Herança Multifatorial - REMendel

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Herança Multifatorial
Rodrigo Coutinho de Almeida, PhD
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Esboço
Primeira parte:
Mendel;
Fenótipos mendelianos;
Causas da variação;
Caracteres qualitativos x Caracteres quantitativos;
Experimento de Nilsson-Ehle (1909) Coloração de grãos de trigo;
Exemplos e exercícios;
Segunda parte:
Estatística e Genética Quantitativa;
Herdabilidade;
Exemplos e exercícios;
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Gregor Mendel
1.  Os alelos de um gene são
dominantes ou recessivos;
2.  Alelos diferentes de um
gene segregam-se durante
a formação dos gametas;
3.  Os alelos de diferentes
genes são distribuídos de
modo independente
Os sete traços que Mendel
observou http://www.lgmh.ufpr.br/
Cor da
semente
Formato
verde
lisa
amarelo
Cor da flor
roxo
branco
rugosa
Posição da flor
Cor da
casca
Formato
da vagem
verde
lisa
amarelo
ondulada
Altura da planta
alta
baixa
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Genética mendeliana
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Dominância incompleta
Tabaco: Plantas altas x anãs
•  P
X
J. Kolreuter (1760) •  F1
Por que temos esse resultado
intermediário?
Tabaco: Plantas altas x anãs
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•  F2
1
2
3
4
5
•  Sete classes fenotípicas
6
7
Distribuição das freqüências
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20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
1
2
3
4
5
6
7
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Dominância incompleta
Nilsson-Ehle http://www.lgmh.ufpr.br/
Carácter simples: Cor de grãos de trigo
Distribuição descontínua
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Se fosse uma característica monogênica...
Geração P
Geração F1
aa
AA
Aa
Geração F2
1 AA (vermelho-escuro) : 2 Aa (vermelho intermediáro) : 1 aa (branco)
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Mas é uma característica poligênica...
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ü  O trabalho de Nilsson – Ehle mostrou que um
padrão complexo de herança podia ser explicado
pela segregação e distribuição de vários genes.
ü  Uma característica de herança complexa não
apresenta as proporções mendelianas simples,
mas segue as mesmas leis.
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§  A maioria das características não apresentam
padrões simples de herança:
são determinados por vários pares de genes
HERANÇA POLIGÊNICA
PADRÃO COMPLEXO DE HERANÇA
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Modelo Quantitativo para características herdáveis
Comparou alturas de crianças e seus pais Primeiro a usar análise de regressão para mostrar que a altura das crianças foram influenciadas por herança Francis Galton (1886) http://www.lgmh.ufpr.br/
Modelo Biométrico/Debate Mendeliano
Debate da altura e da
ervilha. (1900)
Biométricos
Mendelianos
Primeiro
a usar o
termo
Genética
Karl Pearson
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Modelo Biométrico/Debate Mendeliano
Biometricistas
Argumentavam que a seleção de
variações contínuas poderia alterar a
média de uma população dentro de
poucas gerações, permitindo o aparecimento gradual de novas características
populacionais.
Mendelianos
atribuíam mais importância, em
diferentes graus, às variações
descontínuas.
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Características Mendelianas
podem contribuir para uma distribuição contínua
1918
Hipótese: a genética de características complexas
e doenças comuns envolverá muitas variantes
genéticas que atuam de uma maneira
quantitativa (não determinista)
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Criou o termo genótipo e fenótipo;
Cunhou o termo gene;
Realizou experimentos com feijões;
Pesando os feijões, cruzando e pesando a
prole obtida ele sugere uma participação
(além da genética) do ambiente na variação;
Wilhelm Johannsen http://www.lgmh.ufpr.br/
Johannsen constatou que, em contraste
com o argumento biométrico, a seleção
dentro de uma linha pura foi totalmente
ineficaz. Demonstrou que os genótipos são
estáveis, e não em um estado de “mudança
contínua”, como os biometricistas
argumentavam.
Wilhelm Johannsen: mostrando a distribuição de tamanho de feijões. Fonte: hFp://www.wjc.ku.dk/wilhelm/ http://www.lgmh.ufpr.br/
Johannsen: seleção arKficial Johannsen começou a trabalhar com as
bases da seleção artificial: como obter
plantas mais eficientes.
Ele começou com cruzamentos aleatórios na
População (feijão). Pegou os melhores para
serem os pais da geração seguinte.
A próxima geração teve uma média alterada
na direção que ele desejava.
E na próxima geração ele obteve o mesmo
resultado.
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Trabalho de Eduard W. East
ü Estudou o tamanho da corola de flores do tabaco
ü Em uma linhagem pura, o tanho da corola tinha em média 41mm e em outra,
tinha em média 93mm
ü Entretanto, dentro de cada linhagem pura, East observou variação fenotípica
ü Mas se eram linhagens puras, como explicar a variação fenotípica
Variação Ambiental
Variação
genética
Variação
ambiental
Herança do tamanho da corola em tabaco. Pelo menos 5
genes parecem estar envolvidos
Segregação
genética
Variação
genética
Variação
ambiental
HERANÇA MULTIFATORIAL
(QUANTITATIVA)
VF = VG + VA
Influências
ambientais
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Pontos importantes:
ü  Herança poligênica é um tipo de herança, na qual participam dois
ou mais pares de genes com segregação independente, resultando
em um efeito cumulativo de vários genes envolvidos, cada um
contribuindo com uma parcela para a formação da característica.
ü  Na determinação do caráter quantitativo existe a participação
de um sistema de genes pertencentes a locos diferentes, e que
todos, ou parte deles, têm efeito cumulativo, usualmente
denominado efeito aditivo, o que significa que a manifestação
fenotípica total dependeria das pequenas contribuições de genes
pertencentes a vários locos independentes.
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ü Este tipo de variação, na qual o caráter
apresenta apenas estados contrastantes, é
chamado variação fenotípica descontínua
(discreta)
CARACTERES
QUALITATIVOS
Alguns exemplos:
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§ 
§ 
§ 
§ 
§ 
§ 
§ 
§ 
§ 
§ 
Altura
Peso
Tamanho do corpo
Cor da pele
Cor dos olhos
Pressão arterial
Malformações congênitas
Aspectos comportamentais
Inteligência
Susceptibilidade a doenças comuns (câncer, diabetes, doenças do
coração, autoimunes, distúrbios psiquiátricos)
..
..
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Causas da Variação
•  Genética e Ambiental
–  Estatura
–  Peso
–  Produção de leite
Distribuição normal
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Jogar uma moeda 2 resultados Distribuição normal
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Jogar uma moeda 3 resultados Distribuição normal
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Jogar uma moeda 5 resultados Distribuição normal
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Jogar uma moeda 11 resultados Distribuição normal
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Resultados infinitos Distribuição normal
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Expressividade máxima
Expressividade mínima
do carácter
do carácter
Expressividade média
do carácter
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•  Quanto maior o
número de genes, mais
contínua é a variação
fenotípica – CURVA
NORMAL
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Caracteres quantitativos x Caracteres qualitativos
QUANTITATIVAS
Efeito individual do gene
sobre a característica é pequeno
QUALITATIVAS
Poucos pares de genes
(geralmente um)
Efeito individual do gene
sobre a característica é grande
Sofrem grande influência
do ambiente (P=G+E)
Sofrem pouca ou nenhuma
influência do ambiente (P=G)
Têm distribuição
fenotípica contínua
Têm distribuição fenotípica
em classes bem definidas
Muitos pares de genes
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Caracteres qualitativos x Caracteres quantitativos
Variação descontínua
Variação contínua
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Características quantitativas
•  Herança Multifatorial
–  Muitos genes influenciam o mesmo
caráter de modo cumulativo e sofrem
influência ambiental.
Genética Quantitativa
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Cor da pele em humanos
(Modelo de Davenport, 1913)
ü  Como explicar as várias tonalidades entre brancos e negros?
Davenport (1913), sugeriu que 2 pares de genes determinam a cor da pele (hoje, sabe-se
que são mais de 2):
A = B : + melanina
a = b : - melanina
Característica é determinada pelo efeito
aditivo dos vários genes
Há uma variação contínua ou gradual, o que significa que entre os extremos
(negro e branco) existem diversos fenótipos intermediários.
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Cor da pele em humanos
(Modelo de Davenport, 1913)
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Exercício
Respostas http://www.lgmh.ufpr.br/
a)MC x ME Aabb x AABb AB Ab b) Hindus = aaBB x aaBB (puro) 100% MM aaBB AB Ab Ab AABb AAbb AABb AAbb Ab AABb AAbb AABb AAbb ab AaBb Aabb AaBb Aabb ab AaBb Aabb AaBb Aabb ME AABb ou AaBB MM Aabb ou AaBb MC Aabb ou aaBb N AABB Br aabb ¼ MC:8/4 MM : ¼ MC ou 1MC: 2MM: 1MC Brasileiros = AaBb x AaBb AB Ab AB Ab AB AABB AABb AABB AABb Ab AABb Aabb AABb AAbb aB AaBB AaBb AaBB AaBb ab AaBb Aabb AaBb Aabb 1N : 4ME : 6MM: 4MC:1B http://www.lgmh.ufpr.br/
Existem 2 tipos de herança multifatorial:
1.  Características que variam continuamente na população;
2.  Características que se manifestam quando é
ultrapassado um um limiar genético subjacente
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ü Características de variação contínua tais como tamanho da corola, cor do
grão de milho, altura são controlados por vários fatores, tanto genéticos quanto
ambientais
ü Existem características descontínuas que também são multifatoriais
ü Ex.: algumas pessoas nascem com
fenda labial. Sabe-se que esta
condição se deve a fatores genéticos e
ambientais, mas ela não é uma
característica quantitativa no sentido
usual
ü Pessoas a expressam ou não
ü A manifestação é descontínua
ü Entretanto, os fatores genéticos e ambientais que predispõem
uma pessoa a presentá-la variam quantitativamente
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Herança com limiar
ü Quando a variável subjacente excede um determinado
nível, a característica aparece
ü Este tipo de característica é portanto chamado de
característica com limiar
normais
AABBCCDD…..
aabbccdd…..
Algumas pessoas possuem
alelos que as predispões a
desenvolver a fenda labial.
Há, de fato uma tendência
genética a desenvolver a
condição. Só nas pessoas
cuja tendência ultrapassa o
limiar de fato estão em risco
Há um acúmulo de alelos de
susceptibilidade, prediposição
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Características com Limiar
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Exemplos de doenças complexas
com limiar
Artrite reumatóide
Vários tipos de câncer
Esclerose múltipla
Obesidade
Diabetes
Asma alérgica
Hipertensão
Doenças cardíacas
Doenças psiquiátricas: esquizofrenia, autismo
Doença celíaca
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Herança Multifatorial
Com limiar
(Complexa, descontínua)
ou
Sem limiar
(Quantitativa, contínua)
Em ambas há influência ambiental
Como sabemos que características tais
como fenda labial, cânceres, entre outras
são influenciadas por fatores genéticos?
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Importante •  A semelhança entre parentes, estudos com gêmeso e a
resposta ao cruzamento seletivo indicam que
características complexas têm base genética;
•  Algumas características complexas podem ser
quantificadas;
•  Muitos fatores genéticos e ambientais infuenciam a
variação observada nas características quantitativas;
•  As segregações fenotípicas podem ser um modo de
estimar o número de genes que influenciam uma
característica quantitativa;
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Estatística da Genética Quantitativa
ü  Para características de variação quantitativa, análises
genéticas rotineiras do tipo que fizemos com a cor das
sementes de ervilhas estão fora de questão
ü Recorre-se a um modelo diferente de análise, baseado em
descrições estatísticas da fenótipo em uma população
ü Média (x̅ ou µ) – centro da distribuição
ü Variância (s2) – dispersão dos dados ao redor da média
ü Desvio padrão (s) – raiz quadrada da variância
ü 1 - coletar os dados (constituir a amostra)
ü 2 – representá-los graficamente como uma distribuição de
freqüência
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CUIDADO! Tem Fórmula! Média, Variância e Desvio Padrão
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Xi são os dados das amostras
n é o número de observações
Média
Para medir a dispersão dos dados
Variância
S2=
(x1 – X)2 + (X2- X)2 + ..... (Xn –X)2
(n-1)
Desvio Padrão
s=
s2
Para melhor interpretação
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Características quantitativas:
distribuição normal ou quase normal.
Parâmetros
Estatísticos:
Média;
Variância;
Desvio Padrão
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Decomposição da variância
fenotípica
T = µ + g + e •  µ = média dos
valores da
característica na
população.
•  g = desvio da
média decorrente de
fatores genéticos.
•  e = desvio da
média decorrente
dos fatores
ambientais.
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Decomposição da variância
fenotípica
ou
Variação fenotípica
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Herdabilidade no sentido amplo
(H2)
•  Proporção da variação fenotípica que é devida a
fatores genéticos.
ou
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Herdabilidade em Sentido Amplo
H2 = varia de 0 a 1
Mais próxima de 1, maior proporção da variabilidade é
atribuída a diferenças genéticas
H2 de uma característica é diferente em cada população
e em cada conjunto de ambientes
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CALCULAR A HERDABILIDADE...
• Tempo de maturação do trigo (dias)
Tempo médio de maturação
Classe modal
X : média da amostra
s : desvio padrão
s2 : variância
VT = Vg + Ve
VT = Ve = Tempo de maturação (dias) http://www.lgmh.ufpr.br/
• Tempo de maturação do trigo (dias)
Tempo médio de maturação
Classe modal
X : média da amostra
s : desvio padrão
s2 : variância
VT = Vg + Ve
VT = 14,26 dias Ve = variação de F1 Tempo de maturação (dias) http://www.lgmh.ufpr.br/
• Tempo de maturação do trigo (dias)
Tempo médio de maturação
Classe modal
X : média da amostra
s : desvio padrão
s2 : variância
VT = Vg + Ve
VT = 14,26 dias Ve = 2,88 Tempo de maturação (dias) http://www.lgmh.ufpr.br/
• Tempo de maturação do trigo (dias)
Tempo médio de maturação
Classe modal
X : média da amostra
s : desvio padrão
s2 : variância
VT = Vg + Ve
Vg = 14,26 – 2,88 Vg = 11,38 H2 = 11,38/14,26
H2 = 0,798 Tempo de maturação (dias) http://www.lgmh.ufpr.br/
Interpretação
Este resultado nos diz que aproximadamente 80%
da variabilidade observada no tempo de maturação
do trigo se deve a diferenças genéticas entre
indivíduos;
O restante da variação (20%) é em função da
resposta dos indivíduos à variação do ambiente;
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Pontos importantes
ü Importante: a herdabilidade é propriedade de um
caráter, numa população num determinado ambiente.
ü Isto não pode ser extrapolado. Dizer, por exemplo,
que a herdabilidade do tempo de maturação do trigo é
80% está errado – é somente na população que
calculamos
ü Portanto, populações diferentes podem ter valores
diferentes de herdabilidade
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Herdabilidade no sentido restrito
(h2)
•  Variância genética pode ser decomposta em três
componentes: aditividade; dominância e
epistasia.
• 
Cada tipo de interação produz um tipo de
variância: variância aditiva (Va ou s2a); variância de
dominância (Vd ou s2d) e variância epistática (Vi ou
s2i).
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Herdabilidade no sentido restrito
(h2)
Vg = Va + Vd + Vi ou
s2g = s2a + s2d + s2i VT = Va + Vd + Vi + Ve ou s2F = s2a + s2d + s2i + s2e
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Herdabilidade no sentido restrito
(h2)
h 2 = s2 a / s 2 F
ou
h 2 = Va / V T
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HERDABILIDADE EM SENTIDO RESTRITO
h2 = Parte da variância genética que pode ser usada
para prever os fenótipos da prole a partir dos fenótipos
parentais
VT = Va + Vd + Vi + Ve
Apenas Va é útil para prever os fenótipos da prole:
h2 = Va / VT
h2 = varia de 0 a 1
Mais próxima de 1, maior proporção da variância fenotípica que
é decorrente da variância genética aditiva è maior a capacidade
de prever o fenótipo da prole !!!
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O que podemos fazer conhecendo
a herdabilidade?
1. PREVER O FENÓTIPO DA PROLE
2. SELEÇÃO ARTIFICIAL (MELHORAMENTO
GENÉTICO)
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•  O QI de Marcos (M) é 110 e o de Fabiana (F) é
120 e o valor médio do QI da população é 100.
Marcos e Fabiana tiveram um filho, Oscar (O),
e gostariam de prever seu QI. Considere que a
h2 do QI foi estimada em 0,4 na população de
Marcos e Fabiana.
TO = µ + h2 [(TM + TF)/2 - µ]
TO = µ + h2 [Tp - µ]
TO = 100 + 0,4 [(110 + 120)/2 - 100] = 100 + 0,4 [115 - 100] = 100 + 6 = 106
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è Previsão de FenóOpos Frequência na população µ : 100, média da população
TP: valor médio parental
TM: 110, valor QI do pai (Marcos)
TF : 120, valor QI da mãe (Fabiana)
TO : valor QI do filho (Oscar)
(previsão)
h2 do QI = 0,4 TO = µ + h2 [(TM + TF)/2 - µ]
TO = µ + h2 [TP - µ]
72 è Previsão de FenóOpos TO = 106
Entre a média parental e a média da população µ < TO < TP
40% Frequência na população http://www.lgmh.ufpr.br/
Se, h2 do QI = 1
então, TO = TP Mas isto é uma previsão!!! 73 http://www.lgmh.ufpr.br/
Pontos importantes
ü O valor do QIO é um valor preditivo
ü Se procurássemos milhares de casais com QI médio
parental de 115, seria esperado que os QIs dos filhos
formassem uma distribuição de frequencias, cujo valor
médio seria 106
ü Entretanto, existiriam crianças com QI mais altos ou mais
baixos, ou até mesmo mais alto que os valores dos pais
ü Isso se deve à segregação mendeliana dos alelos que
influenciam o QI e de fatores do ambiente
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Pontos importantes
ü Num ambiente sem estímulo o QI do Orlando pode
ser inferior a 106
ü Num ambiente com muito estímulo o QI do Orlando
pode ser superior a 106
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Exercício
•  Se a variância genotípica Vg de um determinado
caráter em uma população corresponde a 1/4 de
variância ambiental Ve, qual deve ser o valor do
coeficiente de herdabilidade deste caráter nessa
população? Qual a melhor interpretação que
você confere a este coeficiente?
•  Suponha que a variância genética s2G = 25 e a
variância ambiental s2E = 100. Assim podemos
calcular a herdabilidade:
Resposta
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•  s2G = ¼ s2E
•  s2G = 25 e a variância ambiental s2E = 100.
Assim podemos calcular a herdabilidade:
H2 •  Significa que frente a uma variação fenotípica
dessa amostra, 20% se deve à variação entre
genótipos e os 80% restantes ao efeito do
ambiente
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Importante •  A herdabilidade em senKdo amplo inclui toda a variedade genéKca como uma fração da variância fenocpica total; •  A herdabilidade em senKdo restrito inclui apenas uma fração da variância fenocpica total; http://www.lgmh.ufpr.br/
Métodos para análise de características quantitativas
•  Métodos clássicos: estimativa de componentes da variância
fenotípica: variância genética e variância ambiental.
•  Cruzamentos experimentais: linhagens puras; F1 e F2.
•  Delineamentos experimentais: tipo de amostra disponível
para análise.
•  ANOVA (Análise de variância): variabilidade dentro dos
grupos e entre os grupos.
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Como sabemos que características
complexas são influenciadas por fatores
genéticos?
ü Comparações entre parentes!!!
ü Estudos com gêmeos são muito informativos
Gêmeos Monozigóticos (MZ) – compartilham “quase” 100% de seus genes
Gêmeos Dizigóticos (DZ) – compartilham 50% de seus genes
MZ
DZ
ü Por causa de sua identidade genética, esperamos que
gêmeos MZ sejam fenotipicamente mais similares que os DZ
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ü  Taxa de concordância para fenda labial:
ü MZ: 40%
ü DZ: 4%
ü A taxa de concordância muito maior para gêmeos MZ sugere
fortemente que fatores genéticos influenciam a probabilidade
de um indivíduo nascer com fenda labial
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Método de Correlação de Gêmeos
h2 = (Cmz - Cdz) / (100 - Cdz)
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Herdabilidade da habilidade verbal
Tipo de Gêmeo
Monozigóticos
Dizigóticos
N
149
200
Concordantes Discordantes
121 (81%)
28 (19%)
70 (35%)
130 (65%)
h2 = (Cmz - Cdz) / (100 - Cdz)
h2 = (81-35)/(100-35) = 71% http://www.lgmh.ufpr.br/
Exercícios
01) De acordo com os estudos de Bertelsen
(1979) a depressão bipolar apresentou
concordância percentual de 80% entre gêmeos
monozigóticos e 26% entre gêmeos dizigóticos.
Calcule a h2 desse distúrbio e explique o seu
significado.
h2 = (Cmz - Cdz) / (100 - Cdz)
Respostas 1)  Herdabilidade = (80-26)/(100-26) = 72%
2)  h2 = (Cmz - Cdz) / (100 - Cdz)
h2 = (60 -10) / (100 – 10) = 0.55 ou 55%
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Referências bibliográficas
•  Snustad e Simmons. Fundamentos de Genética.
4ª ed. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro,
2008.
•  Griffiths AJF, Wessler SR, Lewontin RC, Carroll SB.
Introdução à Genética. 9ª ed. Editora Guanabara
Koogan, Rio de Janeiro, 2008.
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