Parte II oficina 2 oficina Leitura Fundamental Oficina Química 3 oficina Aula 7 – Funções Inorgânicas: ácidos e bases Leitura Obrigatória 1. ÁCIDOS Para entender melhor sobre as funções inorgânicas, você precisa saber que os ácidos são substâncias que em presença de água, ionizam-se, liberando íons H3O+ (hidrônio ou hidroxônio) em solução. HCl(g) + H2O(aq) H3O+(aq) + Cl-(aq) H2SO4(l) + 2H2O(aq) 2H3O+(aq) + SO42-(aq) H3PO4(l) + 3H2O(aq) 3H3O+(aq) + PO43-(aq) H4P2O7(l) + 4H2O(aq) 4H3O+(aq) + P2O74-(aq) 1.2. CLASSIFICAÇÃO DOS ÁCIDOS 1.2.1. QUANTO À PRESENÇA DE OXIGÊNIO a) Hidrácidos: não contêm oxigênio. Exemplos: HCl, HBr, HI, H2S, HCN, HF. b) Oxiácidos: contêm oxigênio. Exemplos: H2SO4, H3PO4, H4P2O7. 1.2.2. QUANTO AO NÚMERO DE HIDROGÊNIOS IONIZÁVEIS a) Monoácido: HNO3, HCl, HCN, HClO3. b) Diácido: H2CO3, H2SO3, H2SO4. c) Triácido: H3PO4. d) Tetrácido: H4P2O7. 4 oficina 1.2.3. QUANTO À FORÇA Um ácido é tão mais forte quanto maior a sua capacidade de liberar íons H3O+ em solução. A força de um ácido está intrinsecamente relacionada com o grau de ionização do mesmo (á), que não é outra coisa senão a razão entre o número de íons ionizados e o número total de moléculas do ácido inicialmente na forma não ionizada. Se o á for superior a 50% o ácido é considerado forte, se o á estiver compreendido entre 5% e 50% o ácido é moderado e se o á for inferior a 5% o ácido é considerado fraco. 1.2.3.1. HIDRÁCIDOS a) fortes: HCl, HBr, HI. b) moderado: HF. c) fraco: demais. 1.2.3.2. OXIÁCIDOS Nº OXIGÊNIO - Nº HIDROGÊNIO a) fortes: 3 ou 2. b) moderado: 1. c) fraco: 0 ou negativo. OXIÁCIDO H4P2O7 H2SO4 H3PO4 H3BO3 H3PO2 EXEMPLOS Nº OXIGÊNIO - Nº HIDROGÊNIO 7–4=3 4–2=2 4–3=1 3–3=1 2–3=1 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORÇA Forte Forte Moderado Fraco Fraco 1.3. NOMENCLATURA DOS ÁCIDOS 1.3.1. HIDRÁCIDOS 5 oficina ácido ______________________ ídrico nome do elemento HCl HBr H 2S HCN HI HF EXEMPLOS Ácido clorídrico Ácido bromídrico Ácido sulfídrico Ácido cianídrico Ácido iodídrico Ácido fluorídrico 1.3.2. OXIÁCIDOS Primeiramente é preciso memorizar os seguintes ácidos. H3BO3 H2CO3 HNO3 H3PO4 H2SO4 HClO3 Ácido bórico Ácido carbônico Ácido nítrico Ácido fosfórico Ácido sulfúrico Ácido clórico Logo, o ponto de partida é sempre o oxiácido com terminação ICO e conforme adiciona-se ou retirá-se um oxigênio em relação aos ácidos da tabela acima, subimos ou descemos um patamar no esquema abaixo. HClO4 HClO3 HClO2 HClO H2SO4 H2SO3 H3PO4 6 EXEMPLOS Ácido perclórico Ácido clórico Ácido cloroso Ácido hipocloroso Ácido sulfúrico Ácido sulfuroso Ácido fosfórico oficina H3PO3 H3PO2 Ácido fosforoso Ácido hipofosforoso 2. BASES São substâncias que em presença de água, dissociam-se, liberando íons OH- (hidroxila ou oxidrila) em solução. NaOH(s) Na+(aq) + OH-(aq) Mg(OH)2(s) Mg2+(aq) + 2OH-(aq) Al(OH)3(s) Al3+(aq) + 3OH-(aq) Pb(OH)4(s) Pb4+(aq) + 4OH-(aq) 2.1. CLASSIFICAÇÃO DAS BASES 2.1.1. QUANTO AO NÚMERO DE OH a) mononase: NaOH. b) dibase: Mg(OH)2. c) tribase: Al(OH)3. d) tetrabase: Pb(OH)4. 2.1.2. QUANTO À FORÇA a) Fortes: bases provenientes de metais da família I-A e II-A. b) Fracas: outras bases e Mg(OH)2. 2.1.3. QUANTO À SOLUBILIDADE a) Solúveis: bases provenientes da família I-A e NH4OH. b) Parcialmente solúveis: bases provenientes da família II-A. c) Insolúveis: outras bases e Mg(OH)2. 2.2. NOMENCLATURA 7 oficina hidróxido de _________________________ nome do cátion EXEMPLOS NaOH Ca(OH)2 Al(OH)3 NH4OH Hidróxido de sódio Hidróxido de cálcio Hidróxido de alumínio Hidróxido de amônio Atividades Complete a tabela: FÓRMULA NOME CLASSIFICAÇÃO QUANTO À PRESENÇA DE OXIGÊNIO CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE HIDROGÊNIOS CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORÇA NOME CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE OH CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORÇA CLASSIFICAÇÃO QUANTO À SOLUBILIDADE HCl H2SO4 H3PO4 H 2S Complete a tabela: FÓRMULA NaOH Mg(OH)2 Ca(OH)2 Al(OH)3 Links Interessantes Leia as informações do site Explicatorium . Disponível em: <http://www.explicatorium.com/Acidos. php>. Acesso em 11 Fev. 2012. Nesse site você encontratá informações teóricas sobre o ácido. Vídeos Interessantes Assista 8 ao vídeo Indicador Ácido Base. Disponível em <http://www.youtube.com/ oficina watch?v=6oKdkvLom0c>. Acesso em 11 Fev. 2012. O vídeo mostra a experiência de que todas as frutas de poupa roxa têm a propriedade de indicar ácido-base. Assista ao vídeo Ácidos e Bases. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=kWuR_XV8S2M>. Acesso em 11 Fev. 2012. O vídeo mostra algums alunos realizando experiência sobre ácidos e bases. Referências Bibliográficas Atkins, Peter. Físico-Química. 6a. Edição. Vol. I. Rio de Janeiro: LTC, 1999. Callister, Willian. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução. 4a. Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2002. Reis, Martha. Química Geral. São Paulo: FTD, 2007. Russel, John Blair. Química Geral. 2a. Edição. Vol. I. II vols. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1994. Smith, Willian. Princípios da Ciência e Engenharia dos Materiais. 3a. Edição. McGraw-Hill, 1996. Respostas das Atividades Complete a tabela: FÓRMULA NOME CLASSIFICAÇÃO QUANTO À PRESENÇA DE OXIGÊNIO CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE HIDROGÊNIOS CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORÇA Hidrácido Monoácido Forte Oxiácido Diácido Forte Oxiácido Triácido Moderado H3PO4 Ácido clorídrico Ácido sulfúrico Ácido fosfórico H 2S Ácido sulfídrico Hidrácido Diácido Fraco FÓRMULA NOME CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE OH CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORÇA CLASSIFICAÇÃO QUANTO À SOLUBILIDADE NaOH Hidróxido de sódio Monobase Forte Solúvel HCl H2SO4 Complete a tabela: 9 oficina Hidróxido de magnésio Hidróxido de cálcio Mg(OH)2 Ca(OH)2 Hidróxido de alumínio Al(OH)3 Dibase Fraca Insolúvel Dibase Forte Parcialmente solúvel Tribase Fraca Insolúvel Aula 8 – Funções inorgânicas: sais e óxidos Leitura Obrigatória 1. ÓXIDOS Você sabia que óxidos são substâncias binárias que apresentam o oxigênio como elemento mais eletronegativo? CO2 H2O SO3 CaO Na2O Fe2O3 1.2. NOMENCLATURA SO3 SO2 NO2 NO Al2O3 CaO 1.3. CLASSIFICAÇÃO 1.3.1. QUANTO AO CARÁTER ÁCIDO-BASE a) óxidos ácidos: SO3, CO2, etc. b) óxidos básicos:Na2O, CaO, etc. c) óxidos anfóteros: Al2O3, ZnO, etc. d) óxidos neutros: H2O, NO, N2O, CO. 10 Trióxido de enxofre Dióxido de enxofre Dióxido de nitrogênio Monóxido de nitrogênio Trióxido de di-alumínio Monóxido de cálcio oficina TENDÊNCIA – CARÁTER DE LIGAÇÃO Figura 1: caráter de ligação. B Á S I C O S Á C I D O S ANFÓTEROS Fonte: ISIS DRAW 2.4 1.3.2. QUANTO AO TIPO DE LIGAÇÃO a) óxidos iônicos (metal + oxigênio): Na2O, CaO, MgO, K2O. b) óxidos moleculares (ametal + oxigênio): CO2, SO3, NO2. 2. SAL Substâncias que apresentam cátion diferente de H+ e ânion diferente de OH-. Produto de uma reação de neutralização. NaCl Na+ + ClCa(NO3)2 Ca2+ + 2NO3- Al2(SO4)3 2Al3+ + 3SO422.1. NOMENCLATURA nome do ânion + nome do cátion + carga do cátion de houver mais de um tipo A seguir, os ânions mais utilizados. Fórmula FClClOClO2- Nome Fluoreto Cloreto Hipoclorito Clorito 11 oficina ClO3ClO4NO3SO42SO32S2CO32PO43SiO44- Clorato Perclorato Nitrato Sulfato Sulfito Sulfeto Carbonato Fosfato Silicato NaCl Na2SO4 K3PO4 NH4NO3 Li2SO3 FeCl2 FeCl3 Cloreto de sódio Sulfato de sódio Fosfato de potássio Nitrato de amônio Sulfito de lítio Cloreto de ferro II Cloreto de ferro III 2.2. CLASSIFICAÇÃO 2.2.1. QUANTO AO CARÁTER ÁCIDO-BASE a) sais ácidos: proveniente de um ácido forte e de uma base fraca. b) sais básicos: proveniente de um ácido fraco e de uma base forte. d) sais neutros: proveniente de uma base forte e de um ácido forte. SAL NaCl Cu(NO3)2 Na2CO3 CÁTION Na+ Cu2+ Na+ ÂNION ClNO3CO32- ÁCIDO HCl HNO3 H2CO3 BASE NaOH Cu(OH)2 NaOH CLASSIFICAÇÃO Sal neutro Sal ácido Sal básico 2.2.2. QUANTO À SOLUBILIDADE: NO3- (nitrato), CH3COO- (acetato) I-A (alcalino), NH4+ (amônio) Cl- (cloreto), Br- (brometo), I- (iodeto) Solúveis Solúveis Solúveis (Exceções: Ag, Hg, Pb) Atividades Classifique as substâncias a seguir em ácidos, bases, sais ou óxidos: 12 oficina a) NaOH b) H2O c) HCl d) Na2O e) H2O2 f) CaCO3 g) MgO h) Mg(OH)2 i) B(OH)3 j) Al2O3 k) LI2SO4 l) HNO3 m) KOH o) HCN p) Al2(SO4)3 q) Mg3(PO4)2 Links Interessantes Leia o texto Funções da química inorgânica: ÓXIDOS. Disponível em: <http://www.fisica.net/ quimica/resumo13.htm>. Acesso em 11 Fev. 2012. O site apresenta informações teóricas sobre os óxidos. Vídeos Interessantes Assista ao vídeo Fenolftaleina . Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=fULnd2D0JJ0>. Acesso em 11 Fev. 2012. O vídeo retrata o indicador ácido base fenolftaleína. Assista ao vídeo Fenolftaleina en presencia de NaOH diluido. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=hSPZC3jcem0>. Acesso em 11 Fev. 2012. O vídeo mostra as reações químicas da Fenolftaleína. Assista ao vídeo Fenolftaleína no papel .Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=J2NPB0mhn-U>. Acesso em 11 Fev. 2012. O vídeo retrata a Fenolftaleína como indicador de pH báscio. Assista ao vídeo Indicadores. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=e_rFSWmR6jk>. Acesso em 11 Fev. 2012. O vídeo mostra um experimento de química sobre Ph e indicadores com ácido clorídrico e hidróxido do sódio. Referências Bibliográficas Atkins, Peter. Físico-Química. 6a. Edição. Vol. I. Rio de Janeiro: LTC, 1999. Callister, Willian. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução. 4a. Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2002. Reis, Martha. Química Geral. São Paulo: FTD, 2007. Russel, John Blair. Química Geral. 2a. Edição. Vol. I. II vols. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1994. 13 oficina Smith, Willian. Princípios da Ciência e Engenharia dos Materiais. 3a. Edição. McGraw-Hill, 1996. Respostas das Atividades Classifique as substâncias a seguir em ácidos, bases, sais ou óxidos: a) base b) óxido c) ácido d) óxido e) óxido f) sal g) óxido h) base i) ácido (H3BO3)* j) óxido k) sal l) ácido m) base o) ácido p) sal q) sal * O boro apresenta caráter ácido de ligação. Veja sua localização na Tabela Periódica. Aula 9 – Química Orgânica Parte 1 Leitura Obrigatória 1. CONCEITO Você sabia que química orgânica é a parte da química que estuda os compostos que possuem carbono, hidrogênio e possivelmente outros elementos? 2. POSTULADOS DE KEKULÉ 2.1. O carbono faz 4 ligações; 2.2. As ligações são iguais; 2.3. O carbono forma cadeias. 3. HIBRIDAÇÃO DO ÁTOMO DE CARBONO 3.1. HIBRIDAÇÃO DO TIPO sp3 O carbono faz quatro ligações simples. Figura 1 C Fonte: ISIS DRAW 2.4 14 oficina 3.2. HIBRIDAÇÃO DO TIPO sp2 O carbono faz uma ligação dupla e duas ligações simples. Figura 2 C Fonte: ISIS DRAW 2.4 3.3. HIBRIDAÇÃO DO TIPO sp O carbono faz uma ligação simples e uma ligação tripla ou duas ligações duplas. Figura 3 C Fonte: ISIS DRAW 2.4 Figura 4 C Fonte: ISIS DRAW 2.4 TIPO DE HIBRIDAÇÃO sp3 sp2 sp GEOMETRIA tetraédrica trigonal planar linear ÂNGULO DE LIGAÇÃO 109º28’ 120º 180º 4. CLASSIFICAÇÃO DOS ÁTOMOS DE CARBONO 4.1. Carbono primário: está ligado a um único átomo de carbono ou a nenhum outro. 4.2. Carbono secundário: está ligado a dois outros átomos de carbono. 4.3. Carbono terciário: está ligado a três outros átomos de carbono. 4.4. Carbono quaternário: está ligado a quatro outros átomos de carbono. 5. CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS 5.1. ABERTA 15 oficina 5.1.1. Normal ou ramificada. 5.1.2. Homogênea ou heterogênea. 5.1.3. Saturada ou insaturada. 5.2. FECHADA 5.2.1. Alicíclica a) homocíclica ou heterocíclica. b) saturada ou insaturada. 5.2.2. Aromática a) mononucleada b) polinucleada Atividades 01 – Analise os compostos a seguir e depois responda quantos átomos de carbono primário, quantos átomos de carbono secundário, quantos átomos de carbono terciário e quantos átomos de carbono quaternário. a) O b) O 16 oficina 02 – Classifique as cadeias carbônicas: a) Cl Cl Cl Cl Cl Cl b) Cl Cl Cl Cl Cl Cl c) 03 – Circule os átomos de carbono: 04 – Escreva a fórmula molecular bruta para os seguintes compostos: a) OH O b) 17 oficina c) d) Links Interessantes Leia o texto Química Orgânica. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/quimica/quimicaorganica.htm>. Acesso em 11 Fev. 2012. O site apresenta conceitos históricos sobre a química orgânica. Vídeos Interessantes Assista ao vídeo Desidratação do Açúcar. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=IOab_865c4>. Acesso em 11 Fev. 2012. O vídeo mostra a reação da desidratação do açúcar sacarose com ácido sulfúrico. Curiosidades Atualmente existe cerca de dez milhões de compostos orgânicos contra cerca de cem mil compostos inorgânicos catalogados. Referências Bibliográficas Atkins, Peter. Físico-Química. 6a. Edição. Vol. I. Rio de Janeiro: LTC, 1999. Callister, Willian. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução. 4a. Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2002. Reis, Martha. Química Geral. São Paulo: FTD, 2007. Russel, John Blair. Química Geral. 2a. Edição. Vol. I. II vols. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1994. Smith, Willian. Princípios da Ciência e Engenharia dos Materiais. 3a. Edição. McGraw-Hill, 1996. 18 oficina Respostas das Atividades 01 – Analise os compostos a seguir e depois responda quantos átomos de carbono primário, quantos átomos de carbono secundário, quantos átomos de carbono terciário e quantos átomos de carbono quaternário. a) O Primários: 6 Secundários: 0 Terciários: 6 Quaternários: 0 b) Primários: 7 Secundários: 2 Terciários: 1 Quaternários: 1 02 – Classifique as cadeias carbônicas: a) O Aberta, normal, insaturada e homogênea. b) Fechada, aromática. c) 19 oficina Fechada, homocíclica e insaturada. 03 – Circule os átomos de carbono: 04 – Escreva a fórmula molecular bruta para os seguintes compostos: a) C5H10O2 b) N C 3H 9N c) OH HO OH C7H12 d) HO OH OH C3H8O3 Aula 10 – Química Orgânica Parte 2 Leitura Obrigatória 1. HIDROCARBONETOS ALCANOS (CnH2n+2) 20 oficina Você sabe o que são Alcanos? Sabia ainda que eles são largamente empregados na vida diária? Pois bem, os alcanos são os combustíveis (gasolina, querosene, óleos, lubrificantes, gases liquefeitos de petróleo (GLP), na fabricação de ceras, velas, pigmentos (negro-de-fumo) para tintas, graxas de sapato e pneus. O petróleo é a maior fonte de alcanos. São hidrocarbonetos saturados de cadeia aberta (CnH2n+2) ou fechada (CnH2n), estes podem ser chamados de ciclanos. Também são conhecidos como parafinas (do latim parum affinis, que significa pouca afinidade) por serem compostos pouco reativos. Os quatro primeiros alcanos são gases. De 5 a 15 carbonos são líquidos, e, de 16 em diante são sólidos. Os alcanos são insolúveis em água e menos densa que ela. O PE, o PF e a densidade aumentam, em geral, com o aumento da cadeia carbônica. Os alcanos ramificados apresentam pontos de ebulição menores que os correspondentes de cadeia normal. 2. HIDROCARBONETOS ALCENOS (CnH2n) Já os alcenos ou alquenos são muito empregados em reações químicas de obtenção de : plásticos (polietileno, teflon, poliestireno, álcool etílico, cloreto de etileno, etano e fibras sintéticas para tecidos). Alguns alcenos de cadeia longa (C8 a C12)são empregados na síntese de detergentes. São hidrocarbonetos insaturados (com dupla ligação), também denominados olefinas à reação do menor alceno, o etileno, com cloro, formando um líquido oleoso fino (oleofino ou oleofinas). Os três primeiros alcenos são gases (etileno, propileno e butileno). De 5 a 15 carbonos são líquidos. De 16 em diante são sólidos. As outras propriedades físicas são semelhantes à dos alcanos. 3. HIDROCARBONETOS ALCINOS (CnH2n-2) Um dos alcinos mais importantes é o acetileno, usado em maçaricos de oxi-acetileno, que produz temperatura de até 2800ºC. O acetileno é a matéria prima da síntese de ácido acético e outros compostos insaturados usados na obtenção de plásticos e borrachas. São hidrocarbonetos insaturados com tripla ligação, são conhecidos também por hidrocarbonetos acetilênicos. O PF, o PE e a densidade de alcinos simples são, em geral, um pouco maiores que os dos alcanos e alcenos de mesma cadeia carbônica. Alquinos têm baixa polaridade e são insolúveis em água. 4. HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS No século XIX isolou-se, a partir de certas plantas, uma série de substâncias de odor agradável, que por isso foram denominados aromáticos. Essas substâncias possuíam a mesma proporção em C e H (1:1), e assim o benzeno (C6H6) foi denominado composto aromático, mas não possuem odor agradável como as demais substâncias isoladas na época. Até hoje não se sabe qual é a relação entre o cheiro e a estrutura das moléculas orgânicas, mas sabe-se que não é devido à proporção C:H. Sendo assim, o significado inicial de composto aromático para o benzeno foi abandonado, passando a significar, em apertadíssima síntese conceitual, um composto “insaturado” pouco reativo. O aromático principal é o 21 oficina benzeno, que apresenta pequena reatividade, apesar de possuir alto grau de insaturação (três ligações duplas, conhecidas como duplas alternadas). O benzeno não é muito reativo, necessitando calor e catalisador para reagir. É um líquido a temperatura ambiente, de PF=5,5ºC e PE=80ºC. Se usado por longo tempo, parece que se acumula no organismo e constitui um potente cancerígeno. Alguns anéis aromáticos condensados têm tendências carcinógenas maiores que o benzeno. Atualmente acredita-se que provocam câncer na pele e nos pulmões. 5. ÁLCOOIS (R – OH) Constituem uma importante função orgânica onde encontramos o álcool comum (etanol) como o mais conhecido representante da classe. É utilizado desde os primórdios da civilização, pois é produto da reação de fermentação de alguns alimentos e utilizado (o álcool etílico) para fabricação de bebidas, como o vinho, a cerveja, a cachaça, etc. O álcool etílico é utilizado como combustível e cerca de 25% é adicionado à gasolina. Na indústria farmacêutica e de perfumaria é o solvente mais utilizado. Outros álcoois como a glicerina tem importantes aplicações na medicina, nos cosméticos e na produção de nitroglicerina. Nas sínteses orgânicas os álcoois são muito importantes, pois permitem obter todas as demais funções orgânicas. Os álcoois normais até 12 carbonos são líquidos, os demais são sólidos, todos são incolores. O PE e o PF são maiores que éteres de mesmo PM, devido à existência de pontes de hidrogênio entre suas moléculas. A solubilidade em água depende do número de carbonos e do número de grupos hidroxilas (OH). A solubilidade em água quando a cadeia é pequena quando o álcool apresenta muitos carbonos e poucos radicais OH, e alta quando o álcool apresenta poucos carbonos ou quando possui vários grupos hidroxila (OH), pois tais grupos proporcionam a formação de pontes de hidrogênio. Os poliálcoois possuem alta viscosidade e sabor adocicado. 6. ÉTERES (R – O – R) Os éteres são conhecidos por suas propriedades anestésicas e muito utilizados como solventes de graxas ou borrachas, em perfumarias e em sínteses orgânicas. O éter etílico era comumente empregado como anestésico em cirurgias prolongadas. Hoje se dá preferência aos éteres halogenados, como o 2,2-dicloro-1,1-difluor-etil-metil éter, que não são inflamáveis, nem explosivos. Os primeiros éteres são líquidos voláteis (até 4C), solúveis em água e nos solventes orgânicos. A solubilidade dos éteres de cadeia pequena é atribuída à formação de pontes de hidrogênio. O PF e o PE dos éteres são comparáveis aos dos alcanos de massa molecular correspondente. O éter etílico, denominado simplesmente éter, é muito volátil e inflamável. Seus vapores, mais densos que o ar, permanecem sobre as superfícies constituindo perigo de incêndio. Forma peróxidos explosivos como os outros éteres, em exposição à luz e ar. 22 oficina 7. FENÓIS (Ar – OH) Os fenóis constituem uma importante classe de substâncias para a preparação de plásticos, resinas, ácido pícrico, sabões germicidas, desinfetantes e em medicina. O fenol é obtido a partir da destilação do alcatrão da hulha (fração de 2300ºC). Outros fenóis muito utilizados na vida diária são: os cresóis, tais como desinfetantes e estabilizantes de gasolina; os di-fenóis, em fotografia e em medicina; os trifenóis, tais como o pirogalol, em fotografia, como germicida e na dosagem de oxigênio. Na natureza podem ser encontrados diversos fenóis, como por exemplo, o o-hidroxi-benzóico (mais conhecido como ácido salicílico), obtido das árvores de salgueiro. O timol, constituinte dos anticépticos bucais devido ao seu sabor agradável. O eugenol, responsável pelo aroma de cravo da índia. Um fenol complexo conhecido como tetrahidrocarbinol é o princípio ativo mais importante da maconha. Os fenóis em geral, são sólidos, pouco solúveis em água e ácidos, solúveis em soluções alcalinas. Possuem PF e PE alto, devido à formação de pontes de hidrogênio. 8. HALETOS ORGÂNICOS (R – X) Alguns haletos orgânicos tais como: clorofórmio, tetracloreto de carbono e cloreto de metileno são muito usados como solventes para substâncias orgânicas. O tetracloreto de carbono ainda é usado em extintores de incêndio, apesar de não ser recomendável, porque à temperaturas altas, o CCl4 reage com o oxigênio do ar formando o gás fosgênio altamente tóxico. Outro composto halogenado, o brometo de metila é usado para combater fogos elétricos, pois forma uma nuvem de gás que isola as chamas do oxigênio. O brometo de metila também é usado como inseticida para desinfetar produtos armazenados como o arroz, sem afetar as propriedades germinativas das sementes. Muitos outros inseticidas como o DDT, o BHC, o aldrin são compostos orgânicos poli-clorados. O iodofórmio é usado como anticéptico. O cloreto de metila, muito tóxico, é usado como gás refrigerante em geladeiras e ar condicionado, mas o dicloro-difluor-metano é preferido porque não é tóxico. O cloreto de etila (PE=12ºC) é usado como anestésico local e era um dos componentes do “lança perfume” usado no carnaval. A primeira borracha sintética obtida na América (1932) foi a neoprene, produzida a partir de um haleto orgânico: 2-cloro1,3-butadieno. A partir do tetrafluor etileno obtém-se o polímero teflon que é usado em revestimento de panelas, na confecção de peças móveis não lubrificantes, pois as sapatas deslizantes de teflon permitem que o prédio sofra uma pequena movimentação sem desgastar seus suportes. Os haletos orgânicos em geral são compostos polares e não formam pontes de hidrogênio. São, portanto, insolúveis em água. Os PF e PE dos haletos são em geral, maiores que os dos hidrocarbonetos correspondentes. O estado físico dos haletos orgânicos a temperatura ambiente depende do número de átomos de carbono, do tipo de halogênio e do número de átomos de halogênio presente no haleto. Assim, por exemplo: o CH3F é gás, O CH3I é líquido, o CH3CH2Cl é gás, o CH3CH2Br é líquido, o HCCl3 é líquido e o HCl3 é sólido. Os haletos orgânicos, em geral, são compostos mais densos que a água. 23 oficina 9. ALDEÍDOS (R – COH) Na série dos aldeídos encontramos o formaldeído, cuja solução aquosa a 40% é conhecida como formol (ou formalina), que tem grande aplicação como desinfetante e bactericida, nos detergentes domésticos e na conservação de peças anatômicas. O formaldeído também é usado na indústria de plásticos. Outro aldeído importante é o acetaldeído usado na síntese de outros compostos orgânicos como inseticida DDT; hipnótico (cloral); ácido acético utilizado para obter vinagre e ainda os espelhos de prata. O aroma natural de baunilha deve-se ao aldeído fenólico vanilina. O aldeído mais simples (o fórmico) é gás. O acetaldeído (PE=21ºC) é gás nos dias quente e sólido nos dias frios. Até 15ºC são líquidos e os demais são sólidos e todos são incolores. Não formam pontes de hidrogênio entre suas moléculas, mas são compostos polares, que por isso tem PE maior que os hidrocarbonetos e menor que álcoois de pesos moleculares próximos. Os aldeídos de cadeia carbônica pequena (até 5ºC) são solúveis em água devido a formação de pontes de hidrogênio entre a água e o aldeído. A solubilidade em água diminui quando a cadeia carbônica aumenta. 10. CETONAS (R – CO – R) As cetonas cíclicas de alto peso molecular tem odor muito agradável, sendo componentes de perfumes de alto preço, como por exemplo o almíscar que possui a cetona muscona. A cânfora foi usada durante séculos para fins medicinais. A testosterona, hormônio responsável pelas características masculinas no homem, também é uma cetona cíclica. A cicloexanona é usada para a síntese de nylon. O principal aromatizante da margarina é uma cetona conhecida como biacetila. O composto mais conhecido nessa série é a acetona, amplamente utilizada como solvente industrial. As propriedades físicas das acetonas se assemelham às propriedades dos aldeídos, salientando-se que as acetonas são pouco mais polares, portanto, têm PE ligeiramente maior que os aldeídos de mesmo peso molecular. Atividades Complete a tabela: FUNÇÕES ORGÂNICAS ( ( ( ( ( 24 ) Hidrocarboneto ) Haleto ) Anidrido ) Fenol ) Nitrocomposto FÓRMULAS GERAIS 1. 2. 3. 4. 5. R-CO-R R-O-R R-COH R-COO-R Ar-OH oficina ( ( ( ( ( ( ( ) Ácido Carboxílico ) Éter ) Éster ) Aldeído ) Cetona ) Grignard ) Amida 6. R-CO-O-OC-R 7. R-CO-NH2 8. R-X 9. R-COOH 10. R-NO2 11. R-MgX 12.R-H Links Interessantes Acesse o site Química Vestibular Disponível em: <http://quimica-dicas.blogspot.com/2009/10/ hidrocarbonetos-alcanos.html>. Acesso em 11 de Fev. 2012. Veja as dicas sobre hidrocarbonetos alcanos. Leia Nomenclatura dos Compostos Orgânicos. Disponível em <http://www.mundovestibular.com.br/ articles/81/5/NOMENCLATURA-DOS-COMPOSTOS-ORGANICOS/Paacutegina5.html>. Acesso em 11 Fev. 2012. O site sobre informações para pré-vestibulandos, aborda explicações sobre os diferentes compostos, como, por exemplo, o aldeído. VÍDEOS INTERESSANTES Assista ao vídeo Nomenclatura de compostos orgânicos e hidrocarbonetos parte 1. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=97x6AecRe6s>. Acesso em 11 Fev. 2012. O vídeo é uma aula explicativa sobre os compostos orgânicos. Assista ao vídeo Nomenclatura de compostos orgânicos e hidrocarbonetos parte 2. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=jCgD7fW3dI8>. Acesso em 11 Fev. 2012. O vídeo é um aula explicativa sobre os compostos orgânicos e apresenta exemplificação e conceitos de cada um deles. Referências Bibliográficas Atkins, Peter. Físico-Química. 6a. Edição. Vol. I. Rio de Janeiro: LTC, 1999. Callister, Willian. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução. 4a. Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2002. Reis, Martha. Química Geral. São Paulo: FTD, 2007. Russel, John Blair. Química Geral. 2a. Edição. Vol. I. II vols. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1994. 25 oficina Smith, Willian. Princípios da Ciência e Engenharia dos Materiais. 3a. Edição. McGraw-Hill, 1996. Respostas das Atividades FUNÇÕES ORGÂNICAS ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( 12 ) Hidrocarboneto 8 ) Haleto 6 ) Anidrido 5 ) Fenol 10 ) Nitrocomposto 9 ) Ácido Carboxílico 2 ) Éter 4 ) Éster 3 ) Aldeído 1 ) Cetona 11 ) Grignard 17 ) Amida FÓRMULAS GERAIS 1. R-CO-R 2. R-O-R 3. R-COH 4. R-COO-R 5. Ar-OH 6. R-CO-O-OC-R 7. R-CO-NH2 8. R-X 9. R-COOH 10. R-NO2 11. R-MgX 12.R-H Aula 11 – Cálculo Estequiométrico Leitura Obrigatória ASSISTA A VIDEOAULA 11 1. INTRODUÇÃO Você sabia que o papel do químico, em relação às transformações químicas, não é o de estudar somente aquelas que ocorrem na natureza, mas também o de provocar transformações que produzam novas substâncias com propriedades características? O químico provoca essas transformações não ao acaso, como um mero misturador de materiais, mas usando a integração razão/experimentação, ou seja, aliando a teoria à prática. Assim, o químico constrói uma transformação que a natureza não construiu, por um motivo justo, pois ela é harmoniosa, não teve a “ousadia” de construir. É assim que surgem os medicamentos para curar ou prevenir doenças, os plásticos, os fertilizantes, os produtos de limpeza e de higiene pessoal, etc. Quando se estudam as transformações, verifica-se que existem relações entre as quantidades das substâncias que participam dessas transformações. Conhecer essas 26 oficina relações e determinar essas quantidades é importante e faz parte do trabalho do químico. Na indústria, a fabricação de certo produto exige cálculos antecipados para conhecer a quantidade exata da matéria prima a ser usada e, assim, evitar desperdícios – é a importância econômica. Numa construção, no preparo da argamassa, exige-se que se conheça quanto deve ser usado de areia, cal e água para se obter a melhor liga. No nosso cotidiano, ao fazermos um bolo, devemos conhecer a quantidade certa dos ingredientes. Cálculo estequiométrico, ou simplesmente estequiometria, é o cálculo das quantidades de reagentes e/ou produtos das reações químicas, feito com base nas Leis das Reações e executando, em geral, com o auxílio das equações químicas correspondentes. 2. LEI DE LAVOISIER Em uma reação química, a soma das massas dos reagentes é igual a soma das massas dos produtos. 3. LEI DE PROUST A proporção com que determinados elementos reagem para formar um composto é constante. 4. APLICANDO A PROPORÇÃO EM MOL N2(g) 1mol 28g 14g 5mols 2mL + 3H2(g) 3mols 6g 3g 15mols 6mL 2NH3(g) 2mols 34g 17g 10mols 4mL 5. REGRAS FUNDAMENTAIS 5.1. Escrever a equação química mencionada no problema; 27 oficina 5.2. Acertar os coeficientes dessa equação (lembre-se de que os coeficientes indicam a proporção em número de mols existentes entre os participantes da reação); 5.3. Estabelecer uma regra de três entre o dado e a pergunta do problema, obedecendo aos coeficientes da equação, que poderá ser escrita em massa, ou em volume, ou em mols, etc, conforme as conveniências do problema. 6. LEMBRETES 1mol = 6 x 1023 partículas 1atm = 760mmHg = 105Pa K = 273 + C 1m3 = 1000L 1L = 1000mL 1mL = 1cm3 1L = 1dm3 CNTP (0º C;1atm) 7. PRINCÍPIO DE AVOGADRO Volumes iguais de gases quaisquer quando submetidos às mesmas condições de temperatura e pressão, encerram o mesmo número de moléculas. 8. COMBUSTÃO COMPLETA CH4 + 2O2 CO2 + 2H2O 9. COMBUSTÃO INCOMPLETA CH4 + 3/2O2 CO + 2H2O ATIVIDADES 01 – Calcular a massa de óxido cúprico obtida a partir de 2,54g de cobre metálico. Cu + ½O2 CuO 02 – Calcular o volume de gás carbônico obtidos nas condições normais de pressão e temperatura, por calcinação de 200g de carbonato de cálcio. 28 oficina CaCO3 CaO + CO2 03 – 15L de hidrogênio, medidos a 15ºC e 720mmHg, reagem completamente com cloro. Qual o volume de gás clorídrico produzido, na mesma temperatura e pressão? H2 + Cl2 2HCl 04 – Calcular o número de moléculas de gás carbônico obtido pela queima completa de 4,8g de carbono puro. C + O2 CO2 Links Interessantes Leia Cálculo Estequiométrico. Disponível em <http://www.mundovestibular.com.br/articles/1694/1/ CALCULO-ESTEQUIOMETRICO/Paacutegina1.html>. Acesso em: 13 Fev. 2012. O site aborda informações sobre Equação química, reação e reagentes. Acesse o site Colégio Web. Disponível em: <http://www.colegioweb.com.br/quimica/calculosquimicos.html>. Acesso em 13 Fev. 2012. Nesse site você encontrará informações, sobre Cálculos Químicos, Cálculo estequiométrico, Fórmula Molecular, Lei de Avogadro, Mol e Massa Molar. Vídeos Interessantes Assista ao vídeo: O que é Química. Disponível em: <http://www.colegioweb.com.br/quimica/calculosquimicos.html>. Acesso em 13 Fev. 2012. Nesse site você encontrará além de explicações teóricas vídeos explicativos sobre química em geral. Referências Bibliográficas Atkins, Peter. Físico-Química. 6a. Edição. Vol. I. Rio de Janeiro: LTC, 1999. Callister, Willian. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução. 4a. Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 29 oficina Reis, Martha. Química Geral. São Paulo: FTD, 2007. Russel, John Blair. Química Geral. 2a. Edição. Vol. I. II vols. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1994. Smith, Willian. Princípios da Ciência e Engenharia dos Materiais. 3a. Edição. McGraw-Hill, 1996. Respostas das Atividades 01 – Calcular a massa de óxido cúprico obtida a partir de 2,54g de cobre metálico. Resp: 3,18g 02 – Calcular o volume de gás carbônico obtidos nas condições normais de pressão e temperatura, por calcinação de 200g de carbonato de cálcio. Resp: 44,8L 03 – 15L de hidrogênio, medidos a 15ºC e 720mmHg, reagem completamente com cloro. Qual o volume de gás clorídrico produzido, na mesma temperatura e pressão? Resp: 30L 04 – Calcular o número de moléculas de gás carbônico obtido pela queima completa de 4,8g de carbono puro. Resp: 2,4 x 1023 moléculas. Aula 12 – Gases Leitura Obrigatória 1. INTRODUÇÃO Você sabia que dos três estados da matéria, o gasoso é o que exibe as propriedades mais simples e é o mais fácil de ser entendido? Diferentemente dos sólidos e líquidos, muitos gases são surpreendentemente semelhantes em suas propriedades físicas, e por essa razão é útil definir e descrever um gás hipotético, chamado gás ideal, que pode então ser usado como um padrão de referência com o qual os gases reais podem ser comparados. Dessa forma pode-se voltar a atenção às diferenças entre o comportamento do gás ideal e do gás real. Essa aproximação é útil, pois as propriedades físicas de muitos gases reais, a temperaturas e pressões 30 oficina ambiente, são similares àquelas do gás ideal. Portanto, a menos que uma grande exatidão seja necessária, é comum uma aproximação adequada para assumir o comportamento do gás ideal para muitos gases reais. Como você verá, esta chamada aproximação do gás ideal funciona bem, a não ser que a temperatura do gás seja muito baixa ou a pressão muito alta. 1.2. GASES IDEAIS Não há dissipação de energia durante o choque das partículas do gás, ou seja, considera-se o choque como perfeitamente elástico. 1.3. GASES REAIS Há dissipação de energia durante o choque das partículas do gás, ou seja, considera-se o choque como parcialmente elástico. 2. VARIÁVEIS USADAS PARA DESCREVER O COMPORTAMENTO DOS GASES 2.1. VOLUME (V) Medida da quantidade de espaço tridimensional. O volume de um gás ocupa todo o recipiente que o contém. A unidade fundamental SI de comprimento é o metro, portanto, a unidade diretamente derivada do metro (m) é o metro cúbico (m3). 1m3 = 1000L 1L = 1000mL OBSERVAÇÃO: 1cm3 = 1mL e 1dm3 = 1L Aparelhos de laboratório para se medir volumes: proveta, pipeta graduada, pipeta volumétrica, bureta, balão volumétrico, etc. 2.2. TEMPERATURA (T) Medida do grau de agitação molecular. K = C + 273 Onde C é a temperatura na escala Cesius e K é a temperatura na escala Kelvin (absoluta). 31 oficina 2.3. PRESSÃO (P) Razão entre a força e a área. BARÔMETRO: aparelho utilizado para medir a pressão atmosférica. MANÔMETRO: aparelho para medir a pressão de um gás. 1atm = 1 Torr = 760mmHg = 105Pa 3. TRANSFORMAÇÕES GASOSAS 3.1. TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA À temperatura constante, o volume ocupado por uma determinada quantidade (número de mols) de um gás é inversamente proporcional à sua pressão. 3.2. TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA À pressão constante, o volume ocupado por uma quantidade de gás é diretamente proporcional a sua temperatura absoluta Kelvin. 3.3. TRANSFORMAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA À volume constante, a pressão exercida por um gás é diretamente proporcional a sua temperatura. 4. LEI DE GAY LUSSAC Quando medidos sob as mesmas condições de temperatura e pressão, os volumes dos reagentes e produtos gasosos de uma reação estão na razão de números inteiros e pequenos. 5. PRINCÍPIO DE AVOGADRO Volumes iguais de gases quaisquer, quando submetidos às mesmas condições de temperatura e pressão, encerram o mesmo número de moléculas. 6. VOLUME MOLAR É o volume ocupado por um mol de qualquer gás. Nas CNTP (Condições Normais de Temperatura e 32 oficina Pressão), ou seja, 1atm e 273K, o volume molar vale 22,4L. 7. EQUAÇÃO GERAL DOS GASES: Usa-se para trabalhar com transformações gasosas. Pi x Vi = Pf x Vf Ti Tf Em que: Pi: pressão inicial Vi: volume inicial Ti: temperatura inicial (K) Pf: pressão final Vf: volume final Tf: temperatura final (K) 8. EQUAÇÃO DE ESTADO DE UM GÁS PV = nRT Em que: P: pressão (atm) V: volume (L) n: quantidade de matéria (mol) T: temperatura (K) R: constante universal dos gases R=0,082 atm.L.K-1.mol-1 9. CNTP São as condições normais de temperatura e pressão. T = 0ºC = 273K. P=1atm. 33 oficina ATIVIDADES 01 – Transforme: a) 5m3 para L b) 700mmHg para atm c) 27ºC para K 2 – Calcule o volume molar do gás CO2 nas condições a seguir especificadas: a) CNTP b) 1atm e 25ºC c) 2atm e 127ºC d) 5atm e 500K Links Interessantes Leia a notícia Vulcões teriam permitido oxigenação da atmosfera primitiva. Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/vulcoes-teriam-permitido-oxigenacao-da-atmosfera-primitiva/ n1597275772067.html>. Acesso em 13 Fev. 2012. O link traz informações em que Pesquisador contradiz teoria de que primeiro fator de oxigenação seriam as cianobactérias. Leia Estudo dos Gases. Disponíveis em <http://www.fisica.net/quimica/resumo17.htm>. Acesso em: 13 Fev. 2012. O site aborda assuntos como Teoria Cinética dos Gases, Densidade de ym gás. Entre outros. Vídeos Interessantes Assista ao vídeo: Mãe Gás Hélio. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=CVNI6r1c0bg>. Acesso em 13 Fev. 2012. O vídeo mostra os efeitos do gás hélio na voz humana. Referências Bibliográficas Atkins, Peter. Físico-Química. 6a. Edição. Vol. I. Rio de Janeiro: LTC, 1999. 34 oficina Callister, Willian. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução. 4a. Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2002. Reis, Martha. Química Geral. São Paulo: FTD, 2007. Russel, John Blair. Química Geral. 2a. Edição. Vol. I. II vols. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1994. Smith, Willian. Princípios da Ciência e Engenharia dos Materiais. 3a. Edição. McGraw-Hill, 1996. Respostas das Atividades 01 – Transforme: a) 5m3 para L Resp: 5000L b) 700mmHg para atm Resp: 0,92atm c) 27ºC para K Resp: 300K 2 – Calcule o volume molar do gás CO2 nas condições a seguir especificadas: a) CNTP Resp: 22,4L b) 1atm e 25ºC Resp: 24,4L c) 2atm e 127ºC Resp: 16,4L d) 5atm e 500K Resp: 8,2L Aula 13 – Tipos de Fórmulas Leitura Obrigatória ASSISTA A VIDEOAULA 13 Você sabia que encontrar a fórmula de uma substância é descobrir quais os elementos químicos de que ela é constituída e em que proporção esses elementos se combinam, em massa e em quantidade de 35 oficina matéria? O processo através do qual isso é feito é denominado análise elementar. Com essas informações pode-se determinar exatamente quantos átomos de cada elemento existem em uma molécula dessa substância. Todo esse processo faz parte da rotina do chamado químico analítico. Ao receber uma amostra de um material desconhecido, a primeira atitude desse químico é fazer uma análise imediata do material, isto é, testar propriedade como ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade, solubilidade, de modo a determinar se o material é constituído de apenas uma substância ou de uma mistura de substâncias diferentes. 1. FÓRMULA PERCENTUAL (centesimal, ponderal) Indica a porcentagem de cada elemento na substância. Exemplo: C80%H20%. 2. FÓRMULA MÍNIMA (empírica) Indica a proporção mínima, em números inteiros, dos átomos de cada elemento químico em uma molécula da substância. Exemplo: (CH2O)n. 3. FÓRMULA MOLECULAR: Indica o número de átomos de cada elemento em uma molécula da substância. Exemplo: C2H6O (álcool etílico ou éter etílico). 4. FÓRMULA ESTRUTURAL PLANA Indica o número de átomos de cada elemento em uma molécula da substância, bem como a maneira pelo qual eles estão ligados entre si. Esta fórmula não respeita a geometria espacial da molécula. Exemplo: H – O – H. 5. FÓRMULA ESTRUTURAL ESPACIAL Indica o número de átomos de cada elemento em uma molécula da substância, bem como a maneira pelo qual eles estão ligados entre si. Esta fórmula procura respeitar a geometria espacial da molécula, mostrando, entre outras coisas, o ângulo de ligação entre os átomos. O O O O O O 36 oficina H H H H O N O O N O N O 6. FÓRMULA ELETRÔNICA DE LEWIS Indica o número de átomos de cada elemento em uma molécula da substância, bem como a maneira pelo qual eles estão ligados entre si, através da representação dos elétrons de valência. OBSERVAÇÃO: muitas vezes é conveniente fazer uma mistura entre as fórmulas estrutural e eletrônica, com a finalidade de melhor visualização da polaridade da molécula analisada. Como transformar uma fórmula centesimal para a fórmula mínima? Essa fórmula pode ser encontrada, transformando a proporção em massa dos elementos, em uma proporção em quantidade de matéria. Veja no exemplo a seguir. EXEMPLO: um determinado composto apresenta a seguinte fórmula percentual, C80%H20%, determine sua fórmula empírica. Considera-se primeiramente uma amostra de 100g desse material, e, sendo assim, a mesma possui 80g de carbono e 20g de hidrogênio. Bom, agora que temos as massas dos dois elementos, basta você dividir as massas pelas respectivas massas molares de seus elementos. Para finalizar usa-se um artifício matemático para obter números inteiros. Tal mecanismo consiste em dividir os resultados encontrados pelo menos valor. 37 oficina Para o carbono (C) Para o hidrogênio (H) 80g / 12g. mol-1 -1 20g / 1.mol 6,6666 mols / 6,6666 mol 20 mols / 6,6666 mol 1,00 3,00 Portanto a fórmula em questão é: (CH3)n. Atividades (FUVEST) A respeito dos sais glutamato de sódio (NaC5H8O4N) e cloreto de sódio (NaCl), usados em alimentos, responda: a) Quantos elementos químicos diferentes constituem o sal orgânico? b) Qual é a porcentagem, em massa, de sódio contido no sal inorgânico? Links Interessantes Leia Cálculo Estequiométrico. Disponível em: <http://www.mundovestibular.com.br/articles/1694/1/ CALCULO-ESTEQUIOMETRICO/Paacutegina1.html>. Acesso em: 13 Fev. 2012. O site aborda informações sobre Equação química, reação e reagentes. Acesse o site Colégio Web. Disponível em: <http://www.colegioweb.com.br/quimica/calculosquimicos.html>. Acesso em 13 Fev. 2012. Nesse site você encontrará informações, sobre Cálculos Químicos, Cálculo estequiométrico, Fórmula Molecular, Lei de Avogadro, Mol e Massa Molar. Vídeos Interessantes Assista ao vídeo: O que é Química. Disponível em: http://www.colegioweb.com.br/quimica/calculosquimicos.html. Acesso em 13 Fev. 2012. Nesse site você encontrará, além de explicxações teóricas vídeos explicativos sobre química em geral. Referências Bibliográficas Atkins, Peter. Físico-Química. 6a. Edição. Vol. I. Rio de Janeiro: LTC, 1999. Callister, Willian. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução. 4a. Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2002. Reis, Martha. Química Geral. São Paulo: FTD, 2007. Russel, John Blair. Química Geral. 2a. Edição. Vol. I. II vols. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 38 oficina 1994. Smith, Willian. Princípios da Ciência e Engenharia dos Materiais. 3a. Edição. McGraw-Hill, 1996. Respostas das Atividades (FUVEST) A respeito dos sais glutamato de sódio (NaC5H8O4N) e cloreto de sódio (NaCl), usados em alimentos, responda: a) Quantos elementos químicos diferentes constituem o sal orgânico? Resp: 4 (C, H, O, N). b) Qual é a porcentagem, em massa, de sódio contido no sal inorgânico? Resp: 39,45%. 39