controle. O entendimento da composição lipídica de células tumorigênicas pode trazer novas abordagens de estudo sobre as interações receptorligante, influenciando diversos campos como a oncologia molecular. 1. Brockman, H. Lipid monolayers: why use half a membrane to characterize protein-membrane interactions? Curr. Opin. Struct. Biol. 9, 438–43 (1999). 2. Leblanc, R. M. Molecular recognition at Langmuir monolayers. Curr. Opin. Chem. Biol. 10, 529–36 (2006). 3. Chatterji, D. & Rajdev, P. Macromolecular recognition at the air–water interface: application of Langmuir–Blodgett technique. Curr. Sci. 95, 1226– 1236 (2008). 4. Herculano, R. D., Pavinatto, F. J., Caseli, L., D’Silva, C. & Oliveira, O. N. The lipid composition of a cell membrane modulates the interaction of an antiparasitic peptide at the air-water interface. Biochim. Biophys.Acta 1808, 1907–12 (2011). 5. Nahta, R., Yu, D., Hung, M.-C., Hortobagyi, G. N. & Esteva, F. J. Mechanisms of disease: understanding resistance to HER2-targeted therapy in human breast cancer. Nat. Clin. Pract. Oncol. 3, 269–280 (2006). 6. Carneiro, B. R. et al. Acquisition of Anoikis Resistance Up-Regulates Syndecan-4 Expression in Endothelial Cells. PLoS One 9, e116001 (2014). Avaliação dos Efeitos Mutagênicos e/ou Antimutagênicos dos Extratos Alcoólico do Suco de Sisal (EAS) e da Hidrólise Ácida do Sisal (EHA) pelo Ensaio Cometa SORROCHE, B.P; SOUZA, E.B. Testes de genética toxicológica são essenciais para garantir a segurança de medicamentos candidatos a entrarem no mercado mundial, permitindo a identificação de compostos que possam conferir riscos mutagênicos ou com potencial carcinogênico. O Ensaio Cometa (EC), recomendado pela ANVISA, é um bom preconizador para a avaliação toxicológica, pois é capaz de localizar danos recentes no DNA que ainda estão sujeitos a reparo, diferentemente do teste do micronúcleo que localiza danos no DNA já consolidados. Diversas propriedades terapêuticas têm sido referidas à Agave sisalana, tais como atividades antibacteriana, antifúngica, anti-inflamatória, antioxidante e inseticida, devido à presença de compostos orgânicos em seu suco, entre eles ácido oxálico, cortisona e saponinas esteroidais. O objetivo do presente estudo foi avaliar possíveis efeitos genotóxicos de extratos aquosos do sisal (Agave sisalana), mediante o Ensaio Cometa. Os extratos foram obtidos a partir da mucilagem resultante do desfibramento de folhas de sisal. O Ensaio Cometa foi realizado em sangue periférico de indivíduos distribuídos em grupos controles (positivo e negativo) e experimentais. O grupo controle positivo foi testado com Ciclofosfamida e o controle negativo sem adição de substância teste. Os grupos experimentais foram testados com os Extratos da Hidrólise Ácida do sisal (EHA) e o Alcoólico do Suco do sisal (EAS). As lâminas foram analisadas com contagem de 100 nucleoides por indivíduo por tratamento e estes classificados segundo o score de 0 a 4, de acordo com o dano no DNA. Os dados foram analisados estatisticamente pelo software BioEstat 5.0, através de análise de variância não paramétrica (teste de Kruskal-Wallis) seguido do teste post hoc de Dunn, com um nível de significância de 5%. Os resultados evidenciaram que nas concentrações e condições testadas, os extratos da hidrólise ácida e alcoólico de Agave sisalana não apresentaram efeito mutagênico e/ou genotóxico. Palavras-Chave: Sisal, Mutagênica, Antimutagênico, Agave sisalana Indisulam (E7070) Reduz a Proliferação Celular e Capacidade Clonogênica de Linhagens de Glioblastoma Pediátrico Caio Cesar Damasceno Monção¹, Augusto Faria Andrade², Pamela Viani de Andrade, Paola Fernanda Fedatto¹, Silvia Aparecida Teixeira¹, Carlos Alberto Scrideli¹. 1- Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP), SP, Brasil; 2- Departamento de Genética, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP), SP, Brasil. Introdução: Glioblastoma (GBM) é o tumor mais agressivo do Sistema Nervoso Central e seu prognóstico é um dos piores entre todos os tipos de câncer, apresentando uma implacável progressão maligna, como difusão e invasão através do cérebro, recorrência e resistência aos tradicionais tratamentos como a radio- e quimioterapia. Isso ocorre devido à alterações genéticas complexas que resultam em alta instabilidade genômica e heterogeneidade celular. Tendo isso em vista, novos alvos terapêuticos têm sido estudados a fim de auxiliar no tratamento dessa neoplasia. Células de GBM hiperexpressam as enzimas anidrases carbônicas 9 e 12 (ACs) ligadas à membrana, uma família de enzimas que regulam diversos processos fisiológicos e patológicos. Estas enzimas têm sido associadas à regulação da acidez do microambiente tumoral e à migração de células tumorais, favorecendo a aquisição do fenótipo metastático e a quimioresistência. Esses processos mostram-se ser revertidos por inibidores específicos de ACs. O Indisulam (E7070), uma sulfonamida impermeável à membrana, é uma nova droga em estudo para o tratamento de câncer, com potente inibição seletiva das ACs 9 e 12, promovendo a redução da proliferação e invasão de células cancerosas, podendo ser um agente de grande potencial terapêutico. Objetivo: Avaliar os efeitos da inibição das ACs 9 e 12 pelo Indisulam em linhagens de GBM pediátrico. Métodos: As linhagens celulares KNS42 e SF188 foram cultivadas em condições de normóxia (5% Co2), e tratadas com diferentes concentrações de Indisulam (8, 16, 32, 64, 128, 256 e 512μM). Após a incubação, foi realizado os ensaios de proliferação celular com a Resazurina após 24, 48 e 72 horas de tratamento e o ensaio de capacidade clonogênica, após 48 horas. Resultados: O tratamento com Indisulam reduziu a proliferação celular de maneira dose-dependente. A droga também reduziu a capacidade clonogênica das células, de maneira tempo e dose-dependentes. Conclusão: Os resultados apontam para um efeito antitumoral causado pela inibição das ACs 9 e 12, mostrando que o Indisulam pode ser um potencial agente terapêutico no tratamento de GBM pediátrico. Agência Financiadora: FAPESP (Processo 2014/10908-2). Avaliação do Sangue Periférico e Análise das Enzimas de Detoxificação Superóxido Dismutase (SOD) e Catalase (Cat) E Marcadores Do Metabolismo em Phrynops Geoffroanus (Schweigger, 1812) (Testudines: Chelidae). Camila Zucchini de Souza1; Rodrigo Yamakami Camilo2; Claudia Regina Bonini Domingos3. 1: Aluna do curso de Ciências Biólogicas – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Barretos. 2: Professor Doutor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Barretos. 3: Universidade Estadual Paulista - Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Departamento de Biologia, Centro de Estudos de Quelônios (CEQ) São José do Rio Preto. A poluição é hoje um problema que afeta todos os ambientes, inclusive o de água doce e, consequentemente, os organismos que nele vivem. Os quelônios são considerados importantes bioindicadores de contaminação ambiental, principalmente por apresentarem uma grande distribuição geográfica. A espécie Phrynops geoffroanus é conhecida pela facilidade de sobrevivência em águas poluídas, mesmo sendo considerado ambiente inóspito para os demais organismos. Esta espécie também é considerada hipóxia tolerante, pois compõe um grupo de répteis tolerantes à ambientes anóxico. Vale salientar que são animais aeróbicos que dependem do oxigênio para suas funções normais, porém, possuem diversos mecanismos bioquímicos e fisiológicos que permitem sua sobrevivência em situações de baixa pressão de oxigênio. Desta forma, a avaliação de intermediários metabólicos e da atividade enzimática antioxidante de espécimes de ambiente contaminado indicam que a proteção ao dano oxidativo pode contribuir para a adaptação desta espécie à poluição. Sendo assim, este estudo busca avaliar a resposta catalítica de sistemas antioxidantes em P. geoffroanus expostos a poluentes químicos e orgânicos em condição de normóxia, hipóxia e reperfusão, com a finalidade de averiguar se os mecanismos de proteção aos danos oxidativos gerados pela hipóxia são responsáveis pela capacidade de suporte destes animais à contaminação ambiental e as alterações de alguns marcadores do metabolismo intermediário. Avaliação in vitro da Atividade Citotóxica da Apitoxina Extraída da Apis Mellifera Kristiana Cerqueira Mousinho, Elísia Marina Melo de Araújo, Aldenir Feitosa dos Santos Introdução: A apitoxina (do latim apis, abelha, e toxikon, veneno), também conhecido como o veneno de abelha. É recomendada para uso em casos de artrite, reumatismo, hipertensão. As células malignas desafiam a terapêutica que auxiliam na erradicação do tumor, portanto, faz-se necessário estudo com moléculas ativas que possam ampliar as possibilidades de desenvolver novos agentes mais específicos para o tratamento do câncer. A ativação da apoptose pode ser iniciada de duas diferentes maneiras: pela via extrínseca (citoplasmática) ou pela via intrínseca (mitocondrial). Este trabalho visou avaliar a atividade citotóxica in vitro da apitoxina extraída da Apis Mellifera, em células tumorais humanas. Material e Métodos: A apitoxina foi coletada no apiário localizado em Piaçabuçu-AL. O teste de citotoxicidade foi realizada em três diferentes linhagens de células tumorais, glioblastoma (SF-295), mama (OVCAR-8) e colón (HCT-116), através do método de estudo do MTT (sal de tetrazolium). As células foram plaqueadas e incubadas com 50μg/mL apitoxina teste e padrão (proveniente de Taiwan) em estufa à 37°C à 5% CO2. 3 horas antes da incubação por 72 horas foi acrescido o sal de MTT, posteriormente feito a leitura em espectrofotômetro a 595nm. Os experimentos foram analisados segundo a média ± desvio padrão da média (DPM). Resultados e discussão: A amostra padrão apresentou potente ação citotóxica nas linhagens testadas, enquanto que a amostra teste apresentou potencial citotóxico significativo apenas para a linhagem de cólon HCT116, com 89,43% ± 12,96, enquanto que nas células SF-295 houve diminuição da proliferação celular em 44,10% ± 16,13 e a OVCAR-8, com 57,02% ± 7,31. A amostra padrão inibiu 100% das células testadas. Heraldo em 1979, chegou a conclusão de que estatísticamente o número de pacientes com câncer entre apicultores era menor do que em não apicultores, levantando uma suspeita de que o veneno da abelha pudesse exercer algum efeito citostático no organismo. Conclusão: Diante dos resultados apresentados pode-se observar que a apitoxina figura como um agente promissor para a terapia do câncer. Referências: 1. Castro L, Granato AEC, Siqueira I, Wachesk CC, Soares CP, Silva NS. Análise de citotoxicidade do veneno da abelha Apis Mellifera em cultura de células L929. Instituto de Pesquisa IP&D UNIVAP. São José dos Campos - SP. [acesso 05 de dez 2012] Disponível em: http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2009/anais/arqui vos/RE_0541_1373_01.pdf 2. Callegari AL, Farias L, Laars E, Trindade JLF. Apitoxina e suas indicações de uso. UTFPR. Ponta Grossa. 3. Mosmann T. Rapid colorimetric assay for cellular growth and survival: application to proliferation and cytotoxicity assays. In: Journal of immunological methods, 1983 v.16, p.55–63. 4. Breyer EU. O Veneno das Abelhas. In: Livro Abelhas e Saúde, Paraná: Uniporto 1983. p.37-42. Genotipagem de Grupos Sanguíneos na Confirmação de Casos Inconclusivos de Fenotipagem Eritrocitária de Pacientes Atendidos no Hemocentro da Unicamp Vitorino, Francisca Nathália de Luna1; Risso, Mariane Aparecida1; Bueno, Rosemeire1; Castilho, Lilian Maria3. 1Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, CEUNSP, Itu, SP. 2Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, Campinas, SP. [email protected] A fenotipagem eritrocitária realizada pela técnica de hemaglutinação tem sido utilizada como ferramenta útil na seleção de sangue para as transfusões sanguíneas, porém apresenta limitações quando aplicada em casos complexos, como nos pacientes politransfundidos. Estes pacientes possuem alguma patologia que afeta principalmente as linhagens sanguíneas, necessitando de transfusões frequentes ao longo da vida, e com isso a realização de novas fenotipagens. A genotipagem vem ocupando um lugar de grande importância em conjunto com a hemaglutinação devido a sua eficácia em analisar diretamente o gene em questão, demonstrando o código genético do indivíduo. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os resultados obtidos da genotipagem de um total de 20 pacientes atendidos no Hemocentro da UNICAMP, que apresentaram resultados inconclusivos na fenotipagem, sendo a pesquisa aprovada pelo comitê de ética sob o número de parecer 68683. Os resultados indicaram que seis (30%) destes pacientes possuíam aloanticorpos, onde a maioria era contra o sistema Rh (anti-e/anti-C/anti-V), demonstrando que a genotipagem é útil principalmente na identificação de mutações, onde permitiu encontrar e confirmar fenótipos nulos (GATA) e parciais (e parcial). Identificou ainda variantes Rh do gene RHCE (V/Vs/hrB), além de variantes do sistema de grupo sanguíneo Duffy (Fyx). O acompanhamento do processo transfusional desses pacientes, junto ao setor de compatibilidade do Hospital das Clínicas da UNICAMP, permitiu identificar o melhor fenótipo a ser transfundido, assim como as correções de fenótipos compatíveis, realizadas posteriores à genotipagem. Desta forma, este estudo demonstrou que a genotipagem é de grande importância na escolha da bolsa a ser transfundida, na redução das aloimunizações e ampliação da disponibilidade de sangue a ser transfundido, além de evitar novas aloimunizações em pacientes que já possuem aloanticorpos. As discrepâncias encontradas entre a fenotipagem e a genotipagem pode propiciar um aumento nos doadores disponíveis para o paciente, assim como a identificação de fenótipos mais raros e mais fáceis de levar a aloimunização. Polimorfismo Brasileiro MMP-9-1562 C/T no Nordeste J.O. Mágulas1, I.E.G. Pereira1, I.A. Miranda1, G.F.L. Pereira1, F.K.N. Yoshioka1, G.R. Pinto1, R. Canalle1, F.J.N. Motta1 1Laboratório de Genética e Biologia Molecular, Programa de Pós-graduação em Biotecnologia, Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, PI, Brasil O Câncer de Próstata (CaP) é uma das neoplasias mais comuns que acometem homens no mundo inteiro. Estima-se que em 2014, cerca de 233.000 novos casos tenham sido diagnosticados, juntamente com 29.480 mortes associadas à doença nos Estados Unidos (Siegel et.al., 2012). O CaP apresenta etiologia heterogênea oriunda da associação entre fatores ambientais e genéticos, sendo a contribuição destes, responsável por 42% dos casos (Lichtenstein et al., 2000). Enzimas proteolíticas que degradam matriz extracelular, as metaloproteinases de matriz (MMPs) (Sternlicht; Werb 2001), têm importante papel fisiológico na remodelagem de tecidos (Page-Mc Caw; Ewald; Werv, 2007) e durante processos inflamatórios (Parks; Wilson;López-Boado, 2004), porém a expressão e atuação aumentas das MMPs são notórias em muitos processos patológicos, incluindo o câncer (Wood et al, 1997; Matsumara et. al., 2005; Morgia et al., 2005). As MMPs são fundamentais à invasão tumoral e metástase (Demers et al., 2005). A atividade elevada de MMPs tipo 9 (MMP-9) promove a progressão do CaP não apenas por meio da metástase acentuada, portanto, a investigação do gene codificante é de suma importância. O SNP MMP9-1562C/T está relacionado à alterações na transcrição dessas enzimas. Este estudo casocontrole teve como objetivo analisar a prevalência do polimorfismo MMP-9-1562C/T em população miscigenada do Nordeste Brasileiro e avaliar a associação deste com parâmetros citopatológicos da doença. Compuseram este estudo 100 pacientes com CaP e 100 pacientes-controle do estado do Piauí. Amostras de tecido de carcinoma prostático e de sangue periférico foram utilizadas para extração de DNA dos pacientes e controles, respectivamente. O polimorfismo foi analisado em gel de poliacrilamida (8%) com coloração por nitrato de prata após técnica de PCR-RFLP. Os resultados apontaram população em equilíbrio de Hardy-Weinberg para o loci estudado. Observaram-se maoires frequências do genótipo CC (84%) e do alelo (92%) entre os controles, e maior prevalência de CT+TT (20%) e do alelo T (11%) entre os casos, no entanto, sem significância estatística. Não houve evidências de associações da variante polimórfica com CaP e parâmetros citopatológicos da doença. Os resultados reforçam a necessidade de estudos adicionais que incluam outras variantes polimórficas funcionais em MMP-9 para entender o papel destas alterações genéticas no CaP e suas prováveis contribuições para a cliníca e terapêutica. Referências Demers, M.; Couillard, J.; Belanger,S; St-Pierre,Y. (2005). New Roles for Matrix Metalloproteinases in Metastasis. Critical ReviewsTM in Immunology. 25:493-523 Lichtenstein, P.; Holm, N.V.; Verkasalo,P.K.; Iliadou, A. et al. (2000). Environmental and heritable factors in the causation of cancer. N Engl J Med. 343:78-85 Matsumura, S.; Oue, N.; Nakayama, H; Kitadai, Y. et al. (2005). A single nucleotide polymorphismin the MMP-9 promoter affects tumor progression and invasive phenotype of gastric cancer. J Cancer Res Clin Oncol. 131: 19-025. Morgia, G.; Falsaperla, M.; Malaponte, G.; Madonia, M. et al. (2005). Matrix metalloproteinases as diagnostic (MMP-13) and prognostic (MMP-2, MMP-9) markers of prostate cancer. Urol Res. 33:44-50 Page-McCaw, A.; Ewald, A.J.; Werb, Z. (2007). Matrix metalloproteinases and the regulation of tissue remodeling. Nature Reviews Molecular Cell Biology. 8: 221-223 Parks, W.C.; Wilson, C.L.; López-Boado, Y.S. (2004). Matrix metalloproteinases as modulators of inflammation and innate immunity. Nature Reviews/Immunology. 4: 617-629 Siegel, R.; DeSantis, C; Virgo, K.; Stein, K. Et al. (2012). Cancer Treatment and Survivorship Statistics. CA Cancer J Clin. 62: 220-241 Sternlicht, M.D.; Werb, Z. (2001). How matrixmetalloproteinases regulate cell behavior. Annu. Rev. Cell Dev. Biol. 17:463-516 Wood, M.; Fudge. K.; Mohler, J.L; Frost, A.R. et al. (1997). In situ hybridization studies of metalloproteinases 2 and 9 and TIMP-1 and TIMP-2 expression in human prostate cancer. Clin. Exp. Metastasis. 15: 246-258 tratamentos disponíveis, a sobrevida de pacientes portadores de glioblastoma continua sendo muito baixa. Assim, se faz necessário a identificação de novas drogas. A 7-epiclusianona é uma benzofenona tetraprenilada isolada do extrato hexânico do epicarpo da espécie Garcinia brasiliensis. Esse composto apresenta um largo espectro de atividade biológica incluindo propriedades anti-inflamatória, antisséptica, antiparasitária e antimicrobiana, entretanto, pouco se sabe sobre seu potencial efeito antineoplásico. O presente estudo visou avaliar a atividade antiproliferativa da 7-epi em linhagens de glioblastoma. Dessa forma, as linhagens celulares U251 e U138 foram cultivadas em meio DMEM suplementado com 10% de soro bovino fetal e tratadas com diferentes concentrações do composto (10 μM, 20 μM, 30 μM e 40 μM) para realização dos diferentes ensaios: ensaio de viabilidade celular, capacidade de formação de colônias e de morte celular. O tratamento in vitro reduziu significativamente a viabilidade celular das duas linhagens celulares de glioblastoma testadas em relação às controles, na forma dose dependente (IC50 após 48 horas, 23 ± 0,32 μM para U251 e 18,52 ± 0,50 μM para U138), mais significativamente foi a redução da capacidade de formação de colônias, que demonstraram efeitos a longo prazo mesmo após a remoção do fármaco. Somado a isso, o tratamento com a 7-epiclusianona também aumentou as taxas de morte celular de 18,8% para U251 e 21,8% para U138 a dinâmica do ciclo celular, compatível com a diminuição das células em divisão. Em conclusão, a 7-epi-clusianona possui importante atividade antiproliferativa in vitro contra células cancerígenas derivadas de glioblastoma. Portanto, os resultados sugerem um efeito potencial da 7-epiclusianona contra o glioblastoma, merecendo novas investigações sobre o mecanismo de ação do composto estudado e sua efetividade como agente quimioterápico. O presente trabalho foi realizado com apoio dos órgãos de fomento e pesquisa: FAPEMIG, Fapesp, CAPES e CNPq, 7-EPI-CLUSIANONA, a Benzofenona Derivada Da Garcinia Brasiliensis, Apresenta Efeito PróApotótico Em Células De Glioblastoma Avaliação do perfil de expressão do miR-10b* em osteosarcoma e sua participação na regulação de genes associados a progressão do ciclo celular, PLK1 e BUB1 (" Mir-10b* expression profile rating in osteosarcoma and their participation in the regulation of genes associated with cell cycle progression, PLK1 and BUB1”) Leilane Salesa, Graziella Ribeiro de Sousaa*, Julia Alejandra Pezukb, Maria Sol Brassescob, Carlos Alberto Scridelib, Luiz Gonzaga Toneb, Marcelo Henrique dos SantosC, Marisa Iontaa, Jaqueline Carvalho de Oliveira. *[email protected] a Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG b Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP c Instituto de Química,Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG Palavras-chave: 7-epi-clusianona, glioblastoma, proliferação, apoptose O Glioblastoma é um dos tumores mais agressivos do sistema nervoso central e está entre as neoplasias de pior prognóstico. Mesmo com os avanços dos Guilherme Vargas Ribeiro Ferrari de Oliveira, Profa Dra María Sol Brassesco Annichini Ribeirão Preto O osteosarcoma (OS) É a neoplasia óssea pediátrica maligna mais comum, sendo encontrado principalmente na metáfise dos ossos longos. As opções de tratamento atuais incluem a cirurgia, quimioterapia adjuvante e neoadjuvante, e a radioterapia. A maioria, se não todos os OS, apresentam aberrações cromossômicas numéricas e estruturais, resultando em cariótipos complexos e desbalanceados. Sendo consenso geral que a progressão do tumor ocorre de acordo com um esquema de acumulo gradual de anomalias genéticas e que a instabilidade genômica é maior em formas mais agressivas, em OS pode ser responsável pela extensiva aneuploidia encontrada no tumor, podendo estar relacionada com proteínas reguladoras do ciclo celular ou componentes do SAC (Checkpoint do fuso mitótico) . Diversos miRNA são apontados como reguladores de vias do ciclo celular e que controlam a mitose. Dentre estes recentemente foi descrito o miR10b*, encontrado hipoexpresso no câncer de mama e atuando sobre proteínas como a PLK1, que faz parte de um grupo de proteínas que que cooperam com as CDKs (quinases dependentes de ciclina) no controle da evolução do ciclo celular, e a BUB1, que medeia a atuação do SAC (checkpoint do fuso mitótico) , e é essencial para que diversas proteínas tenham um recrutamento eficiente aos cinetócoros ligados, incluindo BUBR1, Cenp-E, e SGO1. Estudos demonstraram a hiperexpressão de PLK1 e BUB1 em diversos tumores, incluindo OS. De forma que o presente projeto pretende analisar o perfil de expressão do miR10b* em amostras de pacientes acometidos com esse tumor, explanar sua participação na regulação epigenética de PLK1 e BUB1 visando um papel nos processos que que levam a instabilidade citogenética desta neoplasia. Osteosarcoma (OS) is the most common malignant bone tumor and is mainly found in the metaphysis of long bones. Current treatment options include surgery, adjuvant and neoadjuvant chemotherapy and radiotherapy. Most, if not all OS, present numerical and structural chromosome aberrations, resulting in complex and unbalanced karyotypes. As a general consensus tumor progression occurs according to a gradual accumulation scheme of genetic abnormalities and that genomic instability is greater in more aggressive forms, in OS, that instability may be responsible for the extensive aneuploidy found in this tumor, possibly due to deregulated SAC proteins or cell cycle components. Data shows that several miRNAs act as regulators of the cell cycle pathways that control mitosis. Among these, miR10b *was recently described as hypoexpressed in breast cancer and acting on proteins such as PLK1, which is part of a group of proteins that cooperate with Cdk’s (cyclin dependent kinases) to control cell cycle progression, and BUB1, which mediates the efficient recruitment of proteins to the kinetochores, including BubR1, CENPE, and SGO1. Several studies have shown overexpression of PLK1 and BUB1 as tumorigenic in cancer. So this project aims to analyze the miR10b * expression profiles in osteosarcoma samples and its participation regulating PLK1 and BUB1 searching for a role in processes that lead to cytogenetic instability in this neoplasm. Avaliação do Sistema Serotoninergico Sobre as Respostas Cardiovasculares e Euroendócrinas do Núcleo Paraventricular do Hipotalámo em Condições Basais e Induzidas pela Expansão Isotônica do Volume Extracelular SEMIONATTO, I. F.; ALVES, A. C.; CAPITTELI, C. S.; CHRIGUER, R. S. Disciplina de Fisiologia do Departamento de Bioquímica, Fisiologia/ICBN/UFTM. Farmacologia e Introdução: Expansão de volume extracelular (EVEC) promove alterações da atividade parassimpática e simpática para o coração e vasos sanguíneos e neuroendócrinos, quais podem ser moduladas por vias serotoninérgicas. Metodologia: Foram realizados registros da pressão arterial e frequência cardíaca (FC) em ratos Wistar machos antes e após receberem microinjeções bilaterais no núcleo paraventricular do hipotálamo (NPV) de salina ou agonista serotoninérgico (DOI) seguida de EVEC. Resultados: Não foram observadas diferenças significantes no grupo controle entre os valores de pressão arterial média (PAM), FC e relação simpático-vagal (LF/HF) obtidos no período basal, após microinjeção com salina e esta seguida de EVEC isotônica. Por outro lado, quando os animais são tratados com DOI ocorre aumento, significativo, em relação ao grupo controle, PAM basal (105,65±1,00 vs 100,83±2,82) e na PAM induzida por EVEC (114,41±3,51 vs 101,34 ± 1,99) como também, na FC basal (399,40±11,22 vs 354,14±10,44) e induzida por EVEC (421,02±19,38 vs 356,35±6,51). Discussão: O estudo mostrou que a indução de EVEC isotônica não promoveu alterações nas variáveis PAM, FC e LF/HF. Porém, os animais que receberam microinjeção de DOI seguida de EVEC, apresentaram aumento significativo das variáveis, sugerindo que a serotonina exerça uma neuromodulação em nível do NPV e esta promova uma inibição na resposta barorreflexa frente à EVEC, mostrando o envolvimento serotoninérgico na neuromodulação em nível do NPV na resposta reflexa vagal em ratos normotensos. Expressão do Cd10 e Tra-1-60 no Carcinoma Espinocelular de Boca: Uma Correlação Clínicopatológica Jade Silva Kozlowski de Oliveira, Eneida Franco Vencio Dentre os diversos tipos de câncer, o bucal representa de 3 a 5% do total de neoplasias malignas, sendo que o Carcinoma Espinocelular representa 95% destas lesões e apresenta elevada taxa de morbimortalidade. Tem sido descrita a expressão de marcadores tumorais que auxiliam no prognóstico em vários tipos de câncer. Este estudo tem como objetivo avaliar a expressão do CD10 e TRA-1-60, especificamente, como indicadores de invasão e metástase, fazendo uma correlação com os aspectos clínicos e histopatológicos dessas lesões. Será realizada uma análise imunohistoquímica e biomolecular por meio de PCR em 93 amostras de carcinoma espinocelular de boca. O resultado esperado é a identificação de expressão destes marcadores em relação às particularidades clínicopatológicas, a fim de colaborar no diagnóstico dessa neoplasia e trazer benefícios no prognóstico dos pacientes e consequente redução da morbimortalidade. Avaliação do Potencial Genotóxico e Cancerígeno do Uso de Membranas Regeneradoras de Tecido Através do Teste de Micronúcleo em Sangue Periférico de Camundongos. Souza, Jonas P.1(IC); Cunha, Anderson F.1(O); Malavazi, I1(CO). [email protected] 1Departamento de Genética e Evolução, Universidade Federal de São Carlos. Jennifer Thalita Targino dos Santos Biomateriais são materiais artificiais desenvolvidos para uso em áreas de saúde com desígnio de suprir a matéria viva cuja função foi perdida. Inclui qualquer substância sintética ou natural que pode ser empregada como tratamento para substitutivo total ou parcial de qualquer tecido, órgão ou organismo. Dentre as características primordiais desses materiais estão a biocompatibilidade com o tecido, atoxidade, pouco peso e baixo custo. Os mais requisitados no mercado atual são os polímeros e os cerâmicos, pois, podem tanto substituir o tecido vivo sem função como também impulsionar o crescimento de um novo tecido. As membranas regeneradoras de tecidos, um biomaterial, são transparentes e extremamente finas, altamente flexíveis, não adesivas, que se adaptam facilmente ao ferimento, considerado como substituto da pele humana, Entretanto, seu uso não deve ser feito de forma não controlada, pois se deve levar em conta o fato comum da presença de compostos de ação citotóxica ou genotóxica entre os constituintes da membrana e faz-se necessário o conhecimento de tais potenciais para uma utilização racional do uso deste biomaterial. O teste de micronúcleo é amplamente utilizado com a finalidade de testar o potencial genotóxico de substâncias, sendo tecnicamente simples, pode ser conduzido em menor tempo e possui um resultado menos subjetivo. Neste trabalho, foi empregada a avaliação da genotoxicidade da membrana regeneradora de tecido, quantificando seu potencial cancerígeno. Para o desenvolvimento do teste de micronúcleo foram utilizados 10 camundongos da espécie Mus musculus (Swiss albino) com aproximadamente 25g de peso corpóreo, Divididos cinco animais para cada grupo de tratamento. Sendo um grupo controle negativo e um grupo com a amostra da membrana reticulada. Todos os animais foram submetidos à administração via intramuscular do anestésico Quetamina associada ao relaxante muscular Dopaser (0,1mL). Em seguida, realizado a tosa no dorso do animal, e uma incisão de aproximadamente 0,5cm para a aplicação da membrana. Após a colocação do biomaterial a incisão foi suturada. Para o controle negativo, o processo foi o mesmo, porém sem o emprego da membrana no procedimento. Para análise citológica, foram feitas coletas de 30, 48 horas e 30 dias, após os animais serem submetidos ao tratamento. As lâminas foram preparadas com o esfregaço de uma gota do sangue coletado em seringa heparinizada, através de punção na veia caudal. Fixadas com metanol e coradas com Gimsa. Os resultados mostram que a amostra não foi capaz de induzir danos estatisticamente significativos ao DNA. Análise da Dinâmica de Sucessão de Linhagens de Leveduras em Dornas de Fermentação Durante a Safra de Produção de Etanol A Produção de etanol no Brasil nas usinas de álcool ocorre através da fermentação do caldo de cana ou melaço (sub produto da produção de açúcar), realizado pela via fermentativa da levedura Saccharomyces cerevisiae que deve ocorrer entre 30 e 35°C. Para manter esta temperatura é necessário a instalação de sistemas de resfriamento que tem um custo bastante elevado. Por esse motivo, seria interessante se a fermentação ocorresse a altas temperaturas, porque assim, haveria uma redução no custo da produção do etanol, pela não utilização dos resfriadores e diminuição da competição por linhagens de leveduras e bactérias invasoras que não se desenvolveriam nessas temperaturas. À vista disso, linhagens selvagens mais robustas poderiam ser selecionadas e melhoradas de modo a produzir o máximo de etanol em temperaturas e concentrações de etanol elevadas, e serem utilizadas como cepas de partida no processo de fermentação. Com isso, este projeto tem por objetivo principal isolar e identificar por análises moleculares, a dinâmica de sucessão de linhagens da levedura S. cerevisiae nas dornas durante o processo de produção industrial de álcool e, assim, avaliar o potencial de resistirem a estresses de temperatura e álcool para maximizar a produção de etanol visando uma maior produtividade. Durante a safra de 2014, foram retiradas amostras do processo fermentativo da Usina São Luis em Ourinhos-SP, para identificar a dinâmica de sucessão nestas dornas. Para isto, a mistura de leveduras coletada foi inoculada em meio de cultura sólido WLN (Wallerstein Laboratory Nutrient) e YEPD (Extrato de levedura 1%, Peptona 2% e Dextrose 2%), sendo as colônias diferenciadas por morfologia após o crescimento. Além disto, 15 colônias foram coletadas aleatoriamente para as análises de genotipagem que diferencia linhagens selvagens das industriais atualmente utilizadas. Para isso, o DNA destas colônias foi extraído, e genotipado utilizando um kit de genotipagem desenvolvido para este propósito. Os resultados foram comparados com os perfis genéticos das linhagens industriais e as que apresentam um padrão distinto foram consideradas linhagens selvagens (ou derivadas). Até o momento isolamos 13 linhagens consideradas como selvagens e em uma primeira análise observamos que duas linhagens muito prevalentes, provavelmente derivaram da industrial CAT-1 (previamente inoculada no início da safra) e que estas deram origem a uma outra que se mostrou prevalente na coleta posterior. Nossos dados iniciais sugerem que a dinâmica nas dornas pode ocorrer tanto por inserção de novas linhagens quanto pela derivação por recombinação homóloga, processo muito comum em S. cerevisiae, durante o processo fermentativo. Estas linhagens estão sendo testadas quanto a termotolerância e etanol resistência para aplicação em processo industrial visando reduzir custos e aumentar a produção. Influência da Dislipidemia no Surgimento Agravamento de Cardiopatias na População. e Lais Machado De Jesus Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dos 50 milhões de óbitos registrados nas últimas décadas, as doenças cardiovasculares foram responsáveis por 30% das causas. Através desses valores verifica-se que há grande necessidade da identificação de etiologia, sintomas, fatores de risco, prevenção e tratamento das cardiopatias, e também a influência da dislipidemia para o aparecimento ou agravamento destas patologias. (SIMÃO, 2013.) As cardiopatias, assim como as demais enfermidades, são determinadas pela multicausalidade; a genética e o estilo de vida são fatores considerados para a incidência destas doenças. (SOCESP) Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a dislipidemia é definida como distúrbio que altera os níveis séricos dos lipídeos (gorduras); as alterações do perfil lipídico podem incluir colesterol total alto, triglicerídeos (TG) altos, colesterol de lipoproteína de alta densidade baixo (HDL-c) e níveis elevados de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-c). Em consequência, a dislipidemia é considerada como um dos principais determinantes da ocorrência de doenças cardiovasculares (DCV) e cerebrovasculares, dentre elas aterosclerose (espessamento e perda da elasticidade das paredes das artérias), infarto agudo do miocárdio, doença isquêmica do coração (diminuição da irrigação sanguínea no coração) e AVC (derrame). De acordo com o tipo de alteração dos níveis séricos de lipídeos, a dislipidemia é classificada como: hipercolesterolêmica isolada, hipertrigliceridemia isolada, hiperlipidêmica mista e HDL-C baixo. (BRASIL, 2011) Tendo em vista a importância do conhecimento sobre a doença e por ser fator influenciador nas cardiopatias, foi realizada pesquisa bibliográfica em livros, sites e artigos acadêmicos com o propósito de levantar produções científicas que apresentem a dislipidemia como fator de risco significativo para as cardiopatias, a influência de alguns alimentos para o aumento dos níveis de lipídios no sangue, os alimentos funcionais e a terapia nutricional a favor da diminuição desses níveis elevados. Também foi realizada uma pesquisa epidemiológica em hospitais da cidade de BarretosSP, com o objetivo de observar a relação de indivíduos que possuem doenças cardiovasculares e que apresentem taxa elevada de gordura no sangue. Efeito da suplementação de ácido α-lipóico sobre parâmetros do estresse oxidativo dos tecidos musculares esquelético e cardíaco pós exercício exaustivo em camundongos treinados. WOLF, L.S.¹; MORAES, S.M.²;PORTARI, G.V.³ R.C.M.²; MERINO, 1 – Graduação em Nutrição, Instituto de Ciências da Saúde – UFTM 2 – Mestrado em Educação Física, Departamento de Ciências do Esporte - UFTM 3 – Professor Adjunto, Departamento de Nutrição UFTM Introdução: A realização de exercícios físicos de alta intensidade ou exaustivo associados ao metabolismo energético acelerado pode gerar estresse oxidativo e danos como lesões, fadiga crônica, overtrainig e capacidade vasodilatadora prejudicada, parcialmente em razão da elevada síntese de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs) nos tecidos. A possibilidade de ocorrer lesão oxidativa durante o exercício aeróbio nos tecidos depende do equilíbrio entre a geração dos EROs e eficácia dos mecanismos antioxidantes. Enquanto alguns estudos demonstram o efeito positivo da suplementação com antioxidantes sobre o estresse oxidativo e lesões celulares decorrentes de exercícios físicos exaustivos outros demonstram efeitos negativos da suplementação de antioxidantes na adaptação ao exercício crônico. Portanto, faz-se necessário esclarecer os efeitos da suplementação com antioxidantes, no caso de nosso trabalho o ácido α-lipóico. Objetivos: Avaliar os efeitos da suplementação de ácido α-lipóico sobre biomarcadores de estresse oxidativo nos músculos esquelético e cardíaco de camundongos treinados no pós-exercício exaustivo. Métodos: No trabalho, aprovado pela CEUA/UFTM (nº219/12), foram utilizados 60 camundongos Swiss machos, peso≅25g/idade≅50 dias. O treinamento consistiu em 6 semanas de natação, em que o último dia correspondeu à uma sessão exaustiva com sobrecarga de 10% do peso corporal preso à calda do animal. Os animais do grupo Suplementado receberam 100mg/kg/dia de ácido α-lipóico, enquanto os do grupo Controle receberam placebo. A eutanásia se deu em 3 diferentes momentos, Basal (animais em repouso), 0 e 4h pós-exaustão. As dosagens de biomarcadores de estresse oxidativo foram realizadas (determinação das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico – SRATB e sulfidrila não protéico – GSH). Resultados: As dosagens de biomarcadores de estresse oxidativo foram realizadas obtendo-se uma diminuição simultânea das concentrações de GSH após 4h de exercício exaustivo (PLA– basal=283,2±51,7; 0h pós= 343,5±49,2; 4h pós=391,3±57,0/ SUP- basal=316,0±71,7; 0h pós= 399,7±68,2; 4h pós=342,9±43,2), no grupo Suplementado sugerindo o consumo destes em prol da redução da peroxidação lipídica, percebida pela redução das SRATB no mesmo grupo e período do protocolo experimental. (PLA– basal=9,9±1,9; 0h pós= 4,7±1,2; 4h pós=7,1±0,5/ SUP- basal=7,3±1,4; 0h pós= 4,1±1,2; 4h pós=4,4±0,9). Já no tecido cardíaco, houve um aumento significativo das SRATB no grupo basal suplementado (PLA– basal=0,16±0,07; 0h pós= 0,13±0,03; 4h pós=0,20±0,06/ SUP- basal=0,51±0,15; 0h pós= 0,19±0,05; 4h pós=0,21±0,03). Sugere-se que esse aumento seja devido a um maior estresse do tecido cardíaco que no músculo durante uma atividade aeróbia exaustiva, ocorrendo uma maior ação dos tióis nesse tecido. Assim, as concentrações de GSH aumentaram de forma gradativa do controle para o suplementado, no entanto, houve um aumento drástico do GSH após 4h do exercíco exaustivo no grupo Suplementado (PLA– basal=23,22±19,48; 0h pós= 72,28±25,09; 4h pós=95,98±37,86/ SUP- basal=264,40±150,11; 0h pós= 403,65±193,92; 4h pós=792,70±364,73), provavelmente decorrente de uma possível compensação aos altos niveis de SRATB no pré exercício. Conclusão: A suplementação com ácido α-lipóico resultou em uma proteção contra o estresse oxidativo provocado pelo exercício exaustivo, no entanto, comportamentos diferentes entre os dois tecidos foram verificados. Palavras-chave: exercício exaustivo, estresse oxidativo, ácidoα-lipóico, EROs, suplementação, antioxidante. Apoio Financeiro: FAPEMIG/CAPES Estudo das Regiões Ultra Conservadas Leucemia Linfóide Aguda da Criança e Adolescente na do KODAMA, M. H.1; SOUSA, G. R.1; SALES, L.1; IONTA, M.1; OLIVEIRA, J. C.1. *[email protected] 1Grupo de Pesquisa: Bases Moleculares Envolvidas na Atividade Antitumoral de Compostos Naturais e Sintéticos, Instituto de Ciências da Natureza, UNIFALMG. Palavras-chave: Leucemia Linfóide Aguda, Regiões Ultra Conservadas Transcritas, Desregulação, Câncer. Conhecimento dos Alunos do Ensino Fundamental Participantes do Pibid/Ciências sobre o Papilomavírus Humano: Um Estudo Transversal em Uberaba-MG BARBOSA, Luciana Maria de Oliveira; PEREIRA, Fernando Lourenço A infecção por papilomavírus humano (HPV) é a doença sexualmente transmissível mais frequente na população, e quando não tratada, pode causar muitos malefícios, inclusive a possibilidade do desenvolvimento de alterações nas células, podendo evoluir para algumas doenças. Geralmente há alterações nas células do colo do útero, principalmente em mulheres infectadas por vírus oncogênico. Atualmente a vacina bivalente tem sido indicada para meninas e mulheres acima de 9 anos, sendo esta uma medida preventiva adotada por países que utilizam a vacinação em programas nacionais de imunização, porém nem sempre há conhecimento dos alunos e dos seus familiares sobre os métodos preventivos sobre o HPV e o câncer do colo de útero, neste sentido o presente estudo teve por objetivo verificar o conhecimento dos alunos em relação ao papilomavírus humano, dando enfoque na prevenção, transmissão e associação ao câncer do colo de útero. A pesquisa foi realizada na Escola Estadual Horizonta Lemos na cidade de Uberaba/MG. Foi aplicado um questionário para 25 alunos do ensino fundamental, participante das oficinas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), sendo 60% homens e 40% mulheres. Ao avaliar o conhecimento dos alunos sobre a principal medida preventiva do HPV, 60% responderam incorretamente, quanto a transmissão 96% responderam corretamente, e quando questionados sobre a associação do HPV e o câncer do colo de útero 60% apresentou conhecimento sobre essa questão. Assim o estudo verificou que os alunos demonstraram conhecimento primário em relação ao HPV, e apresentaram pouco conhecimento quanto a prevenção, sendo necessário um trabalho mais aprofundado sobre métodos preventivos de HPV e câncer do colo de útero com os alunos e seus familiares, uma vez que a escola configura como fonte de informação, e partir de trabalhos informativos, é possível buscar uma diminuição na proliferação do vírus e consequentemente de doenças relacionadas ao mesmo, principalmente o câncer do colo de útero. Introdução: A Leucemia Linfóide Aguda (LLA) é uma neoplasia de células hematopoiéticas caracterizada pela proliferação e acúmulo de blastos na medula óssea. Apesar de todo avanço no tratamento, ainda 20 a 30% dos pacientes sofrem recaída e as causas dessa falha permanecem desconhecidas. É de grande importância, portanto, a identificação de novos genes que possam estar associados às características biológicas e à resposta ao tratamento da LLA com o intuito de identificar possíveis marcadores moleculares de suscetibilidade e prognóstico. Recentemente, a análise de expressão de RNAs não codificantes tem se mostrado uma abordagem promissora e grandemente informativa, principalmente através da investigação dos microRNAs, entretanto, pouquíssimos estudos tem buscado alterações de expressão de outras classes de RNAs não codificantes, entre esses, as regiões ultra conservadas transcritas (T-UCRs). Em 2007, um trabalho precursor sobre o tema, identificou o perfil de expressão das TUCRs característico à leucemia linfóide crônica (LLC) e aos carcinomas hepatocelular e coloretal. Posteriormente, a desregulação de alguns UCRs também foi descrita em neuroblastoma pediátrico, e em outros tumores, porém, na LLA não foi encontrado nenhum trabalho que analisa o perfil de expressão de qualquer UCR. Visto a grande heterogeneidade dessa patologia e a necessidade de busca alternativa de novos marcadores, o objetivo do presente trabalho é analisar a expressão de alguns T-UCRs em amostras de linhagens celulares de LLA. Metodologia: O presente trabalho visou fazer a análise da expressão da expressão das UCRs em linhagens de LLA. Porém, anteriormente a análise de expressão, foram feitas as curvas de calibração de cada primer (Uc112, Uc160, Uc122, Uc316, Uc145, Uc252, Uc198, Uc396, Uc399 e Uc262), a fim de mensurar suas respectivas eficiências (que deve estar em 100% ou próximo). As curvas foram construídas a partir de cinco diluições seriadas, cujo fator de diluição foi de 1:2. Para a análise de expressão gênica, obteve-se os RNAs das linhagens, seguida da síntese de cDNA através do kit SuperScript, incluindo o teste RT menos, onde o material extraído (RNA total) é submetido à amplificação afim de garantir que a amostra encontrase livre de DNA contaminante. A análise da expressão gênica foi feita através do método de quantificação relativa por PCR em Tempo Real no aparelho ABI PRISMTM 7500® (Applied Biosystems, Foster City, CA, EUA). Como controle endógeno foram utilizadas as expressões dos genes GUS e HPRT, e a quantificação obtida pela fórmula 2-ΔΔCt, utilizando uma amostra de linfócitos saudáveis como calibrador. Resultados e discussão: Na análise de eficiência de cada primer, a partir da curva de calibração, obteve-se uma eficiência de 105,69% para o primer Uc112 e 107,06% para o primer Uc160, o que nos mostra que os primers apresentam eficiência de amplificação próxima de 100% e podem ser comparados com os endógenos (GUS e HPRT) previamente testados. Outros primers que também tiveram uma eficiência próxima a 100% foram: Uc122, Uc316 e Uc252, cuja análise de expressão gênica ainda está em andamento. Para o primer Uc399 não houve expressão, mostrando que talvez o gene relacionado não seja expresso em linhagens de LLA. Os outros primers (Uc145, Uc198, Uc396 e Uc262) não tiveram sua eficiência dentro dos parâmetros determinados, porém serão refeitas as suas curvas de calibração para comprovar os níveis de eficiência. Na análise de expressão, os resultados obtidos até o momento sugerem que há diferenças na expressão de UCRs em linhagens de LLA das duas regiões analisadas. A região Uc112 foi encontrada hiperexpressa na linhagem REH e a região delimitada pelo primer Uc160 foi encontrada hipoexpressa nas linhagens REH e 697. Conclusões: Esse é o primeiro indício que as linhagens de LLA possam apresentar expressão diferenciada das UCRs, justificando o aprofundamento dessas pesquisas, que poderão direcionar a identificação de marcadores moleculares de resistência a drogas que subsidiem a alocação de pacientes nos grupos de risco, bem como ajudar no entendimento da fisiopatologia da LLA, auxiliando na pesquisa por novos alvos terapêuticos. Apoio Financeiro: O presente trabalho foi realizado com o apoio do CNPq (bolsa de iniciação científica de SOUSA, G.R.) e FAPEMIG (bolsa de iniciação científica de KODAMA, M.H e auxílio financeiro). Aplicação de Sensores Nanomecânicos para a Detecção de Câncer Mariana A. de Andrade1, Nadja K. L. Wiziack1,2, Lívia F. Rodrigues1, Matias E. Melendez2, Cristovan Scapulatempo Neto2, Andre L. Carvalho2, Oswaldo N. Oliveira Jr.3, Fabio L. Leite1 1. Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Campus Sorocaba, SP,Brasil. 2. Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular Hospital de Câncer de Barretos, SP, Brasil. estágio inicial. Dessa forma, a aplicação de sensores nanomecânicos, mostra-se como uma ferramenta promissora para a o diagnóstico prévio de doenças por meio de seus de biomarcadores. Tais sensores são baseados no tratamento químico e biológico das superfícies de microalavancas, que através do estresse tensional das superfícies, gerado por interações moleculares, produzem um sinal mecânico detectado por meio da Microscopia de Força Atômica (AFM). Desse modo, nosso projeto fundamenta-se no desenvolvimento de um biossensor a partir das microalavancas de AFM, visando à detecção do biomarcador p53. Este marcador trata-se de uma fosfoproteína nuclear que modula a ativação ou inativação de genes distintos, sendo originada a partir da expressão do gene TP53. A ativação de p53 começa através de uma série de mecanismos e regula um grande número de genes que controlam funções celulares como ciclo celular, reparo do DNA, senescência e apoptose. A ativação do p53 conduz freqüentemente a apoptose enquanto a sua inativação facilita a progressão do tumor. A inativação de mutações do gene p53 ocorre em mais de 50% dos cânceres. Tendo em vista a presença da p53 em diferentes tipos de câncer, bem como na saliva de pacientes de câncer de cabeça e pescoço, estão sendo realizadas análises em vitro afim de que seja avaliada a eficiência do biossensor para a detecção desse marcador. Nosso sensor foi construído a partir da funcionalização e imobilização da superfície das microalavancas de AFM, tendo como resposta o sinal mecânico de deflexão das microalavancas com base na interação antígeno-anticorpo. Para detecção do biomarcador (antígeno) estão sendo utilizados os anticorpos anti-human monoclonal p53, além das amostras de linhagens celulares p53+ e p53-. Pretende-se também, em trabalhos futuros de nosso grupo, avaliar o potencial de sensores de AFM para amostras de DNA e miRNA. Dessa forma, o objetivo geral desse trabalho trata-se de empregar uma nova técnica de sensoriamento de biomarcadores de câncer baseada na deflexão de microalavancas de AFM oriundas da interação específica antígeno-anticorpo. Tal sensoriamento é caracterizado por sua alta sensibilidade e especificidade, podendo ser uma técnica promissora para o diagnóstico precoce de câncer. PREVALÊNCIA DO VÍRUS HPV NO CÂNCER DE COLO UTERINO Majevski, Mayara N.1 Orientadora: Silva, Juliana O.M.² 1 3. Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) - Campus São CarlosSP, Brasil. Autor para correspondência: [email protected] No âmbito atual, a ciência visa promover diversas técnicas de diagnósticos clínicos não invasivos a fim de que sejam detectadas doenças distintas em seu Aluna de graduação em Enfermagem das Faculdades Pequeno Príncipe. ²Docente e Mestranda do curso de graduação em Enfermagem das Faculdades Pequeno Príncipe. Introdução: O câncer de colo uterino é o tipo mais comum nos países em desenvolvimento e a principal causa de morte por câncer entre as mulheres.Evidências epidemiológicas consistentes descrevem o papilomavírus humano (HPV) como causa necessária para a ocorrência do câncer cervical. Contudo, apesar da infecção pelo HPV ser a mais comum das doenças sexualmente transmissíveis, apenas uma pequena parcela das mulheres infectadas pelo vírus desenvolve o câncer, o que demonstra que apenas a presença do HPV parece ser insuficiente para o desenvolvimento do câncer cervical. Já foram identificados cofatores na gênese do câncer de colo do útero que se somam à infecção viral tais como, fatores comportamentais, relacionada ao hospedeiro e relacionada ao vírus. Objetivos:Desvelar a influência do vírus HPV no câncer de colo uterino, através da sua genética no processo de carcinogênese. Método:Revisão Integrativa com base nas etapas propostas por Mendes, Silveira e Galvão (2008), com busca de artigosrealizada na Biblioteca Virtual em Saúde(BVS), no período de 2010a 2013, utilizando as palavras chave:neoplasia genética, neoplasia HPV. Foram capturados07artigos com base nos critérios de inclusão estabelecidos: somente artigos, idioma português, relacionados ao tema, desconsiderando os nãosdisponíveis online e redundantes. Resultados:Em média transcorrem de 12 a 15 anos entre o momento da infecção por HPV e o desenvolvimento do câncer cervical, o que reforça o padrão de múltiplos estágios no processo de carcinogênese.Oscofatores na gênese do câncer de colo uterinosão relacionados aos fatores comportamentais (Tabagismo, uso de hormônios exógenos), relacionados ao hospedeiro (idade, resposta imune, predisposição genética) e relacionados ao vírus (tipo, variante, carga viral e interação com o genoma). O Papiloma Vírus Humano pode silenciar a ativação de genes, diminuindo a defesa do hospedeiro e assim favorecendo a infecção persistente, além disso, oncoproteínas virais podem ter a capacidade de modular, direta ou indiretamente o processo de metilação, silenciando os genes celulares que poderiam interferir no desenvolvimento tumoral. Conclusões:Esse estudo demonstra que somente o HPVnão é responsável pelo surgimento do câncer de colo uterino, outros fatores comportamentais, características sociais e genéticas do individuo podem influenciar no desencadeamento da doença.É importante ressaltar que a utilização de medidas preventivas, podemfavorecer o auto cuidado das mulheres e reduzir o índice de infecção por doenças sexualmente transmissíveis, sendo de extrema valia, realizar um serviço de orientação e promoção de saúde. Descritores: Neoplasia genética, Neoplasia HPV Referências:LODI, C.T.C, et al. Metilação genética, neoplasia intraepitelial cervical e câncer do colo uterino. FEMINA, 2012.JÚNIOR, S.F.L, et al. Prevalência dos genótipos do papilomavirus humano: comparação entre três métodos de detecção em pacientes de Pernambuco, Brasil.Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2011.FERRAZ, L.C, SANTOS, A.B, DISCACCIATI, M.G. Ciclo celular, HPV e evolução da neoplasia intraepitelial cervical: seleção de marcadores biológicos.Revista do Instituto de Ciências da Saúde, 2012. Falhas no Diagnóstico e Diagnóstico Tardio de Carcinoma Espinocelular de Boca: Relato de Casos Clínicos (2014 – Atual) Autores: Mayara santos de Castro. Marina Lara de Carli. João Adolfo Costa Hanemann*. *Currículo Lattes do http://lattes.cnpq.br/3909180953451579 orientador: O carcinoma espinocelular (CEC) é uma neoplasia epitelial invasiva com diferentes graus de diferenciação e propensão a desenvolver metástases; corresponde a mais de 90% das malignidades orais e, apesar dos avanços relacionados à prevenção, ao diagnóstico precoce e ao tratamento, ainda possui altas taxas de incidência e de mortalidade globais, sendo considerado, assim, um problema de saúde pública. Geralmente acomete o gênero masculino (relação homem-mulher de 2:1), na quinta e na sexta décadas de vida, tabagistas e etilistas. Quando acomete pacientes jovens, não tabagistas e não etilistas, relaciona-se à predisposição genética e à ação de agentes biológicos, como o HPV. Pode estar associado ou ser precedido por lesões potencialmente malignas. Em estágios iniciais, apresenta-se clinicamente como uma lesão leucoplásica, eritroplásica ou eritroleucoplásica; em estágios avançados, geralmente, é uma lesão endofítica, ulceroinfiltrativa com bordas elevadas e endurecidas ou exofítica, ulcerovegetante. Evidencia-se que a lesão fundamental clássica do carcinoma espinocelular de boca é a úlcera, crônica e nãocicatrizante. Entretanto, outras patologias também podem ser associadas à presença clínica de uma lesão oral ulcerada, como doenças infecciosas, inflamatórias, fúngicas profundas, além de lesões traumáticas, o que permite associá-lo a vários diagnósticos diferenciais. Considerando os crescentes relatos de lesões orais neoplásicas malignas diagnosticadas e tratadas erroneamente por cirurgiões-dentistas, este trabalho visa enfatizar as características clínicas, epidemiológicas e histopatológicas do carcinoma espinocelular, bem como identificar os diagnósticos incorretos mais frequentes, a fim de possibilitar o diagnóstico precoce e reduzir fatores que possam atrasá-lo. Para isso, será realizado uma pesquisa bibliográfica, revisando a literatura atual por meio de artigos, teses, dissertações e livros de autores relevantes que abordam sobre o CEC oral. Também serão realizados relatos de casos clínicos de CEC de boca que foram previamente tratados como outras patologias. Os atendimentos aos pacientes ocorrerão no Departamento de Clínica e Cirurgia, Clínica de Estomatologia, Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alfenas UNIFAL-MG. Espera-se identificar os diagnósticos e tratamentos incorretos mais frequentes estabelecidos ao carcinoma espinocelular de boca, bem como destacar a importância do cirurgião-dentista na realização do diagnóstico precoce, possibilitando um prognóstico favorável e reduzindo as taxas de mortalidade e morbidade dos pacientes. OBSERVAÇÃO: Este trabalho já apresenta conclusões parciais; ainda não foi terminado pois novos pacientes serão atendidos. Conhecimento de Gestantes Acerca da Importância da Saúde Bucal e Intervenções Odontológicas Durante a Gravidez Autores: Mayara Santos de Castro. Daniela Coêlho de Lima. Leandro Araújo Fernandes. O tratamento odontológico muitas vezes é evitado ou adiado no período gestacional. O presente estudo avaliou a autopercepção das gestantes quanto a importância da saúde bucal, bem como às intervenções odontológicas na gestação. Foi aplicado um questionário semi-estruturado, nos serviços públicos de saúde da cidade de Alfenas/MG, a 473 gestantes com a faixa etária média de 25,2 anos, sendo a maioria casada (45,1%) e com ensino médio completo (36,6%). Os resultados obtidos mostraram que 62,7% não haviam procurado por tratamento odontológico durante a respectiva gestação, embora 92% o considerasse importante. Durante as consultas de pré-natal, apenas 43,3% afirmaram ser alertadas pelos médicos sobre a importância da própria saúde bucal e a do bebê. Dentre as entrevistadas, 44% acreditam ser mais susceptíveis à perderem os dentes por estarem grávidas; 55,8% acham que os dentes ficam mais fracos por esse motivo e 50,8% afirmam não existir relação entre a saúde bucal da mãe com a do filho. A maioria (58,7%) considera a escovação o método preventivo anticárie mais eficaz e 92,6% julgam poder ajudar seu bebê a não ter cárie. Dos itens relacionados ao tratamento odontológico, as grávidas associam o exame radiográfico (56%), a anestesia local (54,1%) e a prescrição medicamentosa (40%) aos fatores que podem comprometer a saúde do embrião/feto. Dessa forma, observou-se que as gestantes apresentam lacunas no conhecimento sobre a própria saúde bucal e a do bebê, além de apresentarem estigmas quanto às intervenções odontológicas neste período. Medidas preventivas e educativas devem ser implantadas a fim de erradicar ou minimizar tais desconhecimentos e crenças. Adenoma Pleomórfico em Fundo de Vestíbulo Autores: Mayara Santos de Castro, Marina Lara de Carli, Alessandro Antônio Costa Pereira , Felipe Fornias Sperandio, João Adolfo Costa Hanemann Disciplina de Estomatologia, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), Alfenas-MG. Paciente do gênero masculino, 34 anos de idade, leucoderma, foi encaminhado à Clínica de Estomatologia da UNIFAL-MG, para avaliação e tratamento de lesão assintomática em maxila direita. Durante a anamnese, o paciente relatou que a lesão surgiu há aproximadamente 6 anos e a mesma apresentou um discreto aumento de volume nesse período. No exame físico extrabucal, não foram observadas alterações significativas. À oroscopia, constatou-se a presença de um nódulo submucoso de consistência firme, móvel, recoberto por mucosa íntegra e normocorada localizado no fundo de vestíbulo superior direito estendendo-se da região do dente 14 ao 16. As hipóteses diagnósticas foram de neoplasia mesenquimal benigna e neoplasia benigna de glândula salivar. Realizou-se a excisão cirúrgica da lesão e os cortes microscópicos revelaram epitélio glandular em proliferação e formando estruturas ductais e espaços císticos, de tamanhos variados e preenchidos parcialmente por material eosinofílico, sugestivo de muco e às vezes basofílico, além de queratina. Notam-se células mioepiteliais plasmocitoides e redondas em um estroma colagenizado, com discreto infiltrado inflamatório mononuclear, vasos sanguíneos dilatados e algumas áreas condroides. O paciente encontra-se em proservação em nossa clínica e, 3 meses após o tratamento, encontra-se sem sinais de recidiva da lesão. Palavras-chave: Adenoma Pleomorfo. Salivares Menores. Patologia Bucal Glândulas Avaliação do Estresse Oxidativo em Ratos sob Enriquecimento Ambiental com Musicoterapia Nathália Martinez INTRODUÇÃO: A musicoterapia como enriquecimento ambiental tem sido utilizada por produzir efeitos de ordem psicológica e fisiológica, minimizando o estresse, mantendo o equilíbrio emocional, diminuindo a ansiedade, equilibrando alterações na frequência cardíaca, pressão arterial, entre outros. O excesso de espécies reativas de oxigênio (EROS) é responsável por causar peroxidação lipídica e mutagênese, processos que se resumem no estresse oxidativo. OBJETIVO: Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o nível de estresse oxidativo mensurado bioquimicamente pela quantificação do Malondealdeído (MDA), e a avaliação da atividade antioxidante total em equivalência ao Trolox (TEAC) do soro de ratas fêmeas Wistar expostas ou não à musicoterapia. RESULTADOS: Nossos resultados demonstraram aumento do estresse oxidativo nos animais expostos a musicoterapia quando comparados ao controle (p>0,05). No entanto, com relação ao TEAC os animais expostos a musicoterapia demonstraram maior poder antioxidante, quando comparado ao controle (p<0,05) o que pode ser justificado como resposta ao evento que estes animais foram submetidos. CONCLUSÕES: Em conclusão, o presente estudo aponta que, o aumento do estresse oxidativo nos animais expostos à musicoterapia, foi superado pelo aumento da capacidade antioxidante, quando comparados ao controle. Assim os resultados obtidos nesse estudo fornecem indícios da eficácia da musicoterapia como agente terapêutico no estresse oxidativo. Palavras-chave: Ratas Wistar; Estresse oxidativo; Musicoterapia Metabolômica e Imageamento 2d de Tecidos Tumorais Cerebral por Espectrometria de Massas Via Desorption Electrospray Ionization (Desi-Ms). Pedro H. V.,1* Nicolas V. S.,1 Izilda A. C.,2 Marcos N. E.1 1 Laboratório ThoMSon de Espectrometria de Massas – UNICAMP; 2 Centro Infantil de Investigações Hematológicas Dr Domingos A Boldrini A espectrometria de massas (MS) engloba diversas metodologias sendo que as técnicas de Matrix Assisted Lazer Desorption-Ionization – Time of Flight (MALDI-TOF) e Desorpotion Electrospray Ionization (DESI) se destaca dentro da Patologia através de uma nova aplicação, o imageamento bidimencional denominado por Mass Spectrometry imaging (MSI).1 Esta aplicação tem quebrado a barreira entre a Patologia, Química Analítica e Biologia Molecular uma vez que analisa tecidos intactos, preservando a informação quanto à distribuição das biomoléculas. Adicionalmente elimina alguns passos no preparo das amostras, como homogeneização e separação, proporcionando uma economia de tempo e reagentes para tais procedimentos. Além disso, MALDI-MSI e DESI-MSI, não necessita de reagentes alvo-específico na maioria de suas análises, como os anticorpos na técnica de imunohistoquímica.2 O MSI estuda a composição biomolecular através do espectro de massa/carga de cada área de um corte histológico, a comparação entre os perfis de diferentes amostras permite identificar diferenças que podem levar ao descobrimento de novos eventos moleculares da doença.3 Por DESI foram realizados estudos relatando diferenças em tumores de cérebro, rim, células germinativas, bexiga e relatado um biomarcador em câncer de próstata. Recentemente foi introduzidos para DESI o uso de combinações de solventes baseadas em dimetilformamida (DMF), as quais se comprovaram não-destrutivas em relação à morfologia dos tecidos analisados.4 Os cortes histológicos submetidos à análise por MSI podem posteriormente ser submetidos à coloração por hematoxilina/eosina (H&E) para analise integrada proteômica-morfológica. Portanto nosso estudo se baseia na análise bidimencional por DESI-MSI de tecido cerebral infantil, afim de identificar biomarcadores lipídicos e assim poder definir as margens tumorais, auxiliando o patologista e sua avaliação, uma vez que nem sempre a diferenciação entre tipos e grau de tumores é facilmente realizada. Figura 1: DESI-MSI de um corte histológico 14 μm de tumor cerebral (PNET) com bordas de tecido saudável. As imagens a), b) c) e d) corresponde ao MSI dos íons m/z 834,189, m/z 598,518; m/z 326,590 e m/z 330,619 respectivamente, onde A corresponde ao tecido saudável e B tumoral. Na Figura 1 podemos ver a diferenciação entre o tecido tumoral e o saudável, pela distribuição espacial de determinados lipídios, esses biomarcadores podem ser específicos ou mesmo suas intensidades relativas ser alteradas devido a atividade tumoral. Esses resultados preliminares mostram a potencialidade desta técnica em tecido tumoral infantil assim como em outros estudos já reportados em adultos. Outros estudos para diferenciação entre casos de difícil análise patológica estão sendo realisados. 1 a) E.H. Seeley, K. Schwamborn, R.M. Caprioli. Imaging of intact tissue sections: moving beyond the microscope. J Biol Chem. 286, 25459. b) R.G. Cooks, N.E. Manicke, A.L. Dill, D.R. Ifa, L.S. Eberlin, A.B. Costa, H. Wang, G. Huang, Z. Ouyang. New ionization methods and miniature mass spectrometers for biomedicine: DESI imaging for cancer diagnostics and paper spray ionization for therapeutic drug monitoring. Faraday Discuss. 149, 247.c) L.S. Eberlin, C.R. Ferreira, A.L. Dill, D.R. Ifa, R.G. Cooks. Desorption electrospray ionization mass spectrometry for lipid characterization and biological tissue imaging. Biochim Biophys Acta. 2 K. Schwamborn, R.M. Caprioli. Molecular imaging by mass spectrometry--looking beyond classical histology. Nat Rev Cancer. 10, 639. 3 L. S. Eberlin, R. J. Tobshirani, J. Zhang, T. A. Longacre, G. J. Berry, D. B. Bingham, J. A. Norton, R. N. Zare, G. A. Poultsides. Molecular assessment of surdical-resection margins of gastric cancer by massspectrometry imaging. Proc. Natl. Acad. Sci. USA 2014. 4 N.Y. Agar, H.W. Yang, R.S. Carroll, P.M. Black, J.N. Agar. Matrix solution fixation: histology-compatible tissue preparation for MALDI mass spectrometry imaging. Anal Chem. 2007, 79, 7416. Análise da Sobrevida em Pacientes Portadores de Carcinoma Epidermóide de Cabeça e Pescoço RAFAEL PEREIRA DE SOUZA UNIVERSIDADE NOVE DE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA CURSO DE BIOMEDICINA JULHO, SAÚDE, O câncer de cabeça e pescoço é o quinto tipo de câncer mais comum e a taxa de sobrevida não tem mudado nos últimos anos. Muitos estudos tem mostrado a eficácia dos tratamentos terapêuticos sobre o câncer de cabeça e pescoço, mas poucos têm examinado a sobrevida global no que diz respeito às bases de dados. O objetivo deste estudo é investigar os aspectos epidemiológicos dos tumores de cabeça e pescoço, em centro de referência oncológico localizado na cidade de São Paulo, com o propósito de analisar os valores de sobrevidade desses pacientes em relação aos relatados na literatura. Analysis Of Survival In Patients With Head and Neck Squamous-Cell Carcinoma The head and neck cancer is the fifth most common cancer and the survival rate has not changed in recent years. Many studies have shown the efficacy of therapeutic treatments on cancer of the head and neck, but few have examined overall survival with regard to databases. The aim of this study is to investigate the epidemiological aspects of tumors of the head and neck oncology referral center located in the city of São Paulo, with the purpose of analyzing the values sobrevidade these patients compared to those reported in the literature. 2. INTRODUÇÃO O carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço (CECP) apresenta nos dias atuais um grande problema de saúde pública mundial. Atualmente é o 5º tipo de câncer mais comum, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo mundo. A sobrevida dos pacientes de cinco anos após o diagnóstico ainda é baixa, apesar dos esforços realizados em pesquisa e do progresso nas estratégias de detecção e terapia. Os principais fatores de risco para o carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço (CECP) são o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas (Hashibe et al., 2009). Existem evidências de um aumento de risco para os fumantes na ordem de três a quatro vezes para câncer da cavidade oral e faringe e dez vezes para câncer de laringe (Vineis et al., 2004). O risco conferido pelo álcool também é significativo e o consumo de 50 gramas por dia traduz-se no aumento de aproximadamente três vezes o risco de câncer de cavidade oral e faringe e cerca de duas vezes o risco de câncer de laringe. Juntos, tabaco e álcool são responsáveis por aproximadamente 51% dos tumores de cabeça e pescoço nos Estados Unidos, 84% na Europa e 83% na América Latina (Hashibe et al., 2009). O consumo combinado entre o cigarro e a bebida torna o risco ainda maior do que seus efeitos individuais. Outros fatores de risco são descritos na literatura, tais como: baixa ingestão de frutas e vegetais (Boeing et al., 2006; Sapkota et al., 2008) e infecção por HPV para câncer na orofaringe que recentemente foi obsevado e está associada a várias características da doença e tem influência nas taxas de recorrência e sobrevida (IARC, 2007). Outros possíveis fatores de risco incluem tabagismo involuntário (Lee et al., 2008). Mesmo com grandes esforços e tratamentos multimodais, as taxas de sobrevida e tempo livre de doença continuam ainda baixos. O presente estudo tem o objetivo de comparar os valores de sobrevidade dos pacientes do Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho em relação aos relatados na literatura. Análise do Potencial Citogenotóxico do Óleo Essencial de Rosmarinus Officinalis L. no Sistema Allium Cepa Rosinete Ferreira1, Nárcia M. F. Nunes2, Dhyôvanna C. C. Beirão3, e Elisângela C. A. De Oliveira4. 1,2 Discentes do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Piauí. [email protected], 3 Discente de Pósgraduação em Morfologia e Genética da Universidade Federal de São Paulo, 4 Docente do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Piauí. A espécie Rosmarinus officinalis L. comumente conhecida como alecrim, é bastante apreciada pelas suas propriedades terapêuticas, destacando-se à sua atividade antioxidante, ação como analgésico, antirreumático e diurético. Uma das preocupações atuais da toxicologia genética é a exposição às substâncias potencialmente perigosas que oferecem riscos a célula e ao material genético. Neste contexto, a avaliação genotoxicológica de produtos naturais se faz necessária, a fim de reduzir ou controlar a exposição humana a substâncias tóxicas ao DNA. Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial citotóxico e genotóxico do óleo essencial de Rosmarinus officinalis L. através do bioensaio Allium cepa. A metodologia de Allium cepa empregada foi proposta por Guerra e Souzas (2002) com algumas modificações, e as concentrações utilizadas foram de 750 μg/ml, 243 μg/ml, 81 μg/ml e 27 μg/ml do extrato da espécie R. officinalis e o testes estatísticos utilizados foram T Student e Análise de variância (ANOVA) com valores de p<0,05. Foram analisadas 5.000 células em cada concentração e também para o controle negativo. Para a análise de citotoxidade foi calculado o IM (índice mitótico) em que se obteve os seguintes resultados: Em controle negativo o IM foi de 54,4%; nas concentrações de 750 μg/ml, 243μg/ml, 81 μg/ml, 27% μg/ml o IM foi respectivamente de 5,08%; 7,73%; 7,80% e 8,14%. O óleo essencial da espécie R. officinalis foi citotóxica em todas as concentrações testadas, evidenciado pelo aumento ou diminuição do IM em relação ao controle negativo. Houve ainda positividade quanto as análises genotóxicas detectado pelo aparecimento das aberrações cromossômicas como atrasos, perdas e fragmentos cromossômicos, dentre outros. Não foi observada a formação de micronúcleo em nenhuma concentração testada, logo não pode ser inferido o potencial mutagênico da espécie. Tomados em conjunto, os resultados obtidos para a análise do óleo essencial de Rosmarinus officinalis L. sobre o sistema de Allium cepa apontam um forte potencial citogenotóxico, porém não mutagênico do composto, pelo menos no ensaio e concentrações aqui utilizadas. Análise Molecular do Polimorfismo rs17782313 do gene MC4R em indivíduos com Obesidade Infantil. Identificação de desintegrinas da peçonha de Bothrops moojeni e influência no processo de adesão de macrófagos Samira Spineli Laboratório de Genética Molecular Humana da Disciplina de Genética ICBN/UFTM. Introdução: O índice de obesidade precoce entre crianças e adolescentes tem aumentado em vários países onde os maus costumes alimentares e o sedentarismo prevalecem. Essas características criam um ambiente obesogênico oportuno para que doenças de herança multifatorial como a obesidade possam ser desencadeadas. Dessa forma, a obesidade leva a manifestação de outras doenças crônicas que podem gerar complicações ainda maiores na idade adulta. Dentre essas doenças estão as doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes tipo 2, artrites, doenças pulmonares e das vias aéreas, apnéia do sono e alguns tipos de cânceres. Com o avanço da biologia molecular e de estudos genéticos como o GWAS, alguns genes candidatos para a obesidade estão sendo estudados em várias populações. Dentre esses genes, o MC4R (Receptor de melanocortina-4) é um forte candidato para obesidade infantil. Esse receptor faz parte da família dos receptores de melanocortina e é acoplado a uma proteína G. No hipotálamo atua na via da leptina-melanocortina e quando ativado diminui a ingestão de alimentos e aumenta o gasto energético atuando, dessa forma, na termogênese. Assim, alguns polimorfismos desse gene podem levar a disfunções no receptor, alterando a regulação dessa via e a sensação de saciedade. Material e Métodos: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFTM (Protocolo CEP/UFTM nº1975/2011). O Grupo de estudo (E) foi composto por 56 pacientes, com média de idade de 11,6 anos (± 2,9), com fenótipo de obesidade infantil ou sobrepeso, de famílias não relacionadas, encaminhados pela Disciplina de Endocrinologia e Metabologia do ICS-UFTM. O grupo controle (C) foi composto por 57 indivíduos, com média de idade de 14,9 anos (±9,80) que não apresentaram obesidade infantil e adulta. O DNA genômico dos participantes foi extraído do sangue periférico pela técnica do fenolclorofómio e, posteriormente, analisado por PCRRFLP. A digestão enzimática foi realizada pela enzima de restrição BclI e os fragmentos visualizados em gel de poliacrilamida 15%. Resultados: Não houve significância estatística entre os grupos investigados (χ2= 0,796, p= 0,6714). Na regressão logística, considerando a presença do alelo C e o valor de IMC entre o grupo de estudo e o controle, a presença do alelo C não foi estatisticamente significativa (χ2= 1,12, p= 0,5685; OR= 0,6470; IC=95%). O poder estatístico da amostra foi de 95% Conclusão: O presente estudo não mostrou associação do polimorfismo rs17782313 do gene MC4R com obesidade infantil. Os grupos de estudo e controle encontram-se em Equilíbrio de Hardy-Weinberg. Não houve associação da presença do alelo C e o aumento do IMC. Vanessa Silva Miranda¹, Rafael Destro Rosa Tiveron², Renato Ventresqui Oliveira¹, Tony de Paiva Paulino¹, Rodrigo Magrin de Andrade¹ ¹Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, Brasil ²Hospital de Câncer de Barretos – Fundação Pio XII, Barretos, SP, Brasil As peçonhas das serpentes botrópicas são constituídas por complexas formas proteicas que causam vários efeitos biológicos como edema, hemorragia e incoagulabilidade sanguínea. Estes efeitos podem ser atribuídos as metaloproteinases da peçonha de serpentes (SVMPs), um grupo de moléculas caracterizado pela estruturação dos seus domínios proteicos, o processamento proteolítico das SVMPs produz um grupo de polipeptídios, que possuem um domínio desintegrina, capaz de associarem-se as integrinas de membrana. Este trabalho teve como objetivo fracionar a peçonha bruta (PB) de Bothrops moojeni, identificar a presença de desintegrinas nas frações proteicas obtidas, e avaliar sua ação sobre o processo de adesão de macrófagos. A PB foi fracionada em gel de filtração utilizando tampão bicarbonato de amônio 0,03 M pH 7,8. A dosagem de proteínas das frações (Moo1, Moo2, Moo3, Moo4 e Moo5) foi realizada pelo método do microbiureto. Um padrão de proteínas (67 a 1,3 kDa) foi utilizado para identificar a faixa de massas moleculares das proteínas das frações, a análise do perfil cromatográfico indicou a presença de peptídeos na fração Moo4 (≈ 6 kDa), possivelmente caracterizados como desintegrinas. O teste de adesão foi realizado com macrófagos obtidos do peritônio de camundongos C57BL/6J na presença de colágeno I e fibrinogênio, os valores de adesão foram determinados pela avaliação da viabilidade celular. A análise estatística do teste de adesão indicou diferença significativa entre todos os grupos (P<0.0001), nos grupos tratados com a fração Moo4 somente na presença do fibrinogênio observou-se uma diminuição na adesão dos macrófagos, indicando que as desintegrinas presentes nesta fração interagem com a integrina de ligação ao fibrinogênio, possivelmente do tipo αIIbβ3, impedindo a adesão dos macrófagos. Nossos resultados mostram que o fracionamento da PB em gel de filtração é viável na obtenção de frações proteicas que contenham desintegrinas, e que estas interferem no processo de adesão de macrófagos mediado por fibrinogênio.