Revista Oficial Vii ConGREsso FRAnCo-bRAsiLEiRo dE onCoLoGiA 20 a 22 de setembro de 2012 Hotel sofitel - Rio de Janeiro 2 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia Esta é uma publicação produzida e editada pela Office Editora e Publicidade Ltda. Diretor Responsável: Nelson dos Santos Jr., Diretor de Arte: Roberto E. A. Issa. Diretora Financeira: Waléria Barnabá. Publicidade: Rodolfo B. Faustino e Denise Gonçalves, Jornalista Responsável: Cynthia de O. Araujo (MTb 23.684), Redação: Flávia Lo Bello, Luciana Rodriguez e Eduardo Ribeiro. Gerente de Produção Gráfica: Roberto Barnabá, Coordenação: Adriana P. Cruz. Toda correspondência deverá ser enviada para a Office Editora e Publicidade Ltda., Rua Gal. Eloy Alfaro, 239, Chác. Inglesa, CEP 04139-060 São Paulo - SP. Tels.: (11) 5594-5455 - 5594-1770 - 5078-6815 - 5587-5300 - Fax: (11) 2275-6813 - e-mail: [email protected]. Todos os artigos publicados têm seus direitos resguardados pela editora. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização da editora. Os artigos publicados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo obrigatoriamente a posição desta publicação. (06212B) Publicação destinada exclusivamente à classe médica. revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 3 Diretoria da Sociedade Franco Brasileira de Oncologia presidente de Honra: presidente: Vice-presidente: Diretor Científico: Diretor para Estudos Cooperativos: Diretor Jurídico: Membro Honorário: Prof. Thomas Tursz Dra. Carla Ismael Dr. Christian Domenge Prof. Jean Pierre Armand Prof. Jean Bourhis Dr. Pierre Fortino Senador Philipe Adnot 4 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia Mensagem dos Presidentes B em-vindos ao VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia. Para nós é um grande prazer e honra poder estar juntos novamente durante estes três dias. A Sociedade Franco Brasileira de Oncologia está comemorando doze anos de existência no Bra- sil este ano, e podemos dizer que ao longo deste caminho a Sociedade cresceu, se fortaleceu bastante, tendo os congressos entrado para o cenário oncológico brasileiro. Hoje somos referência de rigor científico aliado à comunhão entre os palestrantes estrangeiros e brasileiros, com troca de informações e convivência agradável. Neste VII Congresso Franco-Brasileiro mais uma vez nos dirigimos aos tumores mais frequentes no Brasil, como mama, próstata, cólon, pulmão, gastrointestinal, cabeça e pescoço e novas drogas. Teremos um Joint Simpósio com a ESMO/SFBO em câncer de pulmão, com a presença de grandes pesquisadores no assunto. Teremos reunião conjunta com a UICC para os temas principais discutidos durante o congresso do mês passado. Teremos os highlights da ASCO, com os trabalhos mais importantes apresentados no congresso. Além disso, temos o III Curso de Mama, com três dias intensos de discussão desta doença com os maiores especialistas no assunto. As tradicionais Jornadas de Radioterapia (VI), Cirurgia Torácica (VI), Psicologia Oncológica (IV) e o III Fórum Molecular de Oncologia com grandes científicos presentes. Teremos a nova edição do Prêmio Gustave Roussy, com o Prof. Alexander Eggermont, novo diretor-geral do Institut Gustave Roussy e grande pesquisador em melanoma, que receberá este prêmio. O Prêmio Francisco Xavier Sigaud, destinado a um grande nome brasileiro, será dado ao Prof. Paulo Hoff, sumidade reconhecida no Brasil, com inúmeras publicações. Este ano teremos um novo prêmio, o Prêmio Ricardo Brentani, oncologista eminente que faleceu, que será oferecido ao Prof. Jean Charles Soria, eminente pesquisador em novos medicamentos no Institut Gustave Roussy. Bem, o VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia está pronto. Estamos esperando todos vocês de braços abertos nesta cidade maravilhosa, Rio de Janeiro. Dra. Carla Ismael Dr. Christian Domenge revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 5 Comitê Científico Afrânio Coelho de Oliveira – Rio de Janeiro – RJ André Márcio Murad – Belo Horizonte – MG Antônio Buzaid – São Paulo – SP Augusto César de Andrade Mota – Salvador – BA Clarissa Maria de Cerqueira Mathias – Salvador – BA Enaldo Melo de Lima – Belo Horizonte – MG Fernando Cotait Maluf – São Paulo – SP Gilberto Schwartsmann – Porto Alegre – RS Gilson Luchezi Delgado – Sorocaba – SP Gustavo Ismael – Rio Claro – SP Hiram Silveira Lucas – Rio de Janeiro – RJ José Cláudio Casali de Rocha – Rio de Janeiro – RJ José Luiz Miranda Guimarães – Porto Alegre – RS Maira Caleffi – Porto Alegre – RS Maria de Fatima Dias Gaui – Rio de Janeiro – RJ Maria Helena Roustand Rabay Vermot – Rio de Janeiro – RJ Maurício Magalhães – Rio de Janeiro – RJ Olamir Rossini Junior – Juiz de Fora – MG Paulo Novaes – São Paulo – SP Paulo Hoff – São Paulo – SP Roberto Gomes – Vitória – ES Roberto Gil – Rio de Janeiro – RJ Rui Haddad – Rio de Janeiro – RJ Sérgio Roithmann – Porto Alegre – RS 6 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia Convidados Internacionais Alexander Eggermont – França Axel Lecesne – França Benjamin Besse – França Carlos Rodriguez – França Eduardo Cazap – Argentina Fabrice Andre – França Frédérique Penault Llorca – França Hugo Marsiglia – Espanha/França Jean Bourhis – França Jean Charles Soria – França Jean Louis Lefebvre – França Jean Marie Whilm – França Jeffrey Weitzel – EUA Johanna Bendell – EUA José Samplas – Espanha Joseph Gligorov – França Karla Torzsok – França Kita Sallabanda – Espanha Marc Spielmann – França Moise Namer – França Rafael Garcia Garcia – Espanha Ricardo Ramirez – Chile Rolf Stahel – Suíça Solange Peters – Suíça Thomas Tursz – França Xavier Pivot – França Convidados Nacionais Adriana Madeira Álvares da Silva (SP) Afranio Coelho de Oliveira (RJ) Alfredo Carlos S. de Barros (SP) Alice de Medeiros Zelmanowicz (RS) Aline Lauda Freitas Chaves (MG) Alvaro Sadek Sarkis (SP) Anderson Arantes Silvestrini (SP) André Márcio Murad (MG) Andre T. Brunetto (RS) Anelisa K. Coutinho (BA) Antonio Abílio Santa Rosa (RJ) Antonio Carlos Andrade de Moraes Jardim (RJ) Antonio Carlos Buzaid (SP) Antonio Figueira Filho (PE) Augusto César de Andrade Mota (BA) Augusto César Peixoto Rocha (RJ) Aurélia Ribeiro da Rocha (RJ) Bianca Fontana Marrone (RS) Bonald C. Figueiredo (PR) Bruno dos Santos Vilhena Pereira (RJ) Carla Ismael (RJ) Carlos Alberto Ruiz (SP) Carlos Augusto Vasconcelos Andrade (RJ) Carlos Corradi (MG) Carlos Eduardo Cintra Vita Abreu (SP) Carlos Eduardo Sampaio dos Santos (RJ) Carlos Felipe Machado de Araujo (RJ) Carlos Gil Moreira Ferreira (RJ) Carlos Henrique Menke (RS) Carlos Ricardo Chagas (RJ) Carolina Dutra (SC) Christian Domenge (França/Brasil) Clarissa Maria de Cerqueira Mathias (BA) Clarissa Serodio Baldotto (RJ) Claudia Fernandes Borges (RJ) Cristina de Fátima Ruiz Volker (RJ) Daniel Herchenhorn (RJ) Daniela Baumann Cornelio (RS) Daniela Dornelles Rosa (RS) Deisymar Dolores Correa (RJ) Edison Carlos Paganotto Filho (RS) Elaine Stur (ES) Elço Salles Crispim Junior (RJ) Eliane Moscoso Teixeira Fernandes (RJ) Ellyete de Oliveira Canella (RJ) Enaldo Melo de Lima (MG) Ezio Novais Dias (BA) Fabio Leal Laignier Borges (ES) Fabio Schutz (SP) Fabíola Procaci Kestelman (RJ) Fernanda Capareli Azevedo (SP) Fernando Luiz Dias (RJ) Fernando Cotait Maluf (SP) Fernando Freire de Arruda (SP) Francisco Alberto Campana (RJ) Frederico Perego Costa (SP) Gabriel Marques dos Anjos (RS) Gabriel Prolla (RS) Gabriela Tonini Peterle (ES) Gilberto Schwartsmann (RS) Gildete Sales Lessa (BA) Gilson Luchezi Delgado (SP) Graziele Losso (PR) Grazielle Cristina Felippe (SC) Gustavo Fernando Veraldi Ismael (SP) Gustavo Franco Carvalhal (RS) Gustavo R. Gastal (RS) Hiram Silveira Lucas (RJ) Igor Alexandre Protzner Morbeck (DF) Iuri Drumond Louro (ES) Jacques Tabacof (SP) Janaina Broilo (PR) João Luís Fernandes da Silva (SP) João Victor Salvajoli (SP) Jorge Sabbaga (SP) José Aurillo Rocha (CE) José Bines (RJ) José Carlos Valle (RJ) José Claudio Casali da Rocha (PR) José de Jesus Peixoto Camargo (RS) José Eduardo de Almeida Lamarca (RJ) Jose Luiz Miranda Guimarães (RS) Juliana Martins de Mattos (RJ) Kely Cristine Chaves Fernandes (MG) Leticia de Mattos Arruda (MG) Lidiane Pignaton Agostini (ES) Lisa Morikawa (RJ) Lucas de Lima Maia (ES) Luciana Beatriz Feijóo (RJ) Luciane Tsukamoto Kagohara (SP) Lúcio Roberto de Oliveira das Neves (SP) Luisa Lina Villa (SP) Luiz Carlos Losso (SP) Luiz Paulo Kowalski (SP) Magnus Renato Rodrigues (RS) Maira Caleffi (RS) Marcele Vier (RS) Marcelo Campelo (RJ) Marcelo dos Santos (ES) Marcelo Warlet Machado (RS) Márcia Maria Alves de Carvalho Stephan (RJ) Márcia Regina Lima Costa (RJ) Marcio Reisner (RJ) Marco Antonio Arap (SP) Marconi Menezes de Luna (RJ) Marcos Fernando Oliveira Moraes (RJ) Maria de Fátima Dias Gaui (RJ) Maria de Lourdes Lopes de Oliveira (RJ) Maria Helena Rodrigues Roustand Rabay Vermot (RJ) Maria José Alves (SP) Maria Teresa Veit (SP) Mariana Helena Geraldo da Costa Abad (RJ) Mario Alberto Dantas Loures da Costa (RJ) Marisa Decat de Moura (MG) Mauricio Augusto Silva Magalhaes Costa (RJ) Mauricio Collares de Araújo (RJ) Mauro Muza Zamboni (RJ) Mauro Zukin (RJ) Mixel Tenenbaum (RJ) Mônica Radler de Aquino Schaum (RJ) Nicolas Silva Lazaretti (RS) Olamir Rossini Junior (MG) Oren Smaletz (SP) Ormando Rodrigues Campos Junior (CE) Patrícia Brandalise Scherer Bassani (SP) Paulo Cesar Ventura Canary (ES) Paulo Eduardo Novaes (SP) Paulo Marcelo Gehm Hoff (SP) Paulo Roberto Albuquerque Leal (RJ) Rachel Grazziotin (RJ) Rafael Armando Seewald (RS) Rafael Schmerling (SP) Rafaela Riveiro Ribeiro (RJ) Rene Claudio Gansl (SP) Riad Naim Younes (SP) Ricardo José Marques (SP) Roberto Alfonso Arcuri (RJ) Roberto de Almeida Gil (RJ) Roberto Gomes (ES) Roberto Vieira (RJ) Robson Ferrigno (SP) Robson Freitas de Moura (BA) Rodrigo Ughini Villarroel (RS) Rogério Groissman (RS) Romeu Rigby (RJ) Ronaldo Damião (RJ) Ronaldo de Albuquerque Ribeiro (CE) Rosana Alves Costa (SP) Rosilene Cerqueira (RJ) Rosilene Pinheiro (RJ) Rubem Ribeiro Moreira Leite (RJ) Rui Haddad (RJ) Sabrine Chagas (RJ) Sergio Lago (RS) Sérgio Roithmann (RS) Suzana Aquino Cavallieri (RJ) Suzanny Oliveira Mendes (ES) Tania Cavalcanti (SP) Vanessa Antunes (RJ) revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 7 Informações Gerais Vii ConGREsso FRAnCo-bRAsiLEiRo dE onCoLoGiA 20 a 22 de setembro de 2012 Hotel sofitel - Rio de Janeiro Local A afixação e a retirada dos pôste- trução Normativa nº. 9 de 27/09/95, res serão de responsabilidade dos pelo M.A.R.E, as autorizações para Hotel Sofitel autores. participações em Congressos, Se- Centro de Convenções Av. Atlântica, 4.240 - Posto 6 - minários e outros eventos similares Certificados CEP 22070-002 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (55 21) 2525-1232 Os certificados de participação no Congresso para inscritos estarão dis- Horários da Secretaria Dia 20/09 - 07h00 às 18h00 Dia 21/09 - 08h00 às 18h00 Dia 22/09 - 08h00 às 18h00 poníveis no dia 22/09 na secretaria do evento. são definidas, caso a caso, por autorização dos Ministros de Estado e dos dirigentes máximos, das Autarquias e Fundações Federais, devendo portanto o servidor interessado solicitar à autoridade maior Crachá da organização à qual se encontra vinculado. É imprescindível a utilização do CRA- Informações para Apresentação de Pôsteres Os painéis de pôsteres estarão situados nos corredores da área de exposição. CHÁ para a ENTRADA nas salas de atividades do evento. A 2ª via do Pontuação no CNA mesmo custará R$ 500,00. Sugeri- A participação no VI Congresso Fran- mos evitar este custo, pois não será co-Brasileiro de Oncologia dá pontos liberado nenhum crachá sem o referi- no Programa de Atualização de espe- do pagamento. cialidade do CNA para a Cancerologia, de acordo com as normas atuais Dispensa de Ponto para a especialidade. A partir da publicação do Decreto Para receber os pontos os interessa- 1 Horário: 08h00 às 12h00 nº. 1648, de 27/09/95 (Diário Ofi- dos deverão preencher o formulário 2o Horário: 14h00 às 18h00 cial de 27/09/95 Seção I) e da Ins- na secretaria do congresso. Haverá dois horários para a afixação e retirada de trabalhos: o 8 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia pontuação Cna Tradução Simultânea Organização Haverá serviço de tradução simultâ- Success Events nea para: inglês/português, inglês/ Tel./Fax: (55 21) 2247.7874 francês e português/francês. www.successevents.com.br CANCEROLOGIA CIRÚRGICA 10 CANCEROLOGIA CLÍNICA 10 CANCEROLOGIA PEDIÁTRICA 5,0 MASTOLOGIA 5,0 RADIOTERAPIA 10 Para retirar os fones de tradução é HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA 5,0 necessário entregar um documento CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO 1,5 de identidade. CLÍNICA MÉDICA 10 CIRURGIA GERAL 10 COLOPROCTOLOGIA 5,0 e-mail: [email protected] Montadora Oficial Patrocinadores e Expositores pro Forma Stands promocionais Exposição Paralela • Accuray Vicente Nogueira • Aché Tels.: (55 21) 2270.3555/ Haverá uma exposição paralela de • Amgen 3105.4675/3976.2332 material técnico, comercial e científico • AstraZeneca e-mail: proformastands@proformas- na área de interesse do Congresso. • Bristol tands.com.br Todos os dias do evento das 09h00 • Glaxo às 18h00. • Glenmark Mídia Desk • Janssen • Libbs Funcionará a partir das 08h00 do • Lilly dia 20/09. O material audiovisual • LivrariaLemar deverá ser testado com antecedência • Merck mínima de uma hora da apresentação • Novartis no Mídia Desk. • PierreFabre Os palestrantes que desejarem usar notebooks próprios deverão passar • Roche • Sanofi de rede, a fim de evitar problemas de última hora nas salas. Interevent Tel: (55 21) 3326-3320/ Fax: (55 21) 2437-1483 www.interevent.com.br e-mail: [email protected] pelo Multimídia Desk para cadastrar o equipamento e checar a configuração Secretaria Executiva Realização Sociedade Franco Brasileira de Agência Oficial oncologia Hemisfério turismo Os operadores não estão autorizados Societé Franco-Brésilienne de Can- R. Irmãos D’Angelo, 116 - a receber material diretamente dos cérologie Petrópolis - RJ palestrantes dentro das salas. www.sfbo.com.br Tel.: (55 24) 2246-1583 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 9 Programação Científica Vii ConGREsso FRAnCo-bRAsiLEiRo dE onCoLoGiA 20 a 22 de setembro de 2012 Hotel sofitel - Rio de Janeiro 10 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia Programação Científica 20/09/2012 - QUinTA-FEiRA 20/09/2012 | 09:00-10:30 h | Palestra Sala 1: atualização na Cirurgia do Câncer de Mama presidente: Antonio Carlos Jardim - RJ Debatedor: Hiram Silveira Lucas - RJ Debatedor: Roberto Vieira - RJ Debatedor: Marc Spielmann - França Debatedor: Ricardo Cavalcanti Ribeiro - RJ 09:00 - 09:20 09:20 - 09:40 09:40 - 10:00 10:00 - 10:20 10:20 - 10:30 Exploração da axila prognóstica ou terapêutica palestrante: Afrânio Coelho de Oliveira - RJ Esvaziamento axilar, sim ou não em linfonodo sentinela positivo palestrante: Carlos Alberto Ruiz - SP Exploração da axila, conduta da Sociedade Internacional de Senologia (SIS): Realidade e futuro palestrante: Maria Helena Vermot - RJ oncoplastia palestrante: Paulo Leal - RJ Discussão 09:30 - 09:45 09:45 - 10:00 10:00 - 10:15 20/09/2012 | 09:00-10:30 h | Palestra Sala 2: Gastrointestinal presidente: Anderson Silvestrini - DF Debatedor: André Murad - MG Debatedor: Maria de Lourdes Lopes de Oliveira - RJ 10:15 - 10:30 09:00 - 09:20 10:30 - 10:40 09:20 - 09:40 09:40 - 10:00 10:00 - 10:30 terapia neoadjuvante para câncer de esôfago palestrante: Anelisa K. Coutinho - BA adjuvância para o câncer gástrico: Fim da radioterapia? palestrante: Rene Gansl - SP tratamento do câncer de pâncreas localmente avançado palestrante: Roberto Gil - RJ Câncer gástrico avançado: o que virá após o HER-2? palestrante: Johanna C. Bendell – EUA 20/09/2012 | 09:00-10:30 h | Fórum Sala 4: III Fórum de oncologia Molecular 09:00 - 09:15 20/09/2012 | 09:00-10:40 h | Lecture Sala 3: HIGHLIGHtS oF tHE aSCo MEEtInG 2012 09:15 - 09:30 09:00 - 09:15 09:30 - 09:45 09:15 - 09:30 abertura Chair: Gilberto Schwartsmann - RS Brain cancer. Long-term follow-up results of EoRtC 26951: a randomized phase III study of adjuvant pCV chemotherapy in anaplastic oligodendroglial tumors palestrante: André Brunetto - RS Breast cancer. primary results from EMILIa, a phase III study of trastuzumab emtansine (t-DM1) versus capecitabine and lapatinib in HER-2-positive locally advanced or metastatic breast cancer previously treated with trastuzumab and a taxane palestrante: Fabio Leal - RJ Bendamustine plus rituximab versus CHop plus rituximab as first-line treatment in patients with indolent and mantle cell lymphomas: updated results from the StiL nHL1 Study (Rummel and cols.; #3) palestrante: Mauricio Collares - DF Intermittent versus continuous androgen deprivation in hormone sensitive metastatic prostate cancer patients: Results of S9346 (Int-0162), an international phase III trial (Hussain and cols.; #4) palestrante: Gabriel Marques dos Anjos - RS auRELIa: a randomized phase III trial evaluating bevacizumab plus chemotherapy for platinum-resistant recurrent ovarian cancer palestrante: Gustavo Gastal - RS phase III randomized trial of single agent pem etrexed in patients with advanced non-small cell lung cancer and performance status II (#7506 Lillebaum) palestrante: Marcelo Campelo - RJ abertura palestrante: José Claudio Casali da Rocha - PR Introdução à genética: Dna, Rna e proteínas, genoma, gene, herança genética palestrante: Adriana Madeira - PR Mutações e polimorfismos: conceituação, tipos de mutação, mutação somática e germinativa, oncogenes, genes supressores de tumor palestrante: Iuri Louro - PR revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 11 20/09/2012 - QUinTA-FEiRA 09:45 - 10:00 10:00 - 10:15 10:15 - 10:30 Epidemiologia molecular do câncer palestrante: Alice Zelmanowicz - PR Introdução aos métodos diagnósticos: pCR, sequenciamento, RtpCR palestrante: Rubem Moreira - RJ Discussão 11:30 - 11:45 11:45 - 12:00 20/09/2012 | 10:30-11:00 h | Intervalo Break: todas as Salas 20/09/2012 | 11:00-12:30 h | Palestra Sala 1: atualização na Cirurgia do Câncer de Mama presidente: Roberto Gomes - ES Debatedor: Maria Helena Vermot - RJ Debatedor: Moise Namer - França Debatedor: Carlos Vinicius Pereira Leite - RJ 11:00 - 11:20 11:20 - 11:40 11:40 - 12:00 12:00 - 12:30 pacientes com risco, o que deve ser feito. Conduta em pacientes de alto risco palestrante: Xavier Pivot - França Quimioterapia neoadjuvante, abordagem do linfonodo antes ou após cirurgia? palestrante: Alfredo Barros - SP Cirurgia conservadora após quimioterapia é possível? palestrante: Mauricio Magalhães - RJ Discussão 12:00 - 12:15 12:15 - 12:30 the Hot trial (Bonanni and cols; #1500) palestrante: Romeu Rigby - RJ Clinical activity and safety of anti-pD1 (BMS936558; MDX-1106) in patients with advanced melanoma (Hodi and cols; #8507) palestrante: Marcele Vier - RS Interim analysis results of Cou-aa-302, a randomized phase III study of abiraterone acetate in chemotherapy-naïve patients with metastatic castration-resistant prostate cancer (Ryan and cols; #LBa4518) palestrante: Carolina Dutra - SC phase III CoRRECt trial of regorafenib in metastatic colorectal cancer palestrante: Magnus R Rodrigues - RS taILoR (tarceva Italian optimization tRial): a phase III trial comparing erlotinib versus docetaxel as the second-line treatment of nSCLC patients with wild-type EGFR palestrante: Rafaela Riveiro Ribeiro - RJ 20/09/2012 | 11:00-12:30 h | Fórum Sala 4: III Fórum de oncologia Molecular aula prática: extração de Dna (fruta e saliva) e eletroforese em gel de agarose Coordenador: Adriana Madeira - ES 11:00 - 12:30 20/09/2012 | 11:00-12:30 h | Palestra Sala 2: Gastrointestinal 11:00 - 11:20 11:20 - 11:40 11:40 - 12:30 novos paradigmas no tratamento dos tumores neuroendócrinos palestrante: Frederico Perego Costa - SP novas terapias-alvo para o HCC palestrante: Jorge Sabbaga - SP Discussão de casos clínicos Debatedor: André Murad - MG Debatedor: Anelisa K. Coutinho - BA Debatedor: Paulo Hoff - SP Debatedor: Roberto Gil - RJ 20/09/2012 | 11:00-12:30 h | Lecture Sala 3: HIGHLIGHtS oF tHE aSCo MEEtInG 2012 11:00 - 11:15 11:15 - 11:30 BREaK-MB: a phase II study of dabrafenib (GSK2118436) in treatment-naïve and previously treated patients with BRaFV600E/K mutation-positive melanoma with brain metastases palestrante: Bianca Fontana Marrone - RS a phase III prevention trial of low-dose tamoxifen in hormone replacement therapy users: Monitor: Carlos Felipe Machado de Araujo - RJ Monitor: Monitor: Monitor: Monitor: Monitor: Monitor: Monitor: Monitor: Monitor: Elaine Stur - ES Gabriela Tonini Peterle - ES Lidiane Pignaton Agostini - ES Lucas de Lima Maia - ES Lúcio Neves - SP Marcelo dos Santos - ES Mariana Abad - MG Rubem Moreira - RJ Suzanny Oliveira Mendes - ES 20/09/2012 | 12:30-14:00 h | Simpósio-Satélite Sala 1: GLaXo novas perspectivas no tratamento do Carcinoma Renal Metastático 20/09/2012 | 14:00-15:30 h | Palestra Sala 1: Diagnóstico do Câncer de Mama presidente: Robson Moura - BA Debatedor: Carlos Augusto Vasconcelos de Andrade - RJ Debatedor: Elyette Canela - RJ Debatedor: Marconi Luna - RJ Debatedor: Marc Spielmann - França 12 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 20/09/2012 - QUinTA-FEiRA 14:00 - 14:20 14:20 - 14:40 14:40 - 15:00 15:00 - 15:30 Qual é a exploração radiológica ótima: tomossíntese versus Mamografia Digital palestrante: Fabíola Kestelman - RJ Qual é o laudo patológico ótimo? palestrante: Frédérique Penault-Llorca - França Ferramentas genômicas para o tratamento do câncer de mama, quando e como palestrante: Frédérique Penault-Llorca - França Discussão 14:45 - 15:00 15:00 - 15:15 20/09/2012 | 14:00-15:30 h | Palestra Sala 2: ESMo/SFBo Joint Meeting Câncer de pulmão terapia sistêmica do câncer de pulmão no estágio inicial (nSLCLC) presidente: Mauro Zukin - RJ Moderador: Riad Younes - SP 14:00 - 14:15 14:15 - 14:35 14:35 - 14:55 14:55 - 15:15 15:15 - 15:35 15:35 - 15:50 programa de oncologia da ESMo palestrante: Rolf Stahel - Suíça terapia adjuvante com apresentação de caso clínico palestrante: Benjamin Besse - França Quimioterapia neoadjuvante e quimiorradioterapia com apresentação de caso clínico palestrante: Solange Peters - Suíça Inibição da angiogênese palestrante: Benjamin Besse - França Guidelines do ESMo 2012 com apresentação de caso clínico palestrante: Solange Peters - Suíça Discussão 20/09/2012 | 14:00-15:30 h | Lecture Sala 3: HIGHLIGHtS oF tHE aSCo MEEtInG 2012 14:00 - 14:15 14:15 - 14:30 14:30 - 14:45 a randomized multicenter trial of epirubicin, oxaliplatin and capecitabine (EoC) plus panitumumab in advanced esophagogastric cancer (REaL3) (Waddell and cols; #LBa4000) palestrante: Rafael A. Seewald - RS Bevacizumab with or without erlotinib maintenance therapy following induction first-line chemotherapy plus bevacizumab in patients with metastatic colorectal cancer: Efficacy and safety results of the International GERCoR DREaM phase III trial palestrante: Ricardo Augusto Fernandes - RJ Long-term follow-up of a randomized trial comparing conventional paclitaxel and carboplatin with dose-dense weekly paclitaxel and carboplatin in women with advanced epithelial ova- 15:15- 15:30 rian, fallopian tube or primary peritoneal cancer: JGoG 3016 trial (Katsumata and cols; #5003) palestrante: Janaina Broilo - RS Randomized phase III trial of regorafenib in patients with metastatic and/or unresectable gastrointestinal stromal tumor (GISt) progressing despite prior treatment with at least imatinib and sunitinib: GRID trial palestrante: Rodrigo Ughini Villarroel - RS Impact of adjuvant therapy in lymph node positive vulvar cancer: the aGo CaRE 1 study (Mahner and cols; #5007) palestrante: Nicolas Lazaretti - RS Closing remarks palestrante: Gilberto Schwartsmann - RS 20/09/2012 | 14:00-15:30 h | Fórum Sala 4: programa do III Fórum de oncologia Molecular 14:00 - 14:15 o aconselhamento oncogenético palestrante: Antônio Abílio Santa Rosa - RJ 14:15 - 14:30 Câncer de mama hereditário: antigos e novos genes palestrante: Jeffrey Weitzel - EUA 14:30 - 14:45 Síndrome de Lynch palestrante: Ricardo Ramirez - Chile 14:45 - 15:00 tumores pediátricos e a síndrome de Li-Fraumeni palestrante: Bonald C. Figueiredo – PR 15:00 - 15:15 Síndrome de von Hippel-Lindau palestrante: José Claudio Casali da Rocha - PR 15:15 - 15:30 Manipulation of chemotherapeutic nanoparticles in ovarian cancer: Improving prognosis and facing resistance palestrante: Ricardo Ramirez 20/09/2012 | 15:30-16:00 h | Intervalo Break : todas as Salas 20/09/2012 | 16:00-18:00 h | Palestra Sala 1: Diagnóstico do Câncer de Mama presidente: Gildete Sales Lessa - BH Debatedor: Maira Caleffi - RS Debatedor: Antonio Figueira Filho - PE Debatedor: Frédérique Penault-Llorca - França Debatedor: Marc Spielmann - França Debatedor: Sergio Roithmann - RS 16:00- 16:30 tratamento neoadjuvante, anti-hormonais e Quimioterápicos palestrante: Joseph Gligorov - França revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 13 20/09/2012 - QUinTA-FEiRA 16:30 - 18:00 Casos clínicos, radiológicos, anatomopatológicos palestrante: Marc Spielmann - França palestrante: Joseph Gligorov - França palestrante: Daniela Dornelles Rosa - RS palestrante: Frédérique Penault-Llorca - França palestrante: Maria de Fátima Dias Gaui - RJ 20/09/2012 | 16:00-18:30 h | Palestra Sala 2: ESMo/SFBo Joint Meeting Câncer de pulmão alvos moleculares no câncer de pulmão presidente: Clarissa Mathias - BA Moderador: Mauro Zukin - RJ Moderador: Riad Younes - SP 16:00 - 16:20 outros alvos do adenocarcinoma além do EGFR e aLK palestrante: Rolf Stahel - Suíça 16:20 - 16:40 alvos no câncer de pulmão escamoso palestrante: Jean Charles Soria - França 16:40 - 17:00 Lidando com resistência ao tKI, com apresentação de casos palestrante: Solange Peters - Suíça 17:00 - 17:20 testes moleculares, experiência francesa palestrante: Jean Charles Soria - França 17:20 - 17:40 a plataforma europeia da oncologia torácica palestrante: Rolf Stahel - Suíça 17:40 - 18:30 Discussão com voto interativo Moderador: Riad Younes - SP 20/09/2012 | 16:00-18:00 h | Palestra Sala 3: Highlights of the uICC Congress, 2012 - prevention and early detection of cancer Chair: Eduardo Cazap - Argentina Chair: Gilberto Schwartsmann - RS 16:00 - 16:20 an overview of the uICC strategy for the prevention and early detection of cancer palestrante: Eduardo Cazap - Argentina 16:20 - 16:40 tobacco Control: the Brazilian experience palestrante: Marcos Moraes - RJ 16:40 - 17:00 prevention and early detection of cervical cancer palestrante: 17:00 - 17:20 prevention and early detection of breast cancer palestrante: Daniela Cornelio - RS 17:20 - 17:40 prostate cancer - the pros and cons of early detection palestrante: Ronaldo Damião - RJ 17:50 - 18:00 Closing Remarks palestrante: Gilberto Schwartsmann - RS 20/09/2012 | 16:00-18:30 h | Fórum Sala 4: III Fórum de oncologia Molecular aula prática: casos clínicos comentados Coordenador: Antônio Abílio Santa Rosa - RJ Coordenador: José Claudio Casali da Rocha - PR 16:00 - 18:30 palestrante: Alfredo Barros - SP palestrante: Graziele Losso - PR palestrante: Márcia Stephan - SP palestrante: Rogério Groissman - SP 20/09/2012 | 19h30 - 20h30 abertura do Congresso Cônsul da França Sr. Jean-Claude Moyret 20:30 Cocktail de abertura 14 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia Programação Científica 21/09/2012 - sExTA-FEiRA 21/09/2012 | 09:00-10:30 h | Palestra Sala 1: Gastrointestinal presidente: Marcos Moraes - RJ Debatedor: André Murad - MG Debatedor: Bruno Vilhena Pereira - MG Debatedor: Roberto Gil - RJ 09:00 - 09:20 09:20 - 09:40 09:40 - 10:00 10:00 - 10:30 Câncer de canal anal palestrante: Maria de Lourdes Lopes de Oliveira - RJ tendências atuais no tratamento do câncer de reto palestrante: Fernando Freire de Arruda - RJ adjuvância para câncer de cólon palestrante: Fernanda Capareli - SP Estado da arte no tratamento do CCR avançado palestrante: Paulo Hoff – SP 10:10 - 10:30 10:30 - 10:45 10:45 - 11:00 21/09/2012 | 09:00-10:30 h | Palestra Sala 4: Câncer de pulmão: o presente e o futuro - apresentação e discussão de casos com modelo interativo 09:00 - 09:45 09:45 - 10:30 21/09/2012 | 09:00-10:30 h | Palestra Sala 2: Câncer de Mama adjuvante presidente: Carla Ismael - RJ Debatedor: José Luiz Guimarães - RS Debatedor: Sergio Lago - RS Debatedor: Sabrina Chagas - RJ 09:00 - 09:20 09:20 - 09:40 09:40 - 10:00 10:00 - 10:30 tratamento anti-hormonal adjuvante palestrante: Moise Namer - França a quimioterapia adjuvante palestrante: Joseph Gligorov - França tratamento das pacientes HER2 + palestrante: Marc Spielmann - França Discussão 21/09/2012 | 09:00-11:00 h | Palestra Sala 3: VII Jornada de Radioterapia Mama, próstata - pesquisa clínica e tecnológica Moderador: Maria José Alves - SP Debatedor: Paulo Cesar Ventura Canary - ES 09:00 - 09:30 09:30 - 09:50 09:50 - 10:10 Introdução à pesquisa - pesquisa da radioterapia, os grandes eixos, o que podemos esperar palestrante: Jean Bourhis - França Irradiação total da mama - Qual o melhor tratamento hipofracionado e a melhor técnica? palestrante: Hugo Marsiglia - França Irradiação parcial da mama - Estado atual dos estudos randomizados na mama e seleção de pacientes para irradiação parcial de mama palestrante: Hugo Marsiglia - França Irradiação parcial da mama - Quais são as melhores técnicas de irradiação parcial de mama: da braquiterapia ao cyberknife palestrante: Rafael Garcia Garcia - Espanha Discussão Intervalo Câncer de pulmão estágio inicial (3 casos com perguntas) Debatedor: Rolf Stahel - Suíça Debatedor: Ronaldo Ribeiro - SP Debatedor: Jean Marie Wihlm - França Câncer de pulmão localmente avançado (2 casos com perguntas) Debatedor(a): Jacques Tabacof - SP Debatedor: Benjamin Besse - França Debatedor: Carlos Eduardo Cintra Vita Abreu - SP 21/09/2012 | 10:30-11:00 h | Intervalo Break: todas as Salas 21/09/2012 | 11:00-12:30 h | Palestra Sala 1: Gastrointestinal 11:00 - 11:20 11:20 - 11:40 tratamento de conversão em metas hepáticas: Mito ou realidade palestrante: Gabriel Prolla - RS terapia-alvo para o CCR: Como trataremos amanhã? palestrante: Johanna C. Bendell - EUA 21/09/2012 | 11:00-12:30 h | Palestra Sala 2: Câncer de Mama adjuvante Casos clínicos sobre tratamentos adjuvantes presidente: Jose Bines - RJ Moderador: Carlos Sampaio - BA Debatedor: Daniela Rosa- RS Debatedor: Fabrice André - França 11:00 - 11:30 11:30 - 12:00 12:00 - 12:30 Implicações terapêuticas das novidades no carcinoma in situ palestrante: Frédérique Penault Llorca - França Caso de Luminal B (HER2+ RH+) palestrante: Daniela Dornelles Rosa - RS triplo negativo medular palestrante: José Bines - RS revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 15 21/09/2012 - sExTA-FEiRA 21/09/2012 | 11:00-12:30 h | Palestra Sala 3: VII Jornada de Radioterapia Sequência terapêutica: Interação da radioterapia com os tratamentos sistêmicos presidente: Paulo Cesar Ventura Canary - ES 11:00 - 11:20 11:20 - 11:40 11:40 - 12:00 12:00 - 12:30 Radioterapia antes, durante ou depois das quimioterapias/inversão das sequências terapêuticas? palestrante: Celia Viegas - RJ Radioterapia e terapias-alvos? palestrante: Rafael Garcia Garcia - Espanha Interações radioterapia e tratamentos sistêmicos, as complicações palestrante: Hugo Marsiglia - França Discussão 21/09/2012 | 11:00-12:30 h | Palestra Sala 4: Câncer de pulmão: o presente e o futuro - apresentação e discussão de casos com modelo interativo 11:00 - 11:45 Debatedor: Clarissa Mathias - BA Debatedor: Mauro Zukin - RJ Debatedor: Solange Peters - Suíça Debatedor: Clarissa Baldotto - RJ 11:45 - 12:15 12:15 - 12:30 Conferência: perspectivas para o tratamento do câncer de pulmão não-pequenas células em 2014 palestrante: Jean Charles Soria - França Discussão 21/09/2012 | 12:30-14:00 h | Simpósio-Satélite Sala 1: RoCHE a importância da inibição contínua da angiogênese no tratamento oncológico - Da teoria à prática 21/09/2012 | 12:30-14:00 h | Simpósio-Satélite Sala 2: BRIStoL Como a imunoterapia está mudando o paradigma de tratamento dos pacientes com melanoma Moderador: Sérgio Azevedo - RS 12:30 - 12:50 avanços na Imuno-oncologia e o papel de Ipilimumabe palestrante: Sérgio Azevedo - RS 12:50 - 13:10 Ipilimumabe: padrões de resposta e manejo dos eventos adversos palestrante: Sanjeev Agarwal - EUA 13:10 - 13:30 Experiência prática com Ipilimumabe: Caso Clínico palestrante: Sérgio Azevedo - RS 13:30 - 13:50 painel discussão com experts palestrante: Sanjeev Agarwal - EUA 13:30 - 13:50 painel discussão com experts palestrante: Sérgio Azevedo - RS 21/09/2012 | 12:30-14:00 h | Simpósio-Satélite Sala 3: Cyberknife, tomoterapia palestrante: Jose Samblas - Espanha palestrante: Kita Sallabanda - Espanha palestrante: Hugo Marsiglia - Espanha/França palestrante: Rafael Garcia - Espanha 21/09/2012 | 12:30-14:00 h | Simpósio-Satélite Sala 4: SanoFI aVEntIS “Hot topics” do Câncer de próstata palestrante: Fernando Cotait Maluf - SP 21/09/2012 | 14:00-15:30 h | Palestra Sala 1: Melanoma presidente: Mixel Tenenbaum - RJ Debatedor: Sergio Roithmann - RS 14:00 - 14:30 14:30 - 15:00 15:00 - 15:30 Estádio do linfonodo sentinela palestrante: Alexander Eggermont - França tratamento adjuvante palestrante: Alexander Eggermont - França Stage IV (new drugs) palestrante: Antonio Buzaid - SP 21/09/2012 | 14:00-15:30 h | Palestra Sala 2: Câncer de Mama adjuvante tratamento da doença metastática para pacientes HER2 positivo presidente: Jose Eduardo Lamarca - RJ Debatedor: Maria de Fatima Gaui - RJ Debatedor: Joseph Gligorov - França 14:00 - 14:20 14:20 - 14:40 14:40 - 15:00 15:00 - 15:30 tratamento da doença metastática para pacientes HER2 positivo palestrante: Fabrice André - França tratamento da doença metastática para pacientes receptores positivos palestrante: Moise Namer - França tratamento da doença metastática para pacientes triplo negativo palestrante: Xavier Pivot - França Discussão 21/09/2012 | 14:00-15:30 h | Palestra Sala 3: VII Jornada de Radioterapia atualização 2012, meta-análises e estudos randomizados do câncer de mama presidente: Paulo Cesar Ventura Canary - ES Debatedor: Paulo Eduardo Novaes - SP 14:00 - 14:15 Sobrevida global e radioterapia de câncer de 16 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 21/09/2012 - sExTA-FEiRA 14:15 - 14:30 14:30 - 14:45 14:45 - 15:00 15:00 - 15:30 mama pós-mastectomia, meta-análise junho 2012 e estudo SupREMo palestrante: Hugo Marsiglia - França Sobrevida global e radioterapia de câncer de mama, pós-tratamento conservador, metaanálise junho 2012 palestrante: Robson Ferrigno - SP Sobrevida global e radioterapia locorregional das áreas linfonodais no câncer de mama, Estudo EoRtC palestrante: Hugo Marsiglia - França Irradiação da mama antes ou depois da reconstrução palestrante: Hugo Marsiglia - França Discussão 21/09/2012 | 14:00-15:30 h | Palestra Sala 4: Módulo Jovem oncologista presidente: Gustavo Ismael - SP presidente: Leticia de Mattos Arruda - Espanha 14:00 - 14:15 SBoC and the young oncologist: new perspectives palestrante: Anderson Silvestrini - DF 14:15 - 14:30 ESMo and the young oncologist: Synergy and opportunities palestrante: Rolf Stahel - Suíça 14:30 - 14:45 new challenges in oncology: their impacts on hospital organization and university courses palestrante: Thomas Tursz - França 14:45 - 15:00 Career in philanthropic and public hospitals alestrante: José Bines - RJ 15:00 - 15:15 Career in pharmaceutical companies palestrante: Patrícia Brandalise - SP 15:15 - 15:30 Round table (Q&a) 21/09/2012 | 15:30-16:00 h | Intervalo Break: todas as Salas 21/09/2012 | 16:00-18:00 h | Palestra Sala 1: Melanoma 16:00 - 16:30 16:30 - 17:00 17:00 - 17:30 Manejo cirúrgico da doença metastática palestrante: Alexander Eggermont - França Casos clínicos palestrante: Antonio Buzaid - SP Casos clínicos palestrante: Alexander Eggermont - França 21/09/2012 | 16:00-18:00 h | Palestra Sala 2: Câncer de Mama adjuvante presidente: José Carlos Valle - RJ Debatedor: Deisymar Dolores Corrêa - RJ Debatedor: Rute Camara - RJ Debatedor: Xavier Pivot - França 16:00 - 16:20 16:20 - 16:40 16:40 - 17:00 17:00 - 17:20 17:20 - 17:40 17:40 - 18:00 Cuidado preventivo adjuvante das metástases ósseas palestrante: Marc Spielmann - França Situação metastática óssea a quimioterapia e o papel dos bifosfonatos palestrante: Joseph Gligorov - França Casos clínicos de doença metastática Coordenador: Moise Namer - França Casos clínicos de doença metastática segunda/terceira linha de HER2+ Coordenador: Xavier Pivot - França Casos clínicos de doença metastática para pacientes triplo negativo Coordenador: Joseph Gligorov - França Discussão 21/09/2012 | 16:00-18:30 h | Palestra Sala 3: VII Jornada de Radioterapia Radioterapia do câncer de próstata presidente: Olamir Rossini Jr. - MG Debatedor: Francisco Campana - RJ Debatedor: Lisa Morikawa - RJ 16:00 - 16:20 Hormonioterapia e radioterapia no câncer de próstata, atualização dos estudos palestrante: Rafael Garcia Garcia - Espanha 16:20 - 16:40 Radioterapia pós-cirurgia, seleção dos pacientes, quando, como, com hormônio? palestrante: João Luís Fernandes da Silva - SP 16:40 - 17:00 as novas técnicas de irradiação e as escaladas de dose palestrante: Rafael Garcia Garcia - Espanha 17:00 - 17:15 Discussão 17:15 - 17:40 novas plataformas tecnológicas: - Concepção - Realização - Implantação - Qualidade palestrante: Carlos Rodriguez - França 17:40 - 18:05 novas plataformas tecnológicas: - Concepção - Realização - Implantação - Qualidade palestrante: Karla Torzsok - França 18:05 - 18:30 Discussão 21/09/2012 | 16:00-17:15 h | Palestra Sala 4: Módulo Jovem oncologista 16:00 - 16:15 16:15 - 16:30 16:30 - 16:45 16:45 - 17:15 Career in clinical research palestrante: Gustavo Ismael - SP Career in translational research palestrante: Fabrice Andre - França ESMo fellowship opportunities palestrante: Leticia De Mattos-Arruda - Espanha Conclusions and final remarks revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 17 Programação Científica 22/09/2012 - sábAdo 22/09/2012 | 09:00-10:30 h | Palestra Sala 1: próstata presidente: Fernando Cotait Maluf - SP Debatedor: Daniel Herchenhorn - RJ 22/09/2012 | 09:00-10:30 h | Palestra Sala 4: Sarcoma presidente: Antonio Buzaid - SP Debatedor: Rafael Schmerling - SP 09:00 - 09:15 09:00 - 09:45 09:15 - 09:30 09:30 - 09:45 09:45 - 10:00 10:00 - 10:15 10:15 - 10:30 Screening em câncer de próstata: qual o real benefício? palestrante: Gustavo Carvalhal - RS Como os biomarcadores podem nos auxiliar no diagnóstico e tratamento do câncer de próstata palestrante: Álvaro Sadek Sarkis - SP active surveillance: indicado e quais são os candidatos? palestrante: Álvaro Sadek Sarkis - SP Câncer de próstata localizado: qual a melhor opção de tratamento? CIRuRGIa palestrante: Carlos Corradi - MG Câncer de próstata localizado: qual a melhor opção de tratamento? RaDIotERapIa palestrante: Lisa Morikawa - RJ Discussão 09:45 - 10:30 22/09/2012 | 08:45-10:30 h | Palestra Sala 5: IV Jornada de psicologia oncológica Coordenador: Cristina de Fátima Ruiz Volker - RJ Coordenador: Eliane Moscoso - RJ Coordenador: Márcia Regina Costa - RJ 08:45 - 09:00 09:00 - 09:50 09:50 - 10:20 22/09/2012 | 09:00-10:30 h | Palestra Sala 2: Câncer de Mama adjuvante presidente: Sergio Lago - RS Debatedor: Jose Bines - RJ 09:00 - 09:20 09:20 - 09:40 09:40 - 10:00 10:00 - 10:30 as novas vias terapêuticas, mtoR palestrante: Fabrice André - França as novas vias terapêuticas para pacientes HER2 palestrante: Xavier Pivot - França as novas vias terapêuticas da angiogênese palestrante: Xavier Pivot - França Discussão 10:20 - 10:30 22/09/2012 | 11:00-12:30 h | Palestra Sala 1: próstata presidente: Fernando Cotait Maluf - SP Debatedor: Daniel Herchenhorn - RJ 11:00 - 11:15 11:15 - 11:30 09:00 - 09:30 11:30 - 11:45 09:30 - 10:00 10:00 - 10:30 abertura palestrante: Cristina de Fátima Ruiz Volker - RJ a morte no ambiente hospitalar palestrante: Marisa Decat - MG Cuidados paliativos na infância palestrante: Juliana Martins de Mattos Gonnelli - RJ Discussão 22/09/2012 | 10:30-11:00 h | Intervalo Break: todas as Salas 22/09/2012 | 09:00-10:30 h | Palestra Sala 3: V Jornada Cirurgia oncológica torácica Coordenador: Luiz Carlos Losso - SP Coordenador: Rui Haddad - RJ presidente : Ricardo Santos - SP Conferência de abertura - o futuro da medicina diante da evolução exponencial da tecnologia palestrante: Rui Haddad - RJ Cirurgia oncológica torácica - presente e futuro palestrante: José de Jesus Peixoto Camargo - RS Discussão nouvelle classification (moleculaire) palestrante: Axel Lecesne - França Controle local et sarcomes d’ extremites palestrante: Alexander Eggermont - França 11:45 - 12:00 tratamento da doença localmente avançada: como combinar as estratégias? palestrante: Rafael Garcia Garcia - Espanha Câncer de próstata resistente à castração. Como ordenar as novas hormonioterapias com imunoterapia e quimioterapia? palestrante: Daniel Herchenhorn - RJ Câncer de próstata androgênio-resistente: papel dos taxanos palestrante: Fernando Cotait Maluf - SP novas estratégias após falha a docetaxel: um novo horizonte? palestrante: Fernando Cotait Maluf - SP 18 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 22/09/2012 - sábAdo 12:00 - 12:15 12:15 - 12:30 Estratégias para otimizar o controle das complicações ósseas palestrante: Igor Morbeck - DF Discussão 22/09/2012 | 11:00-12:30 h | Palestra Sala 2: Câncer de Mama adjuvante Casos clínicos das novas vias terapêuticas palestrante: Xavier Pivot - França palestrante: Fabrice André - França palestrante: Gustavo Ismael - SP Debatedor: Maria de Fátima Dias Gaui - RJ 22/09/2012 | 11:00-12:30 h | Palestra Sala 3: V Jornada Cirurgia oncológica torácica Futuro do diagnóstico e do tratamento do câncer de pulmão (para onde vamos?) presidente: Rui Haddad - RJ Debatedor: Enaldo Melo de Lima - MG 11:00 - 11:20 11:20 - 11:40 11:40 - 12:00 12:00 - 12:20 12:20 - 12:30 Quimioterapia palestrante: Benjamin Besse - França Radioterapia palestrante: Marcio Reisner - RJ terapia com drogas-alvo palestrante: Jean Charles Soria - França o lugar da videolaparoscopia na avaliação pré-operatória do câncer de pulmão palestrante: Jean Marie Wihlm - França Discussão 22/09/2012 | 11:00-12:30 h | Palestra Sala 4: Sarcoma Coordenadores: Antonio Buzaid - SP Rafael Schmerling - SP 11:00 - 11:40 11:40 - 12:05 12:05 - 12:30 novos tratamentos e tratamentos personalizados palestrante: Axel Lecesne - França Casos clínicos palestrante: Axel Lecesne - França Casos clínicos palestrante: Alexander Eggermont - França 22/09/2012 | 11:00-12:30 h | Palestra Sala 5: IV Jornada de psicologia oncológica Coordenadores: Cristina de Fátima Ruiz Volker - RJ Eliane Moscoso - RJ Marcia Regina Costa - RJ 11:00 - 11:30 uma nova proposta de atuação junto à família palestrante: Rosana Alves Costa - SP 11:30 - 11:40 Discussão 11:40 - 12:30 Sessão de temas livres orais de psicologia 22/09/2012 | 12:30-14:00 h | Simpósio-Satélite Sala 1: MERCK SERono 12:30 12:30 - 12:45 12:45 - 13:05 13:05 - 13:25 13:25 - 13:40 13:40-13:45 opening Christian Domenge a multidisciplinary approach in SCCHn to achieve efficacy and quality of survival palestrante: J-L Lefebvre the role of Erbitux in La SCCHn palestrante: J. Bourhis the role of Erbitux in 1st line R/M SCCHn palestrante: J-L Fefebvre Management of Erbitux related radiodermatitis palestrante: J. Bourhis Discussão 22/09/2012 | 14:00-15:30 h | Palestra Sala 1: Câncer de Cabeça e pescoço presidente: Christian Domenge - França/Brasil Debatedores: Fernando Cotait Maluf - SP Gilson Luchezi Delgado - SP 14:00 - 14:20 Definição da preservação de órgão em 2012; quais são os pacientes que podem se beneficiar no Brasil palestrante: Luiz Paulo Kowalski - SP 14:20 - 15:00 Conferência: o que nós aprendemos com os estudos de preservação da laringe? presente e futuro em preservação de órgão palestrante: Jean Louis Lefebvre - França 15:00 - 15:10 pacientes idosos, será que a preservação de órgão é uma opção terapêutica válida? não palestrante: Luiz Paulo Kowalski - SP 15:10 - 15:20 pacientes idosos, será que a preservação de órgão é uma opção terapêutica válida? SIM palestrante: Jean Louis Lefebvre - França 15:20- 15:30 Discussão 22/09/2012 | 14:00-15:30 h | Palestra Sala 2: Medical economics impacts of target terapies and personalized medicine in oncology: What should we expect for the next 5 years presidente: Carla Ismael - RJ Debatedor: Carlos Sampaio - BA 14:00 - 14:30 14:45 - 15:15 15:15 - 15:30 palestrante: Thomas Tursz - França the genetic and breast cancer, news from 2012 palestrante: Jeffrey Weitzel - EUA General discussion revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 19 22/09/2012 - sábAdo 22/09/2012 | 14:00-15:30 h | Palestra Sala 3 : V Jornada Cirurgia oncológica torácica Futuro do diagnóstico e do tratamento dos tumores de mediastino (para onde vamos?) presidente: Jean Marie Wihlm - França 16:20 - 16:40 14:00 - 14:15 17:00 - 17:20 14:15 - 14:30 14:30 - 14:45 14:45 - 15:00 15:00 - 15:30 Diagnóstico dos tumores do mediastino palestrante: Mauro Zamboni - RJ Quimioterapia palestrante: Mauro Zukin - RJ Radioterapia palestrante: Rachel Grazziotin - RJ terapia com drogas-alvo palestrante: Carlos Gil Ferreira - RJ Discussão 22/09/2012 | 14:00-15:30 h | Palestra Sala 5: IV Jornada de psicologia oncológica Coordenadores: Eliane Moscoso - RJ Cristina de Fátima - RJ Marcia Regina Costa - RJ 14:00 - 14:30 14:40 - 15:10 15:10 - 15:30 Intervenções interdisciplinares na área oncológica, é possível? palestrante: Silvana Maria Aquino da Silva - RJ Identificação e intervenções no enfrentamento dos efeitos adversos do tratamento oncológico palestrante: Maria Teresa Veit - SP Discussão 22/09/2012 | 15:30-16:00 h | Intervalo Break: todas as Salas 22/09/2012 | 16:00-18:30 h | Palestra Sala 1: Câncer de Cabeça e pescoço presidente: Fernando Dias - RJ Debatedor: Aline Lauda Freitas Chaves - MG Debatedor: Daniel Herchenhorn - RJ 16:00 - 16:20 Bioterapias no tratamento dos carcinomas de cabeça e pescoço, presente e futuro palestrante: Jean Bourhis - França 16:40 - 17:00 17:20 - 18:00 Management pós-operatória de pacientes de alto risco. tem alternativa além de radiação e cisplatina? palestrante: Jean Louis Lefebvre - França Guidelines para a re-irradiation palestrante: Jean Bourhis - França Será que a cirurgia dos linfonodos é necessária para os tumores avançados de cabeça e pescoço? palestrante: Jean Louis Lefebvre - França Discussão 22/09/2012 | 16:00-17:30 h | Palestra Sala 3: V Jornada Cirurgia oncológica torácica tratamento atual dos tumores de parede torácica presidente: Tadeu Diniz Ferreira - RJ 16:00 - 16:30 16:30 - 17:00 17:00 - 17:30 Cirurgia - Conferência palestrante: Jean Marie Wihlm - França tratamento adjuvante Qt palestrante: Mario Alberto Dantas Loures da Costa - RJ Discussão 22/09/2012 | 16:00-17:20 h | Mesa-Redonda Sala 5: IV Jornada de psicologia oncológica um novo corpo, uma nova imagem: Desafios à atuação do psicólogo Coordenadores: Márcia Regina Costa - RJ Cristina Volker - RJ Eliane Moscoso - RJ 16:00 - 17:30 16:00 - 17:30 16:00 - 17:30 17:30 - 18:00 Câncer de cabeça e pescoço palestrante: Claudia Fernandes Borges - RJ Quimioterapia e radioterapia palestrante: Kely Fernandes - MG Câncer ginecológico palestrante: Rosilene Cerqueira - MG Encerramento 20 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 21 Índice Pôsteres Vii ConGREsso FRAnCo-bRAsiLEiRo dE onCoLoGiA 20 a 22 de setembro de 2012 Hotel sofitel - Rio de Janeiro 22 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia a CÂnCER DE CaBEça E pESCoço pÁGIna A001 Linfomas de células T/NK tipo nasal primário de laringe - 18 meses de sobrevida livre de doença A002 Avaliação da expressão do FAS e FASL e relação com o prognóstico de pacientes com carcinoma epidermoide de boca e orofaringe A003 Avaliação molecular do polimorfismo do gene p53 no códon 72 (arginina/prolina) no câncer de cabeça e pescoço A004 O polimorfismo do gene TP53 no códon 72 no câncer de cabeça e pescoço: uma meta-análise com agrupamento de 13.835 indivíduos A005 Pineblastoma: relato de caso A006 Avaliação de polimorfismo em genes do metabolismo do etanol relacionado ao risco de carcinoma epidermoide de cavidade oral 34 A007 Expressão da HIF-1alpha como um marcador de predição à resposta terapêutica de pacientes com carcinoma epidermoide de cavidade oral 34 A008 Polimorfismo Gly388Arg e expressão do gene FGFR4 como marcador de recidiva em pacientes com carcinoma epidermoide oral e de orofaringe 34 A009 Avaliação da expressão do NDRG1 e sua relação com o prognóstico em pacientes com carcinoma epidermoide oral e orofaringe 35 A010 Carcinoma basocelular em fenda nasal com amaurose ipsilateral A011 Prevalência, estadiamento e sobrevida dos casos de câncer de boca e orofaringe em um centro de alta complexidade em oncologia da Região Sudeste A012 Avaliação da qualidade de vida em pacientes com câncer de cabeça e pescoço submetidos a cirurgias mutiladoras A013 Carcinoma papilífero tireoidiano metastático em paciente masculino de 25 anos A014 Polimorfismo do códon 72 do gene TP53 no câncer de orofaringe A015 Análise da mutação V600E do gene BRAF e detecção imuno-histoquímica da proteína BRAF em carcinomas papilíferos de tiroide A016 Análise dos fatores de risco para câncer de boca em uma população de idosos de Fortaleza A017 Tiazolinedinonas reduzem a viabilidade celular de gliomas em cultura A018 Análise da mutação V600E do gene BRAF em microcarcinomas papilíferos de tireoide B CIRuRGIa onCoLÓGICa B001 Tumor de FRANTZ em corpo de pâncreas com invasão de veia mesentérica superior em criança. Relato de caso e revisão de literatura B002 Neoplasias primárias múltiplas B003 Tumor de Klatskin. Relato de caso e revisão de literatura B004 Sarcoma sinovial: relato de caso B005 Teratoma imaturo na gestação: relato de caso B006 Dermatofibrossarcoma protuberans: experiência e discussão numa série de casos 32 32 33 33 33 35 36 36 36 37 37 37 38 38 pÁGIna 39 39 39 40 40 40 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 23 B007 Tumor neuroendócrino sincrônico em intestino delgado: relato de caso B008 Coriocarcinoma após 23 anos do diagnóstico de mola hidatiforme: relato de caso B009 Modelo experimental para a pesquisa de linfonodo sentinela na vulva de cadelas B010 Reconstrução vaginal em paciente jovem com longa sobrevida após exenteração pélvica total B011 Adenocarcinoma de úraco: relato de caso e revisão da literatura B012 Tratamento cirúrgico de câncer renal localmente avançado com trombo em veia cava B013 Hemangiopericitoma retroperitoneal gigante: relato de caso B014 Leiomiossarcoma de retroperitônio com invasão de veia renal e reconstrução com enxerto espiralado de veia safena B015 Lipossarcoma de retroperitônio gigante: relato de caso e revisão B016 Lipossarcoma de retroperitônio associado a adenocarcinoma de sigmoide: relato de caso de tumores sincrônicos e revisão C CÂnCER Do tRato GaStRoIntEStInaL C001 Neoplasia de células redondas no pâncreas - Um relato de caso de difícil diagnóstico C002 Exame dermatológico atuando de forma importante a fim de melhorar o prognóstico na síndrome de Peutz Jeghers C003 Fatores de riscos associados ao câncer gástrico: revisão integrativa da literatura C004 Ascite como primeiro sinal de câncer gástrico “tipo Krukemberg” C005 Avaliação de fatores de risco para câncer colorretal em amostra da população de Fortaleza 45 C006 Caso de síndrome hemolítico-urêmica (SHU) em quimioterapia (QT) com 5-fluouracil e oxaliplatina para adenocarcinoma de cólon 46 C007 Tendência da mortalidade por câncer de estômago em Salvador e no Estado da Bahia, Brasil, de 1980 a 2007 C008 Estudo da instabilidade de microssatélite e potenciais genes-alvos em GISTs C009 A quimioterapia de indução como novo cenário no tratamento do câncer de esôfago médio localmente avançado: um relato de caso C010 Estudo retrospectivo de neoplasias colorretais em uma clínica oncológica privada: perfil epidemiológico C011 Adenocarcinoma de intestino delgado: relato de caso C012 Acantose nigricans maligna: relato de caso C013 Registro de câncer colorretal ao longo de 13 anos em uma clínica privada brasileira: dados de mundo real C014 Tumor de seio endodérmico primário do fígado C015 Perfil clínico e epidemiológico dos pacientes portadores de tumores esofágicos submetidos a esofagectomia em um serviço de referência da cidade de Montes Claros, MG 40 41 41 41 41 42 42 42 43 43 pÁGIna 44 44 45 45 46 46 47 47 47 48 48 48 49 24 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia C016 Câncer de esôfago: correlação entre início dos sintomas e diagnóstico, estadiamento e resposta ao tratamento em um serviço referência do Norte de Minas 49 C017 A via de sinalização Hedgehog como um importante regulador na linhagem celular HT-29 de carcinoma de cólon humano 49 C018 Novos biomarcadores no câncer de esôfago: papel na avaliação diagnóstica e terapêutica C019 Adenocarcinoma mucinoso de reto em paciente jovem C020 Tumor do estroma gastrointestinal em paciente portador de neurofibromatose tipo 1 C021 Tumor de suprarrenal com invasão da veia cava retro-hepática - relato de caso C022 Avaliação da associação entre Helicobacter pylori e câncer gástrico em pacientes com idade inferior a 40 anos atendidos na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCECON) 51 C023 Perfil sorológico dos portadores de hepatocarcinoma atendidos na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas - AM 51 D CÂnCER GInECoLÓGICo D001 “A mulher moderna e a importância das campanhas de saúde” - campanha realizada no PSF Vargem Grande, Teresópolis D002 Registro de câncer de ovário ao longo de 13 anos em uma clínica privada brasileira: dados de mundo real D003 Prevenção primária do câncer de colo uterino: fatores associados à adesão D004 Métodos de manutenção da função hormonal ovariana em pacientes na pré-menopausa com câncer de colo uterino D005 Análise proteômica de fluidos intratumorais epiteliais malignos e benignos de ovário D006 Epidemiological profile of women with risk factors for developing cervix câncer D007 Conhecimento de mulheres de um centro de saúde da família de Fortaleza-CE sobre o exame de Papanicolaou D008 Diagnóstico precoce de neoplasia adenomatosa ampular com manifestações clínicas atípicas e possibilidade de terapia curativa 55 D009 Avaliação de práticas de prevenção e de triagem para o câncer de colo de útero num grupo de estudantes da periferia de Fortaleza 55 D010 Adenocarcinoma seroso de ovário com metástase peritoneal - um relato de caso E CÂnCER DE MaMa E001 Avaliação da ocorrência de náusea e vômito em mulheres com câncer de mama durante a quimioterapia E002 Perfil sociodemográfico de mulheres jovens com câncer de mama em Fortaleza - Ceará E003 Atuação do enfermeiro na prevenção e manejo do linfedema em mulheres mastectomizadas E004 Nível de atividade física em mulheres sobreviventes ao câncer de mama participantes do projeto vida presente E005 Genisteína diminui seletivamente a viabilidade celular de carcinoma de mama MCF-7 E006 Experiência do centro de mama da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre: análise dos últimos sete anos 50 50 50 51 pÁGIna 53 53 53 54 54 54 55 56 pÁGIna 57 57 58 58 58 59 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 25 E007 Avaliação do efeito citotóxico da lectina de Abelmoschus esculentus (AES) em carcinoma de mama humano E008 Carcinoma ductal infiltrante de padrão cribiforme em homem de 93 anos: relato de caso E009 Efeito da atuação da fisioterapia sobre a força muscular, amplitude de movimento e funcionalidade do ombro após mastectomia 60 E010 Impacto na qualidade de vida de mulheres em tratamento de câncer de mama: mastectomia versus cirurgia conservadora 60 E011 Qualidade de vida relacionada à saúde em mulheres sobreviventes ao câncer de mama. Um estudo de acompanhamento 60 E012 Differential expression profile of micrornas during human breast cancer progression E013 Avaliação patológica e cirúrgica das pacientes diagnosticadas com câncer de mama no serviço de Mastologia da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC-UFC) em 2008 E014 Targeting MUC1 and its isoforms using aptamers for the treatment of breast cancer E015 Estudo em moradoras do bairro Rodolfo Teófilo, em Fortaleza, analisando fatores de risco para câncer de mama E016 Avaliação do tratamento neoadjuvante de quimiorradioterapia em portadoras de câncer de mama E017 Utilização de um marcador autólogo derivado do sangue para a identificação do linfonodo sentinela em mama de cadela 63 E018 Relação entre quantidade de gordura visceral e desenvolvimento de câncer de mama em pacientes da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand 63 E019 NF-kB coordinates epithelial-to-mesenchymal transition properties in HER2 positive breast cancer E020 Atuação do enfermeiro frente à paciente com câncer de mama hospitalizada E021 Câncer de mama e gestação: relato de caso e revisão de literatura E022 Mammography prevalence and compliance of brazilian women E023 O cuidado da mulher mastectomizada no perioperatório E024 Conhecimento, atitude e prática dos enfermeiros na detecção precoce do câncer de mama na estratégia saúde da família E025 Prevalência de linfedema no período pós-operatório em mulheres mastectomizadas E026 Terapia de reposição hormonal no climatério x câncer de mama E027 Terapia física complexa para o tratamento do linfedema pós-mastectomia E028 Análise retrospectiva da incidência e mortalidade de câncer de mama em mulheres jovens, estratificadas por faixa etária, no hospital Professor José Aristodemo Pinotti E029 Registro de câncer de mama ao longo de 13 anos em uma clínica privada brasileira: dados de mundo real E030 Aspectos socioeconômicos e étnicos associados à sobrevida por câncer de mama em população brasileira E031 Avaliação da acurácia da mamocintilografia no diagnóstico complementar de lesões mamárias 68 E032 Índice de massa corporal e índice de adiposidade corporal em mulheres sobreviventes ao câncer de mama. Um estudo comparativo 68 E033 Déficit no autocuidado para vestir-se em mulheres mastectomizadas E034 Análise de 65 casos de cirurgia de oncoplástica da Universidade Federal de Viçosa e Instituto da Mama de Ubá 59 59 61 61 62 62 63 64 64 64 65 65 65 66 66 66 67 67 67 69 69 26 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia E035 Análise de 545 casos de neoplasia maligna de mama do serviço da Universidade Federal de Viçosa e Instituto da Mama de Ubá E036 Relato de caso: adenoma pleomórfico de mama E037 Differential expression of circulating micrornas in serum of breast cancer patients using quantitative reverse transcription (qRT-PCR) E038 Linfonodo sentinela orientado apenas por azul patente - 113 casos E039 Apresentação incomum de tumor oculto de mama: relato de caso e revisão de literatura E040 Perfil imuno-histoquímico e variáveis clínico-patológicas no câncer da mama E041 Manifestação de dermatopolimiosite em paciente com câncer de mama E042 Polimorfismos do gene VEGF-A e evolução clínica no câncer de mama: associação de variáveis histopatológicas e o impacto no tratamento neoadjuvante E043 Qualidade de vida de mulheres com câncer de mama segundo o tipo de tratamento E044 Classificação do estado de saúde por mulheres mastectomizadas E045 Melanoma primário de mama E046 Searching for oxidative stress characterization in human breast cancer: putative role in disease staging, molecular subtypes and chemotherapy response E047 Linfoma não-hodgkin de células de Burkitt em mama: relato de caso E048 Adenoma pleomórfico de mama E049 Participação de pacientes idosas com câncer de mama em tratamento quimioterápico E050 Mastectomia radical e o impacto sobre a sexualidade feminina E051 Investigação radiológica para detecção precoce de câncer de mama - evolução de BI-RADS 2 para BI-RADS 4 relato de caso E052 Qualidade de vida de mulheres com câncer de mama E053 Tendência da mortalidade por câncer de mama feminina no Estado da Bahia, Brasil, 1980 a 2007 F outRoS F001 Estudo dos polimorfismos rs4252668, rs61749329 e rs116197192 no gene MDM4 em pacientes com retinoblastoma F002 Study of the morphologic and molecular profile of colorectal lesions detected and removed by colonoscopy F003 1ª campanha de combate ao câncer de pele em Teresópolis F004 Avaliação dos conhecimentos sobre os riscos do consumo de álcool e tabaco em estudantes de um bairro da periferia de Fortaleza F005 Avaliação dos hábitos de exposição solar e fotoproteção em um grupo de estudantes da periferia de Fortaleza F006 Aplicação do processo de enfermagem no cuidado de adolescentes portadores de câncer: relato de experiência F007 O estresse e a influência na ocorrência de câncer na saúde do trabalhador de enfermagem: uma revisão de literatura 69 70 70 70 71 71 71 72 72 72 73 73 73 74 74 74 75 75 75 pÁGIna 76 76 77 77 77 78 78 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 27 F008 Avaliação do laser vermelho de baixa intensidade no crescimento bacteriano, filamentação e DNA plasmídio 79 F009 Hemangiopericitoma meníngeo - Metástases ósseas e hepáticas após 15 anos de diagnóstico 79 F010 Efeito do tratamento agudo do extrato de Origanum vulgare L. na biodistribuição do radiofármaco pertecnetato de sódio (Na99MTcO4) 79 F011 Incidência de reações de hipersensibilidade induzidas por antineoplásicos 80 F012 Identificação de fatores de risco oncológicos modificáveis em idosos de uma comunidade acadêmica 80 F013 Realização e periodicidade de rastreio oncológico em idosos de um programa de extensão universitária 81 F014 Tumor gigantocelular: relato de caso 81 F015 Relato de experiência: “monitoramento ativo dos parâmetros laboratoriais dos pacientes em tratamento oncológico” 81 F016 Carcinoma sarcomatoide de bexiga urinária. Relato de dois casos e revisão de literatura 82 F017 Hipotermia terapêutica: uma proposta para melhoria da imagem corporal em pacientes submetidos a quimioterapia 82 F018 Influência do polimorfismo rs1059234 do gene CDKN1A em pacientes com retinoblastoma 82 F019 Micose fungoide: a importância da suspeita clínica para seu diagnóstico 83 F020 Sistematização da assistência de enfermagem no portador de mieloma múltiplo: relato de experiência 83 F021 Relato de caso: carcinoma folicular de tireoide metastático, descrição de uma doença indolente 83 F022 Investigação do polimorfismo PIN3 no gene TP53 como um mecanismo de antecipação gênica no desenvolvimento tumoral 84 F023 Cuidado humano, ético e moral ao paciente oncológico terminal: uma experiência de enfermagem 84 F024 Tumor de Wilms bilateral metacrônico: relato de caso 84 F025 Linfoma NK nasal - relato de caso 85 F026 Cuidados de enfermagem em um setor de hematopediatria oncológica durante um estágio de observação por acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal Fluminense: relato de experiência 85 F027 Atributos da atenção primária à saúde oferecidos a pacientes oncológicos 85 F028 O compromisso ético dos profissionais, especialmente do enfermeiro, com o acolhimento em unidade de terapia pediátrica oncológica 86 F029 O acolhimento em enfermagem na terapia intensiva pediátrica oncológica: uma revisão sistemática da literatura 86 F030 Síndrome da veia cava superior em neoplasia de células redondas - relato de caso 86 F031 Manutenção do cateter venoso central totalmente implantado (CVC TI): um estudo documental 87 F032 Assistência de enfermagem na doença enxerto-versus-hospedeiro: uma revisão de literatura 87 F033 Demandas de cuidados de pacientes oncológicos em tratamento 88 F034 Estudo populacional de alterações no gene RB1 88 F035 Síndrome de Gorlin-Goltz: o que o oncologista precisa saber? 88 F036 Sistematização da assistência de enfermagem em oncologia: uma revisão integrativa 89 28 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia F037 Linfoma não-Hodgkin de origem em músculo esquelético em paciente com síndrome da imunodeficiência adquirida. Relato de caso e revisão de literatura 89 F038 Massa pulmonar e síndrome de veia cava superior em paciente com timoma B1 - relato de caso 89 F039 Carcinoma renal papilífero em paciente com antecedente de neuroblastoma na infância. Existe uma associação? 90 F040 Meningeoma anaplásico frontoparietal em paciente oligossintomático: relato de caso 90 F041 Estresse e manifestações de transtornos mentais comuns (TMC) em profissionais de enfermagem de um hospital oncológico 90 F042 Prevalência de doenças oncológicas e óbito em crianças internadas na unidade de terapia intensiva pediátrica de um hospital referência - Belém/Pará 91 F043 Uso do rituximabe: suas indicações e reações adversas: uma revisão integrativa 91 F044 Indicações e efeitos adversos da doxorrubicina: revisão integrativa 91 F045 Cuidados de enfermagem ao paciente em fase terminal 92 F046 Perfil epidemiológico dos cadastrados em campanha de cadastramento de doadores voluntários de medula óssea em Maceió/AL 92 F047 Farmacogenética do gene tiopurina metiltransferase na resposta a 6-mercaptopurina, em pacientes com leucemia linfoblástica aguda, na Região Norte do Brasil 92 F048 Utilização de estratégias educativas no cuidado de adolescentes com câncer: relato de experiência 93 F049 Carcinoma renal de célular fusiformes e tubular mucinoso: relato de caso e revisão de literatura de um tumor renal raro 93 F050 Investigação de um polimorfismo indel do gene NFKB1 associado à suscetibilidade ao câncer do tipo melanoma 93 F051 História familiar de câncer e sua relação com as doenças tabaco-relacionadas e com a dificuldade de parar de fumar do paciente 94 F052 Investigação do gene NAT2 na suscetibilidade ao câncer gástrico e mama, na Região Norte do Brasil 94 F053 Trombocitemia atípica na infância: relato de caso 94 F054 Análise epidemiológica de 275 casos de leucemias na infância 95 F055 Perfil epidemiológico dos entrevistados na 13ª campanha nacional de prevenção ao câncer de pele em Alagoas 95 F056 Linfoma primário do Sistema Nervoso Central: relato de caso 95 F057 Educação em saúde e oncologia 96 F058 Comparação da inibição da Polo-Like kinase 1 com diferentes drogas em células de meduloblastoma 96 F059 Inhibition of NF-KB by dehydroxymethylepoxyquinomicin suppresses invasion and synergistically potentiates temozolomide and -radiation cytotoxicity in glioblastoma cells 96 F060 Hábitos relacionados à prevenção de câncer de pele entre corredores de provas de longa duração 97 F061 Preditores de desconforto emocional na primeira consulta em ambulatório de cuidados paliativos 97 F062 Associação de sintomas de pacientes em tratamento oncológico 97 F063 Adaptação transcultural e validação para a língua portuguesa do instrumento Ontario protocol assessment level (OPAL) 98 F064 GPD como alternativa ao DHAP no linfoma de Hodgkin recidivado 98 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 29 G CÂnCER DE pRÓStata pÁGIna G001 Correlação entre o escore de Gleason, PSA e estadiamento nos pacientes atendidos no Instituto Maranhense de Oncologia em 2006 e 2007 99 G002 Evaluation of overexpression of TMPRSS2 and ERG proteins and TMPRSS2: ERG gene fusion in prostate cancer patients 99 G003 Evaluation of pathological presentation of prostate cancer cases in trans-rectal biopsies H pSICoLoGIa H001 Síndrome de Burnout na área de enfermagem oncológica H002 A quimioterapia em fotografias e narrativas: um estudo exploratório H003 Implicações psicossociais do adoecimento por câncer na adolescência H004 Horário de visita estendida para familiares em unidade de terapia intensiva H005 A experiência do adoecer e morrer em cuidados paliativos, uma compreensão a partir das histórias de vida H006 Uma proposta de atuação junto à família do paciente oncológico H007 Tratar o real (do câncer) pelo simbólico (da palavra) ou “O que o buraco que fica faz de mim”- considerações da clínica psicanalítica H008 O trabalho do psicólogo com pacientes em cuidados paliativos - considerações a partir da psicanálise H009 O paciente com câncer de cabeça e pescoço: aspectos psicossociais e contribuições da assistência psicológica H010 Grupos de suporte com pacientes oncológicos: uma proposta de cuidados em psico-oncologia I CÂnCER DE puLMão I001 Apresentação inicial de câncer de pulmão não-pequenas células com carcinomatose retroperitoneal I002 Tumor sincrônico de pulmão? Carcinoma de células escamosas e oat cell. Relato de caso e revisão de literatura I003 Avaliação dos hábitos tabagistas de um grupo de indivíduos na faixa etária de 18 a 90 anos I004 Prevalência de neoplasia pulmonar em idosos internados em uma clínica pneumológica e sua correlação com a assistência fisioterapêutica I005 Avaliação de pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células metastático e performance status 2 I006 Características clínicas e análise prognóstica de pacientes portadores de metástase cerebral e câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) I007 Síndrome paraneoplásica e sua relação com neoplasia pulmonar I008 Câncer de pulmão de células não-pequenas localmente avançado em idosos: experiência do INCA 99 pÁGIna 100 100 100 101 101 101 102 102 103 103 pÁGIna 104 104 104 105 105 105 106 106 30 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia I009 Perfil clínico e terapêutico do câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) em uma clínica privada brasileira: um estudo de desfechos de mundo real 106 I010 Possível contaminação cruzada para tuberculose em paciente com câncer de pulmão - relato de caso do HUAPUFF, 2012 107 I011 Tratamento exclusivamente cirúrgico para adenocarcinoma pulmonar com metástase única na suprarrenal I012 Diagnóstico do câncer de pulmão: atualidades e perspectivas I013 Perfil dos usuários de tabagistas que buscam o programa de cessação do tabagismo (SUS) da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre J RaDIotERapIa J001 Study of Centella asiatica extract for its potential in the radioprotection from aptamer-radioligand complexes in molecular targeted radiotherapy K SaRCoMa K001 Tumor estromal gastrointestinal primário de fígado: relato de caso K002 Rabdomiossarcoma de cavidade nasal: relato de caso K003 Osteossarcoma: fatores prognósticos e conduta - relato de caso K004 Sarcoma embrionário indiferenciado do fígado: relato de dois casos K005 Tumor desmoplásico de células pequenas e redondas: relato de caso K006 Tumor estromal gastrointestinal primário de pâncreas: relato de caso K007 Avaliação da expressão de p53 e p21CIP1/WAF1 em sarcomas de partes moles de extremidades em adultos K008 Impacto da expressão de marcadores apoptóticos Bcl-2 e Bax no prognóstico dos sarcomas de partes moles de extremidades K009 Angiossarcoma do membro superior pós-radioterapia: relato de caso K010 Apresentação atípica de sarcoma de Kaposi em pacientes jovens, infectados pelo vírus HIV: relatos de casos K011 Leiomiossarcoma primário de tireoide: relato de caso K012 Recidiva tardia de osteossarcoma: relato de caso K013 Paciente com SIDA em uso de HAART: surgimento atípico de sarcoma de Kaposi relacionado à síndrome inflamatória de reconstituição imune K014 Sarcoma embrionário (Indiferenciado) hepático em adulto: relato de caso K015 Sarcoma de diferenciação adipocítica com metástase linfonodal 107 107 108 pÁGIna 108 pÁGIna 109 109 109 110 110 110 111 111 111 112 112 112 112 113 113 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 31 Pôsteres Vii ConGREsso FRAnCo-bRAsiLEiRo dE onCoLoGiA 20 a 22 de setembro de 2012 Hotel sofitel - Rio de Janeiro 32 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia CânCer de CaBeça e PesCOçO A001. LinFoMA dE CÉLULAs T/nK TiPo nAsAL PRiMáRio dE LARinGE – 18 MEsEs dE sobREVidA LiVRE dE doEnÇA LARYnx LYnFoMA T/nK nAsAL – 18 MonTHs oF FREE disEAsE sURViVAL Morais, D. C. R*.; Asmar, S. B*.; Zangrandi, M. L*.; Marques, C. L. T. Q*.; Marques, E. Q*.; Soares, C. L* *Hospital Santa Águeda - Centro de Oncologia de Caruaru, Caruaru - PE. Objetivo: Relatar o caso de linfoma de células T/NK tipo nasal primário de laringe. Metodologia: J. N. Q., masculino, 39 anos, com relato de dispnéia progressiva há 05 meses. Realizou laringoscopia que evidenciou extensa formação expansiva granulomatosa em laringe supra-glótica. Biópsia e estudo imunohistoquímico demonstraram positividade para o transcrito EBER-I (associado ao vírus Epstein-Barr) e expressão de CD3, CD56 e granzima B sendo consistentes com o diagnóstico de linfoma de células T/NK extranodal, tipo nasal. Tomografia de face e pescoço evidenciaram espessamento e irregularidade da valécula, epiglote e pregas ari-epiglóticas, densificação da gordura préepiglótica à direita da linha média, ausência de linfonodomegalias cervicais e/ou lesões em cavidade nasal ou seios paranasais. Tomografia de tórax e abdômen sem sinais de doença. Estádio IE. Realizado radioterapia conformacional 45 Gy em 25 frações com melhora clínica importante, seguida de 8 ciclos de CHOP. Exames de seguimento mostraram regressão completa da lesão após 18 meses de seguimento. Discussão: O envolvimento extra-nodal nos pacientes portadores de linfomas é descrito em apenas 15-25% dos casos, sendo o anel de Waldeyer o sítio de envolvimento extra-nodal mais frequente na região de cabeça e pescoço. Os linfomas primários da laringe são raros, sendo descritos na literatura menos de 100 casos. O diagnóstico de linfoma de células T/NK primário de laringe é extremamente raro, com número restrito de casos descritos em todo o mundo, sendo a maioria em pacientes de origem asiática. O linfoma T/NK primário de laringe é considerado doença grave e altamente agressiva, com a maioria dos pacientes evoluindo para o óbito dentro de seis meses após o diagnóstico. Conclusão: Apresentamos possivelmente o primeiro relato de caso de linfoma de células T/NK primário de laringe no Brasil, com excelente resposta clínica ao tratamento radioquimioterápico e sem evidência de recidiva, 18 meses após o diagnóstico. A002. AVALiAÇÃo dA ExPREssÃo do FAs E FAsL E RELAÇÃo CoM o PRÓGnÓsTiCo dE PACiEnTEs CoM CARCinoMA EPidERMoidE dE boCA E oRoFARinGE Maia, L. L.1; Carvalho-Neto, P. B.2; Santos, M.1; Mendes, S. O.1; Stur, E.1; Peterle, G. T.1; Agostini, L. P.1; Carvalho, M. B.2; GENCAPO3; Tajara, E. H.4; Louro, I. D.1; Silva, A. M. A.1 1. Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Federal do Espírito Santo, Espírito Santo - ES. 2. Laboratório de Biologia Molecular do Hospital Heliópolis, São Paulo - SP. 3. Head and Neck Genome Project – http://ctc.fmrp.usp.com.br/clinicalgenomics/cp/group.asp 4. Departamento de Biologia Molecular - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto - SP. Introdução: A apoptose pode ser ativada por meio de receptores específicos presentes na superfície celular, chamados receptores de morte. Dentre os diversos receptores estudados o mais conhecido e melhor compreendido é o FAS tendo como ligante o FASL. Alguns estudos associam a expressão destes genes com a progressão tumoral e o prognóstico da doença. Objetivo: Correlacionar a expressão do FAS e FASL com as variáveis clínicopatológicas do tumor e o prognóstico da doença em pacientes com carcinoma epidermoide oral e orofaringe. Métodos: Neste estudo, foi investigada a expressão do FAS e do FASL por imunohistoquímica em tissue microarray contendo amostras tumorais de 85 pacientes com carcinoma epidermoide de cavidade oral e orofaringe. Os resultados obtidos da expressão FAS e FASL foram correlacionados com as características clinicopatológicas e curvas de sobrevida. Resultados: Tanto a expressão do FAZ, quanto do FASL, não foram associadas com o tamanho do tumor, presença de linfonodos e grau de diferenciação. No entanto, ambas as expressões, FAS e FASL, foram relacionadas com a invasão perineural (respectivamente, p=0,06 e p=0,01). A expressão positiva tanto do FAS como do FASL se mostraram como fatores de proteção contra recidivas tumorais (respectivamente, OR=0,20; IC=0,06-0,70 e OR=0,34; IC=0,14-0,85). Pacientes com expressão positiva do FAS apresentaram melhor sobrevida livre de doença (HR=0,27; IC=0,09-0,77) e melhor sobrevida doença específica (HR=6,74; IC=1,69-26,81), no entanto, a mesma relação não foi observada para o FASL. Conclusão: Pacientes com expressão positiva para as proteínas FAS e FASL apresentaram uma diminuição do risco de recidiva quando comparados com pacientes negativos. Pôde-se observar também que pacientes com expressão positiva do FAS apresentaram melhor sobrevida livre de doença e melhor sobrevida doença específica. Os resultados apontam o FAS e FASL como possíveis marcadores preditivos de recidiva em pacientes com carcinoma epidermoide de boca e orofaringe. Câncer de Cabeça e Pescoço 33 A003. AVALiAÇÃo MoLECULAR do PoLiMoRFisMo do GEnE P53 no CÓdon 72 (ARGininA/PRoLinA) no CÂnCER dE CAbEÇA E PEsCoÇo Silva, A. M. T. C.1; Bertazzi, R. C.1; Oliveira, M. V. P.2; Paula, L. B.2; Silva, D. M.2; Silva, C. C.2; Cruz, A. D.2 1. Departamento de Medicina - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia - Goiás. 2. Departamento de Medicina e Biologia - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia - GO. Objetivo: O câncer de cabeça e pescoço ocorre nas regiões da cavidade oral, da faringe e da laringe. Aspectos epidemiológicos evidenciam a etiologia multifatorial das neoplasias de cabeça e pescoço, destacando, o tabagismo e o etilismo crônicos, seguidos dos aspectos nutricionais, infecções pelo HPV e polimorfismos genéticos. No contexto dos polimorfismos genéticos tem-se o gene p5372(RP) (polimorfismo do gene p53 no códon-72, com as variantes R: Arginina e P: Prolina). O presente estudo objetivou estabelecer a associação entre o polimorfismo do gene p5372(RP) e o câncer de cabeça e pescoço. Métodos: O estudo contou com 602 participantes, com: 331 pacientes com câncer de cabeça e pescoço provenientes do Hospital Araújo Jorge de Goiânia/GO (grupo caso) e 271 indivíduos saudáveis (grupo controle). As amostras foram processadas e o DNA foi isolado para a avaliação molecular, por PCR, do polimorfismo do gene p5372(RP). Resultados: O grupo dos casos foi distribuído da seguinte forma: 160 (48,3%) casos de câncer oral, 94 (28,4%) de câncer de laringe, 47 (14,2%) de câncer de orofaringe, e, finalmente, 30 (9,1%) de câncer de hipofaringe, ou seja, a faringe apresentou 77 (23,3%) casos. As frequências alélicas, dos 602 participantes para p53Arg e p53Pro, foram, respectivamente, 73,3% e 26,7% no grupo caso e 74,2% e 25,8% no grupo controle (p=0,119). As frequências genotípicas foram, para o grupo caso, 56,8% Arg/Arg, 32,9% Arg/Pro e 10,3% Pro/Pro; e para o grupo controle, 61,3% Arg/Arg, 25,8% Arg/Pro e 12,9% Pro/Pro (p=0,137). Conclusões: Os dados gerais obtidos sugerem ausência de correlação entre o polimorfismo do gene p5372(RP) e o risco de desenvolver o câncer de cabeça e pescoço. Por outro lado, ao estratificar os dados por sítio anatômico, o genótipo Arg/Arg se revelou como um importante fator de risco oncogênico para o desenvolvimento do câncer da orofaringe quando comparado com os outros genótipos. Palavras-Chave: p53, polimorfismo, câncer, cabeça e pescoço, PCR. A004. o PoLiMoRFisMo do GEnE TP53 no CÓdon 72 no CÂnCER dE CAbEÇA E PEsCoÇo: UMA META-AnáLisE CoM AGRUPAMEnTo dE 13.835 indiVÍdUos Silva, A. M. T. C.1; Arruda, M. L.2; Oliveira, M. V. P.3; Paula, L. B.4; Silva, M. D.5; Silva, C. C.6; Cruz, A.D.7 1. Departamento de Medicina - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia - Goiás. 2. Departamento de Medicina e Biologia - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia - GO. Objetivo: O termo câncer de cabeça e pescoço agrupa tumores malignos da cavidade oral, faringe e laringe. O objetivo do estudo foi realizar uma meta-análise com dados de artigos científicos sobre o polimorfismo de TP5372(RP) (polimorfismo do gene TP53 no códon 72, com as variantes R: Arginina e P: Prolina) em câncer de cabeça e pescoço. Métodos: Realizou-se uma meta-análise com 29 estudos do tipo caso-controle de avaliação do polimorfismo TP5372(RP) em câncer de cabeça e pescoço. Os bancos utilizados foram: SciELO, Web of Science e PubMed, entre os anos 2000 a 2008. A pesquisa combinou os unitermos TP53, polymorphism, cancer e head and neck. Testes globais de associação foram utilizados para avaliar a significância da correlação entre o polimorfismo e o câncer de cabeça e pescoço para os estudos combinados. Os valores de cada estudo foram combinados com testes de efeitos fixo e randômico utilizando o software BioEstat® 5.0. Resultados: Os artigos utilizados analisaram pacientes com câncer de cabeça e pescoço (10 artigos), cavidade oral (10 artigos), faringe (6 artigos) e laringe (3 artigos) e controles saudáveis. Dos 29 estudos utilizados, oito foram realizados nos EUA, quatro na Índia, três na Tailândia, três em Taiwan e os onze restantes em outros países. Os métodos de avaliação do polimorfismo gênico foram por PCR (16 artigos) ou por PCR-RFLP (13 artigos). Agrupando todos os estudos, tem-se um total de 13.835 participantes. O grupo dos casos apresentou 6.440 (46,6%) pacientes, cuja média geral das idades foi de 55,5 anos, o grupo controle contou com 7.395 (53,4%) indivíduos saudáveis, com a média geral das idades de 54,2 anos. Conclusões: A meta-análise agrupou 29 estudos sobre o polimorfismo de TP5372(RP) em câncer de cabeça e pescoço e não indicou nenhum tipo de correlação entre as variáveis consideradas. Palavras-Chave: TP53, polimorfismo, câncer, cabeça e pescoço, meta-análise. A005. PinEobLAsToMA: RELATo dE CAso Moraes, R. A.*; Fonseca; T. P.*; Nourani, C. M. L.*; Sykora, T.*; Carvalheira, J. B. C.* *Hospital de Clínicas - Universidade de Campinas, Campinas - SP. Introdução: Os tumores da pineal correspondem a menos de 1% dos tumores primários do sistema nervoso central, predominando em homens com menos de 30 anos. São representados pelos tipos histológicos (OMS): tumores de células germinativas (60%), tumores do parênquima pineal (30%) e gliomas (5%). Dentre os tumores do parênquima pineal, o pineoblastoma é o subtipo mais agressivo (grau IV). Relato de Caso: Masculino, 24 anos, procurou o pronto-socorro por cefaléia, vômitos e embaçamento visual há 15 dias. Ao exame, apresentava-se com fácies de dor, desidratado, emagrecido, com marcha atáxica. Marcadores séricos: alfafetoproteína = 0,60 ng/mL, beta-HCG = 1,43 mUI/mL. Tomografia computadorizada de crânio: lesão expansiva na pineal determinando hidrocefalia obstrutiva. O paciente foi submetido imediatamente à derivação ventrículoperitoneal e, posteriormente, a ressecção parcial do tumor. Inicialmente, a biópsia de congelação acusou germinoma. No entanto, a imunoistoquímica revelou pineoblastoma. No momento, com mínimas sequelas motoras-sensoriais, o paciente está em adjuvância com radioterapia de neuroeixo (36 Gy, com boost de 20 Gy no sítio do tumor 1ário) e Vincristina semanal (1,5 mg/m2 IV), seguidos de vincristina (1,5 mg/m2 IV D1, D8, D15) + lomustina (75 mg/m2 VO D1) + cisplatina (70 mg/m2 IV D1), a cada seis semanas, por oito ciclos. Conclusão: O pineoblastoma é um raro e agressivo tumor da pineal. Manifesta-se com síndrome de hipertensão intracraniana (cefaleia, vômitos, papiledema, ataxia, síndrome de Parinaud). Exames de neuroimagem localizam a lesão. A análise séricoliquórica deve incluir a dosagem de marcadores dos tumores de células germinativas, principal diagnóstico diferencial. A análise histológica, obtida por cirurgia aberta ou biópsia estereotáxica, é imprescindível para confirmação diagnóstica. Por ser considerada uma variante dos tumores embrionários (PNET supratentorial e meduloblastoma), deve ser tratado como tal. Classificação: cabeça e pescoço. 34 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia A006. AVALiAÇÃo dE PoLiMoRFisMos EM GEnEs do METAboLisMo do ETAnoL RELACionAdo Ao RisCo do CARCinoMA EPidERMoidE dE CAVidAdE oRAL Stur, E.1; Takamori, J. T.2; Santos, M.1; Peterle, G. T.1; Agostini, L. P.1; Maia, L. L.1; Mendes, S. O.1; Carvalho, M. B.2; GENCAPO3; Tajara, E. H.4; Louro, I. D.1; Silva, A. M. A.1 1. Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia - Universidade Federal do Espírito Santo, Espírito Santo - ES. 2. Laboratório de Biologia Molecular - Hospital Heliópolis, São Paulo - SP. 3. Head and Neck Genome Project –http://ctc.fmrp.usp.com.br/clinicalgenomics/cp/group.asp 4. Departamento de Biologia Molecular - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto - SP. Introdução: Estudos epidemiológicos relatam que o consumo crônico de álcool está relacionado ao desenvolvimento de câncer oral devido à exposição ao álcool, porém os mecanismos envolvidos não são claros. Estudos recentes demonstram que alguns polimorfismos em genes relacionados ao metabolismo do etanol podem modificar este risco. Objetivos: Avaliar a influência dos polimorfismos ADH1B Arg48His, ADH1B Arg370Cys, ADH1C Ile350Val, ALDH2 G1510A, CYP2E1 no risco para o desenvolvimento do carcinoma epidermoide de cavidade oral (CECO). Métodos: O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital Heliópolis sob protocolo 167/10. Para a análise dos polimorfismos, foram avaliados 125 pacientes com CECO e 126 indivíduos controles sem histórico de neoplasias. Todos os indivíduos estudados tiveram hábitos etilista nos últimos dez anos e foram atendidos pelo Hospital Heliópolis/SP. Para genotipagem foi utilizada a técnica de PCR-RFLP, a partir do DNA isolado pelo método de extração por saltingout. Para a análise estatística foi utilizado o Teste Qui Quadrado e o Teste Exato de Fisher. A regressão logística multivariada foi usada para ajustar os valores de Odds Ratio. Resultados: Os resultados demonstraram que os polimorfismos Arg47His e Arg369Cys do gene ADH1B, Ile350Val ADH1C e G1510A ALDH2 não estão correlacionados com o desenvolvimento do CECO em pacientes etilistas. No entanto, o polimorfismo CYP2E1 Ins96pb, foi observado com maior frequência nos indivíduos controles (23%) do que nos casos (11%), estando associado com o risco do câncer (p=0,008). A análise multivariada aponta a inserção de 96 pares de base no gene CYP2E1 como um fator de proteção para o desenvolvimento do carcinoma oral em indivíduos etilistas (OR=0,44; IC=0,22-0.90), onde os indivíduos sem inserção têm duas vezes mais chance de desenvolver tal neoplasia. Conclusão: Os resultados sugerem a inserção de 96pb no gene CYP2E1 como fator de proteção para o CECO em indivíduos com hábito etilista. A007. ExPREssÃo dA HiF-1ALPHA CoMo UM MARCAdoR dE PREdiÇÃo À REsPosTA TERAPÊUTiCA dE PACiEnTEs CoM CARCinoMA EPidERMoidE dE CAVidAdE oRAL Mendes, S. O.1; Santos, M.1; Stur, E.1; Peterle, G. T.1; Agostini, L. P.1; Maia, L. L.1; Carvalho, M. B.2; GENCAPO3; Tajara, E. H.4; Louro, I. D.1; Silva, A. M. A.1 1. Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia - Universidade Federal do Espírito Santo, Espírito Santo - ES. 2. Laboratório de Biologia Molecular - Hospital Heliópolis, São Paulo - SP. 3. Head and Neck Genome Project - http://ctc.fmrp.usp.com.br/clinicalgenomics/cp/group.asp 4. Departamento de Biologia Molecular, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto - SP. Introdução: O carcinoma epidermoide de cavidade oral é uma causa importante de morte e morbidade em todo o mundo. Marcadores prognósticos que auxiliem na escolha terapêutica ainda estão a ser descobertos. Para a progressão de tumores sólidos, é vital sua adaptação às condições de hipóxia imposta pelo crescimento tumoral. A proteína HIF-1alpha é constantemente associada com a ativação da angiogênese, a qual é relacionada à progressão tumoral e piora da sobrevida dos pacientes. Por outro lado, a angiogênese permite uma maior oxigenação tecidual e consequente aumento da radiosensibilidade tumoral. Objetivo: Correlacionar a expressão tumoral de HIF-1alpha com as características clinicopatológicas e sobrevida de pacientes com carcinoma epidermoide de cavidade oral, de acordo com a modalidade terapêutica. Métodos: Neste estudo, foi investigada a expressão de HIF-1alpha por imunohistoquímica em tissue microarray contendo amostras tumorais de 66 pacientes com carcinoma epidermoide de cavidade oral. Os resultados da expressão foram testados quanto a sua relação com as características clinicopatológicas do tumor pelo teste de Qui quadrado e, o prognóstico através de curvas de sobrevida Kaplan Méier. Resultados: Os resultados demonstraram que a expressão forte da HIF-1alpha está associada com melhor sobrevida livre de doença local (HR=3,22; IC=1,16-8,93) independente da modalidade terapêutica. Além disso, nos pacientes submetidos à radioterapia pós-operatória, a expressão forte da HIF-1alpha foi associada com melhor sobrevida doença específica (HR=3,41; IC=1,13-10,34), mas não nos casos apenas operados. Adicionalmente, menor microdensidade vascular tumoral foi relacionada com baixa expressão da HIF-1alpha (p=0,036) e com a ocorrência de recidiva local (p=0,001) nos pacientes irradiados. Conclusão: Esses achados apontam a expressão da HIF-1alpha como um novo marcador molecular de prognóstico e preditor de resposta radioterápica pós-operatória, ajudando os oncologistas a escolherem o melhor tratamento para cada paciente. A008. PoLiMoRFisMo GLY388ARG E ExPREssÃo do GEnE FGFR4 CoMo MARCAdoR dE RECidiVA EM PACiEnTEs CoM CARCinoMA EPidERMoidE oRAL E dE oRoFARinGE Agostini, L. P.1; Dutra, R. L.2; Santos, M.1; Maia, L. L.1; Mendes, S. O.1; Stur, E.1; Peterle, G. T.1; Carvalho, M. B.2; GENCAPO3; Tajara, E.H.4; Louro, I.D.1; Silva, A.M.A.1 1. Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia - Universidade Federal do Espírito Santo, Espírito Santo - ES. 2. Laboratório de Biologia Molecular - Hospital Heliópolis, São Paulo - SP. 3. Head and Neck Genome Project - http://ctc.fmrp.usp.com.br/clinicalgenomics/cp/group.asp 4. Departamento de Biologia Molecular - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto - SP. Introdução: O receptor do fator de crescimento de fibroblasto 4 (FGFR4) é membro da família de receptores tirosino-quinases de enzimas envolvidas no controle celular. Uma variante comum nesse gene é o polimorfismo Gly388Arg, que tem sido associado com aumento da mobilidade Câncer de Cabeça e Pescoço 35 de células tumorais e progressão maligna, tais como câncer de mama, cabeça e pescoço e sarcomas de tecidos macios. Objetivo: O presente estudo avaliou a expressão imunohistoquímica e o genótipo Gly388Arg do gene FGFR4, relacionando com as características clinicopatológicas e prognóstico em pacientes com carcinoma epidermoide de cavidade oral e orofaringe. Métodos: Amostras de DNA de 122 pacientes com carcinoma epidermoide oral e de orofaringe foram usadas para genotipar o polimorfismo Gly388Arg do gene FGFR4, pela técnica de PCR-RFLP. A expressão imunohistoquímica do FGFR4 foi analisada em 75 amostras tumorais, disposta em lâmina de Tissue Microarray. Resultados: A genotipagem do polimorfismo Gly388Arg apontou a presença do alelo Arg388 associada com a embolização linfática (p=0,002) e com aumento do risco de morte específica pela doença (OR=6,88; IC=1,64-28,87). A análise imunohistoquímica mostrou a baixa expressão FGFR4 relacionada com o aumento do risco de recidiva (OR=6,73; CI=1,63-27,85) e morte específica pela doença (OR=6,86; CI=1,45-32,40), comparada à expressão alta. A análise combinada da expressão e polimorfismo FGFR4 mostrou que a presença do alelo Arg388 nos casos com baixa expressão está relacionada com a pior sobrevida livre de doença (HR=4,50; CI=1,37-14,82) e sobrevida doença específica (HR=12,90; CI=1,54-107,69), comparada aos casos com expressão alta e ausência do alelo Arg388. Conclusão: Nosso estudo revelou que a alta expressão FGFR4 somada à presença do alelo Gly388 está relacionada com melhor sobrevida livre de doença em pacientes com carcinoma da cavidade oral e orofaringe, apontando para o FGFR4 como um novo marcador molecular de prognóstico. A009. AVALiAÇÃo dA ExPREssÃo do ndRG1 E sUA RELAÇÃo CoM o PRoGnÓsTiCo EM PACiEnTEs CoM CARCinoMA EPidERMoidE oRAL E oRoFARinGE Peterle, G. T.1; Santos, M.1; Agostini, L. P.1; Maia, L. L.1; Mendes, S. O.1; Stur, E.1; Carvalho, M. B.2; GENCAPO3; Tajara, E. H.4; Louro, I. D.1; Silva, A. M. A.1 1. Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia - Universidade Federal do Espírito Santo, Espírito Santo - ES. 2. Laboratório de Biologia Molecular - Hospital Heliópolis, São Paulo - SP. 3. Head and Neck Genome Project - http://ctc.fmrp.usp.com.br/clinicalgenomics/cp/group.asp 4. Departamento de Biologia Molecular - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto - SP. Introdução: A busca de biomarcadores moleculares que auxiliem na predição da evolução clínica de pacientes com câncer tem sido alvo de muitos estudos atualmente. Um forte candidato à biomarcador é o N-myc downstream-regulated gene 1 (NDRG1), em virtude de suas inúmeras funções biológicas, como supressor de metástase, regulação do ciclo celular, resposta à hipóxia e aos danos no DNA. Objetivo: Avaliar a imunoexpressão do NDRG1 em amostras de carcinoma epidermoide oral e orofaringe e sua relação com as características clinicopatológicas do tumor e sobrevida. Métodos: A expressão imunohistoquímica do NDRG1 foi analisada em 103 amostras tumorais e 110 amostras de margens cirúrgicas não-tumorais provenientes de pacientes com carcinoma epidermoide de cavidade oral e orofaringe. Os resultados da expressão foram correlacionados com as características clinicopatológicas do tumor através do teste Qui quadrado e o prognóstico através de curvas de sobrevida. Resultados: Os resultados mostraram imunopositividade do NDRG1 em 98,1% das amostras tumorais, enquanto que todas as margens foram negativas (p<0,001), sendo estes resultados validados por Western Blot. A expressão do NDRG1 não esteve relacionada com o tamanho do tumor (p=0,494), presença de linfonodos (p=0,152) e grau de diferenciação (p=0,496). No entanto, a expressão fraca do NDRG1 foi associada com maior ocorrência de óbito pela doença (p=0,004) e pior sobrevida doença específica (HR=0,38; IC=0,18-0,79). A expressão fraca do NDRG1 aumenta em duas vezes o risco de morte precoce pela doença, quando comparada aos casos com expressão forte. Conclusão: Os resultados sugerem a expressão do NDRG1 como um biomarcador potencial para identificar e diferenciar tecido tumoral e não tumoral, além de sua importância como ferramenta para a predição da sobrevida dos pacientes com carcinoma epidermoide oral e orofaringe. Adicionalmente, os resultados reforçam a hipótese do envolvimento do NDGR1 na regulação do ciclo celular e supressão de metástases no carcinoma epidermoide oral e orofaringe. A010. CARCinoMA bAsoCELULAR EM FEndA nAsAL CoM AMAURosE iPsiLATERAL Bussad C. S.1; Guimarães M. G.1; Razé M.1; Porphirio R.1; Timbo R.1; Souza S. B.1; Nery J. A.2 1. Alunas da Graduação da Medicina do Setor de Dermatologia Sanitária - Instituto de Dermatologia Ruben David Azulay, Rio de Janeiro - RJ. 2. Chefe do Setor de Dermatologia Sanitária - Instituto de Dermatologia Ruben David Azulay, Rio de Janeiro - RJ. Introdução: O carcinoma basocelular é um tumor de crescimento lento com capacidade invasiva, localizada e destrutiva, sem entretanto dar metástases. Atinge preferencialmente adultos e é raro em negros. Sua frequência aumenta quanto menos melanodérmico for o indivíduo. Apresenta várias formas clínicas, dentre elas, a forma terebrante cursando com ulceração e invasão rápida, provocando grande destruição do maciço central da face. Apresentamos um paciente que manifestou lesão ulcerativa localizada em face nasal direita que após exaustiva avaliação clínica, e várias hipóteses diagnósticas sugeridas, chegamos a conclusão tratar-se de um carcinoma basocelular. Relato de Caso: Paciente do sexo masculino, 56 anos, natural do Rio de Janeiro, procurou nosso atendimento com queixa de lesão cutânea localizada no dorso nasal direito de longa evolução, tendo procurado serviço médico sem involução de seu problema. No exame ectoscópico, notava-se lesão ulcerativa de bordas peroladas e enegrecidas medindo mais ou menos 3-4 cm com fundo ulcerativo limpo. Algumas hipóteses foram aventadas como: doenças infecciosas e neoplasia. Relatara também dor no local que se irradiava para o olho direito e perda da acuidade visual progressiva. Submetido a exames laboratoriais (biópsia cutânea, para cultura e histopatológico) sendo feito o diagnóstico conclusivo de carcinoma basocelular. O paciente foi então encaminhado para o serviço de cirurgia geral para a realização da exerése total da lesão. Discussão: Em países localizados em áreas subtropicais, não podemos descartar a etiologia infecciosa de lesões ulcerativas. Entretanto, diagnósticos diferencias como doenças linfoproliferativas também devem ser aventados. O paciente em tela apresenta um quadro clínico de longa evolução (oito anos) sem melhora com tratamentos tópicos utilizados. Apesar de ser rara a apresentação de metástase no carcinoma basocelular, este pode comprometer áreas adjacentes devido seu caráter infiltrativo, observado no paciente que se apresentava com comprometimento visual. Após encaminhamento ao serviço de cirurgia, o paciente apresentou boa evolução com a retirada da lesão, entretanto manteve-se com a amaurose ipsilateral como sequela. Referências: AZULAY, MM; AZULAY, DR. Micobacteriose. In: Azulay e Azulay. Dermatologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, Koogan; 2008/Brasil. Ministério da Saúde: Guia de Controle da Hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2002/Smith, MAC. Doença de Alzheimer. São Paulo, 1999/Freedberg IM, Eisen AZ, Wolff K, Austen KF, Goldsmith LA, Katz SI, editors. Fitzpatrick’s Dermatology in General Medicine. 7th New York:McGraw – Hill; 2008. 36 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia A011. PREVALÊnCiA, EsTAdiAMEnTo E sobREVidA dos CAsos dE CÂnCER dE boCA E dE oRoFARinGE EM UM CEnTRo dE ALTA CoMPLExidAdE EM onCoLoGiA dA REGiÃo sUdEsTE Moratelli, L.¹; Barroso, E. A.²; Guimarães, L. D. A.²; Leite, I. C. G.²; Takehara, G. N. M.² 1. Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais - MG. 2. Faculdade de Odontologia - Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais - MG. Objetivos: Descrever prevalência, estadiamento e sobrevida em 5 anos dos casos de câncer de boca e de orofaringe atendidos em centro de alta complexidade da região sudeste. Métodos: Estudo retrospectivo do prontuário de 133 pacientes atendidos no Hospital Maria José Baeta Reis, Juiz de Fora, MG, entre os anos de 2002 a 2004 e 2006 a 2008. Os grupos foram caracterizados quanto ao sexo, idade, exposição aos fatores de risco (uso de álcool e tabaco); e quanto à localização, estadiamento e tipo histológico do câncer. Analisou-se a sobrevida em cinco anos dos pacientes atendidos entre 2002 a 2004. Utilizou-se o teste χ2 para a análise das variáveis categóricas, além da curva de Kaplan Mayer e do teste Log-Rank para a análise da sobrevida em 5 anos. Resultados: Dos pacientes da amostra, 85,0% eram do sexo masculino, 54,9% eram caucasianos e a média de idade foi de 57,83 anos (EP = ± 1,025). História de tabagismo prevaleceu em 69,9%; de uso de álcool em 54,1% e uso de ambos em 49,6%. Carcinomas de células escamosas foram verificados em 91%. Quanto à localização, observou-se 36,8% em língua; 27,8% em gengiva, palato e outras; 19,5% em orofaringe e tonsilas; 13,5% em assoalho da boca e 2,3% em lábio. Diagnósticos nos estágio III e IV corresponderam a 71,9%. Metástases foram encontradas em 7,5% dos pacientes. O uso de álcool e/ou tabaco influenciou na localização do tumor (p=0,015). A sobrevida em cinco anos global do grupo analisado foi de 48%. Conclusão: Observaram-se altas taxas de diagnósticos em estágios avançados, o que favoreceu uma baixa taxa de sobrevida comparada à literatura. Dada a dificuldade de obtenção do diagnóstico precoce, ações de prevenção do câncer pela identificação e eliminação dos fatores de risco são importantes ferramentas a se considerar no combate a essa forma de câncer. A012. AVALiAÇÃo dA QUALidAdE dE VidA EM PACiEnTEs CoM CÂnCER dE CAbEÇA E PEsCoÇo sUbMETidos A CiRURGiAs MUTiLAdoRAs Marmith, B.1; Cericato, L. O.1; Tesseroli, M. A. S.2 1. Acadêmica do Curso de Graduação em Medicina - Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Chapecó - SC. 2. Médico, Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço - Hospital Regional do Oeste. Chapecó - SC. Professor do Curso de Medicina - Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Chapecó - SC. Introdução: O tratamento de tumores avançados de cabeça e pescoço (C&P) com indicação cirúrgica leva a grandes sequelas funcionais e estéticas. Alguns autores discordam de abordagens cirúrgicas agressivas apontando baixos índices de cura e baixa qualidade de vida (QV). Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos pacientes oncológicos, submetidos a cirurgias mutiladoras por tumores avançados de C&P, em acompanhamento no ambulatório de cirurgia de C&P. Metodologia: Estudo transversal, utilizando-se a versão em português do questionário de qualidade de vida da Universidade de Washington e questionário próprio sobre aceitação da autoimagem e satisfação com a cirurgia. As respostas foram analisadas com auxílio do programa SPSS® versão 19. Resultados: Foram entrevistados 48 pacientes, submetidos à glossectomia total (20.8%), laringectomia total (35.4%) e ressecção ampla de tumor de face (43,8%). Ao comparar pré com o pós-operatório observou-se que dor e odinofagia diminuíram significativamente após a cirurgia (p<0.05), contrariamente as alterações da voz aumentaram (p<0.05). O escore composto médio de QV foi 64.4 (DP±18,9), sendo que em 90% dos glossectomizados a mastigação e a deglutição foram as funções mais prejudicadas, assim como a fala (100%) é para os laringectomizados, e de modo geral a ansiedade é importante para 60.4% dos pacientes. 85.5% dos pacientes afirmaram que sua qualidade de vida não piorou após a cirurgia, sendo que 93.8% afirmaram não se arrepender por ter optado pela cirurgia e realizariam o mesmo tratamento se fosse necessário. Conclusões: O paciente submetido à cirurgia mutiladora reflete positivamente acerca do tratamento escolhido e não se arrepende de ter feito a cirurgia. Há melhora da dor, enquanto que mastigação e fala, são prejudicadas. Apesar da mutilação causada pela cirurgia foi encontrado elevado escore de QV, apoiando a conduta testada. A013. CARCinoMA PAPiLÍFERo TiREoidiAno METAsTáTiCo EM PACiEnTE MAsCULino dE 25 Anos Freitas, R. A.*; Oliveira, T. S.*; Pires, A. C. A.*; Oliveira, C. P.*; Jesus, R. T. S.*; Guenther, N. L.*; Menegaz, M. H. W.*; Palombo, A.* *Universidade Federal Fluminense, Niterói - RJ. Introdução: As neoplasias malignas de tireoide representam 1,5% da incidência de câncer em adultos e o carcinoma papilífero é a sua forma mais comum, representando 90% desse total e manifestando-se principalmente em mulheres (2,5:1) na quarta e quinta décadas de vida. Relatamos um caso incomum de carcinoma papilífero metastático em um paciente jovem masculino de 25 anos. Relato: O paciente masculino de 25 anos, sem histórico familiar da doença, foi internado no Hospital Universitário Antônio Pedro, em Niterói (RJ), em 29/06/11 para investigação e tratamento de nódulo tireoidiano de +-5 cm em diâmetro. Durante investigação foram observados nódulos paratraqueais e intratorácicos à ultrassonografia e tomografia computadorizada. Foi submetido, então, à tireoidectomia total com esvaziamento cervical bilateral modificado e mediastinoscopia com biópsia de linfonodo mediastinal em 11/08/11, que revelou carcinoma papilífero com mestástases para cadeia cervical direita, pré-traqueal nível 2 e nível 3 direito. Evoluiu favoravelmente, recebendo alta hospitalar para controle ambulatorial em 22/08/11. Foi novamente internado em 09/09/11 com metástases mediastinais. Submetido à linfadenectomia mediastinal por toracotomia posterolateral direita e ressecção de lesão cística encapusalada (+-3 cm) na região supraclavicular esquerda, que se revelou de natureza benigna. Recebeu alta para controle ambulatorial no Instituto Nacional do Câncer (revisão de lâmina, cintilografia, ablação com iodo radiativo) em 27/09/11, quando o acompanhamento do paciente foi perdido. Conclusão: O relato representa um caso raro e de grande gravidade em sexo e faixa etária atípicos, onde a rápida detecção tem papel fundamental. A importância de uma anamnese e exame físico cuidados em pacientes de todas as faixas etárias e da educação continuada deve ser ressaltada, uma vez que casos semelhantes em fase inicial podem ser facilmente negligenciados em pacientes “improváveis”. Câncer de Cabeça e Pescoço 37 A014. PoLiMoRFisMo do CÓdon 72 do GEnE TP53 no CÂnCER dE oRoFARinGE Zukeram K. A.1, Oliveira-Silva M.2, Bonvicino C. O.³, Koifman R. J4 1. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - RJ. 2. Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro - RJ. 3. Instituto Nacional do Câncer, Rio de Janeiro - RJ. 4. Escola Nacional de Saúde Pública, Rio de Janeiro - RJ. O gene TP53 apresenta um polimorfismo no códon 72 do éxon 4 que codifica para o aminoácido arginina (Arg) ou prolina (Pro). Este polimorfismo tem sido reportado como um possível fator de risco para vários tipos de câncer. Entretanto, estudos do efeito desse polimorfismo no câncer de cabeça e pescoço mostram resultados contraditórios. O objetivo deste estudo é analisar a relação entre o polimorfismo do códon 72 no câncer de orofaringe em uma população do estado do Rio de Janeiro, Brasil. Os 67 casos incluídos no presente estudo foram coletados através de biópsia no Instituto Nacional de Câncer e armazenados pelo Banco Nacional de Tumores. O DNA total foi extraído utilizando o conjunto de reagentes QIAamp DNA (Qiagen) e submetido à amplificação por PCR. A genotipagem foi realizada por RFLP utilizando a enzima de restrição BSTU1. Até o momento foram genotipadas 56 amostras e as prevalências dos genótipos encontrados nesta população foram 30,3 % (17/56) Arg/ Arg, 48,3% (27/56) Arg/Pro e 21,4% (12/56) Pro/Pro. Essas prevalências são similares às encontradas para uma população de mulheres com câncer cervical do Rio de Janeiro que também reportou um maior risco para o desenvolvimento de câncer cervical em mulheres com genótipo Arg/Pro. Esse resultado foi também observado para uma população do estado de Minas Gerais no Brasil em tumores de cavidade oral. Entretanto, a relação deste polimorfismo nos casos de câncer de orofaringe ainda não foi investigada na população brasileira. Insta salientar a existência de estudos realizados em outras localidades, os quais apresentaram resultados discrepantes, nos quais diferentes sítios de tumores foram utilizados como parâmetro. Por todo o exposto, a fim de avaliar a interação desse polimorfismo nessa neoplasia, o presente estudo tem como perspectiva a realização de um estudo caso-controle. A015. AnáLisE dA MUTAÇÃo V600E do GEnE bRAF E dETECÇÃo iMUno-HisToQUÍMiCA dA PRoTEÍnA bRAF EM CARCinoMAs PAPiLÍFERos dE TiREoidE Silva, R. C.1,2; Leal, C. B. Q. S.1; Cunha, B. C. R.1; Wastowski, I. J.1; Alencar, R. C.2; Silva, A. M. T. C.1; Ayres, F. M.1,3; Meneghini, A.2; Paula, E. C.2; Saddi, V. A.1,2 1. Programa de Mestrado em Genética - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia - GO. 2. Departamento de Anatomia Patológica - Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer em Goiás, Goiânia - GO. 3. Departamento de Biologia - Universidade Estadual de Goiás, Goiânia - GO. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram avaliar os níveis de expressão da proteína BRAF e a freqüência da mutação V600E do gene BRAF em um grupo de pacientes com carcinoma papilífero de tireoide (CPT), diagnosticados no Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Araújo Jorge, em Goiânia - GO, Brasil. Metodologia: O grupo de estudo incluiu 116 pacientes com carcinoma papilífero de tireoide, comprovados histologicamente. Os níveis da proteína BRAF foram avaliados por imuno-histoquímica e a mutação V600E do gene BRAF por amplificação gênica (reação em cadeia da polimerase) e análise de polimorfismos de comprimento de fragmentos de restrição. Associações entre os parâmetros moleculares e os aspectos clínico-patológicos dos tumores foram investigadas por meio de análise univariada. Resultados: A hiperexpressão de BRAF foi observada em 54 CPT (46%), enquanto a presença da mutação V600E do gene BRAF foi observada em 74 CPT (63.8%). Dentre as associações investigadas no grupo de pacientes deste estudo, resultados significativos foram observados entre a detecção da proteína BRAF e a extensão extra-tireoideana do tumor (p=0,0183), a mutação V600E do gene BRAF e a presença metástase linfonodal (p=0,0385); a presença da mutação V600E do gene BRAF e a hiperexpressão da proteína BRAF (p=0,0063). Conclusões: Nossos resultados demonstraram uma associação significativa entre a presença da mutação V600E do gene BRAF e a hiperexpressão da proteína BRAF em carcinomas papilíferos de tireoide, bem como a importância prognóstica desses marcadores moleculares. Palavras-Chave: expressão de BRAF, mutação V600E de BRAF, carcinomas papilíferos de tiroide. Apoio: CNPq; FAPEG. A016. AnáLisE dos FAToREs dE RisCo PARA CÂnCER dE boCA EM UMA PoPULAÇÃo dE idosos dE FoRTALEZA Furtado, R. V.*; Barcelos, P. S. V.*; Ribeiro, T. L.*; Souza, G. S. M.*; Malveira, L. R. C.*; Viana, R. L.*; Oliveira, C. S.*; Jorge, W. H. A.* *Faculdade de Medicina - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza - CE. Objetivo: Analisar os fatores de risco que uma amostra da população de idosos apresenta para o surgimento de câncer da cavidade oral. Método: Foi aplicado um questionário em um grupo de idosos que frequentam o centro comunitário de um bairro de Fortaleza. Foram investigados o uso de cigarro, o uso de álcool, a frequência de consultas odontológicas e a utilização de próteses dentárias. Em seguida, ministrou-se uma aula sobre prevenção de câncer de boca abordando os tópicos contidos no questionário. Resultado: Responderam o questionário 48 idosos, com média de idade de 72,17 anos. 27 deles (56,2%) eram tabagistas ou ex-tabagistas. A ingestão de bebidas alcoólicas foi relatada por três idosos (6,2%). A associação de bebidas alcoólicas e tabagismo foi encontrada em duas pessoas (4,17%). Observou-se o uso de prótese dentária em 31 idosos (64,58%); dentro desse grupo, três indivíduos (9,68% dos usuários de prótese) relataram a presença de úlceras orais e 15 pessoas (48,39%) haviam tido sua última consulta odontológica há mais de cinco anos. Conclusão: A alta exposição a fatores de risco para o câncer de boca, como 56,2% de tabagistas ou ex-tabagistas e 64,58% de usuários de prótese dentária, alerta para a importância de medidas que estimulem a prevenção dessa neoplasia, especialmente campanhas contra o uso de álcool e contra o tabagismo. Além disso, torna-se necessário incentivar a ida ao dentista para avaliação de úlceras orais e orientação quanto ao uso correto das próteses dentárias. 38 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia A017. TiAZoLidinEdionAs REdUZEM A ViAbiLidAdE CELULAR dE GLioMAs EM CULTURA Silveira, E. F.1; Kunzler, A.1; Prietsch, R. F.1; Teixeira, F. C.1; Debom, G. N.1; Beira, F. T. A.2; Cunico, W.1 ; Braganhol, E.1 1. Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos, Pelotas - RS. 2. Departamento de Farmacologia - Instituto de Biologia (IB), Universidade Federal de Pelotas, Pelotas - RS. Objetivo: Os gliomas constituem a forma mais comum e devastadora de tumores cerebrais. Apesar de intensos esforços em desenvolver novas terapias, agentes efetivos não são disponíveis e a sobrevida média dos pacientes é de apenas 12 meses. Considerando a necessidade de criar alternativas terapêuticas aos pacientes, o objetivo desse trabalho é avaliar o efeito de tiazolinedinonas sobre a viabilidade de gliomas. Materiais e métodos: 15 tiazolidinonas foram sintetizadas no Laboratório de Química Aplicada a Bioativos. As moléculas foram obtidas através de reações multicomponentes entre benzaldeídos substituídos, 2-aminoetilpiperidina e ácido mercaptoacético sob refluxo de tolueno. A estrutura química de cada composto varia de acordo com o aldeído utilizado, revelando relação estrutura-atividade. Culturas de linhagem de glioma humano U251MG foram tratadas com diferentes tiazolidinonas (10 e 100 mM) por 48 h e a viabilidade celular foi determinada pelo método do MTT. Os dados foram analisados por ANOVA. Resultados: A exposição dos gliomas as tiazolidinonas resultou em diminuição da viabilidade celular. Dentre as 15 moléculas testadas, a estrutura AK12, a qual possui o grupo NO2 fortemente retirador de elétrons, promoveu uma redução da viabilidade celular de 8% e 48% nas concentrações de 10 e 100 mM, respectivamente. Similarmente, a estrutura AK16, que também possui um grupo NO2, apresentou uma redução de 38% e de 46% nas concentrações de 10 e 100 mM, respectivamente. Finalmente, a AK17 com o grupo 3-OH (retirador de elétrons por indução), apresentou uma redução de 38% e de 44% nas concentrações de 10 e 100 mM, respectivamente. Em geral, este padrão de resposta sugere um efeito dose-dependente para as tiazolidinonas. Conclusão: os resultados apontam que as tiazolidinedionas apresentam um grande potencial antitumoral podendo ser úteis para o tratamento dos gliomas. Estudos estão em andamento para melhor caracterizar o efeito antitumoral destes compostos em cultura de gliomas. A018. AnáLisE dA MUTAÇÃo V600E do GEnE bRAF EM MiCRoCARCinoMAs PAPiLÍFERos dE TiREoidE Gontijo, A. P. M.1,2; Leal, C. B. Q. S.1; Cunha, B. C. R.1; Silva, R. C.1,2; Oliveira, J. C.2; Meneghini, A.2; Paula, E. C.2; Saddi, V. A.1,2 1. Programa de Mestrado em Genética e Departamento de Medicina - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia - GO. 2. Departamento de Anatomia Patológica e Departamento de Cabeça e Pescoço - Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer em Goiás, Goiânia - GO. Objetivo: Investigar a freqüência da mutação V600E do gene BRAF e suas possíveis implicações prognósticas em um grupo de pacientes com microcarcinoma papilífero de tireoide (MCPT), diagnosticados no Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Araújo Jorge, em Goiânia-GO, Brasil. Metodologia: O grupo de estudo incluiu 80 pacientes com MCPT, comprovados histologicamente. Alíquotas de DNA foram extraídas de cada espécime tumoral incluído em parafina. A mutação V600E do gene BRAF foi avaliada por amplificação gênica (reação em cadeia da polimerase) e análise de polimorfismos de comprimento de fragmentos de restrição. Associações entre presença da mutação e os aspectos clínico-patológicos dos tumores foram investigadas por meio de análise univariada. Resultados: Dentre os 80 casos de MCPT analisados, 73 (91,2%) eram do sexo feminino e sete (8,8%) do sexo masculino; 47 pacientes (58,7%) tinham idades abaixo de 45 anos e 33 (41,3%) tinham idades ≥ 45 anos. Metástases linfonodais foram observadas em 28 pacientes (35%) e 19 tumores (23,7%) apresentaram extensão extratiroidiana. A mutação V600E do gene BRAF foi observada em 50 casos (62,5%). Dentre os parâmetros clínicos e histopatológicos investigados no grupo de pacientes deste estudo, nenhuma associação estatisticamente significativa foi detectada em relação à presença da mutação V600E do gene BRAF. Conclusões: Nossos resultados demonstraram que a mutação V600E do gene BRAF é uma alteração genética comum nos microcarcinomas papilíferos de tiróide, podendo representar um evento precoce na carcinogênese da glândula tireóide. Entretanto, implicações desta mutação no prognóstico dos microcarcinomas papilíferos de tiróide não foram observadas. Palavras-Chave: mutação V600E, gene BRAF, microcarcinomas papilíferos de tireoide. Apoio: CNPq; FAPEG. Cirurgia Oncológica 39 CIrurgIa OnCOlógICa b001.TUMoR dE FRAnTZ EM CoRPo dE PÂnCREAs CoM inVAsÃo dE VEiA MEsEnTÉRiCA sUPERioR EM CRiAnÇA. RELATo dE CAso E REVisÃo dE LiTERATURA Oliveira, A. F.*; Lopes, R. H.*; Resende, F. A. M.*; Fraga, J. B. P.*; Bianchi, A. M. A.*; Netto, J. M. B.*; Corrêa, F. B.*; Corrêa, R. L.*; Teixeira, J. C. A.*; Sousa, R. P.*; Conceição, L. A.*; Reis, B. F. S.* *Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG. Introdução: O tumor sólido-pseudopapilar (Tumor de Frantz) do pâncreas foi descrito pela primeira vez em 1959 por Frantz. É um tumor de etiologia desconhecida, com baixo grau de malignidade e que tem ganhado notoriedade nos últimos anos como diagnóstico diferencial de massa abdominal em pacientes jovens, geralmente em bom estado geral. Ocorre principalmente em corpo e cauda de pâncreas e acomete geralmente mulheres jovens na segunda e terceira décadas de vida. Objetivos: Relatar um caso de Tumor de Frantz em corpo de pâncreas com invasão de veia mesentérica superior em criança. Realizar uma revisão da literatura sobre o assunto. Relato de Caso: Trata-se de uma paciente de 11 anos, do sexo feminino, que foi admitida pelo Serviço de Cirurgia de um Hospital Escola do interior do estado de Minas Gerais com quadro de dor insidiosa do tipo em cólica em abdome superior associada a náuseas e vômitos com duração aproximada de 15 dias. Ao exame físico apresentava dor à palpação em abdome superior e tumoração de consistência endurecida, em hipocôndrio esquerdo. Em exames de imagens foi evidenciado lesão expansiva sólido-cística em topografia pancreática sugestiva de processo neoplásico. Foi realizada pancreatectomia corpo-caudal extendida a cabeça com rafia de veia mesentérica superior, associada a esplenectomia. O anatomopatológico evidenciou tumor sólido pseudopapilífero de pâncreas, com crescimento expansivo, com acometimento vascular e sem invasão linfática e da pseudocápsula tumoral. Atualmente a paciente encontra-se em controle clínico e sem recidiva da doença. Conclusão: Um diagnóstico de tumor sólido pseudopapilar de pâncreas deve ser considerado em mulheres jovens que apresentem quadro de dor e massa abdominal. O tratamento é cirúrgico e pode promover cura ou mesmo um bom controle locorregional, já que estes tumores são de baixo potencial maligno. b002. nEoPLAsiAs PRiMáRiAs MÚLTiPLAs Laporte, G. A.*; Furtado, J. P. R.*; Schwenberg, A.*; Lippmann, I.*; Giordani, D.*; Cereser, C. H.* *Hospital Santa Rita - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre - RS. Objetivos: Descrever um caso de neoplasia primária múltipla em rim e ovário. Métodos: Relato de caso e revisão bibliográfica. Resultados: SDP, 47 anos, com história de ovário policístico, com aumento do volume abdominal e dispneia aos pequenos esforços há seis meses. TC de abdome demonstrando volumosa lesão expansiva (9,5 x 7,5 x 7,5 cm) no terço médio inferior do rim direito e liquido livre na cavidade peritoneal, também com lesão heterogênea em região anexial esquerda de contornos lobulados (12 x 11 cm). Realizado VLP diagnóstica cuja biópsia de peritonio evidenciou presença de células malignas, tipo adenocarcinoma; CA-125: 1182 U/ml. Após, foi submetida a seis ciclos de quimioterapia sem sucesso. Em vista disso, paciente foi submetida a cirurgia que revelou: carcinoma cromófobo do rim grau 3 de fuhrman e cistoadenocarcinoma seroso de ovário. Conclusão: As neoplasias primárias múltiplas foram descritas por primeira vez por Karl Thiersch em 1865 e Billroth em 1889 e eram consideradas meras curiosidades. A incidência destas tem vindo a aumentar nos últimos anos, o que pode dever-se ao aumento da esperança média de vida dos doentes e aos melhores resultados obtidos após o tratamento da primeira neoplasia. b003. TUMoR dE KLATsKin. RELATo dE CAso E REVisÃo dE LiTERATURA Reis, B. F. S.*; Santos, L. G. C.*; Corrêa, F. B.*; Conceição, L. A.*; Corrêa, R. L.*; Júnior, G. X. F.*; Teixeira, J. C. A. T.*; Reis, B. V. S.*; Souza, G. S.*; Vidigal, F. M.*; Gollner, A. M.* *Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora - MG. Introdução: O colangiocarcinoma é um tumor maligno originado no epitélio dos ductos biliares intra ou extra-hepáticos. Representa 1% de todos os cânceres e 3% de todos os tumores gastrointestinais ao redor do mundo. Anatomicamente distinguem-se o colangiocarcinoma intra-hepático (20-25%), o peri-hilar (50-60%), o extra-hepático distal (20-25%) e o multifocal (5%). O colangiocarcinoma hilar ou tumor de Klatskin é uma rara neoplasia ocorrendo proximal ao surgimento do ducto cístico, podendo originar-se do ducto hepático direito ou esquerdo, de sua parte confluente ou do ducto hepático comum. Possui uma incidência anual nos Estados Unidos de 1-2 pessoas por 100.000 habitantes. A ressecção cirúrgica completa da lesão ainda continua sendo o tratamento mais eficaz para esta neoplasia maligna. Objetivo: Descrever o caso de uma paciente com um colangiocarcinoma hilar diagnosticado e abordado em um Hospital Escola do interior do estado de Minas Gerais. Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, com 53 anos, com quadro inicial de síndrome colestática e síndrome consuptiva, iniciadas em Março de 2012. Realizados exames de imagem que evidenciaram dilatação de vias biliares intra e extra-hepática. Realizado abordagem cirúrgica com derivação bileo-digestiva em Y de Roux. Anatomopatológico evidenciando adenocarcinoma bem diferenciado de vias biliares com invasão de ligamento redondo. Conclusão: Apesar de raro, o tumor de Klatskin deve ser lembrado no diagnóstico diferencial das síndromes colestáticas com síndrome consuptiva. Devido ao estádio avançado no diagnóstico, seu prognóstico é sombrio, associado a elevada letalidade. 40 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia b004. sARCoMA sinoViAL: RELATo dE CAso Furtado, J. P. R.*, Barros, E. D.*, Santos, F. M.*, Schwenberg, A.*, Cereser, C. H.*, Giordani, D.* *Hospital Santa Rita - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre - RS. Objetivos: Descrever um caso de sarcoma sinovial. Métodos: Relato de caso e revisão bibliográfica. Resultados: CASS, 31 anos, branco, masculino, com aumento do volume da região infraclavicular direita e emagrecimento de 10 kg há cerca de oito meses, com presença de anti-HIV reagente. TC de tórax que evidenciou lesão expansiva de 11,7 x 6,8 cm que desloca a musculatura peitoral ventralmente, com deformidade do arco anterior da 1ª e 2ª costelas pela lesão. Realizada ressecção do tumor, dos músculos grande peitoral e pequeno peitoral e 1ª e 2ª costelas devido ao acometimento de tecido tumoral nas referidas estruturas. Foi utilizado um retalho miocutâneo de músculo reto abdominal (VRAM) para reconstrução da área ressecada. A evolução pós-operatória foi satisfatória. O exame anatomopatológico revelou sarcoma fusocelular de alto grau, compatível com sarcoma sinovial monofásico em hipoderma e tecidos moles de parede torácica. Imunoistoquímica: compatível com sarcoma sinovial monofásico na amostra. Conclusão: Os sarcomas sinoviais têm origem de células multipotenciais mesenquimais, geralmente, de tamanho significativo ao diagnóstico, apresentando-se como massas tumorais palpáveis e sensíveis. Devido a sua localização, muita vezes, seu tratamento é um desafio terapêutico onde é necessário grandes ressecções. b005. TERAToMA iMATURo nA GEsTAÇÃo: RELATo dE CAso Furtado, J. P. R.*, Pires, L. V.*, Guimaraes, J. L. M.*, Laporte, G. A.*, Santos, F. M.*, Cereser, C.* *Hospital Santa Rita - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre - RS. Objetivos: Relatar um raro caso de teratoma imaturo na gestação. Métodos: Relato de caso. Resultados: Paciente primigesta apresentou, com quinze semanas de gestação, desconforto abdominal cuja investigação realizada por ecografia demonstrou volumosa e heterogênea lesão expansiva. A alfa-fetoproteina era de 1620 e o beta-hCG de 20052. Por laparotomia foi feito o diagnóstico histológico de teratoma imaturo no ovário esquerdo. A gestação foi interrompida na trigésima quarta semana, após maturação fetal com corticóide. No mesmo tempo cirúrgico da cesariana identificou-se carcinomatose peritoneal, que não existia na cirurgia previa. Foram realizadas ressecções de várias massas peritoneais, incluindo pan-histerectomia e todas as peças foram positivas para teratoma imaturo. Após a cirurgia foi iniciado tratamento adjuvante com quimioterapia. Conclusão: Teratoma imaturo na vigência de gestação tem muito mau prognóstico, devendo ser analisada a possibilidade de interrupção da gravidez. b006. dERMAToFibRossARCoMA PRoTUbERAns: ExPERiÊnCiA E disCUssÃo nUMA sÉRiE dE CAsos Furtado, J. P. R.*; Furtado, C. F.*; Laporte, G. A.*; Scwengber, A.*; Salim, R.*; Santos, F. M.* *Hospital Santa Rita - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre - RS. Objetivos: Avaliar dados epidemiológicos de pacientes portadores desta neoplasia e analisar os fatores determinantes da sua recidiva local. Métodos: Estudo retrospectivo de 19 casos, num período de dez anos, tratados no Hospital Santa Rita/Centro de Câncer da Santa Casa de Porto Alegre com tratamento estatístico. Resultados: Embora não tenha ocorrido nenhum óbito a recidiva local foi verificada em cinco pacientes, correspondendo a 26,5% da amostra e de todas as variáveis analisadas(localização, tamanho, estadiamento e margens cirúrgicas), a despeito do tamanho da amostra, apenas a última foi estatisticamente significativa para um p< 0,03. Conclusão: Embora ainda não haja consenso na literatura quanto a extensão das margens de ressecção nos dermatofibrossarcomas protuberans certamente margens inferiores a 1,0 cm, como as preconizadas para outros tumores cutâneos, incluindo alguns melanomas, são inadequadas. b007. TUMoR nEURoEndÓCRino sinCRôniCo EM inTEsTino dELGAdo- RELATo dE CAso Laporte, G. A.*; Furtado, J. P. R.*; Barros, E. D.*; Caballero, M.*; Dragon, L. L.*; Salim, R.* *Hospital Santa Rita - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre - RS. Objetivo: Descrever um caso raro de tumor neuroendócrino sincrônico de intestino delgado. Métodos: Relato de caso e revisão bibliográfica-somente 1% dos tumores do corpo humano acomete o intestino delgado, dentre eles os tumores neuroendócrinos ou carcinóides representam 30%; 90% dos TNE são de difícil diagnóstico pré-operatório. Resultados: R. F. R 61 anos, com queixa de dor abdominal e emagrecimento (30 kg). Foram evidenciadas alterações inespecíficas na tomografia de abdome e Pet-ct, sendo submetido a videolaparoscopia que diagnosticou carcinomatose peritoneal. As biópsias das lesões mostraram tumor neuroendócrino. Foi realizada enterotomografia que revelou lesões em dois segmentos de delgado (região mesogástrica e em FIE). As lesões carcinomatóides responderam bem ao tratamento com octreotide e o segmento de intestino delgado foi ressecado cirurgicamente. Conclusão: A importância deste caso é enfatizar que esta neoplasia rara, de difícil diagnóstico, pode ocorrer de maneira sincrônica e responder ao octreotide mesmo em estágio avançado. Cirurgia Oncológica 41 b008. CoRioCARCinoMA APÓs 23 Anos do diAGnÓsTiCo dE MoLA HidATiFoRME: RELATo dE CAso Furtado, J. P. R.*; Uberti, E. H.*; Laporte, G. A.*; Giordani, D.*; Cereser, C.*; Cabalero, M.* *Hospital Santa Rita - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre - RS. Objetivos: Descrever um caso raro de coriocarcinoma diagnosticado 23 anos após a ocorrência de mola hidatiforme. Métodos: Relato de caso e revisão bibliográfica. A doença trofoblástica gestacional é um distúrbio proliferativo do trofoblasto humano que sintetiza grande quantidade de gonadotrofina coriônica (HCG), que com manejo adequado leva a cura. Acomete mulheres jovens em idade reprodutiva, com gestação atual ou passada. Dentre os subtipos, o coriocarcinoma acomete 1/40.000 gestações. Resultados: G. I. P, 65 anos, feminina, branca. Queixa de sensação de peso ao urinar e esvaziamento incompleto da bexiga. História de mola hidatiforme há 23 anos. Devido a patologia prévia, foi realizado, dentre outros exames de investigação, HCG que apresentou resultado muito elevado. Diagnosticada doença trofoblástica gestacional com evidências de metástase pulmonar. Iniciou tratamento quimioterápico com EMA-CO, respondendo satisfatoriamente com redução drástica do valor do HCG. Após dois ciclos de QT foi submetida à histerectomia, apresentando no anatomopatológico coriocarcinoma. Continuou com tratamento QT, estando atualmente com valores do hcg quase normais. Conclusão: Coriocarcinoma após vários anos de tratamento de mola hidatiforme, sobretudo em paciente de idade avançada, pósmenopáusica se constitui numa raridadel. Sendo assim salienta-se a necessidade do longo seguimento da paciente com doença trofoblástica gestacional. b009. ModELo ExPERiMEnTAL PARA A PEsQUisA dE LinFonodo sEnTinELA nA VULVA dE CAdELAs Luna, P. A. A.¹; Gaspar, P. L.¹; Frederico, I. K. S.¹; Rodrigues, R. P.¹; Meireles, W. W. S.¹; Alencar, L. G. L. M.¹; Maia, R. B.¹; Pinheiro, L. G. P.2 1. Faculdade de Medicina - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza – CE. 2. Chefe do Departamento de Cirurgia - Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza – CE. Objetivos: Definir o modelo experimental de pesquisa do linfonodo sentinela em vulva de cadelas, observando-se o uso do azul patente para mapear o linfonodo sentinela e o fitato Tecnécio 99mTc para determinar a drenagem linfática. Método: Foram utilizadas nos procedimentos 25 cadelas, adultas, sadias, com massa variando entre 10 e 12 kg. Cães foram devidamente anestesiados com sulfato atropina 0,044 mg/kg subcutânea, cloridrato de xilazina 1,5 mg/kg IM e Cetamina 15 mg/kg IM. Foram feitas infiltrações de 5 µCi de Tecnécio na comissura anterior da vulva, com espera de 30 minutos. Fez-se rastreamento com probe das regiões de drenagem vulvar, para avaliação da leitura digital e sinal sonoro indicando o local máximo de capitação das radiações gama. Em seguida, foi realizada infiltração de 0,5 mL de azul patente na região vulvar, com espera de 15 minutos. Definidos os pontos “quentes” com o probe, fez-se incisões inguinais até o linfonodo; avaliando-se com o probe o linfonodo sentinela in-vivo e ex-vivo e anotando-se os valores. Foram registrados os linfonodos corados e não corados em azul patente e intercessão dos dois métodos. Resultados: Em 88% das cadelas houve a presença de linfonodo sentinela e somente em 12% este não foi observado. Foi observado uma alta (88%) e significativa (c2 = 12,89 p = 0,0003) intercessão entre os métodos (azul patente e radiação). Não foi verificada diferença significativa (p > 0,05) entre as cadeias linfonodais direita e esquerda, nas contagens in vivo e ex vivo, e no número de linfonodo corado com a azul patente, indicando uma boa constância nos procedimentos. Conclusão: A identificação de linfonodo sentinela com Azul Patente e o mapeamento linfático em Tecnécio 99mTc, demonstrou excelente resultados na drenagem linfática em vulvas de cadelas. Dessa forma, a pesquisa de linfonodo sentinela é factível, tornando-se vantajosa quando associado ao azul patente e ao Tecnécio 99mTc. b010. REConsTRUÇÃo VAGinAL EM PACiEnTE JoVEM CoM LonGA sobREVidA APÓs ExEnTERAÇÃo PÉLViCA ToTAL Furtado, J. P.*; Franciosi, L. F.*; Dragon, L.*; Santos, F. M.*; Schwengber, A.*; Lippmann, I.* *Serviço de Cirurgia Oncológica do Hospital Santa Rita - Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre - RS. Objetivos: Relatar um caso de confecção de neovagina em paciente jovem com longa sobrevida após exenteração pélvica total por recidiva de Carcinoma Epidermóide de Colo Uterino. Métodos: Revisão do prontuário e de dados coletados no transoperatório da paciente (descrição cirúrgica, anatomopatológico e registros fotográficos). Resultados: Paciente de 29 anos, submetida há mais de quatro anos à exenteração pélvica total por recidiva de Carcinoma de Colo Uterino, após tratamento prévio (Wertheim-Meigs, Radioterapia). Anatomopatológico: Carcinoma epidermóide pouco diferenciado, com áreas de necrose em tecidos moles. A neoplasia comprometia paredes do intestino, parede vesical e terço proximal da vagina. Limites cirúrgicos todos livres. Reconstrução a época realizada com a confecção de reservatório urinário continente com segmento de íleo e colostomia terminal. “Follow-up” sem evidências de recidiva ou metástases à distância desde então. Submetida à reconstrução vaginal, através de confecção de neovagina com o uso de segmento de cólon descente, reposicionamento do segmento de cólon fixado ao ostoma e plástica perineal. Procedimento realizado com a obtenção de excelente resultado estético, e sem evidências de desvascularização do segmento de cólon mobilizado para tal. Conclusão: A reconstrução vaginal, em pacientes submetidas à exenteração pélvica total, deve ser considerado naquelas com longa sobrevida livre de doença e que manifestem forte desejo de recuperação da vida sexual. b011. AdEnoCARCinoMA dE ÚRACo: RELATo dE CAso E REVisÃo dA LiTERATURA Furtado, J. P. R.*; Barros, E. D.*; Laporte, G. A.*; Giordani, D.*; Lippmann, I.*; Salim, R.* *Hospital Santa Rita - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre - RS. Objetivos: Relatar uma rara neoplasia do úraco. Métodos: Relato de caso. Resultados: O adenocarcinoma do úraco é uma rara neoplasia do tecido urotelial possivelmente originada de restos embrionários, durante o desenvolvimento da bexiga ou de metaplasia do próprio ligamento umbilical mediano. Usualmente estes tumores não são diagnosticados precocemente, visto a parca sintomatologia que, quando presente, nas fases mais adiantadas da doença, se expressa por sinais e sintomas conseqüentes ao comprometimento da bexiga e/ou por dor ou massa supra-púbica. Por outro lado, o diagnóstico por imagem, principalmente pela ultra-sonografia e/ou tomografia computadorizada é bastante característico. Conclusões: O carcinoma de úraco é uma neoplasia bastante rara, cuja ressecção radical é o tratamento mais efetivo e, na doença recorrente ou metastática, o prognóstico é extremamente pobre visto ser pouco responsivo à radioterapia e por ainda não haver um regime de quimioterapia definido e com respostas adequadas. 42 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia b012. TRATAMEnTo CiRÚRGiCo dE CÂnCER REnAL LoCALMEnTE AVAnÇAdo CoM TRoMbo EM VEiA CAVA Furtado, J. P. R.*; Barros, E. D.*; Laporte, G. A.*; Cereser, C.*; Caballero, M.*; Santos, F. M.* *Hospital Santa Rita - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre - RS. Objetivo: Relatar manejo cirúrgico de paciente com câncer renal com trombo neoplásico em veia cava. Métodos: Paciente masculino, 67 anos, previamente hígido, iniciou investigação para TVP em membro inferior direito e visceromegalia em flanco direito. Diagnosticado tumor renal de aproximadamente 17 cm comprometendo polo inferior, terço médio e medular renal com trombo em veia cava inferior extendendo-se até seu segmento intra-hepático (tumor cavoatrial tipo III) e inferiormente até veias ilíacas comuns, atingindo glândula suprarrenal ipsilateral e sem acometimento linfonodal. Estadiamento clínico cT4N0M0. Realizada abordagem cirúrgica por toracofrenolaparotomia, controle vascular de veias cava supra-hepática, cava inferior, ilíacas, renal esquerda e dos vasos do hilo hepático. Procedido com ressecção tumoral seguido de abertura longitudinal de veia cava inferior para retirada de volumoso trombo. A cirurgia foi realizada sem intercorrências, valendo-se dos controles vasculares anteriormente mencionados quando necessário. Resultados: Anatomopatológico confirmou carcinoma renal de células claras, grau 4 de Fuhrman, invadindo pelve renal, ureter e veia renal, além de trombo neoplásico. Glândula suprarrenal livre de neoplasia. Estadiamento patológico pT3bN0M0. Paciente evoluiu sem insuficiência renal e foi diagnosticado tromboembolismo pulmonar no 4º dia pós-operatório sem manifestações clínicas limitantes. Recebeu alta em bom estado geral com anticoagulantes via oral. Conclusões: O caso vem a relatar um dos procedimentos de grande porte realizados em nosso serviço, bem como sua plausível execução desde que realizados os devidos controles vasculares para um bom resultado trans e pós-operatório. b013. HEMAnGioPERiCiToMA RETRoPERiTonEAL GiGAnTE: RELATo dE CAso Borges, K. O. R.1; Fortes, M. F.1; Fernandes, A. P.2; Braun, M. K. S.2; Alonso, R. T. L.2; Castro, N. P.2 1. Hospital Regional do Baixo Amazonas, Santarém - PA. 2. Universidade do Estado do Pará, Belém - PA. Introdução: O hemangiopericitoma é um tumor raro originário de pericitos, ocorre em tecidos moles principalmente em membros inferiores e retroperitônio. Os achados clínicos são normalmente inespecíficos, a depender de seu tamanho e sua localização. Não há predileção por sexo e atinge com maior freqüência em adultos entre a 4ª e 6ª décadas de vida. Manifesta-se com crescimento lento, indolor. O hemangiopericitoma retroperitoneal pode causar dor local, associado a hidronefrose, retenção urinária e distensão abdminal. O diagnóstico definitivo se baseia no padrão histológico, e a ressecção cirúrgica é o pilar do tratamento. Relato de Caso: Paciente do sexo feminino de 28 anos que apresentou dor abdominal recorrente, náuseas e vômitos, além de distensão abdominal. Sem perda ponderal substancial. Realizou tomografia de abdome que evidenciou processo expansivo retroperitoneal ocupando região de mesogástrio e flanco direito apresentando atenuação gordurosa, cálcica e de partes moles com contornos lobulados e limites precisos, comprimindo e deslocando cabeça do pâncreas, bem como o arco duodenal, medindo aproximadamente 23 x 12, 5 x 10 cm nos seus maiores eixos, com realce heterogêneo na fase contrastada sendo submetida a ressecção cirúrgica completa da massa retroperitoneal sem tumor residual. O estudo histopatológico evidenciou hemangiopericitoma, paciente não apresenta evidências de metástase, evoluiu com melhora clínica e está sendo acompanhada ambulatorialmente. Conclusão: O caso relatado abordou uma neoplasia rara com diagnostico difícil devido a clinica inespecífica e insidiosa. A base do tratamento é a ressecção cirúrgica, no entanto o paciente pode necessitar de tratamento adjuvante quimioterápico ou radioterápico, o acompanhamento do paciente se dá ao longo de anos considerando o risco de metástase tardia. b014. LEioMiossARCoMA dE RETRoPERiTônio CoM inVAsÃo dE VEiA REnAL E REConsTRUÇÃo CoM EnxERTo EsPiRALAdo dE VEiA sAFEnA Furtado, J. P. R.*; Barros, E. D.*; Salim, R. S.*; Santos, F. M.*; Schwengber, A.*; Caballero, M.* *Hospital Santa Rita - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre - RS. Objetivo: Descrever um caso de sarcoma retroperitoneal com invasão direta de veia renal esquerda e reconstrução, após ressecção em bloco da lesão com a veia e reconstrução com enxerto espiralado de veia safena interna. Métodos: Relato de caso. Z. A. M., feminina, 67 anos. Dor abdominal há seis meses. Tomografia Abdome (Março/2012): Formação expansiva sólida com compressão/invasão de veia renal esquerda. Tratamento: Ressecção em bloco de tumor retroperitoneal com veia renal e reconstrução com enxerto espiralado de veia safena interna. Anatomopatológico: Leiomiossarcoma. Evolução: Paciente recebeu alta e realizou Tomografia (maio/2012) de controle que evidenciou boa excreção de contraste pelo rim esquerdo e veia renal esquerda parcialmente trombosada. Discussão: Os sarcomas de partes moles são tumores raros que representam menos de 1% dos tumores malignos nos adultos e somente cerca de 10% destes tem origem no retroperitônio. Frequentemente se apresentam como grandes massas, invadindo estruturas e órgãos contíguos, o que pode impossibilitar sua ressecção. A ressecção destes tumores em bloco com grandes vasos invadidos possibilita o emprego de múltiplas técnicas para reconstrução vascular, sendo uma delas o enxerto espiralado, técnica bastante atraente por se adaptar ao calibre do vaso, ser um enxerto autógeno e possuir uma maior resistência a infecção. Conclusão: O tratamento dos sarcomas retroperitoneais é, sempre que possível, a ressecção cirúrgica. Portanto, o cirurgião oncológico deve estar preparado e ambientado para realizar todas as técnicas operatórias necessárias para ressecção destes tumores, visto que o único tratamento curativo é a cirurgia. Cirurgia Oncológica 43 b015. LiPossARCoMA dE RETRoPERiTônEo GiGAnTE: RELATo dE CAso E REVisÃo Sposito, T.*; Pires, A. C. A.*; Vieitas, P. M.*; Saraiva, R. T.*; Siqueira, O. H. K*; Guenther, N.* *Universidade Federal Fluminense, Niterói - RJ. Objetivos: Descrever a ocorrência de lipossarcoma de retroperitônio, um tumor raro e de difícil diagnóstico em virtude da ausência de sintomatologia precoce. Métodos: relata-se um caso de um paciente de 46 anos com lipossarcoma retroperitoneal, por revisão de prontuários, assim como busca em banco de dados Medline, Bireme sobre o tema. Resultados: IS, 46 anos, iniciou ingurgitamento de veias e bolsa escrotal esquerda há 1 ano e 2 meses, acompanhada de dor e queimação à região. Após 6 semanas, notou-se aumento da região abdominal à esquerda. Apresenta inapetência, astenia, além de parada das evacuações por 30 dias. Refere perda de 5 kg em 3 meses. Ao exame físico, hipotensão postural, abdômen globoso palpando-se grande tumor que se estendia da cicatriz umbilical e ocupava todo quadrante esquerdo ao dorso. Peristalse diminuída, percussão timpânica à direita e maciça à esquerda. Edema de bolsa escrotal e presença de varicocele. Tomografia de abdômen que evidenciou formação expansiva abdominal medindo 29 X 20 X 19 cm em quadrante esquerdo. Seguiu-se à realização de laparotomia exploratória e diagnóstica com biópsia. Laudo histopatológico confirmou diagnóstico de lipossarcoma bem diferenciado sem invasão angiolinfática. A retirada da massa foi composta por ressecção de lipossarcoma retroperitoneal, nefrectomia esquerda, supradrenalectomia esquerda, esplenectomia, colectomia distal do transverso e proximal do sigmóide, com fechamento do sigmóide e transversectomia Hartmann. Por fim foi construída colostomia que foi revertida oito meses após o procedimento. Conclusões: Os tumores de retroperitônio são neoplasias raras, e o lipossarcoma tem como características o crescimento lento, com pouca sintomatologia, podendo atingir grandes volumes, quando então o paciente busca atendimento médico, sendo diagnosticado tardiamente. Sendo assim, é importante que diante de tais casos, o diagnóstico de lipossarcoma seja sempre aventado. Nos casos de tumores gigantes, mais raros, deve-se sempre tentar a ressecção completa. b016. LiPossARCoMA dE RETRoPERiTônEo AssoCiAdo A AdEnoCARCinoMA dE siGMoidE: RELATo dE CAso dE TUMoREs sinCRôniCos E REVisÃo Pires, A. C. A*; Polis, C.*; Aguiar, J. S.*; Guenther, N.*; Cunha, J. L.*; Saraiva, R. T.*; Sposito, T.* *Universidade Federal Fluminense, Niterói - RJ. Objetivos: Descrever a ocorrência de sarcoma de retroperitônio, um tumor raro e de difícil diagnóstico, concomitante com um adenocarcinoma de sigmoide ambos primários, assim como fazer um revisão sobre o tema buscando destacar as causas e frequência, discutindo estratégias de intervenção. Métodos: Relata-se um caso, paciente de 68 anos com tumores sincrônicos no trato gastrointestinal e revisão sobre o tema na ferramenta PubMed. Resultados: J. C., 68 anos, progressivo aumento de volume abdominal há dois anos, perda de quatro kg em seis meses e pirose. Ex-tabagista, bom estado geral, abdômen globoso, onde se palpava um grande tumor de consistência firme no flanco esquerdo. Foram realizadas tomografia de tórax e abdômen que evidenciaram tumor abdominal de 16 cm cm por 15 cm, com áreas heterogêneas, císticas e de densidade adiposa,infiltrando o mesentério, procederam exames pré-operatórios.Na tentativa de orientar a ressecção cirúrgica foi feito um estudo através de uma colonoscopia, na qual se achou uma lesão vegetante,ulcerada e infiltrante em colón sigmoide (bormann III), pela biópsia adenocarcinoma bem diferenciado (grauI). Paciente foi submetido à ressecção de tumor retroperitoneal, nefrectomia esquerda, hemicolectomia esquerda com anastomose termino lateral. Iniciou a quimioterapia, tem sido acompanhado há dez meses sem queixas. Esse paciente além dos tumores já comentados têm sido acompanhado há cinco anos por hiperplasia prostática. Conclusões: Tumores sincrônicos podem representar ocorrência incidentais, resultado de fatores do hospedeiro de susceptibilidade (predisposição genética ou imunodeficiência), influências comuns cancerígenas ou um agrupamento de diferentes fatores de risco no mesmo indivíduo, ou pode estar associada com o tratamento para o primeiro tumor. A associação entre sarcomas de tecidos moles e o surgimento de novos tumores primários têm sido relatada com frequência o que reforça a importância de pesquisar outros tumores no ato do diagnóstico de um sarcoma. 44 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia CânCer dO TraTO gasTrOInTesTInal C001. nEoPLAsiA dE CÉLULAs REdondAs no PÂnCREAs – UM RELATo dE CAso dE diFÍCiL diAGnÓsTiCo Negreiros, L. C. F.*, Jeremias, A. K. M. L.*; Vale, M. S.*; Germano, A. B. O.*; Lira, G. A.*; Ferreira, V. S.; Sena, L. Q.* *Universidade Potiguar – UNP. Objetivo: Relatar o caso de um paciente M. B. D. S., sexo feminino, 60 anos, com diagnóstico de carcinoma epidermoide moderadamente diferenciado de esôfago tratado há dois anos que retornou com quadro de com história de dor em epigástrio com irradiação para hipocôndrio esquerdo há quatro semanas tendo sido diagnosticada como portadora de neoplasia de células redondas do pâncreas. Método: M. B. D. S., sexo feminino, 60 anos, com passado de neoplasia de esôfago há dois anos, tendo realizado gastrostomia, radioterapia (27 sessões) e quimioterapia (dois ciclos) retorna com queixas de dor em epigástrio com irradiação para hipocôndrio esquerdo há quatro semanas, de caráter contínuo, com melhora parcial à utilização de analgésicos, acompanhada de náuseas pós-alimentares. Realizou TC de abdome superior e pelve em 27/03/2012, que evidenciou nódulo sólido heterogêneo, apresentando íntimo contato com cauda do pâncreas e RNM de abdome superior e pelve que evidenciou diminuto cisto pancreático na região do corpo, medindo 0,5cm, inespecífico e pequeno segmento da cauda pancreática sem atrofia ou dilatação do ducto pancreático principal. Esse aspecto de imagem é indefinido, entretanto deve-se considerar como hipóteses diagnósticas as possibilidades de neoplasia neuroendócrina não funcionante, Tumor de Frantz ou eventualmente acometimento secundário da doença de base. O paciente foi então submetido no dia 15/06/12 à pancreatectomia corpo-caudal com linfadenectomia de tronco celíaco com biópsia. O anatomopatológico do tecido pancreático evidenciou neoplasia de células redondas medindo 4,5 cm, sem invasão angiolinfática e sem infiltração perineural. Após realização da cirurgia a paciente foi encaminhada para acompanhamento com a oncologia clínica, seu estadiamento foi T2N0MX. Resultado/Conclusão: O grupo de tumores de pequenas células redondas são mais frequentes em crianças, mas podem acometer adultos. Esse grupo inclui tumores que revelam similaridades morfológicas entre si, por isso, com frequência, há necessidade de se avaliar a expressão de marcadores tumorais para conclusão diagnóstica, no caso em questão não se observou notificação desses marcadores. Após diagnosticada o tipo histológico da lesão, a paciente foi submetida à quimioterapia adjuvante, mas morreu após três semanas do início do primeiro ciclo. C002. ExAME dERMAToLÓGiCo ATUAndo dE FoRMA iMPoRTAnTE A FiM dE MELHoRAR o PRoGnÓsTiCo nA sÍndRoME dE PEUTZ JEGHERs. Castro Alves, T. B.2; Barbosa, F. C.1; Castro, F. M. M.2; Silveira, L. K. C. B.2; Meine, M. A.2; Oliveira, F. L.2 1. Chefe do setor de dermatologia do Hospital Federal de Ipanema. 2. Estagiário (a) de medicina do Hospital Federal de Ipanema. Objetivos: Destacar a importância do exame dermatológico no diagnóstico precoce na Síndrome de Peutz Jehers (SPJ) a fim de evitar desenvolvimento neoplásico. Métodos: Relato de paciente feminina, 39 anos, buscou tratamento para remoção de máculas em lábio inferior da boca. Ao exame dermatológico, presença de múltiplas efelidoides. Não foram encontrados sinais ou sintomas de acometimento sistêmico característico da doença no exame físico. Realizada endoscopia digestiva que evidenciou múltiplos pólipos hamartomatosos em íleo terminal. Ao exame de ultrassonografia não foi evidenciado acometimento neoplásico de órgãos. A paciente faz acompanhamento com gastroenterologista para controle da doença. Resultados: Lesões polipoides surgem, geralmente, na primeira década de vida. Manifestações clínicas ocorrem entre 10 e 30 anos, por obstrução intestinal e dor abdominal. Alterações cutâneomucosas incluem: máculas mucocutâneas hiperpigmentadas em face, corpo e superfície oral. Presentes em mais de 90% destes pacientes e surgem em idade precoce. Máculas em mucosa oral podem preceder doença, cuja pode manifestar-se tardiamente. Os pólipos ocorrem em qualquer parte do intestino delgado, particularmente jejuno, podem produzir sangramentos crônicos e intussuscepção. Risco aumentado de carcinoma, mais acometidos pâncreas (30%), mama (25%), ovário e útero (20%), testículo, estômago e intestino delgado (10%). Aproximadamente 50% desenvolverão câncer até 57 anos. É recomendado seguimento com exames de imagem e endoscópicos. No caso, após exame dermatológico, lesões orais seguidos de exames de imagem, endoscópico e histopatológico, confirmou-se presença de pólipos intestinais hamartosos, caracterizando SPJ. A paciente não apresentava qualquer sintoma abdominal. Diagnóstico e tratamento dos pólipos intestinais foram precoces, aumentando qualidade e expectativa de vida. Conclusão: Dado o exposto, conclui-se que exame dermatológico minucioso atua como fator determinante ao diagnóstico precoce da SPJ. Uma vez que, invariavelmente, as alterações cutaneomucosas precedem a sintomatologia clínica da doença, aventar esta patologia dentre possíveis diagnósticos diferenciais para as lesões pigmentares, é fundamental e pode determinar a diminuição no risco de evolução neoplásica. Câncer do Trato gastrointestinal 45 C003. FAToREs dE RisCos AssoCiAdos Ao CÂnCER GásTRiCo: REVisÃo inTEGRATiVA dA LiTERATURA Damasceno, V. L. T.²; Santos, L. M. D.¹; Monteiro, T. A.¹; Costa, D. V. S.¹; Costa, D. V. S.¹; Pedrosa, S. C.¹; Veras, S. S.¹; Luna, I. T.¹ 1. Universidade Federal do Ceará(UFC), Fortaleza, CE, Brasil. 2. Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza (FAMETRO), Fortaleza, CE, Brasil. Objetivo: Câncer gástrico é o quarto tipo de tumor mais frequente no mundo e, no que se refere à mortalidade, é a segunda causa de óbitos por câncer no geral. Daí surge a seguinte pergunta norteadora: quais os fatores de riscos que estão associados ao câncer de estômago? Objetivou identificar os fatores de risco associados às neoplasias gástricas apontados na literatura. Método: Revisão integrativa delimitada entre os anos de 2003 a 2012, com busca de artigos nas bases de dados MEDLINE, LILACS e IBECS. Foram utilizados os descritores neoplasias gástricas e fatores de risco. Os critérios de inclusão dos estudos foram artigos completos e nos idiomas português e inglês. Os critérios de exclusão foram artigos repetidos e que não contemplassem o objetivo do estudo. Na busca inicial, 33 artigos foram encontrados, no entanto, apenas nove artigos responderam à questão norteadora. Resultados: Ao analisar os estudos, evidenciouse que os fatores de risco associados ao desenvolvimento de neoplasias gástricas incluem fatores genéticos, ambientais, infecciosos e pré-malignos. Estudos mostraram que 4% dos casos de câncer gástricos sejam familiares. Em relação aos fatores ambientais, os estudos enfatizam a dieta como fator de risco exógeno mais importante na carcinogênese gástrica, sendo a alimentação de risco representada pela alta ingestão de nitritos/nitratos, presentes em carnes salgadas ou em conservas. Além desses fatores, a ingestão de bebidas quentes também foi apontada como fator de risco. Outro importante fator de risco para a formação da neoplasia gástrica é a infecção por Helicobacter pylori, principalmente cepas do tipo cagA. Quanto aos fatores pré-maligno encontrados estavam à formação de pólipos gástricos, presença de gastrite atrófica e anemia perniciosa. Conclusão: Esta pesquisa permitiu verificar que há diversos fatores de riscos que estão associados ao desenvolvimento de neoplasias gástricas e que o conhecimento destes, fornece perspectivas estimulantes para prevenção e diagnóstico precoce. C004. AsCiTE CoMo PRiMEiRo sinAL dE CÂnCER GásTRiCo “TiPo KRUKEMbERG” Andrade, D. M.1; Ferrão, V.1; Pagnussat, A. C.1; Santana, M. C.1; Mendonça, M. R.1; Jesus, J. B. C.2; Falcão, J. A. T.3 1. UNIFESO; 2. UNIC; 3. MEDCLÍNICA ONCOLÓGICA. Introdução: Câncer Gástrico ocorre em algum ponto da mucosa do estômago, mostrando-se como uma lesão elevada, irregular, de milímetros a centímetros de diâmetro, freqüentemente ulcerada. Produz dissiminação: direta por continuidade: duodeno e esôfago, pâncreas, colóns e fígado, linfáticos: N1, N2, N3, sanguínea: fígado, pulmões e ossos, implante: carcinose peritonial, ovários: Krukemberg. Objetivo: Paciente 71 anos, habitualmente fazia exame de USG de ovários, em abril de 2011, percebeu aumento do volume do abdome, dito como ascite procedeu a uma laparotomia exploratória e retirados dois fragmentos que identificaram adenocarcinoma, mas celularidade a esclarecer, provável metástase. Acreditava-se que seu sitio primário fosse do ovário, pelo aparecimento de uma massa de 3 cm na área dos ovários em 2012, em 2011 não havia. RNM apresentou formação ovalares heterogêneas axiais, medindo 33 mm a direita e 30 mm a esquerda. TC do abdome superior com contraste apresentando estomago aparente espessamento difuso da parede gástrica, TC abdome superior com contraste: pouco distendido pelo contraste oral, prejudicando uma avaliação parietal, não se podendo excluir espessamento antral. TC da pelve com contraste: formação ovalar heterogenia, na topografia anexial direita medindo 39X31 mm em intimo contato com a parede lateral do sigmóide. Biópsia simples do trato digestório: topografia estômago – laudo microscópio adenocarcinoma tipo gástrico padrão foveolar. Endoscopia pelo lavado citológico não houve critérios citológicos no material analisado, Microscopia: Adenocarcinoma infiltrado no tecido adiposo no peritônio parietal e no mesentério; EDA: mucosa do antro hiperemiada, com áreas claras de permeio e no corpo observamos pregas exuberantes, edemaciadas, irregulares e friáveis, biópsias para histopatológico. Conclusão: gastrite enantematosa leve do antro e pregas com corpo gástrico exuberantes e hiperplasiadas e displásicas, neoplasia gástrica. Conclusão: Diagnóstico e tratamento tempo estimado em três meses, logo submetida ao tratamento com anticorpos monoclonais com fim paliativo, trastuzumabe 8 mg/kg IV associada quimioterapia: paliativa, periodicidade 3 semanas com 6 ciclos medicamentos: docetaxel 75 mg/m², cisplatina 75 mg/m², 5-fluoracil 750 mg/m². Respondendo com a redução da ascite e melhora clínica da paciente, reabilitando-a familiarmente. C005. AVALiAÇÃo dE FAToREs dE RisCo PARA CÂnCER CoLoRRETAL EM AMosTRA dA PoPULAÇÃo dE FoRTALEZA Malveira, L. R. C.C; Ribeiro, T. L.*; Furtado, R. V.*; Viana, R. L.*; Alencar, R. D.*; Souza, G. S. M.*; Oliveira, C. S.* *Faculdade de Medicina - Universidade Federal do Ceará. Câncer colorretal é a terceira neoplasia mais comum entre homens e a segunda entre mulheres. A carcinogênese desse câncer envolve fatores genéticos e ambientais, destacando-se história familiar e presença de Doença Inflamatória Intestinal (DII). Nos fatores ambientais, dieta é o principal predisponente para este câncer. O consumo excessivo de carne vermelha, embutidos e bebidas alcoólicas aumenta o risco para câncer colorretal. Idade acima de 50 anos, tabagismo e sobrepeso também são importantes durante a avaliação. Teve-se como objetivo avaliar a quais fatores de risco estavam expostos uma amostra da população de Fortaleza. Aplicou-se 129 questionários, nos quais colheu-se informações sobre determinantes do câncer colorretal. Dos participantes (idade média: 41,2 anos), 4,65% relataram história familiar de DII, enquanto 1,55% tinha DII. 6,98% apresentam história familiar de câncer colorretal. 37,98% afirmaram consumir álcool, 17,05% fumam. 92,24% afirmaram comer carne vermelha, 27,73% relataram consumo pelo menos uma vez ao dia. 56,57% alimentam-se de embutidos pelo menos duas vezes na semana. 61,24% afirmaram comer frutas, legumes e verduras pelo menos uma vez ao dia. 49,6% apresentaram sobrepeso. 5,42% submeteram-se a colonoscopia. 0% apresentou câncer colorretal. Em Fortaleza, esse câncer tem taxa de incidência estimada em 11,07 por 100 mil habitantes. A incidência de DII encontra-se dentro do esperado. Observou-se alto consumo de carne vermelha pelos participantes do inquérito, a qual apresenta contaminação por mutagênicos durante seu preparo, além da alta concentração de ferro. Alimentos embutidos concentram nitritos e nitratos, que como cigarro e sobrepeso, são importantes para iniciação e promoção de câncer. O consumo de vegetais, por possuírem vitaminas e minerais inibidores da carcinogênese, é fator protetor. Colonoscopia com índice aceitável. Câncer colorretal é a neoplasia gastrintestinal mais comum. Deve-se estimular hábitos saudáveis, bem como busca ativa de casos, considerando os fatores de risco discutidos. 46 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia C006. CAso dE sÍndRoME HEMoLÍTiCo-URÊMiCA (sHU) EM QUiMioTERAPiA (QT) CoM 5-FLUoRoURACiL E oxALiPLATinA PARA AdEnoCARCinoMA dE CÓLon Castro, F. M. M.1; Villela, C.2; Dias, C. D. A3.; Albuquerque A. G. N.3; Favero, A. L.3; Castro Alves T. B.4; Musse, D. G.4, Hercules, R. O5 1. Pós-Graduando em Clínica Médica do Hospital Copa D’or. 2. Coordenador do CTI Geral do Hospital Copa D’or. 3. Médico(a) Rotina do CTI Geral do Hospital Copa D’or. 4. Acadêmico(a) de Medicina e Estagiário(a) do Hospital Copa D’or. 5. Oncologista clínica da Oncoclínica RJ. Objetivo: Destacar a importância de serviços multidisciplinares eficientes e integrados na diminuição da mortalidade por efeitos adversos à quimioterapia em pacientes oncológicos. Métodos: Relato de caso de Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU), após realização de ciclo quimioterápico com 5-fluorouracil e oxaliplatina, em paciente com função renal previamente normal. Paciente feminina, 54 anos, com adenocarcinoma de cólon sigmoide com metástase hepática foi submetida a tratamento cirúrgico (sigmoidectomia, em 2010; e ressecção de metástase hepática, em 2011) e quimioterapia adjuvante. Atendida na Emergência, uma semana após último ciclo de quimioterapia, com quadro sugestivo de SHU conduzido com sucesso, pela equipe multidisciplinar, através de: diagnóstico rápido e instituição de terapêutica avançada precoce. Resultados: Paciente com risco de mortalidade em seis meses de 61,5% pelo escore Rose evoluiu com cura clínico-laboratorial e sem sequelas após tratamento de suporte e ciclos de plasmaferese. Conclusão: Cânceres intestinais são a quarta causa mais comum de neoplasias recém-diagnosticadas nos EUA. Estudos sobre a terapia adjuvante de pacientes submetidos à cirurgia, especialmente em estágio II ou III, demonstraram aumento importante nos períodos sem doença e de sobrevida. Inicialmente, era utilizada a associação de 5-fluoracil e leucovorin, mas, estudos como o The European MOSAIC Trial, demonstraram que a associação de associação de 5-fluoracil e oxaliplatina aumentou a sobrevida. A Síndrome Hemolítico-Urêmica é uma entidade rara com a prevalência de casos suspeitos de 11 casos por milhão de habitantes por ano, segundo dados do “The Oklahoma TTP-HUS Registry”. A associação com drogas é descrita em 12% dos casos e, dentre os quimioterápicos, a associação com oxaliplatina menor que 1%.Tendo por base o sucesso desse caso, conclui-se que: equipes multidisciplinares capacitadas a diagnosticar e tratar os diversos possíveis efeitos adversos dos diferentes quimioterápicos - tão frequentes na medicina moderna - são essenciais para aumentar a sobrevida dos pacientes oncológicos. C007. TEndÊnCiA dA MoRTALidAdE PoR CÂnCER dE EsTôMAGo EM sALVAdoR E no EsTAdo dA bAHiA, bRAsiL, dE 1980 A 2007. Leão, C. R.; Rêgo, M. A. V. Faculdade de Medicina da Bahia-UFBA. O câncer de estômago é uma das neoplasias mais frequentes no Brasil, figurando, na Bahia, como a primeira causa de morte por câncer durante as últimas décadas. O objetivo deste trabalho é descrever a tendência da taxa de mortalidade por câncer de estômago no estado da Bahia e na cidade de Salvador, de 1980 a 2007. Trata-se de estudo de agregados cujos dados sobre os óbitos e sobre a população foram obtidos no SIM/Datasus e no IBGE/ Datasus, respectivamente. Para a análise da tendência temporal utilizou-se a regressão de Poisson, com avaliação de superdispersão. Os resultados representam redução ou incremento percentual médio anual, ajustadas pelo número de óbitos por causa mal definida. Em Salvador, observa-se uma tendência geral de queda nas taxas padronizadas de mortalidade por câncer gástrico de 2,31% entre os homens e de 2,58% entre as mulheres. Já no estado da Bahia, observa-se uma leve tendência crescente, tendo os homens um aumento de 0,45% e as mulheres de 0,05%. As estratégias para a prevenção do câncer de estômago devem incluir melhorias no saneamento básico, mudanças no estilo de vida da população e modificação do consumo alimentar (melhores métodos de conservação dos alimentos). A ação governamental deve incluir uma política que viabilize o acesso à energia elétrica e facilite a aquisição de refrigeradores, além do fomento de programas de educação para a saúde voltados para a prevenção primária. C008. sTUdY oF MiCRosATELLiTE insTAbiLiTY And PoTEnTiAL TARGET GEnEs in GisTs. Campanella N. C.1; Scapulatempo-Neto C.2; de Oliveira A. T.3; Guimarães D. P.4; Reis R. M.1 1. Molecular Oncology Research Center. 2. Department of Pathology. 3. Department of Surgery. 4. Department of Endoscopy, Barretos Cancer Hospital, S. Paulo, Brazil. Objective: The study aims to assess the presence and frequency of microsatellite instability (MSI) in gastrointestinal stromal tumor (GISTs) population, and in the MSI positive cases, to analyze the presence of mutations in key MSI-target genes. Methods: We analyzed 106 GISTs previously characterized for KIT and PDGFRA mutations from Barretos Cancer Hospital. The MSI analysis was performed from the DNA isolated of the tumor tissue, and evaluated for five quasimonomorphic mononucleotide markers (BAT25, BAT26, NR21, NR24 and NR27), using a PCR multiplex followed by fragment analysis at ABI Prism 3500 genetic analyzer. MSI status was evaluated using the GeneMaper 4.1 software, and samples were classified as MSI-H (2 or more markers altered), MSI-L (one marker altered) or MSS (no instability). The MSI-target genes analyzed were: ATM, ATR, AXIN2, BAX, BLM, BRCA1, BRCA2, DNAPKcs, MBD4, MRE11, MSH3, MSH6, PTEN, RAD50, TCF4, TGF bRII, WISP3, XRCC2 under the same conditions described above. Results: Sixty-six GIST samples (62%) were microsatellite instability positive, 20 MSI-H (19%) and 46 MSI-L (43%). The analysis of MSI-target genes is ongoing, and further statistical correlation between molecular and clinical-pathological features will be discussed. The analysis of MSI-target genes is ongoing. Conclusion: The GIST characterization study shows high levels of microsatellite instability as well as gastric location, high-risk malignancy and mutation in exon 11 of KIT. Câncer do Trato gastrointestinal 47 C009. A QUiMioTERAPiA dE indUÇÃo CoMo noVo CEnáRio no TRATAMEnTo do CÂnCER dE EsôFAGo MÉdio LoCALMEnTE AVAnÇAdo: UM RELATo dE CAso Silva, E. A.*; Paula, L. C. L.*; Silva, L. C. F. F.*; Gabriel, T. F.*; Cruz , F. M.*; Giglio, A.* *Faculdade de Medicina do ABC. Introdução: O tratamento convencional do câncer de esôfago localmente avançado consiste na combinação de quimioterapia e radioterapia. Apesar da quimioterapia de indução já ser estabelecida no tratamento de algumas neoplasias, há pouca evidência do uso desta modalidade de tratamento para o câncer de esôfago localmente avançado. Relatamos a seguir o caso de uma paciente com câncer de esôfago submetida a quimioterapia de indução seguido de quimioterapia e radioterapia com excelente resposta. Relato de Caso: Paciente do gênero feminino, 70 anos, teve diagnóstico de carcinoma espinocelular de esôfago médio localmente avançado, localizado a 25 cm da arcada dentária superior. Apresentava dispnéia em decúbito, o que a impossibilitava de receber radioterapia. Optado por quimioterapia de indução com cisplatina 75 mg/m2 D1 + fluorouracil 1000 mg/m2/dia D1 a D4 em infusão contínua. Após dois ciclos de quimioterapia a paciente apresentou resposta parcial e benefício clínico evidente com melhora significativa da dispnéia. Foi realizada radioterapia 5040 cGy concomitante a quimioterapia (cisplatina + fluorouracil). A paciente apresentou intervalo livre de progressão de nove meses. Neste relato de caso ilustramos potencial benefício da quimioterapia de indução no tratamento do câncer de esôfago localmente avançado. Estudos prospectivos com uma população maior devem ser realizados para avaliar real papel desta estratégia. C010. EsTUdo RETRosPECTiVo dE nEoPLAsiAs CoLoRRETAis EM UMA CLÍniCA onCoLÓGiCA PRiVAdA: PERFiL EPidEMioLÓGiCo Paula, B. H. R.1; Claudino, A. L. R. 1; Romão, D. S.1; Alves, R. L. J. 1; Almeida, R. O.2; Almeida, F. C. O.3 1. Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda – ECMVR. 2. OncoCentro - Centro Oncológico e Hematológico LTDA. 3. OncoCentro - Centro Oncológico e Hematológico LTDA. Objetivos: Objetiva-se com este estudo avaliar, de forma retrospectiva, pacientes portadores de neoplasia colorretal atendidos em uma clínica privada de um município do interior do estado do Rio de Janeiro. Procurou-se verificar sítio de localização do tumor primário, sexo, idade de apresentação, número de recaídas e sítios principais de recaídas. Métodos: Foram avaliados 302 prontuários de pacientes portadores de neoplasia colorretal, num período compreendido entre 28/09/1999 e 01/08/2010, dos quais foram selecionados 268 por conterem claramente as seguintes informações: sítio de localização do tumor primário, sexo, idade de apresentação, recaídas e sítio da evolução metastática da doença. Estes dados foram tabulados em planilha Windows Excel® 2007, e posteriormente os dados foram avaliados por estatística simples. Resultados: A localização mais frequente foi o cólon sigmoide 30,22%. O predomínio discreto para sexo foi feminino 54,47%. A avaliação da faixa etária no momento do diagnóstico demonstrou que 50,74% dos pacientes tinham acima de 61 anos, seguidos de 22,01% entre 51 e 60 anos, 17,91% entre 41 e 50 anos, 8,58% entre 31 e 40 anos e 1,11% de pacientes abaixo de 30 anos. Houve 68 recaídas 25,37%, sendo predomínio hepático 33,82%, seguido de 29,41% peritônio e outros, recidiva local 14,70%, pulmão 10,29%, ossos 5,88% e ovário e cérebro agrupados 4,41%. Conclusão: Com o presente estudo foi possível verificar predomínio das neoplasias de intestino grosso no cólon sigmoide. A faixa etária de predomínio foi marcante nos pacientes acima de 61 anos, representando mais de 50% da amostra. O sítio de recaída mais comum foi no fígado, porém foram observados sítios de recaídas mais raros representadas por ovário e cérebro. C011. AdEnoCARCinoMA dE inTEsTino dELGAdo: RELATo dE CAso Sediyama, C. M. N. O.1; Carneiro, B. G. M. C.2 1. Universidade Federal de Viçosa. 2. Hospital lberto Cavalcanti. Introdução: As neoplasias de intestino delgado são patologias raras, responsáveis por cerca de 2% das neoplasias malignas do TGI. O adenocarcinoma é a histologia mais comum (25 a 50%). O local mais acometido é o duodeno (55% dos casos). Nos EUA a incidência estimada em 2012 é de 8.070 novos casos, e maior prevalência entre no sexo masculino, e 1.150 óbitos. A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados. O tratamento é cirúrgico e a taxa de cura depende da ressecção completa da lesão. A quimioterapia é reservada na maioria das vezes para os casos de doença avançada, na impossibilidade cirúrgica, de maneira paliativa, mas a doença parece ser menos quimiossensível em relação a outros adenocarcinomas do TGI. A sobrevida em cinco anos é de 20%, sendo influenciada pela idade do paciente ao diagnóstico, estadiamento, sitio tumoral, possibilidade cirúrgica. Relato: VGSS, 42 anos, apresentou história de anemia ferropriva crônica e desconforto abdominal em julho de 2010. Apresentou pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) positiva, cintilografia com 99mTc pirofosfato de outubro 2010 com discreto acúmulo de traçador na projeção do cólon ascendente. Mantinha anemia (HB8,0) em exames repetidos, sem localizar do local do sangramento. Endoscopia por cápsula (30/03/2012) sem progressão da cápsula para o cólon mostrou lesão ulcero-infiltrativa em delgado proximal, entre a 2 a e 3 a porção, ocupando mais de 2/3 da circunferência do órgão, com estenose. Biópsia adenocarcinoma moderadamente diferenciado, confirmado por Imunnohistoquímica. A paciente foi submetida a ressecção da lesão, de 6,6 x 4,5cm, ausência de linfonodos acometidos(12). Estadio clínico II. Mantido segmento. Conclusão: O adenocarcinoma de intestino delgado é uma patologia rara, de tratamento predominantemente cirúrgico, cuja taxa de sobrevida é influenciada também pelo estadiamento, idade e localização tumoral. 48 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia C012. ACAnTosE niGRiCAns MALiGnA: RELATo dE CAso. Protásio, B. M.1; Ramos, J. G. L. R.1; Venchiarutti, C.2; Caires, R.1 Pereira, G. L. S.3; Hoff, P. M.3,4 1. Médico(a) residente de Oncologia Clínica, ICESP-Hospital das Clínicas, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil. 2. Médico(a) residente de Medicina Intensiva, Hospital das Clínicas, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil. 3. Oncologista Clínico do ICESP- Hospital das Clínicas, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil. 4. Professor Titular de Oncologia Clínica da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil. Introdução: Acantose nigricans (AN) é uma lesão cutânea caracterizada por hiperpigmentação da pele e mucosa oral de forma focal ou difusa, e guarda associação com várias neoplasias, especialmente as neoplasias intra-abdominais. Está associada a adenocarcinomas abdominais em 70-90% dos casos, e em 17% dos casos pode preceder em anos o diagnóstico do tumor primário. Relato de caso: Paciente de 57 anos, ex-etilista, procurou atendimento médico por icterícia e inapetência há dois meses. Realizou investigação com tomografia (TC) de abdome que identificou ascite, linfonodomegalias retroperitoneais, periaórticas e pericavais com aumento da cabeça do pâncreas. CA-19-9: 1.117,14. Realizou biópsia por ecoendoscopia com diagnóstico de adenocarcinoma pouco diferenciado sendo optado por derivação biliodigestiva e gastro-enteroanastomose paliativa. Evoluiu cerca de um mês após o diagnóstico com surgimento de lesões hiperpigmentadas e não pruriginosas em face em áreas foto-expostas sendo diagnosticada Acantose Nigricans em exame dermatológico. Iniciada quimioterapia com gencitabina 1.000 mg/m2 D1, D8 e D15 a cada quatro semanas. Discussão: A AN é comumente associada a condições benignas como doenças endócrinas, síndromes genéticas e uso de medicamentos, entretanto, em até 20% dos casos é secundária a síndrome paraneoplásica. Seu reconhecimento é fundamental para investigação e exclusão de malignidade associada ao quadro de Acantose Nigricans, principalmente em pacientes acima de 40 anos e que não apresentam diagnóstico prévio de desordens genéticas ou metabólicas. C013. REGisTRo dE CÂnCER CoLoRRETAL Ao LonGo dE 13 Anos EM UMA CLÍniCA PRiVAdA bRAsiLEiRA: dAdos dE MUndo REAL Vieira, F. M.*; Helal, R. C.*; Rocha, V. R.*; Salem, J. H.*; Gomes, T. S.*; Maciel, L. I.*; Lima, M. G.*; Vieira, T. A.*; Victorino, A. P.* *Grupo COI – Clínicas Oncológicas Integradas e Instituto COI de Educação e Pesquisa. Rio de Janeiro – Brasil. Introdução: O câncer colorretal (CCR) está entre as neoplasias de maior incidência no Brasil e no mundo, constituindo um importante problema de saúde pública. Dados de mundo real em câncer colorretal são pouco conhecidos no Brasil, especialmente no contexto da saúde suplementar. Essas informações são essenciais para o melhor conhecimento das características clínicas, epidemiológicas e terapêuticas, bem como a evolução dos pacientes. Objetivo: Fornecer informações epidemiológicas importantes, podendo ser usado como referência de dados para o cuidado do paciente com câncer colorretal no cenário da medicina suplementar. Métodos: Estudo retrospectivo realizado em um centro oncológico privado brasileiro, que incluiu pacientes atendidos entre 1999 e 2011. Os dados foram coletados dos prontuários médicos dos pacientes. Sempre que necessário, pacientes/familiares foram contactados a fim de otimizar a estimativa da sobrevida. Resultados: Foram incluídos neste estudo 821 pacientes, com idade mediana de 64 anos. Setenta e quatro por cento dos casos eram de câncer de cólon e 26% de reto. O tipo histológico mais frequente para câncer foi o adenocarcinoma, definido em 94,7% dos pacientes. Dentre os pacientes acometidos por câncer de cólon, 7,9% foram diagnosticados em estágio I, enquanto 33,3% no estágio II, 34,3% no estagio III e 24% em estágio IV. Dentre os pacientes diagnosticados com câncer de reto, 10,4%, 78,1% e 11,4% foram diagnosticados com doença inicial, localmente avançada e metastática, respectivamente. A sobrevida global em cinco anos foi de 61%, com diferenças significativas entre os estágios. Conclusões: Os desfechos encontrados no presente estudo se assemelham aos de países desenvolvidos e se mostram superiores aos de serviços públicos nacionais. C014. TUMoR dE sEio EndodÉRMiCo PRiMáRio do FÍGAdo Berriel, A. C.*; Monteiro, R. A.*; Campos, C. S.*; Sousa G. B.*; Pontes, B. S.*; Lima, M. V. B. F.*, Lagdem, M. M.*, Gitelman, G. W.* *Serviço de Oncologia – Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - Universidade Federal do Rio de Janeiro. Objetivos: Descrição de um caso de tumor de seio endodérmico primário de fígado; retratar um possível diagnóstico diferencial de carcinoma hepatocelular (CHC). Métodos: Relato de caso de uma paciente atendida no ambulatório de Oncologia Clínica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, com uma massa hepática característica de CHC cujo diagnóstico final foi tumor de seio endodérmico primário do fígado. Resultados/Descrição do Caso: Mulher de 41 anos, parda, com história de dor abdominal e icterícia obstrutiva. Sem relato de etilismo. RNM abdome/pelve (fevereiro 2012): lesão de 6,6x5 cm dos segmentos hepáticos V ao VIII, sugestivas de CHC. EDA (fevereiro de 2012): normal. TCs tórax abdome/pelve (julho de 2012) não evidenciaram outras alterações, fora a massa hepática. USG transvaginal: normal. Apresentava dosagem de alfa-feto proteína de 21500ng/mL; CA 125: 40 U/mL; CEA e CA 19.9 normais. Sorologias para hepatites virais negativas. A paciente foi submetida a coledocoduodenostomia com biopsia de lesões hepáticas em abril de 2012. Histopatológico: carcinoma de células claras com imunohistoquímica compatível com tumor de seio endodérmico. Foi proposto esquema BEPx4, que teve início em 09/07/2012. Conclusões: As descrições de tumores do seio endodérmico primários do fígado na literatura médica são escassas, principalmente em adultos. Em geral, são abordados inicialmente como carcinoma hepatocelular, sendo que o diagnóstico de tumor germinativo só ocorre após o tratamento local. A idade média dos casos descritos é de 27 anos e os níveis de alfa-feto proteínas costumam ser bem elevados. Para definição do nosso caso, a imunohistoquímica foi fundamental. A descrição serviu para retratar um diagnóstico diferencial em casos de massas compatíveis com CHC em pacientes não cirróticos. Câncer do Trato gastrointestinal 49 C015. PERFiL CLÍniCo E EPidEMioLÓGiCo dos PACiEnTEs PoRTAdoREs dE TUMoREs EsoFáGiCos sUbMETidos A EsoFAGECToMiA EM UM sERViÇo dE REFERÊnCiA dA CidAdE dE MonTEs CLARos, MG Rocha, M. E. S.1,2; Almeida, J. C.1; Cruz, V. P. D.1; Fonseca, E. S. 1; Gomes, M. S. 1; Oliveira, M. R.1 1. Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES. 2. Santa Casa de Misericórdia de Montes Claros, MG. Introdução: O câncer esôfago, considerado como a terceira neoplasia mais comum do trato gastrintestinal, situa-se entre as dez mais prevalentes no mundo, sendo altamente agressivo e letal.(1) A alta taxa de mortalidade explica-se pelo fato de mais de 50% dos pacientes apresentarem tumor inoperável no momento do diagnóstico, condição responsável para que o câncer de esôfago seja, em todo o mundo, a sexta maior causa de morte por neoplasia.(2) Metodologia: A amostra do presente estudo foi constituída de 46 pacientes portadores de tumores esofagianos com indicação cirúrgica no Serviço de Cirurgia da Irmandade Nossa Senhora das Mercês - Santa Casa de Montes Claros, no período de 1 de Janeiro de 2005 a 31 de Dezembro de 2011. Foi realizada uma análise descritiva, com frequências e medidas de tendência central, sobre características sociodemográficas e comportamentais, aspectos clínicos e intervalo entre a consulta do diagnóstico e a realização da cirurgia, sendo os dados levantados a partir da revisão sistemática de prontuários e compilados através do software estatístico SPSS®, versão 17.0, para Windows®. Resultados: Observou-se que a maior parte dos pacientes era do sexo masculino (80,4%), com idade média de 54 anos (DP: 12,9), faioderma (69,6%), casado/união estável (58,7%), tabagista (84,8%) e etilista (80,4%). O tempo médio de sintomatologia foi de 6,89 meses (DP: 17,5), sendo disfagia, perda ponderal, epigastralgia e odinofagia os sintomas mais comuns. O intervalo médio entre a consulta do diagnóstico e a realização da esofagectomia foi de 134,11 dias (DP: 178,4). A localização tumoral mais frequente foi o terço inferior do esôfago (42,3%), com predomínio do tipo histológico carcinoma de células escamosas (86%). Conclusão:O presente trabalho identificou características clínicas e epidemiológicas comuns aos portadores de tumores esofágicos, gerando informações úteis para a identificação dos grupos de risco e para o diagnóstico mais precoce dessas neoplasias. Referências: (1). Altorki N. En-bloc esophagectomy: The three-field dissection. SurgClin North Am. 2005;85:611-19. (2). Instituo Nacional de Câncer (INCA). Câncer de esôfago, disponível em <www.inca.gov.br>, acessado em 10 de outubro de 2011. C016. CÂnCER dE EsôFAGo: CoRRELAÇÃo EnTRE iniCÍo dos sinToMAs E diAGnÓsTiCo, EsTAdiAMEnTo E REsPosTA Ao TRATAMEnTo EM UM sERViÇo REFERÊnCiA do noRTE dE MinAs Cotrim, D. P.1,2; Oliveira, M. R.3; Paula, M. R. S.3; Vilela, D. N.3; Rodriques, H. G.1 1. Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros - FIPMOC 2. Fundação Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG. 3. Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES. Objetivo: O câncer de esôfago é uma neoplasia relativamente incomum e extremamente letal. É considerada a terceira neoplasia mais comum do trato gastrointestinal. Este trabalho tem como objetivo correlacionar o início dos sintomas e diagnóstico, estadiamento e resposta ao tratamento de pacientes diagnosticados com câncer de esôfago atendidos em um serviço referência no Norte de Minas Gerais. Método: Realizou-se um estudo descrito, retrospectivo e quantitativo através da revisão de prontuários de pacientes diagnosticados com câncer de esôfago atendidos na Santa Casa de Misericórdia de Montes Claros, no período de janeiro de 2001 a dezembro 2006. Discussão: Foram avaliados 156 prontuários, havendo predomínio no sexo masculino e na faixa etária entre 51 e 70 anos. O principal sintoma foi a disfagia, e o tempo entre o início deste e o diagnóstico prevaleceu entre 30 dias e 3 meses. O estadiamento concentrou-se no estádio II e III. A quimioterapia e radioterapia concomitantes foi a opção mais utilizada, e ao final do primeiro tratamento a maioria dos pacientes apresentaram doença em progressão. Conclusão: O câncer de esôfago é diagnosticado tardiamente, o que interfere diretamente na resposta ao tratamento. C017. A ViA dE sinALiZAÇÃo HEdGEHoG CoMo UM iMPoRTAnTE REGULAdoR nA LinHAGEM CELULAR HT-29 dE CARCinoMA dE CÓLon HUMAno Buongusto, F.*; Yoshimoto, A. N.*; Bernardazzi. C.*; Carneiro, A. J.*; Elia, C.*; Martinusso, C.*; Ventura, G.*; Castelo-Branco, M.*; de Souza, H. S. P.* *Instituto de Ciências Biomédicas e Departamento de Clínica Médica – Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. Introdução e Objetivo: O controle da renovação celular no epitélio intestinal depende de um equilíbrio dinâmico entre proliferação e apoptose. Como a via de sinalização Hedgehog (Hh) está envolvida na sobrevivência e proliferação celular, decidimos investigar seu possível papel em funções biológicas das células do epitélio colônico. Métodos: Células HT-29 de carcinoma de cólon humano foram mantidas sob diferentes condições de cultura e expostas a vários estímulos. A expressão dos componentes da via Hh, de genes e proteínas relacionadas foram analisadas por qPCR e imunofluorescência. Viabilidade, apoptose e proliferação celular foram mensuradas pelos ensaios MTT, Anexina-V/7-AAD, e captação de BrdU, respectivamente. A produção de citocinas no sobrenadante da cultura de células foi mensurada por ELISA. Resultados e Discussão: A expressão de RNAm de Indian e Sonic Hh e dos fatores de transcrição Gli-1 e Gli-2 aumenta com agonistas Hh e butirato (P<0,02), e diminui com ciclopamina (P<0.04). BMP4 e BMP7 diminuem com a inibição de Hh (P<0,02). WNT1, componente da via Wnt diminuiu após butirato, rShh-peptide, or EGF (P<0.05). Enquanto a proteína Gli-1 aumenta com agonista (P<0,04) e diminui com ciclopamina (P<0,02), efeito oposto ocorre com a β-catenina (P<0,01). Níveis de IL-8 (P<0,04) e MCP-1 (P<0,05) diminuíram após exposição a agonistas Hh. Quimiotaxia de monócitos diminui com sobrenadantes de células HT-29 tratadas com Shh (P<0,047). A viabilidade celular (P<0,04) e incorporação de BrdU (P<0,05) diminuem durante com bloqueio de Hh, enquanto agonistas Hh inibem a apoptose induzida por anti-CD95 (P<0,01). Conclusões: A via de sinalização Hh é importante regulador da homeostase de células HT29 do epitélio colônico. A expressão diferencial dos componentes da via Hh pode explicar anormalidades na resposta imune local e na integridade da barreira epitelial, com possíveis implicações para o desenvolvimento de inflamação e neoplasias no cólon. 50 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia C018. noVos bioMARCAdoREs no CÂnCER dE EsôFAGo: PAPEL nA AVALiAÇÃo diAGnÓsTiCA E TERAPÊUTiCA Buongusto, F.*; Chagas, V. L.; Martinusso, C.; Castelo-Branco, M.; de Souza, H. S. P. Instituto de Ciências Biomédicas e Departamento de Clínica Médica – Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. Introdução: O Câncer de esôfago é um dos tipos de maior mortalidade, com baixa taxa de cura e poucas estratégias de tratamento. A progressão é bem conhecida na literatura, entretanto, os fatores moleculares responsáveis permanecem sobre investigação. Objetivos: Correlacionar a expressão de diferentes proteínas no câncer de esôfago com o tipo histopatológico. Verificar se há diferença na expressão desses marcadores moleculares durante os estágios de progressão. Métodos: Análise de 34 biópsias obtidas por endoscopia de 34 pacientes divididos em cinco grupos, de acordo com o diagnóstico histopatológico: Normal, esofagite, esôfago de Barret, adenocarcinoma e carcinoma epidermoide de esôfago.Realização de reações de imunohistoquímica contra os seguintes marcadores: PGP (glicoproteína P), SHH (Sonic Hegdhog), Gli-1 (proteína da via Shh), e Heparanase. Resultados Parciais: Houve leve marcação da proteína SHH no esôfago normal, sendo maior no esôfago inflamado, no Barret e no Carcinoma epidermoide do que no Adenocarcinoma. Marcação semelhante foi observada para o PGP. Houve forte marcação para Heparanase no Adenocarcinoma de esôfago e marcação intermediária no esôfago de Barret. Discussão: As MRPs são expressas no câncer de esôfago e no Barret, sendo que foi observado sua presença mais precocemente, no esôfago inflamado. A glicoproteína P pode ser encontrada na mucosa esofágica do Barrett, sendo que a sua expressão na mucosa normal pode ser o substrato da qual surge um tumor maligno positivo para PGP. O mesmo parece ocorrer com a via SHH, que também está envolvida na gênese de diversos tumores gastrointestinais, aparecendo no esôfago inflamado, no Barret e no câncer. Conclusão: Devido à alta letalidade e prevalência deste tipo de câncer na nossa população, a pesquisa de biomarcadores torna-se fundamental para identificação precoce do desenvolvimento tumoral e no valor prognóstico. C019. AdEnoCARCinoMA MUCinoso dE RETo EM PACiEnTE JoVEM Gadelha, D. C.*; Lira, G. A.*; Lopes, M. S. M.*; Menezes A. L. M.*; Freire, A. D.* *Universidade Potiguar. Objetivos: O carcinoma retal é uma neoplasia frequente na população adulta mundial. Ocorrendo, predominantemente, na população idosa, sendo incomum em menores de 40 anos. O objetivo é relatar um caso de adenocarcinoma mucinoso de reto com células em anel de sinete abordando o prognóstico, além das opções da abordagem clínica e terapêutica. Métodos: O trabalho é caracterizado como estudo descritivo do tipo relato de caso. Foi feita coleta de dados em prontuário durante seu seguimento em um Hospital de Natal/RN, correspondendo ao período de Novembro de 2008 a Maio de 2011. Resultados: G. M. F, 37 anos, sexo feminino, foi admitida no serviço de oncologia para tratamento de neoplasia de reto com queixa de dor e sangramento anal. Ao toque retal foi observada lesão ulcerada, não sangrante, além de apresentar biópsia de reto compatível com adenocarcinoma pobremente diferenciado, com células em anel de sinete. Portanto, encaminhada para realização de dois ciclos de quimioterapia neoadjuvante concomitante a radioterapia. Respondeu bem, sendo encaminhada à cirurgia de Miles com esvaziamento pélvico linfonodal e colpectomia por invasão local posterior. O anatomopatológico evidenciou o adenocarcinoma mucinoso e de células em anel de sinete, infiltrando até o tecido adiposo pericólico, invasão vascular presente, estadiamento pTNM (2004): T3N2MX . Metástases em 15 linfonodos, com extensão extracapsular presente. Em seguimento, foi realizado mais quatro ciclos de quimioterapia adjuvante respondendo bem sendo acompanhada, até os dias de hoje, sem nenhuma intercorrência importante. Conclusões: O adenocarcinoma mucinoso de reto em jovens é considerado o de pior evolução e de pior prognóstico quanto mais distal for a localização tumoral. No caso em questão, onde a paciente apresenta um tumor de reto baixo, o prognóstico cursa diferindo dos dados apresentados na literatura. Porém, controvérsias ainda existem quanto às características deste tumor e prognóstico nesta população C020. TUMoR do EsTRoMA GAsTRoinTEsTinAL EM PACiEnTE PoRTAdoR dE nEURoFibRoMATosE TiPo 1 Gadelha, D. C. A.*; Lira, G. A.*; Lopes, M. S. M.*; Jeremias, A. K.* M. L.*; Neto, J. O. C.* *Universidade Potiguar. Objetivos: Os tumores do estroma gastrointestinal (GISTs) ocorrem predominantemente de forma esporádica e representam cerca de 1% de todas as neoplasias do trato gastrointestinal. As evidências atuais apontam que a origem dos GISTs tem relação direta com as células intersticiais de Cajal, as quais fazem parte do plexo mioentérico do trato digestivo e são responsáveis pelo controle da motilidade intestinal. Em geral os GISTs são neoplasias bem delimitadas que se projetam exofiticamente em direção à luz do órgão envolvido. Podem provocar sintomas obstrutivos e sangramento agudo ou crônico. Com menor frequência eles se expandem através da serosa e seu diâmetro pode atingir dezenas de centímetros Tem sido descrito na literatura incidência aumentada de tumores estromais gastrointestinais (GISTs) em portadores de neurofibromatose tipo 1. Estes tumores tipicamente ocorrem no intestino delgado e, frequentemente, são múltiplos. O objetivo é relatar um caso de uma paciente portadora de neurofibromatose tipo 1 que apresentou metaplasia gástrica duodenal. Métodos: O trabalho é caracterizado como estudo descritivo do tipo relato de caso. Para a sua construção foi feita coleta de dados em prontuário durante seu seguimento em um hospital de natal/RN, correspondendo ao período de dezembro de 2009 a maio 2012, referente ao início do diagnóstico e ao seu seguimento clínico. Resultados: C. O. P, sexo feminino, 38 anos, foi admitida no serviço de oncologia para tratamento de neurofibromatose tipo 1, apresentando hematoquezia. Ao toque retal, não foi observado lesão ulcerada. Realizou endoscopia que teve como resultado inúmeras nodosidades em mucosa bulbar, algumas com aspecto semi-pediculado. Biópsias revelaram metaplasia gástrica duodenal. Colonoscopia foi normal. Conclusões: A ocorrência de GISTs deve ser sempre lembrada na avaliação de pacientes com massas abdominais e neurofibromatose tipo 1, principalmente em intestino delgado. Muitas vezes o comportamento da neoplasia é favorável e o uso de imatinibe deve ser individualizado. Câncer do Trato gastrointestinal 51 C021. TUMoR dE sUPRARREnAL CoM inVAsÃo dA VEiA CAVA RETRo-HEPáTiCA RELATo dE CAso Moreira, C.*; Reis, S. A. A.*; Oliveira, L. M. S.*; Barra, J. S. M.*; Folly, B. H. S.*; Barreto, J. S.* *Fundação Técnico Educacional Souza Marques, Rio de Janeiro - RJ - Brasil. Introdução: Os tumores de suprarrenal são neoplasias relativamente raras sendo que, na maioria dos casos, se tratam de tumores funcionantes e de tamanho pequeno. As neoplasias não funcionantes geralmente possuem um caráter mais agressivo, geralmente são malignas e podem apresentar um grande crescimento e, assim como o carcinoma renal, podem disseminar através da veia cava na forma de trombos tumorais. Relato de Caso: Paciente de 62 anos, sexo feminino, natural de Rondônia, apresentou quadro de dispnéia e dor em flanco e hipocôndrio direito acompanhado de emagrecimento de 5 kg em quatro meses. Realizou TC de abdome e pelve que evidenciou tumoração com 6x7cm de diâmetro em topografia de suprarrenal direita com provável trombo tumoral em veia cava retro-hepática o qual foi confirmado através de RNM de abdome que também evidenciou que o trombo não se extensiva ao átrio direito. Submetida à tóraco-freno laparotomia com suprarrenalectomia direita e trombectomia intracaval após exclusão do fluxo sangüíneo da veia cava e da veia porta. A paciente evoluiu satisfatoriamente no pós-operatório, tendo tido alta no 12º dia após a cirurgia. Manteve controle com o uso de mitotano como quimioterapia adjuvante. O LHP foi compatível com adenocarcinoma não funcionante de supra-renal. Conclusão: A melhor abordagem cirúrgica de um volumoso tumor de supra- renal direita com embolização tumoral para a veia cava é através de uma ampla exposição do andar superior do abdome, retro peritônio e cavidade torácica o que é conseguido se realizando uma tóraco-freno laparotomia. O clampeamento da veia cava com a colocação de torniquetes na porção intratorácica da veia bem como acima das veias renais, permite um controle total do fluxo de sangue intracaval e permite uma abertura segura da veia para a remoção dos trombos. C022. AVALiAÇÃo dA AssoCiAÇÃo EnTRE HELiCobACTER PYLoRi E CÂnCER GásTRiCo EM PACiEnTEs CoM idAdE inFERioR A 40 Anos ATEndidos nA FUndAÇÃo CEnTRo dE ConTRoLE dE onCoLoGiA do AMAZonAs (FCECon) Chalub, S. R. S.*; Su, W. C. S.*; Avelino, R. L.*; Gurgel, R. L.*; Bicharra, N. N.*; Machado, A. A. P.* *Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCECON), Manaus, AM. Introdução: No Brasil em 2008, estima-se que o número de novos casos de CG será de 14.080 entre homens e 7.720 entre as mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de estômago em homens é o segundo mais freqüente nas regiões Norte (10/100.000) e Nordeste (9/100.000). Objetivo: Avaliar se há uma associação entre Helicobacter pylori (HP) e câncer gástrico (CG) em pacientes com idade inferior a 40 anos. Delineamento: Série de casos. Pacientes e Material: Foram incluídos no total de 8 pacientes dos 80 portadores de CG gástrico atendidos na FCECON no período de Janeiro de 2006 a Julho de 2008. Método: A coleta foi realizada por meio de questionário específico nos prontuários ou por visita nos leitos desses pacientes, sendo estudados quanto aos fatores relacionados à análise do laudo da endoscopia e da histopatológica das peças anatômicas removidas no ato cirúrgico, sendo colocado em bloco de parafina para confecção de lâmina e coloração especifica (Giemsa) para pesquisa da presença de HP. Resultados: Foram analisados os laudos da endoscopia, percebeu-se que cinco das endoscopias não tinham a presença de HP e, três não tinham informações sobre a visualização da bactéria no laudo descritivo. A análise do histopatológico foi realizada na Patologia da FCECON, por meio de revisão das lâminas e do bloco da peça cirúrgica. A área de mucosa gástrica era encontrada por meio das lâminas com coloração Hematoxilina Eosina (HE), sendo feita uma nova lâmina com coloração específica, tipo Giemsa, para ser feito leitura da presença de HP. Dos pacientes analisados, apenas um paciente possui infecção pelo HP, quatro não tiveram presença de HP e outros 3 laudos histopatológico não foram feitos na instituição, não podendo ter sido feito uma análise das lâminas e no próprio laudo não havia informações sobre a presença da bactéria. Conclusão: Mostramos pouca associação entre a infecção HP em pacientes portadores de CG com idade menor que 40 anos, indo de encontro com a literatura atual podendo ter ocorrido, devido a relações de cunho ambiental, número de pacientes e de método de análise. Em trabalhos japoneses, usavam imuno-histoquímica que possui maior acuraria, podendo ter influenciado no resultado destes trabalhos. Sugerindo maior investigação científica nesta parte da imunologia. C023. PERFiL soRoLÓGiCo dos PoRTAdoREs dE HEPAToCARCinoMA ATEndidos nA FUndAÇÃo CEnTRo dE ConTRoLE dE onCoLoGiA do AMAZonAs - AM Chalub, S. R. S.*; Machado, A. A. P.*; Bicharra, N. N.* *Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCECON- AM), Manaus, AM. Introdução: O carcinoma hepatocelular (CHC) é uma afecção cuja incidência varia significativamente de região para região. Enquanto sua incidência em países ocidentais é de 1 por 100 mil habitantes, esta chega a 100 por 100 mil habitantes em determinadas regiões da Ásia e da África. O CHC ocorre predominantemente em indivíduos do sexo masculino, em uma proporção de 6 para 1. Em 80 a 90%, dos casos, o tumor instala-se sobre um fígado previamente comprometido por outras afecções, em especial as cirroses pelos vírus B e C. A região amazônica é considerada área endêmica para hepatites virais e consequentemente, para carcinoma hepatocelular, bem como várias outras doenças do fígado, faz-se necessária uma avaliação das características do vírus da Hepatite B e estudo clínico dos portadores desta 52 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia grave doença. Objetivos: Avaliar o perfil clínico e laboratorial de portadores de hepatocarcinoma atendidos na Fundação FCECON-AM, avaliar o estadiamento clínico no momento do diagnóstico e realizar um perfil epidemiológico. Métodos: Entre agosto de 2010 a março de 2011 realizamos um estudo descritivo, prospectivo de pacientes portadores de sorologia positiva para vírus da hepatite, avaliados através de marcadores específicos (HBsAg, anti-HBs, Anti-HBc total, HBeAg, anti-Hbe e reatividade VHC) e portadores de hepatocarcinoma, diagnosticados através exames de imagens e dosagem de alfa-fetoproteína atendidos na Fundação CECON-AM. Resultados: A população do estudo foi composta de 29 pacientes, sendo constituída de 18 (62,1 %) homens e 11 (37,9%) mulheres. A faixa etária variou de 25-90 anos, apresentando média de 51,1 anos. Sete (24,1%) pacientes tinham mais de 68 anos. Em 14 (48,3%) pacientes, constatou-se Cirrose Hepática. Dentre os portadores Cirróticos, 10 (58,8%) apresentaram dano funcional significativo (Classe B), segundo à classificação de Child-Pulgh que avalia tanto aspectos clínicos como a presença ou ausência de ascite e encefalopatia, quanto níveis laboratoriais de função hepática. Dentre os 29 pacientes, 21 (72,4%) realizaram sorologia até o momento da pesquisa. Observou-se que entre 21 (72,4%) pacientes que realizaram o exame sorológico, 16 apresentaram infecção viral, sendo que 12 (75%) apresentaram reatividade para VHB, 3 (20%) positividade para VHC e 1 (6,7%) positivo para VHB e VHD. Quatorze (48,2%) apresentaram disfunção hepática, através dos níveis plasmáticos de albumina, tempo de protrombina (TAP) e bilirrubinas totais e direta, lembrando que a alteração em qualquer um deles indica que há hepatopatia crônica. Os nódulos cancerígenos apareceram em 12 (51,7%) pacientes no lado direito do fígado. Quanto ao tamanho, 17 (58,6%) pacientes apresentaram tumor entre 31-90 mm de diâmetro. Nove (31%) dos pacientes submeteram-se a um procedimento cirúrgico. No decorrer da pesquisa, 3 (10,34%) pacientes faleceram, sendo um após 9 meses do diagnóstico, um após seis meses e outro após um mês depois do laudo médico. Conclusão: As hepatopatias crônicas (hepatites crônica e cirroses) estão estreitamente ligadas como fatores de risco para HCC. A associação entre VHB e VHC no câncer primário do fígado é um fator preocupante na região Norte. O acompanhamento semestral dos pacientes se faz necessário na detectação de alterações de imagem e alfa-feto proteína. Os procedimentos cirúrgicos devem ser recomendados somente para aqueles com condições apropriadas. Assegurar assistência é a melhor forma de garantir o seguimento destes pacientes. Câncer ginecológico 53 CânCer gIneCOlógICO d001. “A MULHER ModERnA E A iMPoRTÂnCiA dAs CAMPAnHAs dE sAÚdE” – CAMPAnHA REALiZAdA no PsF VARGEM GRAndE, TEREsÓPoLis Andrade, D. M.1; Alves, J. B. O.1; Resende, N. C.1; Pagnussat, A. C.1; Mendonça, M. R.1; de Jesus, J. B. C.2; Junior, J. M. S.3; Santana, M. C.1; Garcia, F. T.4 1. UNIFESO; 2. UNIC; 3. UNIT; 4. Médico do OS Vargem Grande. Introdução: O câncer de mama é considerado o segundo tipo de neoplasia mais frequente e mais comum nas mulheres representando 22% dos casos novos a cada ano. No Brasil, estima-se que haja 52.680 novos casos em 2012, havendo 12.852 mortes em 2010. O HPV também é um câncer ginecológico bastante incidente, estudos mostram que 50-80% das mulheres com vida sexual ativa serão infectadas por um ou mais tipos de vírus em algum momento da vida. Objetivo: Baseado na efemeridade da vida da mulher moderna, onde há pouco tempo livre semanal para o cuidado com a saúde das mulheres isso implica entre outros em Exame de Mamas, a colpocitologia oncótica. Em detrimento disso, um grupo de discentes do Curso de Medicina aliado ao Posto de Saúde realizaram no dia 28 de outubro (domingo), das 8 da manhã às 17 h, uma Campanha que Disponibilizou o exame físico para essas mulheres e solicitação de exames laboratoriais e de imagem como USG das Mamas e Mamografia. Além de tratamentos para corrimentos vaginais e orientações quanto ao uso e distribuição de Métodos Contraceptivos sejam farmacológicos ou de barreira. Resultados: Atendeu-se 25 mulheres com idade entre 19 e 64 anos de idade, onde destas quatro nunca haviam feito USG ou Mamografia das mamas e preventivo, 17 já faziam mais de dois anos que não ia ao serviço médico, as demais foram na campanha do ano anterior ao posto. Destas ainda, um já tinha passado de diagnóstico HPV em TTO. Hist Familiar de 1º grau de Ca de MAMA foi dito por três pacientes, dois apresentaram mamas irregulares com nodularidades. Conclusão: Estas Campanhas devem ser incentivadas em todo país, assim conseguiremos reduzir as incidências de diagnósticos tardios. d002. REGisTRo dE CÂnCER dE oVáRio Ao LonGo dE 13 Anos EM UMA CLÍniCA PRiVAdA bRAsiLEiRA: dAdos dE MUndo REAL Rotstein, C.*; Helal, R. C. R. P.*; Rocha, V. R.*; Salem, J. H.*; Cypriano, A. S.*; Silva, C. M.*; Maciel, L. I.*; Lima, M. G.*; Vieira, T. A.*; Vieira, F. M.* *Clínicas Oncológicas Integradas - Instituto COI de Educação e Pesquisa, Rio de Janeiro - RJ. Introdução: O câncer de ovário é a neoplasia ginecológica de maior letalidade e a mais difícil de ser diagnosticada. Devido à escassez de estudos nacionais sobre o tema, muitas questões relacionadas aos tratamentos e desfechos clínicos das pacientes com esta neoplasia permanecem desconhecidas no Brasil. Objetivo: Determinar as características epidemiológicas e desfechos clínicos das pacientes com câncer de ovário atendidas na saúde suplementar. Métodos: Foram analisadas retrospectivamente informações contidas nos prontuários médicos de 147 pacientes com diagnóstico de neoplasia de linhagem epitelial de ovário, tratadas em uma clínica privada do Rio de Janeiro – COI (Clínicas Oncológicas Integradas), entre 1999 e 2011. Sempre que necessário, pacientes ou familiares foram contactados a fim de otimizar a estimativa da sobrevida. Resultados: A mediana da idade foi de 59 anos. A distribuição por estádio (E) foi: E I 34%, E II 14%, E III 42% e E IV 10%. A distribuição por histologia foi: adenocarcinomas serosos 35%, endometrioides 17%, células claras 5%, mucinosos 6% e outros 37%. A sobrevida livre de progressão em 5 anos (SLP) foi: E I 74,4%, E II 37,7%, E III 9,2% e E IV 0%. A sobrevida global em 5 anos (SG) por estádio foi: E I 94,4%, E II 71,4%, E III 45,1% e E IV 0%. A SG das pacientes platina-resistentes em 5 anos foi de 56,8%, significativamente menor que a encontrada nas platina-sensíveis (p<0,01). Conclusão: A SG, a SLP e o prognóstico das pacientes na amostra foram equivalentes às encontradas na literatura, exceto pelo alto percentual de diagnóstico em estádios precoces (E I e II: 48% v.s E III e IV: 52%) e pelo alto índice de tratamentos adjuvantes em pacientes de estádios precoces com histologias desfavoráveis. d003. PREVEnÇÃo PRiMáRiA do CÂnCER dE CoLo UTERino: FAToREs AssoCiAdos À AdEsÃo Santos, L. M. D.¹; Gomes, A. M. F.¹; Costa, D. V. S.¹; Costa, D. V. S.¹; Costa, M. M. A.¹; Pedrosa, S. C.¹; Veras, S. S.¹; Damasceno, V. L. T.²; Aquino, P. S1 1. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza - CE. 2. Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza, Fortaleza - CE. Objetivo: O câncer de colo uterino é, depois do câncer de mama, a principal causa oncológica de morte entre mulheres que vivem em países em desenvolvimento, correspondendo a aproximadamente 15% de todos os tipos de cânceres femininos no mundo. O principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero é a infecção pelo Papiloma Vírus Humana- HPV. Diante disso, esse estudo tem como objetivo identificar os fatores associados à adesão de mulheres a realização do exame Papanicolaou, considerado uma forma de prevenção primária do câncer de colo uterino. Método: Trata-se de uma revisão narrativa acerca dos fatores que dificultam ou aumentam a adesão das mulheres ao exame do Papanicolaou. As bases de dados utilizadas foram o LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da saúde) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online), sendo utilizados os descritores “câncer de colo do útero”, “exame papanicolaou” e “adesão” O levantamento de dados considerou artigos publicados nos últimos dez anos (2002-2012), publicados em português, inglês ou espanhol, e disponíveis na íntegra. Foram encontrados inicialmente 22 artigos, porém apenas 10 artigos foram analisados. Resultados: Os fatores que dificultam a adesão ao exame preventivo do câncer de colo uterino são: dificuldades para agendamento (40%), vergonha/ nervosismo (20%), dor/desconforto durante a coleta (20%), relação paciente-profissional (20%), dificuldades para o trabalho liberar (20%), baixa renda familiar (20%) e não apresentar queixas ginecológicas (20%). Também foram citados: mau atendimento, distância da unidade e baixa escolaridade. Acolhimento, fornecimento de informações durante a consulta, garantia de privacidade durante o exame e relação satisfatória com o profissional foram citados como fatores que contribuem para a busca pelo exame preventivo. Conclusão: Os profissionais de saúde devem estar capacitados para realizar a abordagem adequada à mulher para que esta tenha conhecimento dos benefícios e que contribua essencialmente para a quebra de paradigmas da realização do exame. 54 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia d004. MÉTodos dE MAnUTEnÇÃo dA FUnÇÃo HoRMonAL oVARiAnA EM PACiEnTEs nA PRÉ-MEnoPAUsA CoM CÂnCER dE CoLo UTERino Oliveira, L. F.1; Araújo, C. M. M.1; Viégas, C. M. P.1; Costa, M. A. F.2; Mendes, B. R.2; Reis, P. V. S.2 1. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Rio de Janeiro - RJ. 2. Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora - MG. Objetivo: Esse trabalho dedica-se à revisar os métodos de manutenção da função hormonal em pacientes com câncer de colo uterino na pré-menopausa, tais como a transposição ovariana e criopreservação de tecido ovariano. Métodos: Revisão da literatura, entre os anos de 1998 e 2011, através do PubMed usando as seguintes palavras: “preservation gonadal function” e “cervical cancer”. Resultados: Métodos de manutenção da função hormonal nas pacientes com câncer cervical em pré-menopausa, como a transposição ovariana e criopreservação de tecido ovariano, estão disponíveis para amenizar o dano com o tratamento oncológico. As taxas de preservação hormonal relatadas após a transposição ovariana são de: 100 % após cirurgia, 90 % após braquiterapia e 60 % após radioterapia e braquiterapia. Em relação à criopreservação de tecido ovariano, os níveis hormonais pré-tratamento são recuperados entre 14 semanas a 40 meses. Conclusão: O foco principal deve ser a terapia oncológica, mas a possibilidade de oferecer uma opção que preserve a função hormonal ovariana precisa ser lembrada, para que a paciente tenha a liberdade de escolher, evidenciando as repercussões tardias, que na maioria das vezes são relegadas a um segundo plano no momento do diagnóstico da neoplasia. d005. AnáLisE PRoTEôMiCA dE FLUidos inTRATUMoRAis EPiTELiAis MALiGnos E bEniGnos dE oVáRio Poersch, A.1; Sousa, L. O.2,3; Faça, V. M.4; Greene, L. J.2,3; Reis, F. J. C.1. 1. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto - SP. 2. Departamento de Biologia Celular e Molecular e Bioagentes Patogênicos - Faculdade de Medicina de Ribeirão, Ribeirão Preto - SP. 3. Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto - SP. 4. Departamento de Bioquímica e Imunologia - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto - SP. A análise do proteoma do fluido corpóreo humano tornou-se uma das abordagens promissoras para se chegar à descoberta de biomarcadores de doenças humanas. O objetivo deste estudo foi identificar e classificar as proteínas presentes em fluidos intratumorais epiteliais malignos de ovário (Tipo II) (n=10) e fluidos intra-tumorais epiteliais benignos de ovário (n=10). Os extratos protéicos total dos fluidos foram quantificados separadamente e em seguida, foi preparado um pool para cada tipo de amostra (maligno e benigno). Cada pool foi separado em duas frações utilizando filtros de 30 kDa: uma fração contendo proteínas com peso molecular menor que 30 kDa e outra com proteínas com peso molecular maior que 30 kDa. Nesta primeira etapa utilizamos somente da fração contendo proteínas de peso molecular menor que 30 kDa. Para tal, as proteínas presentes nesta fração foram marcadas com isótopos de acrilamida e digeridas com tripsina. Os peptídeos tripsínicos foram separados por cromatografia líquida de troca iônica, seguida por fase reversa, acoplada a um espectrômetro de massas LTQ-ORBITRAP (LC-MS/MS). Foram identificadas 17 proteínas nos dois pools, 48 proteínas detectadas somente no pool maligno e 29 proteínas detectadas somente no pool benigno. Além disso, obtivemos a quantificação relativa de 10 das proteínas comuns. De modo geral, observou-se um número maior de proteínas intracelulares presentes somente no pool maligno, o que indica um processo mais extenso de apoptose e lise de células epiteliais (do próprio tumor) presentes no fluído. Em contrapartida, proteínas conhecidamente como plasmáticas e de alta abundância foram identificadas em ambas as amostras. Como analisamos apenas uma pequena fração de toda a amostra, e já observamos proteínas conhecidamente relevantes para o câncer e de relativa baixa abundância, como MSLN (mesothelin), SPARCL1 (SPARC-like protein 1), ALDOA (fructose-bisphosphate aldolase A), dentre outras, acreditamos que o fluído analisado realmente possui potencial para identificação de proteínas relevantes. Apoio Financeiro: FAPESP, FAEPA, FMRP-USP, FUNDHERP. d006. EPidEMioLoGiCAL PRoFiLE oF WoMEn WiTH RisK FACToRs FoR dEVELoPinG CERVix CAnCER Moreira, C. B.1; Lira, H. A.2; Souto, N. F.3; Valentin, P. N. R.3; Silva, A. P. S.4 1. Nursing Student at Nursing Department - Federal University of Ceará, Fortaleza - CE. 2. Nurse. Graduated at Northeast Faculty, Fortaleza - CE. 3. Nurse. MS in Nursing - Federal University of Ceará, Fortaleza - CE. 4. Nurse. Doctor Fellow - Federal University of Ceará, Fortaleza - CE. The study aimed to delineate the epidemiological profile of women about the risk factors for developing cervix cancer. This is a descriptive research with quantitative approach developed in a basic health in Fortaleza/CE, where is characterized by the diagnosis of sexually transmitted diseases (STDs). Search accomplished in August and September 2011 with a sample of 125 women, using a form which showed the following variables: identification data, gynecological and obstetric characteristics, risk factors associated with CCU, results of previous gynecological examinations. Approved by the Ethics Committee in Research of the Academy Cearense of Dentistry in the opinion No. 259. It was observed that the most prevalent age group was 18-39 years, 81 (64.8%), with a significant number of women who presented themselves with a partner (marital status), 110 (88%). The most of them had studied at high school, 58 (46.4%), and had income between one and three minimum wages, 28 (76%). We believe that in this population, risk factors for developing cervical cancer, the most frequent age of first sexual intercourse between 14-18 years (60.8%), non-use of condoms, 95 (76%) and the presence of changes to previous gynecological examinations, 77 (61.6%). This research identified the need for a preventive intervention, acting to sensitize users about the importance of cytological examination and treatment of cancer precursor lesions of the cervix (LPCCU), and observation of other risk factors that can avoid the CCU. It is essential that nurses enter and provide guidance to women about preventive measures of contracting the HPV virus and identify early risk factors. Câncer ginecológico 55 d007. ConHECiMEnTo dE MULHEREs dE UM CEnTRo dE sAÚdE dA FAMÍLiA dE FoRTALEZA - CE sobRE o ExAME dE PAPAniCoLAoU / KnoWLEdGE oF WoMEn’s FAMiLY HEALTH CEnTER oF FoRTALEZA-CE RELATEd To PAPTEsT Rocha, S. R.¹; Sampaio, F. H. S.² 1. Acadêmica de Enfermagem - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza - CE. 2. Enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família - Centro de Saúde da Família Floresta, Fortaleza - CE. Objetivos: Identificar o conhecimento de mulheres atendidas em um Centro de Saúde da Família (CSF) de Fortaleza - CE quanto à importância, frequência e cuidados na realização do exame de Papanicolaou. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo, realizado com 39 mulheres durante a sala de espera da consulta de prevenção ginecológica de um CSF de Fortaleza - CE. Ocorrido em janeiro de 2012, consistiu em três etapas: na primeira, houve uma explanação da atividade e aplicação do pré-teste; na segunda, aplicação da estratégia educativa acerca do tema e na terceira etapa foram respondidas as dúvidas das pacientes e houve a aplicação do pós-teste. Para análise dos dados, foi utilizada estatística descritiva. Resultados: Com relação aos cuidados na realização do exame, no pré-teste, 35 (89,7%) responderam não poder fazer o exame preventivo menstruada, 37 (94,9%) não poder ter relação sexual e 30 (76,9%), não poder usar duchas ou pomadas vaginais antes da coleta. No pós-teste, os valores foram 39 (100%), 37 (94,9%) e 39 (100%), respectivamente. Tratando-se da importância do exame, no pré-teste, 19 (48,7%) referiram reduzir a mortalidade por câncer de colo através da detecção precoce, 13 (33,3%) tratar as DST’s e 7 (19,9%) tratar os corrimentos. No pós-teste, os valores foram 30 (76,9%), 8 (20,5%) e 1 (2,6%), respectivamente. Em relação à frequência do exame, no pré-teste, 14 (35,9%) referiram exame trianual após dois resultados normais, 21 (53,8%) exame trianual independente do resultado e 4 (10, 3%) exame a cada cinco anos. No pós-teste, os valores foram 29 (74,4%), 8 (20,5%) e 2 (5,1%), respectivamente. Conclusões: Os resultados revelaram que o método utilizado favoreceu a modificação de conhecimento das pacientes acerca do exame. Ressalta-se que o conhecimento sobre a importância e a frequência do exame foi significativamente aumentado, o que resalva a importância das práticas de educação em saúde para a conscientização dessas mulheres. d008. diAGnÓsTiCo PRECoCE dE nEoPLAsiA AdEnoMATosA AMPULAR CoM MAniFEsTAÇÕEs CLÍniCAs ATÍPiCAs E PossibiLidAdE dE TERAPiA CURATiVA Castro, F. M. M.1; Silva, R. C. V.1; Castro Alves, T. B.2; Farnetaro, B. S.1; Eulálio, J. M. R.3; Moraes, A. C.4. 1. Membro do Serviço de Clínica Médica - Hospital Copa D’or, Rio de Janeiro - RJ. 2. Acadêmica de Medicina - Faculdade Técnico Educacional Souza Marques, Rio de Janeiro - RJ. 3. Cirurgião Geral do Hospital Copa D’or, Rio de Janeiro - RJ. 4. Chefe do Serviço de Clínica Médica - Hospital Copa D’or, Rio de Janeiro - RJ. Objetivos: Enfatizar a importância da suspeição clínica e do direcionamento correto na solicitação dos exames complementares para o diagnóstico precoce da neoplasia ampular. Métodos: Relato de caso de neoplasia ampular diagnosticada com apresentação clínica incomum. Homem, 79 anos, previamente hígido, sem histórico familiar, apresentou-se com quadro de diarreia crônica (3 meses de evolução) sem febre, calafrios, icterícia e outros sintomas associados. Inicialmente, não apresentava dor abdominal, contudo, no terceiro mês de evolução iniciou quadro de desconforto abdominal pós-prandial. A investigação foi conduzida com exames de imagem, em hospital terciário, viabilizando o diagnóstico e a terapêutica precoce. Resultados: Paciente foi submetido à duodenopancreatectomia curativa e reconstrução com pancreatogastrostomia após o diagnóstico. Conclusão: Neoplasias adenomatosas ampulares são patologias raras. A incidência anual é de, aproximadamente, três casos por 1.000.000, segundo a 24ª edição do livro “Goldman’s Cecil Medicine”. Tais lesões podem ocorrer esporadicamente ou no contexto das Síndromes de Poliposes Familiares. A idade média de diagnóstico é de 50 anos, com pico aos 70 e sem predileção por sexo. Estas neoplasias são, frequentemente, assintomáticas e descobertas incidentalmente nas endoscopias. Em geral, os quadros sintomáticos são relacionados à obstrução dos ductos pancreático e, principalmente, biliar. Com isso, há predominância de sintomas colestáticos, dentre os quais evidencia-se a icterícia, em até 80% dos casos.A apresentação da doença sem a clínica de colestase e com a presença de diarreia crônica justificada por uma pancreatopatia obstrutiva, como relatada neste caso, é uma forma atípica da patologia. Pelo conhecimento dos autores, esta sintomatologia apresentada possui poucos relatos na literatura. Conclui-se que, um hospital terciário com profissionais capacitados para solicitar, realizar e interpretar os exames complementares corretamente é essencial para o diagnóstico de apresentações atípicas de patologias infrequentes. Desta forma, é possível a instituição de terapêutica específica precoce, melhorando o prognóstico dos pacientes. d009. AVALiAÇÃo dE PRáTiCAs dE PREVEnÇÃo E dE TRiAGEM PARA o CÂnCER dE CoLo dE ÚTERo nUM GRUPo dE EsTUdAnTEs dA PERiFERiA dE FoRTALEZA Viana, R. L.*; Malveira, L. R. C.*; Furtado, R. V.*; Ribeiro, T. L.*; Alencar, R. D.*; Silva, J. C.*; Trindade, V. C.* *Faculdade de Medicina Universidade Federal do Ceará, Fortaleza - CE. Objetivos: Avaliar a realização de métodos preventivos e de triagem para o câncer de colo de útero num grupo de estudantes de uma escola pública da periferia de Fortaleza. Métodos: Aplicou-se um questionário no qual constavam perguntas sobre prevenção e detecção precoce do câncer de colo uterino, com notável enfoque à infecção pelo papilomavírus humano (HPV). Resultados: Foram entrevistadas 61 alunas (média de idade: 16,20 anos). Desse total, 42,62% afirmaram já ter iniciado a vida sexual (média de idade para tal: 14,88 anos). 56 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia Destas, 96,15% disseram ter apenas um parceiro sexual, 19,23% afirmaram já ter feito o exame de Papanicolaou e, quanto ao uso de preservativo durante as relações sexuais, 53,85% responderam que o faziam raramente, 15,38%, que regularmente e 30,77%, que sempre. Nenhuma das entrevistadas afirmou ser tabagista. Conclusões: A média de idade de 14,88 anos para o início da vida sexual está bem abaixo da média nacional, que é de 17,40 anos (dados de 2007*), o que já é alarmante. Mais preocupante é o fato de que mais da metade das que já fizeram sexo utilizarem preservativos apenas raramente, constituindo fator de risco importante. Ainda, é baixa a porcentagem das estudantes com vida sexual iniciada que já fizeram o exame de Papanicolaou. Evidencia-se, pois, a importância da realização de atividades educativas para orientar tais mulheres em início da atividade sexual acerca da prevenção e da triagem do câncer de colo de útero para que elas carreguem esses hábitos saudáveis dali em diante. Fato confortante é o de que nenhuma aluna afirmou ser fumante, o que seria um fator de risco para o câncer de colo de útero e para várias outras doenças; deve-se, portanto, continuar realizando-se campanhas informativas sobre os diversos males que o tabagismo possa causar. d010. AdEnoCARCinoMA sERoso dE oVáRio CoM METásTAsE PERiTonEAL - UM RELATo dE CAso Negreiros, L. C. F.*; Jeremias, A. K. M. L.*; Sena, L. Q.*; Germano, A. B. O.*; Sousa, D. M. M.*; Araújo, F. C.* *Universidade Potiguar, Natal - RN. Objetivos: Relatar o caso da paciente APS, sexo feminino, 67 anos com queixa de aumento súbito do volume abdominal, descarga vaginal e perda ponderal diagnosticada de adenocarcinoma epitelial seroso de ovário. Método: Paciente APS, 67 anos, sexo feminino, procedente de Natal - RN, G: VI P: VI A: Ø procurou a LNRCC, Natal-RN no período de maio de 2011 com queixa de massa palpável no ovário. Paciente relatou que há 2 meses vinha apresentando desconforto pélvico, aumento súbito do volume abdominal e há 1 mês apresentou 4 episódios de descarga vaginal de pouco volume, indolor, inodoro e sem sangue. Relatou perda ponderal de 6 kg em dois meses. Foi submetida à USG transvaginal que apresentou tumoração sólida em topografia de anexo direito. O CA 125 resultou 68,4U/dL. A paciente foi submetida à laparotomia exploradora na qual se observou doença avançada tendo realizado citorredução com ooforectomia, apendicectomia, omentectomia e retirada de lesões múltiplas, o lavado peritoneal foi positivo para células malignas. No estudo anatomopatológico pode-se observar os seguintes aspectos: ovário direito com adenocarcinoma seroso de alto grau medindo 13 cm e com infiltração neoplásica de cápsula, fragmento da bexiga com adenocarcinoma seroso infiltrando tecido fibroadiposo colo do útero com infiltração do colo por adenocarcnoma seroso, cervicite crônica agudizada e metaplasia escamosa imatura endocervical e na trompa direita foi visto Hidátides de Morgani. Resultado/Conclusão: A paciente evoluiu de maneira satisfatória no pós-operatório e foi encaminhado para acompanhamento oncológico. O estadiamento da paciente foi: T3bN0Mx – IIIb. Entre os fatores prognósticos, os mais importantes são: estádio da doença no momento do diagnóstico, idade, subtipo histológico e grau histológico. No câncer de ovário não há evidencias de que controle intensivo e a monitorização de pacientes assintomáticos tragam impacto positivo na sobrevida total ou na qualidade de vida das pacientes tratadas. Câncer de Mama 57 CânCer de MaMa E001. AVALiAÇÃo dA oCoRRÊnCiA dE náUsEA E VôMiTo EM MULHEREs CoM CÂnCER dE MAMA dURAnTE A QUiMioTERAPiA Soares, C. R.*; Moysés, A. M. B.*; Silva, P. R. S.*; Gozzo, T. O.* *Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, São Paulo – SP. Objetivo: analisar a ocorrência de náusea a vomito e as orientações que as mulheres receberam durante o tratamento quimioterápico. Métodos: descritiva, transversal e quantitativa, realizado no Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia do HCFMRP-USP, de junho de 2011 a junho de 2012; mulheres maiores de 19 anos, com diagnóstico de câncer de mama recebendo tratamento quimioterápico pela primeira vez, no último ciclo. Aplicado questionário para a caracterização sócio demográfica, estadiamento clínico, esquema quimioterápico proposto, uso de antieméticos, ocorrência de náuseas e/ou vômitos, orientações recebidas acerca do manejo de náuseas e vômitos. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: 23 mulheres com média de idade de 49,5 anos; 78,26% das mulheres apresentaram náusea em pelo menos um ciclo do tratamento e 47,82% apresentaram pelo menos um episódio de vomito no período. Entre as mulheres estudadas que relataram náusea e vomito 17,64% relatou que a náusea ficava mais intensa depois de 48 horas da administração da quimioterapia, 17,64% após 72 horas, 11,76% 96 horas depois. Das que tiveram vomito, 18,18% relatou piorar depois de 24 horas da quimioterapia, 27,27% depois de 72 horas. A maioria relatou ter recebido algum tipo de informação, antes ou durante o tratamento, acerca dos possíveis efeitos adversos causados pela quimioterapia, porém as informações estavam relacionadas ao alivio dos sintomas e não como preveni-los. As orientações foram realizadas por diferentes profissionais, como médico, enfermeira, auxiliar de enfermagem ou psicólogo e centradas no uso de medicações; relataram não ter recebido orientações acerca de alimentos a serem evitados ou fracionamento da dieta. Apesar das orientações focarem o uso de antieméticos, 64,70% das mulheres disse aliviar a náusea com hábitos alimentares, como a ingestão de líquidos gelados, 35,29% faziam apenas o uso de medicamentos. Quanto ao vômito 36,36% das que tiveram episódios de vômitos relataram não fazer nada para aliviar e 63,63% também relatou aliviar com hábitos alimentares. Das mulheres estudadas, 34,78% relataram que a náusea atrapalhou suas atividades do dia a dia e atividades sociais, enquanto que apenas 17,39% relataram o mesmo acerca do vômito. Todas as mulheres apresentaram outros eventos adversos relacionados à quimioterapia, entretanto, 30,43% afirmaram que a náusea e o vomito foram os efeitos mais desagradáveis do tratamento. Todas as entrevistadas receberam medicação antiemética antes da realização de cada ciclo. Conclusão: Esse estudo auxilia a equipe de enfermagem a identificar a ocorrência de náusea e vomito e como estes incomodam as mulheres em tratamento quimioterápico. Os resultados demonstram a importância da orientação de enfermagem sistematizada ao paciente oncológico, antes do início do tratamento, e que durante o mesmo o profissional valorize a prevenção e o manejo de tais eventos para melhoria da qualidade de vida do paciente. E002. PERFiL soCiodEMoGRáFiCo dE MULHEREs JoVEns CoM CÂnCER dE MAMA EM FoRTALEZA-CEARá Oliveira, M. S.1; Souza, N. H. A.2; Menezes, S. H.2; Falcão, L. N.2 1. Faculdade de Ensino e Cultura do Ceará – FAECE. 2. Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF. 3. Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF. Resumo: Investigar o perfil sociodemográfico das mulheres cearenses com câncer de mama na faixa etária entre 20 e 49 anos. Métodos: Estudo quantitativo e transversal realizado em hospital de Fortaleza-Ceará em junho-agosto de 2011. A amostra correspondeu 80 mulheres com diagnóstico de neoplasia mamária. O instrumento foi um questionário semi-estruturado respondido de forma seqüenciada. A coleta foi realizada nos setores do hospital, sendo a paciente convidada á sala reservada, facilitando o processo de aplicação e preenchimento do questionário. Os dados foram lançados no Excell em seguida organizados em gráficos e tabelas, realizada a estatística descritiva, determinando números absolutos e percentis das freqüências e analisados conforme a literatura. Resultados: (68%) tinha a idade de 40 a 49 anos, com média de 43 anos. Quanto estado civil, 47 (59%) mulheres eram casadas, 19 (24%) solteiras, 8 (10%) divorciadas e 6 (8%) com união não-consensual. Quanto a escolaridade, 24 (30%) tinham concluído o fundamental, 19 (24%) ensino médio e 11(14%) nível superior. A ocupação destacou-se trabalhar fora de casa 48(60%), estando todas em licença-saúde financiadas pelo Ministério do Trabalho. As que trabalham no lar atingiram 24 (30%) e sem trabalho fixo chegou a 8 (10%), sendo recebedoras do benefício auxílio-doença. A renda familiar apresentou maior prevalência nas 54(68%) pacientes que recebem de 1 a 2 salários mínimos (s.m), 19(24%) recebem até 1 s.m., estas incluindo as que recebem o benefício e 7 (9%) recebendo acima de 2 s.m. Por último, a religião católica prevaleceu em 56(70%), 22(28%) as evangélicas e 2(2%) outras religiões. Conclusão: O estudo evidenciou alta incidência de mulheres jovens acometidas pelo câncer de mama, acentuada pela caracterização sócio-demográfica encontradas. O nível de escolaridade das mulheres melhorou um pouco, apresentando-se bastante satisfatório. Faz-se necessário que o enfermeiro proporcione melhores conhecimentos sobre a detecção precoce do câncer de mama, motivando e adotando medidas preventivas em mulheres jovens. Palavras-Chaves: neoplasias de mama; perfil epidemiológico; enfermagem. 58 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia E003. ATUAÇÃo do EnFERMEiRo nA PREVEnÇÃo E MAnEJo do LinFEdEMA EM MULHEREs MAsTECToMiZAdAs Moura, M. A. S.*; Mariano, R. D.*; José, S .A. P.* *Instituto Nacional de Câncer/INCA. Este estudo objetiva identificar e analisar nas produções científicas a assistência de enfermagem na prevenção e no manejo do linfedema em mulheres mastectomizadas e sistematizar a assistência de acordo com a CIPE. Trata-se de uma revisão integrativa, realizada por meio de buscas de produções publicadas no período de 2000-2010, nas bases de dados LILACS, PUBMED e no portal CAPES, através dos descritores: linfedema x cuidados de enfermagem x mastectomia/lymphedema x nursing care x mastectomy e uma segunda busca com linfedema x cuidados de enfermagem x câncer de mama/lymphedema x nursing care x breast neoplasms. A busca resultou em 139 publicações e, após análise, foram selecionadas 12. Pôde-se evidenciar a distribuição das produções de acordo com o ano de publicação, tendo sido encontradas 3 (25%) em 2007 e 2 (16,75%) nos anos de 2010 e de 2009. Com relação aos países, 05 (41,8%) foram nos Estados Unidos, onde são abordadas orientações quanto à prevenção, fatores etiológicos e tratamento e 3 (25%) no Brasil que ressaltam as mesmas preocupações da literatura americana. Quanto à metodologia, foi observado um número significativo de produções do tipo revisão de literatura e de abordagem quantitativa num total de 4 (33,35% respectivamente). Durante a análise das publicações foram evidenciados sinais/sintomas clínicos envolvidos na prevenção e manejo do linfedema, sendo identificados diagnósticos de enfermagem com base na CIPE, tais como: dor atual, imagem corporal comprometida, risco para alterar integridade da pele, dentre outros. Evidenciou-se uma limitação de estudos, havendo um número mais expressivo no exterior, onde as intervenções encontram-se voltadas à prevenção. A presente revisão permitiu a construção da Sistematização de Enfermagem de acordo com a CIPE, onde foi construído um catálogo incluindo diagnósticos, intervenções e resultados, com o objetivo de promover um cuidado especializado e promover melhor qualidade da assistência oferecida. E004. nÍVEL dE ATiVidAdE FÍsiCA EM MULHEREs sobREViVEnTEs Ao CÂnCER dE MAMA PARTiCiPAnTEs do PRoJETo VidA PREsEnTE Paula, M, G, M.1; Bauman, C. D.1; Frota, R.I.B.1; Rocha, A., M.1, Tolentino, G.P.1; Oliveira, L. S.2 1. Educação Universidade Estadual de Montes Claros, UNIMONTES. 2. Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG. O presente estudo teve como objetivo acompanhar o nível de atividade (NAF) de mulheres sobreviventes ao câncer de mama e integrantes do Projeto Vida Presente ao longo de 16 meses. A amostra inicial foi composta por 38 mulheres e a final de 45 voluntárias com idade média final de 55.33 ± 9.03 anos, estas mulheres faziam parte do Programa a pelo menos três anos. O Projeto Vida Presente tem como um dos seus objetivos manter a rede de suporte social através da atividade física orientada. Para mensurar o NAF foi o utilizado o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) versão curta, aplicado no mês de abril de 2010 (T1) e retestado em agosto do ano 2011 (T2), foram coletadas ainda variáveis relativas ao tratamento clínico. A comparação entre os dois anos foi através do teste de Wilcoxon, a correlação entre as variáveis foi testada através do ρ de spearman e o nível de significância adotado foi p ≤ 0.05. Os resultados indicaram que as intervenções do Projeto Vida Presente foram eficazes em manter o NAF elevado na maioria das voluntárias. No período T1 o percentual de mulheres classificadas como ativas e muito ativas foi de 71%, sendo que no período T2 foi de 73.4%, destas 15.6% foram classificadas como muito ativas. A frequência de voluntárias inativas foi de duas mulheres nos dois períodos e está associado a incapacidade física devido a presença de metástase óssea nos membros inferiores e prótese de joelho. Os dados do presente estudo são favoráveis quando comparados aos dados da população brasileira, onde os valores de inatividade física em mulheres estão em torno de 33% a 46% (BRASIL, 2003). O que reforça a relevância do trabalho orientado à prática de exercícios físicos para a manutenção deste hábito de vida saudável na população sobrevivente ao câncer. Palavras-Chave: câncer de mama; nível de atividade física, hábitos de vida. E005. GEnisTEÍnA diMinUi sELETiVAMEnTE A ViAbiLidAdE CELULAR dE CARCinoMA dE MAMA MCF-7 Prietsch, R. F.1; Monte, L. G.2; Del Pino, F. A. B.1; Beira, F. T. A.3; Pinto, L. S.2; Reis, L. B.2; Braganhol, E.1; Gamaro, G. D.1 1. Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos (CCQFA). 2. Centro de Desenvolvimento Tecnológico-Núcleo de Biotecnologia (CDTec). 3. Departamento de Farmacologia, Instituto de Biologia. Objetivo: O câncer de mama é o tumor mais prevalente nas mulheres, caracterizado por elevada heterogeneidade celular e numerosas alterações genéticas associadas ao controle da proliferação e morte celular. A genisteína, um fitoestrógeno, tem atraído interesse científico para os seus possíveis benefícios na prevenção de diversas doenças, incluindo o câncer. O objetivo desse trabalho é avaliar o efeito antiproliferativo seletivo da genisteína, comparando a ação desse fitoestrógeno em carcinoma de mama e em fibroblastos. Materiais e Métodos: Culturas de linhagem de carcinoma de mama (MCF-7) e de fibroblasto (CCD10) foram tratadas com estradiol (10 nM) e genisteína (0,01; 0,1; 1; 10 e 100 µM) por 24, 48 e 72 h. A viabilidade celular foi avaliada por MTT e a morte celular foi determinada pela atividade LDH e por incorporação de iodeto de propídeo (IP). Células não tratadas foram consideradas controle. Os dados foram analisados por ANOVA seguido pelo post-hoc de Tukey. Resultados: Os resultados indicam que a genisteína (100 µM) reduziu a viabilidade das culturas de carcinoma mamário em 15% e em 30% após 48 h e 72 h de tratamento, respectivamente, enquanto que o estradiol não promoveu alteração. Além disso, não foi observado aumento da atividade da LDH e da incorporação de IP, indicando que a morte celular é independente de necrose. A análise das culturas celulares por imagem revelou alterações morfológicas características de morte celular por autofagia. Interessantemente, a genisteína não alterou a viabilidade de culturas de fibroblasto. Conclusão: Os achados apontam a genisteína como uma inibidora seletiva da proliferação tumoral. Os dados indicam que a morte celular induzida pela genisteína ocorre por um processo independente de necrose, uma característica desejada para uma molécula de ação antitumoral, já que se caracteriza por uma morte limpa. Estudos estão em curso para melhor caracterizar os mecanismos sinalizadores de morte tumoral. Câncer de Mama 59 E006. ExPERiÊnCiA do CEnTRo dE MAMA dA iRMAndAdE sAnTA CAsA dE MisERiCÓRdiA dE PoRTo ALEGRE: AnáLisE dos ÚLTiMos sETE Anos Didomenico, B. C.*; Cornelio, D. B.*; Borghetti, K.*; Santos, G. R.*; Machado, L.*; Paganini, C.*; Batista, L. I*.; Grossmann, R.*; Grossmann, S.* *Centro de Mama Hospital Santa Rita, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre – RS. Objetivo: O conhecimento dos dados estatísticos dos diversos serviços de mama que atendem a rede pública é de fundamental importância para a compreensão da realidade das patologias mamárias em nosso país. O objetivo do presente estudo é avaliar e relatar a experiência do serviço do Centro de Mama nos últimos sete anos. Método: Foram revisados os prontuários de todos os casos cirúrgicos tratados pela equipe de mastologia do Centro de Mama no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2011. Resultados: Nos últimos sete anos, 998 pacientes foram submetidas a cirurgias mamárias em nosso serviço. A idade média das pacientes foi de 53 anos. O procedimento cirúrgico mais frequente foi nodulectomia, seguido de setorectomia com biópsia de lifonodo sentinela. Entre as pacientes avaliadas, 59% apresentavam patologia maligna, sendo que em 79% dessas o tipo histológico foi carcinoma ductal infiltrante. Ainda, 77% dos casos constituíam em tumores menores do que 5 cm ( pT1 e pT2), enquanto que 59% não mostraram comprometimento axilar ( pN0). Conclusão: Apesar das dificuldades no acesso a serviços especializados por uma parcela significativa de usuárias do SUS, o grande número de pacientes com lesões em estádios iniciais verificado neste estudo reflete uma mudança importante no sentido de detecção mais precoce do câncer de mama em comparação às décadas anteriores. Tais resultados reforçam a importância dos programas de rastreamento para uma abordagem mais efetiva do câncer de mama. E007. AVALiAÇÃo do EFEiTo CiToTÓxiCo dA LECTinA dE AbELMosCHUs EsCULEnTUs (AEs) EM CARCinoMA dE MAMA HUMAno Reis, L. B.1; Prietsch, R. F.2; Monte, L. G.1; Braganhol, E.2; Santi-gadelha, T.3; Beira, F. T. A.4; Pinto, L. S.1 1. Universidade Federal de Pelotas, Centro de Desenvolvimento Tecnológico, Núcleo de Biotecnologia. 2. Universidade Federal de Pelotas, Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos. 3. Universidade Federal da Paraíba, Laboratório de Biologia Molecular. 4. Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Farmacologia, Instituto de Biologia. Objetivo: O carcinoma de mama é o segundo tipo mais comum de tumor em humanos e sua frequência vem aumentando no mundo todo, o que torna necessária a elaboração de novas metodologias para o controle dessa enfermidade. Lectinas são proteínas de origem não imune capazes de se ligar a carboidratos. Diversos estudos comprovam o potencial citotóxico dessas proteínas frente a diferentes linhagens tumorais. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi investigar o efeito citotóxico de uma lectina de Abelmoschus esculentus (AES) em carcinoma de mama humano (MCF-7). Materiais e Métodos: AES foi extraída de A. esculentus, caracterizada por SDS-PAGE e quantificada por BCA Protein Assay Reagent. A seguir, a viabilidade celular frente à lectina foi avaliada por ensaio de MTT. MCF-7 foi semeada em placas de 96 poços (10.000/poço) e incubada após 24 h com concentrações decrescentes (0,1/0,05/0,025 e 0,0125 mg.mL-1) de AES durante 24/48/72 e 96 h. Células não tratadas, expostas a BSA ou a AES inibida com lactose foram utilizadas como controle. Decorrido a incubação, o sobrenadante foi retirado e os cristais de formazan solubilizados em DMSO. As absorbâncias foram mensuradas em espectrofotômetro a 540 nm e analisadas por teste ANOVA de duas entradas em associação ao teste post-hoc de Tukey. Resultados: Os resultados obtidos neste estudo indicaram diferenças estatísticas significativas de AES em todas as concentrações utilizadas e em todos os intervalos, quando comparados com os controles. A concentração de 0,05 mg.mL-1 apresentou percentuais de inibição do crescimento acima de 50% em 72 e 96 h. Conclusão: Esses achados demonstraram o potencial citotóxico de AES em MCF-7. Esta lectina está sendo testada em outras linhagens tumorais e não tumorais e novas metodologias serão aplicadas para elucidar os mecanismos sinalizadores de morte celular. E008. CARCinoMA dUCTAL inFiLTRAnTE dE PAdRÃo CRibiFoRME EM HoMEM dE 93 Anos: RELATo dE CAso Sousa, D. M. M1; Germano, A. B. O1; Gonçalves, J. R2; Araújo, F. C1; Sena, L. Q1; Negreiros, L. C. F1 *Universidade Potiguar - UnP. **Liga Norteriograndense Contra o Câncer – LNRCC – Natal, RN. Objetivo: Relatar o caso de um paciente J. V. L, sexo masculino, 93 anos, acometido em 2012 de carcinoma ductal infiltrante de padrão cribiforme tratado na LNRCC, Natal, RN. Materiais e métodos: Paciente procurou o serviço de mastologia da LNRCC, Natal-RN, com queixa de nódulo em mama esquerda há um ano e meio, sendo esse de evolução crescente. Realizou os exames: Ultrassonografia mamária, a qual demonstrou imagem cística de conteúdo denso em mama esquerda com paredes espessas e medindo 4,9 cm; Mamografia, que evidenciou grande massa hiperdensa em mama esquerda, podendo sugerir blastoma com classificação BIRADS 4B; e seguido pela Core Biopsy, sendo através desse diagnosticado carcinoma ductal infiltrante com predomínio de padrão cribiforme, grau histológico I, grau nuclear III e numerosas microcalcificações distróficas. Diante deste diagnóstico, o paciente foi submetido à avaliação cardiológica (risco cirúrgico) e foram solicitados exames pré-operatórios. Resultados: Paciente foi, então, submetido à mastectomia radical de mama esquerda, com extensa área cruenta no plastrão, sendo realizado fechamento do defeito com retalho cutâneo. A peça cirúrgica foi enviada para histopatologia, que revelou carcinoma papilífero sólido medindo 5,5cm com conteúdo axilar evidenciando hiperplasia linfoide reativa. Conclusão: Concluímos que apesar de pouco frequente, o câncer de mama em homens geralmente tem repercussões drásticas, devido ao diagnóstico tardio dessa neoplasia em pacientes do sexo masculino. Devemos, portanto, tentar realizar exames de rastreio em homens que possuam fatores de risco, como ginecomastia, história familiar de neoplasia mamária, síndrome de Klinefelter, dentre outros, no intuito de antecipar o diagnóstico da neoplasia mamária nesses pacientes, melhorando assim o prognóstico dos mesmos. 60 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia E009. EFEiTo dA ATUAÇÃo dA FisioTERAPiA sobRE A FoRÇA MUsCULAR, AMPLiTUdE dE MoViMEnTo E FUnCionALidAdE do oMbRo APÓs MAsTECToMiA Focetola, K. R.1; Silva, E. B.2; Campos, M. O.3 1. Fisioterapeuta do Hospital Pauster, Rio de Janeiro. 2. Coordenador do Curso de Fisioterapia e Professor do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências do Exercício e do Esporte da Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro. 3. Professora do Curso de Fisioterapia da Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro. Objetivo: Avaliar o efeito da atuação da fisioterapia sobre a força muscular, a amplitude de movimento e a funcionalidade do ombro após mastectomia. Métodos: Dez mulheres idosas (65,3 ± 11,3 anos), submetidas à mastectomia modificada (entre 4 e 8 meses de pósoperatório(PO)), com ou sem linfonodenectomia axilar foram alocadas em dois grupos. Um grupo foi constituído de pacientes que realizaram fisioterapia no PO (GF: n=6; 59,5 ± 9,2anos), até 16 dias após a cirurgia, incluindo a realização de no mínimo oito sessões com os mesmos procedimentos fisioterapêuticos, enquanto o grupo controle (GC: n=4; 74 ± 8,5anos) foi composto por mulheres que não procuraram o acompanhamento da fisioterapia no PO. O flexímetro foi utilizado para a análise da amplitude de movimento (ADM) do ombro e a funcionalidade do membro homolateral foi determinada pelo Escore de Constant Modificado. O dinamômetro manual foi utilizado para avaliar a força muscular. Resultados: O Teste T Independente demonstrou valores de ADM para a flexão e abdução do ombro significativamente (P=0,000) superiores no GF, quando comparado com o grupo controle. Foi identificada uma diferença média entre os grupos para ADM de flexão e abdução de 52,7º e 68,0º, respectivamente, no ombro homolateral. O GC apresentou uma restrição de ADM para a flexão de 41,3º (P=0,032) e de 51,4º (P=0,011) para a abdução, quando comparado com o segmento contralateral. Nenhuma diferença entre os membros homolateral e contralateral foi evidenciada no GF. A funcionalidade do membro apresentou valores médios significativamente (P=0,004) superiores para o GF (72,6 ± 2,9 escore) quando comparado com o GC (43,9 ± 17,5 escore). A força muscular não apresentou nenhuma diferença entre os grupos. Conclusão: A inserção precoce da fisioterapia possibilitou uma minimização e prevenção de prejuízos na amplitude de movimento do ombro e permitiu um rápido retorno da funcionalidade após o procedimento de mastectomia. Palavras-Chave: Neoplasias mamárias; Complicações; Reabilitação; Pós-operatório. E010. iMPACTo nA QUALidAdE dE VidA dE MULHEREs EM TRATAMEnTo dE CÂnCER dE MAMA: MAsTECToMiA VERsUs CiRURGiA ConsERVAdoRA Pessanha, A.1; Bogea, M. G.1; Araújo, N. F.2; Campos, M. O.3 1. Aluna do curso de graduação de fisioterapia da Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro - RJ. 2. Fisioterapeuta do Hospital Barra D’or, Rio de Janeiro - RJ. 3. Professora do curso de fisioterapia da Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro - RJ. Objetivo: Verificar a qualidade de vida (QV) de mulheres submetidas a cirurgia de segmentectomia e de mastectomia para tratamento de câncer de mama. Métodos: A amostra foi constituída de 27 mulheres, compondo um grupo de cirurgia conservadora (G_Con: n= 11; 58,6 ± 10,6 anos) e um outro de mastectomia ( G_MT: n= 16; 60,4 ± 11,1 anos), atendidas no setor de fisioterapia em mastologia oncológica da Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro. Todas as participantes apresentavam um intervalo entre 3 e 12 meses de pós-operatório (G_MT: 7,5 ± 3,1 meses; G_Con: 8,3± 4,5 meses; P= 0,061). A análise de qualidade de vida foi realizada a partir de um corte transversal, e foi utilizado um questionário específico para mulheres com câncer de mama (FACT+4). Resultados: O G_Con apresentou valores médios maiores para o escore de QV (123,3 ± 16,9), quando comparado com o G_MT (115,9 ± 25,9), no entanto, a partir da análise com o teste t independente não foi observado diferença significativa entre os grupos (P=0,409). Do total de 16 participantes mastectomizadas, 75% também foram submetidas ao tratamento adjuvante (TA), sendo 68,8% quimioterápico (QT) e 31,3% radioterápico (RT). No G_Con foi identificado que 72,7% das mulheres também foram conduzidas ao TA (63,6% QT e 27,3% RT). Conclusão: Com base nos resultados, ressalta-se o impacto que o tratamento de câncer de mama pode promover na QV das pacientes. A interferência direta do tipo de abordagem cirúrgica e a sua relação com maiores prejuízos na QV não foi evidenciada, no entanto, tal fato pode ser justificado, uma vez que a maioria das participantes também foi submetida ao TA, limitando assim a inferências dos achados. Torna-se oportuno o desenvolvimento de novos estudos objetivando identificar se o tipo de intervenção cirúrgica pode influenciar na QV, ou se a interação entre a cirúrgica e TA é que representa um maior fator de risco. Palavras-Chave: neoplasias mamárias; complicações; qualidade de vida; pós-operatório. E011. QUALidAdE dE VidA RELACionAdA À sAÚdE EM MULHEREs sobREViVEnTEs Ao CÂnCER dE MAMA. UM EsTUdo dE ACoMPAnHAMEnTo Bauman, C. D.1; Paula, M, G., M.1; Inácio, M. B.2; Souza, I, F.2; Tolentino, G. P.1,3; Oliveira, R, J.3 1. Educação Universidade Estadual de Montes Claros. 2. Faculdade de Saúde Ibituruna. 3. Universidade de Brasília. O presente estudo teve como objetivo explorar as mudanças na qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) em sobreviventes ao câncer de mama após 16 meses de acompanhamento. A amostra foi composta por 44 mulheres, com idade média ao final do estudo de 55.33 ± 9.03 anos. Foi o utilizado o questionário genérico Medical Outcomes Study 36 – Item Short-Form Health Survey (SF-36), aplicado no mês de abril de 2010 e retestado em agosto do ano 2011. A normalidade dos dados foi avaliada através do teste de Shapiro-Wilk e a Câncer de Mama 61 comparação teste-reteste foi através do teste de Wilcoxon, a correlação entre as variáveis foi testada através do ρ de spearman e o nível de significância adotado foi p ≤ 0.05. Os resultados indicaram que ao final do período os domínios: estado de saúde geral, vitalidade, e saúde mental apresentavam elevação nos escores e estes permaneceram acima do ponto médio da escala quando comparados ao ano anterior. As variáveis aspectos físicos, dor e aspectos sociais mantiveram valores abaixo do percentil 50 nas mensurações de 2010 (T1) e 2011 (T2). Foi percebida uma redução estatisticamente significante nos domínios capacidade funcional (T1 = 67.69 ± 19.62; T2 = 56.52 ± 20.60, p = 0.013) e aspectos emocionais (T1 = 59.97 ± 12.55; T2 = 39.69 ± 28.5, p = 0.01) quando comparadas ao ano anterior. Foi identificada uma associação positiva entre a capacidade funcional e os aspectos emocionais (r = 0.453, p= 0.004), reafirmando a conjectura de que limitações na função física poderiam conduzir a hipocinesia, que por sua vez acarretariam ao isolamento social e causariam distúrbios do humor em mulheres sobreviventes ao câncer. Sendo esta uma hipótese bidirecional. Devendo ser implementadas medidas intervencionistas que favoreçam estes aspectos da QVRS em sobreviventes ao câncer de mama. Palavras-Chave: câncer de mama; qualidade de vida relacionada à saúde, acompanhamento. E012. diFFEREnTiAL ExPREssion PRoFiLE oF MiCRoRnAs dURinG HUMAn bREAsT CAnCER PRoGREssion Marino A. L. F.1, Macedo T.1, Longatto A. F.1, Kerr L. M.2, Vieira R. A. C.3, Evangelista A. F.1, Silveira H. C. S.1, Marques M. M. C.1 1. Molecular Oncology Research Center, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP. 2. Department of Pathology, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP. 3. Department of Mastology and Breast Reconstruction, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP. Keywords: microRNAs, breast cancer, metastasis, biomarkers, microarrays. Introduction: MicroRNAs (miRNAs) are endogenous ~22 nucleotide non-coding RNAs that negatively regulate gene expression. Recent evidences have linked the activity of these molecules to diverse biological processes including the cancer progression. Objectives: Our hypothesis for the present study is that deregulation in specific miRNAs might play a role in the breast cancer progression especially in metastasis. Methods: Global miRNA expression profiling was performed on 70 tumor samples from patients with paired samples from primary breast tumors with different clinical staging. Hybridizations on oligo-microarrays (Agilent) were used to investigate the expression of microRNAs in the tumor breast samples. Data was analyzed by using bioinformatics programs (R and Cluster –Tree View), which allowed sample discrimination (metastatic and non metastatic tumors) by means of the hierarchical clustering of breast cancer patients expression signatures. We performed a second analysis using the ROC curve method that allowed us to identify miRNAs with greater predictive potential of malignancy. Furthermore, by constructing a Venn diagram we were able to identify 8 miRNAs differentially expressed in all metastatic tumors of different clinical staging when compared to the primary non metastatic tumors. The SPSS 19 software was used to perform a Kaplan-Meier curve (log rank test considering statistical significance of 0.05) to estimate the disease-specific survival (considering the specific event such as death by cancer) based on the expression pattern of miRNAs obtained. Results: The results enabled the identification of four miRNAs previously described as potentially oncogenic (hsa-let-7a, hsa-let7b, hsa-let-7c and hsa-miR-21) for breast cancer and four new miRNAs candidates for markers of metastasis (has-miR-1308, hsa-miR-328, has-miR-494, has-miR-923). Conclusions: We identified two groups of miRNAs whose expression level can be associated with a worse prognosis. These findings are important for a better understanding of the role of miRNAs in the process of breast cancer tumor progression. Financial Support: FAPESP E013. AVALiAÇÂo PAToLÓGiCA E CiRÚRGiCA dAs PACiEnTEs diAGnosTiCAdAs CoM CÂnCER dE MAMA no sERViÇo dE MAsToLoGiA dA MATERnidAdE-EsCoLA Assis CHATEAUbRiAnd (MEAC-UFC) EM 2008 Duarte, P. Y. A.1.; Pinheiro, L. G. P.1,2; Brito, L. A.1; Alves, P. V. B.1; Mendonça, C. V1; Luna, P. A. A.1; Meireles, W. W. S.1; Rodrigues, R. P.1 1. Universidade Federal do Ceará. 2. Maternidade-Escola Assis Chateaubriand. Objetivos. Traçar um perfil patológico e cirúrgico das pacientes diagnosticadas com carcinoma mamário e tratadas, em 2008, no serviço de Mastologia da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand. Métodos. Estudo retrospectivo baseado nas informações contidas nos prontuários de 124 pacientes diagnosticadas com câncer de mama em 2008. As variáveis pesquisadas foram: idade, motivo da consulta, estadiamento clínico, tipo histológico do tumor e tratamento cirúrgico. Resultados. A idade média das pacientes foi de 51,62 ± 13,76 anos, sendo 15 a menor idade e 92 a maior. O motivo da consulta foi nódulo palpável em mama ou axila em 74,19% das pacientes. Tumores acima de cinco centímetros ou doença axilar clínica estabelecida foram verificados em 72%. O tipo histológico mais comum foi o Carcinoma Ductal Invasivo, encontrado em 78,22%. A mastectomia sem reconstrução imediata representou a maior parte do tipo de tratamento cirúrgico, com 76,54% do total. Conclusões: Esses dados refletem quão avançadas as pacientes chegam aos serviços especializados, e que tratamentos radicais, com alta morbidade, acabam sendo os mais utilizados. Podem refletir também a ineficácias das políticas públicas para o diagnóstico precoce do câncer de mama no estado. Esperamos que esse perfil, uma vez estabelecido para a nossa região, possa ser uma ferramenta para otimizar a gestão de recursos destinados ao tratamento e diagnóstico precoce do câncer de mama no nosso estado, objetivando a diminuição da taxa de morbidade das mulheres acometidas pelo câncer de mama, uma vez que está sendo demonstrado quão tarde as pacientes estão tendo a primeira consulta em um centro especializado. 62 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia E014. TARGETinG MUC1 And iTs isoFoRMs UsinG APTAMERs FoR THE TREATMEnT oF bREAsT CAnCER Missailidis, S.1,2, Makwana, V.2, Khan, H.2 1. Fiocruz, Rio de Janeiro, RJ, Brazil. 2. The Open University, Milton Keynes, UK. MUC1 mucin, a glycoprotein that is overexpressed and aberrantly glycosylated in various epithelial tumours and particularly breast cancer, is a well recognised and studied tumour marker. However, MUC1 presents a number of isoforms that are expressed highly at different stages of cancer progression, that have been less studied so far, though they possess different properties than the native protein. In this study we have used aptamers to target different isoforms of MUC1 for the development of novel teragnostic agents. Aptamers against the native MUC1 protein did not demonstrate a direct therapeutic effect. However, labelling of aptamers with radionuclides, such as Tc99m or Re188, confers to these aptamers the potential for tumour imaging and targeted radiotherapy. Coupling of the aptamers to polyethylene glycol (PEG) molecules or nanoparticles has also addressed issues of pharmacokinetic properties of the aptamer, allowing them to remain in circulation longer, when this is required for therapeutic intervention, whereas lack of such modifiers results in rapid clearance from the system, which facilitates more effective imaging. Use of nanoparticles also allows the delivery of otherwise toxic moieties specifically to disease site, thus increasing efficacy and reducing side effects. However, targeting of particular MUC1 isoforms resulted in aptamers with high affinity and specificity for the particular isoform alone, and, moreover, in aptamers that possessed direct cytotoxic potential. Such aptamers, fluorescently labelled, have been used successfully to scan panels of cancer cell lines for identification of the particular isoform in question. They have been subsequently studied in cell cytotoxicity assays, demonstrating their ability to effect direct cell kill, a property that lacks from the previously studied MUC1 aptamers. These new reagents, thus, could confer a double effect in the treatment of cancer, by carrying their toxic load, in liposomes or other aptamer-directed targeted nanoparticles, whilst exerting their own cytotoxic action. Finally, the ability of such aptamers to be used in immunostaining based assays for the presence of the tumour marker in human biopsy tissues makes them useful specific agents in theragnostic development. E015. EsTUdo EM MoRAdoRAs do bAiRRo RodoLFo TEÓFiLo, EM FoRTALEZA, AnALisAndo FAToREs dE RisCo PARA CÂnCER dE MAMA Mendonça,C. V.1; Luna, P. A. A.1; Rodrigues, R. P.1; Gaspar, P. L. 1; Duarte, P. Y. A.1; Alves, P. V. B.1; Queiroz, M. A.1; Pinheiro, L. G. P.2 1. Estudante da Universidade Federal do Ceará. 2. Chefe do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Ceará. Objetivo: Identificar os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama na população feminina residente no bairro Rodolfo Teófilo em Fortaleza-CE. Métodos: Foi realizado um estudo transversal em mulheres com idade superior a 30 anos moradoras do bairro Rodolfo Teófilo. Segundo o Censo Demográfico realizado por Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000, são residentes 5000 mulheres nessa faixa etária. Agentes de Saúde do bairro previamente capacitados aplicaram questionários durante visitas aos domicílios do Rodolfo Teófilo durante um período de seis meses do ano de 2010. A pesquisa foi concluída com 3507 moradoras, representando 70,14% do público-alvo. Resultados: Segundo a literatura, a idade pode ser considerada como o principal fator de risco isolado para o desenvolvimento do câncer de mama. No estudo, 52,8% das entrevistadas possuíam mais de 50 anos. A predisposição genética é outro importante fator de risco associado, principalmente, se forem relatados ocorrências em familiares de primeiro grau. Nessa pesquisa, houve relatos de história familiar positiva em parentes de primeiro grau (2,3%) e em parentes de segundo grau (12,6%). Moradoras pardas representam 64,7%, brancas são 31,9% e negras, 3,3%. Indígenas, árabes e orientais apresentam incidência bastante diminuída na população em estudo. Em relação ao acometimento do parênquima mamário, aproximadamente, 10% informaram realização de biópsia mamária com um resultado de malignidade de 16,7% (cerca de 60 pacientes). Sendo a idade da menarca um fator de risco relevante, 16% das residentes relataram menarca com idade inferior a 13 anos. Lesões pré-malignas lobulares têm um risco de desenvolver câncer de mama de 0,5% a 1,0% ao ano e, além disso, podem estar relacionadas ao surgimento de câncer na mama contralateral. Outras doenças que acometem o parênquima mamário foram pesquisadas, mas não foram identificadas, em sua maioria, como um fator de risco. Além destes fatores, outros pesquisados foram a ocorrência de câncer de ovário em mães ou irmãs das entrevistadas, idade da menarca, da menopausa e da primeira gravidez, amamentação, o uso de contraceptivos orais e obesidade. Conclusões: Os resultados mostraram que história familiar positiva e idade avançada (52,8%) foram os fatores mais associados ao desenvolvimento do câncer de mama em mulheres do bairro Rodolfo Teófilo, em Fortaleza - CE. A idade da menarca e a presença de lesões pré-malignas (16,7%) também foram identificadas como fatores de risco, concordando com a literatura. Nesse sentido, fez-se necessário conhecer as características e comportamentos de risco da população em estudo para que se possam programar medidas eficazes de educação e orientação quanto à prevenção do câncer de mama. Câncer de Mama 63 E016. AVALiAÇÃo do TRATAMEnTo nEoAdJUVAnTE dE QUiMioRRAdioTERAPiA EM PoRTAdoRAs dE CÂnCER dE MAMA Mendonça, C. V.1; Maia, R. B.1; Alencar, L. G. L. M.1; Gaspar, P. L.1; Duarte,P. Y. A.1; Frederico, I. K. L.1; Meireles, W. W. S.1; Pinheiro, L. G. P. P.2 1. Estudante da Universidade Federal do Ceará. 2. Chefe do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Ceará. Objetivo: Analisar a resposta terapêutica de tumores irressecáveis ao esquema de quimiorradioterapia após tentativa terapêutica de quimioterapia neoadjuvante sem sucesso. Métodos: Foi realizado estudo transversal com 29 pacientes do Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO) atendidas de 2005 a 2007. As pacientes do estudo apresentavam tumor de mama localmente avançado que não obtiveram resposta à quimioterapia neoadjuvante com antracíclicos, sendo essas pacientes submetidas ao tratamento combinado de quimioterapia através de gemcitabina + 5-fluorouracil e/ou taxol associado à radioterapia em mama, em fossa supra-clavicular e axila na dose de 50 Gy + reforço de 10Gy sobre doença residual. Foi avaliado, assim, o grau de resposta terapêutica dessas pacientes através do estadiamento TNM antes e após o esquema de quimioradioterapia. As pacientes realizaram, também, imunohistoquímica para verificar a presença de receptores hormonais. Resultados: Das pacientes em estudo, 62,07% apresentavam pelo menos um dos receptores hormonais positivos, 75,86% apresentavam tumores com estádio IIIB e 24,14% apresentavam estádio IIIA. Com relação à resposta terapêutica, 10,34% das pacientes diminuíram o estádio após o esquema terapêutico, sendo 3,5% das pacientes com resposta completa, passando a apresentar estádio T0N0M0, ou seja, ausência de tumor, ausência de linfonodos comprometidos e ausência de metástases à distância. Conclusões: Nos pacientes com tumores de mama irresecáveis que falham a primeira linha de quimioterapia neoadjuvante com antracíclicos, é possível obter uma regressão tumoral através de um tratamento combinado de quimioterapia e radioterapia neoadjuvante, levando a um melhor controle local nesses pacientes, apesar de haver baixo índice de alteração do TNM após o esquema terapêutico. E017. UTiLiZAÇÃo dE UM MARCAdoR AUTÓLoGo dERiVAdo do sAnGUE PARA A idEnTiFiCAÇÃo do LinFonodo sEnTinELA EM MAMA dE CAdELA Duarte, P. Y. A.1; Pinheiro, L. G. P.1,2; Brito, L. A.1; Frederico, I. K. S.1; Alves, P. V. B.1; Cruz, D. A.1; Mendonça, C. V.1; Alencar, L. G. L. M.1; Maia, R. B.1 1. Universidade Federal do Ceará. 2. Maternidade-Escola Assis Chateaubriand. Objetivos: Desenvolver um modelo experimental para pesquisa de linfonodo sentinela na mama da cadela utilizando marcador biológico derivado do sangue e comparar a concordância de marcação entre o corante azul patente (Guerbert V 2,5%) e o marcador biológico derivado do sangue, injetados no espaço subpapilar. Métodos: Foram utilizadas 15 cadelas clinicamente saudáveis, com peso médio de 10 kg e média de idade de um ano. Elas foram devidamente anestesiadas com Acepromazina (0,1 mg/kg), Diazepam (0,5 mg/kg) e Cetamina (15 mg/kg). Para a obtenção do marcador derivado do sangue, foram retirados 10 ml de sangue da jugular esquerda interna, dos quais 8 ml foram armazenados em 2 tubos com EDTA. Em seguida, passaram por uma série de duas centrifugações com retirada da fase superior, substituída por soro fisiológico a 0,9%. Uma terceira centrifugação foi feita para confirmar hemólise. Foram, então, administradas injeção de 0,2ml de Tecnécio 99m (diluído em fitato) na camada subpapilar de cada primeira mama superior e injeção de 0,5 ml de azul patente (Guerbet V 2,5%) do lado direito e de 0,5 ml do hemoderivado do lado esquerdo, nos mesmos locais das injeções do Tecnécio 99 m. Logo após, foi avaliada a marcação radioativa por 20 minutos com sonda gamaprobe. Em seguida: realização de duas incisões axilares, bilateralmente, e identificação dos linfonodos marcados, com extração e avaliação ex vivo dos linfonodos identificados. Resultados: Da avaliação dos linfonodos, temos que em 86,6% das cadelas foram identificados linfonodos sentinelas axilares. A proporção de concordância (Índice de Concordância Kappa) entre os métodos do marcador biológico derivado do sangue e o azul patente foi de aproximadamente 86%. Conclusões: Foi desenvolvido um modelo experimental exequível para pesquisa de linfonodo sentinela na mama da cadela utilizando marcador biológico derivado do sangue. Esse modelo foi comparado com o corante azul patente (Guerbert V 2,5%) e avaliado como eficaz o marcador biológico derivado do sangue. E018. RELAÇÃo EnTRE QUAnTidAdE dE GoRdURA VisCERAL E dEsEnVoLViMEnTo dE CÂnCER dE MAMA EM PACiEnTEs dA MATERnidAdE-EsCoLA Assis CHATEAUbRiAnd Luna, P. A. A.¹; Brito, L. A.¹; Frederico, I. K. S.¹; Queiroz, M. A.¹; Rodrigues, R. P.¹; Alves, P. V. B.¹; Pinheiro, L. G. P.² 1. Faculdade de Medicina - Universidade Federal do Ceará. 2. Chefe do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará. Objetivo: Relacionar o valor da razão entre as circunferências da cintura pélvica e do quadril (RCQ) com o desenvolvimento de neoplasia maligna mamária nas pacientes do Serviço de Mastologia da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC). Métodos: Foram selecionadas, como amostra da população, todas as pacientes do Serviço de Mastologia da MEAC que procuraram atendimento nesse serviço pela primeira vez no ano de 2008 (N=2069). A MEAC recebe pacientes provenientes de todo o Estado do Ceará e é um centro de referência em atendimento mastológico. Após terem sido colhidos os dados (circunferências da cintura pélvicas e dos quadris de todas as pacientes e identificação dos casos de câncer de mama, cujo N foi de 124), compararam-se os valores das RCQ do grupo de pacientes diagnosticadas com câncer de mama com os valores das RCQ das pacientes sem câncer de mama. Resultados: As mulheres com RCQ maior ou igual a 0,80 apresentaram razão de chance e risco relativo estatisticamente maiores para desenvolvimento de câncer de mama em relação às mulheres com RCQ menor que 0,80 (razão de chance (RC) = 1.82, intervalo de confiança de 95%, 1.07-3.12; e risco relativo (RR) = 1.73, intervalo de confiança de 95%, 1.08-2.77). Conclusão: Entre as mulheres que procuraram atendimento pela primeira vez, no Serviço de Mastologia da MEAC, no ano de 2008, uma quantidade maior de gordura visceral medida pela RCQ (RCQ maior ou igual a 0,80) refletiu em um risco maior de desenvolvimento de câncer de mama. 64 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia E019. nF-Kb CooRdinATEs EPiTHELiAL-To-MEsEnCHYMAL TRAnsiTion PRoPERTiEs in HER2 PosiTiVE bREAsT CAnCER Pires, B. R. B.¹; Mencalha, A. L.¹,²; M a ia , A . M .¹ ; Abdelhay, E.¹ 1. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Divisão de Laboratórios do CEMO, Laboratório de Células-Tronco, Rio de Janeiro – RJ, Brazil. 2. Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, Departamento de Biofísica e Biometria, Rio de Janeiro – RJ, Brazil. Objective: Breast Cancer metastasis is the leading cause of women’s death worldwide. Metastatic process can be directly related to epithelial-to-mesenchymal transition transcription factors (EMT-TFs), whose expression has been associated with Nuclear Factor-kappa B (NF-kB) activation. Although the expression of EMT-TFs and NF-kB has been correlated with poor survival due to its aggressiveness and metastatic potential, is still unclear how NF-kB regulates EMT-TFs in breast cancer. The aim of this study is to elucidate how NF-kB regulates EMT-TFs expression in HER2/neu positive breast cancer. Methodology: In order to investigate if NF-kB could directly regulate SIP1, SNAIL, SLUG, and TWIST1 (the main EMT-TFs) a screening for binding sites of NF-kB along their promoter regions using prediction tools was performed. For NF-kB inhibition, HCC1954 (HER2/neu breast cancer cell line) was treated with DHMEQ using 10ug/ml. This drug specifically blocks the nuclear translocation of RelA/p50, the major NF-kB heterodimer. Effects of NF-kB inhibition on EMT gene expression were estimated through RT-qPCR. As for cell migration assessment, we performed a wound-healing assay. Results: We have identified more than two NF-kB binding consensus sequences in SIP1, SNAIL, SLUG and TWIST1, conserved among different species. We found a decrease of EMT-TFs expression after 16 h of treatment. Wound Healing has shown a 1.6 fold variation in terms of migratory inhibition when comparing DHMEQ-treated versus non-treated cells. Conclusion: Our findings demonstrate direct effects of NF-kB inhibition on signaling and migratory characteristics related to EMT in HCC1954. We suggest NF-kB could directly control genes that mediate epithelial-to-mesenchymal transition. Financial Support: MS/INCA, FAPERJ and CNPQ. E020. ATUAÇÃo do EnFERMEiRo FREnTE À PACiEnTE CoM CÂnCER dE MAMA HosPiTALiZAdA Souza, M. M.¹; Paschoal, S.¹; Kolankiewicz, A. C. B.²; Loro, M. M.²; Rosanelli, C. L. S. P.²; Gomes, J. S.² 1. Acadêmicas do Curso de Enfermagem da Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). Bolsistas PIBIC. 2. Docentes do Departamento de Ciências da Vida da Unijuí. Coordenadoras do projeto institucional “Qualidade de Vida de Pacientes Oncológicos assistidos em um Centro de Alta Complexidade para o Câncer”. Objetivo: Descrever a atuação enfermeiro frente a uma paciente internada com câncer de mama tratamento. Método: Relato de caso. Realizado com paciente internada em um hospital geral da região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Brasil durante o estágio do Curso de Enfermagem em março 2012. A autorização para o estudo foi feita verbalmente. Resultados: Realizado Consulta de Enfermagem (CE), acompanhada pela sua mãe a qual estava muito tensa. A CE representa uma abordagem ética e humanizada, dirigida à resolução de problemas, atendendo às necessidades de cuidados de saúde e de enfermagem¹. Foram elencados os seguintes diagnósticos de enfermagem: Disposição para aumento do autocuidado, para aumento do conforto, constipação, risco de integridade da pele prejudicada, isolamento social e tensão do cuidador. Frente ao exposto é papel do enfermeiro: acompanhar e avaliar a paciente elaborando um plano de cuidados o qual visa aumentar as chances de manter as atividades funcionais bem como ser um elo de apoio a esta paciente e seus familiares. O apoio social é um recurso que a enfermagem pode oferecer para melhoria da qualidade de vida (QV) das famílias, promovendo, fortalecendo e mantendo o bem-estar das pessoas(2) Conclusão: Por meio da CE é possível proporcionar uma melhor QV oferecendo-lhe conforto, atenção, auxiliando no enfrentamento desta patologia e suas complicações. Descritores: Neoplasia de mama, cuidados de enfermagem, apoio social. Referências: Castilho NC, Ribeiro PC, Chirelli MQ. A implementação da sistematização da assistência de enfermagem no serviço de saúde hospitalar do Brasil. Texto Contexto Enferm. 2009 Abr-Jun; 18(2): 280-9. Sanchez KOL, Ferreira NMLA, Dupas G, Costa DB. Apoio social à família do paciente com câncer: identificando caminhos e direções. Rev Bras Enferm, Brasília 2010 mar-abr; 63(2): 290-9. E021. CÂnCER dE MAMA E GEsTAÇÃo: RELATo dE CAso E REVisÃo dE LiTERATURA Mendonça, S. B. UNACON, Hospital Escola Álvaro Alvim, Campos dos Goytacazes, RJ. Relata-se raro caso de uma jovem de 35 anos, portadora de Neoplasia de Mama Esquerda, CLI, cT4N2Mx, Receptores Hormonais Positivos, Ki-67 +, HER-2 negativo, diagnosticado em Fevereiro/11, mediante Core biopsy e Histopatológico; submetida à QT Neoadjuvante com 04 x AC, seguido de 04 x Paclitaxel; evoluindo com RP > 80%; reencaminhada ao mastologista de origem em Dezembro/12; não encontrando o mesmo e nem outro para avaliação clínica e possível abordagem cirúrgica, durante os meses de janeiro/12 e fevereiro/12, a paciente retornou ao UNACON do Hospital Escola Álvaro Alvim, Campos dos Goytacazes, RJ, em março/12, com progressão de doença da mama e ainda gestante de 13 semanas (gemelar). Que conduta adotar? Câncer de Mama 65 E022. MAMMoGRAPHY PREVALEnCE And CoMPLiAnCE oF bRAZiLiAn WoMEn Moreira, C. B.1; Bezerra, K. C.1; Mendes, I. C.1; Bernardo,E. B. R.1; Catunda, H. L. O.1; Rocha, A. C. O.1; Santos, M. C. L.2; Oriá, M. O. B.3; Fernandes, A. F. C.4 1. Nursing Student at Nursing Department/ Federal University of Ceará. 2. RN, PhD/ Federal University of Ceará. 3 RN, PhD, Post-Doctor Fellow at University of Virginia/ Federal University of Ceará. 4 RN,PhD, Post-Doctor Fellow at Sao Paulo University, Ribeirão Preto/Federal University of Ceará. Aim: To analyze the prevalence and factors associated with the mammography exam undertaken by Brazilian women. Method: This is an epidemiological cross-sectional study. We analyzed secondary data from the Brazilian Breast Cancer Information System (SISMAMA). We chose to study women in all age-groups, whose database was obtained from 2009 to 2010. Results: We found that 86.01% (n=742,004) of women undergoing mammography in 2009 and 87.42% (n =2,231,668) in 2010 were 40 to 69 years old. Regarding education, a significant prevalence of incomplete primary education was seen among those who were examed, reaching 52.42% in 2009 and 54.24% in 2010. High rates of underreporting regarding educational levels were still a problem, representing over 50% in both years. Unknown cases from the questionnaire were excluded from analysis. Our findings indicates that 90.1% (n= 777,194) of women who underwent mammography in 2009 and 89.98% (n= 2,297,490) in 2010 did not report high risk factors for breast cancer. In addition, most had undergone previous clinical exams, 77.24% and 79.12% of the cases in 2009 and 2010, respectively. Conclusion: A greater number of women show positive attitudes about mammography, a factor that is considered critical for mammography’s compliance. Prevention and early identification are important requirements for the reduction of morbidity and mortality from breast malignancy. Based on this, nursing care in supporting and encouraging women to undertake breast exams is critical to improve early breast cancer detection and for early referral to treatment, contributing to life quality improvements of this population. E023. o CUidAdo dA MULHER MAsTECToMiZAdA no PERioPERATÓRio Lobo, S. A.*; Moreira, C. B.*; Silva, T. B. C.*; Mourão, C. M. L.*; Fernandes, A. F. C.* *Universidade Federal do Ceará - Departamento de Enfermagem. Objetivo: Avaliar as evidências disponíveis na literatura sobre o cuidado prestado à mulher submetida à mastectomia no perioperatório. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Para a seleção dos estudos, foram consultadas as bases de dados PUBMED, LILACS e CINAHL. Na amostra, foram incluídos trabalhos escritos na íntegra, em português, inglês e espanhol, publicados no período janeiro de 2000 a janeiro de 2010, que abordassem o cuidado à mulher submetida à mastectomia no perioperatório. A amostra constituiu-se de sete estudos. Resultados: Houve uma prevalência de seis estudos (86%) com nível de evidência 2 e um estudo (14%) com nível de evidência 3. Após a análise dos aspectos abordados nestes artigos, reuniu-se em uma categoria temática: o manejo da dor, contendo os sete estudos. O estudo apresentou o único cuidado perioperatório da cirurgia de mastectomia encontrado na literatura foi relacionado ao manejo farmacológico da dor, ademais os estudos analisados não mostraram uma associação entre si, visto que em cada um foi avaliado uma droga diferente, dificultando o consenso e a recomendação relacionada ao uso de fármacos para o controle/minimização da dor. Conclusão: Desse modo, a enfermagem deve estar atenta, tanto à atualização dos tratamentos farmacológicos no manejo da dor quanto ao desenvolvimento de futuras pesquisas relacionadas ao cuidado de enfermagem no período perioperatório de mastectomia. A enfermagem deve estar atenta, tanto à atualização dos tratamentos farmacológicos no manejo da dor quanto ao desenvolvimento de futuras pesquisas relacionadas ao cuidado de enfermagem no período perioperatório de mastectomia. E024. ConHECiMEnTo, ATiTUdE E PRáTiCA dos EnFERMEiRos nA dETECÇÃo PRECoCE do CÂnCER dE MAMA nA EsTRATÉGiA sAÚdE dA FAMÍLiA Lobo, S. A.1; Martins, A. L. L.2; Barbosa, I. L.2; Pereira, A. S.2; Silva, A. P. S.2 1. Universidade Federal do Ceará - UFC. 2. Faculdades Nordeste - Fanor. Objetivo: Investigar conhecimento, atitude e prática dos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF) quanto a detecção precoce do câncer de mama. Métodos: Pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa. Realizou-se de julho a setembro de 2011, com 30 enfermeiros da ESF da Secretaria Executiva Regional IV de Fortaleza/CE. Utilizou-se questionário semi-estruturado contendo dados sócio-demográficos, conhecimento, atitude e prática dos enfermeiros na detecção precoce do câncer de mama. Os dados foram organizados em tabelas e analisados pela estatística descritiva simples. O estudo tem como parecer o protocolo 293/2011. Resultados: 86,7% dos enfermeiros eram do sexo feminino, estando 26,7% entre 31 a 40 anos, 63,3% são casados. 43,3% tinham de 05 a 10 anos de formados e 53,3% possuem algum tipo de especialização. 60% estão de 05 a 10 anos trabalhando na ESF. 100% afirmaram que há indicação de exame clínico das mamas em mulheres assintomáticas e que melhor período para o exame clínico das mamas seria uma semana após a menstruação. Quanto à idade recomendada para a solicitação de mamografia, 53,3% responderam que seria com idade acima de 50 anos e 46,7% que seria de 40 a 49 anos. 60% reportaram em suas falas que o exame clínico das mamas seria o mais indicado para a detecção precoce do câncer de mama. 100% dos profissionais solicitam o ultra-som de mama e encaminham ao mastologista quando achado nódulo mamário. Os enfermeiros afirmaram que informam sobre a doença, os fatores de risco e o auto-exame das mamas, além da importância de realizar consultas periódicas e exames complementares. Conclusões: Percebeu-se que o profissional está comprometido com suas ações na sua prática e saber, procurando autocapacitação para produzir o conhecimento e sua aplicabilidade no serviço, melhorando assim, o atendimento às mulheres que procuram o sistema na área da prevenção do câncer de mama. Palavras-Chave: Detecção precoce, câncer de mama, prevenção. 66 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia E025. PREVALÊnCiA dE LinFEdEMA no PERÍodo PÓs-oPERATÓRio EM MULHEREs MAsTECToMiZAdAs Souto, N. F.1; Valentim, P. N. R.1; Vidal, G. O.2; Moreira, C. B.3; Santos, M. C. L.4; Carvalho, C. M. L.4; Fernandes, A. F. C.5 1. Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. 2 Enfermeira graduada pela Universidade Federal do Ceará. 3. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará; 4. Enfermeira. Doutora pela Universidade Federal do Ceará. 5. Professora doutora da Universidade Federal do Ceará. O objetivo do presente estudo foi avaliar as evidências disponíveis na literatura acerca das fases em que ocorre o linfedema de membro superior no pós-operatório de mastectomia por meio de uma revisão integrativa. Foram utilizadas para a seleção dos estudos as bases de dados LILACS, PUBMED e CINAHL. Os artigos identificados foram pré-selecionados através da leitura dos títulos e resumo disponíveis e, após a leitura desses estudos na integra, foram selecionados dez artigos constituindo a amostra a amostra deste estudo. Foram analisados os conteúdos de cada um desses artigos, os quais puderam ser categorizados e as suas informações extraídas. A avaliação permitiu a criação de quadros, sumarizando os dados de identificação desses estudos, os aspectos metodológicos e os resultados obtidos. A análise dos estudos demonstrou, com relação ao tempo de seguimento da cirurgia, uma prevalência de linfedema no período de pós-operatório tardio e, quanto a severidade do linfedema, uma prevalência de grau leve. Em relação ao tipo de tratamento para câncer de mama, foi identificado uma alta prevalência de mulheres submetidas a mastectomia radical e radioterapia. Ambos os tratamentos relacionam-se ao aumento de prevalência de linfedema nesse estudo. Os dados evidenciados permitiram concluir que muitas mulheres em tratamento para câncer de mama estão adotando estratégias para a prevenção e o controle do linfedema de membro superior no pós-operatório de mastectomia. O enfermeiro, enquanto profissional de saúde que planeja e aplica a sistematização da assistência de enfermagem, devera agir de forma a garantir a continuidade do tratamento para o linfedema enfatizando a importância de seu controle ao longo da vida. E026. TERAPiA dE REPosiÇÃo HoRMonAL no CLiMATÉRio x CÂnCER dE MAMA Souto, N. F.1; Santos, M. C. L.3; Fernandes, A. F. C.5; Barbosa, I. C. F. J.3; Moreira, C. B.4; Valentim, P. N. R.1; Oliveira, M. F.1; Barros, P. A. S.2 1. Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. 2. Enfermeiro. Especialista em Saúde da Família pela Escola de Saúde Pública do Ceará. 3. Enfermeira. Doutora em Enfermagem ela Universidade Federal do Ceará. 4. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. 5. Professora Doutora da Universidade Federal do Ceará. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura com o objetivo de identificar a produção científica envolvendo o uso da terapia de reposição hormonal no climatério como um fator de risco para desenvolvimento de câncer de mama. Para obtenção de dados, consultou-se as bases de dados BDENF, Lilacs e Scielo. Identificamos 71 artigos, dos quais selecionamos 24 para compor nossa amostra. Analisando os dados, observamos que quanto à titulação dos autores 37,5% trata-se de graduados, porém muitos desses graduados publicaram com o apoio de um docente. Em relação à escolha do delineamento do estudo 50% optou por abordagem metodológica do tipo qualitativa, seguido por 25% quantitativo e 25% quali-quantitativo. O método de coleta de dados por meio de documentos foi o mais usado em 61,53% e 15,38% foram métodos alternativos. É importante ressaltar que essa temática é de grande relevância para população feminina e que ainda é muito pouco explorada pela enfermagem. Trata-se de uma área onde a enfermagem poderia utilizar de estratégias de educação em saúde como forma de melhor orientar as mulheres em idade peri-menopausa sobre os riscos e benefícios do uso da TRH. Pois dessa forma a paciente já informada pode conversar melhor com seu médico pela adesão ou não ao tratamento. Por fim, sugerimos que os trabalhos desenvolvidos pudessem ser publicados como forma de socializar o conhecimento. E que os resumos sejam elaborados com dados mais completos a fim de facilitar que os leitores obtenham os dados mais importantes de forma clara e rápida, facilitando a distribuição de conhecimento e até mesmo o desenvolvimento de trabalhos não só na enfermagem como nas diversas áreas profissionais. E027. TERAPiA FisiCA CoMPLExA PARA o TRATAMEnTo do LinFEdEMA PÓs-MAsTECToMiA Toledo, L. A.; Ribeiro, R. R. Unipinhal. O linfedema é uma patologia crônica de ordem vascular derivado de um déficit do sistema linfático. O sistema linfático apresenta funções como reabsorção de macromoléculas e transporte da linfa, portanto quando ocorre uma alteração da circulação em qualquer uma destas dinâmicas, a circulação linfática normal é alterada gerando o edema, podendo resultar em distúrbios emocionais, físicos ou piscosociais. O linfedema pode ser de ordem congênita ou secundário caracterizando-se por edema pós tratamento cirúrgico do câncer de mama, onde nota-se uma grande incidência de casos. Portanto destaca-se a importância de exames periódicos para detecção precoce do câncer, pois quanto antes diagnosticado maiores são as chances de um tratamento menos invasivo minimizando suas complicações. Visto que tais complicações envolvem aspectos importantes na qualidade de vida das pacientes objetivamos com esse trabalho demonstrar a importância da fisioterapia dermato-funcional tanto no contexto da prevenção quanto na reabilitação em linfedema pós mastectomia, esclarecendo os fatores de risco do câncer de mama, e demonstrar quais são as complicações pós cirúrgicas e como o tratamento fisioterapêutico pode beneficiá-las. Conclui-se que o linfedema é uma doença considerada de difícil tratamento, por ser uma patologia crônica e apresentar vários problemas associados, portanto torna-se fundamental a abordagem fisioterapêutica, dentre tantos métodos para o tratamento do linfedema a técnica que se mostra mais eficaz é a terapia física complexa que consiste em drenagem linfática manual, cuidados com a pele, compressão do membro e cinesioterapia especifica, visando a drenagem do liquido excessivo. Câncer de Mama 67 E028. AnáLisE RETRosPECTiVA dA inCidÊnCiA E MoRTALidAdE dE CÂnCER dE MAMA EM MULHEREs JoVEns, EsTRATiFiCAdAs PoR FAixA ETáRiA, no HosPiTAL PRoFEssoR JosÉ ARisTodEMo PinnoTTi Thomazini, M. V.; Espinola, J. P.; Falcone, A. B. M.; Rodrigues Neto, A. F.; Santos, C. C.; Torresan, R. Z.; Santos, A. C. B. Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti - Universidade Estadual de Campinas. Objetivos: Realizar um levantamento da incidência e mortalidade do câncer de mama em mulheres com idade inferior a 50 anos, estratificadas por faixa etária, no CAISM - Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinnotti, UNICAMP. Métodos: Foram estudadas retrospectivamente 678 pacientes de um total de 2100 portadoras de câncer de mama diagnosticado neste serviço no período entre 01/01/2005 a 31/12/2009, com idade inferior a 50 anos. Resultados: Neste período, foram diagnosticadas e tratadas 678 mulheres com câncer de mama e idade inferior a 50 anos, correspondendo a 32,3% dos casos. Destas, 20 pacientes (8%) tinham entre 20- 29 anos, 185 (52%) entre 30-39 anos, e 473 (85%) entre 40-49 anos. Quando do diagnóstico, estes tumores eram localmente avançados em 50% dos casos em mulheres entre 20-29 anos, 53% das mulheres entre 30-39, e 35,7% das mulheres entre 40-49 anos. A taxa de mortalidade geral neste período entre todas as mulheres diagnosticadas e tratadas, independente da idade foi de 21,4%. No grupo das pacientes entre 20-29 anos, esta taxa foi de 40%, entre 30-39 anos, foi de 28%, e nas mulheres entre 40-49 anos foi de 18%. Conclusões: A incidência do câncer de mama aumenta com a idade, entretanto tem sido mais frequente nos dias atuais seu diagnóstico em mulheres jovens, com idade inferior a 40 anos. Relatos disponíveis mostram que o câncer de mama nesta população parece ser mais agressivo e estar associado a um prognóstico desfavorável.(1,2) Devido ao papel restrito do diagnóstico precoce e comportamento mais agressivo do câncer nesta população de pacientes, a validação de estratégias médicas é de importância fundamental. Ensaios clínicos de pacientes jovens ou na pré-menopausa com câncer de mama foram realizados ou estão atualmente em curso, entretanto faltam dados na prática clínica para uma melhor avaliação desta população de mulheres(2). Referências: 1. Surveillance, Epidemiology, and End Results (SEER) program Public-Use CD Rom (1973–1997). National Cancer Institute, DCCPS. Cancer Surveillance Research Program, Cancer Statistics Branch, April 2000. 2.Pronzato P, Mustacchi G, DeMatteis A, Di Costanzo F, Rulli E, Floriani I, Cazzaniga ME. Biological Characteristics and Medical Treatment of Breast Cancer in Young Women — A Featured Population: Results from the NORA Study. International Journal of Breast Cancer. Volume 2011, Article ID 534256, 6 pages. 3. N. Kroman, M.-B. Jensen, J. Wohlfahrt, H. T. Mouridsen, P. K. Andersen, and M. Melbye, “Factors influencing the effect of age on prognosis in breast cancer: population based study,” British Medical Journal, vol. 320, no. 7233, pp. 474–478, 2000. E029. REGisTRo dE CÂnCER dE MAMA Ao LonGo dE 13 Anos EM UMA CLÍniCA PRiVAdA bRAsiLEiRA: dAdos dE MUndo REAL Teich, N. L.; Boukai, A.; Schaum, M.R.; Helal, R. C.; Rocha,V. R.; Salem, J. H.; Rossi, A. A.; Alves, F. C.; Costa, A. B.; Cypriano, A. S.; Silva, A. J.; Silva, C. M.; Vieira, F. M. Grupo COI – Clínicas Oncológicas Integradas e Instituto COI de Educação e Pesquisa. Rio de Janeiro – Brasil. Introdução: O câncer de mama é o câncer mais comum do sexo feminino no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, 52.680 novos casos são estimados para o ano de 2012. A variação na incidência e mortalidade do câncer de mama pode estar relacionada a diferentes fatores, como características hormonais e reprodutivas e a disponibilidade de serviços de detecção precoce. Estudos têm demonstrado que existem diferenças acentuadas entre os pacientes tratados pelo sistema de saúde público e privado, especialmente na sobrevida global, diagnóstico e estadiamento. Objetivo: Determinar as características epidemiológicas e desfechos clínicos das pacientes com câncer de mama atendidas no setor privado. Métodos: Estudo retrospectivo realizado em um centro oncológico privado brasileiro, que incluiu pacientes atendidas entre 1999 e 2011. Os dados foram coletados dos prontuários médicos das pacientes e, sempre que necessário, pacientes ou familiares foram contactados a fim de otimizar a estimativa da sobrevida. Resultados: Foram incluídas nesse estudo 1.459 pacientes. A idade mediana foi de 56 anos, sendo 79% com receptor hormonal positivo e 20% com superexpressão do HER2. O tipo histológico predominante foi o Carcinoma Ductal Infiltrante, em 82% das pacientes. Os estadiamentos clínicos I, II, III e IV foram detectados em 40%, 40%, 17% e 3%, respectivamente. O tempo de acompanhamento mediano foi de 35 meses, a sobrevida livre de progressão em 5 anos foi de 92%, 83% e 68% para os estadios I, II e III, respectivamente. A sobrevida global em 5 anos para estes grupos foi de 96%, 91%, 78%, e 27% para o estádio IV e em 10 anos foi de 86%. 75%, 57% e 0%. Conclusões: Nossos achados estão de acordo com a literatura mundial e se assemelham aos dados de países desenvolvidos, mostrando-se superiores aos de países em desenvolvimento, como o Brasil. E030. AsPECTos soCioEConôMiCos E ÉTniCos AssoCiAdos À sobREVidA PoR CÂnCER dE MAMA EM PoPULAÇÃo bRAsiLEiRA Tixeira, M. T. B.1; Cintra, J. R. D.1,2; Guerra, M. R.1; Diniz, R. W.1,2; Feitas, G.1; Vasconcelos, P.1; Duarte, C.1; Júnior, H. G.1 1. NATES/Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, Brasil. 2. Instituto Oncológico/Hospital 9 de Julho, Juiz de Fora, MG, Brasil. Objetivos: Analisar a sobrevida de cinco anos por câncer de mama em mulheres atendidas em centro de referência da região sudeste do Brasil, segundo perfil imunohistoquímico e características sócio-econômicas. A pior sobrevida por câncer de mama tem sido frequentemente associada a fatores sócio-econômicos desfavoráveis. Ademais, pesquisas têm mostrado também pior prognóstico para mulheres da raça negra com câncer de mama, o que tem sido associado a disparidades sociais e a fatores étnicos, estes de difícil avaliação na população brasileira. Métodos: 68 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia Foram avaliados 563 casos de câncer de mama feminino diagnosticados entre 2003 e 2005. O seguimento foi efetuado por meio de consulta aos registros médicos hospitalares, busca no sistema nacional de registro de óbitos (SIM), contato telefônico e consulta ao cadastro de identificação nacional (CPF). Estimou-se a sobrevida pelo método de Kaplan-Meier e avaliaram-se os fatores prognósticos através da análise multivariada de Cox. Resultados: A idade média foi de 58,0 anos, sendo a maioria da raça branca (81,1%) e pós-menopausada (66,8%). Entre os casos triplo negativo, HER2 superexpresso e com perfil imunohistoquímico desconhecido, foram identificados os maiores percentuais de pacientes da raça não branca (31,1%, 25,8% e 17,3%, respectivamente). A sobrevida de cinco anos foi de 79,9%, sendo significativamente maior para as pacientes da raça branca e com plano privado de saúde, alta escolaridade, doença inicial e utilização de terapia adjuvante. Os principais fatores prognósticos associados à pior sobrevida foram: triplo negativo (p=0,000), HER2 superexpresso (p=0,01) e perfil imunohistoquímico desconhecido (p=0,01); raça não branca (p=0,02); doença avançada (estágio III e IV - p=0,000); tratamento sistêmico não realizado (p=0,009) e não utilização de quimioterapia de 1ª linha (p=0,09). Conclusão: A piora da sobrevida pela doença na população de estudo esteve associada ao diagnóstico tardio e a não realização do tratamento preconizado, demarcando a influência das disparidades sociais. O prognóstico menos favorável para as mulheres de raça não branca e para os casos com subtipo tumoral desconhecido, que exibiram maior percentual de raça não branca, sugere algum efeito relativo à etnia, em população bastante miscigenada como a brasileira. E031. AVALiAÇÃo dA ACURáCiA dA MAMoCinTiLoGRAFiA no diAGnÓsTiCo CoMPLEMEnTAR dE LEsÕEs MAMáRiAs Cornelio, D. B.*; Didomenico, B. C.*; Silva Junior, N.*; Herrera, J.*; Paganini, C. F.*; Anselmi, O. E.*; Grossmann, R.*; Grossmann, S.* *Centro de Mama Hospital Santa Rita. Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - RS. Objetivos: O presente estudo tem como objetivos avaliar a acurácia da cintilografia mamária com 99mTc-MIBI na diferenciação de lesões mamárias benignas de malignas, avaliar se existe associação entre fatores anátomo-patológicos e imuno-histoquímicos das lesões mamárias e a acurácia diagnóstica da cintilografia mamária e avaliar o washout do radiofármaco entre as imagens precoces e tardias. Pacientes e Métodos: Através de uma análise transversal foram selecionadas consecutivamente mulheres com lesões mamárias de pelo menos um centímetro de diâmetro, detectadas por palpação, mamografia ou ultrassonografia mamária, com indicação de análise anátomo-patológica. Os exames cintilográficos da mama foram realizados no Laboratório de Medicina Nuclear do Hospital Santa Rita com o radiofármaco tenécio99m metoxi-isobutil isonitrila (99m-Tc-MIBI) na dose de 20 mCi (740 MBq). Resultados: A cintilografia mamária apresentou acurácia de 86% para detecção de lesões mamárias malignas, sendo superior em relação à mamografia e equivalente com a ultrassonografia, exceto pela maior especificidade. A cintilografia foi o exame que demonstrou o maior índice Kappa, com p=0,006, e a combinação com outros exames não aumentou este índice. A análise de correlação encontrou uma relação inversa entre o marcador Ki-67 e o índice de captação aos 10 minutos (p=0,01), bem como com o washout do radiofármaco (p=0,286). Também se observou correlação entre lesão benigna e maior taxa de washout, porém sem significância estatística (p=0,14). Conclusão: Os resultados deste estudo indicam uma elevada acurácia da cintilografia mamária para a detecção de lesões neoplásicas mamárias, confirmando o potencial diagnóstico deste exame de imagem. Um número maior de pacientes é necessário para evidenciar associação entre a captação do radiofármaco e fatores anátomo-patológicos e outros parâmetros imuno-histoquímicos das lesões mamárias. Com base nestes dados e na literatura revisada, a cintilografia pode constituir em um exame útil para descartar lesões neoplásicas e evitar biópsias desnecessárias. E032. ÍndiCE dE MAssA CoRPoRAL E ÍndiCE dE AdiPosidAdE CoRPoRAL EM MULHEREs sobREViVEnTEs Ao CÂnCER dE MAMA. UM EsTUdo CoMPARATiVo Inácio, M. B.1; Cruz, L. V.2; Santos, P. R. P.2; Tolentino, G. P.2; Oliveira, L. S.3; Oliveira, R. J2. 1. Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI. 2. Universidade de Brasília, UnB. 3. Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG. O presente estudo teve como propósito comparar o Índice de Massa Corporal (IMC) e o Índice de Adiposidade Corporal (IAC) em mulheres sobreviventes ao câncer de mama. A amostra foi composta por 63 mulheres sobreviventes ao câncer de mama, com a idade de 53.48 ± 9.52 anos, submetidas às avaliações antropométricas. Foram mensurados: massa corporal (63.71 ± 9.79 kg), estatura (1.56 ± 0.05 m) e circunferência do quadril (97.63 ± 6.43 cm). Para verificar o IMC foi realizado o cálculo da massa corporal (kg) dividida pelo quadrado da estatura (m) (WHO, 2000); e para o IAC, foi realizado o cálculo da circunferência do quadril dividida pela altura elevada a 1.5 subtraído por 18 (Bergman et al., 2011). A diferença entre os grupos foi testada através do teste de Wilcoxon adotando um nível de significância de p≤0,05. Os resultados demonstram que de acordo a classificação do IAC a maioria da amostra apresentou-se com adiposidade normal, 58.7%. Enquanto que para IMC, maior parte foi classificada com sobrepeso, 46%. Foi detectada diferença significativa entre os grupos (p=0,001). Especula-se se estas diferenças poderiam estar associadas, à deposição diferenciada da gordura corporal advinda das terapias antineoplásicas. Uma vez que, estas podem levar a acúmulo de gordura abdominal ou ainda a deposição em outras áreas corporais, como os membros. Em conclusão, no presente estudo foram detectadas diferenças na classificação do estado nutricional, a partir dos métodos indireto IMC e IAC entre mulheres submetidas ao tratamento antineoplásico. Estudos futuros devem comparar estas mensurações com métodos padrão-ouro como a absortometria de raios X de dupla energia (DEXA). Sendo imprescindível definir qual destes métodos apresenta maior fidedignidade e especificidade para esta população para diagnósticos mais precisos e intervenções assertivas sejam estabelecidas. Uma vez que, a gordura corporal representa um grave fator de risco a essa população. Palavras-Chave: câncer de mama; índice de massa corporal; índice de adiposidade corporal. Câncer de Mama 69 E033. dÉFiCiT no AUToCUidAdo PARA VEsTiR-sE EM MULHEREs MAsTECToMiZAdAs Oliveira, M. S.1; Pereira, C. E. L.2; Santana, L. M. V.3; Leitão, N. M. A.3; Valente, M. M. Q. P.4 1. Faculdade de Ensino e Cultura do Ceará - FAECE. 2. Curso Técnico em Enfermagem da Escola Irmã Tereza Maria de Jesus. 3. Hospital São Carlos. Objetivo: Investigar a prevalência do Diagnóstico de Enfermagem (DE): Déficit no autocuidado para vestir-se em mulheres mastectomizadas. Métodos: Estudo transversal, descritivo-exploratório, realizado com 55 mulheres mastectomizadas que estavam em tratamento anti-neoplásico no ambulatório de um hospital filantrópico localizado na cidade de Fortaleza-CE. A coleta de dados ocorreu mediante entrevista de outubro a novembro de 2011. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 16.0. Foram seguidas as recomendações da Resolução nº. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde-MS. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Fortaleza conforme protocolo n° 282/2011. As participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Predominou mulheres na faixa etária de 50-73 anos (41,9%), com ensino fundamental incompleto (47,3%), renda familiar de meio a um salário mínimo (40%), casadas ou em união consensual (67,3%), que realizavam atividades do lar (60%). O DE em estudo esteve presente em 51 (92,7%) das mulheres da amostra. Conclusão: Com esse estudo, foi possível investigar uma elevada prevalência do DE em questão, o que requer uma maior atenção por parte dos enfermeiros para o estabelecimento de novas condutas na assistência à mulher mastectomizada, à medida que se percebem os principais fatores associados ao DE, bem como o desenvolvimento de estratégias para redução desse diagnóstico tão prevalente nessa população. Palavras-Chave: neoplasias de mama; autocuidado; enfermagem. E034. AnáLisE dE 65 CAsos dE CiRURGiA dE onCoPLásTiCA dA UniVERsidAdE FEdERAL dE ViÇosA E insTiTUTo dA MAMA dE Ubá Moura, J. R.1,2; Sediyama, C. M. N. O.2,3; Moreira, J. C. L.1,2; Moreira, T. M. B.1,2; Rezende, M. R.3 1. Instituto da Mama de Ubá. 2. Universidade Federal de Viçosa. 3. Hospital São Sebastião/UFV. Objetivos: Este trabalho objetivou analisar os casos realizados nos serviços da Universidade Federal de Viçosa e Instituto da Mama de Ubá. Métodos: É um estudo prospectivo durante o período de Setembro/2005 a Junho/2012. Os dados foram arquivados e estudados pelos programas R e SPSS, com intervalo de confiança de 95%. Resultados: Durante o período foram realizadas 65 cirurgias oncoplásticas, sendo 32 cirurgias de Reconstrução Imediata com Prótese, 15 cirurgias de Grande Dorsal, 6 cirurgias de Mamoplastia Oncológica por pedículo, cinco cirurgias de Reconstruções de Complexo Aerolomamilar, três cirurgias de Reconstruções com Expansor e 1cirurgia de Reconstrução por Retalho Miocutâneo de Reto Abdominal. Foram documentadas seis complicações, quatro por necroses de Complexo Areolomamilar e duas por perdas de prótese. Os resultados das avaliações subjetivas pelas pacientes foram bons, 76,9% delas consideram o resultado como ótimo. Conclusão: Concluímos existir em nosso serviço bons resultados e presença de complicações inerentes ao procedimento, que devem ser informadas pré-procedimento. E035. AnáLisE dE 545 CAsos dE nEoPLAsiA MALiGnA dE MAMA do sERViÇos dA UniVERsidAdE FEdERAL dE ViÇosA E insTiTUTo dA MAMA dE Ubá Moura, J. R.1,2; Sediyama, C. M. N. O.2,3; Moreira, J. C. L.1,2; Moreira, T. M. B.1,2; Junior, L. H. S.3. 1. Instituto da Mama de Ubá. 2. Universidade Federal de Viçosa. 3. Hospital São Sebastião/UFV. Objetivo: Objetivou realizar uma análise de resultado do tratamento nos serviços. Método: É um estudo retrospectivo realizado com base em casos tratadas pela mesma equipe nos Ambulatórios de Mastologia do Instituto da Mama de Ubá e Universidade Federal de Viçosa com base no prontuário eletrônico no período de março de 2001 a junho de 2012 com análise dos dados pelos programas R e SPSS PC. Resultados: Foram operadas no serviço 545 casos de câncer de mama, com idade média de 56 anos (variando de 24 a 92 anos), tendo 43 casos novos em 2011, oriundas de 33 cidades diferentes, predominando Ubá - MG (37%). O histórico familiar de câncer de mama foi negativo em 85% dos casos. O Carcinoma Ductal Infiltrante foi o tipo histológico da maioria dos casos (63%). Os Estadiamentos predominantes foram o Estadio II (37%) e Estadio I (31%). A abordagem cirúrgica foi conservadora na maioria dos casos (42%), oferecendo Linfonodo sentinela em 113 casos e 65 cirurgias de oncoplástica. No seguimento pós-tratamento, temos 15% de óbito e 5% dos casos em doença metastática. Conclusão: Concluímos existir em nosso serviço um predomínio do estadiamento precoce e expectativas futuras de redução da mortalidade pela doença. 70 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia E036. RELATo dE CAso: AdEnoMA PLEoMÓRFiCo dE MAMA Golinelli, M. C.*; Oliveira F., J. C.*; Bertan, M. C.* *Hospital do Câncer de Londrina, PR. Introdução: O adenoma pleomorfico de mama é uma neoplasia benigna pouco frequente, e de difícil diagnóstico clínico e patológico como tumor maligno. Este tumor tem características de proliferação de células mioepiteliais, responsável pela sua carcínogênese. Uma revisão literatura mundial de 2005 enumera 68 casos descritos, a maioria tratada cirurgicamente, seja por setorectomia ou mastectomia, com média de idade 56 anos e recorrência relatado em apenas um caso. Devido à raridade e pouco conhecimento quanto à evolução da lesão, a exérese com margens livres é sempre indicada. Objetivo: Descrever um caso de adenoma pleomórfico de mama atendido e tratado no Hospital do Câncer de Londrina-PR, bem como dificuldade de diagnóstico. Caso Clínico: Mulher de 49 anos com massa tumoral mama esquerda há cinco anos, com crescimento lento e progressivo, não tinha antecedentes familiares de neoplasia. Os primeiros exames mostravam patologia benigna (mamografia nódulo regular 2,2 cm – sugestivo de fibroadenoma). Manteve acompanhamento e após um ano ultrassonografia de controle BIRADS IV-c, realizado core biopsy que teve como resultado carcinoma ductal invasor. Tratada com mastectomia radical modificada e esvaziamento axilar nível I (congelação linfonodo sentinela negativo). O anatomopatológico confirmou carcinoma ductal invasor, entretanto com a imunohistoquimica do material enviado a outro serviço, definiu-se o diagnóstico de adenoma pleomórfico, positivos para proteína S-100, actina, vimentina e receptores hormonais negativos. Seguimento após seis meses, não houve evidência clinica de atividade tumoral Conclusão: O adenoma pleomórfico de mama é uma patologia benigna pouco frequente e seu diagnóstico não pode ser baseada unicamente em achados clínicos e exames imagem. A biópsia deve ser estudada e revisada, sendo a imunohistoquimica fundamental para determinar diagnóstico definitivo e plano terapêutico, evitando cirurgias amplas e mutiladoras. Palavras-Chave: adenoma pleomórfico, mama, cirurgia. E037. diFFEREnTiAL ExPREssion oF CiRCULATinG MiCRoRnAs in sERUM oF bREAsT CAnCER PATiEnTs UsinG QUAnTiTATiVE REVERsE TRAnsCRiPTion (QRT-PCR) Macedo, T.1; Evangelista, A. F.1; Kerr, L. M.2; Guerreiro da Silva, I. D. C.3; Vieira, R. A. C.4; Marques, M. M.1 1. Molecular Oncology Research Center, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP, Brazil. 2. Department of Pathology, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP, Brazil. 3. Department of Ginecology, Federal University of Sao Paulo, Sao Paulo, SP, Brazil. 4. Department of Mastology and Breast Reconstruction, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP, Brazil. Key-words: microRNAs, breast cancer, circulating biomarkers, expression analysis. Human breast cancer is the most common cancer among women in the world. Recently, the deregulation of regulatory small noncoding RNAs (miRNAs) has been associated with breast cancer pathogenesis. Indeed, human blood contains stably expressed miRNAs that make them new potentially clinical biomarkers for cancer detection, classification and prognosis. Considering the tissue specificity, and relative stability in circulation the aim of this study was to evaluate the expression in serum of microRNAs previously described in breast cancer pathogenesis (has-miR-195 and let-7a), which could be useful non-invasive biomarkers of this disease. Sera of 56 patients with malignant tumor were compared with 10 with benignant tumor, obtained at Barretos Cancer Hospital, according to local ethical committee approval. RNA was extracted using miRNeasy Mini Kit (Qiagen) and the concentration/quality was accessed by NanoDrop 1000 Spectrophotometer. Samples were reverse transcribed using primers specific to each miRNA target, and the real-time quantitative polymerase chain reaction (qRT-PCR) was carried out using TaqMan MicroRNA Assays (Life Technologies). Statistical analysis was performed by non-parametric test of Mann-Whitney in R environment. The results obtained showed up-regulation of let-7a and miR-195 in malignant serum compared with benignant patients, but only miR-195 had presented p value ≤ 0.05 in the samples analyzed. Thus these findings suggest that miR-195 can be a potential circulating breast cancer biomarkers and illustrates your potential use as sensitive, specific and noninvasive cancer biomarkers. Financial Support: AVON E038. LinFonodo sEnTinELA oRiEnTAdo APEnAs PoR AZUL PATEnTE – 113 CAsos Moura, J. R.1,2; Sediyama, C. M. N. O.2; Moreira, J. C. L.1,2; Moreira, T. M. B.1,2 1. Instituto da Mama de Ubá. 2. Universidade Federal de Viçosa. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi realizar uma análise de resultado do tratamento de câncer de mama no serviço. Método: É um estudo retrospectivo realizado com base em casos tratadas pela equipe nos Ambulatórios de Mastologia do Instituto da Mama de Ubá e Universidade Federal de Viçosa com base no prontuário eletrônico no período de Janeiro de 2002 a Janeiro de 2012 com análise dos dados pelos programas R e SPSS PC. Resultados: Foram operadas no serviço 113 mulheres portadoras de câncer de mama, com idade média de 58 anos (variando de 24 a 88 anos), sendo 15 casos novos em 2011, oriundas de 21 cidades diferentes, predominando Viçosa - MG, com 33% dos casos. Os estadiamentos predominantes foram o Estadio I (54,8%) e Estadio II (36,2%). A abordagem cirúrgica foi conservadora na maioria dos casos (65%). Apenas um caso não foi possível a localização pela técnica do linfonodo (0,8%) e nenhuma paciente apresentou evento alérgico ao produto. O linfonodo sentinela foi negativo pelo estudo histopatológico em 69,9%. No seguimento pós-tratamento, temos 4,4% de óbito e 0,8 % dos casos em doença metastática, tendo estes achados correlação com a positividade do linfonodo sentinela (p>0,05). Conclusão: Concluímos existir em nosso serviço bom resultado da pesquisa do linfonodo sentinela pelo azul patente e pouca intercorrência intraoperatória com o médodo. Câncer de Mama 71 E039. APREsEnTAÇÃo inCoMUM dE TUMoR oCULTo dE MAMA: RELATo dE CAso E REVisÃo dE LiTERATURA Diniz, R. W.1,2; Cintra, J. R. D.1,2; Lopes, R. H.1; Teixeira, M. T. B.2; Oliveira, A. F.1; Fraga, J. B. P.1; Resende, F. A. M.1; Fernandes, P. R.1; Pimentel, T. B.1; Guerra, M. R.2 1. Instituto Oncológico de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. 2. NATES, Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. Objetivo: Relatar um caso de tumor oculto de mama com apresentação incomum e revisar a literatura. Métodos: Paciente feminina, 64 anos de idade, menopausada, hipertensa, diabética, com história de acidente vascular encefálico e de linfedema idiopático de membro inferior esquerdo (MIE). Rica história familiar de câncer. Submetida à exérese de linfonodo supraclavicular esquerdo, com laudo anatomopatológico de carcinoma pouco diferenciado pleomórfico. Foram realizadas duas análises imunohistoquímicas do tumor (IMQ), em laboratórios distintos, ambas sugestivas de primário em mama. Foram realizadas mamografia, ultrassonografia e ressonância nuclear magnética (RNM) de mamas, sendo todos estes exames negativos. Exames de estadiamento: cintilografia óssea negativa para metástases; tomografia computadorizada (TC) de tórax com linfonodomegalia axilar esquerda de 2,0 cm; TC de abdome com linfonodomegalias abdominais múltiplas e aumento da adrenal esquerda; e RNM de abdome com evidência de linfonodomegalias predominantes em retroperitôneo (na região do tronco celíaco e artéria mesentéria superior), cadeias ilíacas e região inguinal esquerda, e de lesão nodular de 2,1cm sem plano de clivagem com glândula adrenal esquerda (nódulo ou linfonodomegalia?). Foi realizada linfadenectomia axilar esquerda, que relevou carcinoma pouco diferenciado, e a IMQ comprovou marcador para carcinoma de mama focalmente positivo (GCDFP 15), receptores de estrogênio positivo e de progesterona negativo, Ki 67 > 40% e HER2 negativo. Marcadores tumorais: CA 15-3=67 U/ml e CEA=0,6 U/ml. Iniciou-se quimioterapia (QT) com docetaxel-carboplatina, sendo interrompida após dois ciclos por toxicidade (aumento importante do linfedema em MIE), seguindo com esquema paclitaxel-carboplatina por mais seis ciclos. Houve resposta completa ao tratamento. Resultados: Atualmente, a paciente encontra-se em hormonioterapia (HMT) com inibidor de aromatase e sem progressão da doença, com um ano de tratamento (QT seguida de HMT). Conclusões: Trata-se de caso de tumor oculto de mama com apresentação incomum. Esse tipo de tumor é raro (0,1 a 0,8% de todos os cânceres de mama diagnosticados) e a sobrevida em cinco anos, quando exibe somente metástase axilar, varia de 59 a 90%, sendo esta taxa mais modesta quando existe outro comprometimento metastático. Não há consenso sobre o tratamento, visto que existem poucas publicações com pequenas séries de casos. E040. PERFiL iMUno-HisToQUÍMiCo E VARiáVEis CLÍniCo-PAToLÓGiCAs no CÂnCER dA MAMA Cintra, J. R. D.1,2; Tixeira, M. T. B.1; Diniz, R. W.1,2; Guerra, M. R.1 1. NATES/Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, Brasil, 2. Instituto Oncológico/Hospital 9 de Julho, Juiz de Fora, MG, Brasil. Objetivo: Descrever as principais características em mulheres com câncer de mama, de acordo com o perfil imunohistoquímico. Métodos: A população foi composta a partir de coorte hospitalar formada por mulheres com diagnóstico de câncer de mama efetuado entre 2003 e 2005 (n=601) e atendidas em centro de referência em assistência oncológica de Juiz de Fora/MG. Foram selecionadas apenas 397 mulheres que possuíam imuno-histoquímica completa. Para definição dos grupos segundo perfil imunohistoquímico, optou-se por classificação baseada na avaliação dos receptores de estrógeno e de progesterona, índice de proliferação celular Ki67 e superexpressão de HER2. De acordo com os diferentes fenótipos, foram definidos cinco subtipos: luminal A, luminal B - HER2 negativo, luminal B - HER2 positivo, triplo negativo e HER2 superexpresso. Resultados: A maioria era de cor da pele branca (80,7%) e pós-menopausada (64,9%), com idade média de 57,4 anos (± 13,5). Ao diagnóstico, 57,5% tinham tamanho do tumor ≥ 2,0 cm e 41,7,% exibiam comprometimento linfonodal. Os subtipos mais frequentes foram luminal B - HER2 negativo (41,8%) e triplo negativo (24,2%). No subtipo luminal A, 72,1% das pacientes eram pós-menopausadas, enquanto que os maiores percentuais na pré-menopausa foram observados nos subtipos luminal B - HER2 positivo e triplo negativo (45,2% e 44,2%, respectivamente). Verificou-se maior frequência de tumores > 2,0 cm e com linfonodos comprometidos nos subtipos triplo negativo e HER2 positivo. Conclusões: Esta pesquisa possibilitou avaliar a distribuição das principais características clínico-patológicas e relacionadas aos serviços de saúde em coorte de mulheres brasileiras com câncer de mama, segundo os subtipos tumorais imunohistoquímicos. E041. MAniFEsTAÇÃo dE dERMAToPoLiMiosiTE EM PACiEnTE CoM CÂnCER dE MAMA Berriel, A. C.; Monteiro, R. A.; Campos, C. S.; Sousa, G. B; Pontes, B. S.; Lima, M. V. B. F.; Lagdem, M. M; Gitelman, G. W. Serviço de Oncologia – Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - Universidade Federal do Rio de Janeiro – RJ. Objetivos: Descrição de um caso de dermatomiosite em paciente portadora de câncer de mama. Métodos: Relato de caso de uma paciente atendida no ambulatório de Oncologia Clínica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, que durante tratamento de câncer de mama apresentou quadro clínico-laboratorial compatível com dermatomiosite. Resultados/Descrição do Caso: Mulher de 48 anos, branca, com diagnóstico de carcinoma ductal infiltrante de mama localmente avançado, durante quimioterapia neoadjuvante (esquema PACS01) compareceu à consulta médica apresentando fraqueza muscular proximal e lesões cutâneas características de dermatomiosite. Exames laboratoriais iniciais evidenciaram altos níveis de enzimas musculares. Foi então internada para investigação, sendo o diagnóstico confirmado após biópsia de pele. Recebeu tratamento imunossupressor, obtendo melhora considerável do quadro clínico e pôde então dar sequência ao tratamento oncológico. Conclusões: Cerca de 15% dos casos de dermatomiosite se associam a neoplasias malignas, que podem preceder ou suceder o diagnóstico desta miopatia inflamatória. Em pacientes que manifestam a dermatomiosite após o diagnóstico da neoplasia, é de fundamental importância o diagnóstico diferencial com dermatoses paraneoplásicas e farmacodermias. No caso apresentado, o pronto diagnóstico e tratamento da miopatia inflamatória levaram à remissão da doença e possibilitaram a continuidade do tratamento oncológico. 72 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia E042. PoLiMoRFisMos do GEnE VEGF-A E EVoLUÇÃo CLÍniCA no CÂnCER dE MAMA: AssoCiAÇÃo dE VARiáVEis HisToPAToLÓGiCAs E o iMPACTo no TRATAMEnTo nEoAdJUVAnTE Monteiro, H. A. V.1; Giacomin, L. C.1; Perini, J. A.2; Vianna-Jorge R.1,3 1. Divisão de Farmacologia, Instituto Nacional de Câncer - INCA, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 2. Laboratório de Ciências Farmacêuticas, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO; Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 3. Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Objetivo: O fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) desempenha um papel importante na angiogênese tumoral e polimorfismos no gene VEGF-A podem influenciar no desenvolvimento do câncer. Nesse contexto, o objetivo do estudo foi analisar a associação entre o polimorfismo -2578 C > A e variáveis histopatológicas de pacientes com câncer de mama, e avaliar o impacto sobre a resposta clínica e patológica à quimioterapia neoadjuvante. Métodos: A população consistiu de brasileiras com câncer de mama não metastático que completaram quimioterapia neoadjuvante no INCA (Protocolo CEP-INCA # 129/08). O DNA foi extraído de amostras de sangue e a genotipagem foi realizada por PCR em Tempo Real. O perfil histopatológico e a resposta patológica foram determinados após a ressecção do tumor. A associação entre as variáveis foi avaliada pelo teste do qui-quadrado, com cálculo de odds ratio (OR) com intervalo de confiança de 95% . Resultados: Foram genotipadas 106 pacientes para o polimorfismo -2578 C > A e as freqüências foram: CC (0,48), AC (0,41), AA (0,11), estando em equilíbrio de Hardy-Weinberg (X2 = 0,402971099; PX2 = 0,525559). Não foi encontrada diferença significativa na distribuição genotípica em função de variáveis clínicas no momento do diagnóstico, entretanto, a presença de pelo menos um alelo variante -2578A teve significativa redução do número de linfonodos palpáveis após a cirurgia (OR = 2,987; 95% CI = 1,012 - 8,814). A resposta clínica não teve correlação com o número de metástase linfonodal (P = 0,719), nem com o tamanho do tumor após a cirurgia (P = 0,568) resultando em ausência de associação significativa com relação à resposta patológica (P = 0,595). Conclusão: Os resultados não indicam associação significativa entre VEGF -2578 C > A e a resposta dos tumores de mama à quimioterapia neoadjuvante. A diminuição de linfonodos palpáveis, independentemente do número de metástases de tumor, pode indicar um papel do -2578 C > A na resposta inflamatória. Palavras-Chave: VEGF- A, polimorfismo, câncer de mama, prognóstico. E043. QUALidAdE dE VidA dE MULHEREs CoM CÂnCER dE MAMA sEGUndo o TiPo dE TRATAMEnTo Dal Santo, C. C.1; Kolankiewicz, A. C. B.2; Golle, L3; Pinto, M. M.3; Scarton, J.3; Souza, M. M.3 1. Enfermeira, Egressa da Unijuí. 2. Docente do Curso de Enfermagem da Unijuí. 3. Acadêmicos de Enfermagem, integrantes do Grupo de Pesquisa Qualidade de Vida de pacientes em tratamento oncológico da Unijuí. Objetivo: Avaliar a Qualidade de Vida (QV) de mulheres em tratamento oncológico conforme o tipo de tratamento. Método: Estudo observacional, transversal, descritivo. População de estudo, 138 mulheres com câncer de mama em tratamento radioterápico (RT), quimioterápico (QT) e/ou conjugado, atendidas no Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACON), no período de abril a dezembro de 2011. Para coleta de dados utilizamos o instrumento do grupo European Organization for Researchand Treatment of Cancer - Quality of Life Core-30-Questionnaire (EORTC QLQ-C30). Para a análise dos dados, o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) for Windows, versão 15.0. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) com parecer consubstanciado 275/2010. Resultados: Ao avaliar as escalas funcionais conforme o tipo de tratamento, o funcionamento físico, social e cognitivo apresenta-se satisfatórios no tratamento RT e conjugado. No tratamento QT destacam-se os funcionamentos físico, emocional, cognitivo e social como muito satisfatórios. Os domínios mais afetados foram o desempenho do papel e funcionamento emocional em ambos tratamentos. Em relação às escalas de sintomas a QV é melhor nas pacientes que fazem tratamento conjugado, seguido pelo RT e QT. Fadiga, náuseas, vômitos e dificuldades financeiras apresentaram menores escores no tratamento RT, a dor e falta de apetite no tratamento QT, e dispnéia, insônia, obstipação e diarréia no tratamento conjugado. Conclusão: Conhecendo como se encontram estas pacientes em tratamento é possível pensarmos em alternativas para melhorar a QV. E044. CLAssiFiCAÇÃo do EsTAdo dE sAÚdE PoR MULHEREs MAsTECToMiZAdAs Santos, M. C. L.1; Silva, T. B. C.1; Cavalcante, K. M.1; Solto, N. F.1; Carvalho, C. M. L.1; Brilhante, A. F.1; Silva, A. P. S.1; Fernandes, A. F. C.1; Oliveira, S. C.2 1. Universidade Federal do Ceará. 2. Universidade Federal de Pernambuco. Objetivo: Classificar o estado de saúde de mulheres submetidas à mastectomia. Métodos: Estudo quantitativo, transversal, realizado com 48 mulheres mastectomizadas em Fortaleza, Ceará, em 2010. As informações foram coletadas através de entrevista. Os instrumentos de coleta de dados foi um formulário referente aos dados sociodemográficos e o segundo com relação percepção de saúde das pacientes foi utilizado o instrumento SF-36. Resultados: A idade média da amostra (n=48) foi de 58,2 ± 10,6 anos, tempo de mastectomia 55,4 ± 28,7 meses, 51(10,4) analfabetas, 30 (62,5) com ensino fundamental e 13 (27,1) ensino médio e superior. A classificação de saúde considerada pela amostra (n-48): 1 (2,0) excelente, 7 (14,6) muito boa, 37 (77,0) boa e 3 (6,3) ruim. Os mecanismos de enfrentamento foram: buscar a reabilitação, a religião, a introdução do lazer e conversa com amigos. Conclusões: O tempo médio de mastectomia no grupo, superior a 50 meses e os mecanismos de enfrentamento proporcionou uma forma de insight e autoconhecimento, que levou a busca de prioridades e valores mais definidos, ou seja, tenham refletido a classificação do estado de saúde, em boa em 77,0% da amostra. Câncer de Mama 73 E045. MELAnoMA PRiMáRio dE MAMA Lopes, M. S. M.*; Matias, D. A.*; Gadelha, D. C. A.*; Assis, D. M.*; Fernades, N. C. B.* *Universidade Potiguar. Objetivos: O melanoma maligno cutâneo e da mama pode estar inter-relacionados em vários contextos: melanoma primário da pele da mama, metástase de melanoma para mama, bem como melanoma primário da mama. Cada uma dessas apresentações é importante para determinar as estratégias no tratamento diferenciado e especialmente no acompanhamento do melanoma maligno. O objetivo é relatar um caso raro de melanoma primário de mama e seu desfecho clínico. Métodos: S. A. 53 anos, sexo feminino, percebeu nódulo de 2,5 cm em mama direita. Submetida a nodulectomia com anp: neoplasia maligna indiferenciada cujo a imunohistoquimica confirmou o diagnostico de melanoma primário de mama. Realizou quadrantectomia com esvaziamento axilar direito com dois linfonodos metastáticos na biópsia. Indicado quimioterapia adjuvante com interferon em altas doses por 1 ano após confirmação de estadiamento a distância negativo. No seguimento com seis meses de termino da adjuvancia percebeu nódulo de 2,0 cm em mama contralateral, que ao exame físico apresentava coloração enegrecida. Submetida a nodulectomia agora em mama esquerda com imunohistoquímica compatível com melanoma metastático (Melan A positivo). A paciente realizou PET SCAN que evidenciou doença disseminada, contraindicando ampliação da margem ou linfadenectomia. Iniciou tratamento paliativo com dacarbazina, porém após quatro ciclos evoluiu com piora clínica, com vários nódulos subcutâneos pelo corpo e metástase cerebral confirmada por RNM. Resultados: Prognóstico ruim e desfecho semelhante aos casos de melanoma metastaticos de outros sítios primários. Conclusões: O melanoma maligno metastático é uma doença agressiva, caracterizada por alta mortalidade, indicando uma sobrevida geral mediana de 6 a 9 meses. As terapias mais frequentemente utilizadas são: dacarbazina, interferon, temozolamida e carboplatina, porém nenhuma dessas medicações apresentou sobrevida de longo prazo. É possível que com o avanço das pesquisas médicas, novas drogas como ipilimumab e vemurafenib possam ajudar no tratamento do melanoma metastático. E046. sEARCHinG FoR oxidATiVE sTREss CHARACTERiZATion in HUMAn bREAsT CAnCER: PUTATiVE RoLE in disEAsE sTAGinG, MoLECULAR sUbTYPEs And CHEMoTHERAPY REsPonsE Panis, C.1,2; Herrera, A. C. S. A.3; Victorino, V. J.1,4; Campos, F. C.1; Aranome, A. F.1; Lemos, L. T.1; Colado-Simão, A. N.1; Cecchini, A. L.1; Cecchini, R.1 1. Universidade Estadual de Londrina; 2. Instituto Nacional do Câncer; 3. Instituto do Câncer de Londrina; 4. Universidade de São Paulo. Aim of the study: The aim of this study was to characterize the oxidative status in the blood of women bearing infiltrative ductal carcinoma of the breast and understand its role in disease clinical aspects. Methods: This study was approved by National Council of Ethics in Research. A total of 151 women (91 patients and 60 healthy controls) were recruited form Londrina Cancer Institute. Blood was collected and processed to verify the pro-oxidative status (lipid peroxidatione, malondialdehyde, hydroperoxydes, nitric oxide-NO and carbonyl content), the antioxidant capacity (GSH, superoxide dismutase/catalase activities, antioxidant capacity of the plasma), cytokines content (TNF-α, TGF-β, IL-1, IL-6, IL-12 and IL-10) and biochemical parameters as indicative of tissue damage/chemotherapy toxicity. Clinical data was also collected. Results: Our data revealed that the early stages of disease presented an anti-inflammatory cytokine profile and enhanced oxidative stress, while advanced stages displayed a pro-inflammatory immune response and more pronounced oxidative status. Regarding molecular subtypes of BC, patients from the luminal subtype displayed high TNF-α, TGF-β and enhanced oxidative stress levels associated with reduced IL-12. HER-2-enriched exhibited higher levels of TNF-α, IL-12 and TGF-β associated with enhanced oxidative stress. Triple-negative subtype exhibited reduction in both TNF-α/TGF-β, with high levels of lipid peroxidation and NO. Chemotherapic treatment revealed the induction of anemia 1hour-after infusion of doxorubicin (DOX) or paclitaxel (PTX), mediated by oxidative stress enhancement in plasma and erythrocytes, with further reduction in TNF-α in DOX and enhanced IL-10 in PTX. Conclusions: Altogether these data suggest that the oxidative stress generation in BC is associated with the worst prognosis. Furthermore, it seems that the oxidative stress enhancement and immune response impairment must be necessary to ensure cancer progression to advanced stages and may result from both host and tumor inflammatory mediators, suggesting the involvement of oxidative stress in the aggravation of chemotherapy-induced anemia. Financial Support: CAPES, CNPq, Fundação Araucária. E047. LinFoMA nÃo-HodGKin dE CÉLULAs dE bURKiTT EM MAMA: RELATo dE CAso Germano, A. B. O.; Sousa, D. M. M.; Sena, L. Q.; Negreiros, L. C. F.; Araújo, F. C.; Oliveira, T. C. A. Universidade Potiguar - UNP. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente W.W.R., sexo feminino, 22 anos, com 12 semanas de gestação diagnosticada em novembro de 2010 com Linfoma de Burkitt na mama. Método: Paciente procedente de Mossoró procurou o serviço de mastologia da LNRCC, Natal-RN no dia 12/11/10 relatando tumoração bilateral nas mamas, de crescimento rápido de 15 dias, encontrava-se no terceiro mês de gestação. Foi submetida à core biopsy onde foi constatado Linfoma não-hodgkin de células de Burkitt estágio II AE (extranodal e mamas). Foi admitida na UTI devido a dificuldades respiratórias onde permaneceu por cinco dias. Iniciou-se tratamento sem induzir aborto, foram realizadas sessões de CHOP-14 + MADIT, sendo realizado tratamento de 25/11/10 até o dia 28/01/11. Foi realizado o parto no dia 25/02/11. No reestadiamento clínico e radiológico mostrou aparente remissão completa da doença. Estava em programação de fazer quatro ciclos de CODOX-M/IVAC para consolidação do tratamento, mas por dificuldade de acompanhamento em Natal, solicitou transferência. No dia 1 de julho de 2011 retornou a LIGA onde foi realizada RNM e identificada uma recidiva tumoral em SNC com líquor negativo. Diante disso iniciou-se CODOX-M/IVAC com MADIT, porém foi trocado por HiperCVAD devido a toxicidade. Após quatro ciclos de quimioterapia a paciente encontra-se clinicamente bem, sem queixas neurológicas, e será encaminhada para fazer radioterapia. Resultados e Discussão: Linfoma de Burkitt envolvendo as mamas é raro, representando somente de 0,05-0,025% dos cânceres malignos de mamas. De acordo com o UpToDate e Bireme, observamos que o linfoma de burkitt acometendo ambas as mamas em paciente gravidica é pouco descrito, raro e que pode ser pensado na prática médica dentro do hall das patologias malignas das mamas. 74 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia E048. RELATo dE CAso: AdEnoMA PLEoMÓRFiCo dE MAMA Golinelli, M. C*; Filho, J. O. C.*; Bertan, M. C.* *Hospital do Câncer de Londrina, Paraná. Introdução: O adenoma pleomórfico de mama é uma neoplasia benigna pouco frequente, e de difícil diagnóstico clínico e patológico como tumor maligno. Este tumor tem como características a proliferação de células mioepiteliais, responsável pela sua carcinogênese. Uma revisão literatura mundial de 2005 enumera 68 casos descritos, a maioria tratada cirurgicamente, seja por setorectomia ou mastectomia, com média de idade 56 anos e recorrência relatado em apenas um caso. Devido à raridade e pouco conhecimento quanto à evolução da lesão, a exérese com margens livres é indicada. Objetivo: Descrever um caso de adenoma pleomórfico de mama atendido e tratado no Instituto do Câncer de Londrina-PR, bem como dificuldade diagnóstico. Caso Clínico: Mulher de 49 anos com massa tumoral mama esquerda há cinco anos, com crescimento lento e progressivo, não tinha antecedentes familiares de neoplasia. Os primeiros exames mostravam patologia benigna (mamografia nódulo regular 2,2 cm – sugestivo de fibroadenoma). Manteve acompanhamento e após um ano ultrassonografia de controle BIRADS IV-c, realizado core biopsy que teve como resultado carcinoma ductal invasor. Tratada com mastectomia radical modificada e esvaziamento axilar nível I (congelação linfonodo sentinela negativo). O anatomopatológico confirmou carcinoma ductal invasor, entretanto com a imunohistoquimica do material enviado a outro serviço, definiu-se o diagnóstico de adenoma pleomórfico, positivos para proteína S-100, citoceratina, calponina e receptores hormonais negativos. Seguimento pós-operatório seis meses, não houve evidência clinica de atividade tumoral Conclusão: O adenoma pleomórfico de mama é uma patologia benigna pouco frequente e seu diagnóstico não pode ser baseada unicamente em achado clínicos e exames imagem. A biópsia deve ser estudada e revisada, sendo a imunohistoquímica fundamental para determinar diagnóstico definitivo, plano terapêutico, evitando cirurgias amplas e mutiladoras. Palavras-Chave: adenoma pleomórfico, mama, cirurgia. E049. PARTiCiPAÇÃo dE PACiEnTEs idosAs CoM CÂnCER dE MAMA EM TRATAMEnTo QUiMioTERáPiCo / PARTiCiPATion oF oLdER PATiEnTs WiTH bREAsT CAnCER in CHEMoTHERAPY Rocha, S. R.¹; Santos, M. C. L.²; Fernandes, A. F. C.²; Sales, N. V. C.³; Mota, E. M.³; Oliveira, M. F. de³; Mourão, C. M. L.³; Valentim, P. N. R.³; Moreira, K. de A. P.³; Oliveira, S. C.³ 1. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. 2. Enfa. Profa. Dra. da Universidade Federal do Ceará. 3. Pós-Graduandas em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Objetivos: Frente à crescente incidência do câncer de mama no sexo feminino e à sua intensa relação com a idade, que constitui um importante fator de risco para o câncer de mama, assim como a menarca precoce, a menopausa tardia (após os 55 anos de idade) e a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos, o presente estudo objetivou avaliar o conhecimento cientifico produzido relacionado à participação de pacientes idosas com câncer de mama no tratamento quimioterápico. Métodos: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, cujos estudos foram obtidos através do acesso eletrônico às bases de dados Medline/PubMed, Medline/Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Lilacs. Foram selecionados artigos nos idiomas espanhol, inglês e português, publicados no período de janeiro de 1992 a julho de 2009, utilizando as seguintes palavras-chave: chemoterapy, nursing, breast cancer, female. Resultados: Após leitura de 25 estudos, foram selecionados quatro artigos originais, de abordagem epidemiológica e clínica e desenho de coorte retrospectivo, sendo que três (75,0%) foram localizados no Journal of Clinical Oncology e um (25,0%) no The England Journal of Medicine. Os quatro estudos mostraram que é baixa a participação de idosas nos protocolos de tratamento quimioterápico de câncer de mama. Com base nos resultados, os autores reforçam a participação de pacientes idosas nos protocolos de quimioterapia, justificando que a inclusão das mesmas dará subsídios para a recomendação à mudança da prática clínica, com vistas a um melhor prognóstico, adaptação ao tratamento e a implementação de ações direcionadas ao alcance das necessidades destas pacientes. Conclusão: A realização de estudos voltados para essa temática é de prima importância, mas com informações suficientes que gerem novos conhecimentos, levantem questionamentos, e que possam contribuir em mais um aspecto relativo ao avanço do tratamento quimioterápico e melhor prognóstico para as pacientes idosas com câncer de mama. E050. MAsTECToMiA RAdiCAL E o iMPACTo sobRE A sExUALidAdE FEMininA Moreira, C.*; Reis, S. A. A.*; Oliveira,L. M. S.*; Barra, J. S. M.*; Folly, B. H. S.*; Barreto, J. S.* *Fundação Técnico Educacional Souza Marques, Rio de Janeiro - RJ - Brasil. Introdução: O câncer de mama promove alterações na auto-imagem, imagem corporal, autoconceito e sexualidade feminina. Assim, avaliamos a presença ou não de disfunções sexuais em mulheres com câncer de mama submetidas à mastectomia radical. Método: Analisamos por seis meses mulheres com tumores benignos de mama e outras submetidas à mastectomia radical, entre 40 e 60 anos de idade, oriundas do Ambulatório de mastologia do INCA III, utilizando um questionário que avalia os componentes da experiência sexual visando analisar e observar as reações das mesmas frente ao diagnostico cirúrgico e possíveis alterações emocionais advindas da mastectomia radical como autoestima, humor, capacidade de planejar o futuro e manutenção do relacionamento afetivo-sexual. Resultados: Detectaram-se variações no desejo sexual, no grupo de controle e na excitação no grupo submetido à mastectomia radical. Ao diagnostico de malignidade as reações foram de tristeza, choque, desconfiança, sentirse mal, entre outras. Conclusão: presença de disfunções sexuais em ambos os grupos relacionavam-se às mudanças na auto-estima, auto-imagem, imagem corporal, e ao self feminino. Câncer de Mama 75 E051. inVEsTiGAÇÃo RAdioLÓGiCA PARA dETECÇÃo PRECoCE dE CÂnCER dE MAMA - EVoLUCÃo dE bi-RAds 2 PARA bi-RAds 4 - RELATo dE CAso Rosa, M. F. F.¹; Delmonico, L.²; Menezes, L.²; Areias, V. R.³; Moreira, A. S.³; Alves, G.²; Azevedo, C. M.¹ 1. Hospital Universitário Gafrée-Guinle - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). 2. Laboratório de Genética Aplicada - Instituto Nacional de Câncer (INCA). 3. Plataforma de Sequenciamento PTDIS- Instituto Oswaldo Cruz. Objetivos: Triagem radiológica de paciente para detecção precoce de mama em um percurso de cinco anos. Pesquisa de mutação de TP53 e tratamento. Metodologia: (1) Triagem radiológica para detecção precoce de câncer de mama; (2) Estudo de alterações radiológicas em lesão impalpável da mama em percurso de cinco anos; (3) Análise molecular; (4) Tratamento. Resultados: Mulher, branca, 47 anos, histórico de câncer de mama em família, não tabagista. Em 2005 - mamografia com detecção de calcificações bilaterais, BI-RADS 2. 2007 - mamografia revela permanência de estadia em BI-RADS 2 para mama direita, e caráter inconclusivo (BI-RADS 0) para mama esquerda. Realizada ultrossanografia, mama esquerda revelou permanência em BI-RADS 2. 2009 – Evolução para BI-RADS 4. Submissão à biópsia cirúrgica cujo diagnóstico histopatológico revelou ausência de critérios de malignidade. 2010 - Diagnóstico de carcinoma ductal infiltrante de mama, seguido de cirurgia revelando massa sólida do tipo cribriforme. Positivo para receptor de estrogênio (75%), receptor de progesterona (95%), p53 (95%), ki67 (25%), negativo para c-erb-2 (HER2). Oncotype com diagnóstico de risco intermediário, sem mutações no gene TP53. Uso do tamoxifeno ®. Conclusão: Relato de caso para detecção precoce de câncer de mama revelou permanência de lesão BI-RADS 2 por cinco anos. No quarto ano houve caráter inconclusivo para mama esquerda, com necessidade de exame complementar. Quinto ano, diagnóstico de lesão tumoral BI-RADS 4 com desfecho de carcinoma ductal infiltrante de mama. E052. QUALidAdE dE VidA dE MULHEREs CoM CÂnCER dE MAMA Dal Santo, C. C.1; Kolankiewicz, A. C. B.2; Scarton, J.3; Pinto, M. M3; Golle, L.3; Borgias, R.3; Souza, M. M.3 1. Enfermeira, Egressa da Unijuí. 2. Docente do Curso de Enfermagem da Unijuí - Orientadora do trabalho. 3. Acadêmicos de Enfermagem, integrantes do Grupo de Pesquisa Qualidade de Vida de pacientes em tratamento oncológico da Unijuí. Objetivo: Avaliar a Qualidade de Vida (QV) de Mulheres com Câncer de Mama em tratamento oncológico. Método: Estudo observacional, transversal e descritivo. Participaram do estudo mulheres com câncer de mama em tratamento radioterápico, quimioterápico e/ou conjugado, atendidas no Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACON), no período de abril a dezembro de 2011. A coleta de dados foi realizada através da análise de prontuário (documental) e entrevista estruturada. O instrumento utilizado foi do grupo European Organization for Researchand Treatment of Cancer – Qualityof Life Core-30-Questionnaire (EORTC QLQ-C30) (versão 3.0). Na análise dos dados, utilizamos o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) for Windows, versão 15.0. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) com parecer consubstanciado 275/2010. Resultados: Este estudo teve como amostra 138 mulheres, com média de idade de 54,21 anos. Nas escalas de funcionamento físico, emocional, cognitivo e social as médias variaram de 71,66 a 78,91, indicando um nível satisfatório de QV. Na escala de desempenho de papel a média foi inferior 67,98 o que indica um nível regular a satisfatório de QV. Nas escalas de sintomas a insônia foi a mais predominante seguida da dor e obstipação. Conclusão: Apesar das dificuldades impostas pela doença e pelo tratamento, as mulheres têm uma QV satisfatória o que pode estar relacionado com o modo como cada mulher reage frente ao tipo de tratamento, reações colaterais, e os sintomas da doença. E053.TEndÊnCiA dA MoRTALidAdE PoR CÂnCER dE MAMA FEMininA no EsTAdo dA bAHiA, bRAsiL, 1980 A 2007 Rêgo, M. A. V.*; Leão, C. R.*; Teixeira, U. F.*; Lima, E. K. P.*; Lima, V. M. C.*; Fernandes, G. B.* *Faculdade de Medicina da Bahia - UFBA. Objetivo: Descrever a tendência da taxa de mortalidade por câncer de mama feminina no Estado da Bahia de 1980 a 2007. Métodos: Os dados sobre os óbitos e sobre a população foram obtidos no SIM/DATASUS e no IBGE/DATASUS, respectivamente. Calcularam-se as taxas de mortalidade por faixa etária, taxas brutas e taxas padronizadas por idade, ajustadas pelo número de óbitos por causa mal definida. Para a análise da tendência temporal utilizou-se a regressão de Poisson, com avaliação de super-dispersão. Resultados: Em Salvador, a taxa bruta teve um aumento médio anual de 1,13% e a taxa padronizada, uma redução de 0,34%. A inspeção da curva revela um incremento de 0,46% até 1997 e uma redução de 2,33% desse ano em diante. Observou-se uma tendência crescente de 1,39% na faixa etária de 20 a 49. Entre as mulheres com idade maior ou igual a 50 anos ocorreu uma redução de 2,73% a partir de 1997. No estado da Bahia, as taxas de mortalidade padronizadas variaram de 4,71/100.000 em 1980 a 7,92/100.000 em 2007. Observou-se um aumento de 2,70% na taxa não-padronizada por idade, ajustada pelo número de óbitos por causa mal definida. A taxa padronizada experimentou um aumento médio anual de 1,52%. As taxas ajustadas pelo número de óbitos por causa mal definida entre as mulheres abaixo e acima de 50 anos tiveram um incremento de 3,02% e de 2,45%, respectivamente. Conclusões: Verifica-se um aumento gradativo da mortalidade por câncer de mama feminina na Bahia e uma discreta tendência à redução na cidade de Salvador. Um período maior de observação será necessário para a verificação da manutenção dessas tendências. 76 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia OuTrOs F001. EsTUdo dos PoLiMoRFisMos Rs4252668, Rs61749329 E Rs116197192 no GEnE MdM4 EM PACiEnTEs CoM RETinobLAsToMA Damasceno, P. B. S.1, 2; Reis, A. H. O.1; Vargas, F. R.1, 2 1. Instituto Nacional de Câncer, INCA. 2. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO. Objetivos: Pesquisar os polimorfismos rs4252668, rs61749329 e rs116197192 no gene MDM4 em pacientes com retinoblastoma (RB) e indivíduos não-portadores da doença (controles). Métodos: Analisou-se amostras de DNA de 50 pacientes com RB (casos) e 50 controles. A genotipagem dos polimorfismos rs4252668(T>C) e rs116197192(A>G), éxons 1 e 7 de MDM4, respectivamente, foi realizada através da metodologia de PCR e RFLP. Para o polimorfismo rs61749329 (A>T), éxon 4, a genotipagem foi realizada através de PCR e sequenciamento. Para avaliar estatisticamente os resultados de casos e controles utilizou-se os testes de c2 e razão de chances (OR-odds ratio). Resultados: Na análise de rs4252668, a frequência do alelo não-selvagem (T) foi de 5% entre os controles e nula no grupo dos pacientes. Para o polimorfismo rs61749329, todos os indivíduos apresentaram o alelo selvagem (A). O valor de OR (Odds Ratio) não foi significativo para estes polimorfismos (OR= 0,19; IC95%= 0,022-1,673; p= 0,21 e OR=1; IC95%= 0,06-16,21; p= 0,75, respectivamente). Na análise do polimorfismo rs116197192, o alelo não selvagem (G) apresentou frequência maior entre os pacientes (34%) do que entre os controles (8%). O valor de OR significativo (OR=5,92; IC95%= 2,57-13,6; p=0,000008) para este polimorfismo, sugere uma associação do alelo G com o desenvolvimento de RB. Conclusões: Nas análises dos polimorfismos rs4252668 e rs61749329, o alelo não-selvagem (T em ambos os casos) parece não estar associado ao desenvolvimento de RB. Em contrapartida, na triagem do polimorfismo rs116197192, o alelo G apresentou frequência muito maior entre os pacientes (34%) em relação aos controles (8%), sugerindo uma associação com o desenvolvimento de RB. O gene MDM4 é considerado um importante componente da via de regulação de p53 e pRB e em virtude da escassez de dados na literatura, seria interessante uma análise com um número amostral maior para delinear a real contribuição destes polimorfismos para o RB. F002. sTUdY oF THE MoRPHoLoGiC And MoLECULAR PRoFiLE oF CoLoRECTAL LEsions dETECTEd And REMoVEd bY CoLonosCoPY Yamane, L. S.*; Scapulatempo, C. N.*; Alvarenga, L.*; Zanardo, C. Z.*; Berardinelli, G. N.*; Almodova, E.*; Cunha, T. R.*; Colaiacovo, W.*; Melani, A.*; Fregnani, J. H.*; Reis, R. M.*; Guimarães, D. P.* *Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP, Brazil. Background: Colorectal cancer is the third most common cancer in Brazil and the knowledge of the molecular alterations in precursor lesions has a major role for CRC management. Aim and methods: Evaluate the morphological and molecular features of colorectal lesions removed in patients who underwent routine colonoscopy at Barretos Cancer Hospital. All colorectal lesions were reviewed and histologically grouped according to current WHO classification, and endoscopically classified according to the Paris classification consensus. The lesions were also analyzed for KRAS and BRAF hotspot mutations and MSI status. Results: From January to October 2011,287 lesions were endoscopically removed from 134 patients.The most frequent indications for colonoscopy were surveillance after colectomy or polypectomy (48.1%).Approximately 57% patients had more than one lesion (mean of 2.2 lesions).The observed lesions were adenomas (76.1%),serrated polyps (47.0%) and adenocarcinoma (3.7%). Among the serrated polyps 79.4% were hyperplastics (HPs),15.9% sessile serrated adenomas (SSA) and 0.03% traditional serrated adenomas (TSA).46.7% of the lesions were distributed into the right colon. Endoscopically, most lesions were classified as polypoid (84.0%). Among adenomas, the great majority are tubular adenomas (93.5%). Precursor lesions from 85 patients (mean age, 67 years,51.8% female) were randomly selected for further molecular analysis where 52.9% were adenomas (84.4% tubular and 15.6% tubulovillous) and 47.1% serrated polyps (72.5% HPs, 25.0% SSA and 2.5% TSA).KRAS mutations were found in 17.8% of adenomas and 15.8% of serrated polyps, whereas BRAF mutations were identified in 0% of adenomas and 15.8% of serrated polyps. 5% of the cases exhibited low MSI. Among the serrated lesions, sessile serrated adenomas were significantly associated (p<0.003) with BRAF mutations. Conclusion: This work constitutes the first study addressing the core molecular alterations of CRC in precursor lesions of Brazilian patients. These results will contribute to the knowledge of the clinical and biological features of these lesions, which can have further implications for future approaches to colorectal cancer screening and polyp surveillance in Brazil. Outros 77 F003. 1ª CAMPAnHA dE CoMbATE Ao CÂnCER dE PELE EM TEREsÓPoLis Andrade, D. M.*; Santana, M. C.*; Ferrão, V. G.*; Amorim, A. S.*; Corrêa, P. A.*; Falcão J. A. T.* *UNIFESO. Introdução: O câncer de pele corresponde à cerca 1/4 de todos os casos de cânceres registrados no Brasil. No ano de 2008, foram estimados cerca de 115 mil casos de câncer de pele não-melanoma na população brasileira A maioria dos casos incide sobre população de pele clara, com idade superior a 40 anos, sendo raro em crianças e negros.Os mais freqüentes são o carcinomas basocelular, cerca de 70%, o carcinoma espinocelular, 25%, e o mais agressivo, o melanoma, corresponde a cerca de 4% dos casos no país (333).A prevenção de qualquer tipo de lesão, maligna ou pré-malígna, consiste no uso de proteção contra a radiação solar. A radiação UVA atinge a litosfera durante todo o dia e a UVB principalmente entre a faixa horária de 10h e 16 h. Objetivos: Analisar a Prevalência de lesões de Pele na Zona Rural de Teresópolis – Vargem Grande e na zona Urbana de Teresópolis, apoiadas no ambulatório da UNIFESO. Assistenciar as pessoas que têm lesões e que desprezam-na por incompatibilidade trabalho-médico, aliado a isto oferecer devido tratamento das lesões encontradas. Resultados: Teresópolis cidade Serrana está mais próxima do Sol. A Campanha se deu em um domingo, das 9 h às 17 h, na Zona Rural e Zona Urbana com população destes centros foram previamente avisadas pela mídia. Foram recebidos cerca 80 pessoas na zona Rural, agricultores em maior monta, e 80 da Zona Urbana. A incidência de lesões malignas nessas áreas se equipararam, computando cerca de 20 lesões suspeitas na área urbana e 29 na zona rural. Conclusão: Das 49 pessoas que apresentaram lesões suspeitas. depois de devidamente vistoriadas por uma equipe de discente e docentes do UNIFESO,foram conduzidas ao Ambulatório do Centro e dentro de 1 mês todos tiveram -nas retiradas, isto pelo SUS. Destas lesões todas pelo histopatológico apresentaram-se malignas. F004. AVALiAÇÃo dos ConHECiMEnTos sobRE os RisCos do ConsUMo dE áLCooL E TAbACo EM EsTUdAnTEs dE UM bAiRRo dA PERiFERiA dE FoRTALEZA Souza, G. S. M.*; Barcelos, P. S. V.*; Alencar, R. D.*; Ribeiro, T. L.*; Furtado, R. V.*; Malveira, L. R. C.*; Chagas, G. B. R.* *Faculdade de Medicina - Universidade Federal do Ceará. Objetivos: Avaliar o conhecimento de um grupo de estudantes acerca dos riscos do consumo de álcool e tabaco para a saúde, relacionando, principalmente, à carcinogênese. Métodos: Foram aplicados questionários em uma atividade com estudantes (média de idade 16,6 anos) do ensino médio de uma escola do Ceará. Nos questionários, foram realizadas afirmações sobre as consequências do consumo de álcool e tabaco. Os alunos julgaram cada afirmação, assinalando-as como verdadeiras ou falsas. Todos os estudantes são de baixa classe socioeconômica e baixa renda familiar. Resultados: O total de questionários respondidos foi de 122, incluindo alunos de ambos os sexos. Obteve-se 77,7% de respostas corretas acerca dos riscos do consumo de álcool. Sobre isso, 69,7% e 81,1% dos estudantes corretamente afirmaram, respectivamente, que o fígado não é o único órgão afetado pela ingestão de bebidas alcoólicas e que esse hábito pode causar câncer, principalmente os originados no trato digestório. Sobre o consumo de tabaco, os alunos assinalaram corretamente a 84,0% da totalidade de assertivas. De maneira exata, 95,1% e 86,9% dos alunos acreditam, respectivamente, que o tabagismo é responsável pela maioria de mortes por câncer de pulmão e que o tabagismo está relacionado também com outros tipos de câncer. Conclusões: Nota-se que o conhecimento acerca dos riscos do consumo de álcool e tabaco ainda não é satisfatório, porém os alunos demonstraram um resultado mais positivo quando questionados sobre o tabagismo, o que pode ser explicado pela preocupação do Ministério da Saúde em advertir a população acerca das consequências do fumo nas embalagens de cigarro, preocupação inexistente em relação aos produtos com álcool. Associado a isso, destaca-se o fato de o consumo de álcool ser socialmente aceito e incentivado, fazendo com que os riscos do alcoolismo não sejam plenamente explanados nas escolas. F005. AVALiAÇÃo dos HábiTos dE ExPosiÇÃo soLAR E FoToPRoTEÇÃo EM UM GRUPo dE EsTUdAnTEs dA PERiFERiA dE FoRTALEZA Alencar, R. D.*; Barcelos, P. S. V.*; Ribeiro, T. L.*; Furtado, R. V.*; Malveira, L. R. C.*; Viana, R. L.*; Souza, G. S. M.* *Faculdade de Medicina - Universidade Federal do Ceará. Objetivos: Avaliar os hábitos de exposição solar e fotoproteção em um grupo de estudantes de Fortaleza, visando a direcionar a realização de atividades preventivas contra o câncer de pele. Métodos: Em junho de 2012, foi realizado um estudo transversal e quantitativo, por meio da aplicação de questionários em um grupo de 121 estudantes do Ensino Médio de uma escola pública da periferia de Fortaleza, no Ceará. Após responderem os questionários, esses estudantes assistiram a uma aula sobre “Câncer e Prevenção”, a qual foi ministrada por acadêmicos de Medicina da Universidade Federal do Ceará. Resultados: Dos 121 entrevistados, 97% apresentavam renda familiar de até cinco salários mínimos e a média de idade foi de 16,6 anos. 62% dos indivíduos se expõem ao sol entre 10 e 16 horas, sendo de 77 minutos a média de exposição desse grupo. Quanto à fotoproteção, 74,4% dos estudantes utilizam protetor solar nunca ou raramente, enquanto apenas 7,4% fazem uso sempre. Além disso, 16,5% dos entrevistados referiram já ter observado no corpo algum sinal irregular ou com mais de uma cor. Conclusão: Constatou-se que um percentual elevado de indivíduos se expõe ao sol nos horários considerados mais críticos e que a adesão ao protetor solar é bastante baixa. Somado ao fato de que, de acordo com a classificação da OMS, o índice ultravioleta é considerado muito alto em Fortaleza, percebe-se a necessidade de se implantarem estratégias de prevenção primária, entre elas a educação em saúde. Tal prática já começou a ser realizada pelos estudantes que elaboraram esse estudo e deve ser aperfeiçoada com base nos resultados obtidos. Além disso, é importante incentivar a ida ao dermatologista, principalmente entre aqueles que apresentaram sinais com características sugestivas de malignidade. 78 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia F006. APLiCAÇÃo do PRoCEsso dE EnFERMAGEM no CUidAdo dE AdoLEsCEnTEs PoRTAdoREs dE CÂnCER: RELATo dE ExPERiÊnCiA Santos, L. M. D.¹; Costa, D. V. S.¹; Veras, S. S.¹; Damasceno, V. L. T.²; Santos, C. M.²; Santos, J. F. ²; Costa, D. V. S.³ 1. Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil. 2. Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza (FAMETRO), Fortaleza, CE, Brasil. 3. Programa de Residência Multiprofissional em Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva, Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Fortaleza, CE, Brasil. Objetivo: Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), 2009, o câncer infanto-juvenil (abaixo de 19 anos) é considerado raro quando comparado com os tumores do adulto, correspondendo entre 2% e 3% de todos os tumores malignos. Porém, está entre as principais causas de morte por doença na faixa etária de 5 a 19 anos. Pela complexidade do câncer, o tratamento deve ser abrangente, merecendo atenção não só as necessidades físicas bem como os aspectos psicológicos. Diante disso este estudo teve como objetivo relatar a vivência de acadêmicas de Enfermagem na utilização do processo de Enfermagem no cuidado de adolescentes portadores de câncer. Método: Tratou-se de um relato de experiência desenvolvido a partir da vivência de acadêmicas de Enfermagem no atendimento a adolescente com diagnóstico de câncer, sendo utilizado nesse cuidado o Processo de Enfermagem. Este é constituído por cinco etapas: Histórico, Diagnóstico de Enfermagem, Planejamento, Implementação e Avaliação. Resultados: No cuidado aos adolescentes, as acadêmicas de Enfermagem observaram que a aplicação do processo de Enfermagem proporciona um cuidado individualizado, sistemático e holístico. Além disso, os diagnósticos de enfermagem encontrados nos adolescentes evidenciam que os cuidados de Enfermagem estão além da doença enfrentada pelo paciente, sendo os principais diagnósticos de enfermagem encontrados nos adolescentes: Disposição para Autoconceito Melhorado, seguido pelo Estilo de Vida Sedentário, Disposição para Conhecimento Melhorado e Interação Social Prejudicada, Constipação, Deambulação Prejudicada, Intolerância a Atividade, Conhecimento Deficiente, Mucosa Oral Prejudicada, Solidão e Dor Aguda. Conclusão: Diante do exposto percebe-se a importância da utilização do processo de Enfermagem no cuidado de adolescentes portadores de câncer ao proporcionar a esses pacientes um cuidado holístico e individualizado. Dessa forma, atuando em diversos aspectos do pacientes, como físico e psicológico, assim contribuindo para o processo de enfrentamento do paciente ao tratamento. F007. o EsTREssE E A inFLUÊnCiA nA oCoRRÊnCiA dE CÂnCER nA sAÚdE do TRAbALHAdoR dE EnFERMAGEM: UMA REVisÃo dE LiTERATURA Silva, R. P.*; Barreto, B. M. F. *; Valente, G. S. C.* *Universidade Federal Fluminense – Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa. Objetivo: Analisar na literatura a interferência do estresse oriundo do trabalho na Enfermagem e a propensão à ocorrência de câncer. Método: Trata-se de uma Revisão de Literatura, com abordagem qualitativa. Resultados: As normas regulamentadoras (NRs), as quais possuem inúmeras regras e ações, devem ser tomadas para melhorar o ambiente de trabalho, como também minimizar os danos à saúde do trabalhador em Enfermagem. O estresse decorrente deste, que acontece e se repete diversas vezes, pode trazer consequências desagradáveis, incluindo disfunção das defesas imunológicas. Como já se sabe, o Câncer é um processo patológico, que uma célula anormal forma um clone e começa a se proliferar de maneira anormal, ignorando os sinais de regulação do crescimento no ambiente adjacente à célula. (SMELTZER E BARE, 2009). Outra forma das células malignas sobreviverem aos mecanismos de defesa do sistema imune é através do estresse, este, deprimi a função imunológica, já que segundo Bauer (2002), o estresse ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, o que acarreta no aumento dos níveis de cortisol. Esse hormônio, por sua vez, regula a migração dos leucócitos pelos tecidos do corpo, o que gera uma redução importante na contagem de linfócitos (leucócitos envolvidos na fase reguladora e disparadora da resposta imune). Assim, pode-se perceber que o estresse ao causar a depressão do sistema imunológico, permite que as células tumorais evadem um sistema imune tão potente, ocasionando a sua sobreposição a este e posterior proliferação, acometendo tecidos e órgãos diversos, gerando então o câncer. Conclusão: Dessa maneira, percebe-se que o tipo de trabalho que o profissional desenvolve e é submetido, pode gerar um estresse crônico neste, e em longo prazo o câncer ocupacional. No ambiente de trabalho várias medidas devem ser utilizadas para promover à saúde do trabalhador e tentar minimizar a ocorrência de Câncer ocupacional (INCA, 2008). Referências: BAUER, M. E. Estresse, como ele abala as defesas do corpo? Revista Ciência Hoje, Rio Grande do Sul, v. 30, n. 179, janeiro/fevereiro. 2002. Disponível em <http://www.dbm.ufpb.br/~marques/Artigos/Estresse.pdf> Acesso em: 17 de dezembro de 2012 Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Ações de Enfermagem para o Controle do Câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 3ª edição. Rio de Janeiro: INCA, 2008. SMELTZER Suzanne C et al. Tratado de Enfermagem Médico–cirúrgica; [revisão técnica Isabel Cristina Fonseca da Cruz, Ivone Evangelista Cabral; Tradução José Eduardo Ferreira Figueiredo, Fernando Diniz Mundim] - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2009 Outros 79 F008. AVALiAÇÃo do LAsER VERMELHo dE bAixA inTEnsidAdE no CREsCiMEnTo bACTERiAno, FiLAMEnTAÇÃo E dnA PLAsMÍdio Roos, C.1; Santos, J. N.1; Guimarães, O. R.1; Geller, M.; Paoli, F.1; Fonseca, A. S.1,2,3 1. Centro Universitário Serra dos Órgãos. 2. Departamento de Ciências Fisiológicas, Instituto Biomédico, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. 3. Departamento de Biofísica e Biometria, Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Introdução: Lasers de baixa intensidade são utilizados no tratamento de afecções de tecidos moles baseando-se nos efeitos bioestimulador e fotoquímico. Objetivo: O objetivo desse estudo consiste em avaliar os efeitos do laser vermelho de baixa intensidade no crescimento e na filamentação de culturas de Escherichia coli e de DNA plasmídios. Métodos: Culturas de Escherichia coli AB1157 foram expostas ao laser de baixa intensidade (1 e 8 J/cm²) e incubadas em meio nutritivo (37oC, 4 horas) para avaliar o crescimento das culturas e a filamentação bacteriana. Em outro experimento, culturas de E. coli contendo plasmídeos pBSK que foram expostas ao laser e incubadas em meio nutritivo.Os plasmídios pBSK foram extraídos e avaliados por eletroforese em gel de agarose.As culturas de E.coli não expostas ao laser foram utilizadas como controle. Resultados: Após quatro horas de exposição ao laser, os dados obtidos do fator de crescimento foram: (X ± SD): 5.1 ± 0.77 (controle), 4.5 ± 2.80 (1 J/ cm2), 5.9±2.11 (8 J/cm2); percentual de filamentação bacteriana: 4.7 ± 0.58 (controle), 17.0 ± 2.65 (1 J/cm2), 21.0 ± 1.00 (8 J/cm2); percentual da forma superespiralada de plasmídios: 66.5 ± 1.43 (controle), 44.0 ± 5.62 (1 J/cm2), 56.5 ± 5.40 (8 J/cm2). Os dados sugerem que o laser vermelho de baixa intensidade não altera o fator de crescimento, mas aumenta significativamente o percentual de filamentação (p<0.05) e reduz o percentual da forma superespiralada de plasmídio. Conclusão: Os resultados indicam que a exposição ao laser vermelho de baixa intensidade nas fluências utilizadas nos protocolos clínicos pode induzir a filamentação bacteriana e alterar a exposição do plasmídio topográfico em culturas de E.coli. Apoio Financeiro: FAPERJ, UNIFESO. F009. HEMAnGioPERiCiToMA MEnÍnGEo – METásTAsEs ÓssEAs E HEPáTiCAs APÓs 15 Anos dE diAGnÓsTiCo Melo, J. V.*; Wildberger, A.*; Tamiozzo, F. C.*; Freitas, B. A. V.* *Centro de Terapia Oncológica. Introdução: Hemangiopericitoma de meninge é um tumor vascular raro (2-4% dos tumores meníngeos) com alta propensão à recorrência e metástases extra-neurais tardias. A ressecção cirúrgica é a melhor opção terapêutica e a radioterapia pós-operatória pode prevenir a recidiva local. Os resultados da quimioterapia nestes tumores são insatisfatórios e mostram-se particularmente pobres nos casos localizados nas meninges. Relato de Caso: M.A.B., masculino, 57 anos, em 1996 iniciou quadro de cefaléia, tomografia computadorizada mostrou massa meníngea que foi ressecada, com laudo histopatológico de hemangiopericitoma. Apresentou recidiva local, tratado com radioterapia externa em 1998. Evoluiu com proptose ocular esquerda, e exames confirmaram recidiva loco-regional, realizada exenteração da órbita esquerda. Em 2005, apresentou massa em lobo frontal, novamente ressecada. Em 2010 evoluiu com fratura patológica do fêmur E, fixada com prótese metálica seguido de radioterapia externa (30 Gy). Exames mostraram tumorações cranianas extra-axiais e múltiplos nódulos hepáticos. Iniciou quimioterapia com doxorrubicina 75 mg/m2 a cada 21 dias. Após seis ciclos da medicação, exames mostram estabilidade da doença com o paciente estável, sem sinais de progressão. Discussão: Hemangiopericitomas meníngeos foram incluídos na classificação WHO em 1993 em um grupo específico de tumores do sistema nervoso central, e em 1997 e 2000 como um grupo isolado. Tais tumores mimetizam meningiomas em exames de imagem e na histologia. A imunohistoquímica normalmente define o diagnóstico. O procedimento cirúrgico deve ser o mais radical possível, porém a ressecção completa só é alcançada em 50-60% dos casos. A radioterapia pós-operatória pode prevenir recorrência local. Radiocirurgia esteriotáxica é eficaz no tratamento em recidivas cerebrais. Metástases à distância estão presentes em 20% dos casos, porém múltiplas metástases extracranianas são raras. Quimioterapia é indicada no caso de metástases com resultados limitados. A droga mais eficaz é a doxorrubicina, com resposta parcial em 50% dos casos, porém sem aumento de sobrevida global. F010. EFEiTo do TRATAMEnTo AGUdo do ExTRATo dE oRiGAnUM VULGARE L. nA biodisTRibUiÇÃo do RAdioFáRMACo PERTECnETATo dE sÓdio (nA99MTCo4) Dantas, M. P.1; Carmo, F. S.2; Diniz, C. L.1; Frederico, E. H. F. F.3; Silva, J. C. L.1; Santos, R. R. M.4; Monteiro, M. O. B.2; Pereira, M. O.4; Pinto, N. S.4; Santos-Filho S. D.1; Bernardo-Filho, M.1,5 1. Departamento de Biofísica e Biometria, Laboratório de Radiofarmácia Experimental, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, RJ - Brasil. 2. Programa de Pós - Graduação em Ciências Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, RJ - Brasil. 3. Programa de Pós - Graduação em Fisiopatologia Clinica e Experimental, Universidade do Rio de Janeiro, RJ - Brasil. 4. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Dio Grande do Norte, RN - Brasil. 5. Instituto Nacional do Câncer, RJ - Brasil. Objetivo: O Origanum vulgare L. (orégano) é um condimento utilizado na indústria alimentícia, farmacêutica e na medicina popular. Parece ser anticarcinogênico, além de ter ação antioxidante e antimicrobiana. O tecnécio-99m ( 99mTc), na forma de pertecnetato de sódio (Na 99mTcO 4), é o radionuclídeo mais utilizado em procedimentos diagnósticos em medicina nuclear em exames tipo SPECT (Single Photon 80 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia Emission Computed Tomography) que tem grande relevância em oncologia. Este radionuclídeo apresenta propriedades físico-químicas que permitem a marcação de diversas estruturas moleculares ou celulares denominadas de radiofármaco. A biodisponibilidade desses pode ser alterada por drogas sintéticas e produtos naturais. O não conhecimento desta possível interferência pode acarretar em diagnósticos imprecisos. Avaliou-se o efeito agudo do extrato do orégano na biodistribuição do radiofármaco pertecnetato de sódio (Na99mTcO 4) em ratos Wistar. Métodos: Foram utilizados 10 ratos Wistar machos divididos em dois grupos, tratados e controle. Uma preparação (infusão) do extrato de orégano (20mg/mL) foi administrada por via intra-gástrica no grupo tratado (n=5) e solução de NaCl 0,9% no grupo controle (n=5). Após 1 hora os animais foram anestesiados (tiopental sódico 6,7%, via intraperitoneal, 60mg/kg) e o Na 99mTcO 4 (3,7 MBq) administrado via plexo ocular. Após 10 min, os animais foram sacrificados (câmara de CO 2) e os órgãos removidos, pesados, contada a radioatividade de cada órgão em cintilador sólido. A porcentagem de radioatividade por grama de tecido/órgão (%ATI/g) foi expressa como média e desvio padrão (X±DP) e analisada por análise de variância pelo teste de One-Way ANOVA (p<0,05). Resultados: O tratamento agudo com orégano alterou significantemente (p<0,05) a %ATI/g na próstata de 1,17±0,53 (controle) para 0,83 ± 0,18 (tratado). Não apresentando efeito significativo nos demais órgãos e tecidos avaliados. Conclusão: A redução na captação do radiofármaco observada poderia estar associada a efeitos de substâncias presentes no orégano que atuariam em sítios de ligação do Na 99mTcO 4 na próstata que promoveriam modificações na referida captação. F011. inCidÊnCiA dE REAÇÕEs dE HiPERsEnsibiLidAdE indUZidAs PoR AnTinEoPLásiCos Moura, M. A. S.*; Gomes, A. R.*; Martins, L. C.*; David, T. S. A.*; Lazarone, R. G.*; Motta, V. S.* *Centro de Tratamento Oncológico/Oncoclínica. O estudo tem como objetivo identificar a incidência de hipersensibilidade durante a infusão de agentes antineoplásicos em um serviço ambulatorial de quimioterapia. Trata-se de um estudo retrospectivo de abordagem quantitativa realizado em Junho de 2012, em um ambulatório privado de quimioterapia, do estado do Rio de Janeiro no período de Janeiro a Dezembro de 2011, através da análise de registros em prontuários, sendo os dados calculados por meio do Excel. Dentre os 1720 pacientes que receberam agentes antineoplásicos administrados de forma isolada ou combinada, 42 pacientes apresentaram reação de hipersensibilidade de graus variados resultando em 52 reações, sendo os agentes mais comuns, docetaxel (n=14/27%) oxaliplatina (n=9/17%), rituximab (n=6/11,5%), carboplatina (n=7/13,5%), gencitabina (n=3/6%), irinotecano (n=3/6%), e outros (n=10/22%). Além disso, as manifestações clínicas mais prevalentes foram: alterações dermatológicas (36,6%); cardiovasculares (24,4%); gastrointestinais (8,1%); musculoesqueléticas (5,2%); alterações neurológicas (2,2%) e outras (23,2%). Vale destacar que apenas 4% (n=2) dos casos estão associados a reações graves com a administração de docetaxel e oxaliplatina. Estudos mostram que a incidência de hipersensibilidade associada a anticorpos monoclonais é similar àquelas associadas a taxanos e agentes da platina, porém as reações a compostos de platina são adquiridas e aquelas associadas a taxanos e anticorpos monoclonais são imediatas, ocorrendo geralmente durante os primeiros minutos da primeira infusão.(1) Percebe-se que a incidência de reações graves apontadas nesta amostra é abaixo dos relatos da literatura, porém podem ser potencialmente fatais, exigindo da equipe total compreensão dos riscos, capacidade de atuação imediata e caracterização do evento, tendo em vista a necessidade de avaliar a descontinuação ou não do agente antineoplásico. Referências: 1 - Wendy H. Vogel. Infusion Reactions: Diagnosis, assessment and management. Clinical Journal of Oncology Nursing. 2010; 14 (2). F012. idEnTiFiCAÇÃo dE FAToREs dE RisCo onCoLÓGiCos ModiFiCáVEis EM idosos dE UMA CoMUnidAdE ACAdÊMiCA França, S. A. S.*; Souza, T. A. S.*; Coelho, T. C. C.*; Gonçalves, M.F.*; Carneiro, S.R.*; Sarges, E. S. N. F.*; Nunes, A. F. E.* *Universidade Federal do Pará/Hospital Universitário João de Barros Barreto. Objetivos: Identificar os principais fatores de risco modificáveis aos quais está exposto um grupo de idosos com grau de instrução privilegiado. A partir desta identificação, novas ações de promoção de saúde poderão ser pensadas para assistência primária da população alvo, bem como de outras comunidades. Métodos: Os dados foram coletados mediante a aplicação de questionário específico, constituído de perguntas fechadas, relacionadas a hábitos alimentares, tabagismo, etilismo e exposição ocupacional. Os idosos avaliados nesta pesquisa são acadêmicos da Universidade da Terceira Idade (UNITERCI), um projeto da Universidade Federal do Pará, destinado à instrução científica e cultural de idosos da comunidade. A análise descritiva dos dados foi desenvolvida no software EPIinfo. Resultados: A amostra se constituiu de 27 idosos, de ambos os sexos. Dentre estes, 20 alegaram não consumir alimentos enlatados e/ou congelados (≈74%); de forma similar apenas dois indivíduos (7,4%) informaram ingesta diária de alimentos ricos em gordura; a grande maioria – 22 idosos (81,5%)- relatou consumo de saladas maior ou igual que duas a três vezes por semana. O tabagismo não teve relevância estatística, pelo número reduzido da amostra (apenas um idoso era fumante). O etilismo social foi relatado por sete indivíduos (≈78% dos etilistas). Quanto a exposição ocupacional, a radiação ultra-violeta e a inalação de fumaças e/ou gases somaram 16,6% das respostas, porém sem significância estatística. Conclusão: Programas de promoção cultural e da saúde, como a UNITERCI, interferem de forma positiva sobre a saúde dos idosos que participam destas iniciativas. Os idosos avaliados, em sua maioria, se mostraram bastantes esclarecidos e conscientes da importância de hábitos saudáveis de vida, traduzidos em uma alimentação que prioriza vegetais, em detrimento de gorduras e conservados. O tabagismo e o etilismo mostraram-se com importância ínfima no cotidiano dos idosos; e os riscos ocupacionais estiveram restritos a parcela pouco significativa da amostra. Outros 81 F013. REALiZAÇÃo E PERiodiCidAdE dE RAsTREio onCoLÓGiCo EM idosos dE UM PRoGRAMA dE ExTEnsÃo UniVERsiTáRiA Souza, T. A. S.*; França, S. A. S.*; Gonçalves, M. F.*; Coelho, T. C. C.*; Nunes, A. F. E.*; Falcão, E. S. N.*; Carneiro, S. R.* *Hospital Universitário João de Barros Barreto - Universidade Federal do Pará. Objetivos: Verificar a frequência de realização de exames de rastreio em um grupo de idosos; instruí-los acerca da prevenção e detecção precoce dos cânceres mais prevalentes na região Norte e torná-los propagadores das informações para outras pessoas do seu contexto social (família, grupos de exercício, religiosos, etc). Métodos: Foram realizados ciclos de palestras com idosos da Universidade da Terceira Idade (UNITERCI), um projeto de extensão da Universidade Federal do Pará destinada a inclusão educacional de idosos. Os dados referentes a realização de exames preventivos tais quais: mamografia, Papanicolau, Antígeno Prostático Específico (PSA) e Toque Retal, além de exames de rotina gerais, foram obtidos a partir de um questionário contendo perguntas fechadas. A análise descritiva dos dados foi desenvolvida a partir do software EPIinfo. Resultados: Foram avaliados 27 idosos (18 mulheres e 8 homens), com idade média de 64 anos. Vinte idosos (77%) afirmaram realizar exames de rotina anuais (hemograma, radiografia de tórax, eletrocardiograma). Quanto aos exames masculinos, o toque retal foi realizado por metade dos homens da amostra e destes, 80% o realiza anualmente; do total de indivíduos, sete (87,5%) já realizaram PSA, respeitando sua anuidade. No grupo de mulheres, 16 (≈90%) realizaram Papanicolau e somente duas (12,5%) não seguiram o protocolo de periodicidade do exame; a Mamografia foi realizada por 14 mulheres (≈78%) e destas, somente duas (14,3%) tinham feito o último exame há mais de dois anos. Conclusão: Os idosos avaliados, em sua maioria, realizam e respeitam a periodicidade dos principais exames de rastreio dos cânceres mais prevalentes na região Norte. Partindo dessa premissa, é possível inferir que a oportunidade de participar de projetos de promoção de saúde contribui de forma positiva para o respaldo a saúde destes idosos. Em síntese: as palestras ministradas serviram apenas para reforçar a importância da prevenção e detecção precoce do câncer. F014. TUMoR GiGAnToCELULAR: RELATo dE CAso Garcia, T. P. F.C, Costa, F. O.*, Sykora, T.*, Moraes R. A.*, Nourani, C. L.*, Santos, A. C. B. S.*, Carvalho, E. M.*, Casão, F. D. C.*, Conceição, V. C.* *Universidade Estadual de Campinas - Unicamp. Introdução: Tumor gigantocelular ósseo ocorre predominantemente em ossos longos, mais raramente, vértebras ou sacro, são geralmente considerado benigno, apresentando recorrência local em até 50% dos casos, a transformação para tumor maligno de alto grau ocorre em 1 a 3% dos casos e metástase pulmonar em menos de 5%. Objetivo: Descrever caso de tumor gigantocelular com alto potencial de disseminação e refratário ao tratamento padrão. Relato de caso: Paciente sexo masculino, 52 anos, deu entrada na unidade de emergência referenciada do Hospital de Clínicas da UNICAMP em 21/01/2011 com síndrome de compressão medular e história de lesão glútea há seis meses, o paciente foi submetido a artrodese de coluna (L1 a L4) e biópsia de massa glútea. Após procedimento cirúrgico foi encaminhado para acompanhamento no ambulatório de oncologia, visto anátomo patológico com diagnóstico em ambas as lesões de tumor gigantocelular de baixo potencial de malignidade, pedidos exames de estadiamento que demonstraram lesão em lobo pulmonar inferior direito, em fevereiro de 2011 apresentou novas lesões em hipocôndrio direito e braço esquerdo e por quadro de dor intensa, paciente iniciou radioterapia em coluna lombar e braço, em abril de 2011 iniciou tratamento com zometa, realizou até julho de 2011 quando foi suspenso por progressão das lesões em pulmão, braço e hipocôndrio, iniciou tratamento com doxorrubicina realizado um ciclo em 06/07/2011, paciente apresentou piora do quadro em 15/08/2011 quando foi a óbito por piora da dispnéia e sepse de foco pulmonar. Conclusão: Tumor gigantocelular é uma neoplasia rara, de baixo potencial de malignidade. Este caso apresentou alto potencial de malignidade e disseminação. O sítio primário foi em local não usual e evoluiu com metástase pulmonar e em subcutâneo, com rápida progressão para óbito. F015. RELATo dE ExPERiÊnCiA: “MoniToRAMEnTo ATiVo dos PARÂMETRos LAboRAToRiAis dos PACiEnTEs EM TRATAMEnTo onCoLÓGiCo.” Silva, R. O. L.*; Branquinho, F. A. T.*; Araki, A. P.*; Monteiro, A. J. C.*; Santos, C. L. T.*; Andrade, D. A. P.*; Bueno, E.*; Paolini, P. C.*; Lima, R. C.* *Instituto Oncológico de Ribeirão Preto. Introdução: Protocolos quimioterápicos são caracterizados pela administração de drogas isoladas ou associadas para garantir sucesso e/ou efetividade do tratamento oncológico. O tratamento quimioterápico pode causar efeitos colaterais e/ou reações adversas graves se não identificados e corrigidos precocemente. Objetivo: relatar experiência de Instituição ambulatorial para tratamento oncológico que tem protocolo para acompanhamento ativo dos exames laboratoriais dos pacientes. Metodologia: Com agenda informatizada, a Equipe Multiprofissional (médicos, farmacêuticos e enfermeiros) checa os exames dos pacientes no período do nadir e véspera de ciclo. Descrição: A maioria dos pacientes que tratam na instituição comparecem para consultas e/ou tratamento. Para acompanhar a evolução dos pacientes durante intervalo de ciclo, eles são orientados a realizar exames laboratoriais no período do nadir e na véspera do novo ciclo, de acordo com indicação de cada protocolo. Estas datas são agendadas nos pedidos de exames do paciente e na agenda informatizada da Instituição, dessa forma a equipe multiprofissional tem como rotina checar os resultados, através de sites, emails ou fax que os laboratórios enviam. Quando há alteração significativa (neutropenia, plaquetopenia, anemia, desequilíbrio hidroeletrolítico, alterações hepática e renal, outras), é realizado contato com paciente e/ou cuidador para devidas orientações e se necessário encaminhamento para a Instituição ou outros serviços hospitalares. Assim, complicações graves como neutropenia febril, são evitadas ou amenizadas com detecção precoce, e proporcionam ao paciente/cuidador segurança e confiança na equipe e no tratamento. Conclusão: Pacientes oncológicos realizam tratamento ambulatorial, comparecem apenas para administração de medicamento e/ou consultas. É importante que a equipe multiprofissional conheça efeitos colaterais e reações adversas da droga sozinha ou associada e estabeleça parâmetros para controlar sinais/sintomas não apenas na presença do paciente na Instituição, mas também, se atente aos riscos que estes pacientes estão expostos no intervalo de cada ciclo. 82 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia F016. CARCinoMA sARCoMAToidE dE bExiGA URináRiA. RELATo dE dois CAsos E REVisÃo dE LiTERATURA Reis, B. F. S.*; Mota, R. D. *; Reis, P. C. A. *; Ribeiro, F. H. F. N. *; Sousa, R. P.*; Lopes, H. E.*; Júnior, A. J. A. S.*; Alves, C. M. M.*; Reis, B. V. S.*; Gollner, A. M.*; Assis, E. A. C. P.* * Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais - MG. Introdução: O câncer de bexiga é a segunda neoplasia maligna mais frequente do trato urinário, sendo representado, histopatologicamente, em mais de 90% dos casos pelo carcinoma urotelial. Sua variante sarcomatosa, atualmente designada como carcinoma sarcomatoide, é um raro tumor da bexiga, diagnosticado pela presença concomitante de componentes malignos epiteliais e mesenquimais, e representa 0,3% de todas as neoplasias malignas da bexiga urinária. Este é um tumor agressivo que se apresenta em estádios avançados e confere um prognóstico ruim em comparação com o carcinoma urotelial convencional. Objetivos: Descrever o caso de dois pacientes com carcinoma sarcomatoide de bexiga urinária e suas abordagens terapêuticas. Revisar as opções terapêuticas para este tipo de neoplasia maligna incomum. Relato dos casos: O primeiro, do sexo masculino, com 61 anos de idade, com quadro inicial de hematúria macroscópica. Achado em cistoscopia pequena lesão vesical, abordada por ressecção transuretral, cujo anatomopatológico evidenciou carcinoma sarcomatoide de bexiga, alto grau. Foi realizada cistoprostatectomia com reconstrução vesical. O anatomopatológico demonstrou carcinoma urotelial “in situ”, não sendo encontrado componente sarcomatoso, e adenocarcinoma de próstata acinar usual. Atualmente em acompanhamento clínico. O segundo, do sexo masculino, com 51 anos de idade, com quadro inicial de hematúria mascroscópica e perda ponderal. A cistoscopia evidenciou grande lesão invasiva acometendo base e parede lateral esquerda cujo anatomopatológico resultou em carcinoma urotelial de alto grau variante sarcomatosa sendo realizada cistoprostatectomia com ureterostomia cutânea. O paciente encontra-se atualmente em tratamento quimioterápico com cisplatina e gencitabina. Conclusão: Pouco se sabe sobre a história natural do carcinoma sarcomatoide acometendo a bexiga urinária. Não foram encontrados trabalhos que corroborassem abordagens menos invasivas como a ressecção transuretral (paciente do primeiro caso) na abordagem terapêutica do mesmo. F017. HiPoTERMiA TERAPÊUTiCA: UMA PRoPosTA PARA MELHoRiA dA iMAGEM CoRPoRAL EM PACiEnTEs sUbMETidos A QUiMioTERAPiA Barrote, B. M. C. A. L.*; Mota, M. L. F.*; OLIVEIRA, M. E. V.*; Francisco, A. J. G. F.* *Enfermeiras. Instituto de Oncologia e Hematologia, Recife - PE. O tratamento local e sistêmico das neoplasias, em decorrência de suas altas taxas metabólicas, pode causar alterações na pele, nas mucosas, e anexos (glândulas sebáceas e sudoríparas) e nos fâneros (pelos e unhas), cujo são tecidos de rápida proliferação celular, portanto, muito susceptíveis a desenvolverem reações adversas (tóxicas ou por hipersensibilidade). A alopecia constitui a manifestação adversa cutânea mais comum do tratamento quimioterápico, podendo ocorrer por duas diferentes vias: por atrofia do folículo piloso, sendo que o cabelo cai durante a escovação ou espontaneamente; ou quando apenas parte do folículo é atingido, ficando o cabelo fraco, fino e quebradiço, com retardo no crescimento capilar. Ambas as formas de alopécia induzidas pela quimioterapia ocorrem de duas a três semanas após a infusão da mesma, sendo que o cabelo retoma o crescimento um a dois meses após a cessação da quimioterapia; alguns pacientes já retomam o crescimento capilar ainda recebendo quimioterapia. Algumas das drogas associadas freqüentemente a alopécia são: bleomicina, actinomicina, citarabina, ciclofosfamida, dactinomicina, daunorrubicina, doxorrubicina, epirrubicina, etoposide, 5 fluorouracil, hidroxiuréia, idarrubicina, melfalan, mitoxantrona, methotrexato, paclitaxel, streptozocin, teniposide, vincristina, vindesina, ifosfamida, mitomicina, vinblastina. A queda de cabelo (alopécia) após o tratamento de quimioterapia é um dos efeitos colaterais mais temidos, principalmente pelas mulheres. Com o intuito de aliviar o problema, vem sendo empregado a terapia por hipotermia no couro cabeludo. A terapia consiste em usar uma touca com um gel específico, o elasto-gel, que ajuda a manter a temperatura em – 25 ºC. Ela é colocada na cabeça do paciente 15 minutos antes do início da quimioterapia e trocada a cada 45 minutos. “A temperatura baixa causa uma vasoconstrição (contração dos vasos sanguíneos), fazendo com que o folículo piloso receba menos sangue contendo quimioterápicos. Assim, há uma probabilidade menor de queda”, a alopécia tem como seqüelas o comprometimento da imagem corporal e a diminuição da interação social, além do aumento da perda de calor pelo couro cabeludo. A perda de pêlos das sobrancelhas e cílios pode levar à lesões oculares, pois estes funcionam como protetores do globo ocular.Vários foram os estudos com a finalidade de encontrar meios de prevenir ou diminuir o impacto do quimioterápico nestas áreas. F018. inFLUÊnCiA do PoLiMoRFisMo Rs1059234 do GEnE CdKn1A EM PACiEnTEs CoM RETinobLAsToMA Carvalho, I. N. S. R. 1,2, Reis, A. H. O.1, Vargas, F. R1,2. 1. Programa de Genética do Instituto Nacional de Câncer (INCA), Rio de Janeiro, RJ.2. Programa de Pós Graduação em Genética e Biologia Molecular da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro - RJ. Objetivos: O Retinoblastoma (RB) acomete crianças, principalmente, até os cinco anos de idade e para o seu surgimento é necessária a inativação de ambas as cópias do gene supressor tumoral RB1. Apesar disso, outras alterações genômicas são requeridas para o desenvolvimento desta malignidade. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivos averiguar a frequência do polimorfismo rs1059234 na região 3`UTR do gene CDKN1A (transição de C > T, 20 nucleotídeos após o stop codon) em 60 pacientes com RB e 65 indivíduos não portadores de RB, e verificar a associação deste polimorfismo com a neoplasia. Métodos: Os 60 pacientes incluídos neste estudo foram encaminhados ao Programa de Aconselhamento Genético do Instituto Nacional de Câncer. Uma amostra de 65 indivíduos não portadores de câncer (controles) também foi avaliada. Para a genotipagem, foi realizada extração de DNA a partir de sangue periférico, seguida de PCR e sequenciamento (ABI 3130). Foram realizados o teste do qui-quadrado (x2) e o cálculo do odds ratio (OR) por meio do programa Vassar stats. Resultados: A presença do alelo selvagem “C” foi observada em 63,1% dos pacientes e 81,5% dos controles, enquanto a presença do alelo não selvagem “T” foi observada em 36,9% dos pacientes e 18,4% dos controles. Foram encontradas diferenças significativas entre os grupos (x2 = 5,22 p= 0.022) e o estudo de associação do alelo “T” deste polimorfismo com RB mostrou uma OR igual a 2,55 (IC95%=1.129- 5.791; p=0.027). Conclusões: Foi observada uma frequência maior do alelo não selvagem “T” nos pacientes em relação aos controles, sugerindo um possível fator de risco para o desenvolvimento da doença. A substituição de nucleotídeos na região 3’UTR pode influenciar várias características do transcrito, como a estabilidade, o transporte para o citoplasma, a interação com micro RNAs, além de interferir na eficiência da tradução. Outros 83 F019. MiCosE FUnGÓidE: A iMPoRTÂnCiA dA sUsPEiTA CLÍniCA PARA sEU diAGnÓsTiCo Ferrão, V. G.¹; Almeida, F. A.¹; Andrade, D. M.¹; Amorim, A. S.¹; Mendonça, M. R.¹; Marcucci, R. M.¹; Falcão, J. A. T.² 1. Acadêmico (a) de Medicina do Centro Universitário Serra dos Órgãos. 2. Professor do Curso de Medicina do Centro Universitário Serra dos Órgãos. Micose Fungóide (MF) é a variante mais frequente dos linfomas cutâneos de células T (50% dos casos). Clones defeituosos de células T proliferam-se predominantemente em derme superficial e epiderme. Caracteriza-se, em estágio primário, por placas descamativas não-infiltrativas, eritematosas ou hipocrômicas, únicas ou múltiplas, de tamanhos variados, contornos bem definidos, pruriginosas e de regressão espontaneamente. Em estágio secundário, as placas tornam-se infiltradas, disseminadas, escamativas ou liquenificadas e apresentam centro claro. Em terceiro estágio, tornam-se profundamente infiltradas, ulceradas, surgindo nódulos e tumores. Tardiamente pode disseminar para linfonodos e vísceras. A doença tem lenta progressão, acomete preferencialmente homens, de idade superior a 50 anos. Objetivo: Ao relatar o caso clínico, o trabalho apresenta a dificuldade no diagnóstico de MF. Caso clínico: PCG, masculino, 75 anos. Paciente relata que primeira manifestação ocorreu em 1998 com lesões arredondadas, pruriginosas, em tronco e face, evoluindo para todo o corpo. Procurou dermatologista que o investigou por sete meses, até o desaparecimento espontâneo. Em 2009, relata episódio mais brando, com duração de três meses e novamente regressão espontânea. Sem obter diagnóstico, chegou ao oncologista clínico em 2011, apresentando placas eritemato-descamativas, disseminada em mais de 10% de sua superfície corporal. O exame histopatológico solicitado foi compatível com MF. Conclusões: O diagnóstico de MF é de difícil realização, pois seu quadro inicial assemelha-se com diversos processos inflamatórios, como eczema crônico, hanseníase indeterminada e pitiríase, sendo importante seu diagnóstico diferencial principalmente com as dermatopatias de apresentações polimórficas. A regressão espontânea do quadro também contribui para o atraso no diagnóstico, ao ser confundido com regressão pela terapêutica equivocada. O diagnóstico ocorre em média após 10 anos das manifestações iniciais, possibilitando o avanço da doença. A biópsia é imprescindível, no entanto, torna-se imperativa a suspeita clínica e conhecimento da doença, pois se falando de câncer, tratamento precoce significa um melhor prognóstico. F020. sisTEMATiZAÇÃo dA AssisTÊnCiA dE EnFERMAGEM no PoRTAdoR dE MiELoMA MÚLTiPLo: RELATo dE ExPERiÊnCiA Manarte, J. J.*; Machado, B. S.*; Ferreira, M. S.*; Giraldes, J. M.*; Rocha, R. M.* Universidade Federal Fluminense - UFF Introdução: O presente relato de experiência tem como objetivo: Descrever o processo da Sistematização da Assistência de Enfermagem com subsídio da CIPE (Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem) ao cliente hospitalizado a fim de formar uma nova concepção sobre a utilização desta linguagem ao longo do processo de avaliação dos diagnósticos e implementação das intervenções propostas, almejando resultados satisfatórios e/ou favoráveis prognósticos no cuidado deste cliente. Método: O relato trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva, fundamentada o prontuário e nas evoluções do paciente, acrescido de fundamentação teórica em banco dados científicos. Resultados: Tivemos como diagnósticos para o paciente portador de mieloma múltiplo: Dor atual, sugerimos como intervenção evitar palpar, administrar medicamentos prescritos, alterar para posição de melhor conforto e obtivemos como resultado nenhuma dor; Risco para infecção aumentado , sugerimos como intervenção avaliar sinais de infecção, lavar as mãos respeitando a técnica de assepsia e obtivemos como resultado risco de infecção diminuído; sono comprometido, sugerimos como intervenção diminuir ruídos e obtemos como resultado sono melhorado; Hiperglicemia atual sugerimos como intervenção fazer teste de glicemia capilar e aplicar insulina, quando necessário e obtivemos como resultado Hiperglicemia em nível esperado; Risco de desequilíbrio de líquidos ou eletrólitos aumentado, sugerimos como intervenção controlar eliminação urinária, avaliar exames e obtivemos como resultado Risco de desequilíbrio de líquidos ou eletrólitos diminuído. Conclusão: O estudo realizado durante o ETP foi de suma importância para que pudéssemos aplicar todo o conhecimento adquirido durante as aulas teóricas sobre o processo da Sistematização da Assistência de Enfermagem nos cuidados do cliente adulto e idoso, incluindo neste espaço a utilização do CIPE e suas diversas maneiras de personalização no cuidado ao cliente hospitalizado. O conhecimento técnico-científico faz-se necessário para um pensamento crítico apurado almejando um adequado diagnóstico e consequentemente uma intervenção eficaz. F021. RELATo dE CAso: CARCinoMA FoLiCULAR dE TiREÓidE METAsTáTiCo, dEsCRiÇÃo dE UMA doEnÇA indoLEnTE Ferreira, M. S. C. A.*; Silva, S. T. J.*; Santos, P. T.*; Porto, C. E.*; Sales, C. S.* *Serviço de Oncologia Clínica HBDF. Objetivo: relatar caso de carcinoma folicular de tireóide diagnosticado há seis anos com evolução indolente. Materiais e métodos: Paciente de 57 anos, diagnóstico de carcinoma folicular de tireóide metastático para osso há seis anos. Diagnóstico confirmado pelo anatomopatológico da peça cirúrgica após tireoidectomia total em junho de 2006. Realizou, após radioterapia estereotáxica, 21 sessões no local da cirurgia. Na sequência, iodoterapia e início de ácido zoledrônico em dezembro de 2008. Seguimento da Paciente através de dosagem de tireoglobulina (TG), dosagem de TSH e T4 livre, dentre outros exames laboratoriais e de imagem conforme sintomas. Resultado: Em março de 2009, observada piora da dor em membro inferior direito e constada fratura patológica de cabeça de fêmur, com contra-indicação à abordagem cirúrgica. Por progressão sintomática, em maio de 2009, foi indicada quimioterapia paliativa. Recebeu seis ciclos de doxorrubicina, total de 360 mg/m². Resposta parcial. Permaneceu em acompanhamento a cada três meses. Suspenso ácido zoledrônico após dois anos de tratamento. Ao longo de oito meses constatado aumento progressivo da dosagem de TG, além de evidência de progressão óssea em articulação coxo femural esquerda, sem evidência de metástases viscerais, associado a piora da dor óssea. Optado por início de segunda linha de quimioterapia, docetaxel semanal. Paciente atualmente ainda em tratamento, com boa tolerância, melhora dos sintomas, com queda de tireoglobulina. Conclusão: O carcinoma folicular de tireóide tem pior prognóstico que o papilífero, mas ainda sim, mesmo quando metastático, muitas vezes apresenta-se como doença indolente. Portanto, é importante para condução do caso e decisão terapêutica considerar os sintomas clínicos do paciente e não somente os exames. 84 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia F022. inVEsTiGAÇÃo do PoLiMoRFisMo Pin3 no GEnE TP53 CoMo UM MECAnisMo dE AnTECiPAÇÃo GÊniCA no dEsEnVoLViMEnTo TUMoRAL Cavalcante, G. C.*; Leitão, L. P. C.*; Assumpção, P. P.*; Santos, N. P. C.*; Ribeiro-dos-Santos, A. K. C.*; Santos, S. E. B.* *Universidade Federal do Pará, Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, Núcleo de Pesquisa em Oncologia. O câncer é uma das principais causas de morte do mundo. O acúmulo de mutações que desregulam o controle feito por alguns genes é considerado a principal causa de câncer. Marcadores genéticos referentes à inserção/deleção de pequenos fragmentos de DNA são conhecidos como INDELs e podem estar presentes em diversos genes. O supressor tumoral TP53, um dos principais genes envolvidos no processo neoplásico, apresenta um polimorfismo caracterizado por inserção/deleção de 16pb chamado de PIN3 (rs17878362) e conhecido na literatura especializada por ser a mais forte mutação no gene TP53 quanto aos efeitos na proteína. O objetivo do presente estudo é analisar a distribuição desse polimorfismo em uma população de indivíduos sadios de Belém (PA), divididos em dois grupos (idade superior a 40 anos e idade inferior a 40 anos). As amostras passaram por Reação em Cadeia da Polimerase, seguida de sequenciamento direto e posterior análise estatística (Programa SPSS v.8.0.). As médias de idade apresentadas pelos grupos são de 57.11 (NORM; n=100) e 22.56 (BEL; n=125). Todos os indivíduos do grupo NORM apresentavam genótipo homozigoto para a inserção (A1A1), enquanto entre os indivíduos do grupo BEL o genótipo variava (69.1% de A1A1, 25.8% de A1A2 e 5.2% de A2A2). De acordo com nossos resultados, o genótipo A1A1 exerce um efeito significativo de proteção ao desenvolvimento de câncer (OR: 0.1297; p: 0.0001; 95% IC, 0.0477–0.3529) e, portanto, contribui para que indivíduos cheguem a idades mais avançadas sem o aparecimento de câncer, o que implica dizer que indivíduos sem a inserção teriam mais chances de desenvolver a doença antes dos 40 anos. Assim, o polimorfismo PIN3 sugere uma antecipação gênica em sujeitos mais jovens, podendo aumentar o risco de desenvolvimento de câncer e, então, este pode ser um marcador genético para diagnóstico precoce de câncer, porém mais estudos devem ser realizados. F023. CUidAdo HUMAno, ÉTiCo E MoRAL Ao PACiEnTE onCoLÓGiCo TERMinAL: UMA ExPERiEnCiA dE EnFERMAGEM Souto, N. F.*; Farias. O. O.*; Neves, F. M. O.*; Santos, M. C. L.*; Carvalho, H. M. S.*; Melo, T. P.*; Barros, P. A. S.* *Universidade Federal do Ceará. Com esse estudo objetivamos relatar a experiência formativa dos acadêmicos de enfermagem em relação à assistência de enfermagem prestada ao paciente oncológico em estado terminal. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência de um grupo de acadêmicos de enfermagem e Enfermeiros que realizam cuidados diretos ao paciente oncológico terminal em um hospital de referência em oncologia em Fortaleza-Ceará. O cuidado de enfermagem no ambiente hospitalar é percebido pelo paciente, pelos seus familiares e também pelos profissionais de saúde, em especial pela equipe de Enfermagem como um cuidado de enfermagem para atender as necessidades básicas do paciente em sua terminalidade. Entretanto apesar do paciente estar ciente do seu estado clínico, ele ocorre com omissões de informações a pedido dos familiares no sentido de preservar o estado emocional do mesmo, e com a intenção de poupar seus parentes de lidar com a morte e com o sofrimento da perda. Ocorre que estas vivências de cuidado envolve reconhecer que no processo de morrer o paciente precisa ser atendido em relação as suas necessidades biopsicosocias e espirituais. Contatamos que este é um aprendizado que devemos praticar, para que sua terminalidade ocorra de maneira particular e que a família possa testemunhar essa morte tranquila, facilitando assim para que sigam suas vidas de forma positiva. Conclui-se que na prática enfermeiros buscam realizar uma abordagem humanística, ética e moral que envolve os cuidados ao paciente oncológico terminal, e dessa forma conferem aos acadêmicos de enfermagem habilidades e capacidades de atuação como forma de garantir uma melhor qualidade da assistência prestada ao paciente e apoio aos familiares, e consequentemente proporcionam a saúde mental do trabalhador de enfermagem em lidar com perdas, danos e incapacidades. F024. TUMoR dE WiLMs biLATERAL METACRôniCo: RELATo dE CAso Santos, T. T.1; Caetano, A. S. C.2; Ferreira, N. A.3; Gonçalves, P. F. P.4 1. Médico Radioncologista do Hospital São José do Avaí, Itaperuna, RJ. 2. Médica Oncologista Pediátrica da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos. 3. Acadêmica Estagiária do serviço de Radioterapia do Hospital São José do Avaí, Itaperuna, RJ. 4. Acadêmica Estagiária do Serviço Oncologia Clínica do Hospital São José do Avaí, Itaperuna, RJ. Introdução: O Tumor de Wilms (TW) é a neoplasia primária mais comum na infância, acometendo principalmente menores de cinco anos, 9 a 10% são bilaterais, sendo que desses, apenas 2 a 3% são metacrônicos. Objetivo: Relato de um caso raro de TW metacrônico, enfatizando aspectos clínicos e conduta terapêutica. Relato de Caso: Descreve-se o caso de uma paciente do sexo feminino, sete anos, com diagnóstico de recidiva metacrônica de nefroblastoma após dois anos do primeiro diagnóstico. O primeiro tumor foi suspeitado devido ao quadro clínico de dor abdominal e massa palpável com tumoração sugestiva à imagem, sendo realizada quimioterapia neoajuvante e nefrouretectomia, de acordo com protocolo da Sociedade Internacional de Oncologia Pediátrica (SIOP - 2001). O segundo foi descoberto durante exame ultrasonográfico de controle que visualizou nódulo em rim contralateral, sendo, portanto, submetida a enucleação tumoral, quimio e radioterapia adjuvante. Em ambos houve estudo histopatológico com confirmação diagnóstica. Atualmente a paciente encontra-se assintomática e em acompanhamento ambulatorial oncológico. Discussão: O principal fator prognóstico das formas metacrônicas, segundo a SIOP, é o intervalo de tempo entre ambos diagnósticos, sendo sobrevida em 10 anos de 70% quando o intervalo é maior que 18 meses. A incidência de tumor bilateral é maior em pacientes com síndromes genéticas de crescimento e anomalias congênitas. A dificuldade terapêutica dos tumores metacrônicos se deve ao tratamento prévio do primeiro tumor com quimioterapia e nefrectomia, portanto, no tumor secundário, faz-se tratamento composto de tumorectomia, radio e quimioterapia, visando preservar o máximo de tecido renal livre de lesão. Apesar do nefroblastoma ser um tumor de prognóstico excelente, nos casos metacrônicos, a sobrevida em dez anos é abaixo de 50%. Conclusão: O TW apesar de comum e de prognóstico favorável na infância, sua forma metacrônica ocorre raramente e está associada à baixa sobrevida principalmente devido ao tratamento radical realizado no primeiro tumor. Outros 85 F025. LinFoMA nK nAsAL – RELATo dE CAso Limeira, C.*; Marques, C. T. Q.*; Colares, M. C.*; Gomes, M.*; Maia, F. A.*; Pedrosa, I.*; Moreira, L.*; Montenegro, I.* *Hospital Universitário Oswaldo Cruz - Universidade de Pernambuco. Objetivos: Relatar um caso de linfoma NK nasal, com revisão da literatura. Caso clínico: Paciente sexo masculino, 36 anos, com epistaxe há sete meses e lesão expansiva nasal direita há 30 dias. Resultado histopatológico: carcinoma indiferenciado. Imunohistoquímica evidenciou infiltrado linfóide atípico T (CD 3+). Submetido a oito ciclos de CHOP, apresentando resposta parcial, seguido de radioterapia. Faleceu sete meses após concluir o tratamento com infecção secundária. Discussão: Linfoma de células T/NK nasal é um tipo raro de linfoma não Hodgkin com distribuição geográfica peculiar, sendo mais frequente na Ásia e América Latina. Representa cerca de 2 a 8% de todos os linfomas não Hodgkin nessas populações. Apresenta maior prevalência na população masculina, na 4a década de vida e forte associação com vírus Epstein Barr (EBV). A maioria (75%) acomete o trato aéreo-digestivo superior, linha médio-facial, com melhor prognóstico que a apresentação extra-nasal. Os sintomas como obstrução, secreção nasal, epistaxe, úlcera indolor ou sinusite crônica, são inespecíficos. O diagnostico diferencial com doenças infecciosas, granulomatosas e auto-imunes é difícil. A histologia e imunohistoquímica são fundamentais para o diagnóstico. O imunofenótipo é semelhante das células NK - CD2 positivo, CD56 positivo e CD3 de superfície negativo. A quantificação do DNA EBV é importante para avaliar carga tumoral e índice de proliferação, além da monitorização. Conclusão: Para doença inicial, a quimioterapia e radioterapia em campo envolvido apresentam bons resultados. Regimes contendo L-asparaginase tem se mostrado promissores. O papel do transplante autólogo precisa ser melhor definido; o alogênico tem sido utilizado em pacientes de risco e doença avançada. A vigilância deve ser longa, pois recidivas tardias podem ocorrer. Não há um protocolo e tratamento padrão, devido à raridade da doença e os poucos estudos clínicos disponíveis são de séries retrospectivas, o que dificulta a abordagem terapêutica. Palavras-chave: NK nasal, linfoma T, EBV. F026. CUidAdos dE EnFERMAGEM EM UM sEToR dE HEMAToPEdiATRiA onCoLÓGiCA dURAnTE UM EsTáGio dE obsERVAÇÃo PoR ACAdÊMiCos dE EnFERMAGEM dA UniVERsidAdE FEdERAL FLUMinEnsE: RELATo dE ExPERiÊnCiA Bezerra, N. C.*; Figueiredo, A. M.*; Machado, B. S.*; Oliveira, I. M.*; Soares, R. S.*; Souza, M. F.* *Acadêmicos da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa - Universidade Federal Fluminense. Objetivo: Descrever os cuidados prestados às crianças portadoras de leucemias e linfomas num Hospital Federal de Grande Porte do Estado do Rio de Janeiro. Metodologia: Estudo descritivo com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência, a partir das observações práticas no ambulatório de hematopediatria oncológica do Hospital Federal da Lagoa no período de 24 de abril a 24 de junho, a uma criança de três anos portadora de câncer de ....., por alunos de medicina e de enfermagem. Resultados: Assistência multidisciplinar consistia a administração dos quimioterápicos, monitoramento dos sinais vitais, suporte emocional à criança e seus familiares, anamnese, investigação da patologia, exame físico e avaliação das manifestações clínicas após a administração de medicamentos. Durante o período da prática assistencial, foram observados as seguintes manifestação clínica características de pacientes portadores desse tipo de câncer. Conclusão: É possível perceber a importância da assistência a saúde prestada de forma integrada por uma equipe multidisciplinar às crianças com câncer, pois as habilidades técnicas, somadas aos conhecimentos acadêmicos, na prática, têm sido cada vez mais desejáveis para tornar os futuros profissionais mais aptos a superar desafios e romper com a visão do trabalho linear e fragmentado, herança do ensino cartesiano originário da concepção do modelo flexneriano. Palavras-Chave: Medicina, Enfermagem, Câncer, Multidisciplinar. F027. ATRibUTos dA ATEnÇÃo PRiMáRiA À sAÚdE oFERECidos A PACiEnTEs onCoLÓGiCos Kolankiewicz, A. C. B.1; De Domenico, E. B. L2; Magnago T3, De Paula C. C. 3 1. Doutoranda. Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUI. 2. Orientadora da tese. Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. 3. Co-orientadoras. Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Avaliar os atributos da atenção primária à saúde (APS), na assistência ao paciente oncológico ofertada pelas equipes da Estratégia Saúde da Família. Estudo transversal com abordagem quantitativa, a ser realizado com enfermeiros, médicos e coordenador de saúde das ESF de Ijuí – Rio Grande do Sul. Os profissionais serão convidados a responder um Questionário com características sociodemográficas e um Instrumento de Avaliação da Atenção Primária à Saúde (PCATOLL). Os escores para cada um dos atributos ou seus componentes serão calculados por meio de médias dos valores das respostas. Quanto maior for o valor da resposta menor é o atributo oferecido para os pacientes na APS(1). Para a inserção dos dados será utilizado o programa Epiinfo®, versão 6.4. Após a verificação de erros e inconsistências, a análise será realizada no programa PASW Statistics® (Predictive Analytics Software, SPSS Inc., Chicago - USA) 18.0 for windows. Primeiramente será utilizada a estatística descritiva. As variáveis quantitativas serão avaliadas pela média e desvio padrão se atenderem a normalidade, mediana e intervalo interquartil se não atenderem a normalidade. As variáveis qualitativas serão avaliadas pelas frequências absolutas e percentuais. Posteriormente, serão utilizadas análises bivariadas para fins de verificação de associação entre as variáveis. Serão consideradas associações significativas se p < 0,05. Trata-se de um projeto de tese. A coleta destes dados esta prevista para os meses de junho/ julho de 2012. Os atributos serão avaliados no intuito de contribuir com os resultados para um melhor atendimento e estruturação das unidades de ESF. Espera-se com este diagnóstico, subsidiar políticas públicas, contribuir na elaboração de propostas de melhor atuação junto às equipes de saúde. Referências: 1 - BRASIL. Manual do instrumento de avaliação da atenção primária à saúde: primary care assesment tool PCATOOL – Brasil/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção em Saúde, 2010.80p.:Il.-(Série A. Normas e Manuais Técnicos). 86 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia F028. o CoMPRoMisso ÉTiCo dos PRoFissionAis, EsPECiALMEnTE do EnFERMEiRo, CoM o ACoLHiMEnTo EM UnidAdE dE TERAPiA PEdiáTRiCA onCoLÓGiCA Paes, P. F. A.*; Sauthier, M.* *Escola de Enfermagem Anna Nery – UFRJ. Resumo: O objeto deste projeto de dissertação de mestrado é o compromisso ético dos profissionais, especialmente do enfermeiro, com as práticas do acolhimento em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica Oncológica (UTIPO). Como questão norteadora emergiu: Qual é a compreensão dos enfermeiros e sua prática em UTIPO acerca do acolhimento como dispositivo da Política Nacional de Humanização (PNH)? Os objetivos constituíram-se em descrever o entendimento dos enfermeiros sobre o acolhimento em UTIPO; analisar a prática e os fatores que interferem no acolhimento na UTIPO e discutir o compromisso ético do enfermeiro com o acolhimento na UTIPO frente à PNH. Desta forma, ao identificar a percepção dos enfermeiros sobre o acolhimento e caracterizar os fatores interferentes, poder-se-á descrever as ações e se há conflitos éticos, bem como contradições, nem sempre percebidas mas emergentes no discurso, analisando as implicações éticas nesse discurso e nesse fazer. A metodologia refere-se a uma pesquisa qualitativa, descritiva. O cenário desta pesquisa será a UTIPO de um Hospital Federal do Rio de Janeiro, assim que for autorizado pelo Comitê de Ética e Pesquisa. Os sujeitos serão os enfermeiros que atuam nesta Unidade, com o mínimo de dois anos de experiência nesta área, que aceitarem participar da pesquisa através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), respeitadas as determinações da resolução 196/96. Os dados serão coletados pelo próprio pesquisador, através de um roteiro de entrevista, com perguntas semi-estruturadas, gravadas, transcritas e submetidas à análise do conteúdo de Bardin. Conclusão: Através do estudo compreende-se que o acolhimento está incluído em todo e qualquer encontro em saúde e que se constitui em uma postura ética onde o diálogo e, em especial, a escuta atenta e o reconhecimento do protagonismo do usuário se faz imperativo. Bem como o compromisso profissional com a resolutividade nesse contexto. Descritores: Acolhimento. Pediatria. Unidade de Terapia Intensiva. Oncologia. Enfermagem. F029. o ACoLHiMEnTo EM EnFERMAGEM nA TERAPiA inTEnsiVA PEdiáTRiCA onCoLÓGiCA: UMA REVisÃo sisTEMáTiCA dA LiTERATURA Paes, P. F. A.*; Sauthier, M.* *Acadêmicos da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa – Universidade Federal Fluminense. Resumo: Esta pesquisa de revisão sistemática da literatura teve como objeto o acolhimento em enfermagem na terapia intensiva pediátrica oncológica. A questão norteadora constituiu-se em quais têm sido as publicações acerca do acolhimento em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica Oncológica? Os objetivos foram: Levantar as publicações produzidas e disponíveis eletronicamente; analisar estatisticamente essas produções e discutir seus resultados subjetivos. O rigor metodológico empreendido seguiu as sete fases dessa revisão sistemática, a saber, construção do protocolo, definição da pergunta, busca dos estudos, seleção dos estudos, avaliação crítica dos resultados, coleta de dados, síntese dos dados. A busca das informações foi realizada durante o mês de maio de 2011, desenvolvida a partir de um levantamento da literatura através de bases de dados virtuais. Como descritores foram utilizadas as palavras “Unidade de terapia Intensiva” e “Pediatria”, “Acolhimento” e “Oncologia” e “Enfermagem”. Após o levantamento nas bases de dados os artigos foram organizados de acordo com: ano de publicação do periódico, revista de publicação dos periódicos, área da temática, região do país onde foi realizado o estudo, tipo de estudo. Após a coleta de dados, de acordo com os critérios presentes no formulário construído, foi feita uma síntese dos dados, através da elaboração de tabelas, cujo conteúdo foi analisado e discutido. A discussão dos achados nas tabelas foi feita através da fundamentação teórica das mesmas. Os resultados apontaram para 30 artigos referentes aos descritores selecionados, trazendo 55,5% das publicações na região sudeste do Brasil. 50 % de abordagem qualitativa na área de enfermagem, entre outros resultados estatísticos. Conclusão: O assumir de condutas que corroborem com a PNH requer mais do que atitudes individuais e personalizações, mas sim, um movimento que sensibilize para o cuidado de enfermagem humanizado, sendo as políticas consideradas como caminho para tal. Descritores: Acolhimento. Pediatria. Unidade de Terapia Intensiva. Enfermagem. Oncologia. F030. sÍndRoME dA VEiA CAVA sUPERioR EM nEoPLAsiA dE CÉLULAs REdondAs RELATo dE CAso Borges, K. O. R.¹; Umbelino, A. M.2; Lima, N. R. B.2; Maia, K. F. S. O.2; Fortes, M. F.1. 1. Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará Dr Waldemar Penna. 2. Universidade do Estado do Pará. Introdução: A síndrome da veia cava superior (SVCS) é um conjunto de manifestações clínicas resultantes da compressão intrínseca ou extrínseca do componente superior da veia cava. Na maioria dos casos, em torno de 75%, tem como causa neoplasias de origem pulmonar. Os sintomas mais comumente encontrados são edema de membro superior e cervicofacial, dispneia, dor torácica, turgência jugular e disfagia. Materiais e Métodos: A base de pesquisa foram os prontuários dos pacientes, de onde foram extraídos história clínica, exames laboratoriais, exames de imagem entre outros recursos necessários à montagem do relato. A imagem dos pacientes foi preservada e todos os preceitos éticos respeitados. Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, 62 anos, parda, tabagista de longa data, diabética, relatava dor no hemitórax direito, dispneia, emagrecimento e intolerância ao decúbito, com rápida progressão/piora dos sintomas nos últimos quatro meses. À inspeção revelou edema franco de membros superiores, face e pálpebras, respiração difícil e superficial, pele e anexos eritematosos, mamas em casca de laranja e ingurgitamento das veias jugulares, além de presença de massa protuberante no hemitórax superior direito, com aproximadamente 15 cm de diâmetro, hipertérmica e dolorosa à palpação. Ao leito, paciente se encon- Outros 87 trava consciente, com sinais de hiporreflexia, sensibilidade presente e ausência de sinais menígeos. O hemograma, função hepática e coagulograma não demonstraram alterações. No entanto, a radiografia do tórax e Tomografia Computadorizada demonstraram a presença de massa volumosa, com localização no hemitórax superior direito, comprimindo o pulmão direito e arcos costais, fechando o diagnóstico de Síndrome de Veia Cava Superior, sendo realizada biópsia da lesão para determinação do tipo histológico tumoral. Fora iniciada radioterapia de urgência e corticoterapia. A partir do décimo dia de internação começou a apresentar rebaixamento neurológico. Com o agravamento do quadro, mostrou-se ortopneica no décimo quinto dia com evolução para parada cardiorrespiratória e óbito no décimo sexto dia. O anatomopatológico revelou neoplasia maligna de células redondas, e seria necessário estudo imunohistoquímico para a classificação da neoplasia, o qual não foi realizado pelo desfecho desfavorável. Conclusão: A maioria dos casos de SVCS é diagnosticada facilmente ao exame clínico, mas vários testes diagnósticos e procedimentos podem ser úteis. Quando um paciente apresenta suspeita de SVCS, o primeiro passo é a obtenção de um estudo de imagem tanto para confirmar o diagnóstico e descobrir a causa da obstrução quanto para ajudar nas escolhas de tratamento. O tratamento deve ser direcionado para sua etiologia, portanto, o diagnóstico preciso baseado em história clínica e resultado de biópsias é fundamental. As opções terapêuticas incluem: tratamento clínico, tratamento rádio e quimioterápico, tratamento endovascular e tratamento cirúrgico. O tratamento da SVCS tem sido indicado para os pacientes sintomáticos. O manejo inicial constitui-se de medidas clínicas que visam ao alívio dos sintomas e a diminuição do edema no território drenado pela VCS. F031. MAnUTEnÇÃo do CATETER VEnoso CEnTRAL ToTALMEnTE iMPLAnTAdo (CVC Ti): UM EsTUdo doCUMEnTAL Bilibio, A. A.1; Malgueiro, F.2; Vasconcellos, J. A.3; Silva, T. A. S. M.4 1. Enfermeira Clínicas Oncológicas Integradas (COI). 2. Enfermeiro Consultor Científico Becton, Dickinson and Company (BD). 3. Enfermeira Clínicas Oncológicas Integradas (COI). 4. Enfermeiro do Hospital Universitário Sul Fluminense (HUSF) Introdução: Um aspecto crucial no tratamento de pacientes que devem ser submetidos à terapia endovenosa prolongada é a presença de um acesso vascular adequado. O tema em tela nos despertou interesse durante nossa prática assistencial, onde cada instituição estipula um protocolo de manutenção que divergem entre si, assim com isso o interesse de estudá-los e buscar melhor qualidade na execução da técnica. Este estudo teve como objetivo analisar e discutir documentos sobre a manutenção do cateter venoso totalmente implantado. Métodos: Quanto ao desenho do estudo tratou-se de uma pesquisa exploratória, descritiva através de uma análise documental e o método escolhido para o estudo foi o quanti-qualitativo. Foram utilizados documentos impressos (manuais, protocolos, diretrizes, livros e artigos científicos) que falam sobre a manutenção do cateter venoso totalmente implantado. O período de coleta dos dados foi de janeiro a maio de 2012. Resultados: Com relação ao período proposto nos documentos para realizar a manutenção do CVC TI o período adequado é após cada utilização e quando o mesmo não é utilizado com frequência deve ser realizada a cada 30 dias. Os documentos recomendam testar o refluxo do cateter retirando 2 a 5 ml de sangue e testar o fluxo ao realizar flushing com 10 a 20 ml de Soro Fisiológico antes de heparinizar o CVC. Quanto ao tipo de solução para realizar a manutenção do CVC TI 100% dos documentos propõem a utilização de solução salina heparinizada. A dose de heparina variou de 10 a 1000 U/ml e o Soro Fisiológico variou de 3 ml a 9,8 ml. Conclusões: Identificamos que não existe um protocolo exato sobre a dose de heparina e sobre o volume de solução salina heparinizada. São necessários mais estudos que definam um esquema adequado de heparinização a fim de reduzir as complicações tromboembólicas. F032. AssisTÊnCiA dE EnFERMAGEM nA doEnÇA EnxERTo-VERsUs-HosPEdEiRo: UMA REVisÃo dE LiTERATURA Vasconcellos, J. A.1; Silva, T. A. S. M.2; Torres, J. S. C.3; Santos, R.4 1. Especialista em Oncologia Clínica – UVA, Enfermeira Clínicas Oncológicas Integradas. 2. Especialista em Oncologia Clínica – UVA, Enfermeiro do Hospital Universitário Sul Fluminense. 3. Especialista em Oncologia Clínica – UVA, Enfermeira do Hospital Estadual Getúlio Vargas. 4.- Mestre em Enfermagem pela EEAN, Enfermeiro do Centro de Quimioterapia Pediátrica do INCA. Introdução: A Doença Enxerto-versus-Hospedeiro (DECH) é uma patologia que está envolvida em torno de 40% a 50% dos pacientes submetidos ao transplante de medula óssea alogênico. Essa complicação é responsável por um percentual elevado de mortalidade aguda do transplante quando não conduzido de forma segura e por profissionais capacitados. Este estudo teve como objetivo analisar e discutir artigos científicos relacionados à atuação do enfermeiro na Doença Enxerto-versus-Hospedeiro. Métodos: Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter exploratório e descritivo, realizada por busca eletrônica, utilizando-se a combinação das palavras: doença enxerto versus hospedeiro e assistência de enfermagem no recorte temporal de 2005 a 2010. As bases consultadas foram os sites de buscas científicas LILACS, IBECS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane, SciELO. A análise se deu a partir de 11 artigos que atenderam os preceitos do estudo em tela. Resultados e Discussão: A equipe de enfermagem possui papel fundamental na identificação precoce e manejo destas complicações, o que requer profissionais altamente especializados e experientes, treinados e com fundamentação científica para proporcionar uma assistência de enfermagem pautada em evidência, holística e individualizada. O enfermeiro tem um papel de primordial importância na detecção precoce, observações de sinais e sintomas e no conhecimento das formas de prevenção, apresentação e tratamento dessa complicação. Através desta modalidade de atenção, a enfermagem organiza os cuidados a brindar o cliente com enfermidade progressiva, avançada e em etapa terminal. Conclusões: Entendemos que o nosso objetivo de analisar e discutir artigos científicos que estivessem relacionados à atuação do enfermeiro na DECH foi alcançado. Identificamos que a uma necessidade de maior discussão sobre a temática pelos enfermeiros brasileiros já que as publicações que encontramos e analisamos são todas internacionais. Novos estudos sobre a assistência de enfermagem aos pacientes com DECH poderão proporcionar mais qualidade no cuidado com base em evidências científicas. 88 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia F033. dEMAndAs dE CUidAdos dE PACiEnTEs onCoLÓGiCos EM TRATAMEnTo Kolankiewicz, A. C. B.1; Domenico, E. B. L.2; Magnago, T3; Paula, C. C.3 1. Doutoranda. Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI. 2. Orientadora da tese. Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. 3. Co-orientadoras. Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. Objetivo: Identificar demandas de cuidados de usuários com câncer, atendidos em regime extradomiciliar e residentes em áreas de cobertura de equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF). Método: Estudo quantitativo, descritivo, transversal. Será realizada no município de Iju - RS com pacientes em tratamento oncológico que residem em áreas adscritas a ESF na região urbana, os quais irão responder aos instrumentos: Questionário com características sócio – demográficos; Questionário com dados das condições clínicas; Inventário de Sintomas de MD. Anderson; Escala de Apoio Social e o Instrumento de Avaliação da Atenção Primária à Saúde (APS). Para a inserção dos dados será utilizado o programa Epi-info®, com dupla digitação independente. Após a verificação de erros e inconsistências, a análise dos dados será realizada no programa PASW Statistics® (Predictive Analytics Software, da SPSS Inc., Chicago - USA) 18.0 for windows. Inicialmente, serão realizadas análises descritivas das variáveis e, posteriormente, análises bivariadas e correlações para fins de verificação de relação entre as variáveis. Adotar-se-á níveis de significância de 5% (p<0,05). Resultados: Trata-se de um projeto de tese a ser realizado, tendo em vista o câncer ser problema de saúde pública. Importante conhecer quais são as demandas que a APS tende a atender, o apoio social que eles recebem bem como os atributos da APS que são oferecidos. Conclusão: Espera-se com os resultados contribuir na elaboração de propostas de melhor atuação junto às equipes de saúde bem como contribuir para o planejamento de ações concretas para a realização pela gestão municipal bem como equipes de saúde. F034. EsTUdo PoPULACionAL dE ALTERAÇÕEs no GEnE Rb1 Pinto, P. A.1,2; Vargas, F. R.1,2; Bonvicino, C. R.2,3 1. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). 2.Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA. 3. Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Objetivo desse trabalho é estudar em amostras-controle 10 variantes do gene RB1 de pacientes com retinoblastoma para determinar suas frequências gênicas. Os efeitos dessas variantes na proteína pRb não são conhecidos. Para isso investigou-se essas variantes, em ADN de sangue periférico de 112 indivíduos não relacionados nem afetados por neoplasias, por PCR, sequenciamento e comparação com a sequência referência do GenBank(NG_009009.1). Os resultados referem-se a duas destas variantes depositadas no dbSNP sob os códigos de rs3092883(c.1049+58G>A) e rs4151539(c.1574C>G, p.A525G). A sequência do éxon 10 e regiões flanqueadoras (277pb) de 112 amostras-controle mostrou a variante c.1049+58G>A(íntron 10) em sete amostras-controle (frequência gênica-0,031). Essa variante foi previamente detectada em sete de 164 pacientes do INCA afetados por retinoblastoma (frequência gênica-0,021), e em um de 137 indivíduos sem neoplasias (dbSNP-rs3092883; frequência gênica-0,003). A localização da variante em região intrônica sem influência direta no funcionamento da pRb, sua frequência (3,1%) em indivíduos sem neoplasias e a igualdade estatística (teste c2) entre a frequência da variante nos controles e em pacientes, sugere que seja uma variante polimórfica. A sequência do éxon 17 e regiões flanqueadoras (302pb) de 103 amostrascontrole mostrou a variante c.1574C>G (p.A525G) no éxon 17 (troca do aminoácido alanina para glicina) em duas amostras-controle (frequência gênica-0,01). Essa variante foi previamente detectada em uma paciente com retinoblastoma unilateral extra-ocular de 164 pacientes do INCA com retinoblastoma (frequência gênica-0,003), e em um paciente com retinoblastoma bilateral (dbSNP-rs4151539). Sua frequência gênica em indivíduos sem neoplasias, apesar da localização em éxon causando troca de aminoácido na pRb com possível alteração na função da proteína, sugere uma variante polimórfica. Esses resultados sugerem que as variantes (c.1049+58G>A) e c.1574C>G(p.A525G) sejam polimórficas devido as suas frequências gênicas (respectivamente 0,031 e 0,01), entretanto não esta esclarecido se essa última variante leva a um agravamento do quadro clínico do paciente com retinoblastoma. F035. sÍndRoME dE GoRLin-GoLTZ: o QUE o onCoLoGisTA PRECisA sAbER? Mendes, B. R.*; Costa, M. A. F.*; Zavelinske, E.*; Vilela, V. M.*; Marques, H. C.*; Leite, R. V.*; Campos, L. C.*; Macedo, L. L.* *Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora – MG, Brasil. Objetivo: Descrever um caso de Síndrome de Gorlin-Goltz, abordando aspectos relacionados ao diagnóstico clínico e radiológico e ao manejo multidisciplinar, no qual se inclui o oncologista. Métodos: Informações obtidas através de anamnese, exame físico e radiológico e revisão sistemática da literatura. Resultados: A Síndrome é uma condição genética rara, de transmissão autossômica dominante, com elevada penetrância e expressividade variável, caracterizada pela mutação do gene PATCH, um gene supressor tumoral. A prevalência estimada na população geral é de 1 em 50.000 a 150.000, sem alterações com o gênero. A síndrome cursa com múltiplas anormalidades orgânicas, estando entre as manifestações clínicas mais comuns: carcinomas basocelulares (basaliomas) de aparecimento precoce, queratocistos odontogênicos, depressões palmares e/ou plantares, calcificações da foice cerebral e anomalias esqueléticas. Esses pacientes apresentam extrema sensibilidade à radiação ionizante, sendo fator de propensão ao desenvolvimento de neoplasias. O diagnóstico é clínico, subsidiado por exames histopatológicos e de imagem. Caso: O presente estudo relata o caso de uma paciente jovem, apresentando no estudo por Ressonância Magnética (RM) do crânio cistos odontogênicos, calcificação exuberante da foice cerebral e discreta ventriculomegalia, sem diagnóstico prévio da Síndrome de Gorlin-Goltz. Após o estudo por RM, foi realizada avaliação clínica da paciente, encontrando-se outros sinais que caracterizam a síndrome, como nevos basocelulares e depressões palmares. Conclusões: O reconhecimento precoce da síndrome é importante pela susceptibilidade desses pacientes de desenvolverem neoplasias, como carcinomas basocelulares e meduloblastoma, e para prevenir deformidades faciais e orais. Por envolver vários órgãos e sistemas, requer uma abordagem multidisciplinar, além de aconselhamento genético e conscientização da sensibilidade dos doentes à radiação ionizante. Outros 89 F036. sisTEMATiZAÇÃo dA AssisTÊnCiA dE EnFERMAGEM EM onCoLoGiA: UMA REVisÃo inTEGRATiVA Tavares, S. F. V.1; Fernandes, A. P. N. L.2; Torres, L. M.2; Oliveira, K. K. D.2; Lôbo, S. A.3; Monteiro, A. R. M.1 1. Universidade Estadual do Ceará - UECE. 2. Universidade Potiguar - UnP. 3. Universidade Federal do Ceará - UFC. Objetivo: Discutir a aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE nos serviços de oncologia e como esta tem contribuído para a assistência de enfermagem em oncologia. Método: É uma revisão integrativa, norteada pelas perguntas: Como SAE está sendo empregada nos serviços de oncologia? Quais as contribuições que a SAE tem fornecido para melhorar a qualidade da assistência de enfermagem em oncologia?, realizada no mês de janeiro de 2012, pelo acesso as bases de dados da Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Cochrane Biblioteca Virtual em Saúde e Scientific Eletronic Library On Line. Foram identificados 284 artigos e selecionados 05 dentro os critérios de inclusão e exclusão. Para análise dos dados foi elaborado um instrumento, que contemplou: identificação, características metodológicas, objetivos, resultados e conclusões dos estudos. Resultado: Diversas estratégias estão sendo utilizadas para que o processo de enfermagem (PE) seja implantado em oncologia, como a utilização da SAE com o enfoque no diagnóstico de enfermagem. Ao implantada a SAE no serviço de oncologia tornou-se evidente a melhora da assistência de enfermagem na eficiência do cuidado, relação entre enfermeiro e paciente, aplicação dos conhecimentos científicos e respostas terapêuticas, sendo confirmado o quão importante tem sido essas experiências na prática. Artigos relatam que a falta de conhecimento científico dos profissionais de enfermagem sobre a SAE por parte da equipe, é um obstáculo para sua efetivação. Todos os artigos convergem com a opinião de que a SAE é de grande importância para a assistência de enfermagem. Conclusão: Apesar de evidenciar que a utilização do processo é de grande valia, por sua aplicação culminar em qualificação científica ao cuidado de enfermagem, há um número reduzido de publicações que realizam a articulação entre o PE e a Oncologia, mostrando a necessidade de mais estudos nessa área. Descritores: processos de enfermagem; diagnóstico de enfermagem; enfermagem oncológica. F037. LinFoMA nÃo-HodGKin dE oRiGEM EM MÚsCULo EsQUELÉTiCo EM PACiEnTE CoM sÍndRoME dA iMUnodEFiCiÊnCiA AdQUiRidA. RELATo dE CAso E REVisÃo dE LiTERATURA Reis, B. F. S.*; Landa, A. T.*; Franco, I. A.*; Costa, E. V. B.*; Costa, G. T.*; Ferreira, T. S.*; Santos, L. G. C.*; Baratti, A. B.*; Reis, B. V. S.*; Gollner, A. M.*; Tassi, R. A.*; Henriques, K. M. C.* *Hospital Universitário da UFJF. Introdução: A associação entre o Vírus da Imunodeficiência Humana e os linfomas é relativamente comum, sendo a maioria dos casos representadas pelo Linfoma não-Hodgkin (70% dos casos), e com uma incidência deste tipo histológico em pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Humana (SIDA) de 3%. O tipo histológico de Linfoma não-Hodgkin (LNH) mais comum nestes pacientes são o linfoma difuso de grande células B (30-40%) e linfoma de Burkitt (40-50%). O LNH extranodal de partes moles é uma doença rara, descrita em somente cerca de 0,1% dos casos. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com SIDA acometido por LNH difuso de grandes células primário de músculo. Relato do Caso: Paciente do sexo masculino, com 52 anos, portador de SIDA há cerca de dois anos, com quadro de lesão em região infrapatelar esquerda há cinco meses, inicialmente uma escoriação que posteriormente evoluiu com edema, calor e rubor. Sem febre associada. Realizado ultrassonografia de membros inferiores com doppler, sendo descartado processo trombótico, e evidenciado componente hipoecoico heterogêneo nas partes moles de compartimento póstero-medial da região poplítea/panturrilha. Após ressonância nuclear magnética, que mostrou coleção intra-muscular no ventre do músculo tibial posterior e lesão infiltrativa ocupando a medular óssea no terço proximal da tíbia, o paciente foi submetido a biópsia muscular em perna esquerda na face ântero-lateral. O anatomopatológico resultou em doença linfoproliferativa em músculo esquelético com indicação de imuno-histoquímica. Esta demonstrou infiltração muscular por LNH, difuso de grandes células, subgrupo imunofenotípico de centro germinativo. O paciente foi encaminhado para o Serviço de Hematologia para estadiamento e abordagem terapêutica específica. Conclusão: O LNH de origem muscular é uma rara neoplasia e existe pouca literatura publicada. Apesar disso, o mesmo não pode ser esquecido diante de pacientes com SIDA com edema unilateral de partes moles após a exclusão de processo trombótico. F038. MAssA PULMonAR E sÍndRoME dE VEiA CAVA sUPERioR EM PACiEnTE CoM TiMoMA b1 – RELATo dE CAso Gabriel, T. F.; Paula, L. C. L.; Silva, E. A.; Cruz, F. M.; Giglio, A. Faculdade de Medicina do ABC. Introdução: Timomas são neoplasias malignas originadas a partir do epitélio do timo e representam 20% das neoplasias de mediastino anterior. A maior parte dos pacientes com timoma tem entre 40 e 60 anos e existe um discreto predomínio do sexo masculino. Não existem fatores de risco conhecidos. Há poucos estudos sobre o tratamento quimioterápico para pacientes com timoma metastático e os principais esquemas envolvem platinas, embora não seja estabelecido o principal agente a ser utilizado em combinação com a mesma. Em uma pequena série de 16 casos do EORTC, cisplatina 60 mg/m2 e etoposide 120 mg/m2 D1 a D3 apresentou taxa de resposta de 56%. Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, 45 anos foi admitida no nosso serviço com síndrome de veia cava superior e derrame pleural bilateral. Tomografia de tórax evidenciou massas sólidas, mediastinais, de aspecto confluente comprometendo diferentes níveis, associado a lesão expansiva, comprometendo topografia do lobo superior do pulmão esquerdo, com extensão mediastinal. Ecocardiograma: massa em veia cava superior e átrio direito. Anatomopatológico da lesão: neoplasia com acentuada esclerose estromal separando áreas hipercelulares constituídas por linfócitos pequenos de aspecto imaturo. Predominante T (CD3+, TDT+, CD99+) em meio de células grandes e poligonais com núcleos grandes e nucléolo central proeminente, revelando expressão de citoqueratina. Recebeu tratamento quimioterápico com cisplatina e etoposídeo por seis ciclos e evoluiu com resposta parcial e resolução dos sintomas da síndrome de veia cava superior. Embora não possamos concluir qual a melhor combinação de drogas a ser utilizada no tratamento do timoma metastático, cisplatina e etoposide demonstraram ser bem toleradas e apresentar boa taxa de resposta no presente caso. 90 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia F039. CARCinoMA REnAL PAPiLÍFERo EM PACiEnTE CoM AnTECEdEnTE dE nEURobLAsToMA nA inFÂnCiA. ExisTE UMA AssoCiAÇÃo? RENAL CELL CARCINOMA IN A PATIENT WITH HISTORY OF NEUROBLASTOMA IN CHILDHOOD Corrêa, T. S.*; Bitton, R. C.*; Fede, A. B. S.*; Andrade, A. M. G. C.*; Mak, M. P.*; Hoff, P. M.*; Dzik, C.* *Instituto do Câncer do Estado de São Paulo; Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Introdução: O carcinoma de células renais (CCR) tem seu pico de incidência na sétima década de vida, sendo raro em adultos jovens. O tumor papilífero é um subtipo incomum entre CCR. Existem relatos de CCR em pacientes com história de neuroblastoma, principalmente naqueles tratados com quimioterapia e radioterapia, cerca de 10 anos após. Objetivo: Relato de caso de um carcinoma renal papilífero em paciente com antecedente de neuroblastoma na infância. Métodos: Revisão do prontuário e literatura. Relato do Caso: Paciente de 22 anos de idade, com diagnóstico aos seis meses de idade de neuroblastoma paravertebral à direita, submetida à cirurgia e quimioterapia. Prosseguiu em seguimento clínico sem evidência de doença. Em fevereiro de 2012, iniciou quadro de dor em cólica em flanco direito, evoluindo em um mês com hematúria macroscópica. Feita tomografia de abdômen que revelou lesão heterogênea expansiva renal à direita, medindo 18,5 x 9,0 x 7,6 cm, lesões secundárias em pulmão, osso e múltiplas metástases hepáticas. Feita biópisa de massa renal, com diagnóstico de carcinoma renal papilífero, contudo, paciente evoluiu com sepse grave de foco abdominal e tromboembolismo pulmonar, culminando com óbito antes de iniciar tratamento oncológico. Conclusões: Em busca no PUBMED, encontramos cerca de 20 casos relatados de sobreviventes de neuroblastoma na primeira infância, e que na adolescência/adulto jovem desenvolveram CCR. Um estudo epidemiológico recente indica que antecedente de neuroblastoma, representa um risco 329 vezes maior de desenvolvimento de CCR. Os subtipos relatados variam entre células claras, papilífero e anaplásico. Em alguns casos foi descrita a translocação Xp11.2/TFE3, mas a completa fisiopatologia não é conhecida. Apesar da raridade deste fenômeno, deve ser considerado screening não invasivo de rotina como urinálise, mensuração de pressão arterial e ultrassonografia renal, para se detectar precocemente esta grave ocorrência. F040. MEninGEoMA AnAPLásiCo FRonToPARiETAL EM PACiEnTE oLiGossinToMáTiCo: RELATo dE CAso Freitas, L. N. C.*; Silva, D. F.*; Vidal, F.*; Nascimento, M. D. S. B.*; Aragão, G. J. C.*; Vale, T. K. L.*; Silva, T. C. P. *Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Luís, MA, Brasil. Introdução: Os meningeomas são o segundo tipo de tumor cerebral mais frequente do ocidente, depois dos astrocitomas. Síndromes de depressão ou apatia são relatadas em 17 a 50% dos pacientes. Ocorre com maior frequência em mulheres (60%), com pico de incidência por volta dos 45 anos. A variante maligna, anaplásica, representa 1 a 3% dos casos, podendo invadir o tecido circunvizinho, pois a divisão celular pode receber incrementos de infecção viral, irradiação, traumatismo, fatores genéticos e estimulação endógena por hormônios ou fatores de crescimento. Objetivos: Relato e análise do perfil clínico-epidemiológico e o tratamento de meningeoma anaplásico extenso. Métodos e Resultados: Paciente do sexo feminino, 66 anos de idade, branca, funcionária pública, procedente de Esperantinópolis - MA, Região dos Cocais Maranhenses, apresentando queixa de tontura há dez anos. Além disso, realizava tratamento para depressão há vinte anos. Em sua última consulta psiquiátrica foi submetida a exames de imagem para investigação de causa orgânica subjacente, justificados pela tontura persistente. Foi encaminhada ao neurocirurgião, sendo indicado tratamento cirúrgico, após avaliação dos resultados dos exames. Foi realizada cirurgia em 2011, o tumor pesava 20 gramas e media 8,5x6x1 cm. As peças operatórias, ao exame macroscópico, representavam três fragmentos irregulares, acastanhados, previamente seccionados em exame intra-operatório em fragmentos de 0,4 a 0,7 cm, com múltiplos fragmentos irregulares, de consistência amolecida. Após exame anatomopatológico, foi confirmado o diagnóstico de meningeoma anaplásico. À imunohistoquímica, o receptor de estrogênio foi positivo. Paciente teve boa evolução pós-operatória. O tratamento complementar consistiu em radioterapia externa holocraniana. A paciente apresenta-se sem queixas atualmente. Conclusão: Considerando-se os dados clínicos oligossintomáticos do presente relato de caso de meningeoma anaplásico, alertam-se os profissionais da Rede do Sistema Único de Saúde para maior investigação clínica, corroborada por exames imagenológicos. F041. EsTREssE E MAniFEsTAÇÕEs dE TRAnsToRnos MEnTAis CoMUns (TMC) EM PRoFissionAis dE EnFERMAGEM dE UM HosPiTAL onCoLÓGiCo Jesus, J. T.1; Gasparini, B.2; Passos, J. P.1; Melo, E. C. P.1 1. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. 2. Instituto Nacional de Câncer – INCA. Objetivos: descrever o perfil sócio-demográfico e estresse laboral dos profissionais de enfermagem que atuam em um hospital público especializado em Oncologia, estimar a prevalência de casos suspeitos de Transtornos Mentais Comuns (TMC) nesta população e investigar a existência de associação entre estresse e manifestações de TMC nestes profissionais. Métodos: Trata-se de um estudo do exploratório do tipo transversal e com abordagem quantitativa, que utiliza o Swedish Demand Control (Support) Questionaire – DCSQ para avaliar a exposição ao estresse e o SRQ-20 para o rastreamento dos casos suspeitos de TMC. Este estudo é baseado na demanda psicológica e controle sobre o trabalho. A população do estudo foi formada por 225 profissionais, sendo 120 enfermeiros e 105 técnicos de enfermagem que atuam num hospital público especializado em Oncologia no município do Rio de Janeiro. A análise estatística dos dados foi realizada pelo programa SPSS 17,0. Resultados: apontam que 37,8% da população do estudo apresentam frequência maior de alta exigência no trabalho (alta demanda e baixo controle) e o indicativo de casos suspeitos de TMC aparece com 40% entre os enfermeiros e 36,5% entre os técnicos de enfermagem, porém o estudo mostrou que não há associação entre estresse e TMC. Conclusões: Conclui-se que discussões sobre as possíveis intervenções no ambiente laboral no intuito de minimizar os níveis de estresse são de fundamental importância para que este ambiente torne-se saudável e assim favoreça o bem-estar destes trabalhadores. Outros 91 F042. PREVALÊnCiA dE doEnÇAs onCoLÓGiCAs E ÓbiTo EM CRiAnÇAs inTERnAdAs nA UnidAdE dE TERAPiA inTEnsiVA PEdiáTRiCA dE UM HosPiTAL REFERÊnCiA – bELÉM/PARá Fima, I. B.*; Carneiro, S. R.*; Nazaré, T. A. S.*; Santos, M. C.*; Coelho, T. C. C.*; França, S. A. S.*; Souza, T. A. S.*; Gonçalves, M. F.* *Hospital Ophir Loyola. Universidade Federal do Pará / Hospital Universitário João de Barros Barreto. Objetivos: Verificar as neoplasias mais prevalentes e a taxa de óbito em crianças internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica de um hospital de referência – Belém/Pará. Métodos: Este foi um estudo de caráter transversal e descritivo. Os dados foram coletados a partir de registros de prontuários dos pacientes internados na UTI Pediátrica, no período de 2007 a 2009. Foram incluídas 188 crianças com diagnóstico de neoplasias. Para tanto, foi utilizada uma ficha de avaliação contendo perguntas referentes à identificação do paciente, diagnóstico clínico, tipo de tratamento, período de internação e óbito. Realizou-se uma análise estatística descritiva, informando os valores percentuais das variáveis. O teste exato de Fisher foi utilizado para associar as variáveis selecionadas ao desfecho óbito. A influência das variáveis independentes em relação ao óbito foi obtida a partir da análise de regressão logística múltipla. Resultados: Dos pacientes avaliados 66% eram do sexo masculino, menores de 10 anos (80%). As neoplasias mais prevalentes foram as hematológicas (39%). De maneira geral 77% dos pacientes admitidos na UTI foram a óbito. Verificou-se correlação positiva entre a doença hematológica e o óbito (p-valor<0,05), ao passo que a abordagem cirúrgica dos tumores sólidos teve correlação inversa com o óbito (p-valor<0,01). Conclusão: Conclui-se que as neoplasias hematológicas têm maior prevalência e índice de mortalidade nas crianças avaliadas, podendo este último estar relacionado à característica clínica da doença, de evolução, geralmente, súbita e agressiva nesta faixa etária. Quanto à abordagem terapêutica, as crianças portadoras de tumores operáveis tiveram melhor evolução e desfecho. F043. Uso do RiTUxiMAbE: sUAs indiCAÇÕEs E REAÇÕEs AdVERsAs: UMA REVisÃo inTEGRATiVA Silva, B. P.1; Gonçalves, J. C. P.1; Santos dos, W. A.1; Fuly, P. C.2 1. Acadêmicos de Enfermagem do 7º período do curso de graduação em Enfermagem da EEAAC da Universidade Federal Fluminense. 2. Enfermeira Doutora em Enfermagem, Profa. Adjunto da EEAAC da Universidade Federal Fluminense, Membro do Grupo de Estudos GESAE, Membro do Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu de Mestrado Profissional em Assistência de Enfermagem (MPEA-UFF). Objetivos: Este estudo tem como objetivos identificar na literatura as principais indicações clínicas para o uso do rituximabe, como também as principais reações adversas deste fármaco, nas principais bases de dados, propondo assim um plano de orientações para pacientes em uso do rituximabe. Metodologia: O estudo trata-se de uma Revisão Integrativa. A coleta dos dados foi realizada no período de junho de 2012 nas bases de dados Lilacs e Medline. A busca nas bases de dados foi realizada utilizando-se a seguintes palavras chaves: Rituximabe, Plano Terapêutico, Câncer. O cruzamento entre as mesmas foi feito com o operador boleano AND. Resultados: Foram encontrados 13 artigos no total, sendo que destes, apenas sete foram selecionados. Os dados foram categorizados por aproximação temática dos objetos de estudo e realizada análise do conteúdo da seguinte forma: principais indicações clínicas para o uso do rituximabe e principais reações adversas apresentadas por pacientes utilizando rituximabe. Conclusão: através deste estudo, entendemos que é importante para o enfermeiro estar atento as novas drogas utilizadas no combate ao câncer, levando em consideração suas indicações clínicas bem como as reações adversas de tais medicamentos, neste caso o rituximabe, visando intervenções de enfermagem de qualidade quando se tornar necessário. Desta forma concluímos que o presente estudo serve de embasamento para que novas pesquisas sejam desenvolvidas, possibilitando o crescimento do conhecimento de enfermagem na área oncológica. F044. indiCAÇÕEs E EFEiTos AdVERsos dA doxoRRUbiCinA: REVisÃo inTEGRATVA Silva, B. P.1; Gonçalves, J. C. P.1; Santos dos, W. A.1; Fuly, P. S. C.2 1. Acadêmicos de Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) da Universidade Federal Fluminense - UFF, Niterói, RJ - Brasil. 2. Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Adjunto do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense. Objetivo: identificar na literatura as principais indicações clínicas para o uso da doxorrubicina; identificas na literatura as principais reações adversas relacionadas ao uso da doxorrubicina. Método: trata-se de uma Revisão Integrativa. A coleta dos dados foi realizada no período de 20 a 24 de junho de 2012, na BVS. O Cruzamento foi realizado entre os descritores Doxorrubicina e cardiomiopatia, doxorrubicina e quimioterapia, com o operador boleano AND. Os critérios de inclusão utilizados foram os seguintes: apresentar o texto na íntegra disponível online, no idioma português, com ano de publicação entre 2005 e 2012, e tratar de estudos e pesquisas com humanos. Resultados: foram encontrados 19.597 artigos no total da busca, sendo que destes, apenas 12 foram selecionados para posterior análise e categorização. Conclusão: observou-se que segundo os artigos selecionados a doxorrubicina é utilizada principalmente no tratamento quimioterápico de pacientes com linfomas e câncer de mama, assim como o principal efeito adverso é a cardiotoxicidade sendo associada a um baixo controle da dosagem prescrita. Sendo o estudo importante servindo de alerta para que um haja uma maior atenção e acompanhamento a dosagem prescrita e administrada. 92 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia F045. CUidAdos dE EnFERMAGEM Ao PACiEnTE EM FAsE TERMinAL Izidoro, V. S.1; Andrade, C. F2; Gonçalves, J. C. P3; Fuly, P. S. C4; Santos, M. L. S. C5 1. Acadêmica de Enfermagem do 5º período do curso de graduação em Enfermagem da EEAAC/UFF. 2. Acadêmica de Enfermagem do 6º período do curso de graduação em Enfermagem da EEAAC/UFF. 3. Acadêmica de Enfermagem do 7º período do curso de graduação em Enfermagem da EEAAC/UFF. 4. Enfermeira Doutora em Enfermagem, Professora Adjunto da EEAAC da Universidade Federal Fluminense, Membro do Grupo de Estudos GESAE-UFF, Membro do Programa de Pós- Graduação Stricto-Sensu de Mestrado Profissional em Assistência de Enfermagem (MPEA-UFF). 5. Doutor em Filosofia da Enfermagem, Professor associado I da UFF. Professor Adjunto da UERJ. Editor Adjunto do (OBJN). Objetivos: Trata-se de um estudo que teve por objetivo: Identificar na literatura a produção científica de Enfermagem em cuidados paliativos. Método: Estudo de natureza qualitativa, descritiva, desenvolvido por meio de revisão integrativa da literatura. A pesquisa foi realizada na base de dados Scielo, com o descritor cuidados paliativos. Foram critérios de inclusão: publicações dentro do recorte temporal dos últimos cinco anos, com enfoque na enfermagem e nos idiomas inglês, espanhol e português. As publicações sofreram análise comparativa entre os autores e posterior categorização dos achados. Resultados: Foram encontrados 148 artigos, dos quais somente 13 atendiam aos critérios de inclusão. Com base nos achados foram evidenciadas as seguintes categorias temáticas: os processos de morrer, conflitos, qualidade do cuidado/assistência e conforto. Conclusão: Dentro desta pesquisa, deparou-se com a dificuldade do cuidado à pessoa com câncer em estágio avançado e aos seus familiares. Para estas dificuldades relatadas, relaciona-se o déficit de conhecimento para subsidiar os profissionais, na tentativa de criar uma sistematização de Enfermagem adequada, a fim de suprir as necessidades destes pacientes. F046. PERFiL EPidEMioLÓGiCo dos CAdAsTRAdos EM CAMPAnHA dE CAdAsTRAMEnTo dE doAdoREs VoLUnTáRios dE MEdULA ÓssEA EM MACEiÓ/AL Goes, R. J.*; Marinho, D. R. T.*; Cavalcante, C. C.*; Didoné, E. L.*; Lira, P.N.F.*; Melo, C. S. B. S. T.* *Universidade Federal de Alagoas. Objetivos: Geral: Estabelecer o perfil epidemiológico dos cadastrados em campanha de cadastro de doadores voluntários de medula óssea em Maceó/Al. Específico: Direcionar ações de promoção à saúde relacionadas ao transplante de medula óssea com base no perfil encontrado; Materiais e Métodos: O presente trabalho trata-se de um estudo quantitativo, transversal, onde foi aplicado questionário próprio em todos os cadastrados durante a campanha, totalizando 189 pessoas. Análise Estatística: Os dados obtidos foram registrados em um banco de dados do EXCEL para posterior análise estatística. Foi realizada análise estatística descritiva buscando dados de frequências simples e percentuais das variáveis coletadas. Resultados: Das 189 pessoas cadastradas, 54 (28,57%) estavam na faixa etária entre 18- 25, 76 (40,2%) entre 26-35, 36 (19%) entre 36- 45 e 23 (12,1%) entre 46-55 anos. Com relação à religião, 122 (64,55%) eram católicos, 32 (16,93%) ateus, 22 (11,64%) evangélicos, 9 (4,76%) espíritas e 4 (2,11%) protestantes. A distribuição por escolaridade mostrou uma mesma prevalência entre ensino superior completo e incompleto - 61 (32,25%) -, enquanto 38 (20,1%) apresentavam médio completo, 5 (2,6%) médio incompleto, 9 (4,7%) fundamental completo, 15 (7,9%) fundamental incompleto e nenhum analfabeto. Dos cadastrados, 116 (61,37%) não sabia como o transplante era realizado, 85 (44,97%) não conhecia doença tratável com o mesmo e 177 (93%) declararam que o principal motivo para tornar-se um doador foi solidariedade. Conclusão: A análise do perfil traçado revelou que o mesmo é composto de pessoas entre 26 e 35 anos, católicos, com ensino superior completo e incompleto, que apesar de não saberem como o transplante é realizado ou alguma doença tratável pelo mesmo, tornaram-se doadores, principalmente, por solidariedade. Dessa forma, medidas de educação em saúde devem ser realizadas para incentivar e mostrar a importância de se tornar um doador voluntário de medula óssea. F047. FARMACoGEnÉTiCA do GEnE TioPURinA METiLTRAnsFERAsE nA REsPosTA A 6-MERCAPToPURinA, EM PACiEnTEs CoM LEUCEMiA LinFobLásTiCA AGUdA, nA REGiÃo noRTE do bRAsiL Carvalho, D. C.*; Wanderley, A. V.*; Fernandes, M. R.*; Khayat, A. S.*; Santos, S. E. B.*; Assumpção, P. P.*; Santos, N. P. C.* *Universidade Federal do Pará, Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, Núcleo de Pesquisa em Oncologia. A leucemia linfóide aguda (LLA) é o tipo de câncer mais comum na infância. O 6-MP é um dos quimioterápicos mais utilizados no tratamento LLA. O metabolismo desse fármaco é intensamente afetado por polimorfismos presentes no gene TPMT. O objetivo do trabalho foi investigar a associação de sete variantes alélicas do gene TPMT: TPMT*2, TPMT*3A, TPMT*3B, TPMT*3C, TPMT*4, TPMT*8 e TPMT*1S na resposta ao tratamento com 6-MP em pacientes com LLA na região norte do Brasil. A amostra foi composta de 24 pacientes com LLA atendidos no Serviço de Referência Paraense de Tratamento Oncológico Hospital Ophir Loyola. Os polimorfismos do gene TPMT foram analisados através da reação em cadeia da polimerase seguido de sequenciamento direto. Nas análises estatísticas foi utilizado o programa SPSS v. 12.0 (SPSS, Chicago, IL. EUA). Onze dos 24 pacientes (25%) apresentaram mutações no gene TPMT, dos quais 21% estavam associados ao fenótipo de alta metabolização do gene, representado pelo alelo TPMT*1S e 4% estavam relacionados a baixa metabolização, correspondendo ao alelo TPMT*3A (todos encontrados em heterozigose). Em relação aos dados clínicos dos pacientes, dez (41, 6%) apresentaram reações adversas decorrentes do tratamento e quatro (18, 7%) apresentaram falência terapêutica. Entre as reações adversas observadas, as mais frequentes foram as mucosites (22, 7%) e neutropenias (12, 5%). Quando se comparou os grupos (homozigotos para atividade alta da TPMT e heterozigotos) foi observado um maior número de falência terapêutica e óbito no grupo de pacientes homozigotos para a alta atividade da TPMT, embora essas diferenças não sejam estatisticamente significativas. Nossos resultados sugerem uma tendência de risco associando a falência terapêutica com os homozigotos de elevada metabolização do 6-MP. Este estudo fornece a primeira análise de frequência dos alelos do gene TPMT em pacientes com LLA da população norte brasileira. Outros 93 F048. UTiLiZAÇÃo dE EsTRATÉGiAs EdUCATiVAs no CUidAdo dE AdoLEsCEnTEs CoM CÂnCER: RELATo dE ExPERiÊnCiA Santos, L. M. D.1; Costa, D. V. S.1- Costa, D. V. S.1; Gomes, A. M. F1; Costa, M. M. A.1 Damasceno, V. L. T.2; Pedrosa, S. C1; Veras, S. S.1; Luna, I. T.1 1. Universidade Federal do Ceará. 2. Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza (FAMETRO). Objetivo: O cuidado de adolescente com câncer deve ser abrangente, merecendo atenção não só nas necessidades físicas, mas também nas psicológicas e sociais. Diante desse contexto, objetivou relatar a utilização de estratégias educativas no cuidado à adolescentes com diagnóstico de câncer através da educação problematizadora, abordando assuntos a partir das necessidades dos pacientes. Metodologia: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em um Centro Pediátrico do Câncer em Fortaleza- CE, no período de 20 de maio a 03 de junho de 2011. Participaram das vivências adolescentes que se encontravam em tratamento oncológico no Centro Pediátrico. Os encontros ocorreram na sala de convivência da referida instituição, e foram mediados pela educação sensibilizadora, proposta por Paulo Freire, tendo por base a metodologia participativa. As estratégias educativas abordaram temas como: alimentação saudável; amizade; higiene pessoal; autoestima saúde e bem- estar. Resultados: Por meio das observações realizadas ao longo das atividades educativas, notou-se que foi possível sensibilizar os adolescentes acerca das temáticas abordadas. Visualizou-se ainda que os temas trabalhados nas ações educativas foram pertinentes, interativos e informativos, de forma que todos os assuntos trouxeram esclarecimentos e novos conhecimentos aos participantes. Verificou-se que os adolescentes associaram o conceito de saúde ao sentimento de estar feliz e ao lado dos familiares. Conclusão: Ao final, percebeu-se que a utilização da educação sensibilizadora proposta por Freire favoreceu uma melhor assimilação do conteúdo abordado e despertou a participação ativa dos adolescentes. Notou-se ainda, que a realização das estratégias educativas permitiu aos acadêmicos acrescentar atitudes como disponibilidade, flexibilidade, capacidade de interação e reconhecimento das peculiaridades dos adolescentes com diagnóstico de câncer às habilidades técnicas-científicas necessárias à formação profissional. F049. CARCinoMA REnAL dE CÉLULAR FUsiFoRMEs E TUbULAR MUCinoso: RELATo dE CAso E REVisÃo dE LiTERATURA dE UM TUMoR REnAL RARo Lopes, R. H.*; Diniz, R. W.*; Oliveira, A. F.*; Fraga, J. B. P.*; Cintra, J. R. D.*; Gomes, R. F.*; Resende, F. A. M.* *Instituto Oncológico de Juiz de Fora. Objetivo: apresentar um caso e revisão de literatura de um tumor renal raro, o carcinoma renal de células fusiformes e tubular mucinoso (CRCFTM). É um tipo histológico raro, correspondendo a menos de 1% dos tumores renais, que foi descrito pela primeira vez em 1998. Métodos: relato de caso de uma paciente feminina, caucasiana, de 60 anos, que apresentou um quadro de dor em região lombar direita associado a um episódio de hematúria. Foram realizados exames para investigação e a tomografia computadorizada evidenciou uma lesão sólida, heterogênea, arredondada, com comportamento exofítico, medindo 8,5 x 7 cm, localizada na região ântero-lateral e mesorenal direita, com impregnação pelo contraste. A paciente foi submetida à nefrectomia videolaparoscópica transperitoneal com boa evolução no pós-operatório. O laudo anatomopatológico mostrou uma neoplasia renal com aspecto ora fusiforme ora tubular medindo 9,0 x 6,0 cm, comprometendo parênquima e seios renais. Não foram observadas invasão vascular e de cápsula. Pelve e ureteres livres de neoplasia. Gordura peri-renal livre de neoplasia. A imunohistoquímica confirmou um carcinoma renal de célular fusiformes e tubular mucinoso. Discussão: o CRCFTM é um tumor raro, com poucos casos descritos na literatura. É mais frequente no sexo feminino (razão de 4:1), e a faixa de idade mais acometida é entre 50 e 65 anos (média de 53 anos). Este tipo de tumor apresenta comportamento geralmente indolente e tem um prognóstico favorável, principalmente se comparado ao carcinoma renal de células claras. A recidiva local pode ocorrer e as metástases à distância são mais raras. Não há indicação de tratamento oncológico adjuvante. Conclusão: trata-se de um caso de um tumor renal raro, com poucas descrições na literatura. Ainda necessitamos de esclarecimentos sobre os fatores prognósticos deste tipo de tumor. A abordagem terapêutica é a cirurgia e não há indicação de nenhum tratamento oncológico complementar. F050. inVEsTiGAÇÃo dE UM PoLiMoRFisMo indEL do GEnE nFKb1 AssoCiAdo À sUsCETibiLidAdE Ao CÂnCER do TiPo MELAnoMA Muniz, G. M.1,3; Ashton-Prolla, P.2; Rodrigues, J. C. G.1; Assumpção, P. P.1; Santos, N. P. S.1; Santos, S. E. B.1 1. Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Biológicas, Laboratório de Genética Humana e Médica. 2. Departamento de Genética, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. 3. Escola Superior da Amazônia. Em todas as populações brancas do mundo a incidência de melanoma tem aumentado. A mesma tendência é observada nas populações do sul do Brasil, que tem um componente elevado de contribuição de europeus, especialmente de italianos e alemães. Estudos anteriores demonstram que no sul do Brasil, os descendentes de alemães e de italianos têm um risco aumentado (3.5 e 9.7 vezes, respectivamente) de desenvolver melanoma. Além disso, indivíduos com uma história familiar anterior de melanoma também tem risco aumentado de desenvolver este tumor. O gene do fator nuclear kB (NFKB1) é o maior regulador transcricional da resposta imune, da apoptose e de outros genes controladores do crescimento celular. Um polimorfismo do tipo inserção/deleção no promotor de NFKB1 está associado com a susceptibilidade a vários tipos de câncer, inclusive o melanoma. O objetivo deste trabalho é o de investigar uma provável associação de um polimorfismo no gene NFKB1 (rs28362491) com a susceptibilidade ao melanoma, em uma amostra do Sul do Brasil. No presente estudo, foram investigadas 116 amostras de indivíduos controle e 117 indivíduos com câncer do tipo melanoma. O genótipo DEL/DEL, foi identificado com uma frequência de 39% na população controle e 52% na população de pacientes. O genótipo IN/DEL com uma frequência de 35% e 32% entre controles e pacientes, respectivamente e o genótipo IN/ IN com uma frequência de 27% e 16%, respectivamente. Os resultados demonstram que indivíduos portadores de genótipo DEL/DEL apresentam um efeito de proteção significativo (p=0, 035; OR= 0,561; 95% IC= 0,333-0,945) contra o desenvolvimento de câncer do tipo melanoma. Os dados evidenciam que indivíduos portadores homozigotos de genótipo DEL/DEL apresentam 56% a mais de proteção ao melanoma, em relação a outros genótipos. Os resultados mostraram que o polimorfismo INDEL no gene NFKB1 é um importante marcador associado ao melanoma na região Sul do Brasil. 94 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia F051. HisTÓRiA FAMiLiAR dE CÂnCER E sUA RELAÇÃo CoM As doEnÇAs TAbACo-RELACionAdAs E CoM A diFiCULdAdE dE PARAR dE FUMAR do PACiEnTE Carvalho, M. A. C*; Costa, L. A.*; Santos-Conceição, J.*; Santos-Ferreira, A.*; Silva-Fonseca, V. A.* *Programa de Estudo e Tratamento do Tabagismo, Universidade Federal Fluminense. Objetivo: Verificar em tabagistas se a suscetibilidade às doenças tabaco-relacionadas correlaciona-se com o histórico familiar de câncer. Método: Foram utilizadas 110 anamneses de admissão no ambulatório para tratamento de tabagistas dependentes atendidos na UFF e tratados com adesivos de nicotina, bupropiona e medicações psiquiátricas, quando indicadas, no ano de 2011. As variáveis coletadas foram: idade, gênero, tempo de tabagismo, grau de dependência – Fagerström, história familiar de câncer, história familiar de tabagismo, história pessoal de câncer, história de doença cardiovascular, tentativas de cessar o fumo e quantas vezes tentou parar de fumar. A análise estatística foi feita através do programa SPSS, sendo o teste t de student utilizado para variáveis paramétricas e o teste de correlação de Spearman para variáveis não paramétricas, quando pertinente. Resultados: A amostra foi constituída de 78% de mulheres e 22% de homens. Não houve diferença significativa em relação à idade entre gêneros, cuja média foi de 51,69 anos para mulheres e 49,67 anos para homens, e nem correlação entre gênero e as variáveis estudadas. Entretanto, quando feita a analise separando-se os gêneros, foi detectada importante correlação positiva entre a história familiar de câncer e a história pessoal de doença cardiovascular (p < 0,016, Spearman, Bicaudal) sendo esse dado significativo apenas para o gênero masculino. Também para esse gênero foi positiva a correlação entre ter tentado parar de fumar no passado, sem sucesso, e a presença de doenças cardiovasculares (p < 0,035, Spearman, Bicaudal). Em ambos os gêneros, foi detectada correlação positiva entre a severidade da dependência e a história familiar de tabagismo (p < 0,047, Spearman, Unicaudal). Conclusão: Nossos dados corroboram evidências recentes que afirmam ser a genética que facilita o aparecimento de câncer e outras doenças tabaco-relacionadas, como as cardiovasculares, a mesma que dificulta o tratamento do tabagismo. F052. inVEsTiGAÇÃo do GEnE nAT2 nA sUsCETibiLidAdE Ao CÂnCER GásTRiCo E MAMA, nA REGiÃo noRTE do bRAsiL. Fernandes, M. R.*; Carvalho, D. C.*; Cardoso, L. M. B. B.*; Santos, S. E. B.*; Ribeiro-dos-Santos, A. K. C.*; Assumpção, P. P.*; Burbano, R. R.*; Santos, N. P. C.* *Universidade Federal do Pará, Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, Núcleo de Pesquisa em Oncologia. A Organização Mundial de Saúde estimou em 2008, uma elevada taxa de mortalidade causada pelo câncer com cerca de 30% dos casos tratados em todo o mundo. Diversas investigações na literatura evidenciam a importância da enzima N-acetiltransferase 2 (NAT2) no papel de metabolização de agentes xenobióticos que consequentemente influenciam no desenvolvimento de diferentes formas de neoplasias. O objetivo deste estudo foi investigar os cinco principais polimorfismos do gene NAT2 (A803G; G857A; C282T; T341C; C481T) que estão relacionados com a capacidade de metabolização de xenobióticos potencialmente cancerígenos e sua possível associação com a susceptibilidade ao desenvolvimento do câncer gástrico e câncer de mama, na região Norte do Brasil. Os polimorfismos do gene NAT2 foram investigados através da reação em cadeia da polimerase seguido de sequenciamento direto, onde foram utilizadas amostras de sangue periférico de 133 pacientes com câncer (63 diagnosticados com adenocarcinoma gástrico e 70 com carcinoma ductal Invasivo de Mama) e 89 indivíduos controles sadios. Para as análises estatísticas foi utilizado o programa SPSS v.12.0 (SPSS, Chicago, IL. EUA). Os resultados das análises dos haplótipos do gene NAT2 evidenciaram diferenças significativas (p>0,05) entre os grupos de pacientes com neoplasias (câncer gástrico e mama) e indivíduos controles. Os genótipos observados para pacientes e indivíduos controles, foram respectivamente: homozigoto acetilador lento (31/9), heterozigoto (64/43) e homozigoto acetilador rápido (38/37). A análise de regressão logística demonstrou que indivíduos acetiladores lento apresentam um risco aumentado em três vezes no desenvolvimento de neoplasias, comparado a outros genótipos para o gene NAT2 (p=0,015; OR=2,7; 95% IC 1,21–5,99). Adicionalmente foi constatado que indivíduos portadores do genótipo homozigoto acetilador rápido apresentam um efeito de proteção ao câncer em 56% (p=0,046; OR=0,56; 95% IC 0,32–0,99). Os polimorfismos do gene NAT2 apresentam um papel importante na metabolização de xenobióticos e podem constituir excelentes biomarcadores de susceptibilidade ao câncer. F053. TRoMboCiTosE ATÍPiCA nA inFÂnCiA: RELATo dE CAso Borges, K. O. R.1; Maia, K. F. S. O.2; Penalber, B. B.2; Fortes, M. F.1 1. Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará Dr. Waldemar Penna 2. Universidade do Estado do Pará Introdução: A elevação reacional do número de plaquetas pode ocorrer em determinadas condições como são os casos de processos infecciosos e inflamatórios, cirurgias e traumas, neoplasias e deficiência de ferro. Ao contrário das plaquetoses primárias, como a trombocitemia essencial, nos quadros reacionais a plaquetometria dificilmente ultrapassa a contagem de 1.000.000/mm3 e os testes de função plaquetária são normais na maioria dos casos. Além disso, a elevação das provas de função inflamatória como VHS, proteína C reativa e fibrinogênio favorecem a hipótese de plaquetose reacional. A normalização da plaquetometria geralmente ocorre com a resolução da doença ou situação de base. Relato de Caso: Criança de dois anos de idade, sexo feminino, sem antecedentes patológicos, em avaliação pediátrica de rotina realizou hemograma que mostrou uma trombocitose severa de 868.000. Durante 90 dias, realizou 4 exames com números de superiores a 900.000, chegando a 2.500.000 plaquetas. A menor passou por infecção de vias aéreas superiores e uma gastrenterocolite durante o período. Paciente afebril, ótimo estado geral, sem visceromegalias (ultrassonografia de abdome normal), bioquímica normal, perfil do ferro normal e PMO mostrando aumento de megacariócitos com grumos plaquetários, sem alterações das outras séries medulares. Mutação JAK 2 negativa. Acompanharemos o caso e uma potencial evolução para síndrome mieloproliferativa crônica. Conclusão: O caso relatado abordou uma situação rara de trombocitose severa na infância, sem confirmação de monoclonalidade, porém que não evoluiu com resolução após melhora da situação de base potencialmente desencadeante. O seguimento do caso poderá mostrar uma evolução (ou não) para uma Síndrome mieloproliferativa crônica, contrariando a prevalência definida para esta patologia. Outros 95 F054. AnáLisE EPidEMioLÓGiCA dE 275 CAsos dE LEUCEMiAs nA inFÂnCiA Campos, R. G.1; Franco, R. P.1; Leão-Cordeiro, J. A. B.2; Siqueira, K. M.2; Saddi, V. A.1,3; Silva, A. M. T. C.1 1. Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil. 2. Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil. 3. Hospital Araújo Jorge, Associação de Combate ao Câncer em Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil. Objetivos: Promover uma avaliação epidemiológica sobre as leucemias na infância com a utilização dos dados do Registro de Câncer de Base Hospitalar (RCBH), do Hospital Araújo Jorge (HAJ), em Goiânia/Goiás/Brasil. Métodos: Avaliamos 275 prontuários, de pacientes diagnosticados com leucemia, entre os anos de 1996 a 2001, do RCBH do referido hospital, em Goiânia/Goiás/Brasil, de ambos os sexos e de idades variando entre zero e 18 (dezoito) anos. Os dados foram obtidos diretamente de prontuários, com autorização prévia do Comitê de Ética em Pesquisa do próprio HAJ. Resultados: A população avaliada constituiu-se de 275 pacientes diagnosticados com leucemia infantil. A estratificação por sexo totalizou 171 (62,2%) pacientes do sexo masculino e 104 (37,8%) pacientes do sexo feminino, em uma proporção, respectivamente, de 1,6 para 1. Mais da metade dos pacientes era do sexo masculino (62,2%) e estavam na faixa etária de zero a 7 (sete) anos (50,9%), eram pardos (53,8%) e, em grande maioria, pacientes de alto risco (66,5%), diagnosticados com LLA L1 (55,3%). A sobrevida geral foi estimada em 6,2% no período de cinco anos. Analisando os indivíduos pela classificação dos grupos de risco, verificou-se um aumento na sobrevida dos pacientes classificados como de baixo risco (41,6%), já para pacientes classificados como alto risco, esse valor diminui para 4,6%, estas diferenças se revelaram estatisticamente significantes (p = 0,037). Conclusões: O estudo apontou o perfil do paciente e as características principais das leucemias na infância, no contexto do HAJ. A baixa sobrevida geral estimada parece estar relacionada a fatores como o diagnóstico tardio, condições socioeconômicas precárias, com baixo grau de escolaridade, o que dificulta a manutenção do tratamento fora da instituição. Em conclusão, é necessário, como desafio, oferecer o diagnóstico precoce, reduzir a mortalidade no início do tratamento, com consequente melhora da sobrevida geral dos pacientes, garantindo, assim, suporte hospitalar adequado. Palavras-Chave: genética, oncologia, leucemia, pediatria. F055. PERFiL EPidEMioLÓGiCo dos EnTREVisTAdos nA 13ª CAMPAnHA nACionAL dE PREVEnÇÃo Ao CÂnCER dE PELE EM ALAGoAs Menezes, P. F. L.*; Fernandes, J. D.*; Rodrigues, P. C.*; Silva, M. S.*; Silva, T. M.*, Montalvão, P. G.* *Universidade Federal de Alagoas. Objetivos: Descrever o perfil das pessoas atraídas a participar da campanha de prevenção de câncer de pele realizada no ambulatório de dermatologia do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes na Universidade Federal de Alagoas (HUPAA – UFAL). Metodologia: As informações dos pacientes foram adquiridas através de 78 questionários aplicados durante a 13ª edição da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele (CNPCP), promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, dia 26 de Novembro de 2011, no HUPAA – UFAL. Os questionários foram aplicados pelos membros da Liga Acadêmica de Oncologia da Universidade Federal de Alagoas (LAO – UFAL). Eles continham informações sócio-epidemiológicas básicas para traçar o perfil dos pacientes da campanha, sendo dividido em três partes: dados pessoais, fatores de risco e exposição ao sol. Para a definição do tipo de pele, foi utilizada a classificação de Fitzpatrick. Resultados: Predominaram pacientes do sexo feminino (n=42), com idade superior a 60 anos (n=21). Com ensino fundamental incompleto (n=22). A maioria dos pacientes se enquadrava nas classes II(19), III(19) e IV(24) de Fitzpatrick. Dos entrevistados, 70 referiram nunca terem sido diagnosticados com nenhum tipo de câncer. Em relação à ocorrência familiar, 13 já tinham história familiar positiva para qualquer outro tipo de câncer. Dos pacientes, 51 não utilizavam o protetor solar diariamente e destes, 26 referiram ser por descaso, 6 por questões financeiras e 13 por não acharem necessário. Dos 69 pacientes que frequentavam a praia, 44 relataram fazer uso de protetor solar. Conclusões: O perfil dos entrevistados foi variado, porém com predomínio de mulheres, com baixa escolaridade, população com pele mais escura, acima dos 50 anos que se expõem ao sol e em sua maioria sem o uso de protetor solar como hábito, devido principalmente ao descaso. Houve predomínio de ausência de antecedentes de câncer na família e sem diagnostico de qualquer tipo de câncer prévio. F056. LinFoMA PRiMáRio do sisTEMA nERVoso CEnTRAL: RELATo dE CAso Ramim, M. C. F. V.¹; Campos, R. L.²; Sampaio, B. T. G.²; Siqueira, D. B.²; Silva, L. C. L.¹ 1. Instituto Oncológico de Juiz de Fora - MG. 2. Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora - FCMS/JF-SUPREMA. Objetivo: Relato de caso de paciente diagnosticada com linfoma primário do sistema nervoso central (LPSNC) e anti-HIV negativo. Material e Método: Mulher, 59 anos, com perda da acuidade visual à direita, iniciada em 2010. Realizada ressonância nuclear magnética (RNM) onde se constatou a presença de lesão expansiva extra-axial à direita, mantendo íntimo contato com o quiasma óptico e presença de proptose do globo ocular. Resultados: Submetida à exérese da lesão cujo anátomo-patológico e a imunohistoquímica definiram proliferação linfóide com características de linfoma não-Hodgkin (LNH), compatível com linfoma de células B periféricas de zona marginal. Após o diagnóstico iniciou-se quimioterapia e radioterapia hiperfracionada no sistema nervoso central (SNC) conforme protocolo do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center (Radiation Therapy Oncology Group 93-10). Conclusão: O LPSNC é um linfoma agressivo que envolve o parênquima cerebral e frequentemente as leptomeninges, os olhos e raramente a medula espinhal. Embora pacientes infectados pelo HIV tenham 3.600 vezes maior risco para o desenvolvimento do LPSNC, a incidência não aumentou apenas neste grupo de pessoas. Os casos de LPSNC não relacionados à AIDS acometem pacientes de 45 a 70 anos, com predomínio acima de 60 anos. Triplicou sua incidência nas últimas três décadas, representando 4% dos tumores do SNC, com a estimativa de 1% para LNH. O tratamento de escolha é a combinação de quimioterapia contendo altas doses de metotrexate e radioterapia (RDT). A neurotoxicidade tardia secundária a RDT foi o principal efeito colateral, principalmente acima de 60 anos. 96 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia F057. EdUCAÇÃo EM sAÚdE E onCoLoGiA Scheren, F.*; Rosanelli, C. L. S. P.*; Kolankiewicz, A. C. B.*; Scarton, J.*; Ceratti, J. O.*; Rosa, B. T. C.* *Unijuí Objetivo: Analisar as publicações que discutem os aspectos relativos à Enfermagem e Educação em Saúde em Oncologia. Método: Estudo bibliográfico tendo como critérios conter um dos descritores: Enfermagem, Educação em Saúde, Oncologia, estar disponível on-line nas bases de dados o Scientific Electronic Library on-line (Scielo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Base de Dados de Enfermagem (Bdenf), estar redigido em português, publicado no período de 2000 a 2010. Identificamos nas bases de dados Scielo, quatro artigos, no Lilacs doze artigos e duas teses e no Bdenf dois artigos. Após leitura e classificação, resultaram na seleção seis publicações, sendo quatro artigos e duas Teses. Resultados: As ações de educação em saúde (ES) a pacientes oncológicos dá-se, por meio de temas que abordam a sistematização da assistência de enfermagem na oncologia, validação de manual educativo para autocuidado, orientação de Enfermagem para pacientes que iniciam radioterapia e quimioterapia, formação de grupos de apoio a pacientes oncológicos e reflexão sobre prevenção e educação e saúde na oncologia. Considerações finais: Sabemos que ES abrange a educação, prevenção, promoção da saúde dos indivíduos, família e população. Nesse estudo a ES é inserida através de intervenção prática para a assistência de enfermagem, contudo, enfatiza uma assistência de saúde de caráter curativo cujos trabalhos discutem temas de assistência e tratamento após descoberta da doença. F058 - CoMPARAÇÃo dA inibiÇÃo dA PoLo-LiKE KinAsE 1 CoM diFEREnTEs dRoGAs EM CÉLULAs dE MEdULobLAsToMA Pezuk, J. A.1, Brassesco, M. S.2; Morales, A. G.1, Oliveira, J. C.1; Ramos, P. M. M.1; Queiroz, R. P.2; Scrideli, C. A.2; Valera E. T.2; Tone, L. G.2 1. Departamento de Genética. 2. Departamento de Pediatria e Puericultura, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. Objetivos: O meduloblastoma é o tumor sólido mais frequente em crianças e é classificado pela Organização Mundial da Saúde como um tumor de grau IV. Atualmente, o tratamento para este tipo de neoplasia consiste em cirurgia, quimioterapia e, dependendo da idade do paciente, radioterapia. Apesar de a sobrevida ser alta (mais de 50%) o tratamento utilizado pode acarretar efeitos adversos a médio e longo prazo, e é por isto que novas estratégias são ainda necessárias para estes pacientes. As Polo-Like quinases compõem uma família de cinco membros de quinases serina/treonina: PLK1-5, que desempenham papéis fundamentais no controle do ciclo celular. Vários estudos demonstraram que o gene PLK1 está hiperexpresso em diferentes tipos de neoplasias, sendo correlacionado com o prognóstico e o grau de malignidade. Assim os objetivos deste estudo foram avaliar os efeitos da inibição farmacológica da Polo-like kinase 1 com diferentes inibidores em linhagens celulares pediátricas de meduloblastoma. Métodos: As linhagens celulares pediátricas UW402, UW473 e ONS-76 foram tratadas com concentrações nanomolares de BI 2536, BI 6727, GSK461364 e GW843682X durante 24, 48 e 72 horas e os efeitos formas avaliados na viabilidade celular pelo método de Azul de tripan, na proliferação pelo método do XTT (Roche®), e na capacidade clonogênica foi avaliada pelo coração com Giemsa. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo teste de ANOVA usando o SigmaStat 3.5. Resultados: A viabilidade celular foi encontrada reduzida significativamente para todas as drogas (p<0,05) com a consequente diminuição na proliferação celular (p< 0,05) o que também foi acompanhada pela redução na capacidade das células de formar colônias (p< 0,05) para todas as drogas, porém a diferentes concentrações. Conclusões: estes resultados indicam a Polo-like kinase 1 como potências alvo para o tratamento do medulloblastoma, porem mais estudos são ainda necessários para avaliar qual o melhor inibidor a ser utilizado. Palavras Chaves: Meduloblastoma, Polo-like kinase 1, inibição. Suporte financeiro: FAPESP (2011/01026-8). F059. inHibiTion oF nF-Kb bY dEHYdRoxYMETHYLEPoxYQUinoMiCin sUPPREssEs inVAsion And sYnERGisTiCALLY PoTEnTiATEs TEMoZoLoMidE And-RAdiATion CYToToxiCiTY in GLiobLAsToMA CELLs Brassesco, M. S.1; Roberto, G. M.1; Pezuk, J. A.2; Morales, A. G.2; Oliveira, J. C.2; Delsin L. E. A.1; Valera, E. T.1; Carlotti, Jr C. G.3; Rego, E. M.4; de Oliveira, H. F.4; Scrideli, C A1;Umezawa, K.5; Tone, L. G.1 1. Department of Pediatrics, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo - Brazil. 2. Department of Genetics, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo - Brazil. 3. Department of Anatomy, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo - Brazil. 4. Department of Clinics, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo - Brazil. 5. Department of Applied Chemistry, Faculty of Science and Techonology, Keio University - Japan. Introduction: Despite advances in neurosurgery and aggressive therapy, glioblastoma (GBM) remains nearly incurable. Vast evidence has indicated that the nuclear factor NF-kB is constitutively activated in cancer cells, playing key roles in growth and survival. Recently, Dehydroxymethylepoxyquinomicin (DHMEQ) has shown to be a potent NF-kB inhibitor with anti-tumor properties in GBM. Methods: In the present study, the effects of DHMEQ on survival and its ability to overcome cell chemo/radioresistance were explored in a panel of 6 GBM cell lines by means of quantitative PCR, proliferation, cell cycle dynamics, clonogenicity, apoptosis, necrosis, migration and invasion on matrigel assays. Drug interactions with Temozolomide were also performed using the nonlinear regression of a sigmoid dose response model and combination index (CI) approaches. Results: Treatment with DHMEQ substantially impaired cell growth with G2/M arrest in dose and time-dependent manner when compared with control. Cell viability and clonogenicity were also significantly diminished with the consequent increase of apoptotic and necrotic-like cells. Migration and invasion were inhibited accordingly with lowered expression of invasion-related genes, such as MMP-2 and uPA. Moreover, concurrent combination of DHMEQ with subtoxic doses of TMZ synergistically inhibited cell growth (CI <1), as determined by cell proliferation and caspase-3 activation assays, though in cells that express O6-methylguanine-DNA methyltransferase (MGMT), the synergistic effects were schedule dependent. Pretreatment of cells with DHMEQ equally sensitized cells to ionizing radiation. Conclusion: Taken together, our results show the potential usefulness of DHMEQ, in future therapeutic strategies for the treatment of tumors that do not respond to conventional approaches. Outros 97 F060. HábiTos RELACionAdos À PREVEnÇÃo dE CÂnCER dE PELE EnTRE CoRREdoREs dE PRoVAs dE LonGA dURAÇÃo Oliveira, L. M. C.1; Rodrigues, M.2; Palma, A.3 1. Clínica Médica - Hospital Municipal da Piedade. 2. Escola de Educação Física e Desportos – UFRJ. 3. Escola de Educação Física e Desportos – UFRJ. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi verificar os hábitos relacionados à prevenção de câncer de pele entre corredores de provas de longa duração. Método: Participaram do estudo 576 corredores de meia-maratona e maratona, sendo 457 (79,3%) do sexo masculino e 119 (20,7%) do feminino. Foi utilizado um questionário com perguntas abertas e fechadas, que tratavam de aspectos associados às características demográficas; às cargas de treinamento; à exposição solar e aos hábitos de proteção à luz solar. Resultados: Foi possível verificar que 36,9% (n= 212) dos corredores treinam sempre ou quase sempre expostos ao sol e somente 29,9% (n= 172) sempre se protegem. Entre os que sempre ou quase sempre estão expostos ao sol, observou-se que 33,5% (n= 71) costumam se proteger contra a exposição solar. O quantitativo de sujeitos expostos ao sol e que se protegem com protetor solar foi de 55 (25,9%). As mulheres apresentam maior preocupação com a proteção à exposição à luz do sol (p<0,001). A faixa etária, o tipo de prova, a frequência semanal, a duração dos treinos, o tempo que pratica corridas e o tempo que participa de provas não se associaram significativamente à frequência de proteção (p>0,05). Conclusões: O estudo permitiu observar que os corredores de provas longas, na cidade do Rio de Janeiro, não parecem se preocupar com a proteção à exposição solar, a despeito do risco de câncer de pele que esse hábito possa resultar. Palavras-Chave: Melanoma, neoplasias cutâneas, corredores de maratona. F061. PREdiToREs dE dEsConFoRTo EMoCionAL nA PRiMEiRA ConsULTA EM AMbULATÓRio dE CUidAdos PALiATiVos Lopes, H.*, Nunes, J. S.*; Lima, J. P. S. N.*; Paiva, B. S. R.*; Lacerda, D. C.*, Souza, C. P.*; Paiva, C. E.* *Hospital de Câncer de Barretos. Objetivos: Foram avaliados preditores de desconforto emocional em pacientes com câncer avançado em primeira consulta no ambulatório de Cuidados Paliativos (CP). Métodos: Incluiu-se 221 pacientes entre Junho/2011 e Maio/2012. A qualidade de vida foi avaliada pelo EORTC QLQC30, sendo analisado apenas o domínio funcional emocional (DFE). A Escala de Edmonton (ESAS) foi utilizada para cálculo do ESAS-emocional (média dos escores de depressão e ansiedade). A atitude religiosa foi mensurada pela Escala de Atitudes Religiosas (EAR). Utilizou-se modelo de regressão logística linear com as seguintes varáveis: tumor primário, idade, sexo, renda familiar, nível educacional, Karnofsky Performance Status (KPS), inatividade profissional, EAR e tratamento atual. Considerou-se significativo valor de p<0.05. Resultados: As médias (desvio padrão [DP]) de idade e KPS foram de 60,4 (12,6) e 75,5 (15,6), respectivamente. Cento e doze pacientes eram do sexo masculino (50.7%). Ainda estavam em tratamento ativo contra câncer 105 pacientes (47.5%). A média (DP) do DFE foi de 59,6 (31), e o ESAS-emocional de 2,4 (2,7). Em relação ao DFE, o modelo multivariado convergiu em quatro variáveis significativas após 12 etapas (F=9.7, p<0.001), sendo elas idade (t=2,264, p=0,025), KPS (t=2,965, p=0,003), tumor ginecológico (t=-3,408, p=0,001) e EAR (t=2,546, p=0,012). Em relação ao ESAS-emocional, o modelo definiu 3 variáveis após 14 etapas (F=10.9, p<0.001): idade (t=-2,910, p=0,004), KPS (t=-2,174, p=0,031) e sexo feminino (t=-3,941, p=0,001). Conclusão: Mulheres mais jovens, com baixo KPS, merecem maior atenção psicológica durante o processo de transição para CP. Pacientes com tumores ginecológicos também parecem demandar atenção diferenciada. O maior escore religioso se mostrou como fator protetor, sugerindo que o enfrentamento religioso possa ser útil. F062. AssoCiAÇÃo dE sinToMAs dE PACiEnTEs EM TRATAMEnTo onCoLÓGiCo Kolankiewicz, A. C. B.1; Braitenbach, V.2; De Domenico, E. B. L.3; Magnago T.4, De Paula C. C.4; Berlezi, E. M.5; Rosanelli C. L S. P.1 1. Doutoranda. Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI. 2. Enfermeiro, Egresso da UNIJUÍ. 3. Doutora da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. 4. Doutoras da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. 5. Doutora da. Unijuí. Objetivo: Associar os sintomas de pacientes em tratamento oncológico radioterápico e quimioterápico com o tipo de tratamento, faixa etária e gênero. Método: Estudo observacional, transversal e analítico. Participaram 480 pacientes assistidos no Centro de Alta Complexidade para Tratamento de Câncer (CACON) na região Sul do Brasil. A Coleta de dados ocorreu entre março a dezembro de 2011. Utilizou-se o instrumento Quality of Life Core – 30 Questionnare (QLQ C-30) e análise documental. Na análise dos dados utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPrSSPC), e estatística descritiva e analítica. Considerou-se estatisticamente significativo p≤0,05. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade sob parecer consubstanciado no 275/2010. Resultados: Existe correlação entre o tratamento quimioterápico e náuseas/vômitos e constipação com p= 0,005 e 0,041. Os sintomas mais freqüentes dos pacientes em tratamento quimioterápico foram: fadiga, dor e insônia com 72,4% (84), 71,6% (83) e 47,4% (55) respectivamente. No tratamento radioterápico os sintomas fadiga, dor e insônia com 72,4% (84), 71,6% (83) e 47,4% (55) e no tratamento conjugado fadiga e dor seguido de inapetência com 82%(50), 82%(50) e 52,5%(32). Ao correlacionar os sintomas e os diferentes ciclos de vida, náusea/vômito está estatisticamente associado a pacientes adultos e idosos com p=0,003. Na população adulta a fadiga, dor e constipação apresentaram 77,4% (192), 77%(191) e 48,4 (120) respectivamente. A população idosa apresenta os mesmos sintomas, porém menos frequentes, a fadiga e a dor com os mesmos escores 77,6% (180) e constipação com 46,6% (108). Ao relacionar sintomas e gênero, destaca-se que a fadiga, dor e constipação estão associadas ao sexo feminino, assim como Náusea/vômito com p=0,024. Conclusão: Os resultados podem subsidiar os profissionais de saúde com vistas a amenizar os sintomas e proporcionar uma melhor qualidade de vida. 98 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia F063. AdAPTAÇÃo TRAnsCULTURAL E VALidAÇÃo PARA A LÍnGUA PoRTUGUEsA do insTRUMEnTo onTARio PRoToCoL AssEssMEnT LEVEL (oPAL) Sarmento, R. M. B.1; Silvino, Z. R.2; Izu, M.3 1. Instituto Nacional de Câncer. 2. Universidade Federal Fluminense. 3. Instituto Nacional de Câncer. O presente estudo tem como objetivos realizar a adaptação transcultural da ferramenta Ontario protocol assessment level (OPAL) que mensura a carga de trabalho do coordenador de estudos clínicos baseado na complexidade dos protocolos de pesquisa clínica em oncologia e verificar sua validade no centro de pesquisa clínica do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Trata-se de estudo do tipo metodológico, uma vez que faz menção às investigações dos métodos de obtenção, organização e análise de dados, tratando da elaboração, validação (POLIT et al, 2010), e avaliação do instrumento na sua adaptação transcultural. O processo de adaptação transcultural se baseará no preconizado por Beaton e colaboradores (2002). As etapas do processo proposta por estes autores incluem a tradução do instrumento, a retro tradução do mesmo e a revisão por um comitê de especialistas com foco na equivalência semântica, idiomática, experimental e conceitual do instrumento gerando uma versão pré-final. Esta versão será submetida a um pré-teste pelos coordenadores de estudos do INCA e o instrumento será avaliado quanto as suas propriedades de medida, buscando garantira compatibilidade entre a versão adaptada transculturalmente e o instrumento original, no que tange a confiabilidade e validade. Serão testadas a confiabilidade inter-observadores ou equivalência, a confiabilidade teste-reteste ou estabilidade, a validade de conteúdo e a validade de constructo. Os dados sofrerão análise estatística descritiva e serão apresentadas em tabelas, segundo suas freqüências absoluta e relativas, para serem então discutidos. Espera-se ao final de todas as etapas com a validação do OPAL, mensurar a carga de trabalho gerada pelos protocolos de pesquisa clínica em oncologia do INCA o que auxiliará no gerenciamento do desempenho dos coordenadores de estudos clínicos melhorando a qualidade dos dados gerados, resultando em uma pesquisa fidedigna, trazendo reconhecimento profissional e institucional. F064. GPd CoMo ALTERnATiVA Ao dHAP no LinFoMA dE HodGKin RECidiVAdo - GPd insTEAd oF dHAP FoR TREATMEnT oF RECURREnT HodGKin disEAsE Marques, C. L. T. Q.1; Calixto, R.2; Botelho, C. S.1; Asmar, S. B.1; Moraes, D. R.1; Marques Jr. E. Q.1 1. CEOC - Centro de Oncologia de Caruaru. 2. Real Hospital Português – Real TMO Objetivo: descrever o caso de um paciente portador de linfoma de Hodgkin estádio IIIESB recidivado com sete anos de sobrevida global. Metodologia: sexo masculino, 48 anos, em 2005 apresentava linfadenomegalias em regiões cervical bilateral, axilar, inguinal e sintomas B. As TACs do tórax e abdomen evidenciavam múltiplas linfonodomegalias em mediastino superior, região para-traqueal direita, cadeia para-aórticocaval além de hiperesplenismo e múltiplos nódulos disseminados em todo o seu parênquima. Submetido a biópsia e imunohistoquímica que confirmaram Linfoma Hodgkin Clássico. Medula óssea negativa. Submetido a 6 ciclos de ABVD com resposta clínica e radiológica completas. Em 2008 o paciente apresentou dor importante em coluna dorsal, RNM revelou lesões mal definidas em D10, D12 e L2 além de lesão expansiva de partes moles em D12 e TAC do tórax e abdomen normais. Realizado radioterapia em coluna torácica posterior 3000 cGy e programado 6 ciclos de ABVD. Após detecção de doença estável programado 4 ciclos de GPD gencitabina 1000 mg/m2 D1 e D8, Cisplatina 100 mg/m2 D1 e dexametasona 40 mg D1 a D4. Obtido resposta clínica e radiológica completas e encaminhado ao TMO autólogo em março de 2009. Paciente evolui com excelente quadro clínico e em ausência de recidiva a cerca de 3 anos e 4 meses. Resultados: dados recentes sugerem que regimes baseados em gencitabina podem induzir remissões em pacientes que não responderam a terapias de resgate mais tradicionais. Tais respostas secundárias antes do transplante poderiam melhorar os desfechos por meio de citorredução do tumor, além de identificar melhor a doença que poderá responder a terapias de altas doses. Estudos com pacientes que atingiram remissão completa pré-TMO autólogo evidenciam SLD 38% e SG 50% em três anos, condizente com o caso acima descrito. Conclusão: o esquema GPD apresenta boa tolerabilidade, facilidade na sua administração, eficácia de resposta e, portanto, torna-se uma alternativa eficaz ao DHAP. Câncer de Próstata 99 CânCer de PrósTaTa G001. CoRRELAÇÃo EnTRE o EsCoRE dE GLEAson, PsA E EsTAdiAMEnTo nos PACiEnTEs ATEndidos no insTiTUTo MARAnHEnsE dE onCoLoGiA EM 2006 E 2007 Pachêco, W. B.²; Freitas, L. N. C.¹; Silva, D. F.¹; Nascimento, M. D. S. B.¹; Santos, H. L. N.¹; Neto, J. B. R.¹; Sousa, F. M. F.¹ 1. Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Luís, MA, Brasil. 2. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - CCBS/UFMA, São Luís, MA, Brasil. Objetivos: Analisar o câncer de próstata correlacionando variáveis epidemiológicas, PSA, estadiamento e escore de Gleason dos pacientes assistidos no Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Bello (IMOAB) em São Luís - MA no período de 2006 e 2007. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo, documental e quantitativo, relacionando as variáveis nos casos diagnosticados de câncer prostático. Analisamos 265 pacientes com idade média de 71 anos. Incluímos dados clínicos e patológicos, idade, cor da pele, procedência, profissão e estado civil. Dosagem plasmática elevada de PSA indicou biópsia seguida de anatomopatologia e estadiamento, bem como a classificação por escore de Gleason. Resultados: O número de casos dobrou de 2006 (33,21%) em relação a 2007 (66,79%). No período em análise, houveram maiores percentuais para os homens com idade igual ou maior que 70 anos com 50% (n=44) em 2006 e 59,32% (n=105) em 2007; pardos 69,32% e 86,44% (n=61 e 153); casados 82,95% e 78,53% (n=73 e 139); aposentados 52,27% e 46,33% (n=46 e 82); procedentes do interior do Estado 57,95% e 54,80% (n=51 e 97), respectivamente. Na faixa etária maior que 70 anos verificou-se predominância de graus elevados de estadiamento. O estadio IV foi o mais diagnosticado (62,3%; n=38), seguido do estadio II (57,75%; n=41) e do III (55,73%; n=68). O estadio I apresentou maior prevalência (45,46%; n=05) na faixa etária de 55 a 59 anos. Quanto ao PSA, 71,59% (n=63) apresentaram 10 ng/mL em 2006 e 77,40% (n=137) em 2007; escores de Gleason Grau 3 representaram 82,95% (n=73) e 77,40% (n=137), respectivamente. Conclusão: A estratificação de risco fundamentada no manejo clínico de PSA, escore de Gleason e estadiamento demonstrou que a maioria dos pacientes era de alto risco (p=0,0001) com níveis de PSA acima de 10 ng/mL, predizendo o estágio avançado do tumor; apenas 1/3 destes eram de baixo risco. Eram predominantemente lavradores de cor parda, casados e procedentes do interior do Estado. Somente 13 dos 265 pacientes estudados apresentaram baixos dos níveis de PSA (4 ng/mL), procedentes principalmente da capital. G002. EVALUATion oF oVERExPREssion oF TMPRss2 And ERG PRoTEins And TMPRss2: ERG GEnE FUsion in PRosTATE CAnCER PATiEnTs Eguchi, F. C.1; Faria, E. F.2,3; Squire, J. A.4; Scapulatempo Neto, C.5,3; Kerr, L. M.5; Longatto Filho, A.3; Zanardo-Oliveira, C.6; Campos; S. G. P.7,3 1. Molecular Oncology Research Center, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP, Brazil; 2. Department of Uro-oncology, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP, Brazil; 3. Department of Teaching and Research, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP, Brazil; 4. Department of Pathology and Molecular Medicine, Queen’s University, Kingston, ON, Canada; 5. Department of Pathology, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP, Brazil; 6. Group of Epidemiology and Statistics, Barretos Cancer Hospital, Barretos, SP, Brazil; 7. Laboratory for Microscopy and Microanalyses, IBILCE/UNESP, São José do Rio Preto, SP, Brazil. Aims: This study evaluated the presence of overexpression of TMPRSS2 and ERG proteins and TMPRSS2:ERG gene fusion among patients with prostate cancer either submitted to radiotherapy or radical prostatectomy. It was correlated with the individual response to treatment. Methods: This study was submitted to the Research Ethics Committee and was approved under number 425/2010. The study included patients who underwent one of the curative treatments between 2006 and 2007 at Barretos Cancer Hospital. Those were divided into cured (for prostatectomy group: PSA ≤ 0.2 ng/mL; radiotherapy group: PSA ≤ 1.0 ng/mL, for 5 years after treatment) and non-cured (prostatectomy group: PSA > 0.2 ng/mL; radiotherapy group: PSA > 1.0 ng/mL after treatment). The clinical parameters obtained from the records were: age, treatment response, Gleason score, staging, PSA level (before and after treatment), metastasis and death from prostate cancer. Results: Preliminary evaluations involved the immunohistochemical analysis of ERG (C-20, Santa Cruz Biotech., 1:200). It were included 183 patients who underwent prostatectomy and 66 patients submitted to radiotherapy. Radiotherapy group had mean PSA value 18.44 ng/mL, while the surgery group mean PSA was 8.55 ng/mL (p = 0,02).The average age was higher in the radiotherapy group (71.6 years) than the surgery group (61.6 years) (p < 0,001). The rate of biochemical recurrence was 60.6% for the radiotherapy group and 36.1% for the surgery group (p = 0.001). ERG immunoreaction was strongly positive for the Gleason 6 and 7. Conclusions: ERG immunoreaction indicated a high correlation between moderate prostatic lesions and the possible occurrence of the TMPRSS2:ERG gene fusion and may offer an accurate and simpler alternative for evaluation of ERG fusion status in prostate cancer. G003. EVALUATion oF PATHoLoGiCAL PREsEnTATion oF PRosTATE CAnCER CAsEs in TRAns-RECTAL bioPsiEs Paula, B. H. R.1,2; Romão, D. S.1; Falcão, P. M.1,2; Falcão, P. G. F.2; Almeida, R. O.2,3; Atan, L. C. L.2,4; Almeida, F. C. O.2,3 1. Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda; 2. Laboratório de Anatomia Patológica Falcão; 3. OncoCentro - Centro Oncológico e Hematológico LTDA; 4. Instituto de Urologia de Volta Redonda. Purpose: To evaluate the presentation of prostate cancer in trans-rectal biopsies. Methods: A total of 1281 prostate biopsies performed between January 2009 and June 2012 were analyzed in a private pathological analysis laboratory. Information evaluated were age, cancer rate, origin of patients (public or private health service), amount of bilateral presentation, Gleason score, and clinical subgroups of Gleason scores: 2-4 (well differentiated), 5-6 (moderately differentiated), 7 (intermediate), and 8-10 (poorly differentiated). Affected region analysis were performed in 403 of 489 cancer cases, 86 were excluded because the regions were described as “right lobe” and “left lobe”. Results: Of the 1281 analyzed patients, 489 (38.17%) had cancer on biopsy. Patients mean age was 65,8 +/- 9,2 years. The most frequent Gleason Score was 7. The percentage of patients with Gleason scores of 2-4, 5-6, 7, and 8-10 was 8.59%, 41.92%, 31.49% and 18.00%, respectively. Of the 403 patients with diagnosed cancer analyzed, the most affected region was the median right lobe (51,12%), followed by the base right lobe (49.88%) and the less affected region was the apex of right lobe (46.40%). Of the 778 patients from public health system, 303 had cancer on biopsy (38,95%) and of the 503 patients from private health system, 186 had cancer on biopsy (36,98%). Conclusion: The percentage of prostate cancer detection (38.09%), the mean age (65 years) and the mean Gleason score (7) was similar as described in the literature. The high prevalence of bilateral cases of cancer suggests that patients who are submitted to prostate biopsy are more likely to already have locally advanced disease. Patients from public or private health system seems to present similar rate of cancer cases on biopsy. 100 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia PsICOlOgIa H001. sÍndRoME dE bURnoUT nA áREA dE EnFERMAGEM onCoLÓGiCA Silva, P. R.; Slomka, L. Hospital Moinhos de Vento. O Burnout pode ser descrito como um fenômeno marcado pelo sentimento de fracasso e exaustão causado por um excessivo desgaste de energia e recurso. Caracteriza-se por uma tríade: exaustão emocional (EE), despersonalização(D), redução da realização pessoal (RP). Objetivo: é analisar artigos que descrevam a relação existente entre burnout e stress associados ao trabalho de profissionais de saúde, especificamente os enfermeiros da área de oncologia, seja em unidade ambulatorial ou de internação. Método: Foi realizada uma revisão sistemática de artigos entre 2000 e 2011 nas bases de dados: Bibliografia Medica (MEDLINE), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library (SCIELO). Utilizaram-se os descritores: Síndrome de Burnout, Enfermagem, Oncologia. Resultados: A maior parte dos estudos reforça que o Burnout é um quadro crescente nos profissionais da enfermagem em Oncologia; Praticamente todos os artigos apontam para a possibilidade de um aumento na incidência dos casos de burnout, sendo fundamental abordar preventivamente as equipes; Apenas 11 artigos encontrados indicam a necessidade de mais estudos a respeito do tema; H002. A QUiMioTERAPiA EM FoToGRAFiAs E nARRATiVAs: UM EsTUdo ExPLoRATÓRio Matosinho, N. P. M.; Cavasini, S. M.* *Universidade Federal de São Paulo. O objetivo é conhecer a vivência de pacientes oncológicos acerca da quimioterapia, visando compreender significados e sentidos atribuídos a esta modalidade de tratamento; e a percepção sobre o ambiente da quimioterapia. É um estudo piloto, qualitativo, exploratório, através de estudo de caso de um paciente adulto com câncer de reto em quimioterapia. Os dados foram colhidos em um Ambulatório de Quimioterapia na cidade de São Paulo (SP). Utilizou-se como base o método autofotográfico (Justo, 2009), envolvendo dois encontros. No primeiro, o colaborador produziria 12 fotos em resposta à pergunta “O que é fazer quimioterapia para você?”. No segundo encontro, audiogravado, organizaria hierarquicamente as fotos (da que mais responde à pergunta, para a que menos a responde). Em seguida, escolheria as quatro fotos mais representativas e narraria sobre sua produção. O colaborador produziu 14 fotografias. Os principais temas fotografados foram: o procedimento de infusão da quimioterapia, a equipe, os pacientes, os voluntários e ele enquanto paciente. A quimioterapia aparece como uma necessidade para vencer o câncer. O tratamento é significado como longo, difícil e que também é enfrentado por outras pessoas. Destaca a importância do cuidado e carinho da equipe e dos voluntários. De forma latente, percebe-se que a quimioterapia está associada a risco de morte, a procedimentos invasivos, mas que por outro lado gera esperança de cura. Conclui-se que frente à possibilidade de morte que a doença impõe, a quimioterapia oferece esperança de vida, apesar das dificuldades do procedimento. O ambiente do ambulatório parece oferecer fatores protetores, que auxiliam no enfrentamento do tratamento, como não estar sozinho, um cuidado próximo pela equipe e apoio espiritual. A fotografia aliada à narrativa mostrou-se uma rica ferramenta para expressão de sentidos. H003. iMPLiCAÇÕEs PsiCossoCiAis do AdoECiMEnTo PoR CÂnCER nA AdoLEsCÊnCiA Moura, C. A.1; Souza, A. M.2; Graim, R.3; Castro, E. S. A.4 1. Hospital Universitário João de Barros Barreto. 2. Universidade Federal do Pará. 3. Hospital Ophir Loyola. 4. Hospital Ophir Loyola. A adolescência pode ser definida enquanto processo evolutivo singular entre as fases da infância e vida adulta, marcado basicamente por uma necessária crise de identidade, caracterizada por alguns elementos, como: integração de experiências passadas; desenvolvimento de um sentido de individualidade e crescente consciência do próprio futuro. Câncer é a designação a um conjunto de mais de 100 doenças, as quais têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser agressivas e incontroláveis, constituindo um risco de vida. O presente estudo objetivou investigar e refletir sobre as implicações psicossociais mais significativas relacionadas ao adoecimento por câncer na adolescência. Para tanto, elegeu-se o método de pesquisa bibliográfica, através da revisão de literatura disponível em banco de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, no período de 2001 a 2010. Os resultados obtidos sinalizam que as doenças crônicas infanto-juvenis, como o câncer, revelam importantes questões para os pacientes, seus familiares, equipe multiprofissional de saúde e à sociedade em geral. Neste contexto, é observado um importante processo de luto do jovem pela perda da saúde em um momento de vida no qual a busca pelo prazer é valorizada por si e seus pares. Sendo uma doença crônica, o câncer necessita de uma contínua terapia antineoplásica, a qual acarreta profundas variações vitais na relação consigo e com o mundo. Constantes hospitalizações, efeitos colaterais adversos do tratamento, distanciamento do grupo de identificação, alterações da imagem corporal, restrição de atividades cotidianas, são os aspectos que mais contribuem para as sensações de impotência, contestação e risco iminente do adolescente. Conclui-se, portanto, que as repercussões psicossociais são vivenciadas singularmente pelo adolescente e devem ser acolhidas e compreendidas pelos cuidadores e equipe de saúde. Psicologia 101 H004. HoRáRio dE VisiTA EsTEndidA PARA FAMiLiAREs EM UnidAdE dE TERAPiA inTEnsiVA Bianchini, D. C. S.1; Oliveira, P. K.2 1. Psicóloga do Instituto do Câncer do Hospital Mãe de Deus. 2. Estudante da Unisinos. Ao internar um familiar em uma Unidade de Tratamento Intensivo o indivíduo é provocado pelos mais intensos sentimentos, predominando medo, insegurança, sensação de incerteza e vulnerabilidade (SILVEIRA; LUNARDI; LUNARDI FILHO; OLIVEIRA, 2005). Ao somar-se neste contexto o fato de que o diagnóstico de seu familiar é câncer, tais sentimentos podem agravar-se tendo em vista todos os estigmas que ainda envolvem esta doença em nossa sociedade. Avanços na medicina e tecnologia fazem com que o câncer venha se tornando uma doença crônica e possibilitando que seus pacientes tenham cada vez mais possibilidades de cura ou sobrevida longa e com qualidade (ELLIS, 2000). Porém, dentro de uma Unidade de Terapia Intensiva, espaços para o contato humano e o afeto, mostram-se de extrema importância para o alívio do sofrimento do paciente e como consequencia de sua família. (Silveira; Lunardi; Lunardi Filho; Oliveira, 2005). Partindo deste pressuposto o Serviço de Psicologia do Instituto do Câncer do Hospital Mãe de Deus desenvolveu o projeto de Horário de Visita Estendida para os familiares dos pacientes oncológicos que internarem nesta unidade. A equipe de enfermagem da UTI comunica o profissional de Psicologia do Instituto do Câncer sobre a internação do paciente oncológico, o qual após confirmação de que o paciente se beneficiaria emocionalmente de ter seus familiares por mais tempo durante a passagem por esta unidade, entrevista seus familiares para avaliar se os mesmos serão capazes de oferecer suporte emocional ao paciente. Esta avaliação é feita a partir do olhar psicanalítico, buscando a compreensão dos mecanismos de defesa psíquicos que estao sendo utilizados pelos familiares. Existem alguns momentos específicos para a liberação desta visita: o momento onde o paciente encontra-se lúcido e orientado ou em quadro de delirium, podendo beneficiar-se da presença do seu familiar por um período mais longo e o momento onde o quadro clínico é terminal, podendo o paciente estar até mesmo sob sedação. Neste caso é o familiar quem é beneficiado por este momento, onde pode acompanhar seu ente querido por um período mais longo de tempo até o momento do óbito. Assim sendo, os familiares disponibilizam de mais uma hora no turno da manhã e uma hora no turno da tarde e esse horário estendido é evoluído no prontuário do paciente com o consentimento da enfermeira que atua na área. A presença do Psicólogo neste local contribui no resgate do ser humano para além de sua dimensão físico-biológica, oferecendo um olhar ampliado também para suas questões psíquicas, facilitando, sempre que possível, um espaço para os desejos e sentimentos não só do paciente, mas também de seus familiares. (MOTA; MARTINS; VÉRAS, 2006). Referências: Mota, R. A.; Martins, C. G. M.; Veras, R. M. Papel dos profissionais de saúde na política de humanização hospitalar. Psicologia em Estudo. 2006; 11(2): 323-330. Silveira, R. S.; Lunardi, V. L.; Lunardi Filho, W.D.; Oliveira, A. M. N. Uma tentativa de humanizar a relação da equipe de enfermagem com a família de pacientes internadosna UTI. Texto & contexto enferm;14(n.esp):125-130, 2005. Ellis, J. A. (2000). Psychosocial adjustement to câncer treatment and other chronic illness. Acta Pediatrica, 89,134-141. H005. A ExPERiÊnCiA do AdoECER E MoRRER EM CUidAdos PALiATiVos, UMA CoMPREEnsÃo A PARTiR dAs HisTÓRiAs dE VidA Cavasini, S. M.*; Matosinho, N. M.*; Vieira, N. Holanda, F.* *UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo – Depto. Psiquiatria; CEHFI-GEHOS. Esse estudo tem como objetivo refletir a experiência do adoecer e morrer na perspectiva dos cuidados paliativos, partindo da metodologia e perspectivas da história oral aplicada a esse contexto. Para tanto serão apresentados os relatos de duas mulheres portadoras de doença oncológica em fase final de vida e como os acontecimentos podem adquirir sentido a partir da experiência narrativa. As pacientes foram acompanhadas pela equipe de Psicologia em duas Instituições de Saúde em cuidados paliativos. A metodologia da história oral oferece ao paciente a possibilidade da narrativa de sua vivência do adoecer e ao profissional uma maior compreensão de suas práticas em saúde. A história oral se situa dentro dos métodos qualitativos de investigação, e reflete a concretude, as circunstâncias e o contexto social e cultural no qual ocorrem as experiências do adoecer e as situações da prática institucional; permite mobilizar sentidos e afetos, através da construção empática entre colaboradoras e entrevistadoras e suas vivencias; e facilita uma melhor compreensão das manifestações humanas diante da morte. Através das narrativas, pudemos constatar o impacto para essas mulheres de se verem diante da possibilidade do morrer, e como suas histórias de vida suscitaram nos profissionais reflexões éticas acerca das tomadas de decisões em relação aos cuidados. Serão discutidos nesta apresentação os conflitos evidenciados em suas narrativas e como suas histórias apresentaram-se como possibilidades efetivas de expressão de seus desejos, afim de amenizar as angústias, os medos, fomentar a confiança, fortalecer a esperança e facilitar as despedidas. H006. UMA PRoPosTA dE ATUAÇÃo JUnTo À FAMÍLiA do PACiEnTE onCoLÓGiCo CUidAndo do CUidAdoR FAMiLiAR Costa, R. A. UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo - Departamento de Psiquiatria. O presente trabalho tem como objetivo apresentar o dispositivo terapêutico, cuidando do cuidador familiar através do grupo de palavras - Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo. Este dispositivo oferece aos cuidadores familiares possibilidades para elaborar a pesada carga de estresse a que são submetidos. A queixa do cuidador está relacionada à sobrecarga de tarefas e responsabilidades, manejo do cuidado direto com o paciente, dificuldades econômicas muitas vezes vinculadas ao afastamento das atividades laborais, isolamento social e o 102 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia declínio de sua saúde. Como consequência desse cuidado também se observou alterações dos estados emocionais, do ciclo de sono, alimentação, tristeza, depressão, fatiga, entre outros sintomas. As consequências sobre a vida do cuidado familiar é um tema capital. O grupo familiar carece de um espaço para poder expressar e elaborar suas emoções e ser sustentado psiquicamente. O contexto familiar atravessado por neoplasias é complexo. O adoecimento, a internação e o tratamento são geradores de angustia. Esta situação repercute nos vínculos familiares, na adesão do paciente ao tratamento, no prognóstico médico, na estabilidade emocional do paciente, do grupo familiar e equipe multiprofissional. Na atuação médica estão implícitos o alívio e a extinção dos sintomas. O trabalho através do grupo de palavras entre outros, é de compreensão dos sintomas e prover ferramentas que possam auxiliar na estabilidade psíquica do grupo familiar. Para concluir, o paciente além de padecer de uma neoplasia, ter um diagnóstico, é um individuo que possui uma subjetividade relacionada com o somatório de suas vivências, com o funcionamento e a estrutura de seu grupo familiar. É imprescindível o trabalho junto à família, analisar si os vínculos intrafamiliares e sociais estão afetados pela cronicidade da doença, como também saber se a família é continente e se o paciente pode contar com ela no contexto de sua enfermidade. Palavras-Chave: cuidador familiar, vínculos familiares, neoplasias, grupo de palavras. H007. TRATAR o REAL (do CÂnCER) PELo siMbÓLiCo (dA PALAVRA) oU ‘o QUE o bURACo QUE FiCA FAZ dE MiM’ – ConsidERAÇÕEs dA CLÍniCA PsiCAnALÍTiCA CASTRO, J.1; FERREIRA, D.2; COSTA, N.3 1. Psicóloga, coordenadora da residência em psicologia INCA, Pós-doutoranda em Teoria Psicanalítica UFRJ. 2. Psicóloga, especialista em Clínica Psicanalítica IPUB/UFRJ, residente de psicologia INCA. 3. Psicóloga, residente de psicologia INCA Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) – Rio de Janeiro. Em uma instituição oncológica, a prática do psicólogo, marcada pela escuta analítica, permite o encontro com narrativas que possibilitam refletir sobre o inominável, ou seja, o impossível de ser simbolizado. Enquanto irrupção do imprevisto, a emergência do câncer aponta para a falta de contorno simbólico, para a perda da veste imaginária onde o sujeito se reconhece e o abalo dos seus ancoramentos. Na fala de alguns pacientes, é possível notar um ponto de opacidade diante do traumático: “O chão abriu e eu caí dentro”; “Desabei, ficou tudo cinza”; “A gente perde alguma coisa quando sabe que está com essa doença”. Vemos no confronto com o diagnóstico de câncer o horror frente ao impossível de ser nomeado. O paciente se vê confrontado com algo que se impõe radicalmente. Ele não escolheu ter câncer e, ainda assim, é chamado a responder por isso. Eis a dimensão da responsabilidade em jogo na psicanálise. A clínica implica a aposta de que o sujeito possa advir ao se apropriar do que escapa ao seu controle e é através da palavra que pode dar contorno a isso. “Que vida levarei agora?”; “O que eu faço com o buraco que fica?” São fragmentos do discurso de pacientes submetidas a mastectomia. Apostamos em um trabalho de construção subjetiva, na inversão da frase para: O que o buraco que fica faz de mim? Trabalho a ser realizado pelo ser falante, cabendo ao psicanalista dar lugar a isso, já que o sujeito só pode emergir na responsabilização por seu dizer. Reconhecer o sofrimento, abrindo espaço para o surgimento da angústia, na aposta do advento do sujeito, implica tratar o real (do câncer) pelo simbólico (da palavra). O deslocamento da opacidade do buraco permite a invenção de um dizer, na escrita mesma do texto do sujeito, que advém aí como desejante. H008. o TRAbALHo do PsiCÓLoGo CoM PACiEnTEs EM CUidAdos PALiATiVos - ConsidERAÇÕEs A PARTiR dA PsiCAnáLisE CASTRO, J.1; MELO, D.2; COSTA, N3; MONTEIRO, J.3; SANTOS, V.4 1. Psicóloga, coordenadora da residência em psicologia INCA, Pós-doutoranda em Teoria Psicanalítica UFRJ). 2. Psicóloga, especialista em Clínica Psicanalítica IPUB/UFRJ, residente de psicologia INCA. 3. Psicóloga, residente de psicologia INCA. 4. Psicóloga, Mestre em Saúde Coletiva UFRJ, Residente de psicologia INCA Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) – Rio de Janeiro. Este trabalho propõe uma reflexão acerca da escuta possível para o psicólogo, marcado pelo discurso da psicanálise, diante do paciente em cuidados paliativos. Segundo Freud, no inconsciente, não há registro da morte de si mesmo, sendo impossível concebê-la. É na morte do outro que se tem acesso à questão da própria finitude. Aquele que escuta, é somente pagando o preço de sua própria castração que poderá, ainda que sem garantias, acompanhar o sujeito diante da morte e da falta de recursos para enfrentá-la. No contexto médico, em que o paciente é tido como objeto de cuidado, se faz necessário reconhecer e dar voz ao sujeito, convidando-o a falar de si, mesmo que sua vida esteja perto do fim. O trabalho consiste em atravessar junto com o paciente esse momento. Trata-se de uma escuta que não se embasa em um saber prévio e nem ocupa uma função prescritiva ou consoladora, mas que dá lugar para que o paciente possa dizer algo sobre o que lhe ocorre, compartilhando sua angústia. Há um reconhecimento da angústia que o encontro com a finitude pode desencadear e um trabalho de sustentar, com o sujeito, os encaminhamentos que encontrará no atravessamento da radicalidade desse confronto. Psicologia 103 H009. o PACiEnTE CoM CÂnCER dE CAbEÇA E PEsCoÇo: AsPECTos PsiCossoCiAis E ConTRibUiÇÕEs dA AssisTÊnCiA PsiCoLÓGiCA Moura, C. A.1; Souza, A. M.2; Graim, R3; Seiffert, M.3; Alves, L. H.1 1. Hospital Universitário João de Barros Barreto. 2. Universidade Federal do Pará. 3. Hospital Ophir Loyola. O câncer de cabeça e pescoço é um termo coletivo definido por bases anatômico-topográficas para descrever tumores malignos do trato aerodigestivo superior, região anatômica que inclui a cavidade oral, faringe e laringe. O tratamento de um modo geral envolve cirurgia, radiação e quimioterapia, isoladamente ou de forma combinada, almejando a cura ou o tratamento paliativo da doença. O presente estudo objetivou avaliar os aspectos psicossociais relacionados ao diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço e refletir sobre as contribuições da assistência psicológica oferecida ao paciente com esta patologia. Para tanto, elegeu-se o método de pesquisa bibliográfica, através da revisão de literatura disponível em banco de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, no período de 2001 a 2010. Os resultados obtidos sinalizam que o diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço e todo o processo da doença são vivenciados pelo paciente e sua família como um momento de intensa angústia, sofrimento e ansiedade. Além da representação de uma doença dolorosa e mortal, o paciente comumente experimenta no tratamento, geralmente longo, perdas múltiplas e sintomas adversos, acarretando prejuízos nas habilidades funcionais e sociais, incertezas quanto ao presente e futuro, exacerbação dos temores da dor, desfiguramento e morte. Neste contexto, o psicólogo atua na assistência ao paciente, familiares e equipe multiprofissional inserida na prevenção, tratamento, reabilitação e fase terminal da doença; na pesquisa/estudo de variáveis psicossociais relevantes para a compreensão da incidência, recuperação e tempo de sobrevida após o diagnóstico; na organização de serviços oncológicos que visem ao atendimento integral do paciente, enfatizando especialmente a formação/aprimoramento dos profissionais de saúde envolvidos nas diferentes etapas do tratamento. Conclui-se, portanto, que a assistência psicológica constitui-se enquanto importante instrumento de promoção da saúde integral e qualidade de vida do paciente com câncer de cabeça e pescoço. H010. GRUPos dE sUPoRTE CoM PACiEnTEs onCoLÓGiCos: UMA PRoPosTA dE CUidAdos EM PsiCo-onCoLoGiA Moura, C. A.1; Alves, L. H.1; Graim, R.2; Souza, A. M.3 1. Hospital Universitário João de Barros Barreto. 2. Hospital Ophir Loyola. 3. Universidade Federal do Pará. A psico-oncologia caracteriza-se como uma área de interface entre a Oncologia e a Psicologia, configurando um campo interdisciplinar da saúde, voltado ao estudo da influência de fatores psicológicos sobre o desenvolvimento, tratamento e reabilitação de pacientes com câncer. Suas contribuições referem-se à assistência ao paciente, seus familiares e aos profissionais de saúde envolvidos com a prevenção, tratamento, reabilitação e o processo de finitude do viver. Esta perspectiva comporta um conjunto de estratégias de intervenção, baseadas nas diversas abordagens teóricas em psicologia, como a realização de grupos de suporte. Neste sentido, o presente estudo objetivou responder o que define um grupo de suporte e quais seus objetivos, refletindo sobre suas contribuições à qualidade de vida do paciente oncológico. Para tanto, elegeu-se o método de pesquisa bibliográfica, através da revisão de literatura disponível em banco de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, no período de 2001 a 2011. Os resultados obtidos sinalizam que o grupo de suporte define-se pela reunião de pessoas em torno de uma situação em comum, tendo como principal finalidade a identificação/fortalecimento de potencialidades sadias; elevação da auto-estima/autoconfiança; maior conscientização do indivíduo sobre si mesmo. Suas contribuições ao paciente oncológico referem-se ao apoio fornecido pelo grupo através de relações afetuosas/empáticas mantidas pelos membros; identificação e troca de experiências; espaço de livre expressão de sentimentos; desenvolvimento de formas mais eficientes de enfrentamento da doença; contato com o sistema de crenças e possibilidade de mudança nos estigmas relacionados ao câncer; facilitação de revisão de valores/princípios de vida; regularidade no atendimento. Conclui-se, portanto, que os grupos de suporte constituem-se enquanto importante estratégia de cuidados ao paciente oncológico, à medida que promovem a este uma atitude vigorosa com relação à vida; estabelecimento de rede de apoio bem estruturada; fortalecimento da autoconfiança e maior compromisso consigo mesmo. 104 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia CânCer de PulMãO i001. APREsEnTAÇÃo iniCiAL dE CÂnCER dE PULMÃo nÃo-PEQUEnAs CÉLULAs CoM CARCinoMATosE RETRoPERiTonEAL Simões, M. F. E.1; Mascarenhas, E.1; Lessa, G.1; Souza, T. G. S.2; Fahel, F.3 1. Núcleo de Oncologia da Bahia. 2. Hospital Aliança. 3. Clínica Diagnoson. A carcinomatose retroperitonial secundária ao câncer de pulmão não-pequenas células é um evento clínico bastante raro, uma vez que os principais sítios metastáticos de pulmão são osso, fígado, cérebro e glândula adrenal. Estudos anteriores revelaram uma pequena porcentagem de casos como este o que ratifica a singularidade deste tipo de padrão metastático pulmonar. Este trabalho trata de um relato de caso clínico. Foi realizada uma pesquisa de revisão bibliográfica acerca do tema nas bases de dados PubMed, Bireme, LiLacs e Scielo. Utilizaram-se as seguintes palavras-chave: retroperitoneal carcinomatosis, peritoneal carcinomatosis, lung cancer, non small cell lung cancer e renal failure. O caso relata carcinomatose retroperitonial sendo apresentação clínica inaugural de câncer de pulmão em um paciente do sexo feminino. Este paciente tinha um passado de melanoma maligno descoberto em 2009 e vinha em seguimento clínico sem evidência de doença. Em fevereiro de 2012, apresentou quadro de uropatia obstrutiva e foi realizada investigação. A videolaparoscopia revelou carcinomatose retroperitonial com ascite secundária à neoplasia de pulmão. O caso em questão torna-se bastante atrativo devido ao fato do paciente ter passado de melanoma, o que se fez pensar na possibilidade de metástase oriunda do melanoma. A imunohistoquímica refutou esta hipótese e comprovou pulmão como sítio primário, concluindo positividade para CK-7, TTF-1 e surfactante. A genotipagem para EGFR não mostrou mutação nos exons investigados. O paciente realizou PET/CT que comprovou presença de nódulo pulmonar e metástase óssea vertebral. Foi indicada quimioterapia paliativa sistêmica com paclitaxel e carboplatina, havendo melhora da função renal. O paciente evoluiu sem muitas queixas e intercorrências à terapêutica. Este tipo de padrão metastático é bastante raro, além de geralmente a descoberta ser tardia. A sobrevida é muito baixa, conferindo um mau prognóstico. i002. TUMoR sinCRôniCo dE PULMÃo – CARCinoMA dE CÉLULAs EsCAMosAs E oAT CELL. RELATo dE CAso E REVisÃo dE LiTERATURA Reis, B. F. S.*; Silva, F. S.*; Lunz, J. M. Q.*; Carneiro, L. M. F.*; Baratti, A. B.*; Fonseca, F. F.*; Santos, L. G. C.*; Gollner, A. M.*; Almeida, E. P.*; Sousa, R. P.*; Reis, B. V. S.* *Hospital Universitário da UFJF. Introdução: O câncer de pulmão primário múltiplo ocorre em pouco mais do que 0,5% dos pacientes com câncer de pulmão. O tipo histológico mais prevalente nestes casos continua sendo o carcinoma epidermoide associado ao adenocarcinoma. Os tumores podem ser sincrônicos quando diagnosticados simultaneamente ou metacrônicos, quando os diagnósticos ocorrem em tempos diferentes. As neoplasias múltiplas do pulmão têm um prognóstico mais favorável do que a doença localmente avançada ou metastática de um único tipo histológico. Objetivo: Relatar o caso de um tumor sincrônico de pulmão. Realizar revisão de literatura acerca do tema. Relato de Caso: Paciente com 59 anos, do sexo masculino, ex-tabagista com carga tabágica de 40 anos-maço, com evolução de três meses de quadro de tosse sem expectoração e hemoptise em pequena quantidade, dispneia grau 2/4 e sibilância. O paciente negava dor torácia, febre e perda ponderal. Inicialmente foi tratado como um quadro de pneumonia bacteriana, recebendo alta para controle ambulatorial. Em exames de imagens foi evidenciado opacidade extensa em pulmão direito. À broncoscopia foi evidenciado tumoração invadindo árvore brônquica direita. Realizado abordagem cirúrgica com pneumectomia direita com linfadenectomia peri-hilar direita e subcarinal (incluindo retirada de linfonodo periesofágico). O anatomopatológico patológico demonstrou presença de carcinoma epidermoide pobremente diferenciado acometendo brônquio principal direito e tipo histológico oat cell. Atualmente o paciente encontra-se em Unidade de Terapia Intensiva aguardando tratamento de intercorrências infecciosas para continuação de abordagem anti-neoplásica. Conclusão: As neoplasias múltiplas de pulmão estão sendo cada vez mais diagnosticadas devido aos avanços em métodos de imagem capazes de demonstrar de forma mais precisa as lesões neoplásicas. Torna-se essencial a distinção entre neoplasia única e múltipla para que seja feita a melhor abordagem terapêutica. i003. AVALiAÇÃo dos HábiTos TAbAGisTAs dE UM GRUPo dE indiVÍdUos nA FAixA ETáRiA dE 18 A 90 Anos Ribeiro, T. L.*; Alencar, R. D.*; Furtado, R. V.*; Viana, R. L.*; Souza, G. S. M.*; Silva, J. C.*; Jorge, W. H. A.* Faculdade de Medicina - Universidade Federal do Ceará. Objetivo: Avaliar os hábitos tabagistas em um grupo de indivíduos, cuja faixa etária varia de 18 a 90 anos, a fim de orientar a tomada de medidas preventivas contra o câncer de pulmão. Métodos: Realizou-se um estudo quantitativo e transversal a partir de 177 questionários aplicados em uma atividade realizada por acadêmicos de medicina da Universidade Federal do Ceará na Praça do Ferreira e em um Centro Comunitário, ambos localizados no município de Fortaleza. No momento da atividade, foi questionado o hábito tabagista de cada entrevistado. Resultados: Foram 177 entrevistados, com média de idade de 49,21 anos e mediana de 50 anos, sendo 102 do sexo feminino e 75 do sexo masculino. Desse total 18,64% eram fumantes, destes 45,45% do sexo masculino e 54,55% do sexo feminino, e 9,60% eram ex-fumantes, 29,41% eram do sexo masculino e 70,59% do sexo feminino. A faixa etária que apresentou maior percentual de fumantes e também de ex-fumantes foi de 71 a 80 anos, sendo 27,27% de fumantes e 47,05% de ex-fumantes. Conclusão: No Brasil, a média de fumantes acima de 18 anos de idade é de 14,8%, segundo dados do VIGITEL divulgados em abril de 2012. O grupo em estudo apresentou percentual relativamente maior do que o encontrado no estudo do VIGITEL. Segundo estimativa elaborada pelo INCA, 37% dos casos de câncer do país previstos para 2012 são relacionados ao tabagismo, o que reforça a necessidade de atividades que esclareçam sobre o risco do tabagismo e sua forte associação com o câncer de pulmão. Câncer de Pulmão 105 i004. PREVALÊnCiA dE nEoPLAsiA PULMonAR EM idosos inTERnAdos EM UMA CLÍniCA PnEUMoLÓGiCA E sUA CoRRELAÇÃo CoM A AssisTÊnCiA FisioTERAPÊUTiCA Souza, T. A. S.*; França, S. A. S.*; Santos, N. B.*; Nunes, A. F. E.*; Falcão, E. S. N.*; Carneiro, S. R.* *Hospital Universitário João de Barros Barreto – Universidade Federal do Pará. Objetivo: Determinar a prevalência de neoplasia em idosos internados em uma clínica pneumológica e sua correlação com de fisioterapia Métodos: Trata-se de um estudo analítico, transversal, através da coleta de dados de 522 prontuários de pacientes idosos atendidos nos anos de 2009 e 2010 na clínica pneumológica do Hospital Universitário João de Barros Barreto - Belém/Pará. Foram consideradas as seguintes variáveis: impressão diagnóstica e guia de referência de procedimentos especiais solicitando fisioterapia. Resultados: Dos 2028 pacientes internados nesse período, 604 eram idosos, sendo 522 prontuários analisados (82 prontuários não foram encontrados) e destes 19,5% tinham diagnóstico de câncer de pulmão. Ao relacionar a solicitação de fisioterapia (4,9% dos pacientes) com o diagnóstico de neoplasia pulmonar encontrou-se associação inversa (p = 0,002). Conclusão: O tempo de internação acima de 30 dias apresentou uma correlação positiva com a fisioterapia, enquanto que o câncer de pulmão, relação negativa com o pedido da fisioterapia. i005. AVALiAÇÃo dE PACiEnTEs CoM CÂnCER dE PULMÃo nÃo-PEQUEnAs CÉLULAs METAsTáTiCo E PERFoRMAnCE sTATUs 2 Araújo, L. H.*; Zukin, M.*; Baldotto, C. S.*; Vieira, F. M.*; Helal, R. C. R. P*; Rocha, V. R.*; Salem, J. H.*; Rossi, A. A.*; Alves, F. C.*; Silva, A. J.*; Ferreira, C. G.* *Núcleo de Oncologia Torácica (NOT), Grupo COI – Clínicas Oncológicas Integradas e Instituto COI de Educação e Pesquisa. Rio de Janeiro – Brasil. Introdução: O performance status (PS) é um importante fator prognóstico em pacientes com câncer de pulmão de células não-pequenas (CPNPC) metastático. Recentemente, um ensaio clínico brasileiro de fase 3 demonstrou a superioridade da combinação de quimioterápicos (doublets) em relação à monoterapia entre pacientes com PS 2. Objetivos: Compilar os dados de pacientes com CPNPC metastático com PS 2 comparando os tratamentos empregados no cenário da saúde suplementar. Métodos: Estudo retrospectivo realizado em um centro único, que incluiu pacientes atendidos entre 1999 e 2011. Os dados foram coletados dos prontuários médicos. A análise de sobrevida foi estimada pelo método de Kaplan-Meier. Para pacientes vivos ou com perda de seguimento, os dados foram censurados na data do último contato. Sempre que necessário, pacientes/familiares foram contactados a fim de otimizar a estimativa da sobrevida. Análise de variáveis para sobrevida foi realizada através do método de log-rank, enquanto análise multivariada pelo modelo de Cox. A significância estatística foi indicada pelo p-valor ≤ 0,05. Resultados: Entre 1999 e 2011, 316 pacientes com PS 0-1 e 21 pacientes com PS 2 foram tratados com quimioterapia paliativa. Não houve diferença significativa entre os pacientes com PS 2 e 0-1 com relação à frequência de idosos (p=0,142), de não fumantes (p=0,478) e de perda ponderal (p=0,364). Tampouco encontramos diferença no uso de doublets (84% vs. 88%; p=0,417) e de segunda linha (38% vs. 51%; p=0,173). Por outro lado, houve menor proporção de mulheres (14% vs. 42%; p=0,008) e do subtipo adenocarcinoma (35% vs 58%; p=0,005) no grupo de PS 2. Conforme esperado, a sobrevida foi numericamente superior entre pacientes com bom PS (medianas 12,9 [IC95%:10,9-14,9] vs. 7,5 meses [IC95%:1,5-13,5]), embora sem significância estatística (p=0,145). Entre os pacientes com PS 2, o uso de doublets se correlacionou a maior sobrevida em relação aos pacientes tratados com monoterapia (medianas 12,8 [IC95%:10,2-15,3] vs. 6,3 meses [IC95%:4,3-8,3]; p<0,0001). Conclusões: Apesar do pior prognóstico, pacientes com PS 2 receberam terapias semelhantes à de pacientes com PS 0-1, incluindo o uso de doublets em 84% dos casos. A maior sobrevida desta estratégia aqui descrita corrobora os resultados do ensaio clínico brasileiro também no cenário da saúde suplementar. i006. CARACTERÍsTiCAs CLÍniCAs E AnáLisE PRoGnÓsTiCA dE PACiEnTEs PoRTAdoREs dE METásTAsE CEREbRAL E CÂnCER dE PULMÃo nÃo PEQUEnAs CÉLULAs (CPnPC) Araújo, L. H.*; Baldotto, C. S.*; Zukin, M.*; Vieira, F. M.*; Helal, R. C. R. P*; Lima, M. G.*; Salem, J. H.*; Teich, N. L.*; Victorino, A. P.*; Ferreira, C.G.* *Grupo COI – Clínicas Oncológicas Integradas e Instituto COI de Educação e Pesquisa, Rio de Janeiro, RJ - Brasil. Introdução: A presença de metástases cerebrais (MC) é uma causa frequente de maior morbidade e mortalidade em pacientes com câncer de pulmão, limitando as opções terapêuticas. Com a disponibilidade de novas formas de tratamento, torna-se cada vez mais importante conhecer melhor esta população tão heterogênea, e ainda pouco estudada. Objetivo: Neste estudo objetivamos descrever as características clínicas e o prognóstico de pacientes portadores de CPNPC e MC, tratados na COI (Clínicas Oncológicas Integradas). Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado em um centro oncológico privado na cidade do Rio de Janeiro. Foram incluídos pacientes portadores de CPNPC atendidos entre 1999 e 2011, com qualquer estágio na apresentação. Resultados: Foram analisados 565 pacientes, sendo que 84 pacientes (14,9%) tiveram o diagnóstico confirmado de MC em algum momento da evolução. A maioria apresentava histologia não escamosa (67,9%) e era do sexo masculino (59,5%), sendo 84,8% ex-fumantes/fumantes. Apenas 11 pacientes (13,3%) foram submetidos à ressecção cirúrgica, e 86% receberam radioterapia paliativa cerebral. A sobrevida global (SG) mediana foi de 13,8 meses (IC 95%: 11,8-15,8), comparado à 22,3 meses (IC 95%: 16,9-21,7) nos pacientes sem MC (p<0,001). A sobrevida mediana após o diagnóstico da MC foi de apenas 4,4 meses (IC 95%: 3,4-5,3). Idade > 65 anos (OR=2,17; p<0,001) e estadiamento inicial (OR=2,18; p<0,001) foram fatores de risco independentes para a presença de MC. Conclusão: Os dados apresentados são comparáveis aos da literatura, evidenciando uma população de pacientes portadores de CPNPC e MC mais jovem e com prognóstico ruim. 106 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia i007. sÍndRoME PARAnEoPLásiCA E sUA RELAÇÃo CoM nEoPLAsiA PULMonAR Costa, L. A.*; Carvalho, M. A. C.*; Gomes, D. G.*; Vasconcellos, I. S.*; Monteiro, L. F.*; Machado, A. C. F.*; Andrade, C. R. M.*; Andrade, F. M.*; Filho, A. B. C. B. C.*; Mourad, O. M. A.*; Teixeira, G. H. M. C.*; Carvalho, J. E. M.*; Aide, M. A.* *Universidade Federal Fluminense. Introdução: As síndromes paraneoplásicas são conjunto de sinais e sintomas que se manifestam à distância de uma neoplasia da qual dependem. As manifestações se instalam por mecanismos desconhecidos ou pouco entendidos (hormonal ou imunológico) e desaparecem com o tratamento efetivo do tumor, podendo reaparecer com a recidiva do mesmo. Sua presença indica mau prognóstico da doença. Relato de Caso: NLRP, 70 anos, masculino, branco, casado, natural do Rio de Janeiro, residente em Silva Jardim, aposentado. Fumante 90 maços/ano. Em virtude de um aumento prostático e suspeita de algum foco infeccioso devido a uma discreta leucocitose, solicitou-se uma radiografia de tórax, que evidenciou uma massa em lobo superior esquerdo, sendo encaminhado para a pneumologia para investigação. Realizou TCAR de tórax evidenciando linfonodomegalia mediastinal e cervical. A broncoscopia apresentou celularidade negativa para neoplasia, sendo indicado mediastinoscopia, concluindo adenocarcinoma metastático, em biópsia confirmada de linfonodos mediastinais R4, em 10/04/2012. Durante esta internação, desenvolveu trombose venosa em cava superior e jugular externa, iniciando anticoagulação. Em maio de 2012, interna na emergência do HUAP com TVP de membros inferiores com posterior colocação de filtro de veia cava inferior. Em junho de 2012, reinterna com quadro de edema em membros superiores e tórax de 20 dias de duração, além da presença de dispnéia aos mínimos esforços. Desenvolve, a partir de 15/06/2012, tromboses venosas de repetição com TAP incoagulável, associado a sangramento cutâneo espontâneo e hemoptóico, sendo, com isso, a trombofilia paraneoplásica o principal diagnóstico. O paciente faleceu em 19/06/2012 por evolução natural da doença. Discussão: Cerca de um terço dos portadores de câncer de pulmão apresentam alguma síndrome paraneoplásica, havendo forte associação do tumor com o tabagismo. A trombose ocorre por liberação de substâncias trombofílicas pelo tumor ou por lesões teciduais tumorais que liberam tais substâncias, com manifestações de forma subaguda ou crônica. i008. CÂnCER dE PULMÃo dE CÉLULAs nÃo-PEQUEnAs LoCALMEnTE AVAnÇAdo EM idosos: ExPERiÊnCiA do inCA Domingues, P. M.*; Zylberberg, R.*; Castro, T. M.*; Baldotto, C. S.*; Araujo, L. H. L.* *Instituto Nacional de Câncer. Introdução: O tratamento padrão para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) localmente avançado compreende a combinação de quimioterapia e radioterapia. No entanto, a melhor abordagem na população idosa ainda não está definida, sendo este grupo pouco representado em ensaios clínicos. Neste sentido, dados retrospectivos podem auxiliar a definir a melhor estratégia na prática diária. Métodos: Revisamos os prontuários de pacientes com diagnóstico de CPCNP localmente avançado e idade ≥ 65 anos, matriculados no INCA entre 2003 e 2007. Os tratamentos foram classificados como paliativo (suporte clínico, radioterapia paliativa [RT, < 40 Gy] e quimioterapia paliativa), RT definitiva (≥ 40Gy) ou quimiorradioterapia (QRT). A sobrevida global (SG) foi mensurada do diagnóstico até o óbito. Entre os pacientes tratados com RT radical (≥ 40 Gy), a SG foi mensurada do início do tratamento até o óbito (SGT). Resultados: Foram incluídos 171 pacientes, com idade mediana de 71 anos, 75% eram homens, 53% tinham histologia escamosa e 82% estágio IIIB. Dois terços apresentava perda ponderal, a maioria tinha PS 0-1 (42%), 5% eram não-fumantes e 66% tinham Charlson 0. O tratamento incluiu suporte paliativo em 66 pacientes (39%), RT exclusiva em 54 (32%) e QRT em 49 (29%). Pacientes tratados com RT definitiva ou QRT apresentaram melhor sobrevida (13,7 e 15.5 meses) em comparação com terapia paliativa (4,1 meses; p<0.0001). Na análise multivariada, RT (p<0.0001) e QRT (p<0.0001) foram considerados fatores prognósticos independentes. Entre os pacientes expostos a tratamento radical, a adição de quimioterapia se correlacionou a melhor sobrevida (SGT 13,8 vs. 10,8 meses; p=0.018). Conclusão: Pacientes idosos com CPCNP localmente avançado se beneficiaram de tratamento radical com QRT, sugerindo que a idade não deve ser uma contraindicação para estratégias mais agressivas. Estudos prospectivos devem ser encorajados no sentido de definir a melhor sequência e agentes a serem combinados com a RT nesta situação. i009. PERFiL CLÍniCo E TERAPÊUTiCo do CÂnCER dE PULMÃo nÃo-PEQUEnAs CÉLULAs (CPnPC) EM UMA CLÍniCA PRiVAdA bRAsiLEiRA: UM EsTUdo dE dEsFECHos dE MUndo REAL Araújo, L. H.*; Zukin, M.*; Baldotto, C. S.*; Vieira, F. M.*; Helal, R. C.R. P.*; Rocha, V. R.*; Salem, J. H.*; Rossi, A. A.*; Alves, F. C.*; Silva, A. J.*; Ferreira, C. G.* *Núcleo de Oncologia Torácica (NOT), Grupo COI – Clínicas Oncológicas Integradas e Instituto COI de Educação e Pesquisa. Rio de Janeiro – Brasil. Introdução: Dados de mundo real em CPNPC são pouco conhecidos no contexto da saúde suplementar. Para o nosso conhecimento, o presente estudo representa o maior registro de dados de mundo real em CPNPC já realizado em saúde suplementar no Brasil. Objetivo: Fornecer informações epidemiológicas e de desfechos clínicos que permitirão nortear a melhor alocação de recursos em médio prazo e poderão ser usados como referências para o cuidado dos pacientes com CPNPC no cenário da medicina suplementar. Métodos: Este é um estudo retrospectivo realizado em um centro oncológico privado na cidade do Rio de Janeiro. Foram incluídos pacientes com CPNPC atendidos entre 1999 e 2011. Todos os prontuários foram revisados e, sempre que necessário, pacientes/familiares foram contactados a fim de otimizar a estimativa da sobrevida. Resultados: Foram incluídos 565 pacientes, com idade mediana de 65 anos. A maioria era do sexo masculino (59,5%), sendo 83,6% fumantes/ex-fumantes. O tipo histológico mais frequente foi adenocarcinoma (51,7%) e 79,6% foram diagnosticados em estágios avançados (III/IV). Cirurgia curativa foi realizada em 27,9%, sendo destes, 43,5% tratados com quimioterapia adjuvante e 14,9% neoadjuvante. Quimioterapia paliativa foi utilizada em 343 pacientes (60,7%), dos quais 171 (49,8%) fizeram segunda linha. A sobrevida mediana foi de 45,9 meses (IC 95%: 39,5-52,4), sendo de 249,2, 81,3, 50,5 e de 33,8 meses nos estágios I, II, III e IV, respectivamente (p<0,0001). Conclusões: Os desfechos encontrados se assemelham aos de países desenvolvidos. Apesar do maior acesso aos cuidados médicos em pacientes com cobertura de planos de saúde, a maioria dos diagnósticos ainda ocorre tardiamente. Neste cenário, medidas de prevenção primária e detecção precoce devem ser prioritárias. Câncer de Pulmão 107 i010. PossÍVEL ConTAMinAÇÃo CRUZAdA PARA TUbERCULosE EM PACiEnTE CoM CÂnCER dE PULMÃo – RELATo dE CAso do HUAP-UFF, 2012 Filho, A. C.*; Pires, A. C.*; Hermes, T*; Alvim, P. N.*; Silva, A. N.*; Menegaz, M. H.* *Universidade Federal Fluminense. Objetivos: Avaliação de contaminação cruzada por micobactéria sp. em exame de broncoscopia realizada em paciente, no momento inicial de investigação diagnóstica, com posterior confirmação de nódulo pulmonar solitário e suspeita de associação com tuberculose pulmonar. Métodos: Avaliou-se, por meio de busca ativa, no Hospital Antônio Pedro- UFF, o registro de broncoscopias realizadas em mesma data e com mesma aparelhagem utilizada no exame de uma paciente com resultado positivo para micobactéria sp., buscando-se resultados positivos para micobactérias similares, corroborando assim com a possível contaminação cruzada dos aparelhos frente à baixa especificidade do diagnóstico do método. Avaliou-se também o processo de esterilização e vedação do aparelho, conforme protocolo do mesmo. Resultados: Nos registros do dia do exame realizado pela paciente, apesar da averiguação de mais uma broncoscopia realizada na instituição, não houve positividade para o segundo caso encontrado, sendo que foi feito exame com outra aparelhagem distinta, sendo ambos aparelhos esterilizados conforme normas e padrões estabelecidos. Conclusão: Tuberculose atua como fator de risco para câncer de pulmão e a este associa-se, com grande prevalência e relevância epidemiológica. A tuberculose mimetiza, clínica e radiologicamente, malignidade, apesar da crescente sofisticação dos métodos de imagem, repercutindo em diagnósticos e, consequentemente, terapêuticas equivocadas. O uso da broncoscopia no diagnóstico de câncer de pulmão e tuberculose pulmonar é bastante difundido, mas deve-se considerar a possibilidade de contaminação cruzada ao realizar-se o exame por existência de micobactérias residuais não descontaminadas química ou mecanicamente nos aparelhos, favorecendo a ocorrência de resultados falso-positivos em pacientes sadios. Dessa forma, o baixo valor preditivo positivo da broncoscopia faz da biópsia pulmonar, apesar de seu elevado custo, o método de eleição para confirmação diagnóstica de ambas doenças. i011. TRATAMEnTo ExCLUsiVAMEnTE CiRÚRGiCo PARA AdEnoCARCinoMA PULMonAR CoM METásTAsE ÚniCA nA sUPRARREnAL Sena, L. Q.*; Araújo, F. C.*; Negreiros, L. C. F.*; Germano, A. B. O.*; Sousa, D. M. M.* *Universidade Potiguar - UNP. Objetivo: Relata o caso de um paciente do sexo masculino, de 81 anos, no qual foi encontrado uma tumoração em glândula suprarrenal esquerda, a qual foi inicialmente tratada como tumor primário, sendo posteriormente diagnosticado como metástase única proveniente de adenocarcinoma indiferenciado de pulmão. Método: G. S. Q., sexo masculino, 81 anos, apresentava quadro de hiporexia, associada à adinamia, perda ponderal de 18% em três meses e febre alta diária. Índice de Karnofsky de 20%. Realizou TC de abdome em 01/12/10, que evidenciou massa tumoral em supra-renal esquerda, medindo 8,0 x 6, 8 x 7,4 cm e o PET-CT mostrou intensa captação focal anômala do traçador em volumosa massa sólida ocupando loja da adrenal esquerda, medindo 7,4 x 6,8 cm (SUV 25,0) e discreta opacidade nodular em vidro fosco no ápice do pulmão esquerdo (SUV 3,3), sem captação significativa de contraste. O paciente foi então submetido a adrenelectomia esquerda com nefrectomia ipsilateral por laparotomia. O anátomo patológico evidenciou um adenocarcinoma pouco diferenciado, acentuado pleomorfismo e alto índice mitótico. Após três meses realizou exame tomográfico de controle e observou-se mudança da imagem pulmonar visualizada anteriormente. Foi indicada lobulectomia do ápice pulmonar esquerdo por toracoscopia. O histopatológico revelou carcinoma pulmonar pouco diferenciado de não pequenas células associado à componente sarcomatóide. No momento o paciente encontra-se em seguimento, realizando PET-TC trimestralmente, com último exame realizado em 07/06/12 sem evidência de doença ativa. Conclusão: Concluímos que de acordo com o estadiamento deste paciente a terapia de escolha seria quimioradioterapia paliativa. No entanto, o nosso paciente recebeu tratamento exclusivamente cirúrgico com exérese total das lesões, sem margens comprometidas, apresentando com esta terapia um bom prognóstico, estando há 1 ano e 6 meses livre de doença ao PET-TC e resolução dos sinais clínicos. i012. diAGnÓsTiCo do CÂnCER dE PULMÃo: ATUALidAdEs E PERsPECTiVAs Vieitas, P. M.*; Machado, L. G.*; Oliveira, G. C. D.*; Sposito, T.*; Aguiar, J. S.* *Universidade Federal Fluminense. Objetivos: Reunir os métodos disponíveis no mercado mundial para a investigação diagnóstica do câncer de pulmão, discutindo a importância do desenvolvimento de técnicas que permitam o diagnóstico precoce, assim como as inovações e perspectivas para o futuro. Metodologia: Revisão literária através das ferramentas Scielo, Pubmed, UpTodate, utilizando as palavras-chave “diagnosis lung cancer” e escolhendo como assunto principal “métodos invasivos”, “métodos não-invasivos” e “biomarcadores”. Os critérios de inclusão foram artigos originais publicados nos últimos 10 anos. Resultados: Dentre os métodos de imagem, devido a sua grande disponibilidade, fácil execução e baixo custo, a radiografia simples de tórax continua sendo o método de escolha inicial na rotina diagnóstica. Apesar do alto custo relativo, a tomografia computadorizada de tórax ganhou importância por apresentar maior sensibilidade e especificidade quando comparada ao exame radiográfico simples, além de ser útil no que tange ao estadiamento dos tumores. A confiabilidade na citologia do escarro vem diminuindo após a disseminação do uso da broncofibroscopia, tendo este grande destaque como método diagnóstico confirmatório. As inovações encontram-se principalmente na PET-TC e na busca por marcadores biológicos que possam ser detectados antes do aparecimento da lesão macroscópica, entre eles destacam-se os genes de supressão tumoral, protooncogenes, fatores de crescimento e micro-RNAs. Conclusão: A radiografia simples de tórax e a tomografia computadorizada são os principais métodos de imagem utilizados no diagnóstico do câncer de pulmão. A broncofibroscopia destaca-se como método confirmatório. Atualmente, chama atenção a busca por métodos pouco invasivos que permitam a detecção precoce do câncer de pulmão, antes mesmo do aparecimento da lesão macroscópica, com destaque para os biomarcadores, sendo os mais recentes, os micro-RNAs. 108 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia i013. PERFiL dos UsUáRios dE TAbAGisTAs QUE bUsCAM o PRoGRAMA dE CEssAÇÃo do TAbAGisMo (sUs) dA sAnTA CAsA dE MisERiCÓRdiA dE PoRTo ALEGRE Furtado, C. R.*; Haas, S. A.*; Traub, L.*; Borges, M.*; Castillo, N. C.*; Silva, M.*; Rosso, E.*; Bopp, M.*, Fauri, V.*; Silva, L. C. C.* *Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Objetivos: Analisar o perfil dos sujeitos que buscam o Programa de Cessação do Tabagismo (PCT) – SUS da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, subsidiando a elaboração e o aperfeiçoamento de programas educativos/preventivos contra a progressão do tabagismo. Métodos: Utilizou-se uma pesquisa descritiva simples sobre o perfil dos 159 usuários que procuraram o PCT entre março de 2009 a março de 2012. A coleta de dados se deu através de entrevistas semi-estruturadas, em triagens realizadas por estagiários do Serviço de Psicologia e por residentes de pneumologia. Foram analisadas as seguintes variáveis: dados sócio-demográficos, índice tabágico (anos de consumo X maços de cigarro), grau de dependência a partir da análise do Teste de Fagerström e também sintomas depressivos, avaliados pelo Inventário de Depressão de Beck - BDI. Resultados: O estudo demonstrou que a maioria dos indivíduos está na faixa etária entre 45 e 54 anos (39%), são do sexo masculino (56,6%), casados (45,28%), com ensino fundamental incompleto (36,1%) e possuem renda familiar de 2 a 5 salários mínimos (42,77%). Dentre os entrevistados, 33,96% apresentaram indicativo de depressão moderada a severa, 53,46% grau de dependência média no Teste de Fagerström e o índice tabágico médio foi de 45,44 maços/anos. Conclusão: A relevância de conhecer o perfil dos usuários do serviço permite a criação de novas medidas de intervenção na promoção de saúde. Sendo assim, torna-se viável a implementação de estratégias de prevenção, visto que estudos demonstram que o tabagismo constitui um problema de saúde pública (PEIXOTO et al., 2005), necessitando de programas voltados para sua cessação. Referências: Peixoto, S. V., Firmo, J. O. A., Lima-Costa, M. F. Factors associated to smoking habit among older adults (The Bambuí Health and Aging Study). Rev. Saúde Pública, 2005; 39 (5): 745-53. radIOTeraPIa J001. sTUdY oF CENTELLA ASIATICA ExTRACT FoR iTs PoTEnTiAL in THE RAdioPRoTECTion FRoM APTAMERRAdioLiGAnd CoMPLExEs in MoLECULAR TARGETEd RAdioTHERAPY Diniz, C. L.1; Missailidis, S.2 1. Departamento de Biofisica e Biometria, UERJ, Rio de Janeiro, Brazil. 2. FIOCRUZ, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brazil. Molecular targeted radiotherapy is an area of increasing interest that has recently seen the approval of various radiolabelled antibodies for cancer therapy, particularly in the treatment of leukaemias and lymphomas. However, the use of antibodies as therapeutic conjugates has not been without significant problems, including the time period required for production, their immunogenicity and size. We have overcome some of these problems by using DNA aptamers as recognition molecules to malignant disease. Combinatorial chemistry techniques coupled with PCR amplification allows the evolution of ligands, through exponential enrichment, which can bind to almost any target molecule, including extracellular proteins, antibodies, peptides and small molecules. Our research on the rapid selection of aptamers based on the SELEX methodology forms the basis for the development of high affinity and specificity molecules, which bind to surface determinants of tumour cells. Aptamers offer reduced immunogeniciy, greater tumour penetration, rapid uptake and clearance, favouring their application as effective vehicles for cytotoxic agents or radionuclides. One of their problems, however, has been their rapid clearance through the kidneys, which present a potential problem from radiotoxicity. In this study, we have thus used a Centella aciatica extract to evaluate its potential to confer radioprotection from aptamer radiopharmaceuticals in experimental models. We have previously reported the generation of high affinity and specificity DNA aptamers against the protein core of the MUC1 glycoprotein as a tumour marker on epithelial cancer cells. These aptamers have been modified post-SELEX to ensure nuclease resistance and coupling potential and have been successfully coupled to radioligands for Tc-99m labelling and subsequent gamma-camera imaging. In this study we report the interaction of the Centella asiatica extract, an extract of known radioprotective properties, against the potential damage caused by radiolabelled aptamers, particularly when these are used for therapeutic applications. The potential of the extract to interact directly with the aptamers and serum proteins, interfere with radiolabelling and eventually confer radioprotection are reported. These extracts have been shown to have direct but non-specific interaction with aptamers and serum proteins, and they have shown overall radioprotective properties and therefore are a valuable target for further investigation as a means of preventing kidney damage during radiotherapy treatment. sarcoma 109 sarCOMa K001. TUMoR EsTRoMAL GAsTRoinTEsTinAL PRiMáRio dE FÍGAdo: RELATo dE CAso Rocha, C. H. L.*; Toloi, D. A.*; Camargo, V. P.*; Hoff, P. M.* *Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP. Objetivo: Relatar caso de tumor estromal gastrointestinal (GIST) primário de fígado. Métodos: Avaliação clínica, exames histopatológico e radiológico, revisão de literatura. Resultados: Paciente do sexo feminino, 47 anos, com história de neoplasia hepática em 1997 e tratamento com quimioterapia baseada em doxorrubicina a cada quatro semanas por um ano. Após perda de seguimento em serviço de origem, inicia quadro de anemia, epigastralgia e aumento progressivo do volume abdominal. Realizou endoscopia digestiva alta, que visualizou lesão elevada em pequena curvatura de corpo médio distal, com ulceração central profunda, endurecida, medindo cerca de 4,0 cm. A histologia e perfil imunohistoquímico foi compatível com GIST: Citoqueratina AE-1/AE-3 negativa, CD 117 (C-KIT) positivo, actina de músculo liso positivo focal, CD 34 positivo e proteína S-100 negativa. Foi realizada tomografia de estadiamento, que demonstrou fígado de dimensões aumentadas com massa sólida heterogênea ocupando o lobo hepático esquerdo, medindo cerca de 11,5 x 10,0 x 7,5 cm e com amplo contato com a pequena curvatura gástrica, onde se observa projeção para a mesma, sugerindo invasão por contiguidade. Após diagnóstico de GIST hepático, foi iniciado tratamento com imatinibe 400 mg/dia. Conclusão: Diagnóstico e tratamento de tumor estromal gastrointestinal (GIST) primário de fígado com invasão de estruturas adjacentes, que consiste em neoplasia bastante incomum com relato de raríssimos casos na literatura. K002. RAbdoMiossARCoMA dE CAVidAdE nAsAL: RELATo dE CAso Sykora, T*; Nourani, C. M. L.*; Moraes, R. A.*; Garcia, T. P. F.*; Santos, V. C. A*; Costa, F. O. *; Santos, A. C. B*; Casão, F. D. C*; Carvalho, E. M.* Hospital de Clínicas – UNICAMP. Introdução: O rabdomiossarcoma, neoplasia mesenquimal rara originária da musculatura esquelética, é o tipo mais comum de sarcoma na infância. Contudo, em adultos incide em menos de 10% de todos os sarcomas de tecidos moles, sendo que 1% ocorrem na região da cabeça e pescoço. Relato de Caso: Paciente do sexo masculino, 47 anos, inicia cefaléia frontal em Junho/ 2011, evoluindo em três meses com protrusão do olho direito, diminuição da visão e obstrução nasal. Em tomografia de seios paranasais vista grande formação expansiva na cavidade nasal, com invasão dos seios etmoidais, base de crânio, fossa craniana anterior e seios maxilares com destruição óssea. Invadia também cavidades orbitárias, sem plano de clivagem com nervos ópticos, determinando proptose bilateral. Durante internação para biópsia evoluiu com hiponatremia (sódio: 119), provável SIADH por invasão tumoral cerebral. Baseado no risco de perda visual definitiva, difícil controle da hiponatremia e biópsia de congelação indicando Neoplasia maligna indiferenciada sugestiva de Carcinoma, realizou-se um ciclo de quimioterapia baseada em Cisplatina e 5-Fluorouracil (esquema Al-Sarraf) com boa resposta. Imunohistoquímica posterior apontou rabdomiossarcoma alveolar, com Ki67 superior a 50%. Trocada quimioterapia para esquema ciclofosfamida + adriamicina + vincristina no D1 alternado com ifosfamida + etoposide D1-D5 a cada 21 dias e, após 3 ciclos, foi a óbito em Julho/2012 por Doença Respiratória Aguda Grave. Conclusão: Histologicamente, distinguem-se subtipos de rabdomiossarcoma: embrionário, alveolar e pleomórfico. Apresenta comportamento clínico-biológico variado, devendo receber terapia individualizada. Esta constatação da literatura talvez corrobore a boa resposta a quimioterapia não padrão baseada em 5-FU e Cisplatina. Os subsítios tumorais na região da cabeça e pescoço incluem a órbita, sítios parameníngeos (nasofaringe, cavidade nasal, seios paranasais, osso temporal, fossa pterigopalatina e fossa infratemporal) e sítios não-parameníngeos. Dessa forma, distúrbios do sódio apresentados pelo paciente devem alertar, não apenas para invasão de sistema nervoso central, mas também como possível síndrome paraneoplásica. K003. osTEossARCoMA: FAToREs PRoGnÓsTiCos E CondUTA – RELATo dE CAso Vale, M. S.¹; Silva, K. G. A.¹; Jeremias, A. K. M. L¹; Negreiros, L. C. F¹; Ferreira, V. S.²; Orientador: Lira, G. A³ 1. Estudantes do Curso de Medicina da Universidade Potiguar. 2. Residente de Cirurgia Oncológica da Liga Norteriograndense Contra o Câncer. 3. Cirurgião Oncológico da Liga Norteriograndense Contra o Câncer. Objetivos: Relatar um caso de osteossarcoma (OS) metastático e mostrar os fatores prognósticos e a conduta utilizados no seguimento da doença. Métodos: Trata-se de um relato de caso, cujos dados da paciente foram obtidos a partir do prontuário durante seu acompanhamento no Hospital Luís Antônio, de fevereiro a agosto de 2010, intervalo entre o pré e pós-operatório imediato, tendo passado pelo Comitê de Ética da Instituição. A revisão de literatura específica utilizou as bases de dados Lilacs, Pubmed e Uptodate, além de consulta a periódicos e livros-texto na área. Resultados: Paciente KFS, 18 anos, sexo feminino, branca, natural de Natal – RN vem ao serviço com queixa de dor e aumento do volume em joelho esquerdo há cinco meses. Nega febre. Refere perda ponderal de 07 kg em 01 mês. Ao exame físico, joelho esquerdo medindo 38 cm e joelho direito 34 cm. Feito ressonância magnética de fêmur esquerdo que mostrou lesão óssea agressiva local, sendo confirmado osteossarcoma com a punção por agulha grossa e posterior biópsia da região. No estadiamento, tomografia computadorizada de tórax e cintilografia Óssea evidenciaram acometimento pulmonar e provável tumor ósseo primário no terço distal do fêmur esquerdo. Foi iniciado esquema de quimioterapia sistêmica em 11 de fevereiro totalizando dois ciclos antes da desarticulação cirúrgica, sendo complementada com quimioterapia adjuvante, segundo o Protocolo GBTO de osteossarcoma metastático 2006. No seguimento, exames de imagem mostraram comprometimento de fêmur proximal, hidropneumotórax esquerdo e derrame pleural recidivante maligno. A paciente evoluiu com empiema e insuficiência respiratória, culminando em óbito. Conclusões: A conduta mais adequada no tratamento do OS é a cirurgia intercalada com a quimioterapia pré e pós-operatória. Dentre os fatores de pior prognóstico estão: Huvos I e II, metástase, volume, margens comprometidas, LDH. A maioria deles pode ser detectados precocemente por exames de imagem e laboratoriais. 110 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia K004. sARCoMA EMbRionáRio indiFEREnCiAdo do FÍGAdo: RELATo dE dois CAsos Amil, R. C.1; Peres, L. D.1; Santos, T. T.2; Caetano, A. S. C.3; Ferreira, N. A.4; Gonçalves, P. F. P.5; Silva, N. L.6 1. Médicos Cirurgiões Gerais do Hospital São José do Avaí, Itaperuna, RJ. 2. Médico Radioncologista do Hospital São José do Avaí, Itaperuna, RJ. 3 Médica Oncologista Pediátrica da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos. 4. Acadêmica Estagiária do serviço de Radioterapia do Hospital São José do Avaí, Itaperuna, RJ. 5. Acadêmica Estagiária do Serviço de Oncologia Clínica do Hospital São José do Avaí, Itaperuna, RJ. 6 - Acadêmica Estagiária do serviço de Cirurgia Geral do Hospital São José do Avaí, Itaperuna, RJ. Introdução: O sarcoma embrionário hepático é uma neoplasia rara que ocorre em crianças de 6 a 10 anos e representa 13% dos tumores hepáticos malignos nessa faixa etária segundo Stocker et al. Objetivos: Descrever dois casos raros de sarcoma embrionário hepático indiferenciado, enfatizando os aspectos clínicos e radiológicos. Materiais e Métodos: O primeiro caso trata-se de uma paciente feminina, 11 anos, com relato de dor abdominal contínua, de inicio há seis meses. Ao exame físico, apresentava abaulamento em hipocôndrio direito e massa de consistência sólida e fixa à palpação. A ultrassonografia e a tomografia computadorizada evidenciaram massa em lobo hepático direito, que apresentava superfície irregular, conteúdo heterogêneo cístico-sólido. Dosagem de alfa-fetoproteína foi normal. Como tratamento realizado foi lobectomia direita com e quimioterapia adjuvante. Após estudo histopatológico chegou-se ao diagnóstico de sarcoma embrionário indiferenciado hepático. Atualmente a paciente encontra-se em bom estado geral e realizando acompanhamento ambulatorial. O segundo caso trata-se de um paciente masculino, 12 anos, com quadro de dorsalgia e febre há um mês, com diagnostico errôneo de cisto hepático, submetido à laparoscopia e biópsia de tumoração em lobo hepático direito e estudo histopatológico compatível com sarcoma embrionário. Foi então realizado ultrasonografia abdominal com presença de imagem heterogênea cístico-sólida, e dosagem laboratorial de alfa-fetoproteína que estava normal. O tratamento realizado foi hepatectomia direita e quimioterapia adjuvante. O histopatológico da peça cirúrgica confirmou sarcoma indiferenciado hepático. O paciente evoluiu com tuberculose miliar encobrindo sintomas de metástase pulmonar e óbito. Conclusão: O sarcoma embrionário apresenta-se com sintomas em sua maioria inespecíficos, sendo dor abdominal e massa palpável os achados mais freqüentes, juntamente com níveis de alfafetoproteina normais. A ressecção do tumor com margens livres associada a protocolos quimioterápicos é factível, havendo relatos como os de Ware et al., que comprovam uma melhora na sobrevida. K005. TUMoR dEsMoPLásiCo dE CÉLULAs PEQUEnAs E REdondAs: RELATo dE CAso Santos, A. C. B.; Nourani, C. M. L.; Sykora, T; Moraes, R. A.; Garcia, T. P. F.; Carvalho, E. M.; Casão, F. D. C.; Costa, F. O. Hospital de Clínicas – UNICAMP. Introdução: Tumor Desmoplásico de Células Pequenas e Redondas (DSRCT) é uma neoplasia rara e altamente agressiva afetando predominantemente jovens do sexo masculino. Existem menos de 200 casos relatados na literatura. Devido à sua raridade, muito pouco é conhecido sobre seu tratamento. É uma entidade relativamente recente, descrita em 1989 por Gerald, caracterizada pela co-expressão de elementos de todos os tecidos embrionários (epiteliais, mesenquimais e neurais). Objetivo: Descrever um caso de paciente com DSRCT intra-abdominal que atingiu sobrevida de 17 meses após o diagnóstico e cujo tratamento foi realizado com quimioterapia a base de antraciclinas. Relato de Caso: Paciente do sexo masculino, 30 anos, encaminhado de Mogi-Iguaçu em fevereiro/2011 com história de dor, aumento do volume abdominal, plenitude pós prandial, vômitos e emagrecimento de 12 Kg há 2 meses. Foi submetido à biópsia da lesão que diagnosticou DSRCT. Tomografia de abdome demonstrou lesão expansiva sem plano de clivagem com estômago, fígado, pâncreas não sendo possível precisar sua origem topográfica. Em março de 2011 foi iniciada quimioterapia com esquema (CAV/IFO-VP – ciclofosfamida/doxorrubicina/vincristina/ifosfamida/etoposide). Após dois ciclos foi tentada cirurgia citorredutora sem sucesso devido à dimensão tumoral e grau de infiltração. Foi então mantida quimioterapia até dezembro/2011 quando houve progressão tumoral. Foram buscados exaustivamente na literatura, possíveis esquemas de segunda linha, sem sucesso. O paciente foi a óbito em julho/2012 após nova progressão abdominal. Conclusão: Atualmente, não se dispõe de nenhuma modalidade terapêutica comprovadamente eficaz. A evolução da doença é extremamente desfavorável, com sobrevida variando entre 3 e 72 meses. Ao contrário de outras neoplasias indiferenciadas no abdome, a ressecção cirúrgica está indicada quando possível. Radioterapia e regimes de poliquimioterapia em doses elevadas, não alteraram sobrevida. Relatos e séries de casos de grandes Instituições são importantes para que novos diagnósticos sejam realizados tornando possível a realização de trabalhos que elucidem melhor tal doença. K006. TUMoR EsTRoMAL GAsTRoinTEsTinAL PRiMáRio dE PÂnCREAs: RELATo dE CAso Rocha, C. H. L.*; Bitton, R. C.*; Toloi, D. A.*; Camargo, V. P.*; Hoff, P. M.* *Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - ICESP. Objetivo: Relatar caso de tumor estromal gastrointestinal (GIST) primário de pâncreas. Métodos: Avaliação clínica, exames histopatológico e radiológico, revisão de literatura. Resultados: Paciente do sexo feminino, 73 anos, com história de dor abdominal súbita em fevereiro/2012. Realizada ultrassonografia de abdome com visualização de massa heterogênea em flanco e hipocôndrio direito de 12,7cm sugestiva de massa pancreática e abscesso hepático. Em março/2012, foi submetida a drenagem transgástrica do abscesso com crescimento de bactérias multirresistentes (Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae e Stenotrophomonas maltophilia) e ainda punção aspirativa por agulha fina em cabeça de pâncreas. O anatomopatológico apresentava citologia e perfil imunocitoquímico compatível com GIST: CD 117 (C-KIT) positivo, CD 34 positivo (focal), Vimentina positivo, Citoqueratina AE-1/AE-3 negativas. Em maio/2012, após antibioticoterapia e resolução de abscesso hepático, paciente realizou estadiamento tomográfico (massa em cabeça de pâncreas de 9,0 x 11,0 cm e implantes peritoneais) e iniciou tratamento com imatinibe 400 mg/dia evoluindo com boa tolerabilidade. Conclusão: (Diagnóstico e tratamento de) tumor estromal gastrointestinal (GIST) primário de pâncreas, que consiste em neoplasia bastante incomum com relato de raríssimos casos na literatura. sarcoma 111 K007. AVALiAÇÃo dA ExPREssÃo dE P53 E P21CiP1/WAF1 EM sARCoMAs dE PARTEs MoLEs dE ExTREMidAdEs EM AdULTos Manoel, W. J.1; Mühlbeier, D. F. M.2; Saddi, V. A.2,3; Vaz, L. P.1; Paula, E. C.3; Leite, L. B. L.3; Cunha, I. W.4; Fregnani, J. H. T. G.5; Barbosa, M. A.1 1. Programa de Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, Goiânia - GO, Brasil. 2. Programa de Mestrado em Genética e Departamento de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia - GO, Brasil. 3. Departamento de Patologia do Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer em Goiás, Goiânia - GO, Brasil; 4. Departamento de Patologia do Hospital A. C. Camargo, São Paulo - SP, Brasil. 5. Hospital do Câncer de Barretos, Fundação Pio XVII, Barretos - SP, Brasil. Objetivo: Investigar o significado clínico da expressão de p53 e p21CIP1/WAF1, em um grupo de sarcomas de partes moles de extremidades. Metodologia: Foram incluídos 86 casos de SPM de extremidades de adultos tratados no Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer em Goiás. A expressão de p53 e p21CIP1/WAF1 foi avaliada em microarranjos de tecidos. As análises estatísticas incluíram o teste exato de Fisher, qui-quadrado, análise de sobrevida (Kaplan-Meier) e o teste de log rank. Resultados: A expressão de p53 e p21CIP1/WAF1 foi observada em 63% (51/81) e 43,8% (35/80) dos sarcomas, respectivamente. Dentre os casos com expressão positiva, 33 (41,2%) apresentaram expressão nuclear de ambas as proteínas, p21CIP1/WAF1 e p53 (p < 0.001). A expressão das proteínas p53 e p21CIP1/ WAF1 não apresentou nenhuma associação significativa com os aspectos clinicopatológicos avaliados. Conclusão: Nossos resultados confirmam a existência de uma via de transcrição de p21CIP1/WAF1 independente de p53 e permitem concluir que alterações na expressão das proteínas p53 e p21CIP1/WAF1 representam eventos comuns na carcinogênese dos SPM de extremidade, em indivíduos adultos. Entretanto, a expressão destas proteínas não apresentou nenhuma correlação significativa com os aspectos clínicos e a sobrevida dos pacientes analisados. Palavras-Chave: Sarcomas de partes moles; p53 e p21CIP1/WAF1; Prognóstico; Microarranjos de tecidos. K008. iMPACTo dA ExPREssÃo dE MARCAdoREs APoPTÓTiCos bCL-2 E bAx no PRoGnÓsTiCo dos sARCoMAs dE PARTEs MoLEs dE ExTREMidAdEs Mühlbeier, D. F. M.1: Saddi, V. A.1,2; Paula, E. C.2; Cunha, I. W.3; Fregnani, J. H. T. G.4; Oliveira, M. V. P.1; Oliveira, L. M.5; Manoel, W.2,5 1. Programa de Mestrado em Genética e Departamento de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia - GO, Brasil. 2. Departamento de Patologia do Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer em Goiás, Goiânia-GO, Brasil. 3. Departamento de Patologia do Hospital A. C. Camargo, São Paulo - SP, Brasil. 4. Hospital do Câncer de Barretos, Fundação Pio XVII, Barretos - SP, Brasil. 5. Programa de Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, Goiânia - GO, Brasil. Objetivo: Investigar o significado clínico da via apoptótica, por meio da avaliação imuno-histoquímica de Bcl-2 e Bax, em um grupo de sarcomas de partes moles de extremidades. Metodologia: Foram incluídos 86 casos de SPM de extremidades de adultos tratados no Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer em Goiás. A expressão de Bcl-2 e Bax foi avaliada em microarranjos de tecidos. As análises estatísticas incluíram o teste exato de Fisher, qui-quadrado, análise de sobrevida (Kaplan-Meier) e o teste de log rank. A regressão de Cox foi empregada na análise multivariada. Resultados: A imunodetecção de Bcl-2 e Bax definiu dois grupos de sarcomas: hipoexpressos (0-25% de células marcadas) e hiperexpressos (acima de 25% de células marcadas). A hiperexpressão de Bcl-2 foi detectada em 21 casos (25,9%) e a de Bax em 54 casos (66,7%). A hiperexpressão de ambos foi diretamente associada aos sarcomas sinoviais, ao grau histológico e ao estadiamento clínico; e, inversamente associada aos mixofibrossarcomas. Uma associação inversa foi detectada entre a expressão de Bcl-2 e a idade dos pacientes, e entre Bax e o lipossarcoma. A expressão de Bcl-2 foi associada à expressão de Bax (p = 0,007). A sobrevida global foi de 57%, sendo menor para os casos com hiperexpressão de Bcl-2 (47,6% x 58,3%, p = 0,445) e Bax (50% x 66,7%, p = 0,103). Após análise multivariada, somente o alto grau histológico apresentou-se como fator prognóstico independente (p = 0.043, HR = 8.0, IC 95%, 1.1-60.1). Conclusões: A hiperexpressão de Bcl-2 e Bax esteve associada aos fatores clássicos de mau prognóstico. Pacientes com tumores de alto grau histológico apresentaram um risco de morte oito vezes superior, em relação aos pacientes com tumores de baixo grau. A expressão imuno-histoquímica de Bcl-2 e Bax é assim sugerida como potencial marcador prognóstico em SPM de extremidades. Palavras-Chave: Sarcomas de partes moles; Apoptose; Bcl-2; Bax; Prognóstico; Microarranjos de tecidos. K009. AnGiossARCoMA do MEMbRo sUPERioR PÓs-RAdioTERAPiA: RELATo dE CAso Carvas, P. N.*; Luiz, J. M. M.*; Ferreira, M. C. F.* *Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Faculdade de Medicina. Introdução: O angiossarcoma é um tumor maligno raro com aspectos morfológicos e funcionais de endotélio normal, seja vascular ou linfático, que pode apresentar uma diferenciação variável desde tumores altamente diferenciados que lembram hemangiomas até tumores muito anaplásicos. Uma de suas principais etiologias é a indução por radioterapia contra outro tumor, normalmente carcinoma de mama, de ovário ou útero. Objetivo: Relatar um caso de angiossarcoma pós-tratamento radioterápico atendido no Hospital Universitário, em 2011, contribuindo, assim, para expandir o conhecimento sobre o tema e alertar para a suspeita de diagnóstico diferencial desta neoplasia maligna rara, mas de avanço rápido e possivelmente letal. Métodos: A descrição de dados baseou-se na revisão do prontuário e nos exames realizados. Relato de Caso: Mulher, 79 anos, negra, tem histórico de carcinoma ductal da mama direita há oito anos tratada com mastectomia radical, esvaziamento linfonodal axilar, complementada com quimio e radioterapias, além de tamoxifeno por cinco anos. Um ano após o procedimento cirúrgico, apresentou quadro de erisipela em membro superior direito, tratada clinicamente, com boa resposta. No 4º ano de seguimento oncológico tem diagnosticado adenocarcinoma endometrial grau I histológico, sendo tratada com panhisterectomia. Evoluiu sem intercorrências por dois anos quando queixouse de lesão verrucosa em Membro Superior Direito (MSD), sangrante, após trauma. Ao exame físico, apresentava pápulas violáceas em antebraço direito, com linfedema exuberante. Foi realizada exérese da lesão que teve o diagnóstico histopatológico de angiossarcoma de padrão epitelióide multifocal, infiltrando pele e tecidos moles profundos. Discussão e Conclusão: O prognóstico para este tumor é reservado, parcialmente pelo tempo de demora para o paciente recorrer ao médico e pela demora para iniciar o tratamento do tumor. No caso da paciente aqui relatada, a abordagem foi agressiva - desarticulação glenoumeral do membro superior direito – com o tratamento coadjuvante (quimioterapia) e, atualmente, está em seguimento ambulatorial. 112 revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia K010. APREsEnTAÇÃo ATÍPiCA dE sARCoMA dE KAPosi EM PACiEnTEs JoVEns, inFECTAdos PELo VÍRUs HiV: RELATos dE CAsos Nery, J. A. C.1; Castro Alves, T. B.2; Silva, G. R.C2; Cariello, L. B. A.2; Guimarães, R. V.2; Faria Júnior, W. L.2; Ferrari, V. V. B.2; Castro, F. M. M.2 1. Chefe do setor de dermatologia sanitária do IDPRDA. 2. Alunos de Graduação em Medicina da Liga do IDPRDA. Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Objetivos: Chamar a atenção do frequente reaparecimento do quadro clínico de Sarcoma de Kaposi (SK) de forma precoce em pacientes jovens com HIV+. Métodos: Relato de casos realizado no Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay (IDPRDA). Primeiro paciente: Masculino, 21 anos, homossexual, apresentou máculas em membros superiores há três meses seguido de diagnóstico de infecção pelo HIV há dois meses. Ao exame dermatológico foram observadas lesões papulosas de coloração vinhosa, localizadas em braços e coxa esquerda, acompanhadas de linfonodomegalia em cadeias cervical, supraclavicular e inguinal, aderidos e sem sinais flogísticos. Segundo paciente: masculino, 19 anos, homossexual, apresentou há cinco meses surgimento de lesões cutâneas. Ao exame dermatológico, placas violáceas infiltrativas, localizadas em regiões periorbitais e tronco anterior. Resultados: Ambos pacientes previamente hígidos e diagnóstico recente de HIV+, que desenvolveram lesões cutâneas de evolução rápida como sua primeira manifestação de SIDA. A maioria dos casos de SK relacionados ao HIV ocorrem quando células CD4 estão abaixo de 200 cels/mm3, maior tempo de exposição ao vírus e extremos de idade. Representamos assim forma atípica do início e das manifestações do SK. Primeiro paciente: Células CD4+: 305 céls./mm3. Realizada biópsia, confirmado SK ganglionar. Segundo paciente: Células CD4+: 312 céls./mm3. Biópsia confirmando SK. Conclusões: SK tem sido frequente em jovens, mesmo na era da terapia HAART, com marcador de padrão dermatológico exuberante, fato frequente no início dos anos 80. Nesta época era uma das manifestações clínicas definidoras de SIDA em jovens e com células CD4 não tão reduzidas. Chamamos atenção para este fato, que pode ser um alerta de que a endemia ainda está em franca expansão, devendo ser mantidas campanhas de alerta desta endemia para a população. K011. LEioMiossARCoMA PRiMáRio dE TiREÓidE: RELATo dE CAso Paula, L. C. L.*; Silva, E. A.*; Gabriel, T. F.*; Silva, L. C. F. F.*; David Filho, W. J.* *Faculdade de Medicina do ABC. Introdução: O sarcoma de cabeça e pescoço corresponde a 1% dos tumores malignos que acometem esta região, sendo que destes somente 0,014% são leiomiossarcomas primários de tireóide. Existem apenas 17 casos descritos na literatura sendo somente um em nosso meio, correspondendo assim, a um tumor extremamente raro. São tumores de prognóstico ruim cujo tratamento ainda não está bem estabelecido na literatura. A terapêutica consiste eminentemente em abordagem cirúrgica radical, porém não há evidência de impacto na sobrevida. Alguns casos descritos na literatura foram tratados com quimioterapia ou radioterapia adjuvantes. Relato de Caso: Este estudo relata um caso de leiomiossarcoma primário de glândula tireóide em paciente que apresentou quadro clínico inicial de dispnéia e síndrome de veia cava superior, necessitando de abordagem com urgência para traqueostomia por tumor localizado em lobo tireoideano direito, com desvio importante de traquéia. A biópsia por congelação evidenciou neoplasia fusiforme com intensas atipias, sendo confirmado diagnóstico através da análise imunohistoquímica. A lesão foi considerada irressecável e o paciente foi submetido à quimioterapia com adriamicina, com boa resposta clínica e radiológica, seguido por radioterapia. Após sete meses de seguimento, o paciente evoluiu com metástases ósseas, necessitando de radioterapia antiálgica em bacia e úmero direito. Atualmente encontra-se em seguimento clínico. Em suma, trata-se de um relato de uma neoplasia rara que deve ser considerada no diagnóstico diferencial dos tumores tireoideanos de morfologia fusiforme, por apresentar diagnóstico difícil e prognóstico reservado. K012. RECidiVA TARdiA dE osTEossARCoMA: RELATo dE CAso Nourani, C. M. L.*; Sykora, T.*; Moraes, R. A.*; Garcia, T. P. F.*; Carvalho, E. M.*; Santos, A. C. B.*; Casão, F. D. C.*; Costa, F. O.* *Hospital de Clínicas – UNICAMP. Introdução: Osteossarcoma de extremidades é um tumor ósseo clinicamente agressivo. A maioria das recorrências ocorrem precocemente, geralmente dentro de 2 a 3 anos. Após 5 anos, a recorrência é incomum e tem sido raramente descrita, ocorrendo em menos de 5 % dos pacientes com osteossarcoma localizado. Objetivo: Descrever um caso de paciente com osteossarcoma de úmero, tratada com quimioterapia, cirurgia e radioterapia, que apresentou metástase pulmonar após 12 anos do diagnóstico. Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, 32 anos, com antecedente de osteossarcoma de úmero esquerdo estádio II, tratado em 1998, chega ao pronto socorro em novembro de 2010 com historia de hematêmese. Tomografia de tórax demonstrou lesão heterogênia de 11 cm em lobo inferior esquerdo (LIE). PET-CT evidenciou lesão hipermetabólica com calcificações em permeio no LIE correspondendo a processo secundário de 11 x 6,8 x 4,9 cm e SUV 8,4. Em janeiro de 2011 foi submetida a lobectomia inferior esquerda e esvaziamento linfonodal mediastinal cujo anatomo-patológico revelou osteossarcoma infiltrativo em parênquima pulmonar. No momento, paciente encontra-se há 18 meses livre de doença, assintomática, realizando exames de imagem periódicos para seguimento. Conclusão: Osteossarcoma é o tumor ósseo primário mais comum e o principal sítio de metástase é o pulmão. Em geral, pacientes são considerados curados após 5 anos livres de doença, no entanto, apesar de raro, a recorrência após 5 anos em pacientes com osteossarcoma existe. As causas de metástases tardias ainda são mal compreendidas e é um assunto em discussão na atualidade. Dormência tumoral e regulação imune são conceitos atuais que ainda estão sendo estudados. Mais estudos são necessários para prever possíveis fatores de risco clínicos e histopatológicos, identificando assim pacientes que necessitarão de acompanhamento mais rigoroso. K013. PACiEnTE CoM sidA EM Uso dE HAART: sURGiMEnTo ATÍPiCo dE sARCoMA dE KAPosi RELACionAdo À sÍndRoME inFLAMATÓRiA dE REConsTiTUiÇÃo iMUnE Nery, J. A. C.1; Castro Alves, T. B.2; Silva G. R. C2; Guimarães R. V.2 1. Chefe do setor de dermatologia sanitária do IDPRDA. 2. Alunos de graduação em medicina da liga do IDPRDA. Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay (IDPRDA). Objetivo: Relatamos uma evolução atípica de um paciente soropositivo que desenvolveu SK logo após inicio de TARV, relacionado a SIRI. Introdução: O sarcoma de Kaposi (SK) é uma neoplasia frequente em soropositivos, relacionada ao tempo de exposição ao vírus HIV e a carga viral. O sarcoma 113 surgimento da HAART revolucionou a imunossupressão nos HIV+, entretanto esta resultante imunidade pode estar associada ao aparecimento de outras manifestações de natureza inflamatória determinando a Síndrome inflamatória de Reconstituição Imune (SIRI). Método: Paciente do sexo masculino, 46 anos, HIV+, em uso da terapia HAART, diagnosticado em 12/03/12. Apresentou quadro de lesão macular de tonalidade violácea, linear, medindo 0,5 a 1,0cm, associadas a múltiplas lesões com mesmo aspecto, arredondadas de aproximadamente 0,5 cm, ambas localizadas na região medial de membro inferior esquerdo, acompanhado de edema local, de aparecimento súbito, com evolução de trinta dias. Resultados: Foi solicitada a análise histopatológica da lesão que confirmou o SK. Realizado encaminhamento à centro especializado para receber radioterapia local por apresentar piora do quadro cutâneo. Após 15 dias, no retorno ambulatorial, se observou regressão significativa das lesões. Conclusão: Sendo SK uma neoplasia associada à infecção pelo HIV com aparecimento relacionado a um maior tempo de exposição ao vírus, é caracteristicamente um definidor da AIDS. Entretanto tem se observado uma instalação mais precoce da condição, relacionada à SIRI. O início da HAART é geralmente associado com a regressão do SK, e não da progressão observada. Muitas vezes essa síndrome é erroneamente diagnosticada como um caso de reação medicamentosa ou resistência a TARV, portanto, é provável que a associação SIRI- SK seja muito mais comum. É essencial constatar que a síndrome não indica falha da HAART ou uma necessidade de alterações na TARV, em vez disso, terapias adjuntas em conjunto com a HAART pode controlar os sintomas da SIRI e do SK. K014. sARCoMA EMbRionáRio (indiFEREnCiAdo) HEPáTiCo EM AdULTo: RELATo dE CAso Santos, T. T.1; Santos, A. M. V. C. E.2; Santos, D. A. E.2; Mourthé, A. M. R.3; Ferreira, N. A.4; Gonçalves, P. F. P.3; Cabral, R. B.3 1. Médico Radioterapeuta do Hospital São José do Avaí, Itaperuna, RJ. 2. Médicos Oncologistas do Hospital São José do Avaí, Itaperuna, RJ. 3. Acadêmica Estagiária do serviço de Oncologia Clínica do Hospital São José do Avaí, Itaperuna, RJ. 4. Acadêmica Estagiária do serviço de Radioterapia do Hospital São José do Avaí, Itaperuna, RJ. Introdução: Sarcoma embrionário hepático (SEH) é uma neoplasia rara, primária do fígado e de etiopatogenia desconhecida. Mais comum entre 6 e 10 anos de idade, raramente ocorre em adultos. Objetivos: Relato de um caso raro de SEH em adulto, enfatizando aspectos clínicos, imaginológicos e anatomopatológicos. Materiais e Métodos: Paciente do sexo masculino, 38anos, com dor de forte intensidade no hipocôndrio direito há cinco meses com ultrasonografia (US), evidenciando massa heterogênea no lobo direito, sugestivo de abscesso hepático, e Ressonância Nuclear Magnética (RNM) que mostrou formação expansiva sólido-cística. Dois meses após, o paciente retornou com dor abdominal súbita e sinais de irritação peritoneal, foi por isso submetido à TC que mostrou sangramento hepático espontâneo falando a favor de tumor hepático. Como tratamento foi realizado hepatectomia direita com posterior análise imunoistoquimica. Os achados foram de neoplasia maligna fusocelular extensamente necrótica, favorecendo sarcoma como principal possibilidade diagnóstica. Atualmente o paciente encontra-se assintomático, em acompanhamento oncológico trimestral. Discussão: Clinicamente o tumor apresenta-se como uma massa abdominal associada a dor no hipocôndrio direito ou epigástrio, emagrecimento e sintomas gastrointestinais. Pode ocorrer hemorragia ou necrose da massa. Os níveis de alfa fetoproteina encontram-se normais, diferenciando do hepatocarcinoma. O diagnóstico é feito com suspeição clínica e exames de imagem. A US demonstra massa sólida com componentes císticos em lobo hepático direito, já na TC e RNM a massa é predominantemente cística. Portanto, a US é considerado um exame mais fidedigno. Histopatologicamente, o tumor é composto de células fusiformes indiferenciadas, entremeadas por matriz mixóide abundante. O tratamento consiste em ressecção cirúrgica completa do tumor, quimioterapia e radioterapia adjuvante para diminuir o risco de recorrência local e metástase a distancia. Conclusão: O presente artigo enfatiza as características clínicas e radiológicas típicas do SEH, assim como o tratamento mais utilizado visando um melhor prognóstico para os pacientes. K015. sARCoMA dE diFEREnCiAÇÃo AdiPoCÍTiCA CoM METásTAsE LinFonodAL Lopes, M. S. M.1; Lira, G. A.1; Ferreira, V. S.2; Freire, A. D.1 Correia,G. D.1;Pacheco, A. C. B. S.1 1. Universidade Potiguar. 2. Universidade Federal da Paraíba. Objetivos: Sarcomas de partes moles são tumores raros e neoplasias malignas oriundas da célula mesenquimal primitiva, excetuando-se os tumores ósseos, as leucemias e os linfomas. A disseminação dos sarcomas faz-se principalmente por via sanguínea, com metástases para os pulmões, o que representa um fator de pior prognóstico, enquanto a disseminação por via linfática é rara. O objetivo é relatar é um caso de lipossarcoma com metástase linfonodal, o que é incomum no grupo dos Sarcomas de partes moles. Métodos: O trabalho é caracterizado como estudo descritivo do tipo relato de caso. Para a sua construção foi feita coleta de dados em prontuário durante seu seguimento em um Hospital de Natal/RN, correspondendo ao período de abril de 2012 a junho de 2012, referente ao início do diagnóstico e ao seu seguimento clínico. Resultados: F. B. N. S, 77 anos, sexo feminino, natural e procedente de Natal/RN. Paciente refere aparecimento de nodulação indolor na região lateral da perna direita há três anos. Há sete meses, após diversos traumas locais referiu aparecimento de lesão ulcerada que não cicatrizou. Ao exame físico foi constatado úlcera infiltrativa sangrante de 7 cm, fixo a planos profundos. Realizado biópsia (24/04/2012) que evidenciou neoplasia indiferenciada de células fusiformes e anaplásicas com alto índice mitótico, com metástases para linfonodos. Conclusões: O fato de serem tumores raros restringe bastante o conhecimento geral dos médicos sobre o assunto. Na maioria das vezes, isso contribui não só para retardar o diagnóstico, como também para a adoção de condutas inapropriadas. Esses fatores são responsáveis por taxas de cura e sobrevida mais baixas e, muitas vezes, pela piora na qualidade de vida dos pacientes em função da perda de um membro. É de suma importância que os profissionais que avaliam estes pacientes tenham sempre em mente que estas massas possam representar uma lesão sarcomatosa, para que o delineamento do diagnóstico e o tratamento sejam feitos de forma correta sem representar prejuízo ao prognóstico do paciente. revista oficial • VII Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia 115 REALIZAÇÃO PATROCINADORES Diamante: Ouro: Níquel: APOIO Platina: Prata: Bronze: Berilo: REALIZAÇÃO