considerações acerca da educação da criança com síndrome de

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CONSIDERAÇÕES ACERCA DA EDUCAÇÃO DA CRIANÇA COM
SÍNDROME DE DOWN E O PROCESSO DE INCLUSÃO
TUBINO, Ana Elisa1 - UEM
MIRANDA, Maria de Jesus Cano2 - UEM
Grupo de Trabalho – Diversidade e Inclusão
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
A presente pesquisa tem como foco o estudo da criança com Síndrome de Down e sua
inclusão no ensino regular. Para tanto, o objetivo principal foi estudar, caracterizar e discutir a
respeito da criança que apresenta síndrome de Down e seu processo de inclusão no ensino
regular. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, cujo procedimento metodológico foi análise
do filme “Do luto à luta” de Mocarzel (2004). Os pressupostos que a embasam fundamentamse na concepção de Vygotski e seus colaboradores os quais, defendem o princípio de que as
leis que regem o desenvolvimento da criança normal e deficiente são as mesmas, porque a
formação das funções psíquicas superiores tem origem no social. Portanto, os resultados
apontam que a escola deve se preparar para receber o aluno com Síndrome de Down. Essa
preparação engloba professores e funcionários qualificados, que possam, dentre muitas
funções, fornecer orientações às outras crianças, para que haja convívio harmonioso entre
todos. Designa-se ao professor a importante tarefa de mediação entre o aluno com Síndrome
de Down e as demais crianças da sala, além de ser o responsável pela adoção de metodologias
eficazes e sistematizadas apropriadas para que haja estímulo ao desenvolvimento da criança
com deficiência. Além da importância da função da escola no crescimento da criança com
síndrome de Down, a família também desempenha um papel fundamental. A criança com
deficiência deve sentir-se aceita em todos os setores da sua vida, para que possa progredir, e
esse sentimento de aceitação tem início dentro do próprio lar, com a relação familiar. Concluise que a escola ao receber a criança com síndrome de Down deve estar preparada para atender
as suas necessidades de desenvolvimento.
Palavras-chave: Síndrome de Down. Inclusão. Abordagem Histórico Cultural.
1
Professora Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Pós Graduanda do curso
de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional da mesma Universidade e aluna do curso de Pós
Graduação em nível de Especialização em Educação Especial
do Instituto Paranaense. Email:
[email protected]
2
Doutora em Educação: Programa de Educação Escolar da UNESP/ Araraquara/SP. Professora Adjunto do
Departamento de Teoria e Prática da Educação da Universidade Estadual de Maringá/PR.
Email:[email protected]
19179
Introdução
A presente pesquisa refere-se ao trabalho de conclusão de curso de pedagogia da
Universidade Estadual de Maringá (UEM), realizada em 2012. O interesse por esse estudo
partiu de uma experiência de trabalho (estágio não obrigatório), em uma instituição de ensino
da rede particular de Maringá. A inquietação começou ao trabalhar em uma turma da
educação infantil em que foi inserida uma criança com síndrome de Down, e foi possível
observar as dificuldades desse processo de inclusão.
Segundo Ramos et al (2006) estima-se que 3% da população mundial tenha síndrome
de Down. Por se tratar de um número grande de crianças, não se pode fechar os olhos para a
necessidade da inclusão dessas pessoas ao ensino comum.
Mills et al (1999) e Heredero (2010) defendem que a escola inclusiva deve ser um
espaço onde todos são aceitos, fazendo-se com que a inclusão garanta a permanência do aluno
na escola possibilitando o crescimento desses indivíduos. Carvalho (2004, p. 77) diz que não
são os alunos que devem se adaptar às escolas, mas são as escolas que deverão adaptar-se aos
novos alunos “[...] devem apresentar as condições necessárias e indispensáveis para oferecer
respostas educativas adequadas às necessidades individuais de aprendizagem de todos e de
cada um de seus aprendizes”. Esse processo de inclusão da criança que apresenta deficiência
ainda não está totalmente assimilado pela escola e por sua equipe.
As dificuldades presentes nas escolas ao se deparar com um aluno com síndrome de
Down direcionam a pesquisa para a seguinte questão: Como conduzir o processo de inclusão
de crianças com síndrome de Down em uma escola regular?
Trata-se, no entanto, de uma pesquisa de cunho bibliográfico com uma abordagem
qualitativa, e tem como principal objetivo estudar, caracterizar e discutir a respeito da criança
que apresenta síndrome de Down. Os objetivos específicos estão assim delineados:
Compreender os diferentes aspectos que envolvem a educação e o desenvolvimento da
criança com síndrome de Down na família e na escola; e, analisar as possibilidades que o
processo de inclusão da criança com síndrome de Down no ensino regular contribuiu para sua
aprendizagem.
O trabalho está organizado em quatro tópicos. O primeiro fala da introdução do
trabalho, nela consta uma apresentação do tema, assim como os objetivos, e a
problematização do estudo. O segundo tópico, denominado “Considerações acerca das bases
teóricas da pesquisa”, apresenta a metodologia e o referencial teórico que foi utilizado a
19180
Teoria Histórico Cultural de Vygotski relacionando-a à educação e inclusão dessas crianças.
O terceiro tópico denominado, “Apresentando os resultados e dialogando com os autores”, é
apresentado primeiramente a síndrome de Down e suas características, depois discute-se a
deficiência intelectual que é uma das características principais da síndrome de Down, e a
relação da família da criança com a síndrome, utilizando-se da análise do filme “Do luto à
luta” para ilustrar essa relação. E por último, as “Considerações finais” que apresenta uma
síntese dos resultados da pesquisa.
Considerações acerca das bases teóricas da pesquisa
As bases teóricas que fundamentam o presente estudo apoiam-se nos pressupostos
defendidos por Vygotski3; especificamente, nas idéias apresentadas em sua obra denominada,
“Fundamentos de Defectologia”4. A abordagem de Vygotski (1989) se diferencia das outras
explicando o desenvolvimento humano de maneira multidimensional. A psicologia Histórico
Cultural de Vygotski (1989) propõe a construção de uma teoria fundamentada no
materialismo histórico e dialético entendendo o ser humano como uma totalidade.
Para Vygotski (1989) o funcionamento psicológico tipicamente humano é cultural, ou
seja, histórico. Os elementos mediadores na relação entre o mundo e o homem são
construídos nas relações. De acordo com o modelo histórico cultural, os traços de cada ser
humano estão intimamente ligados ao aprendizado, à apropriação por meio de mediadores.
O comportamento e a capacidade de aprendizado de cada indivíduo dependem de suas
experiências, da educação que recebeu na escola, e tudo isso tem relação com as
características do grupo social e da época em que está inserido. A escola, por oferecer
conteúdos e desenvolver modalidades de pensamento, tem um papel insubstituível na
apropriação de experiência.
Em seus estudos Vygotski (1983) defende a tese que diz: “a criança cujo
desenvolvimento está complicado pela deficiência, não é simplesmente uma criança menos
desenvolvida que seus pares normais, mas se desenvolve de outro modo”5 (VYGOTSKI,
1983, p. 12). Ou seja, a criança não é menos desenvolvida que a outra considerada normal, e
3
Existem várias maneiras de se escrever o nome do autor dependendo do idioma em que foi escrita a obra, nesse
trabalho adotaremos a forma Vygotski.
4
A tradução da língua castelhana foi realizada pela própria pesquisadora em tradução livre.
5
El niño cuyo desarrollo está complicado por el defecto no es simplesmente un niño menos desarrollado que sus
coetâneos normales, sino se desarrolla de outro modo. (Tradução livre)
19181
sim, se desenvolve de maneira diferente. Essa frase, de maneira sucinta, traduz o ponto de
partida da teoria de Vygotski que diz que a criança com deficiência apresenta um tipo de
desenvolvimento peculiar e distinto.
É errado dizer que esse processo de compensação sempre termina em êxito, sempre na
formação de uma superação a partir da deficiência. Vygotski (1983) diz que como qualquer
processo de superação e luta, pode resultar em vitória ou derrota. O bom resultado depende de
muitas coisas e por isso o professor deve conhecer as peculiaridades desse processo para
conduzir a criança com deficiência ao caminho certo, para assim transformar a criança, do
defeito à compensação. E por isso o meio social tem muita importância no processo de
compensação, pois ele pode por limites ou estimulá-lo.
Podemos ver que a escola é de suma importância, cuja função é promover
desenvolvimento dos alunos por meio da mediação. A sala de aula tem uma função social,
sendo que a função do professor, nesta perspectiva, é orientar e direcionar o processo de
apropriação da cultura, considerado, também, o mediador das atividades. Porém, Vygotski
(1989) deixa claro que não é qualquer escola e qualquer prática pedagógica que
proporcionarão à criança a possibilidade de desenvolver suas funções psíquicas. Deve ser
realizado um trabalho de qualidade, em que ele só é efetivo e eficaz quando a qualidade do
trabalho pedagógico está necessariamente ligada à capacidade de promoção de avanços no
desenvolvimento do aluno 6.
Para Vygotski (1983) a escola não deve apenas adaptar-se as insuficiências da criança,
mas também lutar contra elas e superá-las. Ela deve ser uma escola de compensação social, de
educação social, e não uma escola para deficientes intelectuais que os obriguem a se adaptar
ao defeito, mas sim vencê-lo.
Vygotski (1989) não vê limites para a promoção de aprendizado, todo aluno deve ter
oportunidade e ser incluído dentro da escola, pois as limitadas oportunidades de interação da
pessoa com deficiência interferem no seu desenvolvimento. Sua exclusão lhe traz
complicações na forma de um desenvolvimento social insuficiente e prejuízo em sua
aprendizagem. A educação especial necessita romper com seu caráter asilar, devendo seguir
os mesmos propósitos da educação normal, mais que isso, os alunos transcendem as barreiras
do que é considerado normal, aprendendo muito mais que o esperado. As crianças
desenvolvem habilidades que pareciam impossíveis, conseguem realizar coisas que até
6
Informações retiradas da Revista VIVER mente & cérebro, ed. Esp., nº2, 2005.
19182
mesmo as crianças normais desconhecem, pois por terem deficiência, desenvolvem outros
sentidos e isso mostra que crianças deficientes são capazes de aprender, embora se
desenvolvam de maneira diferente das outras.
Para Vygotski (1983), indiretamente, o sentimento de inferioridade interfere no
processo de compensação da deficiência. A criação de escolas para deficientes coloca essas
crianças consideradas anormais em uma posição de inferioridade em relação às crianças
normais que estudam em escolas comuns. Ir para uma escola especial, significa pra criança
estar em uma posição social inferior. Não deve permitir que o sentimento de inferioridade se
desenvolva e tome conta da criança, limitando sua compensação. A criança necessita de
estímulos para se desenvolver. A importância dos fatores sociais e psicológicos no
desenvolvimento da criança é tão importante que poderia até levar à ilusão da limitação, que
as vezes, nem existe de fato.
São mais complexas as questões da educação das crianças com deficiência intelectual,
e portanto, é tarefa natural da educação estabelecer ações pedagógicas que são de extrema
importância para a vida, que podem realizar a adaptação mínima das crianças ao meio e fazer
delas membros úteis da sociedades e criar uma vida com mais sentido. Os métodos de
educação desse tipo de criança devem coincidir com os métodos normais, sendo que apenas
seu ritmo deve ser um pouco mais lento e atenuado. É de suma importância, não fechar essas
crianças em grupos específicos, mas praticar com elas o convívio com outras.
Apresentando os resultados e dialogando com os autores
Schwartzman et al (1999) define síndrome de Down como sendo a principal causa da
deficiência intelectual. A síndrome de Down é um evento genético presente em todas as raças
e em todas as classes sociais, como complementa Ramos et al (2006, p. 01),
Estima-se que 3% da população mundial sejam portadoras da síndrome de Down,
com maior prevalência em indivíduos brancos, sendo rara em negros. A incidência
aumenta com a idade materna avançada (o risco para idade materna de 25 anos é de
um em 1350; aos 35 anos, de um em 384; aos 45 anos, de um em 28).
A síndrome de Down é uma alteração cromossômica descoberta por John Langdon
Down, em 1866. Ele fez vários estudos e análises das características de determinadas crianças
que possuíam alguns traços ‘estranhos’. Com essa análise, foi possível uma descrição físico
clínica, válida até os dias de hoje.
19183
[...] o cabelo não é preto, como é o cabelo de um verdadeiro mongol, mas é de cor
castanha liso e escasso. O rosto é achatado e largo. Os olhos posicionados em linha
oblíqua. O nariz é pequeno. Estas crianças têm um poder considerável de imitação
(PUESCHEL, 1999, p. 48).
Somente em 1959 que o francês Dr. Jerome Lejune descobriu a presença de um
cromossomo extra, ou seja, ao invés de terem 46 cromossomos, dispostos em 23 pares,
apresentavam 47 cromossomos, tendo assim, um cromossomo a mais (SCHWARTZMAN et
al, 1999).
As crianças com síndrome de Down possuem algumas características específicas. Com
a ajuda de autópsias, é possível observar ainda no feto com síndrome de Down algumas
alterações fenotípicas como “a presença de prega palmar única, clinodactilia7, defeitos do
septo cardíaco e baixo comprimento” (SCHWARTZMAN et al, 1999, p. 25). O autor
complementa que as características não são específicas de cada pessoa com síndrome de
Down, elas podem estar, isoladamente, em indivíduos sem a síndrome. Aproximadamente
78% das pessoas com síndrome de Down apresentam a prega palmar única; língua protusa,
rosto redondo e orelhas pequenas e subdesenvolvidas; base nasal achatada; pescoço curto; e,
flacidez muscular, dentre outras características que variam conforme as diferenciações
cromossômicas.
A deficiência mental é uma das características mais presentes na síndrome de Down
devido, provavelmente, a um atraso global no desenvolvimento, que varia de criança
para criança. Embora o QI dessas crianças seja classificado como abaixo da média,
os pesquisadores e profissionais têm enfatizado a necessidade de se discutir mais
sobre as habilidades das crianças deficientes mentais para a realização das atividades
de vida diária, tais como andar, vestir-se, alimentar-se com independência, aprender
a ler etc., ao invés de destacá-lo como uma medida importante do grau de
comprometimento (SILVA; DESSEN 2002, p. 167-168).
Conforme os autores Silva; Dessen (2002) e Schwartzman et al (1999), a criança com
síndrome de Down tem como característica principal a deficiência intelectual. Neste sentido, a
condição de deficiência em geral é definida pelo Decreto nº. 3956/2001 (BRASIL, 2001b)
como “uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que
limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou
agravada pelo ambiente econômico e social”.
Já o artigo II deste mesmo decreto tutela os objetivos da Convenção de Guatemala,
quais sejam: “prevenir e eliminar todas as formas de discriminação contra as pessoas
7
Desvio dos dedos.
19184
portadoras de deficiência e propiciar a sua plena integração à sociedade” (BRASIL, 2001b p.
1).
O termo “deficiência intelectual” sofreu diversas alterações ao passar dos anos até
chegar nesta terminologia. Variou de retardo, atraso, deficiência mental, entre outros.
Contudo, a conceituação deste termo é revestida de tamanha complexidade, já que se
caracteriza pela insuficiência do desenvolvimento intelectual, parcial ou totalmente.
Entretanto, cabe ressaltar que anteriormente o termo utilizado era “deficiência mental”
e deixou de ser utilizado para dar vazão ao novo termo: “deficiência intelectual”. O novo
termo foi utilizado de forma inédita após diversas discussões feitas na Conferência
Internacional sobre Deficiência Intelectual, que ocorreu no ano de 2004, e que resultaram na
Declaração de Montreal sobre a Deficiência Intelectual, (CANADÁ, 2004). Por outro lado,
segundo a Associação Americana de deficiência mental (AAMR, 1992), nas palavras de
Fujihira et al, 2012, a deficiência intelectual,
[...] é caracterizada por uma maior limitação no uso dos recursos cognitivos e em
pelo menos duas habilidades relacionadas à vida diária (também chamadas de
habilidades adaptativas: comunicação, cuidados pessoais, habilidades sociais,
desempenho na família e na comunidade, independência, saúde, segurança,
desempenho escolar, trabalho e lazer) (FUJIHIRA et al, 2012, p. 53).
Carvalho; Maciel (2003) informam que a Associação Americana de Deficiência
Mental (AAMR) também utiliza como escopo o quociente de inteligência (QI) menor do que
70, para que seja classificada a deficiência intelectual. Isso desconstitui as especificações da
Organização Mundial da Saúde (OMS) tanto acerca da utilização da terminologia de retardo
intelectual, quanto a seus níveis: leve, moderado e profundo.
Em relação às características comportamentais e o temperamento das crianças com
deficiência intelectual, as crianças com síndrome de Down apresentam maiores problemas de
comportamento, destacando os de atenção e imaturidade em relação aos seus irmãos. Estudos
mostram que essas crianças são afetivas e de temperamento frágil, existindo subgrupos que
apresentam-se agressivos, difíceis de manejar e agitados, o que demonstra que essas
características
de
comportamento
são
diversificadas
e
dependem
do
grau
de
comprometimento e do tipo de deficiência da criança. (SILVA; DESSEN, 2002, p. 169). A
autora complementa essa ideia dizendo que a maioria dos pais caracterizam seus filhos
amáveis, afetuosos e atenciosos.
19185
O meio em que a criança vive contribui para definir seu comportamento e seu
desenvolvimento. Os pais são responsáveis pela promoção do desenvolvimento da criança
com síndrome de Down. São eles que constituem o meio em que a criança vive, podendo ser
facilitador para o desenvolvimento dela, ou, dificultar um desenvolvimento mais saudável e
adequado (SILVA; DESSEN, 2002).
Se a família valorizar os estudos, os filhos irão se espelhar nos pais e acaba
estimulando-os para produzir, aprender, e faz com que os filhos se sintam valorizados em
relação ao que fizerem.
O documentário “Do luto à luta” (MOCARZEL, 2004), mostra depoimentos de pais
que contam como foi a reação ao saberem que eu filho tem síndrome de Down e como eles
foram à luta, para a luta de incluir seu filho no mundo. A ideia do documentário surgiu com o
nascimento de sua filha que tem síndrome de Down. Mocarzel compara a experiência como o
desabamento de um prédio de 60 andares na sua cabeça. “Definido por Cazel, o ‘Do luto à
luta’ é um filme que ele gostaria de ter assistido quando ela nasceu” (MOCARZEL, 2004).
No documentário, pais reclamam da falta de informação, e da falta de preparo dos
profissionais para passar a informação. Uma mãe relatou que o médico não contou que a filha
tinha síndrome de Down, ela que teve que descobrir sozinha. Nos dias de hoje, a
conscientização pública em torno das pessoas com síndrome de Down é grande, mas mesmo
assim pais relatam o despreparo e o preconceito de profissionais ao dar a notícia: “Meus
parabéns, a sua filha tem um problema”, e “seu filho é um menino retardado, não espere nada
dele” ainda são comuns nas falas de alguns médicos.
Schwartzman et al (1999) diz que estudos realizados mostram que se o médico tiver
uma atitude sensível ajuda os pais a não observar só os problemas que a síndrome traz para a
criança, mas perceberem também as possibilidades. Fujihira et al (2012), destaca que o apoio
da pessoa com síndrome de Down deve começar em casa, porque a inclusão começa em casa.
O princípio da política educacional de inclusão aconteceu a partir da promulgação da
Declaração de Jomtien8 em 1990, e foi referendada com a Declaração de Salamanca9 em
1994, na Espanha. A declaração de Jomtien (1990) surgiu com discussões para solucionar o
problema dos alunos marginalizados no contexto escolar, nela, países declaram que a
8
Declaração Mundial de educação para todos. Ela é resultado da Conferência de Educação para todos, realizada
pela UNESCO, em Jomtien (Tailândia), segundo Schwartzman, 1999.
9
Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais: Acesso e Qualidade, realizada pela UNESCO, em
Salamanca (Espanha), de acordo com Schawartzman, 1999.
19186
educação é direito de todos, tanto homens como mulheres, e que sabem de sua importância
para o desenvolvimento da sociedade. Em seu artigo 3, a declaração fala sobre “Universalizar
o Acesso à Educação e Promover a Equidade”.
As necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadoras de deficiências
requerem atenção especial. É preciso tomar medidas que garantam a igualdade de
acesso à educação aos portadores de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte
integrante do sistema educativo (BRASIL, 1990, art. 3º).
Para Schwartzman et al (1999), os conceitos sobre a iniciativa de escola para todos,
propostos pela Declaração Mundial de Educação para Todos, foram aprofundados com a
Declaração de Salamanca em 1994. Segundo Schwartzman et al (1999, p. 251), a Declaração
de Salamanca “foi planejada para atender a duas preocupações essenciais: garantir a todas as
crianças, particularmente àquelas com necessidades especiais, acesso às oportunidades da
educação e promover educação de qualidade”. Ela assegura, também, que os Estados
garantam que a educação das pessoas com deficiência seja parte integrante do sistema
educacional. (BRASIL, 1994). O objetivo é incluir todas as crianças, inclusive as que
apresentam algum tipo de deficiência ou dificuldades de aprendizagem. Neste sentido o
conceito de integração foi mudado, agora as escolas devem desenvolver uma pedagogia
centrada na criança.
[...] em vez de focalizar a deficiência da pessoa, enfatiza o ensino e a escola, bem
como as formas e condições de aprendizagem; em vez de procurar, no aluno, a
origem de um problema, define-se pelo tipo de resposta educativa e de recursos e
apoios que a escola deve proporcionar- lhe para que obtenha sucesso escolar; por
fim, em vez de pressupor que o aluno deva ajustar-se a padrões de “normalidade”
para aprender, aponta para a escola o desafio de ajustar-se para atender à diversidade
de seus alunos (BRASIL, 1994, p. 12).
Com essa declaração muda-se o foco, as escolas deixaram de ver somente a
deficiência e começaram a centrar-se no aluno enquanto sujeito que tem capacidade. Para isso
acontecer o meio em que a criança está inserida precisou ser mudado, tanto no contexto
escolar como no familiar e comunitário. A escola deixa de ser um lugar de padronizações, que
prevalece as características ditas normais, e começa a sofrer transformações e adaptações para
receber o aluno com alguma deficiência (NETO; SILVA, 2008, p. 107).
Acredita-se que uma escola inclusiva traz benefícios no desenvolvimento não somente
para a criança que apresenta deficiência, mas para as outras também. Para que todo esse
movimento de inclusão acontecesse, era preciso uma nova concepção de escola, de professor,
19187
aluno, ensinar e aprender. Foi preciso criar políticas públicas voltadas para essa diversidade,
com objetivo da modificação do sistema.
As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (BRASIL,
2001a) que todos os sistemas escolares se organizem para a inclusão na classe comum. O Art.
7º dessa Diretriz assegura que “O atendimento aos alunos com necessidades educacionais
especiais deve ser realizado em classes comuns do ensino regular, em qualquer etapa ou
modalidade da Educação Básica”.
Mesmo com todas as diretrizes, decretos, e leis, se não houver uma conscientização
por parte de todos os integrantes da escola, a inclusão não acontece, como esclarece o
pensamento da autora a seguir,
A efetivação de uma prática educacional inclusiva não será garantida por meio de
leis, decretos ou portarias que obriguem as escolas regulares a aceitarem os alunos
com necessidades especiais, ou seja, apenas a presença física do aluno deficiente
mental na classe regular não é garantia de inclusão, mas sim que a escola esteja
preparada para dar conta de trabalhar com os alunos que chegam até ela,
independentemente de suas diferenças ou características individuais (MIRANDA,
2003, p. 06).
Ao se pensar em como incluir uma criança com síndrome de Down em uma escola
regular, autores como Miranda (2001) e Schwartzman et al (1999) apoiam uma escola que
desenvolva sua metodologia própria para lidar com o processo inclusivo, de forma que atenda
as necessidades individuais de cada aluno que a frequenta.
Para Miranda (2001) uma escola inclusiva é capaz de ensinar a todos os alunos,
independente das necessidades educacionais especiais que cada um possua, restaurando-se a
ideia de professor como mediador, que pretende formar cidadãos críticos e autônomos pelas
intervenções em sala de aula. Schwartzman et al (1999, p. 257) complementa essa ideia
dizendo que “o princípio que rege a educação inclusiva é o de que todos devem aprender
juntos, sempre que possível levando-se em consideração suas dificuldades e diferenças, em
classes heterogêneas, com alunos da mesma faixa etária”. O autor complementa dizendo que a
escola é um espaço no qual todos devem ser aceitos, apoiados pelos colegas e por todos os
membros da comunidade escolar.
Nesta perspectiva a escola é espaço de oportunidade e inclusão para que isso
impulsione a aprendizagem da criança com deficiência. A educação bem sucedida garante a
socialização do aluno com deficiência com seus colegas, desenvolvendo relacionamentos
entre eles, fazendo com que eles se sintam incluídos e envolvidos no que os seus colegas
19188
estão fazendo nas aulas e assim se sintam aceitos e desenvolvam com mais facilidade a
aprendizagem.
Vygotski (1989) defende que todo trabalho educativo deve promover a criação
positiva e suas estratégias metodológicas precisam estar voltadas para a pluralidade de seus
educandos. Compete, portanto, à escola partir do princípio de que os alunos com deficiências
não são uma espécie peculiar de pessoas, e sim pessoas com peculiaridades de
desenvolvimento, que expressam semelhanças ao desenvolvimento social normal das outras
crianças. Desse modo, a escola trabalha para alcançar o objetivo comum da educação de todas
as crianças, apenas utilizando-se de meios específicos e adequados. Vygotski (1989, p.26)
reforça que “a escola deve não só adaptar-se às deficiências desta criança, como também lutar
contra elas e vencê-las”. Em outras palavras, seria o mesmo que dizer que a escola precisa
garantir o sucesso da criança.
Crianças com síndrome de Down não devem ser subestimadas, necessitam ser
assistidas por educadores capacitados que as desafiam, estimulem e provoquem seu
desenvolvimento intelectual. O professor tem a tarefa de mediador entre a criança e o
conteúdo que deve ser ministrado, assim como a metodologia utilizada para o aprendizado da
mesma. Cabendo ao professor notar as dificuldades e atendê-las com o desenvolvimento de
técnicas.
Freitas (1998) descreve que Vygostski dá importância para a apropriação social no
conhecimento, em que o aprendizado é um produto do meio alcançado pela mediação do
professor, isso mostra a importância da educação na escola. O professor dentro da escola tem
a função de fazer com que as crianças com deficiências tenham acesso às mesmas
oportunidades de aprendizagem que as outras crianças da comunidade. Ele deve fazer da
escola um lugar que favoreça a acessibilidade, o diálogo e interação entre os alunos e um
ambiente acolhedor. Ele deve garantir que a inclusão realmente aconteça.
O professor é responsável em promover a acessibilidade ao aluno. Essa acessibilidade
que referimos não implica somente em intérpretes, rampas ou banheiros estruturados, mas em
acesso ao conteúdo, acesso à educação.
Schwartzamn et al (1999, p. 259) alerta que “o próprio ensino inclusivo, quando mal
interpretado e aplicado sem o devido zelo, pode apresentar falhas e comprometer seus
objetivos”. A mediação e esse zelo ao aluno é responsabilidade do professor. Por isso, eles
devem receber uma formação que vê além das limitações dessa criança, o foco não pode ser a
19189
deficiência, e sim como ela vai ser superada, devem valorizar as capacidades e características
individuais das crianças com Síndrome de Down. Uma alternativa para dar uma melhor
assistência a criança com síndrome de Down é a ajuda de um professor auxiliar, como destaca
Luiz et al (2008, p. 503):
A maioria das crianças com SD tem melhor aproveitamento quando conta com a
ajuda de seu professor e a colaboração de um professor auxiliar. A função deste
último profissional é oferecer assistência à criança somente quando ela tiver
necessidade, pois há riscos de desenvolver dependência. A ajuda deve ser dada
somente quando solicitada, para que a criança tenha a oportunidade de trabalhar com
outras pessoas.
A autora complementa que o objetivo do auxilio só pode ser dado quando for
solicitado, para aumentar a independência da criança com deficiência, reduzir a ajuda, e fazer
com que os outros alunos interajam com o colega, reduzindo seu isolamento.
Em contrapartida, Teixeira e Kubo (2008) criticam a presença de professores
auxiliares ajudando a criança com síndrome de Down. Elas alegam que pode dificultar a
interação com os outros colegas da sala. “Os colegas, em geral, interpretam a presença de um
professor auxiliar como um indicativo de que apenas adultos e profissionais especializados
estão preparados para interagir com os colegas com necessidades especiais e por esse motivo
se afastam deles” (TEIXEIRA; KUBO, 2008 p. 77). As autoras sugerem atividades realizadas
em grupo, favorecendo a aproximação dos colegas e potencializar o desenvolvimento das
duas partes.
A inclusão da criança com síndrome de Down na classe regular traz benefícios
principalmente para os outros alunos. Eles irão aprender o que jamais aprenderiam em
qualquer livro. A criança dita ‘normal’, terá um estimulo melhor e irá aprender a conviver
com as diferenças, se tornam pessoas diferentes de todas as outras, elas convivem desde cedo
com a diversidade, aprendem a respeitarem mutuamente, e valorizar o potencial do outro.
Para Schwartzman et al (1999) o trabalho com a criança que apresenta deficiência deve
centrar prioritariamente na inclusão com outros alunos.
Na sala de aula, através do jogo espontâneo, da relação com os colegas e com o
material adequado, o aluno enfrenta uma série de atividades físicas, emocionais e
cognitivas que possibilitam a elaboração do pensamento. E, a partir de seu próprio
ritmo, surge o desejo de progredir, favorecendo seu desenvolvimento global
(SCHWARTZMAN et al, 1999, p. 241).
19190
A ausência de estímulos significa regressão, o professor deve sempre estimular a
criança com síndrome de Down. As atividades aplicadas devem compensar suas dificuldades,
para isso se faz necessário introduzir adaptações no currículo escolar.
Fujihira et al (2012) apresenta dicas para favorecer a experiência escolar, como a
disponibilidade da equipe pedagógica para criar adaptações nas atividades escolares, a equipe
deve perceber as potencialidades e habilidades do aluno, oferecer suporte nas áreas que
apresentam mais dificuldades, a escola deve manter um diálogo com as instituições
especializadas, e, ter apoio da família. Ela deve assim fazer analisar todas as dificuldades e
possibilidades para que a inclusão aconteça.
Pode-se dizer que a inclusão da criança com síndrome de Down na classe regular traz
benefícios principalmente para os outros alunos. Eles irão aprender o que jamais aprenderiam
em qualquer livro. A criança dita ‘normal’, terá um estimulo melhor e irá aprender a conviver
com as diferenças, se tornam pessoas diferentes de todas as outras, elas convivem desde cedo
com a diversidade, aprendem a respeitar mutuamente, e valorizar o potencial do outro.
Considerações Finais
No decorrer da elaboração do presente trabalho foi possível perceber que os objetivos
de estudar, caracterizar e discutir a respeito da criança que apresenta Síndrome de Down e sua
inclusão na escola regular foram alcançados na medida em que a pesquisa de cunho
bibliográfico possibilitou acesso à literatura existente sobre a temática.
A síndrome de Down caracteriza-se, basicamente, por uma mutação cromossômica,
pela alteração do cromossoma 21. Não pode ser considerada como uma doença, mas sim um
evento genético. Uma de suas características é a deficiência intelectual, a criança com essa
síndrome vai precisar de um professor mediador que acredite em suas capacidades e trabalhe
contra essa deficiência, fazendo-o desenvolver outras habilidades. As crianças com essa
síndrome necessitam de estímulos para que se desenvolvam integralmente, quanto mais
precoce for o trabalho, na família ou na escola, mais elas poderão se beneficiar no
desenvolvimento de suas funções psíquicas superiores.
Ao se pensar em uma escola inclusiva, fala-se de um espaço onde todos têm a
oportunidade de aprender juntos, com as mesmas oportunidades. Essa educação deve ser feita
de forma que atenda todas as especificidades dos alunos, independente das dificuldades de
aprendizagem que ele apresente.
19191
O professor, então, desempenha papel primordial, pois, por meio da mediação entre a
criança e os demais alunos da sala, o professor faz o papel da socialização da criança. Esse
papel influencia diretamente na melhoria da sua vida, pois estimula o convívio harmonioso
entre todas as crianças na sala de aula. Além disso, o professor deve facilitar os percursos de
participação e aprendizagem em sala de aula, inovando com métodos e sistemáticas de ensino
que abordem as peculiaridades do aluno com síndrome de Down, para que haja maior
fomento ao uso de suas funções psíquicas superiores.
Além do importante papel que o professor desempenha, a família também detém
importante vínculo com a criança no ambiente de casa. Ou seja, a criança deve-se sentir aceita
em todos os setores de sua vida, principalmente dentro da própria casa.
Não convém, dessa forma, sequer cogitar a hipótese de que haja segregação ou
isolamento dos alunos com Síndrome de Down em classes especiais. Nessas salas
direcionadas a alunos com deficiência, eles possuem as mesmas limitações, e, portanto, não
há estímulos necessários à superação de desafios.
Por meio do conteúdo estudado nesta pesquisa, verifica-se que para conduzir um
processo de inclusão com êxito, a escola deve preparar todos os seus funcionários para a
recepção do aluno que apresenta síndrome de Down. Os professores devem acreditar e aplicar
atividades para desenvolver as habilidades do aluno, e devem, portanto, acreditar na
capacidade do aluno de progredir. Cabe ao professor fazer a análise a respeito de qual a
melhor forma de trabalhar com a inclusão do aluno com deficiência.
Devem-se levar em conta as peculiaridades e características particulares de cada aluno,
para que sejam supridas suas necessidades. Somente através da inclusão é que as pessoas com
deficiência poderão sentir-se incluídas por completo na sociedade e em outros diversos
setores da vida. A inclusão, sem dúvidas, é responsável pela melhora da qualidade de vida da
pessoa com deficiência, e esse é um campo que pode e principalmente deve ser explorado e
oferecido pela sociedade.
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