UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA CURSO DE GEOGRAFIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 2013 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E GEOGRAFIA: CONTEÚDO E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS EM ESCOLAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP Aluna: Mariane Barbosa de Paula Orientadores: Profa. Dra. Adriane A. M. de Souza Prof. Me. Gilson dos Anjos Ribeiro São José dos Campos – SP EDUCAÇÃO AMBIENTAL E GEOGRAFIA: CONTEÚDO E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS EM ESCOLAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP MARIANE BARBOSA DE PAULA Relatório Final apresentado como parte das exigências do Curso de Geografia da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso à Banca Examinadora da Faculdade de Educação e Artes da Universidade do Vale do Paraíba. 2013 UNIVAP- UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES Curso de Geografia TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 2013 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E GEOGRAFIA: CONTEÚDO E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS EM ESCOLAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP Aluna: Mariane Barbosa de Paula Orientador: Profa. Dra. Adriane A. M. de Souza Co-Orientador: Prof. Me. Gilson dos Anjos Ribeiro Banca Examinadora:Profa. Dra. Adriane A. M. de Souza Prof. Me. Gilson dos Anjos Ribeiro Profa. Dra. Sandra Maria F. da Costa Nota do Trabalho: 9 (nove) DEDICATÓRIA A Deus por tudo que me proporciona na vida. À minha mãe e meu pai, os quais amo muito, pelo exemplo de vida e família. A minha irmã por tudo que me ajuda até hoje. Ao meu querido vovô Marino (in memoriam) e minha vovó Jacira, os quais me incentivam sempre. AGRADECIMENTOS A DEUS pelo dom da vida. Aos meus familiares, amigos e colegas que sempre me incentivaramme animaram no decorrer da graduação. Às minhas doutoras e mestre, um carinho especial pela atenção dedicada, Adriane, Sandra e Gilson. E às escolas e professores de Geografia que me receberam para realização do “Diário de Bordo”. RESUMO Este trabalho analisa o conteúdo e as práticas metodológicas em Educação Ambiental, utilizadas por professores de Geografia do ensino fundamental II, em escolas da rede pública estadual e municipal e rede particular de São José dos Campos-SP. Para a elaboração desta pesquisa, foram consultados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) além de diversos autores, realizadas pesquisas e análises quanto ao modo como escolas da rede pública, municipal e estadual e da rede particular,desenvolvem conteúdos relacionados à questão ambiental e, ainda, sobre os projetos de Educação Ambiental, desenvolvidos pela Secretaria de Meio Ambiente (SEMEA) da Prefeitura Municipal de São José dos Campos. As diferenças existentes entre Educação Ambiental Formal e não Formal também foram contempladas neste estudo, bem como, o papel da Geografia como disciplina que possibilita a identificação das transformações do espaço geográfico. SUMÁRIO 1.0 Introdução ................................................................................................. 1 Objetivo Geral.................................................................................................. 3 Objetivos Específicos..................................................................................... 4 Justificativa...................................................................................................... 4 2.0 Metodologia ................................................................................................8 3.0 Fundamentação Teórica...........................................................................10 3.1 Educação Ambiental – Objetivos e Questões Metodológicas .........17 3.2 Educação Ambiental formal e não formal ....................................... 18 3.3 A educação Ambiental como proposta de abordagem no ensino....20 3.4 O papel da geografia como objeto de diagnóstico e transformação do espaço geográfico................................................................................. 22 4.0 Subsídios da Secretaria de Meio Ambiente de São José dos Campos para trabalhar Educação Ambiental............................................................. 24 4.1 Programa Revitalização de Nascentes ......................................................24 4.2 A Educomunicação ....................................................................................26 4.3 Programa Conhecendo o Parque ..............................................................26 4.4 Borboletário “Asas de Vidro” ......................................................................26 4.5 Ponto de Entrega Voluntária – PEV ...........................................................28 4.6 Programa Municipal de Educação Ambiental – PROMEA .........................29 4.7 Museu da Flora Nativa ...............................................................................33 4.8 Resumo das Oficinas oferecidas pela Assessoria de Educação Ambiental ..........................................................................................................................33 4.8.1 Hortas Urbanas ...................................................................................... 33 4.8.2 Oficinas Mosaico e Caixinha ...................................................................34 5. A Educação Ambiental no Ensino da Geografia .................................... 35 6. Considerações Finais.................................................................................40 7. Referências................................................................................................ 42 SIGNIFICADOS DAS SIGLAS APP – Área de Proteção Permanente DE - Departamento de Educação do Estado EE – Escola Estadual EMEF – Escola Municipal de Ensino Fundamental IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística MEC- Ministério da Educação MMA – Ministério do Meio Ambiente PCN- Parâmetros Curriculares Nacionais PEV- Pontos de Entrega Voluntária PNE – Plano Nacional de Educação PNEA – Política Nacional de Educação PNMA- Política Nacional do Meio Ambiente PROMEA- Programa Municipal de Educação Ambiental SEMA- Secretaria Especial do Meio Ambiente SEMEA- Secretaria de Meio Ambiente SME – Secretaria Municipal de Educação LISTA DE FIGURAS Fig. 1–Desenho esquemático da importância da mata ciliar ..........................25 Fig. 2 – Localização de São José dos Campos – SP .....................................29 Fig. 3– Representação do Sistema Integrado de Educação Ambiental .........31 LISTA DE GRÁFICO Gráfico1:Quanto tempo atua como professor?............................................... 35 Gráfico 2:Como você trata as questões ambientais na sala de aula? Insere questões do contexto municipal? Qual (is)?.................................................. 38 1.0 INTRODUÇÃO Sabe-se que a Educação Ambiental tem sido um tema pertinente à educação e, de um modo geral, abordada por diversos ramos do conhecimento, devido aos problemas ambientais enfrentados pela sociedade atual. Apesar disso, verifica-se que estes estudos só ganharam ênfase em várias partes do mundo, no final do século XX, quando o desequilíbrio das condições ambientais tornou-se mais evidente. Devido a sua importância, a temática ambiental vem ganhando cada vez mais espaço no Ensino, tornando-se uma abordagem obrigatória para a Educação Básica, no Brasil. Para o Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) assinalam, entre os objetivos, a importância do tema, segundo o qual, o aluno deve “perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente” (MEC, 1998). Referente ao Ensino Médio, o PCN esclarece: Espera-se que a escola contribua para a constituição de uma cidadania de qualidade nova, cujo exercício reúna conhecimentos e informações a um protagonismo responsável, para exercer direitos que vão muito além da representação política tradicional: emprego, qualidade de vida, meio ambiente saudável, igualdade entre homens e mulheres, enfim, ideais afirmativos para a vida pessoal e para a convivência. (PCN, 2000. p.59). No PCN, referente ao Ensino Médio, a Área de conhecimento “Ciências Humanas e suas Tecnologias”, composta pelas disciplinas de Geografia, História, Sociologia e Filosofia, apresenta, entre seus objetivos, desenvolver competências e habilidades, permitindo que o educando, compreenda a sociedade, sua gênese e transformação, e os múltiplos fatores que nela intervêm, como produtos da ação humana; a si mesmo como agente social; e os processos 1 sociais como orientadores da dinâmica dos diferentes grupos de indivíduo (PCN, 2000.) Referente ao conteúdo de Geografia, questões relacionadas ao meio ambiente são frequentemente inseridas. Sobre a contribuição da Geografia nessas discussões, consta no PCN que, A ampliação da escala espacial permite compreender melhor processos importantes para a dinâmica ambiental, como a distribuição das espécies no planeta. Aqui, a área de Geografia pode contribuir de forma decisiva, apontando as relações entre os elementos físicos do ambiente e sua influência na distribuição espacial dos seres vivos (PCN- Meio Ambiente p.59). Sabe-se, entretanto que o homem é o principal agente modificador do espaço, que o mesmo faz parte da natureza e dela depende. Desde o início do descobrimento do Brasil, o homem vem transformando a paisagem territorial de forma acelerada. Neste contexto, o tema Educação Ambiental, é desenvolvido, com base na realidade do ensino de Geografia em escolas do município de São José dos Campos, SP. O município de São José dos Campos localiza-se na Região do Vale do Paraíba do Sul, estado de São Paulo. Ao longo do século XX, o município apresentou um intenso processo de industrialização e um rápido crescimento populacional acarretando um aumento da sua área urbana. Dados do último censo do IBGE (2010) apontam para a existência de uma população de 629.921mil habitantes. Dados da Secretaria Municipal de Educação (SME-PMSJC) e da Diretoria de Ensino de São José dos Campos (DE- Departamento de Educação do Estado, responsável pelas escolas da rede pública-estadual e da rede particular), mostram que, atualmente, o município possui 195 Instituições voltadas ao Ensino Básico (Ensino Fundamental 1º ao 9º ano e Ensino Médio). Desse total encontram-se voltadas apenas ao Ensino Fundamental, foco do 2 contexto desse trabalho, 45 Escolas da Rede Pública Municipal, 76 da Rede Pública Estadual e 61 Escolas da rede particular. Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo conhecer o conteúdo e a metodologia utilizada por professores do Ensino Fundamental, das redes pública, municipal e estadual e da rede particular do município de São José dos Campos, São Paulo, de modo que seja possível compreender a abordagem dos problemas ambientais trabalhados e discutidos pela Geografia em escolas do Município. Neste contexto serão, consideradas três Instituições de Ensino, cada qual, inserida em uma das Redes de Ensino da cidade. Para tanto foram selecionadas as seguintes escolas: EMEF Profª Dosulina Xenque Chaves de Andrade, localizada no bairro Altos de Santana, Zona Norte; E.E.Profº Jorge Barbosa Moreira, localizada no bairro da Vila Cândida, Zona Norte e Colégio Instituto São José, localizado no Jardim Esplanada, Zona Oeste. A maior parcela das escolas escolhidas para aplicação do Diário de Bordo encontra-se situadas na macrozona do município, situadas na Zona Norte, onde possui maiores quantidades de áreas verdes e declividades propícias a estudos sobre a interferência do homem no meio em que se encontra inserido. Nestas três escolas, Educadores da disciplina de Geografia foram entrevistados a fim de se verificar o envolvimento da disciplina com o tema Educação Ambiental e, ainda, o modo como, o município e seus problemas ambientais, são contemplados pela Geografia em sala de aula. Embora a Educação Ambiental consistir, atualmente, em um tema pertinente a vários campos de estudo, nota-se que não são todos os professores de geografia utilizam-se desta prática, pois, acredita-se que, principalmente os professores que a mais tempo se formaram, não abordam a Educação Ambiental em seu cotidiano de sala de aula. É necessário ainda atentar-se àqueles que abordam este tema e à maneira que ocorre esta abordagem. Objetivo Geral Este trabalho tem como objetivo geral: 3 Identificar o conteúdo e as práticas metodológicas em Educação Ambiental, utilizadas por professores de Geografia do ensino fundamental II em escolas da rede pública estadual e municipal e particular de São José dos Campos. Objetivos Específicos Para alcançar o objetivo geral proposto, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: a) Conhecer as práticas metodológicas utilizadas por professores de Geografia do ensino fundamental e a abordagem dos problemas ambientais municipais de escolas das redes pública municipal e estadual e particular, localizadas no município de São José dos Campos. b) Analisar o modo como a cidade e seus problemas ambientais são contemplados pela Geografia em sala de aula. Justificativa Esta pesquisa se torna significativa e importante por abordar um tema pertinente e atual para a sociedade como um todo. Além disso, nota-se que são poucas as pesquisas que analisam a temática ambiental tendo como foco de análise a Geografia no Ensino Fundamental II. Verificam-se diversas transformações no mundo contemporâneo, sendo que algumas delas trazem consigo preocupações diversas, outras, sendo historicamente transformadas envolvem por sua vez a pesquisa e o ensino da Geografia, ciência que é instigada a responder e discutir sobre diversos conteúdos, dentre eles o voltado à Educação Ambiental. No atual momento da história da humanidade, no qual a população encontra-se em grande parte nas áreas urbanas, torna-se necessário, repensar sobre o modo como a Geografia pode contribuir para as discussões sobre os problemas de degradação ambiental nas grandes cidades. 4 Entretanto, verifica-se que o professor de Geografia nem sempre aborda e reflete com seus alunos a respeito desses problemas. Diante dos diversos problemas ambientais existentes é necessário que a Geografia, possui como foco de estudo o espaço geográfico, se preocupe mais com o tema. De acordo com GOETTEMS Entende-se que, para que o ensino forme o aluno do ponto de vista reflexivo, critico e criativo, é fundamental que este se torne um agente da pesquisa da realidade, e não somente um receptor do conhecimento produzido por outros. Nesse sentido, espaço geográfico passa a ser entendido como o resultado de uma construção do conhecimento e não um dado pré-existente em si (OLIVEIRA, 1990 apud GOETTEMS 2006, p.15). Desse modo, no que se refere ao meio ambiente, a Geografia preocupase em ter como papel fundamental a leitura crítica do aluno dentre as relações do espaço em que está inserido e as constantes transformações que ocorrem, para isso é necessário um árduo trabalho entre Geografia e Educação Ambiental. Conforme nos propõe o Parâmetro Curricular Nacional de Geografia Os alunos ao observar, descrever, indagar e representar a multiplicidade de paisagens e lugares, estarão compreendendo o seu papel como atores coadjuvantes dos processos que estão constantemente transformando essas paisagens e lugares. Com essa proposta, os alunos estarão aprendendo uma geografia que valoriza suas experiências e a dos outros e ao mesmo tempo estarão aprendendo a valorizar não apenas o seu lugar, mas transcendendo a dimensão local na procura do mundo. Assim os eixos temáticos e suas interações interdisciplinares com os temas transversais e demais áreas foram propostas com o objetivo de auxiliar o professor a ensinar uma geografia em que os alunos possam realizar uma leitura da realidade de forma não fragmentada, para que seus estudos tenham um sentido e significado no seu cotidiano, e no 5 qual a sua vida no lugar possa ser compreendida interagindo com as pluralidades dos lugares num processo de globalização fortalecendo o espírito de solidariedade como cidadão no mundo. (PCN- INTRODUÇÃO p61-1998) Entretanto, sabe-se que a Educação brasileira ainda está em constantes transformações, principalmente ligada a temas transversais como o Meio Ambiente e Educação Ambiental, e a aceitação dos alunos quanto ao papel do professor de geografia nas escolas. 6 2. METODOLOGIA A metodologia adotada utiliza-se primeiramente de levantamento bibliográfico de acordo com o tema abordado para deste modo, construir a base de uma fundamentação teórica. Diversos documentos e autores foram consultados a fim de se entender questões como: objetivos da educação ambiental; metodologias naeducação ambiental; educação ambiental formal e não formal; a educação Ambiental como proposta de abordagem no ensino; e o papel da geografia como objeto de diagnóstico e transformação do espaço geográfico. Neste trabalho, também foram considerados os meios pelos quais o Município de São José dos Campos, através de programas e projetos,incentiva professores a trabalharem as questões ambientais em sala de aula. De tal modo, foram mencionados os seguintes: Subsídios da Secretaria de Meio Ambiente de São José dos Campos para trabalhar Educação Ambiental: Programa Revitalização de Nascentes; A Educomunicação; Programa Conhecendo o Parque; Borboletário “Asas de Vidro”; Ponto de Entrega Voluntária – PEV; Programa Municipal de Educação Ambiental – PROMEA; Museu da Flora Nativa; Resumo das Oficinas oferecidas pela Assessoria de Educação Ambiental – SEMEA; Hortas Urbanas e Oficinas Mosaico e Caixinha. Partindo-se de que o presente trabalho busca trabalhar o tema de acordo com uma pesquisa exploratória, a partir destes conteúdos, foi elaborado um questionário denominado Diário de Bordo, aplicado a cinco professores Graduados em Geografia do Ensino fundamental II, representantes das redes municipal, estadual e particular. Para a tabulação e análise dos dados, foi estabelecida a seguinte divisão: Professores A e B representam a rede municipal; Professores C e D correspondem à rede estadual e Professor E a rede particular. Os professores A e B, representantes da rede municipal, atuam na EMEF ProfªDosulina Xenque Chaves de Andrade. Localizada na Avenida Pico das Agulhas Negras, número 1594, Bairro Altos de Santana, zona norte do município.A escola é composta por turmas de 1º ao 9º ano do Ensino 7 Fundamental, com uma média de 35 alunos por turma, sendo a escola composta parcialmente por 1260 crianças regularmente matriculadas. Os professores C e D atuam na EE Profº Jorge Barbosa Moreira, escola localizada na Av. Maria Cândida Delgado, número 10, Bairro da Vila Cândida, zona norte da cidade. A escola é composta por turmas do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, e do 1º ao 3º do Ensino Médio, com uma média de 40 alunos por turma sendo composta por 1920 crianças e adolescentes regularmente matriculados. O Professor D, atuante da rede particular, leciona no Colégio Instituto São José, localizado na Rua Presidente Venceslau Braz, número 75, Bairro Jardim Esplanada, zona oeste do município. A instituição oferece o ensino desde Educação Infantil até o Ensino Médio. As salas possuem de 25 a 30 alunos, constituída parcialmente por 1560 crianças e adolescentes regularmente matriculados. A escolha das escolas foi aleatória, não tomando nenhum critério prévio para a escolha das mesmas. Portanto, logo após escolhidas, foi aplicado um questionário composto por oito questões denominado “Diário de Bordo”. Os dados obtidos a partir das questões, que seguem relacionadas abaixo, nortearam o resultado final da pesquisa. 1. Qual sua formação? 2. Quanto tempo atua como professor? 3. O material didático aborda as questões ambientais? Quais? De que forma? 4. Você vê relevância em trabalhar Meio Ambiente em Geografia? Por que? 5. Como você trata as questões ambientais na sala de aula? Insere questões do contexto municipal? Qual (is)? 6. Como os alunos respondem ao conteúdo trabalhado em sala de 7. Na escola as crianças são envolvidas em projetos do Meio aula? Ambiente? De que forma? Quais? 8. Possui algum trabalho de campo focado na Educação Ambiental? 8 O cumprimento dessas etapas permitiu que a pesquisa fosse concluída conforme o cronograma estabelecido no segundo semestre de 2012. 9 3.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA No texto Educação Ambiental: uma visão ideológica e pedagógica, Santos (2007), discorre sobre, a importância das análises da problemática ambiental uma vez que o homem nos últimos tempos sobrevive da exploração e transformação da natureza, relatando também os diversos problemas ambientais ocorridos ao longo da história. O autor afirma que, apesar da prática de Educação Ambiental ser pouco discutida no ensino, diversos encontros relacionados ao temaérealizado para a discussão desta, uma vez que a mesma traria melhoria à qualidade de vida dos brasileiros. O autor, também, esclarece, sobre o ano de 1970, quando se iniciou o ensino de Educação Ambiental no Brasil, e por fim, discorre sobre os obstáculos enfrentados na implementação do ensino de Educação Ambiental, no que se refere aos currículos dos cursos, quanto à infraestrutura, as abordagens, à metodologia a ser empregada, à consolidação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e, por fim, ao investimento em recursos humanos. No artigo “Uma análise sobre a importância de trabalhar Educação Ambiental nas escolas”, Narcizo (2009) reflete sobre a importância de se trabalhar Educação Ambiental nas escolas do Brasil, esclarecendo que, mesmo estando inserida nos temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), a Educação Ambiental ainda gera inúmeros questionamentos entre estudiosos e professores da Educação Básica, acostumados a lidar, respectivamente, com a teoria e a prática do tema em questão. No documento “Educação Ambiental Aprendizes de Sustentabilidade” (2007), elaborado pelo Ministério da Educação, verifica-se que o tema Educação Ambiental só ganhou relevância após a realização da Conferência das Nações Unidas, realizada em Estocolmo, em 1972. Nesta, começou a se discutir sobre a importância de desenvolver a temática em abordagens multidisciplinares, atingindo todos os níveis de ensino, até mesmo o nível nãoformal. A partir dessa proposta de discussão é que, no Brasil, saíram asdefinições, os objetivos, os princípios e as estratégias para a Educação Ambiental, as quais são adotadas no País e em diversos outros países. 10 De acordo com o Ministério da Educação, 2007,em 31 de agosto de 1981, foi promulgada a Lei nº 6.938, que instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), a qual deixou evidente a necessidade de se inserir a temática ambiental nas práticas pedagógicas no Brasil, em seu artigo 2º, inciso X, de que deveria ocorrer a Educação Ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente (Ministério da Educação, Educação Ambiental Aprendizes de Sustentabilidade, 2007, p.19). Porém somente com o decreto nº91.145, de 15 de março de 1985,é que se considerou a seguinte afirmação “ que a política do meio ambiente, pela sua enorme relevância e sua interrelação com o saneamento básico e com o desenvolvimento urbano, reclama também atuação dinâmica do Estado”. Com a Constituição Federal de 1988, estabeleceuno inciso VI do artigo 225, a necessidade de “promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente” (Educação Ambiental Aprendizes de Sustentabilidade, 2007, p.19). Em 1992, durante a Rio-92, foi criado o Ministério do Meio Ambiente (MMA), e com a colaboração do Ministério da Educação (MEC) foi redigida uma carta na qual reconhecia-se a Educação Ambiental como um dos instrumentos mais importantes para viabilizar a sustentabilidade, como estratégia para sobrevivência do planeta e, consequentemente, de melhorias para qualidade de vida humana. Segundo Lipai (2007), em seu texto “Educação ambiental na escola: ta na lei...”: Na Lei de Diretrizes e Bases, nº 9.394/96, que organiza a estruturação dos serviços educacionais estabelece competências, existem poucas citações à questão ambiental; a referência é feita no artigo 32, inciso II, segundo o qual se exige, para o ensino fundamental, a “compreensão ambiental natural e social do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamentam a sociedade”; e no artigo 11 36, parágrafo 1º, segundo o qual os currículos do ensino fundamental e médio “devem abranger, obrigatoriamente, (...) o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil”. No atual PNE (Plano Nacional de Educação), consta que ela deve ser implementada no ensino fundamental e médio com a observação dos preceitos da Lei nº 9.795/99. Sobre a operacionalização da Educação Ambiental em sala de aula, existem os Parâmetros Curriculares Nacionais, que se constituem como referencial orientador para o programa pedagógico das escolas (Educação Ambiental na escola: ta na lei... In:Vamos Cuidar do Brasil, 2007, p.25). Lipai ainda esclarece com as seguintes informações de que, no dia 24 de Abril de 1999, com a aprovação da Lei nº 9.795, e do seu regulamento, o Decreto nº 4.281, de 25 de Junho de 2002, a qual estabelecia a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), trouxe grande esperança, principalmente aos educadores, ambientalistas e professores, pois há muito já se fazia Educação Ambiental, independente de haver ou não um marco legal. (Vamos Cuidar do Brasil, 2007, p.24). Para a autora, a definição de Educação Ambiental é dada no artigo 1º da Lei nº9795/99 como sendo os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidade, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Mesmo apresentando um enfoque conservacionista, essa definição coloca o ser humano como responsável individual e coletivamente pela sustentabilidade, ou seja, se fala de ação individual na esfera privada e de ação coletiva na esfera pública. (Vamos Cuidar do Brasil, 2007, p.26). 12 De acordo com Jacobi (2002) a Educação Ambiental privilegia e critica novos valores e comportamentos perante diversas ações, principalmente os de níveis não formais uma vez que estas ações possuem um caráter pioneiro, tendo como foco direto sempre a sociedade, a qual por seus interesses e manifestações, cria caminhos para que a educação formal seja alcançada por diversas instituições. Segundo Loureiro (2004), trata-se de um processo pedagógico e participativo “que pretende incutir uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, estendendo à sociedade a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais”. Continuando, o autor afirma: Por isso, a importância da construção de uma proposta de Educação Ambiental comprometida com o exercício da cidadania que exija a explicitação dos pressupostos que devem fundamentar uma prática/ práxis. Sobre isso, Loureiro (2004) comenta que Educação Ambiental é o meio educativo pelo qual se podem compreender de modo articulado as dimensões ambientais e sociais, problematizar a realidade, buscando raízes da crise civilizatória. Mediante perspectivas históricas e críticas, a Educação Ambiental quer que as visões de mundo sejam discutidas, incorporadas. compreendidas, Portanto, a Educação problematizadas Ambiental tem e a responsabilidade de construir uma nova ética ecológica a fim de problematizar valores vistos como absolutos e universais que visam o bem comum (LOUREIRO, 2004). De acordo com Jardim (2009), isso inclui agir conscientemente, reconstruindo e modificando a realidade. Desse modo, a “Educação Ambiental precisa ser compreendida como um ato político”. De acordo com o MEC (2007), a Educação Ambiental surge e ganha grandes proporções no mundo atual devido às consequências de um conjunto de transformações tanto social como planetárias, o ser humano começa por sua vez possuir um pouco mais de percepção sobre as consequências de suas 13 ações sobre o meio em que está inserido, uma vez que a degradação do ecossistema encontra-se de forma cada vez mais acelerada. Partindo do pressuposto de que o conceito de educação, primeiramente, trata de um tema complexo, ao desenvolver pesquisas, encontram-se inúmeras definições de educação. No dicionário o termo educação é definido como: ato ou efeito de educar (-se); processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano, civilidade e polidez (HOLANDA, p.185, 1988). De acordo com as teorias de Paulo Freire, pedagogo renomado na história do ensino no País, educação, é uma Tradicional consente que os excluídos/marginalizados da sociedade permaneçam no estado de consciência ingênua e alienação. No contexto capitalista, a educação é moldada a atender os interesse do capital, deste modo os oprimidos não compreendem a realidade que vivem (FREIRE apud MARTIN,2007). Para o entendimento de aprendizagem, segundo Vygotsky, foi através da definição usado por Oliveira apud Ogasawara, sendo esta “o processo pelo qual o sujeito adquire informações, habilidades, atitudes, valores e etc. a partir do seu contato com a realidade, o meio ambiente e as outras pessoas”. Por fim segundo Piaget deve-se considerar que este teórico não desenvolveu nenhuma teoria da educação, como muito se afirma, mas suas idéias embasaram a teoria construtivista pela qual defendia, devido suas experiências, um método que valorizasse o ser humano e suas faculdades intelectuais (PIAGET apud MARTIN, 2007). De acordo Martin (2012), atualmente, o Brasil ocupa a 39º lugar em educação, entre os 40 países avaliados, pelo índice de qualidade elaborado pela empresa Pearson, de materiais e serviços educacionais, segundo dados do Índice Global de Habilidades Cognitivas e Realizações Educacionais, realizado no dia 27 de novembro, de 2011.Foi realizado com base em três testes internacionais de educação: o Programa Internacional de Avaliação de 14 Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), o documento Tendências em Estudo Internacional de Matemática e Ciência (TIMSS) e o Progresso no Estudo Internacional de Alfabetização (PIRLS). Compreendendo o aprendizado de matemática, leitura e ciências durante o ciclo fundamental (1º a 9º ano). De acordo com as pesquisas realizadas nota-se que não basta apenas ocorrer mudanças econômicas na sociedade uma vez que é notório que a educação não acompanha o crescimento, ela simplesmente se adapta a nova rotina da população de uma maneira mais defensiva, sem garantir a elevação de seu nível. Porém, todos os problemas sociais caem intensamente como responsabilidades dos professores, cobrando-se deles mais trabalho, apesar de serem os profissionais menos reconhecidos pelas mudanças positivas. Segundo Narcizo (2009) Nas últimas décadas, os danos ao meio ambiente e suas consequências solidificaram uma preocupação na sociedade com estas questões, invadindo todas as áreas de atuação. Passou a fazer parte também do campo da educação e foi regulamentada, no Brasil, pela Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, que normatiza a Educação Ambiental como um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal (Artigo 2º). A lei também explicita que a Educação Ambiental não deve ser uma disciplina específica no currículo escolar mas, [...] como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal. De acordo com PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais - Meio Ambiente, 1998), o termo “meio ambiente” tem sido utilizado para indicar um “espaço” (com seus componentes bióticos e abióticos e suas interações) em que um ser vive e se desenvolve, trocando energia e interagindo com ele, sendo transformado e transformando-o. No caso dos seres humanos, ao espaço 15 físico e biológico soma-se o “espaço” sociocultural. Interagindo com os elementos do seu ambiente, a humanidade provoca tipos de modificação que se transformam com o passar da história. E, ao transformar o ambiente, os seres humanos também mudam sua própria visão a respeito da natureza e do meio em que vive. (PCN – Meio Ambiente, p.233) Os conteúdos de Meio Ambiente foram integrados às áreas, numa relação de transversalidade, de modo que impregne toda a prática educativa e, ao mesmo tempo, crie uma visão global e abrangente da questão ambiental, visualizando os aspectos físicos e histórico-sociais, assim como as articulações entre a escala local e planetária desses problemas (PCN- Meio Ambiente, p.193). O mesmo aponta a geografia como sendo uma de suas tradicionais parceiras para o desenvolvimento de conteúdos relacionados ao tema, segundo o autor pela importância desta temática nos núcleos educacionais, durante o ensino fundamental (1º ao 9º ano), é necessário disponibilizar meios de ensino/aprendizagem, que o aluno possa compreender os problemas causados pelo homem e ambiente, adotandoportanto posturas mais críticas com os problemas ambientais, sendo eles os principais atores modificadores do meio em que estão inseridos. Segundo o PCN, a perspectiva de trabalho com o Meio Ambiente no ensino fundamental é que os alunos ao final do ensino sejam capazes de: identificar-se como parte integrante da natureza e sentir-se afetivamente ligados a ela, percebendo os processos pessoais como elementos fundamentais para uma atuação criativa, responsável e respeitosa em relação ao meio ambiente; • perceber, apreciar e valorizar a diversidade natural e sociocultural, adotando posturas de respeito aos diferentes aspectos e formas do patrimônio natural, étnico e cultural; • observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo propositivo, para garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida; 16 • adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem a interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis; • compreender que os problemas ambientais interferem na qualidade de vida das pessoas, tanto local quanto globalmente; • conhecer e compreender, de modo integrado, as noções básicas relacionadas ao meio ambiente; • perceber, em diversos fenômenos naturais, encadeamentos e relações de causa/efeito que condicionam a vida no espaço (geográfico) e no tempo (histórico), utilizando essa percepção para posicionar-se criticamente diante das condições ambientais de seu meio; • compreender a necessidade e dominar alguns procedimentos de conservação e manejo dos recursos naturais com os quais interagem, aplicando-os no dia-a-dia. (PCN-Meio Ambiente, p.197-198) 3.1 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL – OBJETIVOS E QUESTÕES METODOLÓGICAS De acordo com o livro Encontros e Caminhos (2007), nota-se que a Educação Ambiental surgiu num momento conturbado da sociedade, com crises políticas, ambientais, de desenvolvimento, culturais dentre outras sendo elas englobadas por uma crise de valores, de tal modo perante a crise a sociedade moderna dotou um modelo de desenvolvimento centrado na produção e consumo e baseado numa relação controversa entre as práticas do homem com os benefícios da natureza. Assim sendo a educação tornou-se essencial, pois teria que conduzir os educandos ao pleno entendimento dos processos e sua participação plena enquanto agentes modificadores de espaço. Diversas são as definições do tema de Educação Ambiental, desde os estudos mais básicos de entendimento e percepção até de torná-lo um viés da educação como um todo. Segundo Pinesso (2006), 17 Os objetivos e princípios da Educação Ambiental, contidos nos documentos oficiais e elaborados a partir destas definições, são base para o desenvolvimento de projetos de Educação Ambiental. Cabe destacar alguns destes princípios elencados pela Conferência de Tibilis (1977) para que possamos refletir sobre a forma como são colocados em prática nas escolas. São eles: Considerar o meio ambiente em sua totalidade, isto é, em seus aspectos naturais e criados pelo homem; Constituir um processo contínuo e permanente, através de todas as fases do ensino formal e não formal; Aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo especifico, de cada disciplina, de modo que se adquira uma perspectiva global e equilibrada; Concentrar-se nas condições ambientais atuais, tendo em conta também a perspectiva histórica; Destacar a complexidade dos problemas ambientais e, em consequência, a necessidade de desenvolver o senso crítico e as habilidades necessárias para resolver tais problemas; Utilizar diversos ambientes educativos e uma ampla gama de métodos para comunicar e adquirir conhecimentos sobre o meio ambiente, acentuando devidamente as atividades práticas e as experiências profissionais. 3.2- Educação Ambiental formal e não formal O artigo 9º da lei 9795/99, da PNEA, reforça que a Educação Ambiental deve estar presente na educação básica à educação superior, sendo clara sua obrigatoriedade, e também aplicada na educação de jovens e adultos, educação à distância e tecnologias educacionais, educação especial e educação escolar indígena e quanto àquelas que vierem a ser criadas ou reconhecidas pelas leis educacionais, como a educação quilombola. Segundo a PNEA, a Educação Ambiental deve estar inserida em todos os níveis de modalidade de ensino, considerando todos os processos e 18 práticas por ela realizadas, devendo a questão ambiental também estar presente na formação de professores em todos os níveis e todas as disciplinas, sendo considerada como interdisciplinaridade, no artigo 10º afirma que “a Educação Ambiental não deve ser implantada como disciplina especifica no currículo de ensino” (Lipai, p.27). Segundo a gestão da PNEA, abordado por LIPAI, (2007), na educação formal, o Órgão Gestor tem o desafio de apoiar professores no incentivo da leitura crítica da realidade, sendo educadores ambientais atuantes nos processos de construção de conhecimentos, pesquisas e atuação cidadã nas comunidades escolares, com base nos valores voltados à sustentabilidade em suas múltiplas dimensões (Lipai, p.28). De acordo com o artigo 13 da lei, a Educação Ambiental não formal é definida como “as ações e práticas educativas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente” (Lipai, p.27). A PNEA esclarece que é de responsabilidade do poder público o incentivo com a escola para a participação de formulação e execução de atividades e programas vinculados à Educação Ambiental não formal, e a parte efetiva da participação em parceria com empresas públicas e privadas com a Educação Ambiental não formal nas escolas. Porém, segundo LIPAI, (2007), “não consta na lei qualquer dispositivo que comprometa os governos com as condições financeiras, institucionais, organizacionais e participativas para a implementaçãoda PNEA” (Lipai p.29).Portanto, deve-se exigir o direto à Educação Ambiental, cobrando mecanismos e meios para concretizá-los. Ainda segundo a autora caso seja omisso em promover a Educação Ambiental, o poder público pode estar violando tanto o direito à educação como o direito ao meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado, podendo ser punido com base nos seguintes dispositivos: §2º, do artigo 208 da Constituição Federal, artigo 68 da Lei nº 9.605, de 13.2.1998, conhecida como Lei de Crimes 19 Ambientais; e artigo 25 da Lei nº 8.429, de 2.6.1992, que trata dos atos de improbidade administrativa (Lipai p.29, 2007) 3.3- A Educação Ambiental como proposta de abordagem no ensino De acordo com os temas Transversais abordado pelo MEC, inserido no PCN Meio Ambiente, no princípio das discussões sobre as questões ambientais foram impostas algumas novas formas de agir e pensar sobre o meio em que estamos inseridos, de novos horizontes para suprir algumas necessidades humanas, fazendo o uso de determinados produtos de uma forma mais ecologicamente correta, de tal modo adquirimos mais valores na sociedade, papel primordial para a educação desempenhar. Segundo o PCN apud Santos, 2006, A principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos a decidir e atuar na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e global. Para isso é necessário que, mais do que informações e conceitos, a escola se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e aprendizagem de procedimentos. E esse é um grande desafio para a educação (PCN, P.21) Debater e aplicar conceitos e projetos sobre a Educação Ambiental fazse anexo à educação, pois está relacionando ao fato do tema “Meio Ambiente” ser abordado como tema Transversal no PCN, tornando-se ele um conceito multidisciplinar, portanto analisaremos somente como o professor de geografia em particular se apodera desta temática. É necessário observar que a Educação Ambiental só se tornou exigência a ser garantida pelos governos federal, estaduais e municipais, após a Constituição de 1988, na qual consta que: 20 “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.” (Planalto, Presidência da República, 1988). De acordo com os textos discutidos no livro,“Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental na escola (2007)”, é imprescindível que os professores se atentem em fazer da realidade do aluno uma forma de pensar no processo de ensino e aprendizagem, pois o aluno deste modo consegue se tornar mais crítico e olhar ao seu redor com outros olhares e de acordo com os objetivos do PCN, considerar a apropriação do aluno quanto aos seus conhecimentos pré-estabelecidos, como o meio social, familiar, as influências culturais, a mídia, religião dentre outros. Portanto os autores esclarecem que é fundamental que o professor se apodere das questões envolvendo o tema transversal principalmente como Meio Ambiente/Educação Ambiental.Com isso o professor de Geografia necessita também estar ligado constantemente com as informações sociais e realidades existentes no cotidiano, de forma assim a envolver o aluno como um todo. Entretanto, diante do panorama educacional brasileiro, nada melhor do que iniciar os trabalhos pela realidade próxima do aluno, sendo na escola o início das discussões e percepções da pesquisa com Educação Ambiental, por se tratar de um tema pertinente e de responsabilidade da sociedade como um todo. Para eles, o espaço escolar é parte fundamental no processo de conscientização do desenvolvimento e conscientização do intelecto do aluno,tornando-o capaz de formar seu senso crítico aprimorado ao meio ambiente e sua degradação ocorrida por diversos motivos tais como: sobrevivência, emprego, urbanização, entre outros, sendo que o processo de sensibilização ocorre diariamente e não momentaneamente, além de que um trabalho eficaz na sala de aula propicia um maior aproveitamento e uma avaliação mais justa e completa do aluno. Essas iniciativas transcendem o ambiente escolar, sensibilizando professores, funcionários, pais, comunidades, 21 uma vez que os alunos se tornam multiplicadores da prática educacional ambiental, sendo um processo contínuo e permanente através também da interdisciplinaridade, todos em prol da proteção ambiental. Porém, observa-se também que a implementação da Educação Ambiental no ambiente escolar não é simples, professores engajados, implementação de projetos e atividades, fatores como troca anual de professor com as turmas, condições da sociedade em questão, diretoria disposta em atuar com projetos voltados à área, alterações do ambiente escolar, entre outros diversos fatores, servem de limitação à implementação da Educação Ambiental. Sabe-se também que o processo se dá uma vez que toda a equipe efetivamente esteja disposta a novos hábitos e a diversas mudanças, para dessa forma buscar diariamente a reflexão da mudança na mentalidade e o papel do homem no meio em que está inserido é de fundamental importância 3.4- O papel da geografia como objeto de diagnóstico e transformações do espaço geográfico De acordo com as pesquisas realizadas, nota-se que é reconhecida a importância da Geografia, nos ambientes escolares como disciplina que analisa as transformações no meio. A qual surgiu na Alemanha no ano de 1870, como uma ciência descritiva. Porém,tal característica, fez com que a Geografia, fosse questionada e criticada ao longo de anos. Passou por várias correntes até se consolidar como uma ciência crítica, recebendoinfluência do movimento progressista voltado à educação. A Geografia Crítica muito contribuiu para a prática pedagógica inserida na educação escolar, uma vez que o homem compreende o espaço, se apodera do meio em que vive, se apropria da natureza, dentre outros fatores. No ensino, os professores de geografia,podem comseus alunos desenvolver uma percepção crítica da realidade, para que possam como os demais agentes, realizar transformações positivas no meio social e físico. No processo de aprendizagem sócio-construtivo no qual aluno e professor são atores no processo de transformação do espaço, o professor objetiva levar o 22 aluno a uma auto-reflexão sobre a atuação no processo de construção e destruição do meio. De acordo com Santos e Cordeiro, (2006), é perceptível a importância da Geografia como ciência eficaz no ensino-aprendizagem do aluno, pois ela subsidia as percepções de mundo, o papel de agente transformador do espaço tanto para benefícios para a população como destruidor do meio em que este está inserido. Pretende-se, portanto como resultado final a promoção do conhecimento e a auto-reflexão do aluno, tornando este cada vez mais crítico e transformador do meio em que está inserido, pois é considerado como sujeito ativo deste processo. Ainda segundo os autores, partindo-se do ponto de vista de que o professor de geografia tenha conhecimento de situações contidas no município como foco de seu trabalho em Educação Ambiental e meio ambiente, fazendo com que o aluno comece a ser crítico e construtivo de pensamento e atitudes a partir de realidades micros, e somente deste modo com um pensamento formado conseguirá tomar proporções de sua atuação como transformador do espaço e então entender os problemas macro ambiental existentes, sendo ele muitas vezes co-autor de todos os problemas ambientais. Considerando a sociedade como um dos objetos de estudo da geografia, Correia (2006), esclarece que Como ciência social a Geografia tem como objeto de estudo a sociedade que, no entanto, é objetivada via cinco conceitoschave que guardam entre si forte grau de parentesco, pois todos se referem à ação humana modelando a superfície terrestre: paisagem, região, espaço, lugar e território. (CORREIA, 2006) 23 4. Subsídios da Secretaria de Meio Ambiente de São José dos Campos para trabalhar Educação Ambiental Desde o ano de 2005 com a criação da Secretaria de Meio Ambiente (SEMEA) da Prefeitura Municipal de São José dos Campos (PMSJC), pela lei municipal nº6.808,vem sendo desenvolvidos programas e projetos voltados á Educação Ambiental, a fim de promover a conscientização e a melhoria da qualidade de vida dos munícipes. Desse modo, neste item são apresentados alguns dos principais projetos e programas desenvolvidos pela SEMEA. 4.1- Programa Revitalização de Nascentes1 O programa está revitalizando, desde 2006, 33 nascentes degradadas em áreas urbanas do município,com o plantio de mais 40 mil mudas de árvores nativas2 da nossa região devolvendo à população cerca 230 mil m² de mata ciliar3. Um amplo programa de Educação Ambiental está sendo desenvolvido em 31 escolas públicas municipais localizadas nas proximidades das nascentes, com o objetivo de disseminar conceitos e práticas de cuidados com o meio ambiente e uso racional da água. Aproximadamente 7200 alunos já participaram do Programa, se tornando multiplicadores de ações e informações, uma vez que dentro dos ambientes escolares os alunos que no ano anterior participaram do projeto incentivam os alunos novos a fazerem parte do mesmo. Com a revitalização, o programa preserva nascentes que contribuem para a formação do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de, aproximadamente, 15 milhões de habitantes, em 180 cidades situadas ao longo do Vale do Paraíba, nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, incluindo o abastecimento da Região Metropolitana da cidade do Rio de Janeiro. Portanto, a revitalização das nascentes que é uma das maneiras 1 Nascente - lugar onde nasce um curso de água; É a manifestação do lençol freático na superfície do solo, ou ainda, é o local onde a água subterrânea aflora no solo. 2 Árvore nativa – são espécies característica de uma região, ou seja, que ocorre ou ocorria naturalmente nas matas de numa determinada região. 3 Mata Ciliar - é a vegetação que ocorre nas margens dos rios, córregos, lagos, represas e nascentes 24 eficazes de garantir a água potável em quantidade e qualidade para uma extensa quantidade de pessoas. Uma vez que as nascentes em processo de revitalização são identificadas como degradadas em áreas públicas do município, realizando a limpeza da área, cerca e planta em seu entorno 1350 mudas de espécies nativas com o objetivo de recompor a mata ciliar. Grupos de alunos das escolas participam de todas as etapas do reflorestamento, além de realizarem o monitoramento da qualidade da água e de toda área da nascente de seu bairro em processo de revitalização. A ausência da mata ciliar ao redor das nascentes diminui a infiltração da água da chuva para o lençol freático4 e contribui para a diminuição do fluxo de água na nascente, provocando a longo prazo a “morte” da nascente. Isso acontece, pois em vez de infiltrar no solo, a água escoa sobre a superfície formando enormes enxurradas que não permitem o bom abastecimento do lençol freático, promovendo a diminuição da água armazenada. As enxurradas, por sua vez carregam partículas do solo iniciando o processo de erosão e enchentes nas regiões mais baixas. As conseqüências do rebaixamento do lençol freático não se limitam as nascentes, mas se estendem aos córregos, rios e riachos abastecidos por ela. Fig1: Desenho esquemático da importância da mata ciliar Fonte: Arquivo - SEMEA Além de recuperar a Área de Proteção Permanente da nascente, as ações do programa: 4 Lençol freático – depósitos de água subterrânea decorrente da infiltração da água da chuva no solo, nos quais a água ocupa os espaços existentes entre os grãos que formam as rochas do solo. 25 aumentam o índice de vegetação urbana, refletindo positivamente na qualidade do ar, no micro-clima e, portanto, ajudando a combater o aquecimento global; aumentam a biodiversidade, da fauna e flora, importantes para o equilíbrio ambiental; promovem a sensibilização da comunidade sobre os problemas ambientais e a importância do engajamento de cada cidadão em programas e projetos que visem melhorar a qualidade ambiental e da vida de todos. Devolvem à sociedade áreas ambientalmente recuperadas, uma nova paisagem. 4.2- A Educomunicação Desde 2010, professores e alunos parceiros do Programa Revitalização de Nascentes estão participando de uma formação em Educomunicação Socioambiental – prática que visa a apropriação dos produtos de comunicação - com a finalidade de dinamizar os registros das ações e a divulgação conceitos e práticas de cuidados necessários para a preservação da água, bem essencial à vida. 4.3- Programa Conhecendo o Parque O programa Conhecendo o Parque da Cidade,em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, está em ação desde o ano de 2011, porém as trilhas montadas existem desde o inicio do parque, no ano de 1996, de tal modo, em parceria com a SEMEAa prefeitura pretende, promover visitas monitoradas no Parque da Cidade Roberto Burle Marx com o objetivo de mostrar para a população, em especial para alunos e educadores, todo o patrimônio cultural e ambiental nele presente, trazendo um resgate histórico e oferecer oportunidades de contato com a natureza promovendo a reflexão sobre as nossas atitudes e as consequências para o meio ambiente. 4.4- Borboletário “Asas de Vidro” 26 O projeto Borboletário “Asas de Vidro”, inaugurado em dezembro de 2012, possui como objetivo explorar de forma educativa a riqueza da biodiversidade de espécies do Parque e sua importância na conservação de espécies e da qualidade ambiental. Segundo dados da PMSJC, explorar o complexo ciclo de vida das borboletas, sua delicadeza, suas transformações e, principalmente, sua estreita dependência com as espécies vegetais e outros insetos é extremamente rico para ilustrar como tudo está interligado na natureza e que esse equilíbrio é frágil. É nossa responsabilidade conhecer, divulgar e zelar para a manutenção da vida para que nossa existência junto a todos os outros seres deste planeta, da qual dependemos direta ou indiretamente,não seja comprometida. Assim segundo a PMSJC, no Borboletário Asas de Vidro serão criadas apenas espécies que ocorrem naturalmente no espaço do Parque da Cidade, associando-as de tal modo sua existência à riqueza vegetal e preservação deste espaço. Assim podemos, entretanto explorar os seguintes itens em uma vista: A beleza das borboletas - Diversidade de cores, formas e espécies. O ciclo de vida das borboletas: acasalamento, postura de ovos, nascimento das lagartas, formação das pupas, nascimento das borboletas. Borboletas e mariposas – características e diferenças. Relação entre plantas hospedeiras e borboletas. Relação entre plantas nectaríferas e borboletas. Importância ambiental das borboletas: cadeia alimentar, polinização, etc. O ambiente em perfeita interação: equilíbrio ambiental e as borboletas. Desequilíbrio ambiental – lagartas como pragas agrícolas. As borboletas como indicadoras de qualidade ambiental. Crendices populares/curiosidades (O pó da asa da borboleta cega? A borboleta coruja é bruxa? A borboleta dá sorte? Borboleta e renascimento. Borboleta é a alma dos mortos.) 27 4.5- Ponto de Entrega Voluntária – PEV De acordo com a PMSJC, o Ponto de Entrega Voluntária (PEV) esta em funcionamento desde o ano de 2006, é instaladaem uma área pública em local adequado, cuidadosamente estudado e escolhido para receber resíduos específicos em pequenas quantidades (até um metro cúbico). Tendo como objetivo evitar despejo de entulho em áreas impróprias e direcionar esse material para a reciclagem, deste modo como os demais materiais abaixo: Tintas, solventes e materiais de pintura, embalados para evitar vazamentos; Pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes e equipamentos eletrônicos; Móveis e equipamentos domésticos em desuso (sofás, fogões, entre outros); Resíduos de podas e jardins de áreas particulares. Benefícios seu bairro mais limpo; praças, áreas verdes, margens de rios, de córregos e nascentes mais preservadas; local adequado para descartar os materiais acima; contribuindo para a preservação do meio ambiente. Segundo a PMSJC, para deixar os materiais no PEV, você preencherá uma ficha informando o que está deixando e a quantidade.No local, cada coisa tem seu lugar, há um lugar próprio para o entulho, outro para resíduos volumosos, um para podas e terra, outro para pilhas e materiais de uso doméstico.Sempre que necessário, os materiais serão retirados do PEV e encaminhados para seu destino final: reutilização, reciclagem ou aterro sanitário. 28 4.6- PROMEA- Programa Municipal de Educação Ambiental Como uma iniciativa do poder público municipal, este trabalho relata a experiência da elaboração do Programa de Educação Ambiental no Município de São José dos Campos, de Novembro/2005 a Fevereiro/2006, estando este em revisão no decorrer no ano de 2013. A construção deste documento visa à integração de ações de cunho socioambiental a um Sistema de Informação Ambiental, disponibilizando dados para nortear projetos futuros de Educação Ambiental. Área de Proteção Ambiental Fig2 – Localização de São José dos Campos – SP Fonte: Arquivo SEMEA (2005) De acordo com dados obtidos dentro da SEMEA, na Assessoria de Educação Ambiental (AEA), o PROMEA possui como objetivos: Promover processos de Educação Ambiental, de caráter formal e não-formal, para o desenvolvimento de conhecimentos, resgate de valores humanistas, habilidades, atitudes e competências que contribuam para participação cidadã na construção de uma cidade justa e sustentável; 29 Fomentar processos de formação continuada em Educação Ambiental, formal e não-formal, dando condições para a atuação nos diversos segmentos da sociedade; Fomentar e difundir a dimensão ambiental nos projetos de desenvolvimento governamental e não governamental, para amelhoria da qualidade de vida; Identificar todas as Ações em Educação Ambiental existentes no Município; Dinamizar e universalizar o acesso a informações sobre a temática socioambiental, estabelecendo uma Rede de Comunicação em Educação Ambiental no Município, na qual o Programa torna-se o articulador/facilitador. Dinamizar a Gestão Integrada dos Processos Educativos, de caráter Formal e Não Formal, para o desenvolvimento de conhecimentos voltados à Conservação do Meio Ambiente e ao Desenvolvimento Sustentável. incentivar iniciativas que valorizem a relação entre cultura, memória e paisagem – sob a perspectiva do amor à vida – assim como a interação entre os saberes popular, tradicional e técnico-científico; Favorecer a integração de empresas, comunidades rurais e quaisquer instituições que estejam envolvidas com a Educação Ambiental ao Programa Municipal. 30 Fig. 3 - Representação do Sistema Integrado de Educação Ambiental Fonte: Arquivo SEMEA (2005). A SEMEA-AEA possui como justificativas do PROMEA as seguintes informações: Por meio da Educação Ambiental o indivíduo junto ao seu coletivo constrói valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade; 31 O conhecimento dos problemas socioambientais e a sensibilização da sociedade são as chaves para a prevenção, participação e mudança de conduta; É necessário que as ações educativas sejam articuladas e integradas em todos os segmentos da sociedade; Para traçar o desenvolvimento de uma cidade saudável, socialmente justa e ambientalmente segura, é necessário que as diretrizes, estratégias e planos de ação sejam pautados numa Política Ambiental que valoriza e incentiva a Educação Ambiental no Município. Logo também as seguinte diretrizes: Transversalidade e interdisciplinaridade; Descentralização institucional e espacial; Sustentabilidade socioambiental; Democracia e participação social; Aperfeiçoamento e fortalecimento dos sistemas de ensino que tenham interface com a educação ambiental. E por fim seus Princípios, sendo eles: Concepção de ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência sistêmica entre o meio natural e o construído, o socioeconômico e o cultural, o físico e o espiritual, sob o enfoque da sustentabilidade. Abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais, transfronteiriças e globais. Respeito à liberdade e à eqüidade de gênero. Reconhecimento da diversidade cultural, étnica, racial, genética, de espécies e de ecossistemas. Enfoque humanista, histórico, crítico, político, democrático, participativo, inclusivo, dialógico, cooperativo e emancipatório. Compromisso com a cidadania ambiental. 32 Vinculação entre as diferentes dimensões do conhecimento; entre os valores éticos e estéticos; entre a educação, o trabalho, a cultura e as práticas sociais. Democratização da produção e divulgação do conhecimento e fomento à interatividade na informação. Pluralismo de idéias e concepções pedagógicas. Garantia de continuidade e permanência do processo educativo. Permanente avaliação crítica e construtiva do processo educativo. Coerência entre o pensar, o falar, o sentir e o fazer. Transparência. 4.7- Museu da Flora Nativa De acordo com a PMSJC, o Museu da Flora Nativa consiste na criação de novos bosques na cidade, que abrigarão espécies de árvores nativas da mata atlântica e do cerrado, que representam o patrimônio arbóreo do município. A Secretaria de Meio Ambiente levantou mais de 410 espécies originárias da nossa região, algumas delas ameaçadas de extinção. Cada um desses museus oferecerá um recanto para o lazer com educação ambiental, coleta de sementes de espécies raras, e também pesquisas científicas. Neles a população poderá conhecer o desenvolvimento das mudas em todas as etapas, desde o crescimento até a fase adulta. 4.8- Resumos das oficinas oferecidas pela Assessoria de Educação Ambiental 4.8.1HORTAS URBANAS Segundos dados da SEMEA-AEA a oficina tem como objetivo: Estimular a produção de alimentos em hortas domésticas adaptadas acasas e apartamentos, incentivando a alimentação saudável e o contato com a terra, pormeio de palestras, exposições e oficinas. São disponibilizadas aos participantes, mudasde ervas aromáticas/ temperos. 33 4.8.2 OFICINA DE MOSAICO E CAIXINHA De acordo com dados da SEMEA-AEA as oficinas possuem como objetivo:conscientizar os munícipes, de forma lúdica, sobre questões ambientais,como, por exemplo, a diminuição da produção de resíduos. Por meio da reutilização demateriais, embalagens plásticas são utilizadas na oficina Mosaico Ecológico. Papéis quesão reaproveitados para a confecção de caixas para presentes ou para confecção de papel reciclado. 34 5. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO DE GEOGRAFIA Em razão da pertinência das questões relacionadas ao meio ambiente à Geografia, neste item são apresentadas informações sobre o modo como a questão ambiental vem sendo tratada no ensino de Geografia em escolas da rede pública, municipal e estadual e da rede particular do município de São José dos Campos, partindo-se do principio de que a pesquisa possui somente um cunho esploratório. Por meio da aplicação de questionários foi possível identificar o perfil do professor de Geografia, no que se refere ao tempo de formação e atuação na carreira docente; formas de abordagens da Geografia de questões relacionadas ao meio ambiente; o interesse dos alunos pelas questões ambientais, entre outros. No que se refere à formação profissional, verificou-se que 100% dos professores possuem Graduação em Geografia . Porém os Professores A, B e E, também, possuem Licenciatura Plena em História e o Professor D, Licenciatura Plena em Pedagogia. O tempo médio de atuação como docente dos entrevistados é de 14 anos e dois meses. Entre os cinco professores, dois atuam no Ensino há menos de dez anos; três são docentes há mais de 11 anos, sendo que um é Professor há vinte e um anos (gráfico 2). Quanto tempo atua como professor? Anos de Atuação 25 Tempo 20 15 10 5 0 Anos de Atuação Professor A Professor B Professor C Professor D Professor E 8 9 13 20 21 Gráfico 1:– Quanto tempo atua como professor?. Fonte: Questionário. Elaboração: Mariane B. de Paula (2013). 35 Relativo ao uso de material didático que contemple questões relacionadas ao meio ambiente, todos os professores afirmaram ter acesso a esse tipo de material e utilizá-lo em suas aulas.Entre o material utilizado, encontram-se livros didáticos, mapas, textos e gráficos. Apesar disso, dois professores consideram que a abordagem das questões ambientais encontradas em livros didáticos as vezes, é superficial, sendo necessária para o enriquecimento das aulas, a busca de material complementar. “Professor A: O livro didático pouco aborda as questões ambientais, quando o assunto é atado observa-se pouca relevância e superficialidade sobre o tema. Professor B: Alguns materiais específicos da área ambiental abordam as questões, via de regra, de forma disciplinar, não integrada ao cotidiano. Quanto ao livro didático (Material Oficial do MEC nas escolas) as questões ambientais são tratadas de forma integrada aos conteúdos de Geografia, mas sempre de forma descontínua e desligada da realidade local, ficando assim sempre carentes de transposição didática. Professor C: Sim, textos, figuras e ou imagens fortalecendo conteúdo de geografia física ou natural; temas como organização e preservação do meio ambiente e unidades de conservação. Professor D: Livros de paisagens, slides, livros didático, mapas, gráficos, filmes etc Professor E: Sim. Textos, Gráficos e mapas.” Quanto à relevância da temática ambiental para a Geografia, verificou-se que os cinco professores concordam sobre a importância de inserir o tema na disciplina. Apesar de concordarem sobre a pertinência do enfoque ambiental à Geografia, as respostas não esclarecem sobre o por que dessa pertinência. “Professor A: Sim, o ensino de Geografia tem que estar intimamente ligado ao meio ambiente, não podemos tratá-los distintamente, para que dessa forma ocorra de fato uma consciência ecológica eficaz. Professor B: Sim, porque o tema Meio Ambiente, em sua transversalidade, adota muitos conceitos e métodos tipicamente geográficos e quando crítico, revela íntima relação entre as áreas. 36 Professor C: Existe uma interação entre as áreas de estudos geográficos: seja (natural e social), visão holística do todo. Professor D: Claro, é o estudo do espaço, sua dinâmica. Professor E: Lógico. Abala e transforma a paisagem drasticamente.” Questionados sobre a escala de análise das questões ambientais em sala de aula, três professores disseram que a escala local, ou seja, o município de São José dos Campos, é a mais incorporada às discussões. Por outro lado, dois professores disseram que preferem discutir a temática ambiental, seguindo uma lógica que passa da escala local a global (gráfico 2). “Professor A: Sempre que trato as questões ambientais em sala de aula procuro traçar um paralelo entre o local, nacional e global, para que os estudantes percebam que o tema está inserido próximo a realidade deles Professor B: Partindo sempre das avaliações diagnósticas, o trabalho é direcionado as questões apontadas pelo cotidiano do discente, assim os planos e planejamentos são elaborados e aplicados em concordância com a realidade do local. Uso da água, manejo, depósito de resíduos sólidos, agricultura urbana, poluição hídrica e sonora, além do desmatamento, são temas abordados para o trabalho com Educação Ambiental na unidade escolar. Professor C: A influência das questões ambientais na escala mundial somente pode ser analisada na escala local e vice versa. Professor D: Explico as relações e discuto os problemas ambientais, como: aquecimento global, buraco na camada de ozônio,desmatamento, desertificação, etc. Professor E: Sim. Cavas de areia, destruição do cerrado, noticias de jornal regional entre outros.” 37 Micro ao Macro Local 3 Local e Global 2 Gráfico.2- - Como você trata as questões ambientais na sala de aula? Insere questões do contexto municipal? Qual (is)? Fonte: Questionário. Elaboração: Mariane B. de Paula (2013) Referente à mesma questão, os Professores B e D citaram o uso da água, manejo, depósito de resíduos sólidos, agricultura urbana, poluição hídrica e sonora, desmatamento, cavas de areia, destruição do cerrado, como conteúdos trabalhados em sala de aula, considerando a escala local. Sobre o modo como os alunos respondem ao conteúdo trabalhado em sala de aula, dos cinco professores, dois afirmaram que os alunos demostram interesse pelo conteúdo, participando das aulas e interagindo em sala de aula. Analisando a questão 7 que aborda se nas escolas as crianças são envolvidas em projetos sobre o Meio Ambiente, ficou claro que a escola pública municipal possui um planejamento, que inclui projetos voltados à Educação Ambiental, como o Projeto: Revitalização de Nascentes desenvolvido pela SEMEA ou ainda desenvolvem trabalhos específicos ao tema para eventos como a Semana de Meio Ambiente.As respostas também revelam que a aproximação da criança com a temática ambiental, ocorre por meio da confecção de maquetes em sala de aula. Segundo os professores, em geral, o tema é trabalhado em projetos multidisciplinares. “Professor A: Projeto: Revitalização de Nascentes (SEMEA), atuam como mediadores e na preservação da nascente. Professor B:Sim, na Semana de Meio Ambiente são desenvolvidos trabalhos específicos, durante o ano letivo os temas são trabalhados em 38 consonância com os conteúdos geográficos, além de projetos que são desenvolvidos na unidade escolar ou por meio de programas disponibilizados pelas secretarias municipais. Professor C: Sim, confecção de maquete de relevo, saída a campo, dentre outros. Professor D: Acho que fica muito dentro da sala de aula falta pesquisa de campo. Professor E: Sim, normalmente Ciências e Geografia através de projetos multidisciplinares.” No que se refere à questão do trabalho de campo focado na Educação Ambiental, verificou-se que a rede pública municipal possui um trabalho mais continuo em relação ao tema, viabilizado pelos projetos desenvolvidos pela SEMEA. “Professor A: Projeto Revitalização de Nascentes. Professor B: Produção de vídeos socioambientais, visita de campo a áreas antropizadas, foto poesias ambientais e construção de maquetes de sustentabilidade. Professor C: Atualmente sim, alunos são orientados a organizar uma pequena coleção de rocha o que leva a estudos de minerais, solo e sua preservação. Professor D: Não. Professor E: Atualmente não.” 39 CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo desta pesquisa foi de identificar de maneira exploratória o conteúdo e as práticas metodológicas em Educação Ambiental utilizados por professores de Geografia do Ensino fundamental II em escolas da rede pública estadual, municipal e particular de São José dos Campos. Por meio da análise dos questionários aplicados aos cinco professores, verificou-se que todos os docentes consideram a tema “educação ambiental” em suas práticas pedagógicas. Para os professores com um tempo menor de docência a elaboração de projetos voltados ao meio ambiente é mais comum, ao contrário dos professores de maior tempo de carreira. Os dados da pesquisa mostram que os cinco professores consideram o tema relevante e percebem a Geografia como a disciplina propícia ao desenvolvimento de uma análise mais profunda acerca das questões ambientais. A partir das respostas, verificou-se também, que os projetos em que as crianças são envolvidas ainda são muito pontuais, sendo o Meio Ambiente e a Educação Ambiental questões que precisam tornar-se rotina no ambiente escolar, pois este, mostra-se como o lugar propício para o início do processo de conscientização do aluno. Foi constatado, ainda, que a Geografia, por ser uma disciplina que tem como objeto de estudo o espaço geográfico, vem contribuindo para que os alunos se aproximem da realidade do município, no que se refere às questões ambientais. Tal fato foi comprovado, com os projetos desenvolvidos pelas escolas como a Semana de Meio Ambiente e a confecção de maquete de relevo, nos quais a Geografia participa efetivamente. Apesar do empenho dos professores de Geografia, observa-se que, a disciplina pode contribuir ainda mais para a formação de um cidadão mais consciente da sua relação com o meio, alertando-o sobre a necessidade da preservação e do uso não predatório do lugar em que vive. Considerando os projetos desenvolvidos pela SEMEA, verifica-se a necessidade de uma maior participação das escolas, no sentido de que a 40 criança possa ter acesso a informações precisas sobre as condições ambientais do município. Nesta pesquisa verificou-se que após décadas de movimentos ambientalistas no Brasil e no mundo os problemas e preocupações enfrentados ainda são os mesmos. Nada se torna prática efetiva. Neste sentido, é patente a necessidade de que nas aulas de Geografia a Educação Ambiental passe a ser considerada, pois quanto mais cedo houver a participação da comunidade, mais mudanças de hábitos ocorrerão e melhor será a qualidade de vida da população. 41 REFERÊNCIAS Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Encontros e Caminhos. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/encontros_2.pdf> Acessado em Dez. 2013. GOETTEMS, Arno Aloisio. Problemas ambientais desafios e possibilidades para a escola pública. Disponível em: <www.teses.usp.br/teses/.../TESE_ARNO_ALOISIO_GOETTEMS.pdf >. Acesso em: Jan. 2013. HOLANDA, Aurélio Buarque de. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988, p.185. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo online. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: Fev. 2013. JACOBI, Pedro. 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