Felipe Fava Vagner Augusto Introdução O que é Arqueoastronomia Equinócio e Solstícios Estruturas * Menir isolado * Menires alinhados * Cromeleques * Dolmen Construções Lendárias * Pirâmides de Gizé * Esfinge Egípcia * Angkor Wat * Moais * Civilização Maia * Civilização Inca * Civilização Asteca Astronomia dos índios Brasileiros Arqueoastronomia na ilha de Florianópolis Conclusões Este trabalho vem a estudar a arqueoastrometria de alguns povos antigos que alinhavam suas construções com os corpos celestes para que coincidissem em determinados dias do ano, e pudessem determinar, a partir desse acontecimento, a época de alguns festivais religiosos, momento certo para a agricultura, caça e pesca... É o estudo da astronomia praticada por povos primitivos. Trata-se da ciência que estuda os sítios arqueológicos, suas construções e relação com a observação astronômica. Solstício significa a época do ano em que o Sol incide com maior intensidade em um dos dois hemisférios. No hemisfério sul, o solstício de verão acontece nos dias 21 ou 23 de dezembro e o solstício de inverno nos dias 21 ou 23 de junho, pelo fato da inclinação da terra em relação ao sol que é de 23,5º. Nas próximas paginas apresentaremos exemplos de como povos pré históricos alinhavam suas construções através de observações do céu ou crenças de determinada época, mediante religião, território ou agricultura. Ou seja... Nosso conhecimento em Astronomia começa lá, em um passado muito distante. Alguns menires ( grandes pedras movidas por grupos humanos para ficarem de pé, e sua sombra marcaria um dia ou uma época do ano), remontam 400.000 anos, como os que encontramos na península ibérica, alguns com mais de 7 metros de altura. Podem ser encontrados isolados ou em alinhamentos. *Kermario e possui 10 linhas com 982 menires; *Menec e possui 11 linhas com 1100 menires ao longo de 1,2 km; *Kerlescan tem 13 linhas e 540 menires. Ao olharmos de alguma distancia parece ser somente uma serie de construções no deserto do peru. Era assim que há 2.500 anos este povo que vivia na costa do Peru enxergava estas construções: Menires formando círculos ou elipses. O mais famoso é o Stonehenge, na Inglaterra. Stonehenge (do inglês arcaico "stone" = pedra, e "hencg" = eixo). Pouco se sabe dele, alem de que foi construído na idade do bronze, provavelmente para estudos astronômicos e cultos religiosos. Muita coisa não pode ser explicada em relação a Stonehenge: As pedras usadas em sua construção foram retiradas de uma pedreira a cerca de 400 quilômetros do local. Algumas com mais de 50 toneladas. Como foram transportadas? Como foram erguidas há cinco metros do solo? Os menires também podem ser construídos de forma a formar túmulos ou altares de sacrifício. Na década de 1980, o engenheiro e escritor Robert Bauval estudava as pirâmides de Gizé quando percebeu que uma das pirâmides da IV Dinastia Egípcia, a de Quéfren, estava levemente desalinhada em relação às outras duas, Quéops e Miquerinos. Posteriormente, Bauval conseguiu chegar à conclusão de que o pequeno desvio direcional correspondia de maneira exata à variação angular das estrelas que formam o cinturão de Órion. Mintaka, Alnitaka e Alnilan (hoje conhecidas como as Três Marias mas que a 3.000 anos faziam parte da constelação que os Egípcios chamavam Osíris.) A importância que os egípcios davam a orientação cardinal nas suas construções levou a um grande domínio de certas ferramentas como a trigonometria e a astronomia. As condutas de ar da sala sepulcral da Grande Pirâmide apontavam em direção à estrelas especificas do céu, no período de sua construção, o que permitiu datar com precisão a época. Esta orientação, segundo a crença egípcia, permitia ao Faraó encontrar o seu caminho no mundo dos mortos. O mais impressionante é que a abertura de ar mais importante da grande pirâmide de Gize aponta para a Estrela de Thuban, que era a Estrela Polar no hemisfério norte há 5.000 anos. Por fim, muitos pesquisadores acreditam que os egípcios tentaram, ao longo dos séculos, fazer uma copia fiel do céu em Gize, e se incluirmos todos os monumentos localizados naquele planalto, incluindo a Grande Esfinge, de fato temos um alinhamento quase ideal. O problema é que as datas não coincidem. As pirâmides foram construídas há cerca de 5.000 anos, e o alinhamento aponta para um céu de cerca de 10.500 anos. Com características diferentes, como o corpo de um leão e um rosto de ser humano. A mesma dupla que analisou as pirâmides de Gizé também analisou a esfinge e constatou que no mesmo ano, 10450 A.C., a esfinge teria seus olhos apontados justamente para a constelação de Leão. É um conjunto de templos Hindus que foi construído para o rei Suryavarman II no século XII D.C. Os pesquisadores Bauval e Hancock quando estavam pesquisando no Camboja repararam que a posição das estrelas lembrava a constelação de Dragão. Fizeram uma pesquisa no computador e descobriram que também no ano de 10450 A.C. as estrelas tinham posição coincidente com a dos templos. Segundo o astrônomo espanhol Juan Antonio Belmonte os moais foram erguidos com o intuito de apontar para determinadas estrelas, que seriam mais importantes que o Sol para a civilização Rapa-nui. Há moais claramente apontados para as plêiades e outros para a constelação de Órion na posição que ocupavam por volta de 1.300 anos depois de cristo. Os maias possuíam cálculos astronômicos e matemáticos sofisticados mergulhados na religião e presságios. Eles desenvolveram um calendário próprio, capaz de fazer cálculos precisos até mesmo de horário. Ao longo dos anos foram fazendo correções em seus calendários astronômicos, atrás de maior precisão. Tabela de números em quatro colunas de um calendário Maia que relacionava os ciclos da Lua e dos Planetas. Os maias dividiam seu ano em dois semestres lunares, de 177 e 178 dias entre si. Eram doze meses lunares. Seus calendários eram capazes de representar dias específicos em um intervalo que ia do ano 965 ao ano 6703. Mais de 90% do que a cultura Maia produziu ainda esta inexplorado. Contagem longa Exemplo de tabua Maia e sua relação com os anos no calendário Gregoriano. Data Gregoriana 0.0.0.0.0 11 de agosto de 3114 a.C. 1.0.0.0.0 13 de novembro de 2720 a.C. 2.0.0.0.0 16 de fevereiro de 2325 a.C. 3.0.0.0.0 21 de maio de 1931 a.C. 4.0.0.0.0 23 de agosto de 1537 a.C. 5.0.0.0.0 26 de novembro de 1143 a.C. 6.0.0.0.0 28 de fevereiro de 748 a.C. 7.0.0.0.0 3 de junho de 354 a.C. 8.0.0.0.0 5 de setembro de 41 d.C. 9.0.0.0.0 9 de dezembro de 435 10.0.0.0.0 13 de março de 830 11.0.0.0.0 15 de junho de 1224 12.0.0.0.0 18 de setembro de 1618 13.0.0.0.0 21 de dezembro de 2012 14.0.0.0.0 26 de março de 2407 15.0.0.0.0 28 de junho de 2801 16.0.0.0.0 1 de outubro de 3195 17.0.0.0.0 3 de janeiro de 3590 18.0.0.0.0 7 de abril de 3984 19.0.0.0.0 11 de julho de 4378 1.0.0.0.0.0 13 de outubro de 4772 Os ciclos b’ak’tun definia, no calendario Maia, a data zero (por volta de 3114 A.C.) até o ciclo seguinte, por 13 ciclos até 21 e 23 de Dezembro de 2012. Em 1958, o astrônomo Maud Worcester Makemson escreveu que "a realização do Grande Período de 13 b'ak'tuns será da maior importância para os Maias."Nove anos depois, Michael D. Coe, mais ambiciosamente, afirmou que o “Armagedon degeneraria todos os povos do mundo desde a sua criação, e que no dia do décimo terceiro e último b'ak'tun o universo seria aniquilado, no dia24 de dezembro de 2013 (depois revisada para 23 de dezembro de 2012) quando o Grande Ciclo da contagem chega a sua conclusão." O problema é que as escrituras Maias jamais deixaram claro que se tratava do fim do mundo e muitos estudiosos viam na data somente mais uma festa, uma comemoração daquele povo. Outros viam nas escrituras Maias 20 b'ak'tuns e não 13, portanto, ainda estaríamos longe do dia fatídico. Por fim, o calendário Maia era marcado por ciclos e datas em eventos astronômicos importantes, como o solstício os eclipses solares totais. No dia 23 de dezembro nada de notável aconteceu no céu do Planeta. Localizada na península de Yucatán, sendo considerada, desde sete de Julho de 2007 uma das sete novas maravilhas do mundo. Nela se encontra várias ruínas do império Maia. Nessa pirâmide durante a passagem equinocial é possível observar efeitos de luminosidade sobre suas escadarias, conhecidos como ‘A descida de Kukulcan’. Forma-se, devido à passagem de luz uma serpente sobre os primeiros de graus da escadaria, com sombra de 33 metros. Além disso, o templo fica com duas faces iluminadas e duas faces escuras durante os solstícios, em oposição. Ainda como curiosidade, cada face possui 91 degraus formando um total de 365 degraus com o topo, uma possível coincidência com o número de dias do calendário. Os Incas foram uma civilização que misturava culto a natureza com misticismo, e seu principal culto era em relação ao Sol. Vamos abordar aqui a pedra de Intihuatana e a Torre de Machu Picchu. Intihuatana Ela esta posicionada perfeitamente em relação aos pontos cardeais geográficos, e é possível perceber que os Incas já haviam medido o eixo de inclinação da terra em 23°, o que permitia a eles estabelecerem com precisão as estações do ano. Um dos monumentos mais impressionantes da Arqueoastronomia por causa de sua precisão. A janela que dá para o NE, cerca de 65° graus de azimute ( linha amarela na próxima ilustração ), concorda perfeitamente com o nascer do Sol durante o solstício de inverno, 21 Junho. Naquele dia, o primeiro raio de luz solar que atinge o lugar, penetra pela janela e lança um feixe de luz no chão, sobre uma pedra esculpida, apontando exatamente o solstício. Também para a mesma janela nas primeiras horas da manhã, você pode ver as Plêiades (o Celestial Qollqa) e as Hyades com sua brilhante estrela vermelha Aldebaran, antecipando a presença do Sol. Uma visão astronômica única e simbolicamente poderoso, porque da ligações à atividade religiosa com a previsão do tempo e da fertilidade dos solos. E há muito mais. As outras janelas (linhas azul e vermelha, em determinadas épocas do ano determinam claramente o momento da colheita, do plantio e das festas religiosas, por que apontam, respectivamente para as constelações ligadas a mitologia Inca, entre elas a cauda de Amaru, a serpente celestial e a constelação do Gato Dourado. Constelações Incas vistas das janelas do Templo do Sol em determinadas épocas do ano. Os Astecas possuíam cultos solares, e a partir da observações do Sol, de Vênus e determinados grupos de estrelas como as plêiades, ele produziram o calendário mais preciso da antiguidade, superior ao calendário romano. Seu calendário possuía 18 meses de 20 dias ao qual juntavam mais 5 dias para fechar 365 dias. Fazendo uma relação entre o período sinódico de Vênus e da Terra...Os Astecas ajustavam seu Calendário a cada 104 anos e conseguiram uma precisão Incrível. Ano tropico de 1995 = 365,242192957 Ano tropico Asteca = 365,240384615 O primeiro dia do mês para a maior parte das tribos meridionais do Brasil era quando aparecia, do lado oeste, logo após o pôr do Sol, o primeiro filete da Lua, depois do dia da Lua Nova, quando a Lua não é visível. O ano iniciava quando as Plêiades, conhecida como As Sete Estrelas, apareciam pela primeira vez, do lado leste, logo antes do nascer do Sol, perto do dia 11 de junho, depois de cerca de um mês sem serem vistas. Megálito localizado na Ponta do Frade (Barra da Lagoa, SC). Este metálico determina o solstício do verão austral (21 de dezembro) quando se observa o nascer do sol nesta ocasião, entre as pedras. http://www.youtube.com/watch?v=u8n3hcGQcW4 A astronomia e o homem veem caminhando lado a lado desde o inicio das civilizações, observar o Céu tinha um sentido, uma crença em cada povo. E as construções feitas para observações,cultos e grande calendários são dignas de uma inteligência que até hoje é difícil de explicar. • • • • • • http://www.stonehenge.co.uk/ http://www.preparemonosparaelcambio.com/2 012/10/arqueoastronomia-la-universidadde.html http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/s tonehenge_uma_nova_teoria.html http://www.portaldoastronomo.org/tema_pag. php?id=18&pag=2 http://www.worldmysteries.com/alignments/index.htm http://hernehunter.blogspot.com.br/2009_07_ 01_archive.html http://qoyllur.blogspot.com.br/2009/03/el- torreon-de-machupicchu-y-la.html http://www.enjoy-machupicchu.org/es/arquitectura/piramide-deintihuatana.php http://www.immabrasil.com.br/parque.html http://www.anovademocracia.com.br/no18/835-a-impressionante-astronomia-dosindios-brasileiros http://www.youtube.com/watch?v=u8n3hcGQc W4