A palavra é

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PRATELEIRA
O ESTADO DAS COISAS
Destaques da programação cultural da semana selecionados pela equipe do caderno PrOA.
DANÇA
Uma das mais celebradas companhias de dança do país, o Grupo Corpo
apresenta-se no Teatro do Sesi nos dias 30 e 31 de agosto. O programa
reúne a criação mais recente do grupo, Triz, de 2013 (na foto), coreografia de
Rodrigo Pederneiras para música de Lenine, e uma de suas performances
de maior sucesso, Onqotô (2005), com músicas de Caetano Veloso e José
Miguel Wisnik.
CINEMA ITALIANO
Viva a Liberdade, de Roberto Andò, abre nesta segunda, no
Cineflix Shopping Total, às 19h30min, a programação do
festival Festa do Cinema Italiano 8 1/2, que será realizado
entre 25 e 31 de agosto. No filme, o ator Toni Servillo, de
A Grande Beleza, interpreta dois papeis. Na terça, na Paulo
Amorim, às 19h30min, serão exibidos curtas que retratam
aspetos da cultura italiana do interior do Rio Grande do Sul.
JOSÉ LUIZ PEDERNEIRAS, DIVULGAÇÃO
SHOW
Grande dama da música cubana, Omara Portuondo
apresenta-se no Teatro do Bourbon Country, no dia 27 de
agosto, às 21h. Aos 83 anos, a cantora traz ao país a turnê
Magia Negra, interpretando temas de seu primeiro álbum, de
1959, e sucessos de sua longa carreira. No palco, Portuondo
estará acompanhada por um quarteto de músicos, formado
por piano, contrabaixo, percussão e bateria.
ANDROIDES SONHAM
COM OVELHAS ELÉTRICAS?
Nova tradução do romance de Philip
K. Dick (1928 – 1982) adaptado para o
cinema por Ridley Scott no cultuado Blade
Runner. Em um futuro distópico no qual
a Terra é assolada por chuvas de cinzas
nucleares, um caçador de recompensas
sai à cata de um grupo de androides.
(Tradução de Ronaldo Bressane. Aleph,
272 páginas, R$ 39,90)
CONCERTO
Filip Jaslar (primeiro violino), Michal Sikorski (segundo
violino), Pawel Kowaluk (viola) e Bolek Blaszczyk
(violoncelo) compõem o MozART Group, que mistura
concerto, teatro e circo em suas originais performances no
palco. Prestes a completar 20 anos de carreira em 2015, o
quarteto sobe ao palco do Teatro do Bourbon Country, no dia
31 de agosto, às 19h.
IDIOPATIA
A palavra é
TSUNDOKU
1. Palavra japonesa que descreve o hábito de
adquirir livros em um ritmo mais intenso do que
a própria capacidade de leitura, gerando pilhas
de volumes não lidos acumulados pela casa – em
geral, na cabeceira da cama.
2. A palavra remonta à Era Meiji (1868 – 1912) e
tem origem em um trocadilho.
MUNDO LIVRO
“Existem algumas palavras por aí que são
brilhantes em sua precisão e ao mesmo tempo
muito difíceis de traduzir. O ídiche tem o termo
‘shlimazl’, que basicamente se refere àquele tipo
de pessoa que não tem sorte com nada na vida.
O alemão tem o ‘Backpfeifengesicht’, usada
para definir aquele tipo de face que parece estar
pedindo para levar um soco. E há a palavra
japonesa ‘tsundoku’, que perfeitamente descreve
o estado do meu apartamento. Significa comprar
livros e deixá-los empilhados – e não lidos.”
POR CARLOS ANDRÉ MOREIRA
DE DELITOS E DE LIVROS: Três malucos
extremamente criativos do cenário cultural local, Mario
Pirata, Julio Zanotta e Jorge Rein, uniram-se para criar
o debochado selo editorial Scriptorium de Investigação
para o Assassinato da Literatura, pelo qual estão lançando um novo livro cada. As três novas obras serão lançadas
em um evento singelamente intitulado Para Assassinar
a Literatura, no dia 27, quarta-feira, às 20h, no Café Fon
Fon (Rua Vieira de Castro, 22, bairro Farroupilha, Porto
Alegre). Os três ligados à arte experimental e maldita
rio-grandense, cada um apresenta trabalhos que quebram
modelos e categorizações tradicionais. Pirata, poeta de
intensa atividade para o público infantil, está lançando
Ventonaveia, seu quarto livro de poesia para adultos, com
101 poemas inéditos. Zanotta, dramaturgo autor de Louco
e Teatro Lixo, está publicando a novela de ficção distópica e alegórica A Ninfa Dragão, com ilustrações de Pena
Cabreira. Já Jorge Rein, que recentemente foi parceiro de
Anico Herskovits no livro-objeto Cidade Imaginária, está
apresentando a experiência narrativa fragmentária The
quick brown fox jumps over the lazy dog (a veloz raposa
castanha salta por cima do cachorro lerdo). Cada livro
custará R$ 20 – e o pacote promocional com os três livros
sai por R$ 50.
POR QUE LER? Será lançado no próximo dia 12
de setembro, na livraria Saraiva do Moinhos Shopping,
o livro Por Que Ler Os Contemporâneos, que apresenta o
essencial da obra de 101 autores de ficção em atividade.
Organizado por Lea Masina, Rodrigo Rosp, Daniela
Langer e Rafael Bán Jacobsen, o livro, editado pela
Dublinense, dá sequência a 101 Autores que Você Precisa
Ler, livro de bolso também coordenado por Léa Masina
e publicado pela L&PM com autores clássicos. Entre os
autores comentados no novo livro, há uma ampla gama
de escritores de vários gêneros e registros, como Amos
Oz, Michel Houellebecq, Javier Marías, Neil Gaiman,
Pepetela e Thomas Pynchon.
I GUERRA:, O historiador Paulo Fagundes Visentini
lança no dia 2 de setembro, às 19h30min, no Clube de
Cultura (Ramiro Barcelos, 1.853) o livro A Primeira Guerra Mundial e o Declínio da Europa (Altabooks), um estudo
sobre as razões políticas e históricas da I Guerra.
Em sua estreia, Sam Byers faz uma
sátira sobre o narcisismo da geração
na casa dos 30. Ao deixar uma clínica
psiquiátrica, o jovem Nathan sai em busca
de dois, o ex-casal Katherine e Daniel,
cada qual entregue a uma gama cômica
de neuroses (Tradução de Cássio de
Arantes Leite. Alfaguara, 287 páginas,
R$ 36,90, impresso e R$ 24,90, e-book)
AS ILHAS DA CORRENTE
Obra póstuma de Ernest Hemingway
(1899 – 1961), publicada nove anos
após seu suicídio, ganha nova edição no
Brasil. Centrada na figura de um pintor
norte-americano, Thomas Hudson (que
faz as vezes de alter ego do autor), a
obra acompanha o artista melancólico e
beberrão em três episódios interligados.
(Tradução de Milton Persson. Bertrand
Brasil, 616 páginas, R$ 65)
TELEGRAPH AVENUE
Michael Chabon isola a avenida do título
– que divide as comunidades de Oakland
(de maioria negra) e Berkeley (branca)
como microcosmo das contradições
americanas. Dois proprietários de loja de
discos precisam enfrentar a concorrência
de um megaempreendimento. (Tradução
de Sara Grünhagen. Cia. das Letras, 610
páginas, R$ 59,90)
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