GEOGRAFIA Um dos fatos mais marcantes que caracterizaram a metade do século XX foi a aceleração do processo de urbanização, ocorrido tanto nas áreas desenvolvidas quanto nas subdesenvolvidas. Sobre esse assunto, analise as afirmativas abaixo: I— O crescimento rápido da população e o abandono do campo por grande parte da população rural provocaram um crescimento acelerado da população urbana. II — O crescimento da população urbana provocou modificações consideráveis na fisionomia das cidades, mas não acarretou alterações no funcionamento dos seus serviços. III — A área de influência das cidades mais dinâmicas estendeu-se consideravelmente graças, sobretudo, à expansão dos serviços de transporte e comunicações. Está(ão) correta(s): (A) (B) (C) (D) (E) I, apenas. II, apenas. III, apenas. I e III, apenas. I, II e III. As grandes cidades socioambientais, EXCETO: (A) (B) (C) (D) (E) dos países pobres concentram graves problemas ausência de rede de esgotos. precariedade dos transportes públicos. altos índices de doenças infecto-contagiosas. "déficit" de moradias e de abastecimento d'água. aumento dos empregos no mercado formal. Sobre o espaço urbano na América Latina, afirma-se: I — Os países da América Latina apresentam macrocefalia urbana. II — A urbanização na América Latina é sinônimo de extraordinária riqueza rural associada à especulação imobiliária, porque a lógica que impulsiona o ordenamento interno das cidades é a viabilização dos fluxos de produção e não a satisfação dos anseios individuais. III — São comuns nas grandes cidades da América Latina paisagens que mostram lado a lado o moderno e o tradicional, o luxuoso e o paupérrimo. IV — As cidades latino-americanas foram produzidas pelo processo de industrialização e as modificações na organização do Estado são o resultado da intensificação das atividades produtivas. São verdadeiras as afirmações: (A) (B) (C) (D) (E) I e II, somente. III e IV, somente. IV e I, somente. II e III, somente. I e III, somente. A partir dos quadros acima, assinale a alternativa correta: (A) As cidades I foram consideradas metrópoles regionais pela ONU. (B) As cidades II foram consideradas megacidades pela ONU. (C) As cidades I foram consideradas megacidades pela ONU. (D) As cidades II foram consideradas cidades globais pela ONU. (E) As cidades I e II se equivalem: todas as megacidades são cidades globais. Segundo o geógrafo Milton Santos, metrópoles seriam "grandes cidades que se irradiam sobre um vasto território e [são] dotadas de uma importante gama de atividades destinadas a satisfazer as exigências da vida cotidiana da totalidade da população nelas contidas (...)" (apud OLIVA, J. e GIANSANTI, R. "Temas da Geografia Mundial" São Paulo: Atual Editora, 1995, pg. 116) Podem ser considerados fatores responsáveis pela formação das metrópoles, EXCETO: (A) a modernização do Estado, que possibilitou a transformação de algumas cidades em centros de produção, circulação e de informação. (B) transformação nas formas de produção e de gerência da produção, que levou à criação de gigantescos empreendimentos financeiros e administrativos em algumas cidades. (C) o desenvolvimento das tecnologias urbanas — meios de transporte como: trens, metrô, ônibus; construções verticais; sistemas de saneamento; etc. (D) o crescimento da participação do setor primário na economia mundial. (E) o desenvolvimento das tecnologias de comunicação (telefone, fax, computadores, etc.) As afirmativas a seguir relacionam-se ao tema: "As cidades e a produção do espaço". Analise-as: I — A delimitação das áreas de influência de uma cidade pode ser realizada medindo-se a capacidade que ela possui de distribuir bens e serviços. II — A hierarquia urbana decorre dos diferentes níveis de bens e serviços que as cidades oferecem. III — A cidade pode exercer uma ação motora sobre a região; a ação referida se faz sentir mediante a capacidade de que é dotada a cidade de modificar sua região. IV — A cidade pode atuar como um fator estimulante ao desenvolvimento agrícola e à difusão da indústria no campo. V — Quanto mais desenvolvida é a área sobre a qual a cidade exerce sua atração, melhor será o seu equipamento funcional. Estão corretas: (A) I e V, apenas. (B) (C) (D) (E) II e III, apenas. IV e V, apenas. II, III e IV, apenas. I, II, III, IV e V. "O capitalismo pode não ter inventado a cidade, mas indiscutivelmente inventou a cidade grande. Criou, particularmente, a metrópole e a megalópole." (SENE, E. & MOREIRA, J.C. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalização. São Paulo: Ed. Scipione, 1998, p.308.) A megalópole é um fenômeno urbano, decorrente da: a) conurbação de bairros e centro da cidade, que ocorre nas faixas litorâneas dos países capitalistas desenvolvidos. b) conurbação de dois ou mais bairros, que se dá na fase mais avançada do capitalismo financeiro. c) conurbação de duas ou mais metrópoles, típica do capitalismo financeiro e monopolista. d) macrocefalia, o que é característico das grandes cidades nos países subdesenvolvidos capitalistas. e) aglomeração urbana, verificada no início do capitalismo industrial. A análise das figuras abaixo permite que se afirme: (A) A figura 1 representa a nova concepção de relações dentro da rede urbana, que segue uma hierarquia crescente, em função dos avanços tecnológicos nos transportes e nos serviços. (B) A figura 2 representa uma nova concepção de hierarquia urbana, em que a cidade local pode se relacionar diretamente com a metrópole nacional, uma vez que os fluxos já não são mais escalonados. (C) A figura 1 representa modelo industrial de hierarquia urbana, no qual os centros menores polarizam os maiores. (D) A figura 2 demonstra o escalonamento crescente dos fluxos de serviços, mercadorias e informações como parte integrante da hierarquia urbana. (E) A hierarquia urbana é irrelevante para o funcionamento das redes urbanas. No último quartel do século XX, particularmente na década de 90, uma nova forma de organização empresarial tem agregado os centros de formação de pessoal de alto nível às unidades de produção e de serviços, empregando os mais modernos recursos de microeletrônica. Em tais centros estão se implantando atividades de alta tecnologia, como em Campinas e São José dos Campos, na região Sudeste do Brasil. Qual a denominação dada a esses centros? (A) centros megalopolitanos; (B) (C) (D) (E) centros-acrópoles; regiões metropolitanas; tecnopolos; edifícios empresariais urbanos. Assinale a alternativa que analisa o conteúdo geográfico das duas fotos: (A) A origem e evolução da Av. Paulista, enquanto área urbanizada, estiveram fundamentalmente associadas às políticas de planejamento. (B) O espaço urbanizado da Av. Paulista demonstra, em vários momentos históricos, a importância e a hegemonia do capital nacional. (C) O uso do solo da Paulista, pelo setor financeiro, representou duro golpe na burguesia nacional, que privilegiou o caráter residencial da Avenida. (D) A organização do espaço da Av. Paulista é uma representação que evidencia em metrópoles industrializadas, como São Paulo, que não há segregação espacial. (E) A formação e transformação, ao longo do século XX, do uso e ocupação do solo da Av. Paulista estão fortemente relacionadas à presença do capital. Responder à questão com base no gráfico e nas afirmativas que relacionam o processo de urbanização ao contexto econômico do Brasil: I — A partir dos anos 50, a indústria passou a desempenhar um papel importante na economia brasileira, colaborando para o crescimento da população urbana. II — Em 1990, mais de 70% da população brasileira concentrava-se nas áreas urbanas. III — Apesar do crescimento das cidades, demonstrado pelo gráfico, nos últimos cinqüenta anos, não se evidencia um processo de urbanização. IV — O acelerado crescimento urbano das últimas décadas provocou conturbação urbana, manchas urbanizadas onde fica difícil a distinção de limites territoriais das cidades. A análise das afirmativas permite concluir que estão corretas: (A) (B) (C) (D) (E) I e II. I, II e III. I, II e IV. II e III. III e IV. A dinâmica residencial das pessoas que vivem nas grandes cidades brasileiras vem sofrendo algumas modificações significativas. Qual das alternativas retrata, corretamente, essa dinâmica? (A) A classe rica tende a fixar-se no centro, onde existe uma maior oferta de bens e serviços dos quais necessita. (B) O centro das grandes cidades apresenta um aumento de densidade residencial, o que explica os problemas de trânsito nessa área. (C) O centro das cidades, com o passar do tempo, vai perdendo a sua função residencial, substituída pela função comercial e de prestação de serviços. (D) A maior valorização das áreas centrais aumenta a disputa pela terra, o que impossibilita o surgimento de favelas nessas áreas. (E) O operariado industrial passa a residir no centro das grandes metrópoles, pois é aí que existe a oferta de emprego no setor secundário. No dia 10 de setembro de 2000, a Folha de S. Paulo publicou uma reportagem sobre as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, cuja manchete era: "Geografia urbana impõe 'exílio' ao deficiente.” O subtítulo complementava-a da seguinte maneira: "EXCLUSÃO — Barreiras arquitetônicas e pobreza condenam ao isolamento pessoas portadoras de dificuldades de locomoção." Assinale, dentre as afirmações abaixo, aquela em que a interpretação da manchete e do subtítulo apresentados é INCORRETA: (A) O modo como o espaço geográfico de uma cidade está organizado pode propiciar mais ou menos relações sociais às pessoas com dificuldades de locomoção. Pode produzir mais ou menos isolamento geográfico e social. (B) As barreiras arquitetônicas presentes nessas cidades, e nas grandes cidades brasileiras de modo geral, decorrem de obstáculos naturais presentes na geografia física, tais como terrenos declivosos. (C) Se o modo como uma cidade tem seu espaço organizado facilita ou dificulta um maior número de relações sociais, podemos afirmar que a organização do espaço é um dos elementos da estruturação geral de uma sociedade. (D) Além das barreiras ligadas à geografia urbana, há também barreiras de outra ordem que condenam o deficiente ao isolamento, tais como o preconceito social contra ele, o que inclusive veda seu acesso ao mercado de trabalho. (E) Em vista da complexidade, da estrutura física e do tamanho da população de São Paulo e do Rio de Janeiro, podemos afirmar que, nestas cidades, as dificuldades de locomoção e, portanto, do estabelecimento de um maior número de relações atingem sobre tudo as pessoas com deficiência. Compreende-se como REDE URBANA um sistema integrado de cidades que vai das cidades pequenas locais até as metrópoles, originando um espaço hierarquizado a partir da influência ou polarização de uma metrópole sobre as demais. A esse respeito, pode-se afirmar, corretamente, que: (A) as cidades locais não exercem nenhuma polarização. (B) só ocorre rede urbana perfeita em países subdesenvolvidos, onde há grandes cidades. (C) para haver rede urbana, basta que haja vias de acesso, como já ocorre no Nordeste brasileiro. (D) as redes urbanas mais perfeitas encontram-se nos países onde há grande número de cidades e de população urbana e um intrincado fluxo de bens e de pessoas. (E) as redes urbanas dos países ricos são menos complexas que as redes urbanas nos países pobres. “Búzios está à venda e a leva quem der mais ao correr do martelo. A favelização tomou conta do bairro Cem Braças, na entrada da cidade, as barracas de lona se espalham pelo bairro da Rasa, a Serra das Emergências está sendo invadida por posseiros.” ("Jornal do Brasil", 12/05/2002) Esse cenário de crise urbana parece indicar que os graves problemas sociais não se limitam mais às metrópoles brasileiras. O caso de Búzios, que é uma cidade turística e de veraneio, possui inúmeras semelhanças com o de qualquer grande cidade. Duas semelhanças entre Búzios e uma grande cidade brasileira estão apontadas na seguinte alternativa: (A) restrição legal do espaço edificável — investimentos em loteamentos populares; (B) chegada crescente de migrantes — políticas municipais de estímulo ao êxodo rural; (C) mercantilização do solo urbano — segregação dos menos favorecidos em áreas desvalorizadas; (D) ocupação agrícola desordenada — aglomeração da população de baixa renda na orla marítima; (E) investimentos públicos — despreparo da população local para habitar áreas urbanas.