10/06/2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Fundamentos de Engenharia Ambiental (DEA 07756) Prof. Celson Rodrigues 1. Poluição ambiental 1.1. Introdução à poluição ambiental 1.2. Poluição do ar 1.3. Poluição da água 1.4. Poluição por resíduos sólidos 1.1. Introdução à poluição ambiental Degradação (perburbação) do meio ambiente Ecologia Natural X Ecologia Humana 1 10/06/2013 1.1. Introdução à poluição ambiental Interação das ecologias natural e humana Ciclo natural de materiais Ciclo humano de materiais Matéria-prima Vegetais Herbívoros Produção Industrial Carnívoros Matéria-prima Sapróvoros (Materiais biogeoquímicos, minerais, terra, água, ar) Poluição Poluição Resíduos Consumo humano Resíduos 1.1. Introdução à poluição ambiental Crise ambiental POPULAÇÃO RECURSOS NATURAIS POLUIÇÃO 2 10/06/2013 1.1. Introdução à poluição ambiental Poluição Resultado da utilização dos recursos naturais pela população; (do latim polluere) = manchar, sujar. É uma alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas da atmosfera, litosfera ou hidrosfera que cause ou possa causar prejuízo à saúde, à sobrevivência ou às atividades dos seres humanos e outras espécies (Braga et al., 2005). 1.1. Introdução à poluição ambiental Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº. 6.938/81) Poluição degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde a segurança e o bem estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lance matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais. 3 10/06/2013 1.1. Introdução à poluição ambiental Distribuição espacial da poluição Pontual – quando a fonte está concentrada numa pequena superfície. Exemplo: um poço tubular ou escavado. 1.1. Introdução à poluição ambiental Distribuição espacial da poluição Difusa – quando a fonte de poluição se estende, mesmo com baixa concentração, sobre uma grande superfície. Exemplo: áreas de irrigação ou áreas urbanas, ou do transporte por via atmosférica. 4 10/06/2013 1.1. Introdução à poluição ambiental Distribuição espacial da poluição Linear – quando a fonte de poluição é um rio ou um canal. 1.1. Introdução à poluição ambiental Tipos de poluição Poluição da água Poluição do solo Poluição visual Poluição do ar Poluição sonora 5 10/06/2013 1.1. Introdução à poluição ambiental Efeitos da poluição - localização A. Localizados ou regionais: - mais conhecidos e perceptíveis áreas de grande densidade populacional/atividade industrial espalham-se para áreas vizinhas (conflitos intermunicipais, interestaduais e internacionais) B. Globais (efeito estufa e chuva ácida) afetarão o clima e equilíbrio global do planeta esforço conjunto (sociedade, mídia, governos) 1.1. Introdução à poluição ambiental Conseqüências da poluição Prejuízo a saúde humana (transmissão de doenças); Danos a flora e fauna; Prejuízos materiais; Prejuízos às atividades econômicas e culturais; Desfiguração da paisagem. Desvalorização de áreas. 6 10/06/2013 1.1. Introdução à poluição ambiental Poluidor “A pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental”. 1.1. Introdução à poluição ambiental Avaliação da poluição Indicador de poluição: parâmetro ou grupo de parâmetros utilizado para medir o grau de poluição. Exemplo: pH, DBO, CO, bactérias, etc. Padrão de qualidade: parâmetro ou grupo de parâmetros utilizado para diagnosticar a poluição ambiental (estabelece a concentração aceitável de dado poluente no ambiente). 7 10/06/2013 1.1. Introdução à poluição ambiental Diagnóstico da poluição 1. Identificar as fontes poluidoras; 2. Associar poluentes às fontes poluidoras; 3. Escolher os indicadores de poluição; 4. Comparar os indicadores avaliados com os padrões de qualidade desejados; 5.Elaborar parecer sobre o grau de poluição ambiental no ambiente estudado. 1.1. Introdução à poluição ambiental Contaminante x Poluente Contaminante: qualquer substância que ocorra no meio ambiente em níveis mais elevados que os normais (naturais), entretanto sem ainda causar algum efeito danoso aos recursos ambientais. Poluente: qualquer substância que ocorra no meio ambiente em níveis mais elevados do que os normais (naturais), a ponto de afetar de forma indesejável/danosa a qualidade e a utilidade de um ou mais recursos ambientais. 8 10/06/2013 1.1. Introdução à poluição ambiental Poluente Entende-se como poluente qualquer forma de matéria (substância/composto) emitida ao ambiente com intensidade e em quantidade (concentração) em desacordo com os níveis pré-estabelecidos, que tornem o ambiente: I) Impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; II) Inconveniente ao bem estar público; III) Danosos aos materiais, à fauna e a flora; IV) Prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e das atividades normais da comunidade (valor recreativo). 1.1. Introdução à poluição ambiental Poluente: “substância no lugar errado” Estratosfera: entre 15 km e 50 km de altitude. O ozônio não é poluente. Os CFC’s são poluentes. TERRA Troposfera: do nível do mar até 15 km de altitude. O ozônio é poluente. Os CFC’s não são poluentes. 9 10/06/2013 1.1. Introdução à poluição ambiental Classificação - Poluentes I) POLUENTES PRIMÁRIOS: São os poluentes emitidos diretamente de fontes identificáveis (CO, NOx, SO2, HCs e material particulado). II) POLUENTES SECUNDÁRIOS: São os poluentes produzidos na atmosfera pela interação entre dois ou mais poluentes primários, com ou sem ativação fotoquímica (O3, HNO3, H2SO4, H2O2, PAN...). 1.2. Poluição do ar A Poluição do ar ocorre quando são lançadas para a atmosfera partículas, gases e vapores (aerossóis) gerados por industrias, centrais termoelétrica (fontes fixas)...... ....veículos automotivos, navios, trens,....... (fontes móveis) 10 10/06/2013 1.2. Poluição do ar Composição do ar Ar: mistura de gases relativamente fina ao redor da Terra. Principais componentes: N2 – 78,09% O2 – 20,95% Argônio – 0,93% CO2 – 0,032% 1.2. Poluição do ar Principais Poluentes: Monóxido de Carbono (CO) É produzido pela combustão incompleta de compostos que tenham carbono como gasolina, álcool, diesel... Altamente tóxico Óxidos de Nitrogênio (N2O, NO, NO2) É formado pela reação de N2 e O2 que ocorre no interior de motores de automóveis Formação de chuva ácida Óxidos de Enxofre (SO3, SO2) Produzido na combustão de compostos que contêm enxofre Formação de chuva ácida 11 10/06/2013 1.2. Poluição do ar FONTES E CARACTERÍSTICAS DE ALGUNS POLUENTES NA ATMOSFERA Características Principais Fontes Antropogênicas Partículas de material sólido ou líquido que ficam suspensos no ar, na forma de poeira, neblina, aerossol, fumaça, fuligem, etc. Tamanho < 100 micra Processos industriais, veículos automotores (exaustão), poeira de rua ressuspensa, queima de biomassa. Pólen, aerossol marinho e solo. Processos de combustão (indústrias e veículos automotores), aerossol secundário (formado na atmosfera). Pólen, aerossol marinho e solo. Poluente Partículas Totais em Suspensão (PTS) Partículas de material sólido ou líquido que ficam suspensos Partículas Inaláveis(PM10) no ar, na forma de poeira, neblina, aerossol, fumaça, fuligem, etc. Tamanho < 10 micra Principais Fontes Naturais Dióxido de Enxofre (SO2) Gás incolor, com forte odor, altamente solúvel. Na presença de vapor d'água pode ser transformado a SO3 passando rapidamente a H2SO4, sendo um dos principais constituintes da chuva ácida. É um importante precursor dos sulfatos, um dos principais componentes das partículas inaláveis. No verão, através dos processos fotoquímicos, as reações do SO2 são mais rápidas. Combustão de combustíveis Vulcões, emissões de fósseis (carvão), queima de óleo reações biológicas. combustível, refinaria de petróleo, veículos a diesel. Óxidos de Nitrogênio (NOx) Podem levar a formação de HNO3, nitratos e compostos orgânicos tóxicos. Processos de combustão envolvendo veículos automotores, industrias, usinas termoelétricas (óleo, gás, carvão) e incineração. Processos biológicos no solo e relâmpagos. Monóxido de Carbono (CO) Gás incolor, inodoro e insípido. Combustão incompleta em geral, principalmente em veículos automotores. Queimadas e reações fotoquímicas. Ozônio (O3) Gás incolor, inodoro nas concentrações ambientais e o principal componente da névoa fotoquímica mais conhecido como smog. Composto muito ativo quimicamente. Não é emitido diretamente à atmosfera, sendo produzido fotoquimicamente pela radiação solar sobre os NOx e compostos orgânicos voláteis (VOCs). 1.2. Poluição do ar EFEITOS DOS PRINCIPAIS POLUENTES NA ATMOSFERA Poluente Efeitos sobre a Saúde Efeitos Gerais ao Meio Ambiente Partículas Totais em Suspensão (PTS) Causam efeitos significativos em pessoas com doenças pulmonares, como asma e bronquite. Danos a vegetação, redução da visibilidade e contaminação do solo. Partículas Inaláveis(PM10) Aumento de atendimentos hospitalares e mortes prematuras. Insuficiências respiratórias pela deposição deste poluente nos pulmões. Danos a vegetação, redução da visibilidade e contaminação do solo. Dióxido de Enxofre Desconforto na respiração, doenças respiratórias, agravamento de doenças respiratórias e (SO2) cardiovasculares já existentes. Pessoas com asma, doenças crônicas de coração e pulmão são mais sensíveis ao SO2. Irritação ocular. Óxidos de Nitrogênio (NOx) Aumento da sensibilidade à asma e à bronquite. Monóxido de Carbono (CO) Causa efeito danoso no sistema nervoso central, com perda de consciência e visão. Exposições mais curtas podem também provocar dores de cabeça e tonturas. Ozônio (O3) Irritação nos olhos e vias respiratórias, diminuição da capacidade pulmonar. Exposição a altas concentrações pode resultar em sensações de aperto no peito, tosse e chiado na respiração. O O3 tem sido associado ao aumento de admissões hospitalares. Pode levar a formação de chuva ácida, causar corrosão aos materiais e danos à vegetação. Pode levar à formação de chuva ácida, danos a vegetação. Danos às colheitas, à vegetação natural, plantações agrícolas; plantas ornamentais. Pode danificar materiais devido ao seu alto poder oxidante. 12 10/06/2013 1.2. Poluição do ar Inversão Térmica – efeito do clima VERÃO INVERNO (INVERSÃO TÉRMICA) Essa poluição é mais intensa no outono e inverno, quando ocorrem inversões térmicas (períodos em que o ambiente não favorece a dispersão de poluentes) ou ventos de baixa velocidade. 1.2. Poluição do ar Consequência da Inversão Térmica Smog fotoquímica É um aerossol branco , intensamente irritante aos olhos e mucosas, composto por uma série de poderosos agentes oxidantes, com o ozônio, peroxinitratos (ROONO2) e aldeídos (carros a álcool). 13 10/06/2013 1.2. Poluição do ar 1.2. Poluição do ar CHUVA ÁCIDA A chuva “limpa” tem um pH levemente ácido (5,6) devido a presença de gás carbônico (CO2) na atmosfera, que ao reagir com a água forma o ácido carbônico. CO2 + H2O → H2CO3 (Ác. Fraco) A acidez extra da chuva provem da reação de contamintes aéreos, principalmente óxidos de enxofre (SO2) e óxidos de Nitrogênio (NOx) com a água presente no ar, formando ácidos fortes (H2SO4 e HNO3) SO2 + H2O → H2SO4 NO2 + H2O → HNO3 14 10/06/2013 1.2. Poluição do ar Principais conseqüências da Chuva Ácida 1.2. Poluição do ar EFEITO ESTUFA É conseqüência do acumulo de alguns gases na atmosfera, tais como: gás carbônico e metano. Estes gases permitem a passagem da radiação solar (raios UV) e absorvem grande parte do calor (radiação IV térmica) emitida pela superfície terrestre. 15 10/06/2013 1.2. Poluição do ar Gases causadores do efeito estufa Dióxido de carbono (CO2) – 64% Clorofluorcabonetos (CFC’s), Metano (CH4), Ácido Nítrico (HNO3) e Ozônio (O3). 1.2. Poluição do ar Conseqüências do Efeito Estufa 16 10/06/2013 1.2. Poluição do ar Buraco na camada de Ozônio Radiação UV Formação do gás Ozônio 1.2. Poluição do ar Destruição do Ozônio pelo CFC Radiação UV ClO Cl - Cl Ozônio O2 17 10/06/2013 1.2. Poluição do ar Principais emissores 1.2. Poluição do ar Conseqüências do buraco na camada de ozônio 18 10/06/2013 2.2. Poluição do ar Consequências do buraco na camada de ozônio 1.2. Poluição do ar Queimadura Envelhecimento precoce Melanoma Carcinoma 19 10/06/2013 1.2. Poluição do ar Poluição por Monóxido de Carbono (CO) 1.2. Poluição do ar A ação do CO O CO tem mais afinidade com a hemoglobina do que o oxigênio CO Meta-hemoglobinemia, também conhecida por "meta-Hb“. 20 10/06/2013 1.2. Poluição do ar CIANOSE 1.3. Poluição da água Principais formas de poluição da água As principais formas de poluição que afetam as nossas reservas de água (superficiais e subterrâneas) são: Reservas de água Poluição Sedimentar Biológica Térmica Despejo de substâncias 21 10/06/2013 1.3. Poluição da água Quantidade de água disponível A quantidade de água doce disponível para consumo é extremamente escassa Distribuição da água no planeta A cada 1000 L 97,5% nos oceanos 975 L 1,8% em geleiras 18 L 0,6% nas camadas subterrâneas 6L 0,015% nos lagos e rios 150 mL 0,005% de umidade no solo 50 mL 0,0009% em forma de vapor na atmosfera 0,00004% na matéria viva 9 mL 0,4 mL 1.3. Poluição da água Quantidade de água disponível Nos últimos 15 anos a oferta de água limpa disponível/habitante diminuiu ≅ 40%. O uso da água na agricultura deverá aumentar nos próximos anos. Em 20 anos deverá ocorrer uma crise relacionada a disponibilidade de água. O Brasil possui 12 % da água doce disponível no mundo 9,6% na região amazônica 2,4% no resto do país Atende 5% da população Atende 95% da população Estima-se que 50% da população brasileira não tenha acesso a água tratada. 22 10/06/2013 1.3. Poluição da água Quantidade de água disponível Os oceanos contêm a maior parte da água do planeta (975 litros a cada 1.000). Uma molécula de água passa 98 anos a cada 100 em meio ao oceano. A água do mar apresenta 3,3% de sais dissolvidos (principalmente NaCl(aq)). Uma pessoa pode beber água com até 5g de sal/kg de água. Os oceanos contêm 35 g de sal/kg de água (7 vezes mais). osmose Uma pessoa que bebe apenas água do mar acabará morrendo. A água do mar também não pode ser usada na agricultura ou na indústria. O excesso de sal mataria as plantações (também por osmose); deterioraria maquinários, entupiria válvulas e explodiria caldeiras. 1.3. Poluição da água Tipos de poluição da água Pontual ou Difusa Descarga de efluentes a partir de indústrias e de estações de tratamento de esgoto Escoamento superficial urbano, escoamento superficial de áreas agrícolas e deposição atmosférica São bem localizadas, fáceis de identificar e de monitorar Espalham-se por toda a cidade, são difíceis de identificar e tratar 23 10/06/2013 1.3. Poluição da água Poluição sedimentar Acúmulo de partículas em suspensão (solo, produtos químicos insolúveis) Qual a origem O que causam Partículas do solo Extração mineral Desmatamentos Erosões Interferem na fotossíntese e na capacidade dos animais encontrarem alimentos Produtos químicos insolúveis Extração mineral Esgotos e fluentes Adsorvem e concentram os poluentes biológicos e os poluentes químicos 1.3. Poluição da água Poluição biológica Presença de microorganismos patogênicos, especialmente na água potável. 4 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável tratada 2,9 bilhões de pessoas vivem em áreas sem coleta ou tratamento de esgoto Controle simples Adição de NaClO Ou Ca(OH)2 Fervura da água Apesar disso 250 milhões de casos de doenças (cólera, febre tifóide, diarréia, hepatite A) são transmitidas pela água por ano 10 milhões desses casos resultam em mortes (50% são crianças) 24 10/06/2013 1.3. Poluição da água Poluição térmica Descarte de grandes volumes de água aquecida em rios e oceanos Diminui a quantidade de oxigênio dissolvido (43,39 mg de O2/kg de H20 a 20 °C) Diminui do tempo de vida de algumas espécies aquáticas Altera os ciclos de reprodução Aumenta a quantidade de gás carbônico na atmosfera (0,86 L de CO2/L de H2O a 20 °C) Aumenta a velocidade das reações entre os poluentes presentes na água Potencializa a ação nociva dos poluentes 1.3. Poluição da água Poluição por despejode substâncias Substâncias tóxicas cuja presença na água não é fácil de identificar nem de remover Em geral os efeitos são cumulativos e podem levar anos para serem sentidos Os poluentes mais comuns das águas são: Fertilizantes agrícolas Esgotos doméstico e industrial Compostos orgânicos sintéticos Plásticos Petróleo Metais pesados 25 10/06/2013 1.3. Poluição da água Poluição por fertilizantes agrícolas 111Íons NO3(aq) (0,3 mg/L), NO2(aq) , HPO24(aq) (0,02 mg/L) e H2PO4(aq) Usados sem critério Excesso é levado pela chuva Lençóis subterrâneos, lagos e rios Fitoplâncton Algas macroscópicas Reprodução acelerada Ao morrerem são decompostos por microrganismos aeróbios Cobrem a superfície isolando a água do oxigênio do ar Eutrofização Eutrofização 26 10/06/2013 1.3. Poluição da água Poluição por esgoto doméstico e industrial 1.3. Poluição da água Poluição por esgoto doméstico e industrial Matéria orgânica biodegradável Bactérias, vírus, larvas e parasitas Explosão na população de microrganismos Coliformes fecais ⇒ doenças Consumo de oxigênio Brasil: 30% das praias são impróprias 27 10/06/2013 1.3. Poluição da água Poluição por compostos orgânicos sintéticos 1.3. Poluição da água Poluição por compostos organo-sintéticos 28 10/06/2013 1.3. Poluição da água Pesticidas e metais pesados se acumulam ao longo da cadeia alimentar Biomagnificação 1.3. Poluição da água Poluição por petróleo Grandes acidentes Pequenos acidentes Vazamentos em poços de petróleo, superpetroleiros, rompimentos de dutos Vazamentos de óleo de motor de barcos e de carros Exxon Valdez: 42 milhões de litros Somente no Canadá: 300 milhões de litros/ano Kuwait: 200.000 t no Golfo Pérsico Rio Barigüi: 4 milhões de litros Baia de Guanabara: 1,3 milhão de litros 95% dos danos 5% dos danos 29 10/06/2013 1.3. Poluição da água Poluição por petróleo 1.3. Poluição da água Poluição por petróleo As aves marinhas ficam com o corpo impregnado de óleo Deixam de reter o ar entre as penas e morrem afogadas ao mergulhar O óleo penetra no bulbo causando intoxicação Mesmo as aves tratadas acabam morrendo 30 10/06/2013 1.3. Poluição da água Poluição por petróleo No mangue o óleo impede as árvores de captar o oxigênio do ar causando sua morte Os crustáceos morrem pela falta de alimento (folhas decompostas) Além disso, o óleo fecha as brânquias, por onde respiram, e superaquece a lama, seu hábitat. No acidente da baía de Guanabara espécies como o caranguejo-uça podem ter sido extintas 1.3. Poluição da água Poluição dos oceanos Os oceanos respondem por 16% da oferta de proteína animal do planeta A fotossíntese realizada por fitoplânctons e por outras plantas marinhas: Produz oxigênio, O2(g), que é liberado para a atmosfera Consome gás carbônicos, CO2(g), que é retirado da atmosfera O CO2(g) precipita para grandes profundidades, onde é arrastado lentamente por correntes profundas demorando séculos para retornar à atmosfera Os oceanos contêm 20 vezes mais CO2(g) do que o que há em todas as florestas do mundo e em outras biomassas terrestres. Excesso de CO2(g) na atmosfera provoca elevação na temperatura do planeta e desequilíbrio nos ecossistemas 31 10/06/2013 1.3. Poluição da água Poluição por metais pesados Cu, Zn, Pb, Cd, Hg, Ni e Sn Pilhas e baterias Mineração (garimpo) Aterro sanitário Rios e mares Contaminação de águas subterrâneas, córregos e riachos Os oceanos recebem por ano 400.000 t de metais pesados 80.000 t só de mercúrio Bioacumulação ⇒ danos ao SNC 1.4. Poluição por resíduos sólidos Definição Resíduos Sólidos (ABNT - NBR 10004) •Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades industriais, domésticas, hospitalares, comerciais, agrícola, de serviços..... •Ficam incluídos lodos provenientes de sistemas de tratamento de água; gerados em equipamentos para o controle de poluíção, bem como líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamentoe inviáveis em face a melhor tecnologia disponível. 32 10/06/2013 1.4. Poluição por resíduos sólidos Geração de RSU • A quantidade de RSU produzida por um ser humano varia de 1 a 5 kg / dia; • Em uma semana dá para encher um estádio para 80.000 pessoas com o RSU produzido por uma cidade como São Paulo; • O RSU é uma fonte de riquezas. No Brasil são desperdiçados cerca de R$ 4,6 bilhões por ano por não se reciclar tudo que é reciclável. 1.4. Poluição por resíduos sólidos Tempo de Decomposição dos Resíduos Sólidos Produto Tempo de decomposição Jornais De 14 a 42 dias Papel De 1 a 4 meses Guardanapos 3 meses Restos Orgânicos De 2 meses a 1 ano Madeira 6 meses Cigarro e Fósforos 2 anos Chiclete 5 anos Nailon Acima de 30 anos Plástico Acima de 100 anos Latas de Alumínio Acima de 1.000 anos Vidro Acima de 1 milhão de anos Depende das condições em que o material estiver mantido. Ex.: exposto ao sol, chuva, água do mar etc. 33 10/06/2013 1.4. Poluição por resíduos sólidos Periculosidade de um resíduo •Característica apresentada por um resíduo, que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas pode apresentar: I) Riscos à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices; II) Riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado (manuseio e destino) de forma inadequada. 1.4. Poluição por resíduos sólidos Classificação dos Resíduos Sólidos Perigosos (Classe I) e Não-Perigosos (Classe II) A classificação de resíduos envolve a identificação (Quali e Quantitativa) dos constituintes e suas caracteristicas. Comparação com tabelas (ABNT) de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido. 34 10/06/2013 1.4. Poluição por resíduos sólidos a) Perigosos - Resíduos Classe I São aqueles que em função de suas propriedades apresentam riscos à saúde pública e/ou ao meio ambiente ou uma das seguintes características: • Inflamabilidade (P.Fulgor < 60 oC, < 20% álcool, ...); • Corrosividade (2 < pH < 12,5); • Reatividade (instável, rçs explosivas c/ água, CN, S,..); • Toxicidade; • Patogenicidade (microorganismos ou toxinas capazes de gerar doenças). Não incluem resíduos sólidos domiciliares ou gerados em ETE. Ex. Metais pesados (Cr, Pb,...), solventes 1.4. Poluição por resíduos sólidos Perigosos - Resíduos Classe I Inflamável: • Ser Líquido e ter Pto Fulgor < 60 oC; • Não ser líquido e ser capaz de, a 25°C e 1atm) produzir fogo por fricção, absorção de umidade oui por alterações químicas espontâneas e, qdo inflamada, queimar vigorosamente e persistentemente. • Ser oxidante (fonte de oxigênio), estimulando a combustão, aumentando a intensidade do fogo; 35 10/06/2013 1.4. Poluição por resíduos sólidos Perigosos - Resíduos Classe I Corrosivo: • Ser aquoso e apresentar (2 < pH < 12,5); • Quando não aquosa, sua mistura com água (1:1 em peso) gerar uma solução que apresente (2 < pH < 12,5); • Ser líquida ou, quando misturada em peso equivalente de água, produzir um líquido e corroer o aço (COPANT 1020) a uma razão maior que 6,35 mm ao ano (T 55°C). 1.4. Poluição por resíduos sólidos Perigosos - Resíduos Classe I Reativo: • Ser instável e reagir de forma violenta e imediata, sem detonar; • Reagir violentamente com água (Na°); • Formar misturas potencialmente explosivas com água; • Gerar gases, vapores e fumos tóxicos (em quantidade suficiente para provocar danos a saúde pública ou ao meio ambiente), quando misturados com água; • Possuir em sua cosntituíção íons CN- (250 mg HCN/kg) e S= (500 mg H2S/kg de resíduo); • Ser explosivo. 36 10/06/2013 1.4. Poluição por resíduos sólidos Perigosos - Resíduos Classe I Tóxico: • Quando o extrato obtido desta amostra, segunda a ABNT NBR 10005, contiver um dos contaminantes em concentrações superiores aos valores pré-estabelecidos. Ex. Benzeno (limite 0,5 mg.L-1) (Cód. Ident. D030) • Quando possuir uma ou mais substância tabeladas (Anxo C – ABNT NBR 10004). Ex. ácido fórmico (Código Ident. U123.) • Ser constituídos por restos de embalagens contaminadas com pesticidas, .... • Ser comprovadamente letal ao homem. 1.4. Poluição por resíduos sólidos Perigosos - Resíduos Classe I Patogênico: • Deve conter microorganismos patogênicos, proteínas virais, DNA, RNA, organismos geneticamente modificados, toxinas capazes de produzir doenças em homens, animais e vegetais. • Obs. Os resíduos gerados nas estações de tratamento de esgotos domésticos e os resíduos sólidos domiciliares não são classificados segundo os critérios de patogenicidade. 37 10/06/2013 1.4. Poluição por resíduos sólidos b) Resíduos Classe II – Não Perigosos •Resíduos Classe IIA – Não Inertes Não se enquadram nas classificações de Resíduos Classe I – Perigosos ou Classe IIA – Inertes. Podem apresentar características de combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade com possibilidade de acarretar riscos a saúde ou ao meio ambiente. 1.4. Poluição por resíduos sólidos •Resíduos Classe IIB – Inertes Quaisquer resíduos que, quando amostrados de forma representativa e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituíntes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, exceto em relação aos aspectos: cor, turbidez, dureza e sabor. Ex. Rochas, tijolos, vidros, .... 38 10/06/2013 1.4. Poluição por resíduos sólidos Seco: papéis, couro, metais, vidros... Características físicas Molhado: Lodos de ETE, restos de comida.... Classificação Orgânico: CHO; madeira, restos de alimentos... Composição Química Inorgânico: compostos por produtos manufaturados: plástico, velas, tecidos, ... 1.4. Poluição por resíduos sólidos Quanto a origem Resíduos Serviço de Saúde: Provenientes de qualquer unidade que execute atividades de natureza médicoassistencial às populações humanas ou animais. (Ex. agulhas, algodão, curativos, luvas....) Elevada presença de organismos patogênicos. Resíduos de Atividades Rurais: decorrentes da atividade agrosilvopastoril (Embalagens de adubos, defensivos agrícolas,...) 39 10/06/2013 1.4. Poluição por resíduos sólidos Quanto a origem Resíduos Urbanos: Provenientes de residências ou qualquer outra atividade que gere resíduos com características domiciliares (Resíduos de limpeza Pública). *Presença reduzida de resíduos tóxico Resíduos Industriais: provenientes de atividades de produção de bens, pesquisa, mineração (Resíduos gerados em estabelecimentos Industriais). * Elevada presença de Resíduos tóxicos. 1.4. Poluição por resíduos sólidos Resíduos Industriais 40 10/06/2013 1.4. Poluição por resíduos sólidos Quanto a origem Resíduos Serviço de Transporte: decorrentes da atividade de transporte humano ou de carga. Resíduos sépticos – Inspeção sanitária em Portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários.... Material de higiene pessoal e restos de comida Resíduos Radioativos: materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superios aos limites pré-estabelecidos. Ex. Urânio, Césio, Tório, Cobalto...... 1.4. Poluição por resíduos sólidos Resíduos Hospitalares Porção contaminada com vírus ou bactérias patogênicas, procedentes principalmente de salas de cirurgia e curativos, clinicas dentárias, laboratórios de análises,.... Considera-se tratamento adequado, qualquer processo que , em condições de total segurança e eficiência, modifica as suas características físicas, químicas e biológicas, impedindo a disseminação dos agentes patogênicos ou de qualquer outra forma de contaminação acima de limites aceitáveis. 41 10/06/2013 Perturbação dos ecossistemas POLUIÇÃO - FINAL pode ser por Causas naturais Causas humanas Ocupação do território Poluição do da da causada por Atmosfera Solo pode ser causada por Água Construção de edifícios Pesticidas CFC Entulhos pode ser causada por Agricultura Vários gases poluentes Lixos domésticos e industriais dão origem a Destruição de habitats Pode levar à Desertificação Metais pesados Podem originar Matéria orgânica Crude origina origina Eutrofização Bioacumulação Marés negras provocam Dióxido de enxofre óxido de N destroem Ozono estratosférico Efeito estufa provoca Aquecimento global Chuvas ácidas 42