GEOGRAFIA, LITERATURA E FRONTEIRA ENTRE EU/OUTRO: LEITURAS DO ESPAÇO
FICCIONAL E VIVIDO ATRAVÉS DO CONTO UMA VELA PARA DÁRIO DE DALTON
TREVISAN1
Francielle Bonfim Beraldi
[email protected]
Professora da Rede Básica de Educação da Prefeitura Municipal de Presidente Prudente
Mestranda em Geografia
Universidade Federal da Grande Dourados
RESUMO
Com as recentes discussões epistemológicas sobre a Geografia, que surge de uma discussão no próprio
seio da ciência moderna, veio também uma possibilidade de se pensar a ciência geográfica sobre uma
ótica menos pautada na racionalidade e na busca pela verdade absoluta. Diante disto este trabalho vem
buscar um encontro entre a Geografia e a Literatura, utilizando um conto de Dalton Trevisan intitulado
“Uma Vela para Dário”, paralelamente à discussão sobre um evento ocorrido recentemente nas ruas do
Rio de Janeiro-RJ. Este evento recente foi a morte de um francês, Charles, que caiu do bondinho de
Santa Tereza, e que, ao cair teve história similar à de Dário, de Dalton Trevisan. Mas estas são apenas
pano de fundo para ressaltar a importância de se romper com o pensamento cientifico geometrizante que
busca no distanciamento com as Artes em geral uma pretensa busca da verdade absoluta. No trabalho
ainda intentamos mostrar que, para ser geográfico um evento, um livro, um poema não precisa ter
elementos físicos ou humanos explicitamente estudados pela geografia. Isto porque nossa ciência
geográfica tem a vantagem, a meu ver, de ser a ciência que estuda as relações no espaço, e só isto dá
tanto pano para manga, que só de começar nossas discussões epistemológicas nos damos conta da
riqueza da ciência geográfica na compreensão dos espaços.
Palavras-chave: geografia; literatura; ensino de geografia; categorias geográficas.
ABSTRACT
With the recent epistemological discussions of geography, who came from a discussion in the very heart
of modern science came also a possibility of thinking about science on a geographic perspective based in
the less rationality and the search for absolute truth. Given that this work is to seek a meeting between
geography and literature, using a short story by Dalton Trevisan titled "A Sail to Darius," parallel to the
discussion about an event occurred recently in the streets of Rio de Janeiro-RJ. This recent event was the
death of a Frenchman, Charles fell from the Santa Teresa tram, and that the fall was similar to the story of
Dario by Dalton Trevisan. But these are only a backdrop to highlight the importance of breaking with the
scientific thinking that geometric distance search on the Arts in general an alleged pursuit of absolute
truth. At work still intend to show that to be a geographical event, a book, a poem need not have physical
or human elements explicitly studied geography. This is because our science has the geographic
advantage, in my view, to be the science that studies the relationships in space, and only this gives both
cloth sleeve, only to get our epistemological discussions we realize the wealth of geographical science in
understanding spaces.
Keywords: geography, literature, geography teaching; geographical categories.
... ver o mundo pelos olhos da Arte, tanto quanto a arte vê o mundo pelos olhos da Geografia. Fundir num
só os olhares imagéticos sobre os espaços da geografia, ciências sociais, literatura, pintura, cinema,
arquitetura, veres geográficos... Acostumados com o objetivo que impregnou o mundo da ciência,
dissociamos no mundo o que é dela e o que é da arte. Não nos indagamos se não é este o nó cego que,
1
Este trabalho deverá ser apresentado no eixo: Ensino de Geografia
até agora, afastou o olhar do geógrafo da capacidade de ver e acompanhar o mundo como o espaço
tenso do ser contraditório.
Rui Moreira
INTRODUÇÃO
Neste trabalho a intenção segue em via de mão dupla. Mostrar que diante da crise vivida
pela ciência, a Geografia tem passado por transformações que vão desde a releitura de seus
conceitos-chave, até o seu envolvimento com outras áreas do conhecimento como a Literatura,
as Artes Plásticas, o Cinema, a Música e outras formas não euclidianas do saber.
Em via de mão dupla porque busca também ser um trabalho de reafirmação da
Geografia enquanto ciência que trata por excelência da linguagem espacial, enquanto ciência
capaz de compreender e verbalizar geograficamente os eventos que ocorrem no espaço.
A relação entre literatura e geografia, tema de meu trabalho de Mestrado em andamento
na Universidade Federal da Grande Dourados-MS é vista aqui, como extremamente pertinente
e importante. Esta questão nos faz pensar inclusive no questionamento da ciência moderna e
sua racionalidade que pretende tudo abranger e explicar a partir de um pensamento lógicomatemático, fragmentado e racional. Boaventura de Souza Santos, (2009 p. 46) traz uma
importante discussão neste sentido quando afirma que “Uma das mais bem consolidadas
premissas do pensamento abissal é a crença na ciência como única forma de conhecimento
válido e rigoroso.” Dentro desta perspectiva, é preciso ao menos ensaiar mudanças no sentido
de levar a ciência a beber no cotidiano, tantas vezes desprivilegiado nas análises científicas.
A obra literária é uma produção que contempla a construção de um espaço muitas
vezes ficcional, que, no entanto é construído com base em elementos que envolvem categorias
da geografia como lugar, espaço, território. Ainda que não haja necessariamente o rio, a rocha,
a natureza nua, mesmo assim muitas obras literárias merecem ser estudadas geograficamente
porque fazem leituras do espaço que podem contribuir para pensarmos a linguagem geográfica,
como um exercício, como uma forma de nos localizarmos no espaço geográfico.
Para o ensino da geografia em todas as modalidades de ensino esta relação com a
Literatura, que é um tema vastamente trabalhado quando se estuda a Língua materna, é
essencial, pois lega ao professor mais um recurso a ser utilizado, espaços-outros além daquele
que seu aluno vivencia.
O conto analisado aqui, uma obra-prima de Dalton Trevisan e que está publicado nos
Cem Melhores Contos Brasileiros do Século, com seleção de Ítalo Moriconi, foi escolhido
porque recentemente ocorreu uma morte envolvendo um turista francês que caiu do morro
Santa Tereza no Rio de Janeiro. Dada as territorialidades produzidas pelo autor Dalton Trevisan
em seu conto, e aquela ocorrida na data real do dia 24 de junho de 2011, na cidade do Rio de
Janeiro no ponto turístico bondinho Santa Tereza, os agenciamentos entre o livro e a realidade
aparentaram ser bem interessantes.
Uma Vela Para Dário é o título do conto de Dalton Trevisan, que nos dá idéias sobre
territórios, espaços e principalmente sobre fronteiras, todas construções sociais que passam
pelas escolhas, ou pela não-escolhas das pessoas que compartilham um mesmo espaço.
Afinal, que são as categorias geográficas senão construções sociais em um dado momento,
numa certa conjuntura.
Para entender como os processos de territorialização e desterritorialização estão
presentes neste conto e na “história trágica”, do francês, que poderia ser qualquer um de nós,
morto nas ruas do Rio de Janeiro, indiferente, lançar-se-à mão de autores como Deleuze e
Guattari, Rogério Haesbaert, José de Souza Martins, Cássio Hissa, e quanto às discussões
preliminares sobre a crise da modernidade (e da geografia), faz-se mister pensar naquilo que
Boaventura de Souza Santos pensou sobre esta questão. Sobre Literatura e Geografia
apontamentos interessantes encontramos em Rui Moreira, Carlos Augusto de Figueiredo
Monteiro, Cláudio Benito de Oliveira Ferraz, Wenceslao Braz Júnior e trabalho recente de Júlio
Suzuki sobre o conto Preciosidade de Clarice Lispector.
O trabalho em tela intenciona, com estes autores e com a releitura do conto de Dalton
Trevisan mostrar como a literatura e o cotidiano produzem Geografias que se num determinado
momento parecem desencontradas, mas que talvez seja a verdadeira expressão da Geografia
enquanto linguagem e enquanto ciência que busca compreender o espaço vivido.
Espaço este em que importa sim o relevo, a latitude, o clima, o solo, a classificação
pedológica, mas que, importa mais ainda como estes elementos interferem na sociedade
humana, a relação entre o homem e o meio, objeto primordial da geografia, que prima por
estudar as relações espaciais, que somente existem porque há interação entre o homem e o
meio.
Não há como discorrer sobre a análise do conto sem falar também sobre as fronteiras,
físicas, mas também sociais que os indivíduos criam entre si, estratificando a sociedade, o
conhecimento, enfim suas relações com o mundo. Eis o conto e aquilo que nos foi “contado”.
ENTRE O ESPAÇO FICCIONAL E O ESPAÇO VIVIDO
O conto uma vela para Dário inicia-se quando ele começa a passar mal, dois ou três
passantes perguntam se ele está bem, ele cai no chão, estirado, agonizando (in)visivelmente. A
história do francês Charles Damien, vivida, tem endereço e ocorreu no bairro Santa Tereza no
Rio de Janeiro, ele também cai, mas diferente de Dário, por imprudência própria, associado a
um certo descaso na manutenção do bondinho.
Dário, do conto, vai desfalecendo aos poucos, como podemos apreciar no trecho do livro
de Dalton Trevisan:
A velhinha de cabeça grisalha gritou que ele estava morrendo. Um grupo o
arrastou para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protestou o
motorista: quem pagaria a corrida? Concordaram chamar a ambulância. Dario
conduzido de volta e recostado á parede - não tinha os sapatos nem o alfinete
de pérola na gravata. Alguém informou da farmácia na outra rua. Não
carregaram Dario além da esquina; a farmácia no fim do quarteirão e, além do
mais, muito pesado. Foi largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas
lhe cobriu o rosto, sem que fizesse um gesto para espantá-las.
E neste trecho já podemos perceber que há uma subtração do alfinete de perola e dos
sapatos de Dário, que a uma hora destas já foram pegos por algum passante. Também o
francês cai e neste momento tem seus bens subtraídos, como vemos no depoimento dado por
um morador de rua ao jornal R7:
Na Lapa o morador de rua Mauro Silva, de 40 anos, contou que viu o turista
agonizando e que menores apareceram rapidamente após a queda.
-Eu vi os pivetes roubando o moço caído. Roubaram a máquina fotográfica e o
dinheiro dele. Pedi às pessoas que se afastassem, que não mexessem nele. O
socorro chegou uns 30 minutos depois da queda, quando ele já estava morto disse Mauro Silva, que é de Guarulhos, em São Paulo.
Há que se analisar que num espaço público ocorreu um fato que foge à “normalidade”:
um individuo está numa situação de morte explícita e o que se observa enquanto reação das
pessoas? De um lado temos aqueles que se mantém à espreita, conservam suas fronteiras em
relação ao outro e por outro lado aqueles que aproveitam o momento para invadir o corpo, no
sentido literal da palavra, capturando o outro em seu íntimo mais profundo, o que não faria em
uma situação em que a linha de fuga não houvesse possibilitada.
O que estava se dando, com Dário e com Charles foi uma situação de fronteira. Além da
fronteira entre a vida e a morte eles também estavam numa situação limiar. Limiar porque neste
momento eles estavam vulneráveis, estavam entre vários para serem julgados e terem seus
corpos “utilizados” como e a quem lhe conviesse. Sobre esta situação fronteiriça temos em
MARTINS, (1997, p.13) uma leitura muito interessante:
Nesse sentido a fronteira tem um caráter litúrgico e sacrificial, porque nela o
outro é degradado para, desse modo viabilizar a existência de quem o domina,
subjuga e explora.(...) É na fronteira que encontramos o humano no seu limite
histórico.
A fronteira nestas duas histórias, existe, é reforçada e burlada em diferentes momentos.
No momento em que Dário passa mal e cai, as pessoas levam-no defronte a uma peixaria e
nem sequer afastam-lhe as moscas. Não há envolvimento sentimental, afetivo suficiente para
com o corpo que agoniza no chão. Aqueles não se dispõem a ser o outro. Pelo contrário, há um
processo de captura daquilo que é do outro, parafraseando MARTINS, 1997.
A fronteira ganha duas conotações: uma para afastar, como no caso de Charles, em que o
morador de rua vê que um saque está ocorrendo mas, enfim, cada um tem seu território
delimitado e, apesar de perceber a inconveniência dos garotos, neste momento há uma
fronteira que de certa forma o impedia de tomar qualquer atitude. Por outro lado, esta fronteira
construída é permeável, quando ocorrem os saques. Um policial à espreita observa o corpo de
Charles para que ninguém mais o viole, nem se aproxime. Neste momento a fronteira é
“institucionalizada”, por assim dizer, quando há a presença um corpo institucional para reforçar
a impermeabilidade da fronteira entre o eu e o outro, isso, já impõe outro limite, o impessoal.
Em uma vela para Dário, a construção do espaço pelo autor, é genérica, quando ele
descreve onde está ocorrendo a agonia do personagem principal fala em moradores da rua, em
calçada, o que nos remete a uma paisagem urbana. Também Charles atravessa sua saga em
público e os transeuntes acompanham sua morte, que ocorre na calçada em frente ao ponto
turístico.
Assim como levam de Dário sua gravata, seu terno, sua carteira, tênis e até a aliança que
ele próprio só conseguia tirar com sabonete, levam de Charles, o francês, sua carteira e sua
câmera fotográfica. O espaço ficcional criado por Dalton Trevisan foi revisitado em algumas
particularidades pela história do francês que veio passear no Rio de Janeiro.
Estas duas histórias nos remetem ao basilar texto de Doreen Massey, quando em Pelo
Espaço, ela diz que importa a forma pela qual pensamos o espaço. Esta forma definirá a
construção do espaço que fará, a paisagem a que se terá à vista, enfim. Neste ponto podemos
destacar o quanto esta imaginação do espaço importa. Nas palavras de MASSEY, 2007, p.19:
O que poderia significar reorientar essa imaginação, questionar esse hábito de
pensar o espaço como uma superfície? Se, em vez disso, concebêssemos um
encontro de histórias, o que aconteceria às nossas imaginações implícitas de
tempo e espaço?
Partindo daí Doreen Massey discute seu conceito de “stories so far”, frequentemente
traduzido por simultaneidade de histórias até aqui. Se reorientarmos nossa imaginação, como
nos faz pensar Doreen Massey, podemos pensar então quais os conjuntos de histórias fizeram
com que certas pessoas subtraíssem os pertences de Dário e de Charles.
Podemos também pensar que conjunto de histórias até-aqui levaram os transeuntes a
olharem mas nada fazerem, apenas chocarem-se. Estaria isto relacionado a uma cultura
urbana de pressa, de “just in time”, ou de “time is money”, ou seria influenciado pelo medo da
violência urbana, de que a defesa do outro em situação vulnerável poderia acarretar um mal
para si mesmo, ou o que do outro e até que ponto isso importa?
Quanto ao conto de Dalton Trevisan, não podemos dizer que ele é um adiantamento ou
um relato de alguma situação que de fato ocorreu e que agora, recentemente foi dado de novo
com Charles no bondinho do Rio de Janeiro. Deleuze e Guattari, argúem que um livro é um
agenciamento, como todo agenciamento ele é rizomático, multiplica-se, como vemos a seguir:
O livro imita o mundo, como a arte, a natureza: por procedimentos que lhes são
próprios e que realizam o que a natureza não pode ou não pode mais fazer. A
lei do livro é a da reflexão, o Uno que se torna dois.
Para a reflexão é que podemos associar este conto às construções geográficas de
fronteira, a construção de territórios e territorialidades, tanto pelo autor do conto, quanto na
fatalidade que se deu no centro do Rio de Janeiro. Esta história ocorreu de fato numa metrópole
e ao que tudo indica, Dário, de Dalton Trevisan também padece numa metrópole. Quanto a
estes espaços, HAESBAERT, (2006, p. 98) afirma que:
Além de garantir o espaço da reprodução social, é preciso conquistar e/ou
garantir outros, como em uma estratégia de guerra. A grande arma das
metrópoles são as áreas ainda efetivamente comuns, públicas, “desocupadas”.
Nestas são traçadas as verdadeiras campanhas táticas informais de ocupação
e domínio. Praças, ruas e equipamentos diversos de lazer e serviços são o
território onde ocorrem ofensivas e retiradas, onde se alternam controles e
normas próprias a cada grupo.
Afinal não seria também um espaço de disputa pelo poder, por uma territorialização
primeira? O espaço público mantém latente todas estas disputas, é espaço onde são
construídas fronteiras, onde são disputados pequenos espaços de poder por pessoas
completamente diferentes e com uma diversidade enorme de histórias até-aqui, que resultam
em incontáveis configurações ao espaço público.
Estas marcas permanecem no território e vão configurando, como se o espaço da
metrópole fosse o corpo sem órgãos deleuziano, potência a ser constituída e configurada.
CONCLUSÃO
O conto de Dalton Trevisan visto juntamente ao evento trágico ocorrido no Rio de
Janeiro mostra as configurações da territorialização. Mostra como as pessoas agem, pensam,
simulam. O espaço não é apenas físico e palpável, mas plástico às condições e circunstâncias
das atuações humanas. Pode ser territorializado, conquistado, possuído, dinamizado,
abandonado, povoado, pacificado. O que podemos dizer quando estamos num lugar e temos a
sensação de abandono? E o lugar que possui regras? E o Estado, onde está? É visível, possui
membros, senão aqueles instituídos? Que são e quem os empossou? É desta forma que o
espaço, plenamente geográfico, é moldado e molda o ser humano, com seus atos, omissões,
intenções ou desprezos.
Quando Dário passa mal e por fim até a vela que lhe foi dada some o que podemos
visualizar daquele momento, senão a visão pessoal, mostrando aquilo que sabemos do espaço
que estamos e possuímos? Como imaginar um mundo sem Deus no Século XII e na Europa? E
o mundo de Dário, o mesmo do francês que caiu e agonizando foi furtado? Não se trata de
axiomas sobre a textura do espaço. O espaço é mais do que constatação, mensuração. O
espaço é vivo e vivido, morto e ressuscitado, moldado, forjado, alterado... A literatura é uma
forma de prover agenciamentos entre a imaginação, aquilo que pensamos sobre o espaço, e
sobre o espaço tal qual ele é, mutável, diverso, resultado das estórias até aqui, para nos
pautarmos novamente no pensamento deleuziano e em Doreen Massey.
A Geografia tem muito a evoluir em seus referenciais teóricos na medida em que
realizar pontes com as artes que estão constantemente dialogando com o espaço vivido, e com
o espaço que habita primeiramente na mente dos escritores, dos artistas e que depois migra
para a cabeça dos leitores e apreciadores das artes em geral. Importa a forma pela qual
pensamos o espaço. Eis a genialidade do pensamento de Doreen Massey e de tantos outros
autores que buscam uma geografia mais reflexiva, mais maleável e menos dura. E por ora, uma
vela para Dário, e uma vela para Charles, e também uma vela para todos nós, neste incessante
jogo de geografias encontradas e desencontradas, de territorializações e desterritorializações
que vez ou outra nos reúnem.
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