Funções Nervosas Superiores

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Funções Nervosas Superiores
Mariana Santos
Instituto de Fisiologia, 2010
Encéfalo
Técnicas de Avali ação da Activi dade
Cerebral
Ø Electroencefalografia
ØRessonância Magnética Funcional –
mede quantidades localizadas de sangue
oxigenado
ØTomografia de Emissão de Positrões –
mede o metabolismo da glucose que é
proporcional à actividade neuronal
Lateralização Funcional entre hemisférios
Ø Hemisfério esquerdo
linguagem e outras informações de
carácter simbólico (cálculo,
raciocínio abstrato)
Ø Hemisfério direito
integração global multi-sensorial
(identificação de uma paisagem,
melodia de uma música, informação
do sistema emocional)
Diferenças Funcionai s das Regiões
Cerebrais
Ø Lobo frontal
Ø
Ø
Ø
Ø
Ø
Ø
Actividade motora
Linguagem
Pensamento
Concentração
Memória de trabalho
Comportamento social e personalidade
Ø Lobo parietal
Ø Processamento da sensibilidade corporal
Ø Capacidades visuo-construtivas
Ø Lobo temporal
Ø Processamento das informações auditivas
Ø Memorização
Ø Lobo occipital
Ø Processamento das informações visuais
Córtex Frontal é o centro de integração + complexo do cérebro humano
Lesões no córtex frontal esquerdo:
Lesões no córtex frontal direito:
Ødeficit de:
atenção
pensamento abstracto
integração do pensamento e
percepção
iniciativa e preserverança
Øefeito de desinibição
E
Øinduzem um estado de apatia, falta
de motivação e perda de interesse
sexual
ØOscilações de humor
ØComportamentos imaturos
ØComportamentos sexuais inapropriados
e/ou hipersexualidade
O caso Phineas Gage
“
Phineas Gage era um jovem supervisor de construção de ferrovias da Rutland
e Burland Railroad, em Vermont, EUA. Em 1848 de setembro , enquanto estava
preparando uma carga de pólvora para explodir uma pedra , ele socou uma
barra de aço inadvertidamente no buraco. A explosão resultante projetou a
barra com 2.5 cm de diâmetro e mais de um metro de comprimento contra o
seu crânio, a alta velocidade . A barra entrou pela bochecha esquerda , destruiu
o olho, atravessou a parte frontal do cérebro, e saiu pelo topo do crânio, do
outro lado. Gage perdeu a consciência imediatamente e come çou a ter
convulsões. Porém, ele recuperou a consciência momentos depois, e foi levado
a médico local, Jonh Harlow que o socorreu . Incrivelmente , ele estava falando
e podia caminhar . Ele perdeu muito sangue , mas depois de alguns problemas
de infecção, ele não só sobreviveu à horrenda lesão , como também se
recuperou bem , fisicamente .
Porém, pouco tempo depois Phineas come çou a ter mudan ças surpreendentes
na personalidade e no humor . Ele tornou -se extravagante e anti -social,
praguejador e mentiroso, com péssimas maneiras …”
O caso Phineas Gage
Phineas Gage tornou-se um
caso clássico nos livros de
ensino de neurologia.
A parte do cérebro que ele
tinha perdido, o lobo frontal,
passou a ser associada às
funções mentais e emocionais
que ficaram alteradas .
Lobotomia
Ø A lobotomia, mais
apropriadamente chamada
leucotomia (já que lobotomia
refere-se a cortar as ligações de
qualquer lobo cerebral) é uma
intervenção cirúrgica no cérebro,
onde são seccionadas as vias que
ligam os lobos frontais ao tálamo e
outras vias frontais associadas.
Ø Foi utilizada no passado em casos
graves de esquizofrenia.
Ø A lobotomia foi a técnica pioneira
e com maior sucesso da
psicocirurgia.
Efeitos e Utilidade Terapêutica
Ø O procedimento leva a um estado
de baixa reactividade emocional
nos pacientes.
Ø A Leucotomia produz nos doentes
alívio de tensão emoci onal severa,
com melhoria nos sintomas
externos da doença psiquiátrica.
História
Ø Foi desenvolvida em 1935 pelo médico neurologista português
António Egas Moniz (1874-1955), em equipe com o cirurgião
Almeida Lima, na Universidade de Lisboa. Egas Moniz veio a
receber com este trabalho o prémio Nobel da Medicina e Fisiologia
em 1949.
Ø A Leucotomia foi a primeira técnica de Psicocirurgia ou seja, a
utilização de manipulações orgânicas do cérebro para curar ou
melhorar sintomas de uma patologia psiquiátrica (em contrapartida à
neurocirurgia que se ocupa de doentes com patologia orgânica
directa ou neurológica).
História
Ø Inicialmente foi usada para tratar depressão severa . Egas Moniz sempre
defendeu o s eu uso apenas em casos graves em que houves se risco de
violência ou suicídio. No entanto apes ar de cerca de 6% dos pacientes não
sobreviverem à operação, e de vários outros ficarem com alterações da
personalidade muito severos, foi praticada com entusiasmo excessivo em
muitos países, nomeadamente o Japão e os Estados Unidos. Neste último
país foi popularizada pelo cirurgião Walter Freeman, que divulgou a técnica
por todo o s eu país, percorrendo o no s eu Lobotomobi le, e criando
inclusivamente uma vari ante em que es petava um pic ador de gelo
directamente no crânio do doente, desde um ponto l ogo acima do canal
lacrimal com a ajuda de um martel o, rodando-se depois o mesmo para
destruir as vias aí localizadas. Supostamente a atractividade deste
procedimento seria o seu baixo custo e o desejo social de silenc iar
doentes psiqui átricos incómodos. A leucotomia ganhou tal popularidade
que foi inclusivamente praticada em crianças com mau comportamento.
Cerca de 50.000 doentes foram tratados s ó nos Estados Unidos . Com a
ajuda destes abusos, a leucotomia foi abandonada quando s urgiram os
primeiros fármacos anti psicóticos. Durante muito tempo foi considerada algo
injustamente como um episódio barbárico na história da Psiquiatria, sendo
comum a compara ção à técnica da flebotomia (ou sangria) na his tória da
medicina interna.
leucotomia pré-frontal vs lobotomia
frontal
Ø Leucotomia pré-frontal e lobotomia frontal são duas
técnicas absolutamente distintas.
Ø Leucotomia pré-frontal (Egas Moniz, 1936) – do
grego leuco = branco + tomos = corte - significa corte
da substânc ia branca localizada no região pré-frontal
do cérebro. Este corte é feito através de um pequeno
instrumento desenvolvido por Egas Moniz designado
por leucótomo.
Ø Por outro lado, lobotomia frontal foi uma técnica
desenvolvida por Walter Freeman (1895-1972) e
James Watts (1904-1994) e ampl amente executada
nos EUA por estes dois cientistas (do grego lobos =
porção, parte + tomos = corte, ou seja, corte do lobo
frontal). O instrumento cirúrgico usado era uma
espécie de picador gelo e o acesso era transorbital.
A Leucotomia Hoje
Ø Hoje em dia a leucotomia tal como exemplificada por Egas Moniz já
não é praticada devido aos efeitos secundários severos.
Ø No entanto ainda hoje se pratic am raramente t écnicas directamente
descendentes da leucotomia original, mas com inflicção de lesões
selectivas em regiões bem delimitadas.
Ø Os efeitos secundários destas técnicas são bem mais incomuns,
mas devido à irreversibilidade do tratamento e às mudanças na
personalidade do doente inevi táveis, elas são utilizadas apenas em
última instância caso todos os outros tratamentos possíveis tenhamse revelado ineficazes.
Ø É assim praticada em alguns casos de dor crónica intratável
(tratamento paliativo), neurose obsessiva, ansiedade crónica ou
depressão profunda prolongada.
Diferenças Funcionai s das Regiões
Cerebrais
Ø Lobo frontal
Ø
Ø
Ø
Ø
Ø
Ø
Actividade motora
Linguagem
Pensamento
Concentração
Memória de trabalho
Comportamento social e personalidade
Ø Lobo parietal
Ø Processamento da sensibilidade corporal
Ø Capacidades visuo-construtivas
Ø Lobo temporal
Ø Processamento das informações auditivas
Ø Memorização
Ø Lobo occipital
Ø Processamento das informações visuais
Diferenças Funcionai s das Regiões
Cerebrais
Ø Lobo frontal
Ø
Ø
Ø
Ø
Ø
Ø
Actividade motora
Linguagem
Pensamento
Concentração
Memória de trabalho
Comportamento social e personalidade
Ø Lobo parietal
Ø Processamento da sensibilidade corporal
Ø Capacidades visuo-construtivas
Ø Lobo temporal
Ø Processamento das informações auditivas
Ø Memorização
Ø Lobo occipital
Ø Processamento das informações visuais
Diferenças Funcionai s das Regiões
Cerebrais
Ø Lobo frontal
Ø
Ø
Ø
Ø
Ø
Ø
Actividade motora
Linguagem
Pensamento
Concentração
Memória de trabalho
Comportamento social e personalidade
Ø Lobo parietal
Ø Processamento da sensibilidade corporal
Ø Capacidades visuo-construtivas
Ø Lobo temporal
Ø Processamento das informações auditivas
Ø Memorização
Ø Lobo occipital
Ø Processamento das informações visuais
Lateralização Funcional entre hemisférios
Ø Hemisfério esquerdo
linguagem e outras informações de
carácter simbólico (cálculo,
raciocínio abstrato)
Ø Hemisfério direito
integração global multi-sensorial
(identificação de uma paisagem,
melodia de uma música, informação
do sistema emocional)
Fig. 2.21 The left
and right brain
have different
information
processing
styles. The right
brain gets the
big pattern; the
left focuses on
small details.
Table of Contents
Exit
Lateralização de função
Ø Lesão do corpo caloso interfere com a troca de informação
entre hemisférios.
Ø Epilepsia é uma condição caracterizada por episódios repetidos
de actividade neuronal sincronizada excessiva
Ø Em casos intratáveis os doentes podem ser submetidos a
cirurgia de corte do corpo caloso para evitar o envolvimento do
lado contralateral.
Split Brain Pati ents
Ø Devido ao centro da
linguagem se localizar no
hemisfério esquerdo estes
doentes não conseguem
verbalizar o que está a ser
percepcionado pelo
hemisfério direito
Áreas de Associa ção Corticais
Ø Áreas que não são puramente
sensitivas nem motoras mas
relacionadas com as
funções nervosas
superiores
prefrontal
Ø Servem para associar input
sensorial a resposta motora
e executar os processos
mentais de interpreta ção da
informação sensitiva ,
associação de percepções
com experiências prévias,
focar a aten ção e explorar o
ambiente
temporal
parietal
occipital
Áreas de Associa ção Corticais
Informação aferente
↓
Córtex sensitivo primário
↓
Área de associação unimodal
↓
Área de associação multimodal sensitiva
↓
Área de associação multimodal motora (lobo
frontal)
↓
Programação e planeamento dos movimentos
↓
Córtex pré motor e motor primário
Áreas de Associa ção Multimodal
Áreas de Associação Multimodal:
1 – Anterior – frontal
Planeamento motor, produ ção de
linguagem, julgamento
2 – Límbica – frontal, temporal,
parietal
Emoção, memória
3 – Posterior – parieto-temporal
Atenção, localização
visuoespacial, linguagem
Córtex de associação
Prefrontal
Ø 2 regiões:
Ø dorsolateral: planeamento estratégico de comportamento motor,
memória de trabalho
Ø orbitofrontal: respostas emocionais, “personalidade”
Ø Lesões no córtex prefrontal :
Deficits Cognitivos, problemas com memória de trabalho
Deficiente planeamento estratégico
Alterações de personalidade e emocionais
Córtex de associação
Prefrontal
Wisconsin Card Sort Test
(WCST)
Sort by color
Sort by shape Sort by number
Córtex de associação
Parietal
Ø
Estereognosia
Ø
Relação espacial
incuindo espaço
extrapessoal e
imagem corporal
Ø
Lesão à direita:
“neglect” contralateral
Mecanismos de Atenção: assimetria hemisférica
Córtex de associação
Temporal
Ø
Ø
Ø
Ø
Memória Verbal (esq)
Padrões de estimulos, discriminação musical (dt)
Reconhecimento de objectos
Reconhecimento de faces (bilateral)
Ø Lesões no córtex de associação temporal:
problemas na memória verbal
problemas de discriminação visual
ex. prosopagnosia: incapacidade para reconhecer e identificar rostos
(lesão entre lobo temporal e occipital)
Prosopagnosia
Oliver Sacks
The man who mistook his wife for a hat
Córtex de associação Occipital
Ø
Percepção visual
ØLesões do córtex de associação
occipital:
agnosia visual (incapacidade de
reconhecimento visual de objectos
na ausência de disfun ções ópticas)
Sumário: Córtex Associação
Ø Áreas importantes para as funções nervosas superiores, cognição e
memória
Ø Especialização regional do córtex de associação:
Ø No lobo parietal – atenção a estimulos complexos externos e
motivações internas
Ø No lobo temporal - identificação e reconhecimento de estimulos
complexos
Ø No lobo frontal – planeamento de respostas adequadas a
estimulos complexos
Envolvidas na construção de uma percepção unificada dos
vários aspectos do mundo exterior
Funções Nervosas Superi ores
Ø Atenção
Ø Aprendizagem e Memória
Ø Linguagem
Ø Percepção Visuo-espacial
Ø Cálculo
Ø Pensamento Abstracto
Ø Funções Executivas
Funções Nervosas Superi ores
Ø Atenção
Ø Aprendizagem e Memória
Ø Linguagem
Ø Percepção Visuo-espacial
Ø Cálculo
Ø Pensamento Abstracto
Ø Funções Executivas
Atenção
Ø processo multidimensional e relacionado
com consciência.
Ø “Inatenção” ou “neglect” são
os opostos da atenção.
Ø Neglect espacial é a tendência
a ignorar o lado esq do corpo
ou parte esq de objectos.Com
frequência associada com
lesão hemisférica dta
Funções Nervosas Superi ores
Ø Atenção
Ø Aprendizagem e Memória
Ø Linguagem
Ø Percepção Visuo-espacial
Ø Cálculo
Ø Pensamento Abstracto
Ø Funções Executivas
Aprendizagem e Mem ória
Ø Aprendizagem
Ø aquisição de informação que permite alterar o
comportamento com base na experiência
Ø Memória
Ø retenção e armazenamento da informação adquirida
Duração da Memória
Ø Memória de curta dura ção
Ø Dura segundos a horas
Ø Relacionada com hipocampo
Ø Memória de longa dura ção
Ø Dura anos
Ø Envolve várias regiões do neocórtex
Tipos de Mem ória
Ø Memória explícita – envolve
consciência
Ø Memória episódica (para
eventos)
Ø Memória semântica (para
palavras, para factos)
Ø Memória implícita – não envolve
consciência (memória reflexa)
Ø Memória não associativa
Ø Habituação
Ø Sensibilização
Ø Memória associativa
Ø Reflexo condicionado clássico
Ø Reflexo condicionado operativo
Ø Priming
Ø Hábitos e perícias
Memória explícita versus implícita
Ø Memória explícita:
Ø factos
Ø datas
Ø eventos
Ø Hipocampo é fundamental
Ø Memória implícita:
Ø Como executar uma dada actividade (ex. Andar de bicicleta)
Ø Gânglios da base são fundamentais (dorsal striatum /
caudate-putamen)
Memória de trabalho
Ø Forma de mem ória explícita de curta dura ção que
mantém a informação disponível por curto per íodo de
tempo enquanto o indiv íduo planeia ac ção baseada
nisso
Ø Envolve lobo frontal
Tipos de mem ória
Tipos de Memória
Memória Explícita
Episódica
Semântica
Lobo temporal
Memória Implícita
Priming
Perícias
Mem. associativa
Neocórtex
Estriado
Amigdala e
cerebelo
Mem.
não associativa
Vias
reflexas
Tipos de Mem ória
Ø Memória explícita – envolve consciência
Ø Memória episódica (para eventos )
Ø Memória semântica (para palavras, para factos)
Ø Memória implícita – não envolve consciência (memória reflexa)
Ø Memória não associativa
Ø Habituação
Ø Sensibilização
Ø Memória associativa
Ø Reflexo condicionado clássico
Ø Reflexo condicionado operativo
Ø Priming
Ø Hábitos e perícias
Memória Explícita
Ø Hipocampo é apenas local temporário da memória de longa
duração, mediando os passos iniciais para armazenamento de
longa duração no neocórtex
Ø Doentes com lesões no hi pocampo conseguem recordar
memórias antigas mas não conseguem armazenar memórias
novas de longo termo
Ø Doentes com lesões em áreas de associação corticais têm
defeitos na memória semântica e episódica de longo termo
Ø Áreas do neocórtex especializadas no armazenamento da
memória episódica são as áreas de associação do lobo frontal
Memória Explícita
Processamento da memória explícita:
Ø Codificação
Ø Processamento de informação nova
Ø Consolidação
Ø Processo de alteração da informação nova, ainda lábil, para
a tornar em memória de longo termo
Ø Armazenamento
Ø Mecanismo de retenção ao longo do tempo
Ø Recuperação
Busca e uso da informação armazenada
Tipos de Mem ória
Ø Memória explícita – envolve consciência
Ø Memória episódica (para eventos )
Ø Memória semântica (para palavras, para factos)
Ø Memória implícita – não envolve consciência (memória reflexa)
Ø Memória não associativa
Ø Habituação
Ø Sensibilização
Ø Memória associativa
Ø Reflexo condicionado clássico
Ø Reflexo condicionado operativo
Ø Priming
Ø Hábitos e perícias
Memória Implícita não associ ativa
Relacionada com a aprendizagem das propri edades de
um estímulo único
Ø Habituação
Ø Repetição de estimulo neutro várias vezes
Ø Diminuição progressiva da resposta evocada
Ø Sensibilização
Ø Estimulo agradável/desagradável
Ø Aumento progressivo da resposta evocada
Tipos de Mem ória
Ø Memória explícita – envolve consciência
Ø Memória episódica (para eventos )
Ø Memória semântica (para palavras, para factos)
Ø Memória implícita – não envolve consciência (memória reflexa)
Ø Memória não associativa
Ø Habituação
Ø Sensibilização
Ø Memória associativa
Ø Reflexo condicionado clássico
Ø Reflexo condicionado operativo
Ø Priming
Ø Hábitos e perícias
Memória Implícita associativa
Relacionada com a aprendizagem
da relação entre 2 estímulos
Ø Reflexo Condicionado Clássico
o sujeito aprende que um determinado
estimulo prevê um evento
Memória Implícita associativa
Relacionada com a aprendizagem da rela ção entre um
estimulo e um comportamento
Ø Reflexo condicionado operativo (aprendizagem
tentativa-erro)
Ex: animal se desempenhar determinada tarefa recebe
recompensa (comida)
O sujeito aprende a prever as consequências de um comportamento
Sumário
Ø Memória tem vários estadios
Ø Memória de longa dura ção está representada em m últiplas regiões
do sistema nervoso
Ø Memória explícita e implícita envolvem circuitos neuronais diferentes
Ø Memória explícita está relacionada com fac tos e experiências que
podem ser rel embradas por esforço consciente e relatadas
verbalmente
Ø Armazenamento de longa dura ção da memória explícita requere
funcionamento do l obo temporal
Ø Memória implícita está relacionada com mem ória motora e
perceptiva, ligada a estimulos, e expressa-se na execução de tarefas
sem esforço consciente
Ø Memória implícita envolve o cerebelo e a amigdala
Funções Nervosas Superi ores
Ø Atenção
Ø Aprendizagem e Memória
Ø Linguagem
Ø Percepção Visuo-espacial
Ø Cálculo
Ø Pensamento Abstracto
Ø Funções Executivas
Linguagem
Ø Permite compreensão da palavra f alada e escrita e a
expressão de ideias em discurso e escrita
Ø Lateralidade dextra e lateraliza ção da linguagem são
fenómenos que se associam com grande f requência
mas não constituem uma rela ção funcional
obrigatória
Linguagem
Linguagem
Linguagem
Avaliação da linguagem
Fluência do discurso
Avaliação da linguagem
Fluência do discurso
Compreensão
Avaliação da linguagem
Fluência do discurso
Compreensão
Nomeação
Avaliação da linguagem
Fluência do discurso
Compreensão
Nomeação
Repetição
Avaliação da linguagem
Ø Afasia – alteração da linguagem que não é devida a defei tos de visão,
audição ou paralisia motora
Afasia de Broca
Afasia de Broca
Afasia de Broca
ØNão fluente
ØCompreende
ØNão nomeia
ØNão repete
Afasia de Wernicke
Afasia de Wernicke
Afasia de Wernicke
ØFluente
ØNão Compreende
ØNão nomeia
ØNão repete
Afasia Global
Afasia Global
Afasia Global
ØNão fluente
ØNão Compreende
ØNão nomeia
ØNão repete
Afasia de Nomeação
Afasia de Nomeação
Afasia de Nomeação
ØFluente
ØCompreende
ØNão nomeia
ØRepete
Outras alterações
Ø Afasia de condu ção
Ø Afasia transcortical motora
Ø Afasia transcortical sensitiva
Ø Alexia – perda da capacidade de leitura
Ø Agrafia – perda da capacidade de escrita
Dislexia
Ø Problema específico na aprendizagem da leitura
Ø Visão adequada, QI alto
Ø Comum em rapazes e esquerdinos
Ø Observações post-mortem revelaram anomalias no arranjo das
células corticais (alterações que podem ter ocorrido durante
gestação na altura da migração celular)
Funções Nervosas Superi ores
Ø Atenção
Ø Aprendizagem e Memória
Ø Linguagem
Ø Percepção Visuo-espacial
Ø Cálculo
Ø Pensamento Abstracto
Ø Funções Executivas
Funções Nervosas Superi ores
Ø Atenção
Ø Aprendizagem e Memória
Ø Linguagem
Ø Percepção Visuo-espacial
Ø Cálculo
Ø Pensamento Abstracto
Ø Funções Executivas
Praxia
Ø Realização de actos motores voluntários adaptados a um
objectivo definitivo
Apraxia
Ø É a incapacidade de executar uma sequência de movimentos,
apesar da sensibilidade, motricidade e compreensão da tarefa
estarem intactos.
Ø Incapacidade de realizar actos complexos que exigem sequências
de contracções musculares ou uma estratégia planeada (ex.:
pentear o cabelo, escovar os dentes)
Apraxia
Ø Apraxia Ideomotora (motora): não consegue executar gestos com significado
simbólico tradicional. Pode envolver muscultura dos membros, tronco ou bucofacial. Ex: sinal da cruz, chamar alguém com a mão, gesto de des pedida,
mostrar os dentes, assobiar, mastigar
Ø Apraxia ideativa: não consegue executar de forma lógica e harmoniosa uma
sequência de movimentos.
Ø Apraxia Construtiva: não consegue construir representações. Ex: desenhar
uma casa, uma árvore, um quadrado
Ø Apraxia do Vestir: não consegue colocar objectos no próprio corpo. Ex:
casaco, anel.
Ø Apraxia do olhar
Ø Apraxia da marcha
Mini Mental State
(Folstein et. al., 1975)
Ø Questões agrupadas em 7 categorias:
Ø Orientação no tempo (data, hora);
Ø Orientação no espaço (local espec ífico e geral);
Ø Repetição de 3 palavras;
Ø Atenção e cálculo;
Ø Recordação das 3 palavras;
Ø Linguagem (nomea ção, repetição, leitura e
escrita);
Ø Capacidade construtiva visual
MMS
Mini Mental State Examination (MMSE)
1. Orientação (1 ponto por cada resposta correcta)
Em que ano estamos? _____
Em que mês estamos? _____
Em que dia do mês esta mos? _____
Em que dia da semana estamos? _____
Em que estação do ano estamos? _____
Em que país estamos? _____
Em que distrito vive? _____
Em que terra vive? _____
Em que casa estamos? _____
Em que andar estamos? _____
Nota:____
2. Retenção (contar 1 ponto por cada palavra correctamente repetida)
"Vou dizer três palavras; queria que as repetisse, mas só depois de eu as dizer todas; procure ficar a sabê-las
de cor".
Pêra _____
Gato _____
Bola _____
Nota: ____
3. Atenção e Cálculo (1 ponto por cada resposta correcta. Se der uma errada mas depois continuar a subtrair
bem, consideram-se as seguintes como correctas. Parar ao fim de 5 respostas)
"Agora peco-lhe que me diga quantos são 30 menos 3 e depoi s ao número encontrado vol ta a tirar 3 e repete
assim até eu lhe dizer para parar".
27_ 24_ 21 _ 18_ 15_
Nota: _____
MMS
Mini Mental State Examination (MMSE)
4. Evocação (1 ponto por cada resposta correcta.)
"Veja se consegue dizer as três palavr as que pedi há pouco para decorar".
Pêra ______
Gato ______
Bola ______
5. Linguagem (1 ponto por cada resposta correcta)
a. "Como se chama i sto? Mostrar os objectos:
Relógio ____
Lápis______
b. "Repita a frase que eu vou dizer: O RATO ROEU A ROLHA"
Nota:____
Nota:____
Nota:____
c. "Quando eu lhe der esta folha de papel, pegue nela com a mão direita, dobre-a ao meio e ponha sobre a
mesa"; dar a folha segurando com as duas mãos.
Pega com a mão direita____
Dobra ao meio ____
Coloca onde deve____
Nota:____
d. "Leia o que está neste cartão e faça o que lá diz". Mostrar um cartão com a frase bem legível, "FECHE OS
OLHOS"; sendo analfabeto lê-se a frase.
Fechou os olhos____
Nota:____
e. "Escreva uma frase inteira aqui". Deve ter sujeito e verbo e fazer sentido; os erros gramaticais não
prejudicam a pontuação.
Frase:
Nota:____
MMS
Mini Mental State Examination (MMSE)
6. Habilidade Construtiva (1 ponto pela cópia correcta.)
Deve copiar um desenho. Doi s pentágonos parcialmente sobrepostos; cada um deve ficar com 5
lados, dois dos quais intersectados. Não valorizar tremor ou rotação.
Cópia:
Nota:____
TOTAL(Máximo 30 pontos):____
n
n
n
n
n
Scoring:
24-30 May indicate normal cognitive functioning
20-23 Mild cognitive impairment
10-19 Moderate cognitive impairment
0-9 Severe cognitive impairment
Sistema Límbico
Ø
Ø
Ø
Tecido cortical em
redor do hilo do
hemisfério cerebral
associado à amigdala,
hipocampo e núcleos
do septo
Tem poucas conexões
com o neocórtex mas
actividade do
neocórtex pode
modificar
comportamento
emocional
Após estimulação
mantêm descargas
prolongadas
Funções Límbicas
Ø
Olfacto
Ø
interpreta experiência como
agradável ou desagradável
Ø
Respostas autonómicas –
alterações na pressão arterial
e respiração
Ø
Comportamento sexual
Ø
Gera emoções de raiva e
medo
Ø
Memória
Ø
Motivação
Hipocampo
Ø
Ø
Ø
Ø
Ø
Tem conecções com o córtex cerebral e estruturas basais do
sistema límbico
É um “canal” adicional pelo qual estimulos sensoriais podem iniciar
comportamentos com diversos propósitos
Estimulação do hipocampo pode causar prazer, raiva, impulso
sexual etc.
Característica importante do hipocampo é que cria respostas
prolongadas
Tem um papel importante na aprendizagem e memória
Amigdala
Ø
Múltiplas conexões com córtex límbico e tb neocórtex dos lobos
temporal, parietal e occipital
Ø
Expressão autonómica das emoções é mediada pela amigdala pelas
suas conexões com o hipotálamo e SNA
Ø
Ø
Estimulação da amigdala pode causar os mesmos efeitos que
estimulação directa do hipotálamo – alterações na pressão arterial e
frequência cardíaca, da motilidade gastro-intestinal, defecação e
micção e também raiva, fuga, medo e indução de comportamentos
sexuais
Conexão com o neócortex permite incorporação da aprendizagem e
da experiência nas emoções
Emoções
Ø
Ø
Hipotálamo e sistema
límbico relacionados com
geração e expressão das
emoções
Emoções têm componente
mental e físico e englobam
Ø Cognição
Ø Afecto
Ø Exercício da vontade
Ø Alterações fisicas
Expressões som áticas e viscerais
Ex. sudação, aumento da FC
CIRCUITO B ÁSICO DAS EMOÇÕES
CIRCUITO
CIRCUITODE
DEPAPEZ
PAPEZ
Primeiro
modelo
Primeiro modelosobre
sobreoocircuito
circuitoneural
neural
das
EMOÇÕES
das EMOÇÕES
Regiões
Regiõescorticais
corticaiseesubcorticais
subcorticais
Riqueza Emocional
Neocórtex
Giro do Cíngulo
HIPOCAMPO
Tálamo Anterior
Aferências
sensoriais
Experiência Emo cional
Hipotálamo
Expressão visceral da emoção
Medo
Ø
Ø
Ø
AMIGDALA
discrimina
estímulos associados ao medo
e alerta o organismo;
disparador do medo e
ansiedade
Ø
Evidências múltiplas suportam a ideia que os
núcleos da amigdala estão relacionados com o
registo das memórias que evocam medo
Estimulação do hipotálamo e núcleos da amigdala
em animais causa reacções de medo
Destruição das amigdalas – causa
desaparecimento da reacção de medo e das
manifestações autonómicas e endócrinas
Nos humanos ver faces com expressões de medo
activa a amigdala esquerda
Ansiedade
Ø
Ø
Ansiedade está associada com aumento
bilateral do fluxo sanguíneo na região
anterior do lobo temporal
Receptor α2 GABAA media a ansiedade
Raiva e Placidez
Ø
Ø
Ø
Ø
Há um balanço entre raiva e placidez
Em animais com determinadas lesões cerebrais este
balanço está alterado
Ataques de raiva são observados após remoção de
neocórtex e certas zonas do hipotálamo
Destruição bilateral dos núcleos da amigdala causam
um estado anormal de placidez mas destruição
subsequente dos núcleos ventromediais do
hipotálamo converte placidez em raiva
Raiva e Placidez
Ø
Ø
Ø
Hormonas afectam comportamento
agressivo
Castração diminui agressividade e
androgéneos aumentam
Factores sociais também condicionam
Sistema de Rec ompensa e P unição
Ø Sistema límbico está relacionado com a natureza afectiva dos
estimulos sensoriais, ou seja serem agradáveis ou desagradáveis
Centros de recompensa
O rato que se auto-estimulava até a exaustão,
deixando de comer e dormir...
Hipotálamo lateral
Nucleo Ventromedial
Certas regiões do tálamo e gg base
Centros de Puni ção
Animal aprende a desligar estimulador
Subs. Cinzenta periaquedutal
Zonas periventiculares do hipotálamp
Amigdala e hipocampo
Motivação
ØSistemas de recompensa e de punição
ØNúcleo Acumbens no estriado apresenta
número elevado de receptores
dopaminérgicos
ØAgonitas dopaminérgicos envolvidos no
sistema de recompensa e antagonistas no
sistema de punição
Adição
ØAdição – uso repetido e
compulsivo de uma substância
apesar das suas consequências
negativas para a saúde
ØAssociada ao sistema de
recompensa e em particular ao
núcleo Acumbens
ØDrogas como heroína, morfina,
cocaína nicotina, etc. Afectam o
cérebro em diferentes regiões
mas têm em comum aumentar
quantidade de dopamina
(bloqueio da sua recaptação)
Adição
ØConsumo agudo estimula centros de
recompensa
ØAdição crónica envolve desenvolvimento
de tolerância havendo necessidade de
maiores quantidades para obtenção do
mesmo efeito
ØAbstinência causa sintomas físicos e
psicológicos
Comportamento Sexual
Ø
Ø
Actividade sexual envolve várias partes do sistema
nervoso e vários reflexos com integração na medula
espinhal e centros do tronco cerebral mas
componentes comportamentais são regulados pelo
sistema límbico e hipotálamo
Função endócrina hormonal (testosterona,
estrogéneos)
Controlo Ner voso na
Mulher
Controlo Ner voso no
Homem
Ø
Ø
Ø
Remoção do neocórtex em
animais machos inibe
comportamento sexual
Lesões da amigdala causam
hipersexualidade
Hipotálamo também está
envolvido no controlo da
actividade sexual nos homens
Ø
Ø
Nos mamíferos a actividade
sexual nas fémeas é cíclica
Nas mulheres a actividade
sexual ocorre ao longo de todo
o ciclo menstrual mas há maior
iniciativa espontânea durante a
ovulação
Comportamen to Maternal
Ø
Ø
Ø
Lesões em certas porções
do córtex límbico deprimem
comportamento maternal
Prolactina facilita
comportamento maternal
Factores genéticos
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