O melhor cursinho especializado na GV GEOGRAFIA 61. Os países assinalados com a cor negra apresentam em comum: Fonte: ONU, 1995-98 a) elevado número de refugiados - indivíduos ou grupos que estão fora de seu território em razão de perseguição política, racial, étnica ou religiosa. b) elevação do Índice de Desenvolvimento Humano, em face da progressiva melhoria das condições de vida de suas populações nos últimos anos. c) presença de bases militares dos EUA em seus territórios, ainda como reflexo da política norte-americana dos anos 60 e 70, de contenção do avanço comunista. d) altas taxas de natalidade, em função de aspectos religiosos e da ausência de políticas de planejamento familiar e controle da natalidade. e) disponibilidade de reservas consideráveis de petróleo e gás natural, que têm propiciado melhorias nos saldos da balança comercial. Resolução: Alternativa A A questão apresentou um mapa apontando alguns países de Terceiro Mundo e pedindo a característica comum entre eles. Baseados no relatório da Acnur/1999, publicado no Almanaque Abril 2001, constatamos que os países assinalados constituem os que possuem o maior número de refugiados: Afeganistão, Iraque, Sudão, Somália e Croácia, que estão dentre os 10 países de maior contingente de refugiados. 62. Mais de uma década após a queda do Muro de Berlim em 1989, novas fronteiras político-estratégicas e econômicas vêm sendo delineadas na Europa. As afirmações abaixo revelam o movimento atual dessas fronteiras, exceto que: FGV011E2FMAIO FGV – 27/05/2001 19 a) a extinção da fronteira estratégica da Cortina de Ferro tem permitido a expansão de estruturas do bloco ocidental para os territórios do antigo bloco soviético. b) o alargamento do bloco ocidental europeu significa, por sua vez, o aprofundamento da influência estratégica norte-americana na Europa. c) Ucrânia e Belarus, integrantes da Comunidade dos Estados Independentes, funcionam como uma faixa estratégica entre o bloco ocidental e a Rússia. d) o espaço Centro-Europeu vem sendo reconstituído pelos investimentos alemães em países ex-socialistas como a Polônia, a República Tcheca e a Eslováquia, além de outros. e) após sua integração formal à Comunidade dos Estados Independentes, os Estados Bálticos, por intermédio da Polônia, estreitaram relações com a Europa Central. Resolução: Alternativa E A questão apresenta situações para a Europa na virada do milênio. A única alternativa incorreta é a E, que relaciona os Estados Bálticos (Lituânia, Estônia e Letônia) como pertencentes à CEI. 63. A respeito da criação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), pode-se afimar que: a) as resistências do Brasil à criação dessa área residem somente em abolir as barreiras não-tarifárias e os efeitos da lei de cotas (ambos impostos pelos EUA), que afetam exclusivamente o setor de suco de laranja. b) a tradição de global trader do Brasil acabou pesando na decisão de o país retirar-se das negociações para a criação dessa área, voltando-se ao fortalecimento do Mercosul. c) a estratégia brasileira tem sido, entre outras medidas, a de resistir à investida norte-americana para acelerar a criação dessa área e de fortalecer o Mercosul, para dialogar com os EUA em posição mais favorável. d) assim como outros países do continente, o Brasil não assumiu compromissos com o reconhecimento de padrões internacionais de trabalho e a proteção ao meio ambiente. e) setores produtivos do Brasil, como os de calçados, têxteis, siderúrgico e suco de laranja desejam acelerar a criação dessa área, por serem competitivos e não sofrerem sanções tarifárias e da lei de cotas impostas pelos EUA. Resolução: Alternativa C No ano 2000, o Brasil tentou esboçar uma liderança entre os países da América do Sul, na cúpula sul-americana. Apesar dos esforços do governo FHC para fortalecer este bloco, diante da criação da ALCA, o que ocorreu foi o fracasso das negociações e a permanência de um isolamento de tais países diante do poderio dos EUA. O melhor cursinho especializado na GV FGV – 27/05/2001 64. Considere os dados da tabela abaixo: TURISMO – PARTICIPAÇÃO REGIONAL NO SETOR (1998) No de turistas África 4,0 Cresc. Anual (%) 7,5 América 19,2 1,4 27,2 2,1 Leste da Ásia e Pacífico 13,9 –1,2 16,6 –3,8 Europa 59,6 3,0 50,8 3,6 Oriente Médio 2,5 5,3 2,2 6,4 Sul da Ásia 0,8 5,0 1,0 2,8 Total mundial 100,0 2,4 100,0 2,0 Região Receita (em US$ bilhões) 2,2 Cresc. Anual (%) 5,9 Fonte: Organização Mundial do Turismo A partir dos dados da tabela, e levando em conta seus conhecimentos a respeito do assunto, está correta a seguinte afirmação: a) África e Oriente Médio destacam-se, respectivamente, na expansão do número de turistas e das receitas, em virtude dos sítios históricos e naturais ali presentes e da construção da melhor infra-estrutura de visitação entre regiões receptoras. b) embora não tenha as taxas mais elevadas de crescimento de receitas e número de visitantes no período, a Europa continua sendo o principal destino dos viajantes, especialmente a países como Itália, França e Espanha. c) a América registra taxas de crescimento no setor, resultado da expressiva participação do Brasil, que, em função de atrativos como suas florestas, clima tropical e extenso litoral, é o maior receptor de turistas do continente. d) África, Leste da Ásia e Pacífico registraram quedas ou baixo crescimento nas receitas do turismo e no número de visitantes diante dos problemas econômicos que sucederam a crise das bolsas asiáticas no final de 1997. e) o crescimento das receitas e do número de turistas na África e no Oriente Médio associa-se às baixas taxas registradas pela Europa, em conseqüência de conflitos nos Bálcãs. 65. Com uma produção diversificada, abrangendo indústrias têxteis, siderúrgicas e de equipamentos ferroviários, a região do Manufacturing Belt, comparada a outras regiões industriais dos EUA: a) vem aumentando sua participação relativa no total da produção do país, desde o pós-guerra. b) é uma região de fortes investimentos (hot belt) graças à vertiginosa expansão da indústria automobilística nas duas últimas décadas. c) perdeu sua posição de comando nas decisões econômicas do país, devido ao deslocamento significativo de indústrias, serviços e rede bancária para o Noroeste. d) apresenta organização predominantemente fordista, diferenciando-se dos novos centros industriais do Sun Belt, pautados pela acumulação flexível. e) caracteriza-se por dispersão territorial de suas indústrias, grande automação e pequena dependência das fontes de energia. Resolução: Alternativa D A questão aborda a divisão interna da economia norteamericana, em cuja região nordeste se encontra o Manufacturing Belt, com as suas indústrias tradicionais, criadas no século XIX naquele local devido à abundância do carvão nos Montes Apalaches. 66. Observe o mapa a seguir. Note a linha cheia e a linha pontilhada, quase sempre paralelas. EIXO BRASIL/VENEZUELA Puerto La Cruz Caracas Trinidad e Tobago Linha de transmissão Guri-Manaus (proposta) Estrada de rodagem Manaus a Puerto La Cruz Oceano Atlântico Hidrelétrica Guri Macagua Rio Orinosco Georgetown 570 Km Paramaribo GUYANA VENEZUELA SURINAME Boa Vista RR 1005 Km BRASIL Rio Amazonas Resolução: Alternativa B AM Esta é uma questão de simples análise de tabela, através da qual se constata o que se afirma na alternativa B, ou seja, que o número absoluto de turistas é muito maior na Europa. FGV011E2FMAIO Manaus PA Fonte: O Estado de São Paulo, 10/09/2000, p. A-8. 20 O melhor cursinho especializado na GV Em relação às obras de infra-estrutura destacadas, assinale a alternativa incorreta: a) Podem permitir a abertura de canal de escoamento de produtos da Zona Franca de Manaus para outros mercados e a consolidação da ligação Brasil-Venezuela, via Manaus e Boa Vista. b) Podem contribuir para agilizar e intensificar fluxos econômicos, baratear a exportação de produtos brasileiros e articular zonas da Amazônia setentrional, numa região fronteiriça. c) Inscrevem-se no contexto de melhoria da infra-estrutura de integração física e circulação terrestre do subcontinente, conforme proposta firmada recentemente pelos chefes de Estado da América do Sul. d) Podem contribuir para consolidar a posição estratégica de Manaus, como sede da Zona Franca e nó de confluência de fluxos e meios de transporte e energia. e) Podem reforçar os conflitos existente com os países da Comunidade Andina (CAN), em face da perspectiva de expansão dos interesses brasileiros na região. Resolução: Alternativa E A questão aborda a nova relação criada entre o Brasil e a Venezuela, devido à pavimentação da BR-174. Nessa região não existem conflitos entre o Brasil e a CAN (Comunidade Andina). 67. A crise do fim dos anos 80, na indústria bélica, e do início dos anos 90, na indústria aeroespacial, chocou os moradores dessa região, especialmente quando a Embraer dispensou cerca de 75% de seus funcionários. Outras empresas também sofreram o impacto da crise, mas com menos intensidade. FGV – 27/05/2001 21 d) em Campinas surgiram multinacionais, Centros de Pesquisa e Desenvolvimento, conhecidos como CPqDs, além de grandes montadoras de carros, pois a crise ampliou sua vocação tecnológica. e) no Eixo São José dos Campos-Taubaté, a migração dos investimentos para outras áreas contribuiu para a estagnação da indústria aeroespacial, diminuindo sua importância no contexto econômico brasileiro. Resolução: Alternativa C Nos anos 80, as indústrias bélica e aeroespacial tiveram um substancial desenvolvimento devido ao incremento de suas vendas para o Oriente Médio. Nos anos 90, com o final dos conflitos naquela região e a diminuição da demanda por aqueles produtos, a produção dessa indústria declinou, levando, em conseqüência, diversas empresas à falência. Na segunda metade da década de 90, a reestruturação da Embraer permitiu um aumento de sua eficiência e maior competitividade no mercado internacional, no qual é respeitada, sendo a 3a maior do mundo. 68. As aglomerações com mais de 100 mil habitantes eram apenas 12 em 1940, alcançando (...) 175 em 1996. As localidades com mais de 100 mil e menos de 200 mil habitantes passam de seis em 1940 para noventa em 1996. Aquelas com população entre 200 mil e 500 mil habitantes pulam de quatro em 1940 para 61 em 1996. As cidades com mais de meio milhão de habitantes eram somente duas em 1940 e somavam 24 em 1996. Em 1940, apenas seis Estados dispunham de cidades com população entre 100 mil e 200 mil moradores; em 1996, elas existem em 20 Estados. As localidades entre 200 mil e 500 mil habitantes, presentes em apenas três Estados em 1940, encontram-se em 17 Estados em 1996. Adapt. Jornal O Estado de São Paulo. 30/07/2000. p. B-8 Identificando a região referida no texto e atualizando a situação de suas indústrias até o final da década de 1990, pode-se afirmar que: a) no Eixo Campinas-Sorocaba, o decréscimo significativo dos investimentos motivou o deslocamento da maior parte das indústrias bélicas para outras regiões do país. b) em São José dos Campos, a estagnação da indústria aeroespacial - promissora até a década de 1980 repercutiu na falência de vários segmentos, como o de telecomunicações. c) no Vale do Paraíba surgiram, durante a crise, pequenas e médias empresas de base tecnológica, bem-sucedidas, favorecendo a volta de fortes investimentos na área industrial e de serviços. FGV011E2FMAIO Fonte: Milton Santos e Maria L. Silveira, O Brasil: território e sociedade no início do século XXI, 2000, p. 205-206 O processo de crescimento dos municípios de porte médio no Brasil indicado no texto, entre outros fatores: a) ocorreu apenas no interior das Regiões Metropolitanas, resultado da transferência de atividades industriais do centro principal para as áreas periféricas dos núcleos metropolitanos. b) configurou a decadência e a perda do papel de comando de metrópoles nacionais como São Paulo e Rio de Janeiro, hoje redutos da pobreza e da violência urbana. c) resultou da macrourbanização, que atraiu populações do campo, e de uma certa dispersão da produção e de segmentos das classes médias pelo país. 22 FGV – 27/05/2001 O melhor cursinho especializado na GV d) ocorreu, assim como o processo de metropolização, somente no Centro-Sul do país e em manchas de urbanização mais antigas ao longo da faixa litorânea. e) é resultado exclusivo das recentes políticas de vários Estados e municípios, de concessão de incentivos fiscais para sediar indústrias, atraindo mão-de-obra para essas localidades e) A modernização do campo concentrou-se basicamente no Centro-Sul do país, expandindo-se a seguir em manchas descontínuas e especializadas (frutas, soja, legumes para industrialização etc.), como é o caso de algumas áreas do Nordeste. Resolução: Alternativa C A questão aborda o crescimento urbano brasileiro, que foi maior nos municípios de médio porte, devido aos incentivos fiscais que estes ofereceram para atraír as indústrias, além da saturação da Grande São Paulo. A reorientação da produção agropecuária, agora regida pelos interesses industriais, fez dessa região, tradicional na pecuária extensiva e extrativismo vegetal, uma área de agricultura comercial moderna e irrigada, voltada para exportação, sem a participação estatal. 69. No Piauí, uma empresa fruticultora vem produzindo para exportação, sobretudo mangas para o mercado europeu. A região, sem tradição no setor, tem terras férteis e baratas, reserva hídrica, luminosidade e altas temperaturas no verão. Em função do clima, o ciclo de maturação dos frutos é rápido, o que impôs pesquisar e descobrir usos adequados de nutrientes e hormônios vegetais para controlar o amadurecimento. A empresa dispõe de 18 poços artesianos para irrigar 400 ha de área plantada. Empregando 200 trabalhadores, exportou 800 toneladas de manga para a Europa. Pretende atingir 4 mil toneladas por ano e expandir-se para o mercado dos EUA. Fonte: Adaptado de Pomares do Futuro, Revista Globo Rural, abril de 1999, p. 61-63 Assinale a alternativa que não corresponde ao contexto da situação acima descrita: a) As inovações técnicas e organizacionais na agropecuária brasileira, no período atual, concorrem para um novo uso da terra e do tempo no calendário agrícola, e para reforçar a redivisão territorial do trabalho no campo. b) O território brasileiro tem incorporado características da revolução agrícola, especialmente nas culturas de exportação, que vêm invadindo algumas áreas antes destinadas à agricultura alimentar básica (como milho, feijão e arroz). c) A modernização capitalista no campo, à base de investimentos em ciência e tecnologia, elevou a produtividade e o volume da produção no país. Com isso, diminuem as limitações impostas pelas condições naturais. d) Com a modernização da produção agropecuária no Brasil, marcada pela forte participação do Estado, as empresas agroindustriais absorveram o excedente da mão-de-obra agrícola e aqueles que não tiveram acesso à terra. FGV011E2FMAIO Resolução: Alternativa D 70. I. Condição de vida dos brasileiros melhorou. II. Miséria ainda é ameaça a crianças. Folha de São Paulo, 5/04/2001. C-p.1 e C-p.5 As manchetes acima fazem parte do balanço do IBGE da última década do século XX, divulgado pela mídia. Ambas constituem retratos do Brasil, referindo-se, respectivamente: a) ao decréscimo da mortalidade infantil no país e à situação peculiar e exclusiva da miséria no Estado de Alagoas. b) ao aumento da expectativa de vida e à persistência de desigualdades sociais resultantes da concentração de renda. c) à efetiva melhoria na distribuição da renda nacional e à persistência das altas taxas de mortalidade infantil que decresceram apenas na Região Sul. d) ao aumento da expectativa de vida e à situação peculiar e exclusiva da miséria no Estado de Alagoas. e) à efetiva melhoria na distribuição da renda nacional e à baixa taxa de escolarização no país, especialmente nas Regiões Nordeste e Centro-Oeste. Resolução: Alternativa B Embora alguns indicadores sociais do Brasil tenham melhorado na segunda metade dos anos 90, as desigualdades sociais ainda continuam as mais elevadas do mundo. De acordo com o IDH / 1996, o estado de Alagoas apresenta condições até melhores que os outros estados da região Nordeste. O melhor cursinho especializado na GV 71. Adapt. da classificação de J. Ross, 1996 As áreas assinaladas no mapa por X - Y - Z correspondem, respectivamente, às seguintes unidades do relevo brasileiro: a) Planaltos Residuais Norte-Amazônicos / Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba / Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná. b) Depressões Marginais Amazônicas / Depressão Sertaneja e do São Francisco / Depressão Periférica Sul-Rio-grandense. c) Planaltos Residuais Norte-Amazônicos / Depressão Sertaneja e do São Francisco / Chapadas da Bacia do Paraná. d) Depressões Marginais Amazônicas / Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba / Chapadas da Bacia do Paraná. e) Planaltos Residuais Norte-Amazônicos / Planalto da Borborema / Depressão Periférica Sul-Rio-grandense. Resolução: Alternativa A Na divisão proposta por Jurandyr Ross, as áreas assinaladas correspondem, respectivamente, a: X - Planaltos Residuais Norte-Amazônicos Y - Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba Z - Planaltos e Chapadas da Bacia do Rio Paraná 72. A camada de gelo do Ártico está ficando menor e mais fina, o que é comparável à perda de uma Holanda a cada ano. Tal redução pode ter efeitos dramáticos, porque a formação dos bancos de gelo é uma parte importante da “esteira rolante” que envia água salgada ao fundo do mar e a impele para o Sul, permitindo o afluxo das águas quentes dos trópicos, a exemplo da Corrente do Golfo. Os padrões de clima fazem prever que esse processo de redução continuará e, com isso, haverá uma grande perda de convecção do mar da Groenlândia e do Labrador. Adapt. de Tim Radford. The Guardian. In Jornal O Estado de São Paulo, 29/04/2000 FGV011E2FMAIO FGV – 27/05/2001 23 Do texto acima pode-se inferir que, se o efeito estufa persistir devido ao aquecimento global, provavelmente, a longo prazo: a) a “esteira rolante” correspondente à Corrente do Golfo — de águas quentes — que flui do Caribe para o Norte, poderá fundir-se com a Corrente do Atlântico Norte — de águas frias - que flui do Estreito de Behring para as Ilhas Aleutas. b) o transporte de calor pelo oceano, partindo dos trópicos para as altas latitudes, será muito mais rápido, pois a perda da convecção elevará muito as temperaturas médias do Norte Europeu. c) a transmissão de calor para as altas latitudes será mais lenta, podendo interromper a ação da Corrente do Golfo, o que tornará mais frio o clima das regiões beneficiadas por ela, como o Norte e o Noroeste da Europa. d) o recuo das geleiras no Ártico será catastrófico para o Labrador e a Groenlândia, mas a maioria se beneficiará com o aumento da água doce, sobretudo a Holanda, cujas fontes são comprometidas pela salinização. e) provocará, em ritmo acelerado, a separação de icebergs do continente, que flutuarão sobre os oceanos, resfriando-os, e, como a água demora mais para aquecer, os invernos serão mais longos e os verões mais curtos. Resolução: Alternativa C De acordo com o discutido no Protocolo de Kyoto (1996), o degelo da banquisa polar ártica poderá interromper o fluxo de águas quentes da corrente do Golfo rumo ao noroeste e norte europeu, o que dará início a uma nova era glacial na região. 73. Maior área protegida do país, com 2,2 milhões de ha, fartos recursos genéticos e sítios de inscrições em pedra e cerâmicas antigas. De clima úmido, tem médias térmicas em torno de 26ºC e período mais chuvoso de dezembro a abril. Florestas tropicais e campinaranas recobrem planícies, colinas, áreas inundáveis e interflúvios tabulares. Há grande diversidade de espécies de peixes, anfíbios, répteis e mamíferos; entre as ameaçadas está a onça pintada. A pesca comercial, extração de madeira e visitação inadequada vêm ameaçando a proteção dessa área. Escala aproximada 0 600 1200 km 24 FGV – 27/05/2001 O melhor cursinho especializado na GV O Parque Nacional cacterizado no texto corresponde no mapa ao algarismo: a) b) c) d) e) – 5: – 1: – 3: – 2: – 4: PN Itatiaia. PN do Jaú. PN Marinho de Fernando de Noronha. PN Lençóis Maranhenses. PN Chapada dos Veadeiros. Resolução: Alternativa B A questão aborda os Parques Nacionais oficializados pelo governo. As características citadas no enunciado, como médias térmicas (26ºC), florestas tropicais, áreas inundáveis etc., indicam que ele se localiza na Amazônia. 74. Assinale a afirmação correta sobre o trabalho infantil no Brasil: a) A mão-de-obra infantil tem sido utilizada em todas as regiões brasileiras, em várias atividades: garimpos, olarias, plantio e colheita de amendoins, cana e laranja, extrativismo vegetal, carvoarias, trabalho informal e até no tráfico de drogas. b) As estatísticas sobre o trabalho infantil devem ser analisadas com cuidado porque os menores de 14 anos que aparecem em diversos setores da economia, na verdade não são trabalhadores contratados e sim aprendizes, como determina o Estatuto da Criança e do Adolescente. c) Exceto o Nordeste, nas demais regiões brasileiras não se consegue apontar nenhuma mercadoria que, no decorrer do processo produtivo, traga a marca da mão de um menor de 14 anos. d) Estudos sobre a territorialização do trabalho infantil indicam uma concentração dessa atividade apenas nas áreas rurais do Centro-Oeste e Nordeste. e) A aplicação do programa de renda mínima em todo o país contribuiu para que mais de 90% das crianças — de 9 a 13 anos — abandonassem as atividades remuneradas e voltassem a freqüentar aulas no Ensino Fundamental. Resolução: Alternativa A O Brasil é acusado internacionalmente por usar mão-deobra infantil em várias atividades, como as citadas na alternativa, em várias localidades espalhadas pelo país. FGV011E2FMAIO 75. As áreas com maior porcentagem de fitomassa original, em relação ao total do planeta, correspondem a: a) florestas tropicais de folhas perenes / florestas temperadas / floresta boreal. b) tundras / florestas temperadas / savanas e pastos tropicais. c) florestas tropicais de folhas perenes / florestas tropicais de folhas caducas / vegetação mediterrânea. d) tundras / florestas tropicais de folhas caducas / floresta boreal. e) savanas e pastos tropicais / florestas e arbustos tropicais / vegetação mediterrânea. Resolução: Alternativa A A maior porcentagem de fitomassa original encontra-se nas áreas florestais tropicais, temperadas e boreais. COMENTÁRIO DA PROVA DE GEOGRAFIA A prova apresentou-se bem elaborada, não deixando dúvidas quanto às respostas. Como já é tradicional no Vestibular da FGV, foram utilizados mapas e tabelas de publicações atuais, como os jornais Folha e Estado de São Paulo. Quanto ao nível de dificuldade, a prova apresentou 6 questões fáceis, 5 de nível médio e 4 difíceis. A distribuição da matéria apresentou 8 questões de Geografia Geral e 7 questões de Brasil. Algumas questões se referiam a temas bastante atuais; outras exigiam conhecimentos de vários assuntos da programação.