Funções Nervosas Superiores Mariana Santos Instituto de Fisiologia, 2010 Encéfalo Técnicas de Avali ação da Activi dade Cerebral Ø Electroencefalografia ØRessonância Magnética Funcional – mede quantidades localizadas de sangue oxigenado ØTomografia de Emissão de Positrões – mede o metabolismo da glucose que é proporcional à actividade neuronal Lateralização Funcional entre hemisférios Ø Hemisfério esquerdo linguagem e outras informações de carácter simbólico (cálculo, raciocínio abstrato) Ø Hemisfério direito integração global multi-sensorial (identificação de uma paisagem, melodia de uma música, informação do sistema emocional) Diferenças Funcionai s das Regiões Cerebrais Ø Lobo frontal Ø Ø Ø Ø Ø Ø Actividade motora Linguagem Pensamento Concentração Memória de trabalho Comportamento social e personalidade Ø Lobo parietal Ø Processamento da sensibilidade corporal Ø Capacidades visuo-construtivas Ø Lobo temporal Ø Processamento das informações auditivas Ø Memorização Ø Lobo occipital Ø Processamento das informações visuais Córtex Frontal é o centro de integração + complexo do cérebro humano Lesões no córtex frontal esquerdo: Lesões no córtex frontal direito: Ødeficit de: atenção pensamento abstracto integração do pensamento e percepção iniciativa e preserverança Øefeito de desinibição E Øinduzem um estado de apatia, falta de motivação e perda de interesse sexual ØOscilações de humor ØComportamentos imaturos ØComportamentos sexuais inapropriados e/ou hipersexualidade O caso Phineas Gage “ Phineas Gage era um jovem supervisor de construção de ferrovias da Rutland e Burland Railroad, em Vermont, EUA. Em 1848 de setembro , enquanto estava preparando uma carga de pólvora para explodir uma pedra , ele socou uma barra de aço inadvertidamente no buraco. A explosão resultante projetou a barra com 2.5 cm de diâmetro e mais de um metro de comprimento contra o seu crânio, a alta velocidade . A barra entrou pela bochecha esquerda , destruiu o olho, atravessou a parte frontal do cérebro, e saiu pelo topo do crânio, do outro lado. Gage perdeu a consciência imediatamente e come çou a ter convulsões. Porém, ele recuperou a consciência momentos depois, e foi levado a médico local, Jonh Harlow que o socorreu . Incrivelmente , ele estava falando e podia caminhar . Ele perdeu muito sangue , mas depois de alguns problemas de infecção, ele não só sobreviveu à horrenda lesão , como também se recuperou bem , fisicamente . Porém, pouco tempo depois Phineas come çou a ter mudan ças surpreendentes na personalidade e no humor . Ele tornou -se extravagante e anti -social, praguejador e mentiroso, com péssimas maneiras …” O caso Phineas Gage Phineas Gage tornou-se um caso clássico nos livros de ensino de neurologia. A parte do cérebro que ele tinha perdido, o lobo frontal, passou a ser associada às funções mentais e emocionais que ficaram alteradas . Lobotomia Ø A lobotomia, mais apropriadamente chamada leucotomia (já que lobotomia refere-se a cortar as ligações de qualquer lobo cerebral) é uma intervenção cirúrgica no cérebro, onde são seccionadas as vias que ligam os lobos frontais ao tálamo e outras vias frontais associadas. Ø Foi utilizada no passado em casos graves de esquizofrenia. Ø A lobotomia foi a técnica pioneira e com maior sucesso da psicocirurgia. Efeitos e Utilidade Terapêutica Ø O procedimento leva a um estado de baixa reactividade emocional nos pacientes. Ø A Leucotomia produz nos doentes alívio de tensão emoci onal severa, com melhoria nos sintomas externos da doença psiquiátrica. História Ø Foi desenvolvida em 1935 pelo médico neurologista português António Egas Moniz (1874-1955), em equipe com o cirurgião Almeida Lima, na Universidade de Lisboa. Egas Moniz veio a receber com este trabalho o prémio Nobel da Medicina e Fisiologia em 1949. Ø A Leucotomia foi a primeira técnica de Psicocirurgia ou seja, a utilização de manipulações orgânicas do cérebro para curar ou melhorar sintomas de uma patologia psiquiátrica (em contrapartida à neurocirurgia que se ocupa de doentes com patologia orgânica directa ou neurológica). História Ø Inicialmente foi usada para tratar depressão severa . Egas Moniz sempre defendeu o s eu uso apenas em casos graves em que houves se risco de violência ou suicídio. No entanto apes ar de cerca de 6% dos pacientes não sobreviverem à operação, e de vários outros ficarem com alterações da personalidade muito severos, foi praticada com entusiasmo excessivo em muitos países, nomeadamente o Japão e os Estados Unidos. Neste último país foi popularizada pelo cirurgião Walter Freeman, que divulgou a técnica por todo o s eu país, percorrendo o no s eu Lobotomobi le, e criando inclusivamente uma vari ante em que es petava um pic ador de gelo directamente no crânio do doente, desde um ponto l ogo acima do canal lacrimal com a ajuda de um martel o, rodando-se depois o mesmo para destruir as vias aí localizadas. Supostamente a atractividade deste procedimento seria o seu baixo custo e o desejo social de silenc iar doentes psiqui átricos incómodos. A leucotomia ganhou tal popularidade que foi inclusivamente praticada em crianças com mau comportamento. Cerca de 50.000 doentes foram tratados s ó nos Estados Unidos . Com a ajuda destes abusos, a leucotomia foi abandonada quando s urgiram os primeiros fármacos anti psicóticos. Durante muito tempo foi considerada algo injustamente como um episódio barbárico na história da Psiquiatria, sendo comum a compara ção à técnica da flebotomia (ou sangria) na his tória da medicina interna. leucotomia pré-frontal vs lobotomia frontal Ø Leucotomia pré-frontal e lobotomia frontal são duas técnicas absolutamente distintas. Ø Leucotomia pré-frontal (Egas Moniz, 1936) – do grego leuco = branco + tomos = corte - significa corte da substânc ia branca localizada no região pré-frontal do cérebro. Este corte é feito através de um pequeno instrumento desenvolvido por Egas Moniz designado por leucótomo. Ø Por outro lado, lobotomia frontal foi uma técnica desenvolvida por Walter Freeman (1895-1972) e James Watts (1904-1994) e ampl amente executada nos EUA por estes dois cientistas (do grego lobos = porção, parte + tomos = corte, ou seja, corte do lobo frontal). O instrumento cirúrgico usado era uma espécie de picador gelo e o acesso era transorbital. A Leucotomia Hoje Ø Hoje em dia a leucotomia tal como exemplificada por Egas Moniz já não é praticada devido aos efeitos secundários severos. Ø No entanto ainda hoje se pratic am raramente t écnicas directamente descendentes da leucotomia original, mas com inflicção de lesões selectivas em regiões bem delimitadas. Ø Os efeitos secundários destas técnicas são bem mais incomuns, mas devido à irreversibilidade do tratamento e às mudanças na personalidade do doente inevi táveis, elas são utilizadas apenas em última instância caso todos os outros tratamentos possíveis tenhamse revelado ineficazes. Ø É assim praticada em alguns casos de dor crónica intratável (tratamento paliativo), neurose obsessiva, ansiedade crónica ou depressão profunda prolongada. Diferenças Funcionai s das Regiões Cerebrais Ø Lobo frontal Ø Ø Ø Ø Ø Ø Actividade motora Linguagem Pensamento Concentração Memória de trabalho Comportamento social e personalidade Ø Lobo parietal Ø Processamento da sensibilidade corporal Ø Capacidades visuo-construtivas Ø Lobo temporal Ø Processamento das informações auditivas Ø Memorização Ø Lobo occipital Ø Processamento das informações visuais Diferenças Funcionai s das Regiões Cerebrais Ø Lobo frontal Ø Ø Ø Ø Ø Ø Actividade motora Linguagem Pensamento Concentração Memória de trabalho Comportamento social e personalidade Ø Lobo parietal Ø Processamento da sensibilidade corporal Ø Capacidades visuo-construtivas Ø Lobo temporal Ø Processamento das informações auditivas Ø Memorização Ø Lobo occipital Ø Processamento das informações visuais Diferenças Funcionai s das Regiões Cerebrais Ø Lobo frontal Ø Ø Ø Ø Ø Ø Actividade motora Linguagem Pensamento Concentração Memória de trabalho Comportamento social e personalidade Ø Lobo parietal Ø Processamento da sensibilidade corporal Ø Capacidades visuo-construtivas Ø Lobo temporal Ø Processamento das informações auditivas Ø Memorização Ø Lobo occipital Ø Processamento das informações visuais Lateralização Funcional entre hemisférios Ø Hemisfério esquerdo linguagem e outras informações de carácter simbólico (cálculo, raciocínio abstrato) Ø Hemisfério direito integração global multi-sensorial (identificação de uma paisagem, melodia de uma música, informação do sistema emocional) Fig. 2.21 The left and right brain have different information processing styles. The right brain gets the big pattern; the left focuses on small details. Table of Contents Exit Lateralização de função Ø Lesão do corpo caloso interfere com a troca de informação entre hemisférios. Ø Epilepsia é uma condição caracterizada por episódios repetidos de actividade neuronal sincronizada excessiva Ø Em casos intratáveis os doentes podem ser submetidos a cirurgia de corte do corpo caloso para evitar o envolvimento do lado contralateral. Split Brain Pati ents Ø Devido ao centro da linguagem se localizar no hemisfério esquerdo estes doentes não conseguem verbalizar o que está a ser percepcionado pelo hemisfério direito Áreas de Associa ção Corticais Ø Áreas que não são puramente sensitivas nem motoras mas relacionadas com as funções nervosas superiores prefrontal Ø Servem para associar input sensorial a resposta motora e executar os processos mentais de interpreta ção da informação sensitiva , associação de percepções com experiências prévias, focar a aten ção e explorar o ambiente temporal parietal occipital Áreas de Associa ção Corticais Informação aferente ↓ Córtex sensitivo primário ↓ Área de associação unimodal ↓ Área de associação multimodal sensitiva ↓ Área de associação multimodal motora (lobo frontal) ↓ Programação e planeamento dos movimentos ↓ Córtex pré motor e motor primário Áreas de Associa ção Multimodal Áreas de Associação Multimodal: 1 – Anterior – frontal Planeamento motor, produ ção de linguagem, julgamento 2 – Límbica – frontal, temporal, parietal Emoção, memória 3 – Posterior – parieto-temporal Atenção, localização visuoespacial, linguagem Córtex de associação Prefrontal Ø 2 regiões: Ø dorsolateral: planeamento estratégico de comportamento motor, memória de trabalho Ø orbitofrontal: respostas emocionais, “personalidade” Ø Lesões no córtex prefrontal : Deficits Cognitivos, problemas com memória de trabalho Deficiente planeamento estratégico Alterações de personalidade e emocionais Córtex de associação Prefrontal Wisconsin Card Sort Test (WCST) Sort by color Sort by shape Sort by number Córtex de associação Parietal Ø Estereognosia Ø Relação espacial incuindo espaço extrapessoal e imagem corporal Ø Lesão à direita: “neglect” contralateral Mecanismos de Atenção: assimetria hemisférica Córtex de associação Temporal Ø Ø Ø Ø Memória Verbal (esq) Padrões de estimulos, discriminação musical (dt) Reconhecimento de objectos Reconhecimento de faces (bilateral) Ø Lesões no córtex de associação temporal: problemas na memória verbal problemas de discriminação visual ex. prosopagnosia: incapacidade para reconhecer e identificar rostos (lesão entre lobo temporal e occipital) Prosopagnosia Oliver Sacks The man who mistook his wife for a hat Córtex de associação Occipital Ø Percepção visual ØLesões do córtex de associação occipital: agnosia visual (incapacidade de reconhecimento visual de objectos na ausência de disfun ções ópticas) Sumário: Córtex Associação Ø Áreas importantes para as funções nervosas superiores, cognição e memória Ø Especialização regional do córtex de associação: Ø No lobo parietal – atenção a estimulos complexos externos e motivações internas Ø No lobo temporal - identificação e reconhecimento de estimulos complexos Ø No lobo frontal – planeamento de respostas adequadas a estimulos complexos Envolvidas na construção de uma percepção unificada dos vários aspectos do mundo exterior Funções Nervosas Superi ores Ø Atenção Ø Aprendizagem e Memória Ø Linguagem Ø Percepção Visuo-espacial Ø Cálculo Ø Pensamento Abstracto Ø Funções Executivas Funções Nervosas Superi ores Ø Atenção Ø Aprendizagem e Memória Ø Linguagem Ø Percepção Visuo-espacial Ø Cálculo Ø Pensamento Abstracto Ø Funções Executivas Atenção Ø processo multidimensional e relacionado com consciência. Ø “Inatenção” ou “neglect” são os opostos da atenção. Ø Neglect espacial é a tendência a ignorar o lado esq do corpo ou parte esq de objectos.Com frequência associada com lesão hemisférica dta Funções Nervosas Superi ores Ø Atenção Ø Aprendizagem e Memória Ø Linguagem Ø Percepção Visuo-espacial Ø Cálculo Ø Pensamento Abstracto Ø Funções Executivas Aprendizagem e Mem ória Ø Aprendizagem Ø aquisição de informação que permite alterar o comportamento com base na experiência Ø Memória Ø retenção e armazenamento da informação adquirida Duração da Memória Ø Memória de curta dura ção Ø Dura segundos a horas Ø Relacionada com hipocampo Ø Memória de longa dura ção Ø Dura anos Ø Envolve várias regiões do neocórtex Tipos de Mem ória Ø Memória explícita – envolve consciência Ø Memória episódica (para eventos) Ø Memória semântica (para palavras, para factos) Ø Memória implícita – não envolve consciência (memória reflexa) Ø Memória não associativa Ø Habituação Ø Sensibilização Ø Memória associativa Ø Reflexo condicionado clássico Ø Reflexo condicionado operativo Ø Priming Ø Hábitos e perícias Memória explícita versus implícita Ø Memória explícita: Ø factos Ø datas Ø eventos Ø Hipocampo é fundamental Ø Memória implícita: Ø Como executar uma dada actividade (ex. Andar de bicicleta) Ø Gânglios da base são fundamentais (dorsal striatum / caudate-putamen) Memória de trabalho Ø Forma de mem ória explícita de curta dura ção que mantém a informação disponível por curto per íodo de tempo enquanto o indiv íduo planeia ac ção baseada nisso Ø Envolve lobo frontal Tipos de mem ória Tipos de Memória Memória Explícita Episódica Semântica Lobo temporal Memória Implícita Priming Perícias Mem. associativa Neocórtex Estriado Amigdala e cerebelo Mem. não associativa Vias reflexas Tipos de Mem ória Ø Memória explícita – envolve consciência Ø Memória episódica (para eventos ) Ø Memória semântica (para palavras, para factos) Ø Memória implícita – não envolve consciência (memória reflexa) Ø Memória não associativa Ø Habituação Ø Sensibilização Ø Memória associativa Ø Reflexo condicionado clássico Ø Reflexo condicionado operativo Ø Priming Ø Hábitos e perícias Memória Explícita Ø Hipocampo é apenas local temporário da memória de longa duração, mediando os passos iniciais para armazenamento de longa duração no neocórtex Ø Doentes com lesões no hi pocampo conseguem recordar memórias antigas mas não conseguem armazenar memórias novas de longo termo Ø Doentes com lesões em áreas de associação corticais têm defeitos na memória semântica e episódica de longo termo Ø Áreas do neocórtex especializadas no armazenamento da memória episódica são as áreas de associação do lobo frontal Memória Explícita Processamento da memória explícita: Ø Codificação Ø Processamento de informação nova Ø Consolidação Ø Processo de alteração da informação nova, ainda lábil, para a tornar em memória de longo termo Ø Armazenamento Ø Mecanismo de retenção ao longo do tempo Ø Recuperação Busca e uso da informação armazenada Tipos de Mem ória Ø Memória explícita – envolve consciência Ø Memória episódica (para eventos ) Ø Memória semântica (para palavras, para factos) Ø Memória implícita – não envolve consciência (memória reflexa) Ø Memória não associativa Ø Habituação Ø Sensibilização Ø Memória associativa Ø Reflexo condicionado clássico Ø Reflexo condicionado operativo Ø Priming Ø Hábitos e perícias Memória Implícita não associ ativa Relacionada com a aprendizagem das propri edades de um estímulo único Ø Habituação Ø Repetição de estimulo neutro várias vezes Ø Diminuição progressiva da resposta evocada Ø Sensibilização Ø Estimulo agradável/desagradável Ø Aumento progressivo da resposta evocada Tipos de Mem ória Ø Memória explícita – envolve consciência Ø Memória episódica (para eventos ) Ø Memória semântica (para palavras, para factos) Ø Memória implícita – não envolve consciência (memória reflexa) Ø Memória não associativa Ø Habituação Ø Sensibilização Ø Memória associativa Ø Reflexo condicionado clássico Ø Reflexo condicionado operativo Ø Priming Ø Hábitos e perícias Memória Implícita associativa Relacionada com a aprendizagem da relação entre 2 estímulos Ø Reflexo Condicionado Clássico o sujeito aprende que um determinado estimulo prevê um evento Memória Implícita associativa Relacionada com a aprendizagem da rela ção entre um estimulo e um comportamento Ø Reflexo condicionado operativo (aprendizagem tentativa-erro) Ex: animal se desempenhar determinada tarefa recebe recompensa (comida) O sujeito aprende a prever as consequências de um comportamento Sumário Ø Memória tem vários estadios Ø Memória de longa dura ção está representada em m últiplas regiões do sistema nervoso Ø Memória explícita e implícita envolvem circuitos neuronais diferentes Ø Memória explícita está relacionada com fac tos e experiências que podem ser rel embradas por esforço consciente e relatadas verbalmente Ø Armazenamento de longa dura ção da memória explícita requere funcionamento do l obo temporal Ø Memória implícita está relacionada com mem ória motora e perceptiva, ligada a estimulos, e expressa-se na execução de tarefas sem esforço consciente Ø Memória implícita envolve o cerebelo e a amigdala Funções Nervosas Superi ores Ø Atenção Ø Aprendizagem e Memória Ø Linguagem Ø Percepção Visuo-espacial Ø Cálculo Ø Pensamento Abstracto Ø Funções Executivas Linguagem Ø Permite compreensão da palavra f alada e escrita e a expressão de ideias em discurso e escrita Ø Lateralidade dextra e lateraliza ção da linguagem são fenómenos que se associam com grande f requência mas não constituem uma rela ção funcional obrigatória Linguagem Linguagem Linguagem Avaliação da linguagem Fluência do discurso Avaliação da linguagem Fluência do discurso Compreensão Avaliação da linguagem Fluência do discurso Compreensão Nomeação Avaliação da linguagem Fluência do discurso Compreensão Nomeação Repetição Avaliação da linguagem Ø Afasia – alteração da linguagem que não é devida a defei tos de visão, audição ou paralisia motora Afasia de Broca Afasia de Broca Afasia de Broca ØNão fluente ØCompreende ØNão nomeia ØNão repete Afasia de Wernicke Afasia de Wernicke Afasia de Wernicke ØFluente ØNão Compreende ØNão nomeia ØNão repete Afasia Global Afasia Global Afasia Global ØNão fluente ØNão Compreende ØNão nomeia ØNão repete Afasia de Nomeação Afasia de Nomeação Afasia de Nomeação ØFluente ØCompreende ØNão nomeia ØRepete Outras alterações Ø Afasia de condu ção Ø Afasia transcortical motora Ø Afasia transcortical sensitiva Ø Alexia – perda da capacidade de leitura Ø Agrafia – perda da capacidade de escrita Dislexia Ø Problema específico na aprendizagem da leitura Ø Visão adequada, QI alto Ø Comum em rapazes e esquerdinos Ø Observações post-mortem revelaram anomalias no arranjo das células corticais (alterações que podem ter ocorrido durante gestação na altura da migração celular) Funções Nervosas Superi ores Ø Atenção Ø Aprendizagem e Memória Ø Linguagem Ø Percepção Visuo-espacial Ø Cálculo Ø Pensamento Abstracto Ø Funções Executivas Funções Nervosas Superi ores Ø Atenção Ø Aprendizagem e Memória Ø Linguagem Ø Percepção Visuo-espacial Ø Cálculo Ø Pensamento Abstracto Ø Funções Executivas Praxia Ø Realização de actos motores voluntários adaptados a um objectivo definitivo Apraxia Ø É a incapacidade de executar uma sequência de movimentos, apesar da sensibilidade, motricidade e compreensão da tarefa estarem intactos. Ø Incapacidade de realizar actos complexos que exigem sequências de contracções musculares ou uma estratégia planeada (ex.: pentear o cabelo, escovar os dentes) Apraxia Ø Apraxia Ideomotora (motora): não consegue executar gestos com significado simbólico tradicional. Pode envolver muscultura dos membros, tronco ou bucofacial. Ex: sinal da cruz, chamar alguém com a mão, gesto de des pedida, mostrar os dentes, assobiar, mastigar Ø Apraxia ideativa: não consegue executar de forma lógica e harmoniosa uma sequência de movimentos. Ø Apraxia Construtiva: não consegue construir representações. Ex: desenhar uma casa, uma árvore, um quadrado Ø Apraxia do Vestir: não consegue colocar objectos no próprio corpo. Ex: casaco, anel. Ø Apraxia do olhar Ø Apraxia da marcha Mini Mental State (Folstein et. al., 1975) Ø Questões agrupadas em 7 categorias: Ø Orientação no tempo (data, hora); Ø Orientação no espaço (local espec ífico e geral); Ø Repetição de 3 palavras; Ø Atenção e cálculo; Ø Recordação das 3 palavras; Ø Linguagem (nomea ção, repetição, leitura e escrita); Ø Capacidade construtiva visual MMS Mini Mental State Examination (MMSE) 1. Orientação (1 ponto por cada resposta correcta) Em que ano estamos? _____ Em que mês estamos? _____ Em que dia do mês esta mos? _____ Em que dia da semana estamos? _____ Em que estação do ano estamos? _____ Em que país estamos? _____ Em que distrito vive? _____ Em que terra vive? _____ Em que casa estamos? _____ Em que andar estamos? _____ Nota:____ 2. Retenção (contar 1 ponto por cada palavra correctamente repetida) "Vou dizer três palavras; queria que as repetisse, mas só depois de eu as dizer todas; procure ficar a sabê-las de cor". Pêra _____ Gato _____ Bola _____ Nota: ____ 3. Atenção e Cálculo (1 ponto por cada resposta correcta. Se der uma errada mas depois continuar a subtrair bem, consideram-se as seguintes como correctas. Parar ao fim de 5 respostas) "Agora peco-lhe que me diga quantos são 30 menos 3 e depoi s ao número encontrado vol ta a tirar 3 e repete assim até eu lhe dizer para parar". 27_ 24_ 21 _ 18_ 15_ Nota: _____ MMS Mini Mental State Examination (MMSE) 4. Evocação (1 ponto por cada resposta correcta.) "Veja se consegue dizer as três palavr as que pedi há pouco para decorar". Pêra ______ Gato ______ Bola ______ 5. Linguagem (1 ponto por cada resposta correcta) a. "Como se chama i sto? Mostrar os objectos: Relógio ____ Lápis______ b. "Repita a frase que eu vou dizer: O RATO ROEU A ROLHA" Nota:____ Nota:____ Nota:____ c. "Quando eu lhe der esta folha de papel, pegue nela com a mão direita, dobre-a ao meio e ponha sobre a mesa"; dar a folha segurando com as duas mãos. Pega com a mão direita____ Dobra ao meio ____ Coloca onde deve____ Nota:____ d. "Leia o que está neste cartão e faça o que lá diz". Mostrar um cartão com a frase bem legível, "FECHE OS OLHOS"; sendo analfabeto lê-se a frase. Fechou os olhos____ Nota:____ e. "Escreva uma frase inteira aqui". Deve ter sujeito e verbo e fazer sentido; os erros gramaticais não prejudicam a pontuação. Frase: Nota:____ MMS Mini Mental State Examination (MMSE) 6. Habilidade Construtiva (1 ponto pela cópia correcta.) Deve copiar um desenho. Doi s pentágonos parcialmente sobrepostos; cada um deve ficar com 5 lados, dois dos quais intersectados. Não valorizar tremor ou rotação. Cópia: Nota:____ TOTAL(Máximo 30 pontos):____ n n n n n Scoring: 24-30 May indicate normal cognitive functioning 20-23 Mild cognitive impairment 10-19 Moderate cognitive impairment 0-9 Severe cognitive impairment Sistema Límbico Ø Ø Ø Tecido cortical em redor do hilo do hemisfério cerebral associado à amigdala, hipocampo e núcleos do septo Tem poucas conexões com o neocórtex mas actividade do neocórtex pode modificar comportamento emocional Após estimulação mantêm descargas prolongadas Funções Límbicas Ø Olfacto Ø interpreta experiência como agradável ou desagradável Ø Respostas autonómicas – alterações na pressão arterial e respiração Ø Comportamento sexual Ø Gera emoções de raiva e medo Ø Memória Ø Motivação Hipocampo Ø Ø Ø Ø Ø Tem conecções com o córtex cerebral e estruturas basais do sistema límbico É um “canal” adicional pelo qual estimulos sensoriais podem iniciar comportamentos com diversos propósitos Estimulação do hipocampo pode causar prazer, raiva, impulso sexual etc. Característica importante do hipocampo é que cria respostas prolongadas Tem um papel importante na aprendizagem e memória Amigdala Ø Múltiplas conexões com córtex límbico e tb neocórtex dos lobos temporal, parietal e occipital Ø Expressão autonómica das emoções é mediada pela amigdala pelas suas conexões com o hipotálamo e SNA Ø Ø Estimulação da amigdala pode causar os mesmos efeitos que estimulação directa do hipotálamo – alterações na pressão arterial e frequência cardíaca, da motilidade gastro-intestinal, defecação e micção e também raiva, fuga, medo e indução de comportamentos sexuais Conexão com o neócortex permite incorporação da aprendizagem e da experiência nas emoções Emoções Ø Ø Hipotálamo e sistema límbico relacionados com geração e expressão das emoções Emoções têm componente mental e físico e englobam Ø Cognição Ø Afecto Ø Exercício da vontade Ø Alterações fisicas Expressões som áticas e viscerais Ex. sudação, aumento da FC CIRCUITO B ÁSICO DAS EMOÇÕES CIRCUITO CIRCUITODE DEPAPEZ PAPEZ Primeiro modelo Primeiro modelosobre sobreoocircuito circuitoneural neural das EMOÇÕES das EMOÇÕES Regiões Regiõescorticais corticaiseesubcorticais subcorticais Riqueza Emocional Neocórtex Giro do Cíngulo HIPOCAMPO Tálamo Anterior Aferências sensoriais Experiência Emo cional Hipotálamo Expressão visceral da emoção Medo Ø Ø Ø AMIGDALA discrimina estímulos associados ao medo e alerta o organismo; disparador do medo e ansiedade Ø Evidências múltiplas suportam a ideia que os núcleos da amigdala estão relacionados com o registo das memórias que evocam medo Estimulação do hipotálamo e núcleos da amigdala em animais causa reacções de medo Destruição das amigdalas – causa desaparecimento da reacção de medo e das manifestações autonómicas e endócrinas Nos humanos ver faces com expressões de medo activa a amigdala esquerda Ansiedade Ø Ø Ansiedade está associada com aumento bilateral do fluxo sanguíneo na região anterior do lobo temporal Receptor α2 GABAA media a ansiedade Raiva e Placidez Ø Ø Ø Ø Há um balanço entre raiva e placidez Em animais com determinadas lesões cerebrais este balanço está alterado Ataques de raiva são observados após remoção de neocórtex e certas zonas do hipotálamo Destruição bilateral dos núcleos da amigdala causam um estado anormal de placidez mas destruição subsequente dos núcleos ventromediais do hipotálamo converte placidez em raiva Raiva e Placidez Ø Ø Ø Hormonas afectam comportamento agressivo Castração diminui agressividade e androgéneos aumentam Factores sociais também condicionam Sistema de Rec ompensa e P unição Ø Sistema límbico está relacionado com a natureza afectiva dos estimulos sensoriais, ou seja serem agradáveis ou desagradáveis Centros de recompensa O rato que se auto-estimulava até a exaustão, deixando de comer e dormir... Hipotálamo lateral Nucleo Ventromedial Certas regiões do tálamo e gg base Centros de Puni ção Animal aprende a desligar estimulador Subs. Cinzenta periaquedutal Zonas periventiculares do hipotálamp Amigdala e hipocampo Motivação ØSistemas de recompensa e de punição ØNúcleo Acumbens no estriado apresenta número elevado de receptores dopaminérgicos ØAgonitas dopaminérgicos envolvidos no sistema de recompensa e antagonistas no sistema de punição Adição ØAdição – uso repetido e compulsivo de uma substância apesar das suas consequências negativas para a saúde ØAssociada ao sistema de recompensa e em particular ao núcleo Acumbens ØDrogas como heroína, morfina, cocaína nicotina, etc. Afectam o cérebro em diferentes regiões mas têm em comum aumentar quantidade de dopamina (bloqueio da sua recaptação) Adição ØConsumo agudo estimula centros de recompensa ØAdição crónica envolve desenvolvimento de tolerância havendo necessidade de maiores quantidades para obtenção do mesmo efeito ØAbstinência causa sintomas físicos e psicológicos Comportamento Sexual Ø Ø Actividade sexual envolve várias partes do sistema nervoso e vários reflexos com integração na medula espinhal e centros do tronco cerebral mas componentes comportamentais são regulados pelo sistema límbico e hipotálamo Função endócrina hormonal (testosterona, estrogéneos) Controlo Ner voso na Mulher Controlo Ner voso no Homem Ø Ø Ø Remoção do neocórtex em animais machos inibe comportamento sexual Lesões da amigdala causam hipersexualidade Hipotálamo também está envolvido no controlo da actividade sexual nos homens Ø Ø Nos mamíferos a actividade sexual nas fémeas é cíclica Nas mulheres a actividade sexual ocorre ao longo de todo o ciclo menstrual mas há maior iniciativa espontânea durante a ovulação Comportamen to Maternal Ø Ø Ø Lesões em certas porções do córtex límbico deprimem comportamento maternal Prolactina facilita comportamento maternal Factores genéticos