universidade do vale do paraíba curso de geografia trabalho de

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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA
CURSO DE GEOGRAFIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
2013
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E GEOGRAFIA: CONTEÚDO E
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS EM ESCOLAS DO
ENSINO FUNDAMENTAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP
Aluna: Mariane Barbosa de Paula
Orientadores:
Profa. Dra. Adriane A. M. de Souza
Prof. Me. Gilson dos Anjos Ribeiro
São José dos Campos – SP
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E GEOGRAFIA: CONTEÚDO E
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS EM ESCOLAS DO
ENSINO FUNDAMENTAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP
MARIANE BARBOSA DE PAULA
Relatório Final apresentado como parte das
exigências do Curso de Geografia da
disciplina Trabalho de Conclusão de Curso
à Banca Examinadora da Faculdade de
Educação e Artes da Universidade do Vale
do Paraíba.
2013
UNIVAP- UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES
Curso de Geografia
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
2013
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E GEOGRAFIA: CONTEÚDO E
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS EM ESCOLAS DO
ENSINO FUNDAMENTAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP
Aluna: Mariane Barbosa de Paula
Orientador: Profa. Dra. Adriane A. M. de Souza
Co-Orientador: Prof. Me. Gilson dos Anjos Ribeiro
Banca Examinadora:Profa. Dra. Adriane A. M. de Souza
Prof. Me. Gilson dos Anjos Ribeiro
Profa. Dra. Sandra Maria F. da Costa
Nota do Trabalho: 9 (nove)
DEDICATÓRIA
A Deus por tudo que me proporciona na vida.
À minha mãe e meu pai, os quais amo muito, pelo
exemplo de vida e família.
A minha irmã por tudo que me ajuda até hoje.
Ao meu querido vovô Marino (in memoriam) e minha
vovó Jacira, os quais me incentivam sempre.
AGRADECIMENTOS
A DEUS pelo dom da vida.
Aos meus familiares, amigos e colegas que sempre
me
incentivaramme
animaram
no
decorrer
da
graduação.
Às minhas doutoras e mestre, um carinho especial
pela atenção dedicada, Adriane, Sandra e Gilson.
E às escolas e professores de Geografia que me
receberam para realização do “Diário de Bordo”.
RESUMO
Este trabalho analisa o conteúdo e as práticas metodológicas em
Educação Ambiental, utilizadas por professores de Geografia do ensino
fundamental II, em escolas da rede pública estadual e municipal e rede
particular de São José dos Campos-SP. Para a elaboração desta pesquisa,
foram consultados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) além de
diversos autores, realizadas pesquisas e análises quanto ao modo como
escolas da rede pública, municipal e estadual e da rede particular,desenvolvem
conteúdos relacionados à questão ambiental e, ainda, sobre os projetos de
Educação Ambiental, desenvolvidos pela Secretaria de Meio Ambiente
(SEMEA) da Prefeitura Municipal de São José dos Campos. As diferenças
existentes entre Educação Ambiental Formal e não Formal também foram
contempladas neste estudo, bem como, o papel da Geografia como disciplina
que possibilita a identificação das transformações do espaço geográfico.
SUMÁRIO
1.0 Introdução ................................................................................................. 1
Objetivo Geral.................................................................................................. 3
Objetivos Específicos..................................................................................... 4
Justificativa...................................................................................................... 4
2.0 Metodologia ................................................................................................8
3.0 Fundamentação Teórica...........................................................................10
3.1 Educação Ambiental – Objetivos e Questões Metodológicas .........17
3.2 Educação Ambiental formal e não formal ....................................... 18
3.3 A educação Ambiental como proposta de abordagem no ensino....20
3.4 O papel da geografia como objeto de diagnóstico e transformação do
espaço geográfico................................................................................. 22
4.0 Subsídios da Secretaria de Meio Ambiente de São José dos Campos
para trabalhar Educação Ambiental............................................................. 24
4.1 Programa Revitalização de Nascentes ......................................................24
4.2 A Educomunicação ....................................................................................26
4.3 Programa Conhecendo o Parque ..............................................................26
4.4 Borboletário “Asas de Vidro” ......................................................................26
4.5 Ponto de Entrega Voluntária – PEV ...........................................................28
4.6 Programa Municipal de Educação Ambiental – PROMEA .........................29
4.7 Museu da Flora Nativa ...............................................................................33
4.8 Resumo das Oficinas oferecidas pela Assessoria de Educação Ambiental
..........................................................................................................................33
4.8.1 Hortas Urbanas ...................................................................................... 33
4.8.2 Oficinas Mosaico e Caixinha ...................................................................34
5. A Educação Ambiental no Ensino da Geografia .................................... 35
6. Considerações Finais.................................................................................40
7. Referências................................................................................................ 42
SIGNIFICADOS DAS SIGLAS
APP – Área de Proteção Permanente
DE - Departamento de Educação do Estado
EE – Escola Estadual
EMEF – Escola Municipal de Ensino Fundamental
IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
MEC- Ministério da Educação
MMA – Ministério do Meio Ambiente
PCN- Parâmetros Curriculares Nacionais
PEV- Pontos de Entrega Voluntária
PNE – Plano Nacional de Educação
PNEA – Política Nacional de Educação
PNMA- Política Nacional do Meio Ambiente
PROMEA- Programa Municipal de Educação Ambiental
SEMA- Secretaria Especial do Meio Ambiente
SEMEA- Secretaria de Meio Ambiente
SME – Secretaria Municipal de Educação
LISTA DE FIGURAS
Fig. 1–Desenho esquemático da importância da mata ciliar ..........................25
Fig. 2 – Localização de São José dos Campos – SP .....................................29
Fig. 3– Representação do Sistema Integrado de Educação Ambiental .........31
LISTA DE GRÁFICO
Gráfico1:Quanto tempo atua como professor?............................................... 35
Gráfico 2:Como você trata as questões ambientais na sala de aula? Insere
questões do contexto municipal? Qual (is)?.................................................. 38
1.0 INTRODUÇÃO
Sabe-se que a Educação Ambiental tem sido um tema pertinente à
educação e, de um modo geral, abordada por diversos ramos do
conhecimento, devido aos problemas ambientais enfrentados pela sociedade
atual. Apesar disso, verifica-se que estes estudos só ganharam ênfase em
várias partes do mundo, no final do século XX, quando o desequilíbrio das
condições ambientais tornou-se mais evidente.
Devido a sua importância, a temática ambiental vem ganhando cada vez
mais espaço no Ensino, tornando-se uma abordagem obrigatória para a
Educação Básica, no Brasil. Para o Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) assinalam, entre os objetivos, a
importância do tema, segundo o qual, o aluno deve “perceber-se integrante,
dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos
e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio
ambiente” (MEC, 1998). Referente ao Ensino Médio, o PCN esclarece:
Espera-se que a escola contribua para a constituição de uma
cidadania
de
qualidade
nova,
cujo
exercício
reúna
conhecimentos e informações a um protagonismo responsável,
para exercer direitos que vão muito além da representação
política tradicional: emprego, qualidade de vida, meio ambiente
saudável, igualdade entre homens e mulheres, enfim, ideais
afirmativos para a vida pessoal e para a convivência. (PCN,
2000. p.59).
No PCN, referente ao Ensino Médio, a Área de conhecimento “Ciências
Humanas e suas Tecnologias”, composta pelas disciplinas de Geografia,
História, Sociologia e Filosofia, apresenta, entre seus objetivos, desenvolver
competências e habilidades, permitindo que o educando,
compreenda a sociedade, sua gênese e transformação, e os
múltiplos fatores que nela intervêm, como produtos da ação
humana; a si mesmo como agente social; e os processos
1
sociais como orientadores da dinâmica dos diferentes grupos
de indivíduo (PCN, 2000.)
Referente ao conteúdo de Geografia, questões relacionadas ao meio
ambiente são frequentemente inseridas. Sobre a contribuição da Geografia
nessas discussões, consta no PCN que,
A ampliação da escala espacial permite compreender melhor
processos importantes para a dinâmica ambiental, como a
distribuição das espécies no planeta. Aqui, a área de Geografia
pode contribuir de forma decisiva, apontando as relações entre
os elementos físicos do ambiente e sua influência na
distribuição espacial dos seres vivos (PCN- Meio Ambiente
p.59).
Sabe-se, entretanto que o homem é o principal agente modificador do
espaço, que o mesmo faz parte da natureza e dela depende. Desde o início do
descobrimento do Brasil, o homem vem transformando a paisagem territorial de
forma acelerada. Neste contexto, o tema Educação Ambiental, é desenvolvido,
com base na realidade do ensino de Geografia em escolas do município de
São José dos Campos, SP.
O município de São José dos Campos localiza-se na Região do Vale do
Paraíba do Sul, estado de São Paulo. Ao longo do século XX, o município
apresentou um intenso processo de industrialização e um rápido crescimento
populacional acarretando um aumento da sua área urbana. Dados do último
censo do IBGE (2010) apontam para a existência de uma população de
629.921mil habitantes.
Dados da Secretaria Municipal de Educação (SME-PMSJC) e da
Diretoria de Ensino de São José dos Campos (DE- Departamento de Educação
do Estado, responsável pelas escolas da rede pública-estadual e da rede
particular), mostram que, atualmente, o município possui 195 Instituições
voltadas ao Ensino Básico (Ensino Fundamental 1º ao 9º ano e Ensino Médio).
Desse total encontram-se voltadas apenas ao Ensino Fundamental, foco do
2
contexto desse trabalho, 45 Escolas da Rede Pública Municipal, 76 da Rede
Pública Estadual e 61 Escolas da rede particular.
Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo conhecer o conteúdo e
a metodologia utilizada por professores do Ensino Fundamental, das redes
pública, municipal e estadual e da rede particular do município de São José dos
Campos, São Paulo, de modo que seja possível compreender a abordagem
dos problemas ambientais trabalhados e discutidos pela Geografia em escolas
do Município.
Neste contexto serão, consideradas três Instituições de Ensino, cada
qual, inserida em uma das Redes de Ensino da cidade. Para tanto foram
selecionadas as seguintes escolas: EMEF Profª Dosulina Xenque Chaves de
Andrade, localizada no bairro Altos de Santana, Zona Norte; E.E.Profº Jorge
Barbosa Moreira, localizada no bairro da Vila Cândida, Zona Norte e Colégio
Instituto São José, localizado no Jardim Esplanada, Zona Oeste. A maior
parcela das escolas escolhidas para aplicação do Diário de Bordo encontra-se
situadas na macrozona do município, situadas na Zona Norte, onde possui
maiores quantidades de áreas verdes e declividades propícias a estudos sobre
a interferência do homem no meio em que se encontra inserido. Nestas três
escolas, Educadores da disciplina de Geografia foram entrevistados a fim de se
verificar o envolvimento da disciplina com o tema Educação Ambiental e, ainda,
o modo como, o município e seus problemas ambientais, são contemplados
pela Geografia em sala de aula.
Embora a Educação Ambiental consistir, atualmente, em um tema
pertinente a vários campos de estudo, nota-se que não são todos os
professores de geografia utilizam-se desta prática, pois, acredita-se que,
principalmente os professores que a mais tempo se formaram, não abordam a
Educação Ambiental em seu cotidiano de sala de aula. É necessário ainda
atentar-se àqueles que abordam este tema e à maneira que ocorre esta
abordagem.
Objetivo Geral
Este trabalho tem como objetivo geral:
3
Identificar o conteúdo e as práticas metodológicas em Educação
Ambiental, utilizadas por professores de Geografia do ensino fundamental II em
escolas da rede pública estadual e municipal e particular de São José dos
Campos.
Objetivos Específicos
Para alcançar o objetivo geral proposto, foram estabelecidos os
seguintes objetivos específicos:
a)
Conhecer as práticas metodológicas utilizadas por professores de
Geografia do ensino fundamental e a abordagem dos problemas ambientais
municipais de escolas das redes pública municipal e estadual e particular,
localizadas no município de São José dos Campos.
b)
Analisar o modo como a cidade e seus problemas ambientais são
contemplados pela Geografia em sala de aula.
Justificativa
Esta pesquisa se torna significativa e importante por abordar um tema
pertinente e atual para a sociedade como um todo. Além disso, nota-se que
são poucas as pesquisas que analisam a temática ambiental tendo como foco
de análise a Geografia no Ensino Fundamental II.
Verificam-se diversas transformações no mundo contemporâneo, sendo
que algumas delas trazem consigo preocupações diversas, outras, sendo
historicamente transformadas envolvem por sua vez a pesquisa e o ensino da
Geografia, ciência que é instigada a responder e discutir sobre diversos
conteúdos, dentre eles o voltado à Educação Ambiental.
No atual momento da história da humanidade, no qual a população
encontra-se em grande parte nas áreas urbanas, torna-se necessário, repensar
sobre o modo como a Geografia pode contribuir para as discussões sobre os
problemas de degradação ambiental nas grandes cidades.
4
Entretanto, verifica-se que o professor de Geografia nem sempre aborda
e reflete com seus alunos a respeito desses problemas. Diante dos diversos
problemas ambientais existentes é necessário que a Geografia, possui como
foco de estudo o espaço geográfico, se preocupe mais com o tema. De acordo
com GOETTEMS
Entende-se que, para que o ensino forme o aluno do ponto de
vista reflexivo, critico e criativo, é fundamental que este se
torne um agente da pesquisa da realidade, e não somente um
receptor do conhecimento produzido por outros. Nesse sentido,
espaço geográfico passa a ser entendido como o resultado de
uma construção do conhecimento e não um dado pré-existente
em si (OLIVEIRA, 1990 apud GOETTEMS 2006, p.15).
Desse modo, no que se refere ao meio ambiente, a Geografia preocupase em ter como papel fundamental a leitura crítica do aluno dentre as relações
do espaço em que está inserido e as constantes transformações que ocorrem,
para isso é necessário um árduo trabalho entre Geografia e Educação
Ambiental.
Conforme nos propõe o Parâmetro Curricular Nacional de Geografia
Os alunos ao observar, descrever, indagar e representar a
multiplicidade de paisagens e lugares, estarão compreendendo
o seu papel como atores coadjuvantes dos processos que
estão constantemente transformando essas paisagens e
lugares. Com essa proposta, os alunos estarão aprendendo
uma geografia que valoriza suas experiências e a dos outros e
ao mesmo tempo estarão aprendendo a valorizar não apenas o
seu lugar, mas transcendendo a dimensão local na procura do
mundo.
Assim
os
eixos
temáticos
e
suas
interações
interdisciplinares com os temas transversais e demais áreas
foram propostas com o objetivo de auxiliar o professor a
ensinar uma geografia em que os alunos possam realizar uma
leitura da realidade de forma não fragmentada, para que seus
estudos tenham um sentido e significado no seu cotidiano, e no
5
qual a sua vida no lugar possa ser compreendida interagindo
com as pluralidades dos lugares num processo de globalização
fortalecendo o espírito de solidariedade como cidadão no
mundo. (PCN- INTRODUÇÃO p61-1998)
Entretanto, sabe-se que a Educação brasileira ainda está em constantes
transformações, principalmente ligada a temas transversais como o Meio
Ambiente e Educação Ambiental, e a aceitação dos alunos quanto ao papel do
professor de geografia nas escolas.
6
2.
METODOLOGIA
A metodologia adotada utiliza-se primeiramente de levantamento
bibliográfico de acordo com o tema abordado para deste modo, construir a
base de uma fundamentação teórica. Diversos documentos e autores foram
consultados a fim de se entender questões como: objetivos da educação
ambiental; metodologias naeducação ambiental; educação ambiental formal e
não formal; a educação Ambiental como proposta de abordagem no ensino; e o
papel da geografia como objeto de diagnóstico e transformação do espaço
geográfico.
Neste trabalho, também foram considerados os meios pelos quais o
Município de São José dos Campos, através de programas e projetos,incentiva
professores a trabalharem as questões ambientais em sala de aula. De tal
modo, foram mencionados os seguintes: Subsídios da Secretaria de Meio
Ambiente de São José dos Campos para trabalhar Educação Ambiental:
Programa
Revitalização de
Nascentes; A Educomunicação; Programa
Conhecendo o Parque; Borboletário “Asas de Vidro”; Ponto de Entrega
Voluntária – PEV; Programa Municipal de Educação Ambiental – PROMEA;
Museu da Flora Nativa; Resumo das Oficinas oferecidas pela Assessoria de
Educação Ambiental – SEMEA; Hortas Urbanas e Oficinas Mosaico e Caixinha.
Partindo-se de que o presente trabalho busca trabalhar o tema de
acordo com uma pesquisa exploratória, a partir destes conteúdos, foi elaborado
um questionário denominado Diário de Bordo, aplicado a cinco professores
Graduados em Geografia do Ensino fundamental II, representantes das redes
municipal, estadual e particular.
Para a tabulação e análise dos dados, foi estabelecida a seguinte
divisão: Professores A e B representam a rede municipal; Professores C e D
correspondem à rede estadual e Professor E a rede particular.
Os professores A e B, representantes da rede municipal, atuam na
EMEF ProfªDosulina Xenque Chaves de Andrade. Localizada na Avenida Pico
das Agulhas Negras, número 1594, Bairro Altos de Santana, zona norte do
município.A escola é composta por turmas de 1º ao 9º ano do Ensino
7
Fundamental, com uma média de 35 alunos por turma, sendo a escola
composta parcialmente por 1260 crianças regularmente matriculadas.
Os professores C e D atuam na EE Profº Jorge Barbosa Moreira, escola
localizada na Av. Maria Cândida Delgado, número 10, Bairro da Vila Cândida,
zona norte da cidade. A escola é composta por turmas do 1º ao 9º ano do
Ensino Fundamental, e do 1º ao 3º do Ensino Médio, com uma média de 40
alunos por turma sendo composta por 1920 crianças e adolescentes
regularmente matriculados.
O Professor D, atuante da rede particular, leciona no Colégio Instituto
São José, localizado na Rua Presidente Venceslau Braz, número 75, Bairro
Jardim Esplanada, zona oeste do município. A instituição oferece o ensino
desde Educação Infantil até o Ensino Médio. As salas possuem de 25 a 30
alunos,
constituída
parcialmente
por
1560
crianças
e
adolescentes
regularmente matriculados.
A escolha das escolas foi aleatória, não tomando nenhum critério prévio
para a escolha das mesmas. Portanto, logo após escolhidas, foi aplicado um
questionário composto por oito questões denominado “Diário de Bordo”. Os
dados obtidos a partir das questões, que seguem relacionadas abaixo,
nortearam o resultado final da pesquisa.
1.
Qual sua formação?
2.
Quanto tempo atua como professor?
3.
O material didático aborda as questões ambientais? Quais? De
que forma?
4.
Você vê relevância em trabalhar Meio Ambiente em Geografia?
Por que?
5.
Como você trata as questões ambientais na sala de aula? Insere
questões do contexto municipal? Qual (is)?
6.
Como os alunos respondem ao conteúdo trabalhado em sala de
7.
Na escola as crianças são envolvidas em projetos do Meio
aula?
Ambiente? De que forma? Quais?
8.
Possui algum trabalho de campo focado na Educação Ambiental?
8
O cumprimento dessas etapas permitiu que a pesquisa fosse concluída
conforme o cronograma estabelecido no segundo semestre de 2012.
9
3.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
No texto Educação Ambiental: uma visão ideológica e pedagógica,
Santos (2007), discorre sobre, a importância das análises da problemática
ambiental uma vez que o homem nos últimos tempos sobrevive da exploração
e transformação da natureza, relatando também os diversos problemas
ambientais ocorridos ao longo da história. O autor afirma que, apesar da prática
de Educação Ambiental ser pouco discutida no ensino, diversos encontros
relacionados ao temaérealizado para a discussão desta, uma vez que a mesma
traria melhoria à qualidade de vida dos brasileiros. O autor, também, esclarece,
sobre o ano de 1970, quando se iniciou o ensino de Educação Ambiental no
Brasil, e por fim, discorre sobre os obstáculos enfrentados na implementação
do ensino de Educação Ambiental, no que se refere aos currículos dos cursos,
quanto à infraestrutura, as abordagens, à metodologia a ser empregada, à
consolidação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e, por fim, ao
investimento em recursos humanos.
No artigo “Uma análise sobre a importância de trabalhar Educação
Ambiental nas escolas”, Narcizo (2009) reflete sobre a importância de se
trabalhar Educação Ambiental nas escolas do Brasil, esclarecendo que, mesmo
estando inserida nos temas transversais dos Parâmetros Curriculares
Nacionais
(PCN’s),
a
Educação
Ambiental
ainda
gera
inúmeros
questionamentos entre estudiosos e professores da Educação Básica,
acostumados a lidar, respectivamente, com a teoria e a prática do tema em
questão.
No documento “Educação Ambiental Aprendizes de Sustentabilidade”
(2007), elaborado pelo Ministério da Educação, verifica-se que o tema
Educação Ambiental só ganhou relevância após a realização da Conferência
das Nações Unidas, realizada em Estocolmo, em 1972. Nesta, começou a se
discutir sobre a importância de desenvolver a temática em abordagens
multidisciplinares, atingindo todos os níveis de ensino, até mesmo o nível nãoformal. A partir dessa proposta de discussão é que, no Brasil, saíram
asdefinições, os objetivos, os princípios e as estratégias para a Educação
Ambiental, as quais são adotadas no País e em diversos outros países.
10
De acordo com o Ministério da Educação, 2007,em 31 de agosto de
1981, foi promulgada a Lei nº 6.938, que instituiu a Política Nacional de Meio
Ambiente (PNMA), a qual deixou evidente a necessidade de se inserir a
temática ambiental nas práticas pedagógicas no Brasil,
em seu artigo 2º, inciso X, de que deveria ocorrer a Educação
Ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da
comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na
defesa do meio ambiente (Ministério da Educação, Educação
Ambiental Aprendizes de Sustentabilidade, 2007, p.19).
Porém somente com o decreto nº91.145, de 15 de março de 1985,é que
se considerou a seguinte afirmação “ que a política do meio ambiente, pela sua
enorme relevância e sua interrelação com o saneamento básico e com o
desenvolvimento urbano, reclama também atuação dinâmica do Estado”.
Com a Constituição Federal de 1988, estabeleceuno inciso VI do artigo
225, a necessidade de “promover a Educação Ambiental em todos os níveis de
ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”
(Educação Ambiental Aprendizes de Sustentabilidade, 2007, p.19).
Em 1992, durante a Rio-92, foi criado o Ministério do Meio Ambiente
(MMA), e com a colaboração do Ministério da Educação (MEC) foi redigida
uma carta na qual reconhecia-se a Educação Ambiental como um dos
instrumentos mais importantes para viabilizar a sustentabilidade, como
estratégia para sobrevivência do planeta e, consequentemente, de melhorias
para qualidade de vida humana.
Segundo Lipai (2007), em seu texto “Educação ambiental na escola: ta
na lei...”:
Na Lei de Diretrizes e Bases, nº 9.394/96, que organiza a
estruturação
dos
serviços
educacionais
estabelece
competências, existem poucas citações à questão ambiental; a
referência é feita no artigo 32, inciso II, segundo o qual se
exige, para o ensino fundamental, a “compreensão ambiental
natural e social do sistema político, da tecnologia, das artes e
dos valores em que se fundamentam a sociedade”; e no artigo
11
36, parágrafo 1º, segundo o qual os currículos do ensino
fundamental e médio “devem abranger, obrigatoriamente, (...) o
conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e
política, especialmente do Brasil”. No atual PNE (Plano
Nacional de Educação), consta que ela deve ser implementada
no ensino fundamental e médio com a observação dos
preceitos da Lei nº 9.795/99. Sobre a operacionalização da
Educação Ambiental em sala de aula, existem os Parâmetros
Curriculares Nacionais, que se constituem como referencial
orientador para o programa pedagógico das escolas (Educação
Ambiental na escola: ta na lei... In:Vamos Cuidar do Brasil,
2007, p.25).
Lipai ainda esclarece com as seguintes informações de que, no dia 24
de Abril de 1999, com a aprovação da Lei nº 9.795, e do seu regulamento,
o Decreto nº 4.281, de 25 de Junho de 2002, a qual estabelecia
a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), trouxe
grande
esperança,
principalmente
aos
educadores,
ambientalistas e professores, pois há muito já se fazia
Educação Ambiental, independente de haver ou não um marco
legal. (Vamos Cuidar do Brasil, 2007, p.24).
Para a autora, a definição de Educação Ambiental é dada no artigo 1º da
Lei nº9795/99 como sendo
os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidade, atitudes
e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade. Mesmo apresentando
um enfoque conservacionista, essa definição coloca o ser
humano como responsável individual e coletivamente pela
sustentabilidade, ou seja, se fala de ação individual na esfera
privada e de ação coletiva na esfera pública. (Vamos Cuidar do
Brasil, 2007, p.26).
12
De acordo com Jacobi (2002) a Educação Ambiental privilegia e critica
novos valores e comportamentos perante diversas ações, principalmente os de
níveis não formais uma vez que estas ações possuem um caráter pioneiro,
tendo como foco direto sempre a sociedade, a qual por seus interesses e
manifestações, cria caminhos para que a educação formal seja alcançada por
diversas instituições.
Segundo Loureiro (2004), trata-se de um processo pedagógico e
participativo “que pretende incutir uma consciência crítica sobre a problemática
ambiental, estendendo à sociedade a capacidade de captar a gênese e a
evolução de problemas ambientais”. Continuando, o autor afirma:
Por isso, a importância da construção de uma proposta de
Educação Ambiental comprometida com o exercício da
cidadania que exija a explicitação dos pressupostos que devem
fundamentar uma prática/ práxis. Sobre isso, Loureiro (2004)
comenta que Educação Ambiental é o meio educativo pelo qual
se podem compreender de modo articulado as dimensões
ambientais e sociais, problematizar a realidade, buscando
raízes da crise civilizatória. Mediante perspectivas históricas e
críticas, a Educação Ambiental quer que as visões de mundo
sejam
discutidas,
incorporadas.
compreendidas,
Portanto,
a
Educação
problematizadas
Ambiental
tem
e
a
responsabilidade de construir uma nova ética ecológica a fim
de problematizar valores vistos como absolutos e universais
que visam o bem comum (LOUREIRO, 2004).
De acordo com Jardim (2009), isso inclui agir conscientemente,
reconstruindo e modificando a realidade. Desse modo, a “Educação Ambiental
precisa ser compreendida como um ato político”.
De acordo com o MEC (2007), a Educação Ambiental surge e ganha
grandes proporções no mundo atual devido às consequências de um conjunto
de transformações tanto social como planetárias, o ser humano começa por
sua vez possuir um pouco mais de percepção sobre as consequências de suas
13
ações sobre o meio em que está inserido, uma vez que a degradação do
ecossistema encontra-se de forma cada vez mais acelerada.
Partindo do pressuposto de que o conceito de educação, primeiramente,
trata de um tema complexo, ao desenvolver pesquisas, encontram-se inúmeras
definições de educação. No dicionário o termo educação é definido como: ato
ou efeito de educar (-se); processo de desenvolvimento da capacidade física,
intelectual e moral do ser humano, civilidade e polidez (HOLANDA, p.185,
1988). De acordo com as teorias de Paulo Freire, pedagogo renomado na
história do ensino no País, educação, é uma
Tradicional consente que os excluídos/marginalizados da
sociedade permaneçam no estado de consciência ingênua e
alienação. No contexto capitalista, a educação é moldada a
atender os interesse do capital, deste modo os oprimidos não
compreendem
a
realidade
que
vivem
(FREIRE
apud
MARTIN,2007).
Para o entendimento de aprendizagem, segundo Vygotsky, foi através
da definição usado por Oliveira apud Ogasawara, sendo esta “o processo pelo
qual o sujeito adquire informações, habilidades, atitudes, valores e etc. a partir
do seu contato com a realidade, o meio ambiente e as outras pessoas”. Por fim
segundo Piaget deve-se
considerar que este teórico não desenvolveu nenhuma teoria
da educação, como muito se afirma, mas suas idéias
embasaram a teoria construtivista pela qual defendia, devido
suas experiências, um método que valorizasse o ser humano e
suas faculdades intelectuais (PIAGET apud MARTIN, 2007).
De acordo Martin (2012), atualmente, o Brasil ocupa a 39º lugar em
educação, entre os 40 países avaliados, pelo índice de qualidade elaborado
pela empresa Pearson, de materiais e serviços educacionais, segundo dados
do Índice Global de Habilidades Cognitivas e Realizações Educacionais,
realizado no dia 27 de novembro, de 2011.Foi realizado com base em três
testes internacionais de educação: o Programa Internacional de Avaliação de
14
Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), o documento Tendências em Estudo
Internacional de Matemática e Ciência (TIMSS) e o Progresso no Estudo
Internacional de Alfabetização (PIRLS). Compreendendo o aprendizado de
matemática, leitura e ciências durante o ciclo fundamental (1º a 9º ano). De
acordo com as pesquisas realizadas nota-se que não basta apenas ocorrer
mudanças econômicas na sociedade uma vez que é notório que a educação
não acompanha o crescimento, ela simplesmente se adapta a nova rotina da
população de uma maneira mais defensiva, sem garantir a elevação de seu
nível. Porém, todos os problemas sociais caem intensamente como
responsabilidades dos professores, cobrando-se deles mais trabalho, apesar
de serem os profissionais menos reconhecidos pelas mudanças positivas.
Segundo Narcizo (2009)
Nas últimas décadas, os danos ao meio ambiente e suas
consequências solidificaram uma preocupação na sociedade com
estas questões, invadindo todas as áreas de atuação. Passou a
fazer parte também do campo da educação e foi regulamentada, no
Brasil, pela Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, que normatiza a
Educação Ambiental como um componente essencial e
permanente da educação nacional, devendo estar presente, de
forma articulada, em todos os níveis e modalidades do
processo educativo, em caráter formal e não-formal (Artigo 2º).
A lei também explicita que a Educação Ambiental não deve ser uma
disciplina específica no currículo escolar mas, [...] como uma prática educativa
integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino
formal.
De acordo com PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais - Meio
Ambiente, 1998),
o termo “meio ambiente” tem sido utilizado para indicar um
“espaço” (com seus componentes bióticos e abióticos e suas
interações) em que um ser vive e se desenvolve, trocando
energia e interagindo com ele, sendo transformado e
transformando-o. No caso dos seres humanos, ao espaço
15
físico e biológico soma-se o “espaço” sociocultural. Interagindo
com os elementos do seu ambiente, a humanidade provoca
tipos de modificação que se transformam com o passar da
história. E, ao transformar o ambiente, os seres humanos
também mudam sua própria visão a respeito da natureza e do
meio em que vive. (PCN – Meio Ambiente, p.233)
Os conteúdos de Meio Ambiente foram integrados às áreas,
numa relação de transversalidade, de modo que impregne toda
a prática educativa e, ao mesmo tempo, crie uma visão global e
abrangente da questão ambiental, visualizando os aspectos
físicos e histórico-sociais, assim como as articulações entre a
escala local e planetária desses problemas (PCN- Meio
Ambiente, p.193).
O mesmo aponta a geografia como sendo uma de suas tradicionais
parceiras para o desenvolvimento de conteúdos relacionados ao tema,
segundo o autor pela importância desta temática nos núcleos educacionais,
durante o ensino fundamental (1º ao 9º ano), é necessário disponibilizar meios
de ensino/aprendizagem, que o aluno possa compreender os problemas
causados pelo homem e ambiente, adotandoportanto posturas mais críticas
com os problemas ambientais, sendo eles os principais atores modificadores
do meio em que estão inseridos.
Segundo o PCN, a perspectiva de trabalho com o Meio Ambiente no
ensino fundamental é que os alunos ao final do ensino sejam capazes de:
identificar-se como parte integrante da natureza e sentir-se
afetivamente ligados a ela, percebendo os processos pessoais
como elementos fundamentais para uma atuação criativa,
responsável e respeitosa em relação ao meio ambiente;
• perceber, apreciar e valorizar a diversidade natural e
sociocultural, adotando posturas de respeito aos diferentes
aspectos e formas do patrimônio natural, étnico e cultural;
• observar e analisar fatos e situações do ponto de vista
ambiental, de modo crítico, reconhecendo a necessidade e as
oportunidades de atuar de modo propositivo, para garantir um
meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida;
16
• adotar posturas na escola, em casa e em sua
comunidade que os levem a interações construtivas, justas e
ambientalmente sustentáveis;
• compreender que os problemas ambientais interferem
na qualidade de vida das pessoas, tanto local quanto
globalmente;
• conhecer e compreender, de modo integrado, as noções
básicas relacionadas ao meio ambiente;
•
perceber,
em
diversos
fenômenos
naturais,
encadeamentos e relações de causa/efeito que condicionam a
vida no espaço (geográfico) e no tempo (histórico), utilizando
essa percepção para posicionar-se criticamente diante das
condições ambientais de seu meio;
•
compreender
a
necessidade
e
dominar
alguns
procedimentos de conservação e manejo dos recursos naturais
com os quais interagem, aplicando-os no dia-a-dia. (PCN-Meio
Ambiente, p.197-198)
3.1 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL – OBJETIVOS E QUESTÕES
METODOLÓGICAS
De acordo com o livro Encontros e Caminhos (2007), nota-se que a
Educação Ambiental surgiu num momento conturbado da sociedade, com
crises políticas, ambientais, de desenvolvimento, culturais dentre outras sendo
elas englobadas por uma crise de valores, de tal modo perante a crise a
sociedade moderna dotou um modelo de desenvolvimento centrado na
produção e consumo e baseado numa relação controversa entre as práticas do
homem com os benefícios da natureza. Assim sendo a educação tornou-se
essencial, pois teria que conduzir os educandos ao pleno entendimento dos
processos e sua participação plena enquanto agentes modificadores de
espaço.
Diversas são as definições do tema de Educação Ambiental, desde os
estudos mais básicos de entendimento e percepção até de torná-lo um viés da
educação como um todo.
Segundo Pinesso (2006),
17
Os objetivos e princípios da Educação Ambiental, contidos nos
documentos oficiais e elaborados a partir destas definições,
são base para o desenvolvimento de projetos de Educação
Ambiental. Cabe destacar alguns destes princípios elencados
pela Conferência de Tibilis (1977) para que possamos refletir
sobre a forma como são colocados em prática nas escolas.
São eles:

Considerar o meio ambiente em sua totalidade, isto é, em
seus aspectos naturais e criados pelo homem;

Constituir um processo contínuo e permanente, através
de todas as fases do ensino formal e não formal;

Aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o
conteúdo especifico, de cada disciplina, de modo que se
adquira uma perspectiva global e equilibrada;

Concentrar-se nas condições ambientais atuais, tendo
em conta também a perspectiva histórica;

Destacar a complexidade dos problemas ambientais e,
em consequência, a necessidade de desenvolver o senso
crítico e as habilidades necessárias para resolver tais
problemas;

Utilizar diversos ambientes educativos e uma ampla
gama de métodos para comunicar e adquirir conhecimentos
sobre o meio ambiente, acentuando devidamente as atividades
práticas e as experiências profissionais.
3.2- Educação Ambiental formal e não formal
O artigo 9º da lei 9795/99, da PNEA, reforça que a Educação Ambiental
deve estar presente na educação básica à educação superior, sendo clara sua
obrigatoriedade, e também aplicada na educação de jovens e adultos,
educação à distância e tecnologias educacionais, educação especial e
educação escolar indígena e quanto àquelas que vierem a ser criadas ou
reconhecidas pelas leis educacionais, como a educação quilombola.
Segundo a PNEA, a Educação Ambiental deve estar inserida em todos
os níveis de modalidade de ensino, considerando todos os processos e
18
práticas por ela realizadas, devendo a questão ambiental também estar
presente na formação de professores em todos os níveis e todas as disciplinas,
sendo considerada como interdisciplinaridade, no artigo 10º afirma que “a
Educação Ambiental não deve ser implantada como disciplina especifica no
currículo de ensino” (Lipai, p.27).
Segundo a gestão da PNEA, abordado por LIPAI, (2007),
na educação formal, o Órgão Gestor tem o desafio de apoiar
professores no incentivo da leitura crítica da realidade, sendo
educadores ambientais atuantes nos processos de construção
de
conhecimentos,
pesquisas
e
atuação
cidadã
nas
comunidades escolares, com base nos valores voltados à
sustentabilidade em suas múltiplas dimensões (Lipai, p.28).
De acordo com o artigo 13 da lei, a Educação Ambiental não formal é
definida como “as ações e práticas educativas à sensibilização da coletividade
sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da
qualidade do meio ambiente” (Lipai, p.27).
A PNEA esclarece que é de responsabilidade do poder público o
incentivo com a escola para a participação de formulação e execução de
atividades e programas vinculados à Educação Ambiental não formal, e a parte
efetiva da participação em parceria com empresas públicas e privadas com a
Educação Ambiental não formal nas escolas.
Porém, segundo LIPAI, (2007), “não consta na lei qualquer dispositivo
que comprometa os governos com as condições financeiras, institucionais,
organizacionais e participativas para a implementaçãoda PNEA” (Lipai
p.29).Portanto, deve-se exigir o direto à Educação Ambiental, cobrando
mecanismos e meios para concretizá-los. Ainda segundo a autora
caso seja omisso em promover a Educação Ambiental, o poder
público pode estar violando tanto o direito à educação como o
direito ao meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado,
podendo ser punido com base nos seguintes dispositivos: §2º,
do artigo 208 da Constituição Federal, artigo 68 da Lei nº
9.605,
de
13.2.1998,
conhecida
como
Lei de
Crimes
19
Ambientais; e artigo 25 da Lei nº 8.429, de 2.6.1992, que trata
dos atos de improbidade administrativa (Lipai p.29, 2007)
3.3- A Educação Ambiental como proposta de abordagem no
ensino
De acordo com os temas Transversais abordado pelo MEC, inserido no
PCN Meio Ambiente, no princípio das discussões sobre as questões
ambientais foram impostas algumas novas formas de agir e pensar sobre o
meio em que estamos inseridos, de novos horizontes para suprir algumas
necessidades humanas, fazendo o uso de determinados produtos de uma
forma mais ecologicamente correta, de tal modo adquirimos mais valores na
sociedade, papel primordial para a educação desempenhar.
Segundo o PCN apud Santos, 2006,
A principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é
contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos a
decidir e atuar na realidade socioambiental de um modo
comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da
sociedade, local e global. Para isso é necessário que, mais do
que informações e conceitos, a escola se proponha a trabalhar
com atitudes, com formação de valores, com o ensino e
aprendizagem de procedimentos. E esse é um grande desafio
para a educação (PCN, P.21)
Debater e aplicar conceitos e projetos sobre a Educação Ambiental fazse anexo à educação, pois está relacionando ao fato do tema “Meio Ambiente”
ser abordado como tema Transversal no PCN, tornando-se ele um conceito
multidisciplinar, portanto analisaremos somente como o professor de geografia
em particular se apodera desta temática. É necessário observar que a
Educação Ambiental só se tornou exigência a ser garantida pelos governos
federal, estaduais e municipais, após a Constituição de 1988, na qual consta
que:
20
“Todos
têm
direito
ao
meio
ambiente
ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as
presentes e futuras gerações.” (Planalto, Presidência da
República, 1988).
De acordo com os textos discutidos no livro,“Vamos cuidar do Brasil:
conceitos e
práticas
em educação
ambiental
na
escola
(2007)”,
é
imprescindível que os professores se atentem em fazer da realidade do aluno
uma forma de pensar no processo de ensino e aprendizagem, pois o aluno
deste modo consegue se tornar mais crítico e olhar ao seu redor com outros
olhares e de acordo com os objetivos do PCN, considerar a apropriação do
aluno quanto aos seus conhecimentos pré-estabelecidos, como o meio social,
familiar, as influências culturais, a mídia, religião dentre outros.
Portanto os autores esclarecem que é fundamental que o professor se
apodere das questões envolvendo o tema transversal principalmente como
Meio Ambiente/Educação Ambiental.Com isso o professor de Geografia
necessita também estar ligado constantemente com as informações sociais e
realidades existentes no cotidiano, de forma assim a envolver o aluno como um
todo. Entretanto, diante do panorama educacional brasileiro, nada melhor do
que iniciar os trabalhos pela realidade próxima do aluno, sendo na escola o
início das discussões e percepções da pesquisa com Educação Ambiental, por
se tratar de um tema pertinente e de responsabilidade da sociedade como um
todo.
Para eles, o espaço escolar é parte fundamental no processo de
conscientização do desenvolvimento e conscientização do intelecto do
aluno,tornando-o capaz de formar seu senso crítico aprimorado ao meio
ambiente e sua degradação ocorrida por diversos motivos tais como:
sobrevivência, emprego, urbanização, entre outros, sendo que o processo de
sensibilização ocorre diariamente e não momentaneamente, além de que um
trabalho eficaz na sala de aula propicia um maior aproveitamento e uma
avaliação mais justa e completa do aluno. Essas iniciativas transcendem o
ambiente escolar, sensibilizando professores, funcionários, pais, comunidades,
21
uma vez que os alunos se tornam multiplicadores da prática educacional
ambiental, sendo um processo contínuo e permanente através também da
interdisciplinaridade, todos em prol da proteção ambiental. Porém, observa-se
também que a implementação da Educação Ambiental no ambiente escolar
não é simples, professores engajados, implementação de projetos e atividades,
fatores como troca anual de professor com as turmas, condições da sociedade
em questão, diretoria disposta em atuar com projetos voltados à área,
alterações do ambiente escolar, entre outros diversos fatores, servem de
limitação à implementação da Educação Ambiental. Sabe-se também que o
processo se dá uma vez que toda a equipe efetivamente esteja disposta a
novos hábitos e a diversas mudanças, para dessa forma buscar diariamente a
reflexão da mudança na mentalidade e o papel do homem no meio em que
está inserido é de fundamental importância
3.4- O papel da geografia como objeto de diagnóstico e
transformações do espaço geográfico
De acordo com as pesquisas realizadas, nota-se que é reconhecida a
importância da Geografia, nos ambientes escolares como disciplina que analisa
as transformações no meio. A qual surgiu na Alemanha no ano de 1870, como
uma ciência descritiva. Porém,tal característica, fez com que a Geografia, fosse
questionada e criticada ao longo de anos. Passou por várias correntes até se
consolidar como uma ciência crítica, recebendoinfluência do movimento
progressista voltado à educação.
A Geografia Crítica muito contribuiu para a prática pedagógica inserida
na educação escolar, uma vez que o homem compreende o espaço, se
apodera do meio em que vive, se apropria da natureza, dentre outros fatores.
No ensino, os professores de geografia,podem comseus alunos
desenvolver uma percepção crítica da realidade, para que possam como os
demais agentes, realizar transformações positivas no meio social e físico. No
processo de aprendizagem sócio-construtivo no qual aluno e professor são
atores no processo de transformação do espaço, o professor objetiva levar o
22
aluno a uma auto-reflexão sobre a atuação no processo de construção e
destruição do meio.
De acordo com Santos e Cordeiro, (2006), é perceptível a importância
da Geografia como ciência eficaz no ensino-aprendizagem do aluno, pois ela
subsidia as percepções de mundo, o papel de agente transformador do espaço
tanto para benefícios para a população como destruidor do meio em que este
está inserido. Pretende-se, portanto como resultado final a promoção do
conhecimento e a auto-reflexão do aluno, tornando este cada vez mais crítico e
transformador do meio em que está inserido, pois é considerado como sujeito
ativo deste processo.
Ainda segundo os autores, partindo-se do ponto de vista de que o
professor de geografia tenha conhecimento de situações contidas no município
como foco de seu trabalho em Educação Ambiental e meio ambiente, fazendo
com que o aluno comece a ser crítico e construtivo de pensamento e atitudes a
partir de realidades micros, e somente deste modo com um pensamento
formado conseguirá tomar proporções de sua atuação como transformador do
espaço e então entender os problemas macro ambiental existentes, sendo ele
muitas vezes co-autor de todos os problemas ambientais.
Considerando a sociedade como um dos objetos de estudo da geografia,
Correia (2006), esclarece que
Como ciência social a Geografia tem como objeto de estudo a
sociedade que, no entanto, é objetivada via cinco conceitoschave que guardam entre si forte grau de parentesco, pois
todos se referem à ação humana modelando a superfície
terrestre:
paisagem,
região,
espaço,
lugar
e
território.
(CORREIA, 2006)
23
4. Subsídios da Secretaria de Meio Ambiente de São José dos
Campos para trabalhar Educação Ambiental
Desde o ano de 2005 com a criação da Secretaria de Meio Ambiente
(SEMEA) da Prefeitura Municipal de São José dos Campos (PMSJC), pela lei
municipal nº6.808,vem sendo desenvolvidos programas e projetos voltados á
Educação Ambiental, a fim de promover a conscientização e a melhoria da
qualidade de vida dos munícipes. Desse modo, neste item são apresentados
alguns dos principais projetos e programas desenvolvidos pela SEMEA.
4.1- Programa Revitalização de Nascentes1
O programa está revitalizando, desde 2006, 33 nascentes degradadas
em áreas urbanas do município,com o plantio de mais 40 mil mudas de árvores
nativas2 da nossa região devolvendo à população cerca 230 mil m² de mata
ciliar3. Um amplo programa de Educação Ambiental está sendo desenvolvido
em 31 escolas públicas municipais localizadas nas proximidades das
nascentes, com o objetivo de disseminar conceitos e práticas de cuidados com
o meio ambiente e uso racional da água. Aproximadamente 7200 alunos já
participaram do
Programa,
se
tornando
multiplicadores
de
ações
e
informações, uma vez que dentro dos ambientes escolares os alunos que no
ano anterior participaram do projeto incentivam os alunos novos a fazerem
parte do mesmo.
Com a revitalização, o programa preserva nascentes que contribuem
para a formação do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de,
aproximadamente, 15 milhões de habitantes, em 180 cidades situadas ao longo
do Vale do Paraíba, nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro,
incluindo o abastecimento da Região Metropolitana da cidade do Rio de
Janeiro. Portanto, a revitalização das nascentes que é uma das maneiras
1
Nascente - lugar onde nasce um curso de água; É a manifestação do lençol freático na
superfície do solo, ou ainda, é o local onde a água subterrânea aflora no solo.
2
Árvore nativa – são espécies característica de uma região, ou seja, que ocorre ou ocorria
naturalmente nas matas de numa determinada região.
3
Mata Ciliar - é a vegetação que ocorre nas margens dos rios, córregos, lagos, represas e
nascentes
24
eficazes de garantir a água potável em quantidade e qualidade para uma
extensa quantidade de pessoas.
Uma vez que as nascentes em processo de revitalização são
identificadas como degradadas em áreas públicas do município, realizando a
limpeza da área, cerca e planta em seu entorno 1350 mudas de espécies
nativas com o objetivo de recompor a mata ciliar.
Grupos de alunos das escolas participam de todas as etapas do
reflorestamento, além de realizarem o monitoramento da qualidade da água e
de toda área da nascente de seu bairro em processo de revitalização.
A ausência da mata ciliar ao redor das nascentes diminui a infiltração da
água da chuva para o lençol freático4 e contribui para a diminuição do fluxo de
água na nascente, provocando a longo prazo a “morte” da nascente. Isso
acontece, pois em vez de infiltrar no solo, a água escoa sobre a superfície
formando enormes enxurradas que não permitem o bom abastecimento do
lençol freático, promovendo a diminuição da água armazenada. As enxurradas,
por sua vez carregam partículas do solo iniciando o processo de erosão e
enchentes nas regiões mais baixas. As conseqüências do rebaixamento do
lençol freático não se limitam as nascentes, mas se estendem aos córregos,
rios e riachos abastecidos por ela.
Fig1: Desenho esquemático da importância da mata ciliar
Fonte: Arquivo - SEMEA
Além de recuperar a Área de Proteção Permanente da nascente, as
ações do programa:
4
Lençol freático – depósitos de água subterrânea decorrente da infiltração da água da chuva no
solo, nos quais a água ocupa os espaços existentes entre os grãos que formam as rochas do solo.
25

aumentam o índice de vegetação urbana, refletindo positivamente
na qualidade do ar, no micro-clima e, portanto, ajudando a combater o
aquecimento global;

aumentam a biodiversidade, da fauna e flora, importantes para o
equilíbrio ambiental;

promovem a sensibilização da comunidade sobre os problemas
ambientais e a importância do engajamento de cada cidadão em programas e
projetos que visem melhorar a qualidade ambiental e da vida de todos.

Devolvem à sociedade áreas ambientalmente recuperadas, uma
nova paisagem.
4.2- A Educomunicação
Desde 2010, professores e alunos parceiros do Programa Revitalização
de Nascentes estão participando de uma formação em Educomunicação
Socioambiental – prática que visa a apropriação dos produtos de comunicação
- com a finalidade de dinamizar os registros das ações e a divulgação conceitos
e práticas de cuidados necessários para a preservação da água, bem essencial
à vida.
4.3- Programa Conhecendo o Parque
O programa Conhecendo o Parque da Cidade,em parceria com a
Secretaria de Meio Ambiente, está em ação desde o ano de 2011, porém as
trilhas montadas existem desde o inicio do parque, no ano de 1996, de tal
modo, em parceria com a SEMEAa prefeitura pretende, promover visitas
monitoradas no Parque da Cidade Roberto Burle Marx com o objetivo de
mostrar para a população, em especial para alunos e educadores, todo o
patrimônio cultural e ambiental nele presente, trazendo um resgate histórico e
oferecer oportunidades de contato com a natureza promovendo a reflexão
sobre as nossas atitudes e as consequências para o meio ambiente.
4.4- Borboletário “Asas de Vidro”
26
O projeto Borboletário “Asas de Vidro”, inaugurado em dezembro de
2012, possui como objetivo explorar de forma educativa a riqueza da
biodiversidade de espécies do Parque e sua importância na conservação de
espécies e da qualidade ambiental.
Segundo dados da PMSJC, explorar o complexo ciclo de vida das
borboletas, sua delicadeza, suas transformações e, principalmente, sua estreita
dependência com as espécies vegetais e outros insetos é extremamente rico
para ilustrar como tudo está interligado na natureza e que esse equilíbrio é
frágil. É nossa responsabilidade conhecer, divulgar e zelar para a manutenção
da vida para que nossa existência junto a todos os outros seres deste planeta,
da qual dependemos direta ou indiretamente,não seja comprometida.
Assim segundo a PMSJC, no Borboletário Asas de Vidro serão criadas
apenas espécies que ocorrem naturalmente no espaço do Parque da Cidade,
associando-as de tal modo sua existência à riqueza vegetal e preservação
deste espaço.
Assim podemos, entretanto explorar os seguintes itens em uma vista:

A beleza das borboletas - Diversidade de cores, formas e
espécies.

O ciclo de vida das borboletas: acasalamento, postura de ovos,
nascimento das lagartas, formação das pupas, nascimento das borboletas.

Borboletas e mariposas – características e diferenças.

Relação entre plantas hospedeiras e borboletas.

Relação entre plantas nectaríferas e borboletas.

Importância
ambiental
das
borboletas:
cadeia
alimentar,
polinização, etc.

O ambiente em perfeita interação: equilíbrio ambiental e as
borboletas.

Desequilíbrio ambiental – lagartas como pragas agrícolas.

As borboletas como indicadoras de qualidade ambiental.

Crendices populares/curiosidades (O pó da asa da borboleta
cega? A borboleta coruja é bruxa? A borboleta dá sorte? Borboleta e
renascimento. Borboleta é a alma dos mortos.)
27
4.5- Ponto de Entrega Voluntária – PEV
De acordo com a PMSJC, o Ponto de Entrega Voluntária (PEV) esta em
funcionamento desde o ano de 2006, é instaladaem uma área pública em local
adequado, cuidadosamente estudado e escolhido para receber resíduos
específicos em pequenas quantidades (até um metro cúbico). Tendo como
objetivo evitar despejo de entulho em áreas impróprias e direcionar esse
material para a reciclagem, deste modo como os demais materiais abaixo:

Tintas, solventes e materiais de pintura, embalados para evitar
vazamentos;

Pilhas,
baterias,
lâmpadas
fluorescentes
e
equipamentos
eletrônicos;

Móveis e equipamentos domésticos em desuso (sofás, fogões,
entre outros);

Resíduos de podas e jardins de áreas particulares.
Benefícios

seu bairro mais limpo;

praças, áreas verdes, margens de rios, de córregos e nascentes
mais preservadas;

local adequado para descartar os materiais acima;

contribuindo para a preservação do meio ambiente.
Segundo a PMSJC, para deixar os materiais no PEV, você preencherá
uma ficha informando o que está deixando e a quantidade.No local, cada coisa
tem seu lugar, há um lugar próprio para o entulho, outro para resíduos
volumosos, um para podas e terra, outro para pilhas e materiais de uso
doméstico.Sempre que necessário, os materiais serão retirados do PEV e
encaminhados para seu destino final: reutilização, reciclagem ou aterro
sanitário.
28
4.6-
PROMEA-
Programa
Municipal
de
Educação
Ambiental
Como uma iniciativa do poder público municipal, este trabalho relata a
experiência da elaboração do Programa de Educação Ambiental no Município
de São José dos Campos, de Novembro/2005 a Fevereiro/2006, estando este
em revisão no decorrer no ano de 2013.
A construção deste documento visa à integração de ações de cunho
socioambiental a um Sistema de Informação Ambiental, disponibilizando dados
para nortear projetos futuros de Educação Ambiental.
Área de Proteção Ambiental
Fig2 – Localização de São José dos Campos – SP
Fonte: Arquivo SEMEA (2005)
De acordo com dados obtidos dentro da SEMEA, na Assessoria de
Educação Ambiental (AEA), o PROMEA possui como objetivos:

Promover processos de Educação Ambiental, de caráter formal e
não-formal, para o desenvolvimento de conhecimentos, resgate de valores
humanistas, habilidades, atitudes e competências que contribuam para
participação cidadã na construção de uma cidade justa e sustentável;
29

Fomentar processos de formação continuada em Educação
Ambiental, formal e não-formal, dando condições para a atuação nos diversos
segmentos da sociedade;

Fomentar e difundir a dimensão ambiental nos projetos de
desenvolvimento governamental e não governamental, para amelhoria da
qualidade de vida;

Identificar todas as Ações em Educação Ambiental existentes no
Município;

Dinamizar e universalizar o acesso a informações sobre a
temática socioambiental, estabelecendo uma Rede de Comunicação em
Educação Ambiental no Município, na qual o Programa torna-se o
articulador/facilitador.

Dinamizar a Gestão Integrada dos Processos Educativos, de
caráter Formal e Não Formal, para o desenvolvimento de conhecimentos
voltados à Conservação do Meio Ambiente e ao Desenvolvimento Sustentável.
incentivar iniciativas que valorizem a relação entre cultura, memória e
paisagem – sob a perspectiva do amor à vida – assim como a interação entre
os saberes popular, tradicional e técnico-científico;

Favorecer a integração de empresas, comunidades rurais e
quaisquer instituições que estejam envolvidas com a Educação Ambiental ao
Programa Municipal.
30
Fig. 3 - Representação do Sistema Integrado de Educação Ambiental
Fonte: Arquivo SEMEA (2005).
A SEMEA-AEA possui como justificativas do PROMEA as seguintes
informações:

Por meio da Educação Ambiental o indivíduo junto ao seu coletivo
constrói valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade;
31

O
conhecimento
dos
problemas
socioambientais
e
a
sensibilização da sociedade são as chaves para a prevenção, participação e
mudança de conduta;

É necessário que as ações educativas sejam articuladas e
integradas em todos os segmentos da sociedade;

Para traçar o desenvolvimento de uma cidade saudável,
socialmente justa e ambientalmente segura, é necessário que as diretrizes,
estratégias e planos de ação sejam pautados numa Política Ambiental que
valoriza e incentiva a Educação Ambiental no Município.
Logo também as seguinte diretrizes:

Transversalidade e interdisciplinaridade;

Descentralização institucional e espacial;

Sustentabilidade socioambiental;

Democracia e participação social;

Aperfeiçoamento e fortalecimento dos sistemas de ensino que
tenham interface com a educação ambiental.
E por fim seus Princípios, sendo eles:

Concepção de ambiente em sua totalidade, considerando a
interdependência sistêmica
entre o
meio
natural
e
o construído, o
socioeconômico e o cultural, o físico e o espiritual, sob o enfoque da
sustentabilidade.

Abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais,
nacionais, transfronteiriças e globais.

Respeito à liberdade e à eqüidade de gênero.

Reconhecimento da diversidade cultural, étnica, racial, genética,
de espécies e de ecossistemas.

Enfoque humanista, histórico, crítico, político, democrático,
participativo, inclusivo, dialógico, cooperativo e emancipatório.

Compromisso com a cidadania ambiental.
32

Vinculação entre as diferentes dimensões do conhecimento; entre
os valores éticos e estéticos; entre a educação, o trabalho, a cultura e as
práticas sociais.

Democratização da produção e divulgação do conhecimento e
fomento à interatividade na informação.

Pluralismo de idéias e concepções pedagógicas.

Garantia de continuidade e permanência do processo educativo.

Permanente avaliação crítica e construtiva do processo educativo.

Coerência entre o pensar, o falar, o sentir e o fazer.

Transparência.
4.7- Museu da Flora Nativa
De acordo com a PMSJC, o Museu da Flora Nativa consiste na criação
de novos bosques na cidade, que abrigarão espécies de árvores nativas da
mata atlântica e do cerrado, que representam o patrimônio arbóreo do
município. A Secretaria de Meio Ambiente levantou mais de 410 espécies
originárias da nossa região, algumas delas ameaçadas de extinção.
Cada um desses museus oferecerá um recanto para o lazer com
educação ambiental, coleta de sementes de espécies raras, e também
pesquisas científicas. Neles a população poderá conhecer o desenvolvimento
das mudas em todas as etapas, desde o crescimento até a fase adulta.
4.8- Resumos das oficinas oferecidas pela Assessoria de
Educação Ambiental
4.8.1HORTAS URBANAS
Segundos dados da SEMEA-AEA a oficina tem como objetivo: Estimular
a produção de alimentos em hortas domésticas adaptadas acasas e
apartamentos, incentivando a alimentação saudável e o contato com a terra,
pormeio de palestras, exposições e oficinas. São disponibilizadas aos
participantes, mudasde ervas aromáticas/ temperos.
33
4.8.2 OFICINA DE MOSAICO E CAIXINHA
De acordo com dados da SEMEA-AEA as oficinas possuem como
objetivo:conscientizar os munícipes, de forma lúdica, sobre questões
ambientais,como, por exemplo, a diminuição da produção de resíduos. Por
meio da reutilização demateriais, embalagens plásticas são utilizadas na oficina
Mosaico Ecológico. Papéis quesão reaproveitados para a confecção de caixas
para presentes ou para confecção de papel reciclado.
34
5.
A
EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
NO
ENSINO
DE
GEOGRAFIA
Em razão da pertinência das questões relacionadas ao meio ambiente à
Geografia, neste item são apresentadas informações sobre o modo como a
questão ambiental vem sendo tratada no ensino de Geografia em escolas da
rede pública, municipal e estadual e da rede particular do município de São
José dos Campos, partindo-se do principio de que a pesquisa possui somente
um cunho esploratório.
Por meio da aplicação de questionários foi possível identificar o perfil do
professor de Geografia, no que se refere ao tempo de formação e atuação na
carreira
docente;
formas
de
abordagens
da
Geografia
de
questões
relacionadas ao meio ambiente; o interesse dos alunos pelas questões
ambientais, entre outros.
No que se refere à formação profissional, verificou-se que 100% dos
professores possuem Graduação em Geografia . Porém os Professores A, B e
E, também, possuem Licenciatura Plena em História e o Professor D,
Licenciatura Plena em Pedagogia.
O tempo médio de atuação como docente dos entrevistados é de 14
anos e dois meses. Entre os cinco professores, dois atuam no Ensino há
menos de dez anos; três são docentes há mais de 11 anos, sendo que um é
Professor há vinte e um anos (gráfico 2).
Quanto tempo atua como professor?
Anos de Atuação
25
Tempo
20
15
10
5
0
Anos de Atuação
Professor A
Professor B
Professor C
Professor D
Professor E
8
9
13
20
21
Gráfico 1:– Quanto tempo atua como professor?.
Fonte: Questionário. Elaboração: Mariane B. de Paula (2013).
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Relativo ao uso de material didático que contemple questões
relacionadas ao meio ambiente, todos os professores afirmaram ter acesso a
esse tipo de material e utilizá-lo em suas aulas.Entre o material utilizado,
encontram-se livros didáticos, mapas, textos e gráficos. Apesar disso, dois
professores
consideram
que
a
abordagem
das
questões
ambientais
encontradas em livros didáticos as vezes, é superficial, sendo necessária para
o enriquecimento das aulas, a busca de material complementar.
“Professor A: O livro didático pouco aborda as questões ambientais,
quando o assunto é atado observa-se pouca relevância e superficialidade
sobre o tema.
Professor B: Alguns materiais específicos da área ambiental abordam as
questões, via de regra, de forma disciplinar, não integrada ao cotidiano. Quanto
ao livro didático (Material Oficial do MEC nas escolas) as questões ambientais
são tratadas de forma integrada aos conteúdos de Geografia, mas sempre de
forma descontínua e desligada da realidade local, ficando assim sempre
carentes de transposição didática.
Professor C: Sim, textos, figuras e ou imagens fortalecendo conteúdo de
geografia física ou natural; temas como organização e preservação do meio
ambiente e unidades de conservação.
Professor D: Livros de paisagens, slides, livros didático, mapas, gráficos,
filmes etc
Professor E: Sim. Textos, Gráficos e mapas.”
Quanto à relevância da temática ambiental para a Geografia, verificou-se
que os cinco professores concordam sobre a importância de inserir o tema na
disciplina. Apesar de concordarem sobre a pertinência do enfoque ambiental à
Geografia, as respostas não esclarecem sobre o por que dessa pertinência.
“Professor A: Sim, o ensino de Geografia tem que estar intimamente
ligado ao meio ambiente, não podemos tratá-los distintamente, para que dessa
forma ocorra de fato uma consciência ecológica eficaz.
Professor
B:
Sim,
porque
o
tema
Meio
Ambiente,
em
sua
transversalidade, adota muitos conceitos e métodos tipicamente geográficos e
quando crítico, revela íntima relação entre as áreas.
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Professor C: Existe uma interação entre as áreas de estudos
geográficos: seja (natural e social), visão holística do todo.
Professor D: Claro, é o estudo do espaço, sua dinâmica.
Professor E: Lógico. Abala e transforma a paisagem drasticamente.”
Questionados sobre a escala de análise das questões ambientais em
sala de aula, três professores disseram que a escala local, ou seja, o município
de São José dos Campos, é a mais incorporada às discussões. Por outro lado,
dois professores disseram que preferem discutir a temática ambiental,
seguindo uma lógica que passa da escala local a global (gráfico 2).
“Professor A: Sempre que trato as questões ambientais em sala de aula
procuro traçar um paralelo entre o local, nacional e global, para que os
estudantes percebam que o tema está inserido próximo a realidade deles
Professor B: Partindo sempre das avaliações diagnósticas, o trabalho é
direcionado as questões apontadas pelo cotidiano do discente, assim os planos
e planejamentos são elaborados e aplicados em concordância com a realidade
do local. Uso da água, manejo, depósito de resíduos sólidos, agricultura
urbana, poluição hídrica e sonora, além do desmatamento, são temas
abordados para o trabalho com Educação Ambiental na unidade escolar.
Professor C: A influência das questões ambientais na escala mundial
somente pode ser analisada na escala local e vice versa.
Professor D: Explico as relações e discuto os problemas ambientais,
como: aquecimento global, buraco na camada de ozônio,desmatamento,
desertificação, etc.
Professor E: Sim. Cavas de areia, destruição do cerrado, noticias de
jornal regional entre outros.”
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Micro ao Macro
Local
3
Local e
Global
2
Gráfico.2- - Como você trata as questões ambientais na sala de aula? Insere questões do
contexto municipal? Qual (is)? Fonte: Questionário. Elaboração: Mariane B. de Paula (2013)
Referente à mesma questão, os Professores B e D citaram o uso da
água, manejo, depósito de resíduos sólidos, agricultura urbana, poluição
hídrica e sonora, desmatamento, cavas de areia, destruição do cerrado, como
conteúdos trabalhados em sala de aula, considerando a escala local.
Sobre o modo como os alunos respondem ao conteúdo trabalhado em
sala de aula, dos cinco professores, dois afirmaram que os alunos demostram
interesse pelo conteúdo, participando das aulas e interagindo em sala de aula.
Analisando a questão 7 que aborda se nas escolas as crianças são
envolvidas em projetos sobre o Meio Ambiente, ficou claro que a escola pública
municipal possui um planejamento, que inclui projetos voltados à Educação
Ambiental, como o Projeto: Revitalização de Nascentes desenvolvido pela
SEMEA ou ainda desenvolvem trabalhos específicos ao tema para eventos
como a Semana de Meio Ambiente.As respostas também revelam que a
aproximação da criança com a temática ambiental, ocorre por meio da
confecção de maquetes em sala de aula. Segundo os professores, em geral, o
tema é trabalhado em projetos multidisciplinares.
“Professor A: Projeto: Revitalização de Nascentes (SEMEA), atuam
como mediadores e na preservação da nascente.
Professor B:Sim, na Semana de Meio Ambiente são desenvolvidos
trabalhos específicos, durante o ano letivo os temas são trabalhados em
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consonância com os conteúdos geográficos, além de projetos que são
desenvolvidos na unidade escolar ou por meio de programas disponibilizados
pelas secretarias municipais.
Professor C: Sim, confecção de maquete de relevo, saída a campo,
dentre outros.
Professor D: Acho que fica muito dentro da sala de aula falta pesquisa
de campo.
Professor E: Sim, normalmente Ciências e Geografia através de projetos
multidisciplinares.”
No que se refere à questão do trabalho de campo focado na Educação
Ambiental, verificou-se que a rede pública municipal possui um trabalho mais
continuo em relação ao tema, viabilizado pelos projetos desenvolvidos pela
SEMEA.
“Professor A: Projeto Revitalização de Nascentes.
Professor B: Produção de vídeos socioambientais, visita de campo a
áreas antropizadas, foto poesias ambientais e construção de maquetes de
sustentabilidade.
Professor C: Atualmente sim, alunos são orientados a organizar uma
pequena coleção de rocha o que leva a estudos de minerais, solo e sua
preservação.
Professor D: Não.
Professor E: Atualmente não.”
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo desta pesquisa foi de identificar de maneira exploratória o
conteúdo e as práticas metodológicas em Educação Ambiental utilizados por
professores de Geografia do Ensino fundamental II em escolas da rede pública
estadual, municipal e particular de São José dos Campos.
Por meio da análise dos questionários aplicados aos cinco professores,
verificou-se que todos os docentes consideram a tema “educação ambiental”
em suas práticas pedagógicas. Para os professores com um tempo menor de
docência a elaboração de projetos voltados ao meio ambiente é mais comum,
ao contrário dos professores de maior tempo de carreira.
Os dados da pesquisa mostram que os cinco professores consideram o
tema relevante e percebem a Geografia como a disciplina propícia ao
desenvolvimento de uma análise mais profunda acerca das questões
ambientais.
A partir das respostas, verificou-se também, que os projetos em que as
crianças são envolvidas ainda são muito pontuais, sendo o Meio Ambiente e a
Educação Ambiental questões que precisam tornar-se rotina no ambiente
escolar, pois este, mostra-se como o lugar propício para o início do processo
de conscientização do aluno.
Foi constatado, ainda, que a Geografia, por ser uma disciplina que tem
como objeto de estudo o espaço geográfico, vem contribuindo para que os
alunos se aproximem da realidade do município, no que se refere às questões
ambientais. Tal fato foi comprovado, com os projetos desenvolvidos pelas
escolas como a Semana de Meio Ambiente e a confecção de maquete de
relevo, nos quais a Geografia participa efetivamente.
Apesar do empenho dos professores de Geografia, observa-se que, a
disciplina pode contribuir ainda mais para a formação de um cidadão mais
consciente da sua relação com o meio, alertando-o sobre a necessidade da
preservação e do uso não predatório do lugar em que vive.
Considerando os projetos desenvolvidos pela SEMEA, verifica-se a
necessidade de uma maior participação das escolas, no sentido de que a
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criança possa ter acesso a informações precisas sobre as condições
ambientais do município.
Nesta pesquisa verificou-se que após décadas de movimentos
ambientalistas no Brasil e no mundo os problemas e preocupações enfrentados
ainda são os mesmos. Nada se torna prática efetiva. Neste sentido, é patente a
necessidade de que nas aulas de Geografia a Educação Ambiental passe a ser
considerada, pois quanto mais cedo houver a participação da comunidade,
mais mudanças de hábitos ocorrerão e melhor será a qualidade de vida da
população.
41
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44
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