igreja cristã maranata – presbitério espírito santense

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IGREJA CRISTÃ MARANATA – PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE
Vila Velha/ES, 26 de fevereiro de 2008
A GRANDE PÁSCOA
Tanto se fala em Páscoa e tão pouco se sabe sobre sua origem e significado. É,
portanto, necessário saber logo a verdade acerca de assunto tão sério.
Temos uma referência aos judeus e aos cristãos. Leva-nos isto a buscar as origens
destas festas em ambos os casos.
A Bíblia – Palavra de Deus - é a fonte de informação em ambos os casos.
Gn 12:1 - “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela e da
casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.”
Abrão e sua mulher Sarai saíram de Ur, na Caldéia, para habitarem numa terra
desconhecida. Deus tinha um plano que foi cumprido porque eles obedeceram e, dirigidos
por Deus, foram para Harã e depois para Canaã (Gn 12:5).
Deus lhe prometeu uma grande descendência e através desta descendência Deus
iria realizar duas grandes maravilhas:
Primeira: Dar para o mundo Sua Santa Palavra, de tal sorte que o homem não
andaria sem orientação, sem rumo. A Palavra de Deus lhe seria como uma bússola a
guiá-lo.
Segunda: Através deste povo Deus mandaria ao mundo o seu filho Jesus, para
salvar o homem, sendo o Cordeiro de Deus que um dia morreria na cruz.
E a Páscoa?
Sim, vamos continuar. Abraão teve um filho, Isaque e este teve dois filhos, Esaú e
Jacó. Jacó teve uma grande família com doze filhos, que vieram a formar o povo hebreu,
os judeus, hoje conhecidos como israelitas.
Estes filhos tinham lutas em casa, disputas para serem favoritos do pai e assim
invejaram o carinho que Jacó dispensava a um dos últimos filhos, José.
Resolveram matá-lo, mas ao verem uma caravana de midianitas que se dirigia para
o Egito, resolveram vender José. No Egito, José sofreu muito com calúnias, difamações,
cárcere, mas ele era fiel a Deus e Deus o amava e o guardava, porque havia um plano de
salvar a própria família. Assim Deus o abençoou a ponto de se tornar governador do
Egito, a segunda pessoa depois de Faraó.
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Houve uma terrível fome em toda a terra e só no Egito havia comida, isso porque
José foi avisado a respeito da fome, através de um sonho dado a Faraó, e cuidou de
armazenar alimentos.
Poucos sabem desta bela história.
O povo de Israel cresceu, multiplicou-se muito e o Faraó amigo de José e o próprio
José morreram. Outros governos vieram e passaram a escravizar aquele povo.
Trabalhavam dias e dias por 400 anos, não ganhavam salário, eram chicoteados,
maltratados e ali eles se lembraram de um fato importante: Deus prometeu aos nossos
pais, Abraão, Isaque e Jacó uma terra para nossa habitação. Como voltar? O Faraó não
nos deixará ir e ele tem carros para matar qualquer que fugir. Vamos orar, pedir a Deus
que nos tire desta escravidão. Queremos ser livres, queremos voltar para a terra.
Deus chamou um homem cujos pais eram escravos e que esconderam o filho
quando o Faraó ordenou que os bebês homens que nascessem fossem mortos. Este
Faraó queria com isto enfraquecer o povo, porque já eram muitos.
O bebê foi posto num cesto no rio e a filha do Faraó o tomou para si e chamou-o
Moisés, porque das águas foi tirado.
Deus havia preparado este homem desde que era um bebê. Moisés foi criado no
palácio; conheceu toda a cultura do Egito, mas um dia fugiu de lá e foi para Midiã.
Tornou-se um pastor de ovelhas e Deus o chamou (Ex 3:10) – “Vem agora, pois, e
eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo (os filhos de Israel) do Egito”.
Moisés dirigiu-se ao Faraó.
Ex 5:1-2: “Assim diz o Senhor Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me
celebre uma festa no deserto. Mas Faraó disse: Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei,
para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tão pouco deixarei ir Israel.”
Depois de muitas lutas, Moisés disse ao povo o recado de Deus.
Ex 12 – Matem um cordeiro para cada família, passem o sangue nos umbrais das
portas, nas vergas, porque eu, o Senhor, destruirei os primogênitos de todas as casas
onde não houver sangue. Este sangue será proteção. Enviarei um anjo que passará pelas
casas, e vendo sangue estarão salvos, e se não houver sangue serão mortos.
Fizeram como Deus ordenou, comeram o cordeiro inteiro, assado, o que
sobrou foi destruído. Comeram também ervas amargas e pães asmos, sem fermento.
Cada detalhe era importante.
Manifestaram sinceridade, pureza, através do asmos; as ervas amargas, para
manifestar o sofrimento que a escravidão lhes causava.
Deixa meu povo ir para me celebrarem uma festa.
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Celebrareis esta festa todos os anos e ensinareis a vossos filhos que o vosso Deus
é o Deus de Israel e que vos deu este grande livramento: não serem mais escravos, mas
livres.
Portanto a festa judaica (Pesach), Páscoa, representa a libertação para uma nova
vida.
E A PÁSCOA DOS GENTIOS?
O Senhor Jesus é o Cordeiro Pascoal .
Ele veio ao mundo para morrer por nós e o seu sangue derramado na cruz do
calvário nos liberta da escravidão do pecado.
Para os servos do Senhor Jesus, os salvos, a Páscoa é a redenção e é
comemorada não num dia de calendário, mas todos os dias alegram-se por serem
livres das amarguras que o pecado escravizador traz.
O Senhor Jesus, antes de morrer, chamou os seus servos, Pedro e João e deulhes uma ordem:
Lucas 22:8 “Preparai-nos a páscoa, para que a comamos.” Pedro, João e outros
eram judeus, conheciam as comemorações da páscoa judaica; esta seria nova para eles.
Jesus apresentava-se como o próprio cordeiro.
A Palavra nos ensina que Jesus pegou um cálice com vinho de uva, deu graças
a Deus Pai e deu aos seus discípulos para beberem.
Depois pegou o pão, partiu, deu aos seus discípulos e disse: este pão fala do
meu corpo que será partido por vós.
Jesus apresentou uma nova páscoa, um novo testamento, não mais com
cordeiro, pães asmos e ervas amargas.
Desde sua morte no Calvário, nós iríamos lembrar este sacrifício todos os dias de
nossas vidas e a Páscoa verdadeira foi registrada na Bíblia com orientação para os
servos fiéis.
Lucas 22:19–20 - “E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho,
dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo
Testamento do meu sangue, que é derramado por vós.”
Assim Jesus mostrou que no passado morria um cordeiro, hoje Jesus é o Cordeiro
de Deus que morreu por nós. Ele tira a amargura de nossas vidas, trazida pelo pecado.
Ele lava nossos pecados com seu sangue e nos dá o seu Espírito Santo.
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Nossa Páscoa é a Páscoa dos que aguardam a volta do Cordeiro de Deus, Jesus;
é vivida todos os dias até a sua volta.
Repassamos uma frase de uma menina do ensino fundamental, lamentando o mal
entendido que o mundo aprende sobre a Páscoa.
“Hoje o mundo comemora a Páscoa totalmente diferente da Bíblia, trocam o
cordeiro por coelho, e o sangue por chocolate.”
Páscoa significa passar por cima. É o que foi feito pelo anjo para promover a
libertação do cativeiro do Egito.
Nossa Páscoa é a libertação do mundo, do pecado e do mal que o assola.
O sangue nos umbrais das casas é passado agora no coração dos que crêem no
Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus. Ele está vivo no meio da sua Igreja Fiel e é segurança
da saída deste mundo para o encontro com Ele no arrebatamento.
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