CH V vol.2

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Resoluções de Exercícios
CIÊNCIAS HUMANAS V
Capítulo
05
Formas de Organização Social,
Movimentos Sociais, Pensamento
Político e Ação do Estado
Políticas de Colonização, Imigração e
Emigração no Brasil e no Mundo
02 D
Na atualidade a sociedade tem vivenciado uma série de problemas
que envolvem o nosso modo de nos relacionarmos com a natureza
no processo de produção, colocando em questão o conceito e todas
as formas de impactos ambientais. Pela análise gráfica observamos
uma ampliação gradual do uso do hidrocarboneto associado a um
crescente circuito consumista populacional.
03 E
BLOCO
01
01 D
a) Falso – apesar da teoria de Malthus ter se tornado obsoleta, ainda
existem muitos teóricos e, inclusive, governantes que aplicam suas
ideias. Ela é muito utilizada, apesar das frequentes contestações,
para explicar as causas da fome no mundo.
b) Falso – ao contrário, os investimentos na formação e o aumento
dos custos na formação de uma pessoa nos países desenvolvidos
proporcionaram a redução dos índices de natalidade.
c) Falso – nessa alternativa, há um emprego errado da expressão
“superpovoamento”, colocada como se fosse sinônimo de “muitos
habitantes”. Na verdade, superpovoamento é uma expressão utilizada para designar condições de pobreza, fome e marginalidade
da população.
d) Verdadeiro – esse problema vem sendo observado em países
desenvolvidos, que necessitam de mão de obra estrangeira para
preencher determinados setores do mercado de trabalho, isso se
deve aos baixíssimos índices de natalidade.
e) Falso – A cultura e economia estão diretamente ligadas aos fatores
demográficos, sendo impossível separar a população das dinâmicas
econômicas e culturais.
04 B
Para responder essa questão, o estudante precisa saber:
1) que o crescimento vegetativo é a taxa de natalidade menos a taxa
de mortalidade:
CV = TN - TM
2) que a taxa de mortalidade é o número de óbitos em um ano a cada
mil habitantes (por mil, representado pelo símbolo ‰):
TM: NO x 1000 / Pop. Total
Assim, é necessário calcular primeiro a taxa de mortalidade para, só
então, calcular o crescimento vegetativo.
Calculando a taxa de mortalidade:
Número de óbitos: 331 038 pessoas
População Total: de 55 173’000 pessoas
TM: 331038 x 1000 / 55173000
TM: 6‰
Caculando o crescimento vegetativo:
CV: 14‰ - 6‰ = 8
BLOCO
02 A
I) Falso – Entende-se por densidade demográfica o número de habitantes por km quadrado.
II) Falso – O crescimento vegetativo demográfico é calculado pela
diferença entre a taxa de natalidade e mortalidade.
03 B
Para um crescimento ser denominado de positivo, o número de nascimentos e o número de entradas de indivíduos em uma certa área
geográfica têm que ser superior à mortalidade e saída de indivíduos
desta mesma área.
BLOCO
Pela análise do gráfico podemos concluir que a estrutura etária da
população brasileira vem ultimamente passado pelas seguintes transformações: A população jovem vem apresentando uma diminuição,
fato esse explicado pela maior participação da mulher no mercado
de trabalho, maior acesso aos meios antinatalistas e principalmente
problemas de elevados custos na formação do indivíduo. A população
adulta hoje é a predominante. Com relação à população idosa, ou
seja, a terceira idade, encontramos um certo crescimento, fato esse
explicado pela elevação da expectativa média de vida que hoje em
nosso país já se encontra em torno de 73 anos.
02
01 A
A população do Japão vem aumentando em média apenas 0,2% nos
últimos cinco anos, índice mais baixo de crescimento demográfico
desde 1920, quando as estatísticas começaram a ser aferidas, segundo o último censo japonês, divulgado em fevereiro de 2011. Muitos
jovens japoneses não têm interesse em formar uma família, já que a
considera um obstáculo à sua carreira e à manutenção de seu estilo
de vida. As consequências diretas do baixo crescimento vegetativo,
associado à elevada expectativa de vida, é que o envelhecimento da
população tem ocasionado importantes impactos econômicos, tais
como a carência de mão de obra e o aumento dos gastos sociais,
principalmente com o pagamento de aposentadorias.
Disponível em: <https://barthoschool.wordpress.com/economia-epopulacao-do-japao>. Acesso em: jan. 2015. (Adaptado-Russo, F.J. F).
CIÊNCIAS HUMANAS V
03
01 C
A população, se não ocorrerem guerras, epidemias, desastres naturais, etc., tenderia a duplicar a cada 25 anos. Ela cresceria, portanto,
em progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32...) e constituiria um fator
variável, que cresceria sem parar. O crescimento da produção de alimentos ocorreria apenas em progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10...) e
possuiria certo limite de produção, por depender de um fator fixo: a
própria extensão territorial dos continentes.
Ao considerar esses dois postulados, Malthus concluiu que o ritmo
de crescimento populacional seria mais acelerado que o ritmo de
crescimento da produção de alimentos (progressão geométrica versus
progressão aritmética). Previu também que um dia as possibilidades
de aumento da área cultivada estariam esgotadas, pois todos os
continentes estariam plenamente ocupados pela agropecuária e, no
entanto, a população mundial ainda continuaria crescendo.
02 D
O economista e sacerdote anglicano Thomas Robert Malthus divulgou
sua teoria relacionada a população e economia, segundo a qual, a
população cresce num ritmo mais rápido, obtendo uma projeção
geométrica, e a produção alimentícia num ritmo mais lento, numa
projeção aritmética. O principal desdobramento das ideias de Malthus
é a teoria neomalthusiana, a qual afirma que quanto menor o número
de habitantes de um país, maior a renda per capita e a disponibilidade
de capital a ser distribuído pelos agentes econômicos. Os neomalthusianos defendem que a única saída para erradicação da pobreza e da
fome no mundo é a adoção de um rígido controle estatal de natalidade
estatal da população.
Ciências Humanas e suas Tecnologias
CIÊNCIAS HUMANAS – Volume 02
27
BLOCO
volvimento dos setores de serviço e industrial (as regiões metropolitanas) e à expansão da agropecuária e da mineração (Norte e
Centro-Oeste).
04
01 A
O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda que
beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em
todo o País. A Bolsa Família integra o Plano Brasil Sem Miséria, que tem
como foco de atuação os milhões de brasileiros com renda familiar per
capita inferior a R$ 77 mensais e está baseada na garantia de renda,
inclusão produtiva e no acesso aos serviços públicos. O Programa Bolsa
Família possui três eixos principais: a transferência de renda promove
o alívio imediato da pobreza; as condicionalidades reforçam o acesso
a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência
social; e as ações e programas complementares objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários consigam superar
a situação de vulnerabilidade.
02 A
2. (F) Os resultados apresentados pelo IBGE permitem inferir que a
redução na taxa de mortalidade infantil ocorreu de forma desigual
nas diferentes Unidades da Federação uma vez que as taxas de
redução não são as mesmas.
3. (F) A redução da mortalidade infantil tem relação direta com a participação crescente da mulher nos diferentes setores da economia. A
redução da mortalidade estar relacionada à melhoria das condições
médico-hospitalares e sanitárias.
Fazendo uma leitura quantitativa do gráfico, podemos afirmar que, em
termos de população total ou absoluta, todas as regiões apresentaram
crescimento positivo, sendo que as regiões Norte e Centro-Oeste, em
todo o período representado no gráfico, apresentaram comportamentos próximos em seus números absolutos de população
05
01 E
A questão tematiza uma relação de diferentes formas de distribuição
socioespacial. No mapa “Distribuição espacial atual da população
brasileira”, verificamos uma maior concentração na Zona Atlântica
(Litorânea). Já no mapa dos “Conflitos em terras indígenas”, observamos um maior foco de tensão entre posseiros, grileiros, mineradores e
terras indígenas na porção setentrional do País. Portanto, a menor incidência de disputas territoriais envolvendo povos indígenas explica-se
pela concentração histórica da urbanização ao longo da faixa costeira.
02 E
Possuindo uma das maiores bacias hidrográficas do mundo, o Brasil
encontra, em seus vastos rios, uma rentável fonte de geração de
riquezas. Do transporte à produção de energia, não são poucos os
meios viáveis para que o país, através de seus sistemas aquaviários,
alcance a tão desejada integração nacional e eleve seu desenvolvimento
aproveitando, de forma eficiente e sustentável, todas as inúmeras
potencialidades disponíveis. No caso específico da “conquista da
Amazônia”, ou seja, de sua ocupação, temos de início a construção
do forte de Belém em 1616 e, consequentemente, a partir disso, o
processo de ocupação e expansão da Amazônica que se direciona
para o interior da região Norte, sendo utilizado para isso inúmeros
canais fluviais como eixo de penetração, interligação e assentamento
(povoados) da população local.
03 A
04 B
Em termos absolutos, ou seja, de população total, podemos afirmar
principalmente em países subdesensonvidos e emergentes. Tal fato
pode ser explicado pelo elevado crescimento vegetativo associado aos
processos migratórios.
05
28
06
01 A
Analisando-se o gráfico da estrutura etária brasileira em 2010 em
relação às pirâmides de épocas anteriores, observamos uma transformação, pois segundo dados divulgados pelo IBGE no mesmo ano, o
Brasil teve uma redução no ritmo do seu crescimento populacional.
Atualmente, as taxas de crescimento encontram-se em torno de 1.2%
ao ano. A diminuição da taxa de fertilidade e aumento da esperança
ou expectativa de vida no período destacado se deve a uma série de
fatores que influenciaram de forma direta nesta desaceleração de
crescimento, tais como: o ritmo de urbanização e industrialização, a
participação da mulher no mercado de trabalho, mais fácil acesso aos
medicamentos antinatalista,o custo da formação do indivíduo etc.
02 B
Na pirâmide 2 se observe uma redução nas taxas de natalidade e como
consequência temos uma diminuição da base. O corpo encontra dilatado em função do aumento dos adultos e ápice também dilatados
em função do aumento da expectativa média de vida.
03 B
03 E
BLOCO
BLOCO
A) Os mapas mostram que as áreas com as maiores taxas de crescimento demográfico estão em regiões com menores densidades
demográficas.
B) As regiões que apresentaram as maiores taxas de crescimento
demográfico no período de 1991-2000 são áreas do Norte e do
Centro-Oeste brasileiro e as regiões metropolitanas de São Paulo
e Rio de Janeiro. Entre os fatores que explicam tal fato, destacam-se serem estas regiões de atração populacional e apresentarem
elevadas taxas de crescimento econômico relacionadas ao desen-
Ciências Humanas e suas Tecnologias
CIÊNCIAS HUMANAS – Volume 02
O tema abordado na questão se coloca na lista dos assuntos sempre
discutidos no Enem, portanto não colheu ninguém de surpresa. O
poder financeiro no mundo atual é avassalador e nenhum setor econômico é livre de sua ingerência e influência.
BLOCO
07
01 C
A canção A Vida de Viajante mostra a busca incessante, por toda a
vida, do ser humano desejoso de um lugar feliz e bom, onde se estabeleça, ao final de sua jornada, por terras brasileiras e carregado de
lembranças e saudades.
O viajante procura um final feliz, após sua procura longa e incessante.
02 B
O processo de globalização nada mais é do que um aprofundamento
das interrelações econômica, social, cultural, política, que vem impulsionando o mundo moderno. Dentro deste processo em curso,
verificamos a interagem, a aproximação e a abertura entre as empresas internacionais; a circulação de produtos, de mercadorias e a
rapidez nos fluxos comerciais, proporcionada pela terceira revolução
tecnológica etc. Porém, quando abordamos os fluxos de movimentação da população internacional, ainda encontramos obstáculos aos
deslocamentos (migrações).
03 A
A migração internacional é resultado das desigualdades entre
países, e a globalização acentua essas desigualdades. As inconsistências entre discurso e prática constituem os principais
entraves ao crescimento econômico dos países não industrializados no atual momento da globalização, e o maior determinante dos problemas associados à migração são as crises econômicas, os avanços tecnológicos e o aumento do desemprego.
Por isso, os imigrantes passam a ser vistos como um novo concorrente,
o que desencadeia uma onda de violências contra os estrangeiros que
partem de países subdesenvolvidos em direção aos países desenvolvidos na busca de oportunidades de trabalho. Para conter sua entrada,
estes diminuem a permeabilidade de suas fronteiras, com barreiras
físicas e leis mais rigorosas.
BLOCO
01
01 A) Fase com reduzido crescimento vegetativo: 1 ou 4; fase com elevação
do crescimento vegetativo: 2
B) • Melhoria na alimentação
• Expansão dos serviços de saúde
CIÊNCIAS HUMANAS V
• Disseminação de hábitos de higiene
• Expansão das redes de saneamento
• Disseminação de remédios e vacinas
• Avanços nos diferentes campos da medicina
02 02 02
No Máli, o baixo poder aquisitivo impede que grande parte da população consiga satisfazer suas necessidades básicas de saúde, alimentação,
educação, saneamento, informação e outras. Isso acarreta maiores
taxas de mortalidade, baixa expectativa de vida, falta de planejamento
familiar. Diferentemente do Japão, que, por sua população ter maior
poder aquisitivo, tem maior expectativa de vida, menores taxas de
natalidade e mortalidade
A) A charge faz uma sátira aos motivos comumente apontados como
responsáveis pelo aumento da fome em âmbito mundial. Todos os
fatores elencados em cada um dos quadros da charge apresentam
elementos que podem aumentar o problema da fome no mundo,
mas não tocam na principal questão que é a desigualdade de distribuição de renda nas escalas internacionais e intranacionais. Em outro
sentido, a charge associa o aumento da população, especialmente
nas camadas mais pobres, com o problema da fome, argumento que
pode ser contestado pelo fato de que tal problema não se explica,
simplesmente, pela falta de produção de alimentos e pela escassez
de terras agricultáveis, mas sim pela sua distribuição desigual.
B) Uma das teorias demográficas surgidas a partir da segunda metade
do século XX é a Teoria Neomalthusiana. Inspirados nos princípios
da Teoria Malthusiana, os teóricos relacionam o crescimento populacional, em especial nos países subdesenvolvidos, com o meio
ambiente, mais especificamente com a exploração e escassez de
recursos naturais. O aluno poderá mencionar, também, a Teoria
Neomalthusiana, surgida após o final da Segunda Guerra Mundial.
De acordo com essa teoria, o aumento excessivo da população gera,
além da pressão sobre os recursos naturais, uma enorme demanda
de investimentos sociais em saúde e educação, aumentando o
déficit público e deixando menos recursos para serem investidos
em setores produtivos da economia.
BLOCO
03
01 E
O movimento das quebradeiras de coco-babaçu encontra-se localizado
nos estado do Maranhão, Piauí (sub-região denominada de Meio-Norte
nordestino), além de incluírem os estados do Pará e Tocantins. Essa luta
contra a dificuldade de acesso à terra se faz contra os fazendeiros. Na
ocasião foi organizado um movimento de resistência de luta pela conquista da terra e direito a liberdades de um processo produtivo que viesse
assegurar ao local sobrevivência através da prática do uso do coco-babaçu.
02 A) Com a desindustrialização, os grandes centros metropolitanos
passaram a ter uma mão de obra excedente que busca emprego
em serviços diversos, o que viabiliza a formação, em galpões e indústrias desativadas, de diversas fabriquetas e confecções, muitas
vezes ilegais, onde trabalhadores de muitas origens trabalham
precariamente, produzindo peças para redes de lojas e grandes
magazines. Outra característica é que tais confecções produzem nas
proximidades do seu mercado consumidor mais expressivo, que são
as populações dos grandes centros metropolitanos, reduzindo-se
os custos de transporte e distribuição.
B) A legislação trabalhista brasileira tem, na sua base legal, duas
condições na diferenciação de gênero: a licença maternidade e
a aposentadoria anterior à do homem, por tempo de serviço.
CIÊNCIAS HUMANAS V
04
01 A) 1. Fluxo 1: Nordeste (principalmente das áreas rurais) para os
grandes centros urbanos do Sudeste (em especial São Paulo e
Rio de Janeiro).
2. Teve sua maior expressão a partir da década de 1950.
3. Fluxo 2: Nordeste (principalmente áreas rurais) para a Amazônia.
4. Teve sua maior expressão a partir do final da década de 1960
e ao longo dos anos de 1970.
5. Fluxo 3: Nordeste e Sudeste (em especial Minas Gerais) para o
Centro-Oeste, em decorrência do processo de ocupação desta
região.
6. Teve início no final de década de 1950.
7. Fluxo 4: Dos estados da Região Sul e Sudeste (especialmente São
Paulo e Minas Gerais) em direção aos estados do Centro-Oeste
e Norte.
8. Teve sua expansão inicial a partir da década de 1960 para a
região Centro-Oeste e da década de 1970 para a região Norte.
A transição demográfica está ilustrada no gráfico em dois momentos.
O primeiro corresponde à fase de aceleração demográfica nos anos
de 1930 a 1955, em função da forte redução da mortalidade, superior à da natalidade. O segundo corresponde à queda da Taxa Bruta
de Natalidade (mais intensa no período 1955-2005), bem superior à
mortalidade, provocando um processo de desaceleração demográfica.
Melhorias na questão do saneamento básico (oferta de água potável),
os avanços da medicina (desenvolvimento de novos medicamentos),
a popularização da pílula e a conquista do mercado de trabalho pelas
mulheres são importantes componentes do processo de desaceleração
demográfica, fase em que o Brasil ainda se encontra nos dias atuais.
BLOCO
01 BLOCO
B) 1. Fluxo 1: representou a busca por melhores condições de emprego e subsistência, com a transferência de população de uma
região deprimida economicamente (sobretudo as áreas rurais
do sertão nordestino) para uma região de grande crescimento
econômico (SP e RJ), decorrente da expansão dos processos
de industrialização e consolidação como centro do capitalismo
nacional, no Sudeste, e da concentração fundiária no Nordeste.
2. Fluxo 2: ocorreu em busca de ocupação econômica, seja na forma de mão de obra (garimpos, exploração madeireira, projetos
agropecuários etc.), seja como no assentamento e ocupação
de áreas rurais na condição de pequeno produtor familiar. A
concentração fundiária no Nordeste foi fator que, também,
contribuiu para este fluxo migratório.
3. Fluxo 3: gerado pelos programas de incentivo à ocupação do
Centro-Oeste brasileiro, tendo como principal motor a construção de Brasília.
Caracterizado pela migração de mão de obra ocupada nas obras
de expansão da infraestrutura (estradas, ferrovias, instalação
de novas cidades) e como mão de obra agrícola.
4. Fluxo 4: representou a expansão da fronteira agrícola para as
regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil. Neste processo, podem
se diferenciar, sobretudo, dois tipos de migrantes: os pequenos e
médios produtores rurais do Sul e Sudeste do Brasil que instalam
propriedades no Centro-Oeste e trabalhadores rurais em busca
de colocação na área de expansão das atividades agropecuárias.
As dificuldades de desmembramento das propriedades agrícolas,
por herança, na segunda e terceira geração foi fator que estimulou a diáspora dos sulistas em direção ao Centro-Oeste e Norte.
BLOCO
01
01 D
O Brasil é considerado um país populoso devido a sua elevado população total, ou seja, somos o 5º país do mundo em população absoluta,
porém ainda temos uma baixa desnsidade demográfica ocasionando
uma tendência de pouco povoamento.
02 B
Pela interpretação crescimento populacional no estágio I é baixo devido
às altas taxas de natalidade e mortalidade, onde há predomínio de
uma população jovem. No estagio II, há uma expansão do crescimento
populacional, devido ao aumento (incremento) do crescimento vegetativo, já que as taxas de natalidade são elevadas e há uma queda da
taxa de mortalidade. No estágio III, há um processo estacionário e de
estabilização do crescimento populacional, devido às baixas taxas de
mortalidade e início da queda da natalidade. No estágio IV, há uma
contração, devido aos baixos índices de natalidade e mortalidade.
03 B
A qualidade de vida nas áreas urbanas tende a diminuir por causa do
aumento da poluição. Mesmo com a adoção de hábitos saudáveis, a
redução das áreas verdes, as dificuldades de circulação decorrentes
da verticalização etc. não compensam o aumento das emissões, decorrentes do aumento da frota de veículos automotores.
04 B
O Brasil entra entre a 2a e a 3a fase de transição da população na
década de 80 quando a população começa a apresentar, uma queda
na taxa de natalidade e um aumento da expectativa média de vida.
Ciências Humanas e suas Tecnologias
CIÊNCIAS HUMANAS – Volume 02
29
05 C
O crescimento demográfico mais baixo está relacionado à participação
da mulher no mercado de trabalho, acesso aos meios antinatalistas,
custo da formação do indivíduo, padrão de vida urbano-industrial etc.
Observando as curvas representadas no gráfico, percebemos, de forma
clara, que Ásia e África ainda lideram as maiores taxas de fecundidade
mundial, fato esse explicado pelo baixo processo tecnológico, falta
de uso dos meios antinatalistas e, principalmente, pela consciência.
07 A
Comentário dos itens falsos.
0) Falso, pois a densidade demográfica é obtida a partir da divisão
da população absoluta pela superfície territorial de um lugar.
1) Falso, pois o crescimento vegetativo é calculado com base nas taxas
de natalidade, menos as taxas de mortalidade (CV = CN = TN-TM).
08 A
O item incorreto é o que afirma que o Japão e a China possuem uma
pirâmide etária com base larga e ápice estreito. Pirâmides com essas
características são típicas de países pobres, com uma economia agrícola,
como a maioria dos países do continente africano. O que não é o caso do
Japão, que é um país rico desenvolvido, com pirâmide de base estreita e
ápice mais largo. E no caso da China, apesar de ter uma população rural,
sua economia é típica de país emergente, caminhando para superar a
transição demográfica, com uma pirâmide com base mais estreita e o
topo mais largo em relação aos países pobres agrícolas.
Calcula-se a taxa de crescimento vegetativo efetuando a diferença
entre o número de pessoas que nascem menos o número de pessoas
que morrem expressa por mil habitantes, verificada em uma população
de um determinado período, geralmente de um ano.
10 B
Seguindo uma tendência mundial, sobretudo dos países urbanizados,
a taxa de fecundidade no Brasil está em constante declínio. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro e de Geografia e
Estatística (IBGE), o país registra uma média de 1,94 filho por mulher.
Entre os fatores que contribuem para a queda da fecundidade, está
a urbanização, o trabalho feminino e os métodos contraceptivos. A
queda da taxa de fecundidade gera como consequência a redução do
crescimento vegetativo.
02
01 B
Taxa de fecundidade (Tf) – número total de nados-vivos por cada mil
mulheres em idade fértil (dos 15 aos 49 anos).
Total de nados - vivos
x 100
No de mulheres (15 - 49 anos)
Levando em consideração os estudos demográficos relacionados às
taxas de analfabetismo e fecundidade na Europa são bem menores
do que as representadas no gráfico, assim como as taxas de envelhecimento da população são bem superiores às representadas.
02 B
A) Incorreto – Nos anos entre 1920 e 1960, não se pode falar em
crescimento de planejamento familiar, visto que há taxas de crescimento populacional elevadas para a época.
B) Correto – no período entre 1950-1970, temos as maiores taxas de
crescimento populacional do País, registrando a explosão demográfica. Aliás, esse período foi de intenso crescimento populacional
em todo o mundo, chamado de “baby boom”.
C) Incorreto – a afirmação estaria correta se em vez de mencionar
o período entre 1960 e 1980, tivesse se restringido ao período
entre 1960 e 1970, pois, a partir da década de 1980, as taxas de
fertilidade começaram a cair.
D) Incorreto – não é possível, com os dados mencionados, dizer que
a densidade demográfica do País diminui, pois a redução das taxas
de natalidade não representa necessariamente a diminuição da
população e nem o decréscimo de sua concentração no espaço.
E) Incorreto – entre 1980 e 2000 não há a estabilização do crescimento
demográfico, mas sim a rápida diminuição de seus valores.
30
O gráfico e o mapa apresentados configuram uma realidade histórico-geográfica típica dos países subdesenvolvidos. Inúmeros fatores
sociais, econômicos, políticos e culturais podem ser apontados para
explicar o comportamento da expectativa de vida e sua relação com a
parcela de idosos presente em um país. De forma geral, quanto mais
elevada é a expectativa de vida, maior é a parcela de idosos do país.
Nas últimas décadas, a urbanização tem sido um dos fatores mais
importantes da tendência sugerida na alternativa, contribuindo para
a elevação da idade média das mortes, saneamento básico, educação,
ampliação dos serviços de saúde, melhor alimentação.
05 D
As taxas de natalidade dos países subdesenvolvidos ainda são elevadas
se comparadas aos países desenvolvidos, lembre-se dos benefícios
associados aos processos da revolução médico-sanitária.
06 D
A chamada Teoria Malthusiana estabelece uma relação direta entre
crescimento populacional e o atraso econômico, dentre eles a incapacidade de produzir comida. Na verdade, o mundo global tecnológico
produz e tem capacidade para suprir a humanidade com relação à
problemática da fome; o que está por traz de todo esse atraso econômico são as profundas desigualdades sociais e a má distribuição
de renda e terra.
07 C
09 C
Tf =
À relação entre população e área – número de habitantes por m², por
exemplo – dá-se o nome de densidade demográfica.
04 A
06 B
BLOCO
03 C
Ciências Humanas e suas Tecnologias
CIÊNCIAS HUMANAS – Volume 02
Uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde mostra que a taxa de
fecundidade do País, ou seja, a quantidade de filhos que cada brasileira gera, em média, chegou a 1,8 – contra 6,3 nos anos 60. A taxa
de fecundidade é o fator que mais influencia a taxa de crescimento
populacional de um país, juntamente com a taxa de mortalidade e a
migração. Quando a taxa de fecundidade de um país cai abaixo do
patamar de 2,1, a população cresce em ritmo cada vez mais lento e,
depois de duas ou três décadas, passa a diminuir de tamanho. É o
que vai ocorrer com o Brasil. Uma das principais causas da redução
das taxas de fecundidade é o aumento da instrução da população
brasileira, que atualmente se concentra nas áreas urbanas, o processo de industrialização em curso, associado aos diversificados meios
antinatalistas e o custo da formação do indivíduo.
08 A
Pela tendência demográfica apresentado no gráfico podemos afirmar que a população de adultos está aumentando, isso significa um
aumento da população economicamente ativa e consequentemente
uma suposta redução do déficit da previdência social pelo aumento
da longevidade e uma diminuição da população juvenil.
09 E
A teoria criada por Tomas Robert Malthus (1766-1834), economista e
demógrafo inglês, e que ganhou o nome de “Malthusianismo”, foi a
primeira teoria populacional a relacionar o crescimento da população
com a fome, afirmando a tendência do crescimento populacional
em progressão geométrica, e do crescimento da oferta de alimentos
em progressão aritmética. Malthus acreditava que o crescimento
demográfico iria ultrapassar a capacidade produtiva da terra gerando
fome e miséria. Segundo Malthus, as únicas formas de evitar que isso
acontecesse seriam reduzindo a taxa de natalidade através da proibição
de que casais muito jovens tivessem filhos, do controle da quantidade
de filhos por família nos países pobres, do aumento do preço dos
alimentos e da redução dos salários para forçar as populações mais
pobres a terem menos filhos.
10 A) O Brasil vive a segunda fase da transição demográfica, caracterizada
pela queda da fecundidade e elevação da expectativa de vida. Essa
fase caracteriza-se pelo aumento significativo do número de adultos
e idosos na composição da população e diminuição da porcentagem
de crianças e jovens.
B) Os possíveis impactos seriam uma maior preocupação com a crescente população idosa, que até em 2050 provocará um significativo
impacto no processo de arrecadação previdenciária, ao mesmo tempo
que os gastos com aposentaria tendem a tornarem-se maiores. Além
disso, aponta a necessidade de políticas públicas para o atendimento
do bem-estar dos idosos.
CIÊNCIAS HUMANAS V
BLOCO
talidade deve-se, principalmente, aos avanços da medicina, com
a descoberta de medicamentos para doenças infectocontagiosas,
bem como a campanhas de vacinação, que vêm sendo feitas em
todo o território nacional.
B) Quanto à expectativa de vida, ao observarmos o alargamento da
pirâmide que representa a dinâmica etária brasileira em 2000, fica
evidente o aumento da expectativa de vida, que, em 1970, ficava
entre 65 e 69 anos, para mulheres e homens, enquanto que, em
2000, essa expectativa passa para 80 anos ou mais, significando,
portanto, o envelhecimento da população. Esse envelhecimento
populacional é resultante, principalmente, da melhoria da qualidade de vida e dos avanços da medicina. Ao mesmo tempo, essa
nova realidade impõe à sociedade políticas públicas voltadas para
o atendimento às demandas dessa população, assim como novas
práticas no uso e na gestão do território.
03
01 B
Em 2010, o IBGE realizou o censo da população brasileira. Com 80%
da população brasileira já recenseada, os dados preliminares do Censo
2010 indicaram que a pirâmide etária brasileira se alterou na última
década. Em 2000, as crianças de até 4 anos de idade representavam
9,64% da população brasileira; hoje, são 7,17%. As de 5 a 9 eram
9,74%, percentual que caiu para 7,79%. A população com até 24 anos
somava 49,68% dos brasileiros há 10 anos; hoje, constituem 41,95%.
A população brasileira está envelhecendo ao longo dos anos.
02 C
Terceirização é o processo pelo qual uma empresa deixa de executar
uma ou mais atividades realizadas por trabalhadores diretamente
contratados e as transfere para outra empresa. O fato negativo da
coisa é que os atuais tipos de contratação e as políticas trabalhistas
conduziram, entre outros aspectos, a um aumento do desemprego e
da precarização das relações de trabalho uma vez que muitos trabalhadores trabalham na chamada informalidade.
03 D
A piramie II apresenta-se no estágio inicial de transição demográfico,
tal foto pode ser explicado pelo melhoramento do padrão de vida,
assim como as condições médicas hospitalares e sanitárias.
04 B
Analisando-se o gráfico da estrutura etária brasileira em 2000 e as
transformações projetadas para 2025 e 2050, pode-se afirmar que,
para que as previsões se concretizem, é necessária a manutenção das
tendências demográficas verificáveis atualmente no país – diminuição
da taxa de fertilidade e aumento da esperança ou expectativa de vida
– no período destacado, ou seja, de 2000 a 2050. Isso significa que
as taxas de natalidade devem continuar a declinar, para estreitar a
base da pirâmide, e a expectativa de vida continuar a se elevar, para
alargar o ápice da figura.
05 I) C
II) D
Comentário Geral:
A pirâmide número II indica uma pirâmide típica de um país em via de
desenvolvimento, pois a base indica uma diminuição do crescimento
populacional e o topo tende a se alargar. O resultado desta dinâmica
populacional deve-se a uma elevação do padrão de vida da população
que, por meio de modernização e conscientização, passa a praticar
um planejamento familiar.
A pirâmide e o gráfico que representam um país com forte crescimento
populacional, ou seja, um país subdesenvolvido tipicamente rural é a
pirâmide III e o gráfico (X), onde o setor primário supera o somatório
do secundário e do terciário.
06 B
A pirâmide etária é uma representação da população que leva em
consideração principalmente a distribuição por idade e sexo.
07 D
I) – Falso, pois as maiores concentrações populacionais estão localizadas próximas ao litoral, regiões industriais e urbanas. Perceba que
o fator econômico é o mais importante na distribuição populacional.
IV) – Falso, pois as regiões vulcânicas apresentam solos derivados do
basalto (terra roxa), de grande fertilidade natural.
08 B
Pelo último censo feito no Brasil, observamos uma queda tanto na
taxa de natalidade como na de mortalidade, portanto uma maior
expectativa de vida da população.
09 A) A leitura das pirâmides nos mostra a diminuição do crescimento vegetativo, observado por meio da queda da fecundidade, associada
à queda de mortalidade, expressa pelo estreitamento da base da
pirâmide. Essa diminuição está associada a diversos fatores, mas,
principalmente, ao avanço da urbanização, ao uso mais frequente
de contraceptivos, à entrada da mulher no mercado de trabalho e
ao aumento do custo de reprodução social. Desse modo, pode-se
observar o aumento da população adulta (entre 20 e 59 anos) em
consequência da redução da mortalidade infantil. A queda da mor-
CIÊNCIAS HUMANAS V
10 • Crescimento natural ou vegetativo é a diferença entre a proporção
das pessoas que nascem (taxa de natalidade) e a das pessoas que
morrem (taxa de mortalidade).
• Causas das elevadas taxas de mortalidade nas duas primeiras décadas: precárias condições médico-sanitárias, escassez de remédios e
vacinas e a falta de infraestrutura nos serviços de água encanada
e esgotos, os quais serviam apenas a uma pequena parcela das
residências.
• Medidas adotadas pelo Estado nas décadas de 30/40, no combate
a essa mortalidade: ampliação da infraestrutura de saneamento
básico (água encanada, esgoto, coleta de lixo etc.), além de melhorias nos serviços de assistência médica e hospitalar.
• Consequência, entre outras, dessas medidas nas décadas seguintes,
foi a grande diminuição das taxas de mortalidade e o aumento no
índice de crescimento natural da população brasileira, já que as
taxas de natalidade permaneceram altas.
BLOCO
04
01 C
De acordo com a Convenção Relativa ao Estatuto de Refugiado, um
refugiado é uma pessoa que, “receando com razão ser perseguida em
virtude da sua raça, religião, nacionalidade, filiação em certo grupo
social ou das suas opiniões políticas, se encontre fora do país de que
tem a nacionalidade e não possa ou, em virtude daquele receio, não
queira pedir a proteção daquele país...”
02 A
A formação do lago de Sobradinho alagou uma porção considerável da
área do sertão nordestino e obrigou parcela da população a emigrar.
Parte foi assentada às margens deste novo lago, enquanto outros
deslocaram-se para as cidades.
03 C
Entende-se por êxodo rural a saída do homem do campo em direção
aos grandes centros urbanos, tal fato fica evidente na letra da música
pau de arara.Vale resultar que esse deslocamento se deve à busca de
novas oportunidades de emprego associado às condições naturais
adversas que exercem uma certa influência.
04 E
Para o demógrafo Warren Thompson, a transição demográfica é uma
dinâmica populacional que se caracteriza por 4 fases, sendo : Fase 1
(ou pré-moderna): ocorre oscilação rápida da população, dependendo
de eventos naturais (secas prolongadas, doenças etc.). Há grande
população jovem. A Fase 2 (ou moderna): taxas de mortalidade
caem rapidamente devido à maior oferta de alimentos e de melhores
condições sanitárias. Há aumento da sobrevida e redução de certas
doenças. Ocorre aumento da taxa de nascimento e da população. Já na
Fase 3 (ou industrial): urbanização, acesso a métodos contraceptivos,
melhora da renda, redução da agricultura de subsistência, melhora da
posição feminina na sociedade e queda da taxa de nascimentos. Há
um número inicial grande de crianças, cuja proporção cai rapidamente
porque ocorre aumento na proporção de jovens concentrados em
cidades, com o decorrente aumento da violência juvenil. Tendência de
estabilização da população. Finalmente, a Fase 4 (ou pós-industrial):
baixas taxas de natalidade e mortalidade. Taxas de fecundidade ficam
abaixo da taxa de reposição populacional. Há aumento da proporção
de idosos; encolhimento da população e necessidade de imigrantes
para trabalhar nos empregos de mais baixo salário.
Ciências Humanas e suas Tecnologias
CIÊNCIAS HUMANAS – Volume 02
31
05 E
O continente africano foi palco do processo de exploração imperialista
e a sua delimitação geográfica sofreu a imposição do domínio dos
países europeus, conforme a Conferência de Berlim, em 1884-5. Tal
divisão expressou-se nos mais diversos níveis, conforme a classificação
étnica dos povos de cada região e também de acordo com os interesses
de absorção da matéria-prima a ser extraída. Nesse sentido, as áreas de
maior concentração de pobreza acham-se circunscritas ao ambiente do
extrativismo vegetal, ou seja, a agricultura relativa à África Subsaariana.
Capítulo
06
Formas de Organização Social,
Movimentos Sociais, Pensamento
Político e Ação do Estado
Vida Urbana, Redes e Hierarquia
nas Cidades; Pobreza e
Segregação Espacial
06 A
O Nordeste brasileiro tem-se caracterizado como uma área de intensos
fluxos emigratórios. No cerne desses movimentos podem ser localizados alguns fatores historicamente conhecidos, como a estagnação
econômica, as mais diversas manifestações de desigualdades sociais,
sobretudo os elevados níveis de desemprego nas áreas urbanas da
região. As transformações na estrutura produtiva brasileira e as novas
configurações do desenvolvimento regional que se delineiam a partir
da década de 70 ambientam importantes modificações na dinâmica
migratória nordestina. O processo de desconcentração econômica,
amparado pelas políticas de incentivo ao investimento industrial
no Nordeste, influencia o comportamento da migração nordestina
na década de 80, onde se destacam os fluxos de retorno (CUNHA;
BAENINGER, 2000).
07 A
Comentário dos itens falsos:
IV. Devido a uma série de crise a população da Europa buscava novas
oportunidades de condições de vida em outros centros desenvolvidos.
V. O Brasil, no século XIX, foi área de atração de imigrantes que
buscavam novas oportunidades, sendo o maior grupo o de origem
latino-americana (paraguaios, argentinos, bolivianos etc.)
08 B
A sub-região nordestina descrita na composição não é a zona da
mata úmida e sim o sertão semiárido nordestino, onde as chuvas são
irregulares a maior parte do ano. A seca é realmente um fenômeno
natural, porém com repercussões socioeconômicas, uma delas é a
migração. Os imigrantes do sertão nordestino além de sofrerem com
os problemas econômicos, como a miséria e a fome, convivem com
as questões de preconceito e discriminação social.
09 B
Os movimentos migratórios são mais intensos nos países com mais
desigualdades regionais, naqueles onde poucas áreas muito ricas
dividem o espaço com outras muito pobres. Esse quadro é comumente encontrado em países subdesenvolvidos industrializados, que,
dependendo do ponto de vista, são também chamados de países
em desenvolvimento ou emergentes. Ocorrem também entre países
que apresentam níveis de desenvolvimento muito díspares. De um
modo os deslocamentos populacionais costumam obedecer a uma
lógica relativamente simples. As populações migram para melhorar
a qualidade de vida. Migram para fugir de uma guerra, de uma crise
econômica, da pobreza, de perseguição política, da seca e de outros
cataclismos naturais.
10
32
A) O saldo migratório positivo indica que o número de imigrantes é
superior ao de emigrantes.
O saldo migratório negativo ocorre quando o número de imigrantes
é inferior ao de emigrantes.
O saldo positivo decorre de fatores de atração, como a oferta de
terras, na Amazônia, e de empregos, em São Paulo e Rio de Janeiro.
O saldo negativo indica a existência de fatores de repulsão, como
a estagnação econômica e o aumento da concentração fundiária.
B) O saldo negativo no Nordeste relaciona-se à estagnação econômica
no período anterior a 2000 e à busca de melhores condições de vida.
Esta migração tem como principais destinos o Sudeste e as áreas
de frentes pioneiras. O saldo negativo no Sul resulta da pressão
demográfica no campo, o que obriga a busca de novas terras na
Amazônia e no Centro-Oeste.
C) Trata-se de áreas de ocupação recente, que receberam incentivos
governamentais, a partir dos anos 70, tornando-se regiões de
expansão da fronteira agrícola e de forte atração para populações
oriundas, principalmente, da região Sul.
Ciências Humanas e suas Tecnologias
CIÊNCIAS HUMANAS – Volume 02
BLOCO
08
01 D
A segregação socioespacial e intraurbana é verificada sobremaneira em
áreas metropolitanas do território brasileiro. É fruto do alto preço dos
terrenos situados no centro das cidades, provocando a periferização
da população. Uma consequência geográfica desse processo socioespacial é a ampliação do tempo de deslocamento diário da população.
02 C
Entende-se por urbanização o processo pelo qual a população urbana
ultrapassa a rural, ou seja, o somatório da população ocupada no
setor secundário e terciário ultrapassa o do setor primário. De um
modo geral, podemos afirmar que a urbanização é uma tendência
mundial tendo acontecido de forma distinta pelos vários continentes
ocasionada pelo processo de modernização e inovações de um mundo
cada vez mais globalizado. Porém, vale ressaltar que urbanização do
mundo desenvolvido se deu de forma normal, ou seja, o mercado de
trabalho absorveu a mão de obra. Já nos países subdesenvolvidos a
urbanização se processou de forma anormal ocasionando a chamada
inchação urbana (hipertrofia).
03 E
O espaço geográfico é construído e reconstruído pelas sociedades
humanas ao longo do tempo, através do trabalho. Para tanto, as
sociedades utilizam técnicas de que dispõem segundo o momento
histórico que vivem suas crenças e valores, normas e interesses
econômicos. Assim, pode-se afirmar que o espaço geográfico é um
produto social e histórico. Nos fragmentos da música encontramos
um tipo de interação entre o indivíduo e o espaço, fato esse marcado
pelo chamado pertencimento, identidade, afinidade e amorosidade
pela área geográfica (país).
04 C
A) Falsa. Nenhuma das informações contidas no texto ou nos gráficos
nos leva à conclusão de que a maioria dos moradores de rua que
sobrevive de esmolas não possua nenhum tipo de grau de instrução.
A única informação a esse respeito nos diz que a minoria dessa
população sobrevive com a mendicância.
B) Falsa. O universo de pessoas que sabe ler e escrever e possui ensino
fundamental completo ou incompleto não corresponde integralmente ao contingente de moradores de rua que tem acesso ao
mundo da leitura e da escrita.
C) Verdadeira. Realizando a somatória do gráfico que aponta os motivos que levaram esses indivíduos a morarem nas ruas, observamos
que a pesquisa trabalhou com um quadro de justificativas que,
ao todo, atinge os 132%. Tal valor só poderia ser alcançado caso
a pesquisa admitisse a escolha de justificativas múltiplas para os
entrevistados.
D) Falsa. A afirmativa pode levar o aluno ao erro caso ele admita
que os 0,7 % dos moradores que completaram o ensino superior
correspondem à metade dos 1,4% que possuem curso superior
completo ou incompleto. Entretanto, o enunciado da questão diz
que de todo o universo de moradores de rua que ingressou no
nível superior – ou seja, toda a população incluída naquele grupo
de 1,4% – somente 0,7% destes terminou um curso superior.
E) Falsa. Em nenhum ponto do enunciado da questão ou na informação dos gráficos é possível constatar que todos aqueles que moram
na rua por motivo de desemprego necessariamente alegaram algum
tipo de decepção amorosa.
CIÊNCIAS HUMANAS V
BLOCO
09
01 D
A Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), como todas as áreas
dos grandes centros urbanos brasileiros, sofre intensos processos que
transformam a vida de seus habitantes.
A gigantesca urbanização produz resultados catastróficos, como o
crescimento da marginalidade e da violência.
O fluxo migratório representado se refere ao fenômeno da Conurbação.
02 C
Entende-se por conurbação quando duas ou mais cidades se “encontram” fisicamente e formam um mesmo espaço geográfico. Isso ocorre
quando o crescimento dessas cidades é elevado e as suas respectivas
malhas urbanas integram-se, tornando-se um único meio urbano.
Ao compreender o que é e como se estrutura a conurbação, podemos
notar a diferença entre cidade e espaço urbano. No caso de municípios
conurbados, observamos um exemplo em que várias cidades diferentes formam um mesmo espaço urbano integrado econômica, social
e estruturalmente, com um intenso fluxo de capitais, mercadorias e,
principalmente, de pessoas.
03 B
A urbanização no Brasil ocorreu em um curto espaço de tempo, impulsionada pelo desenvolvimento econômico do Brasil que impulsionou o
surgimento de diversas cidades, principalmente com a implementação
de variadas indústrias, que possibilitaram novos empregos, atraindo a
população que vivia no campo para a cidade (Êxodo Rural).
BLOCO
10
01 C
Comentário dos itens falsos.
I. O conceito de Megalópole é uma gigantesca aglomeração urbana,
com mais de 10 milhões de habitantes, portanto tem um aspecto
simplesmente quantitativo ( população total).
II. Cidade global é a sede econômica, tecnologia cultural de um certo
país, portanto o seu aspecto é mais qualificativo.
02 A
O gráfico versa sobre a localização da megacidade no mundo. Como
podemos verificar haverá uma maior concentração de megacidades no
continente asiático. Por definição, megacidade é apenas um conceito
quantitativo, são cidades com mais de 10 milhões de habitantes. Logo,
possuir muitas megacidades não representará um domínio do mundo
globalizado no futuro. Quem define hegemonia na hierarquia urbana no
mundo globalizado é as cidades globais e não megacidades.
03 C
Entende-se por megalópole a junção ou a conurbação de metrópoles.
BLOCO
11
01 B
Uma cena que já se tornou rotineira nas grandes cidades é a presença de
diversos animais silvestres. Esses animais estão na zona urbana, mas não
pertencem a ela, As principais causas da invasão de bichos silvestres em
cidades são: diminuição das florestas naturais , busca de alimentos, onde
muitos acabam indo para além de seu hábitat natural quando chegam
às áreas urbanas e acabam se perdendo, e não conseguem voltar. Outro
problema frequente são as queimadas, que acabam afugentando muitos
bichos das matas; a intervenção direta do homem para essa invasão pode
ser explicada pela tirada do bicho de seu hábitat natural de maneira
totalmente irresponsável.
02 A
O crescimento urbano é um fenômeno que se verifica no mundo
moderno. O mesmo está associado ao processo de êxodo rural, que,
por sua vez, foi impulsionado pela industrialização e pela mecanização
do campo, tais fatos associados à chamada especulação imobiliária
provocaram uma expansão das áreas urbanas periféricas.
03 C
O critério brasileiro de definição de aglomerado urbano é arcaico,
data da década de 1930. Por ele, apenas uma função urbana, a
político-administrativa, é considerada decisiva para regulamentar o
que é ou não um espaço urbano. No País, toda sede de município é
CIÊNCIAS HUMANAS V
classificada como cidade, e qualquer sede de distrito (uma subdivisão
municipal) é definida como vila. Ambos, cidade e vila, são considerados aglomerados urbanos. A adoção desse critério gera as distorções
apontadas no texto de José Eli da Veiga. Aglomerados com população extremamente reduzida, sem infraestrutura ou funções urbanas
avançadas, são classificados como urbanos, apenas porque são sedes
municipais ou distritais.
04 A
Sobre a acessibilidade nas grandes cidades brasileira, a crescente automobilização gera constantes problemas para o pedestre, que também é
usuário dos transportes coletivos. As atuais políticas de rodízio veicular,
criações de corredores de ônibus e ciclovias comprovam o constante
crescimento da frota de automóveis nas grandes cidades brasileiras,
comprometendo o pedestre e os transportes coletivos.
BLOCO
05
01 A) Crescimento urbano acelerado, resultante do êxodo rural e da in-
dustrialização nos centros urbano, que gerou ocupações irregulares
e desordenadas, em áreas de riscos (áreas de encostas), com total
falta de infraestrutura e sem políticas públicas.
B) A figura ilustra os condomínios fechados, procurados pelas classes
dominantes em busca de fugir da violência e obter tranquilidade.
Embora seja legítimo, do ponto de vista do indivíduo, buscar maior
segurança para si e para sua família, esse fenômeno acentua a
exclusão social e reduz os espaços urbanos públicos, uma vez que
propicia o crescimento de espaços privados e de circulação restrita.
BLOCO
06
01 A) Entre os problemas, destacam-se o predomínio do transporte indivi-
dual sobre o transporte público coletivo, a deficiente política pública
de transportes, que conduz a uma lenta expansão do transporte
coletivo, e o predomínio histórico do transporte rodoviário urbano.
B) Entre os problemas ambientais, podemos destacar o aumento da
poluição atmosférica, a intensificação dos fenômenos denominados ilhas de calor e efeito estufa, além do aumento da poluição
sonora.
02 Algumas consequências:
•
•
•
•
•
•
•
Redução do custo do frete;
Fragmentação da produção;
Redução de custos de produção;
Diminuição da poluição atmosférica;
Diminuição do tempo de transporte da mercadoria;
Aumento da quantidade de mercadoria transportada por viagem;
Produção em locais muito distantes dos grandes mercados consumidores.
BLOCO
07
01 E
Alguns problemas ambientais:
– Os principais problemas ambientais em áreas urbanas são a poluição atmosférica provocada pelo excesso de resíduos (sólidos,
líquidos ou gasosos), capazes de colocar em risco a biosfera.
– Os principais responsáveis pela poluição do ar são: transportes,
instalações industriais, centrais termoelétricas, queimadas, incineração de lixos.
– Os principais poluentes são: monóxido de carbono, dióxido de
enxofre, monóxido de nitrogênio, chumbo, dióxido de carbono e
outros, que provocam desde sérios problemas respiratórios até as
chuvas ácidas.
– Inversão térmica: concentração de ar frio junto ao solo, impedindo
a dispersão de poluentes eventualmente aí lançados; ocorre no
inverno em centros urbanos.
– Ilhas de calor: aumento da temperatura nos centros urbanos devido
à concentração excessiva de cimento, asfalto, recobrindo o solo e
refletindo o calor solar, e à falta de circulação atmosférica.
– Chuvas ácidas: precipitação em que o pH se apresenta abaixo de
5,0; trata-se de associação da água da precipitação com elementos (principalmente enxofre) lançados na atmosfera por fábricas,
refinarias, automóveis.
Ciências Humanas e suas Tecnologias
CIÊNCIAS HUMANAS – Volume 02
33
– Destruição da camada de ozônio: gás instável (O3) que se encontra
distribuído principalmente na estratosfera e que impede a penetração de raios ultravioletas nocivos à vida. Seu desaparecimento
ou diminuição pode vir a provocar câncer de pele. Detectou-se a
presença de um “buraco” sobre a Antártida que estaria aumentando. São duas hipóteses para sua formação: natural ou provocada
pela emissão de CFC (clorofluorcarbonetos).
– Efeito estufa: dispersão de gás carbônico na atmosfera, devido
à sua emissão por parte dos automóveis ou queimadas, provoca
uma retenção das radiações infravermelhas na camada atmosférica, podendo acarretar um aumento da temperatura do planeta e
trazendo como consequências o derretimento de gelo nos polos
e o aumento do nível oceânico e de vapor-d’água na atmosfera.
também pode revelar a chamada exclusão digital, vivenciada pelas
comunidades menos favorecidas.
08 A) A apropriação do espaço pelo homem ocasionou mudanças no campo térmico, proporcionando, em diversas cidades do mundo, uma
diferença no tempo de absorção da energia solar de comprimento
de ondas curtas, disponível durante o dia, bem como da reemissão
da energia de ondas longas da superfície da Terra para a atmosfera, durante a noite, contribuindo para o aumento da temperatura
durante o dia e para o resfriamento mais lento durante a noite.
B) A produção do calor artificial nos meios urbanos está associada
aos veículos automotivos, aos complexos industriais, à utilização
de ar condicionado e de ventiladores.
09 A
BLOCO
05
01 E
A questão aborda a habilidade 06 do novo Enem. Segundo essa habilidade, o aluno deverá ter a capacidade de interpretar representações
gráficas e cartográficas dos espaços geográficos. A afirmativa E é a
correta, pois na situação II, se percebe que no momento 1 existem três
municípios vizinhos apresentando áreas urbanas centralizadas e não
integradas, porém no momento 2 notamos que ocorreu um aumento
da área urbana, extrapolando os limites municipais e integrando,
fisicamente, os três municípios, tal processo urbano é denominado
de conurbação urbana. Na situação 1, não há como determinar a categoria dos municípios (metrópole regional ou região metropolitana).
FUVEST/2009.
02 B
A nova concepção de hierarquia urbana entre as cidades em uma
rede (fig. 2) tem como propósito a substituição do modelo arcaico,
denominado “esquema militar”, pois as novas possibilidades de relações entre as cidades estão diretamente, hoje em dia, associadas às
diferentes vias de comunicações tecnológicas.
03 E
Os benefícios da urbanização, assim como o seu processo de modernização, estão relacionados às modernas gestões políticas. Entende-se
por Gestão Pública a utilização de práticas inovadoras na administração
do setor público e as importadas do setor privado. Portanto, são benefícios estruturais e conjunturas que buscam promover desenvolvimento
e bem-estar social à população.
04 E
Comentário do item falso:
As primeiras cidades desenvolveram-se na Mesopotâmia, mais especificamente, em torno do Rio Eufrates, por volta de 3500 a.C. Em
torno de 2000 a.C, as primeiras cidades começaram a desenvolver-se
em torno do Rio Nilo e na China. Tais cidades eram significantemente
maiores do que as vilas neolíticas. Estas cidades também dispunham
de estruturas mais complexas, inexistentes nestas vilas, como grandes
depósitos para estoque de alimentos e templos religiosos. A maioria
dos habitantes destas cidades já não trabalhava mais na agricultura,
e sim no artesanato ou no comércio de produtos e serviços em geral.
05 A
As cidades sofrem efeitos e produzem a globalização pelo fato de
serem as unidades geográficas que mais se identificam com as chamadas inovações socioeconômicas e culturais. É para elas que fluem
as tendências da modernidade e modernização proporcionadas pela
a mundialização em curso.
06 A
A urbanização do chamado mundo desenvolvido ocorreu de forma
normal, ou seja, o mercado de trabalho absorveu a mão de obra. A
urbanização se processa com tendência à grande maioria dos indivíduos ocuparem a zona urbana.
07 E
A malha digital trouxe novas formas de comunicação, os comunicadores instantâneos como o MSN, o telefone pela internet, como o Skype,
o e-mail, as redes sociais, como o Orkut, entre outros, são ferramentas
baseadas em internet o que possibilitou uma verdadeira revolução na
forma como nos comunicamos e de integração econômica. Porém,
34
Ciências Humanas e suas Tecnologias
CIÊNCIAS HUMANAS – Volume 02
“A globalização da produção transformou algumas metrópoles em
centros da economia internacional.Esses centros urbanos ou cidades
globais formam uma rede urbana por onde transita a maior parte
do capital que circula pelos mercados financeiros mundiais. São as
empresas sediadas nestes centros que lançam inovações tecnológicas e comandam os serviços especializados para a indústria, como a
publicidade e o marketing” (GUIMARÃES et al., 2007).
10 E
As estruturas fundiária e urbana existentes no país apresentam-se bastante desiguais, onde já é notória a presença de sem-tetos ocupando
as chamadas áreas de risco, situação típica de países subdesenvolvidos.
BLOCO
06
01 E
Questão relacionada basicamente à análise e interpretação de gráficos. Você pode perceber que a força de trabalho do setor agrícola
vem declinando de forma drástica nos últimos quarenta anos. Em
contrapartida, os setores de serviços e industrial/mineração vêm concentrando cada vez mais a força de trabalho nacional. O interessante
é que esses dois setores apresentaram um crescimento equivalente
da força de trabalho nos últimos 20 anos, como mostram claramente
o gráfico e a alternativa E.
ENEM/2001.
02 B
De acordo com as informações do IBGE, vinte regiões metropolitanas
concentravam 88,6% dos aglomerados subnormais, e quase metade
(49,8%) dos domicílios de aglomerados estavam na Região Sudeste.
Por definição região metropolitana e um conjunto de municípios
contíguos e intergrados socioeconomicamente a uma metrópole, com
infraestrutura e serviços públicos comuns.
03 D
Analisando-se os fatores socioeconômicos e ambientais relacionados
a áreas com diferentes níveis de desenvolvimento, é possível afirmar
que a taxa de mortalidade infantil de um país é reflexo – entre outros
fatores – de suas condições sociais médias. Nesse caso, especialmente
nos setores vinculados às condições de saúde, sanitárias e de saneamento básico, o que se observa é uma situação extremamente grave
nos países africanos ao sul do Saara, que se reflete de forma ostensiva
em suas taxas de mortalidade infantil e de esperança de vida.
04 C
Na figura não podemos identificar a função das cidades dentro do
processo de hierarquia apresentado, uma vez que não é explicitado o
papel econômico de cada cidade.
05 C
A figura caracteriza de modo bastante claro a presença de uma conurbação, caracterizada pela junção de duas ou mais cidades.
06 E
A indústria brasileira tem passado por um forte processo de modernização e desconcentração espacial nos últimos anos. A guerra fiscal
entre as várias unidades da federação, os salários mais baixos nas
regiões menos desenvolvidas, a proximidade de fontes de matérias-primas, o nível da infraestrutura local, o processo de desenvolvimento
dos meios de comunicação associado à terceira revolução industrial
têm provocado o deslocamento da indústria em direção a diferentes
regiões. Alguns estados e regiões têm se destacado, beneficiando-se
do processo de descentralização industrial. Enquanto o emprego
CIÊNCIAS HUMANAS V
se reduz na maior parte do país, estados como o Paraná, o Ceará
e aqueles localizados na região Centro-Oeste mostram um grande
dinamismo, recebendo novas empresas industriais e apresentando
forte crescimento do emprego. Em termos agregados, a região Sul
tem sido a principal beneficiária, aumentando sua participação nos
mais diversos segmentos industriais.
07 A
O quadro (I) faz referência conceitual ao termo Cidade global. As
cidades globais, também conhecidas como metrópoles mundiais,
são grandes aglomerações urbanas que funcionam como centros
de influência internacional. Estão no topo da hierarquia urbana. São
dotadas de técnica e conhecimento em serviços de elevada influência
nas decisões vinculadas à economia globalizada e ao progresso tecnológico. Nessas cidades, há grande concentração e movimentação
financeira, sedes de grandes empresas ou escritórios filiais de transnacionais, importantes centros de pesquisas, presença de escritórios
das principais empresas mundiais em consultoria, contabilidade,
publicidade, bancos e advocacia, além das principais universidades.
Já o quadro (II) se relaciona ao conceito de megacidade, que é toda
área acima de 10 milhões de habitantes.
08 A
Denominamos de superpopulação toda área na qual o padrão de vida
não acompanha o crescimento da população, ocasionando assim uma
série de fatores negativos ao processo de urbanização do ponto de
vista socioeconômico (Hipertrofia Urbana).
09 A) Entre os fatores responsáveis pela concentração populacional nas
zonas costeiras, temos: a facilidade de ocupação das planícies costeiras;
a presença de solos férteis nas planícies litorâneas; a instalação de portos
que estimula o comércio por via marítima e o adensamento da ocupação;
a valorização das paisagens costeiras para fins residenciais e turísticos.
B) Entre os impactos que a ocupação das áreas contíguas à linha de
costa provoca no ambiente costeiro, temos: a alteração ou destruição
da morfologia, das paisagens e dos ecossistemas costeiros (mangues,
recifes, restingas, dunas); a poluição das águas; a alteração da morfodinâmica das praias (erosão costeira).
10 A) O crescimento desordenado das cidades no período provocou o
aumento da ocupação de áreas de risco, como encostas e várzeas.
Além disso, surgiram desafios relacionados à demanda por água
tratada, coleta de lixo e esgoto, exigindo serviços além da capacidade imediata do poder público.
B) A ocupação de imóveis abandonados nos grandes centros por
moradias populares, além da expansão de uma rede de transportes
eficiente e de custo, acessível permitiriam o acesso facilitado às
infraestruturas e serviços desigualmente distribuídos.
BLOCO
07
01 D
As raízes da urbanização brasileira são decorrentes da história, os
primeiros centros urbanos surgiram no século XVI, ao longo do litoral
em razão da produção do açúcar, já nos séculos XVII e XVIII,o ciclo
do ouro originou novos núcleos urbanos e no século XIX o café foi
a mola mestra no processo de urbanização. No início do século XX,
a indústria foi o fator de povoamento; uma vez que mecanização
passou a provocar uma perda de mão de obra no campo, as cidades
se mostram atrativas à medida que o mercado de trabalho crescia. O
êxodo rural elevou de forma significativa o número de pessoas nos
centros urbanos, atualmente cerca de 80% da população brasileira
vive nas cidades porém vale ressaltar que estas ainda se encontram
em processos econômicos de elevada desigualdade social e com características de hipertrofia.
02 D
Devido aos impactos ambientais indesejáveis que pode causar, a construção de rodovias em zonas rurais e regiões afastadas dos centros
urbanos só seria razoável quando realmente necessária e após estudos
que mostrem ser possível contornar o referido impacto.
03 E
De acordo com a interpretação da figura e análise da afirmativa de que
o ritmo do crescimento demográfico da espécie humana, frente aos
recursos naturais disponíveis no planeta, gera polêmica entre cientistas,
é possível relacioná-los com a teoria neomalthusiana, segundo a qual
o crescimento populacional exagerado é o único vilão, responsável
pelos problemas ambientais e econômicos do planeta.
UERJ 2008 (ADAPTADA).
CIÊNCIAS HUMANAS V
04 A
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é um índice que serve de
comparação entre os países, com objetivo de medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população.
Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais. O
IDH vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é
o país. Este índice também é usado para apurar o desenvolvimento
de cidades, estados e regiões. No cálculo do IDH são computados os
seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade
(expectativa de vida da população) e Produto Interno Bruto per capita.
05 C
Pela análise quantitativa do gráfico, podemos observar que Tóquio
será a maior aglomeração urbana do mundo ao final da primeira
década do século XXI.
06 A
Comentário dos itens falsos:
II – As megacidades com mais de dez milhões de habitantes se concentram majoritariamente nos países onde o processo de industrialização
foi tardio, o que favoreceu a urbanização acelerada e do tipo anormal
(macrocefálica).
07 Espera-se que se faça a relação entre a prevalência do sistema viário
com políticas de planejamento urbano, indústria automobilística,
maior velocidade e deslocamentos maiores para parte da população,
estagnação tecnológica do transporte coletivo etc.
08 Poluição sonora, poluição do ar etc.
09 E
No Brasil, onde a influência da indústria automobilística tem sido preponderante, verifica-se o predomínio do transporte rodoviário. Esse tipo
de transporte oferece pequena capacidade de carga, maior consumo
proporcional de combustível e elevados níveis de poluição, sendo, portanto, bem mais caro que outros modais como ferroviário e o hidroviário.
10 1. O conceito de “Megacidade” surgiu em decorrência do crescimento
acelerado da população de algumas cidades do mundo, em especial
de cidades de países subdesenvolvidos.
2. O termo foi criado para designar o grupo de cidades com mais de
10 milhões de habitantes. Portanto, o critério para a definição de uma
megacidade é essencialmente quantitativo.
3. O conceito de “Cidade Global” refere-se às cidades que sediam os
“nós” da economia de fluxos da globalização e pertencem, portanto,
a uma rede mundial de cidades, a partir das quais atuam os atores
transnacionais
4. Trata-se de cidades que possuem alta densidade de objetos técnicos
que as conectam aos fluxos globalizados (financeiros, comercias, de
serviços, de tecnologia etc), razão pela qual o critério para sua definição é decorrente dos papéis e funções que desempenha e é, assim,
de natureza qualitativa.
01 D
Para calcular o crescimento demográfico de um país, devemos levar em
consideração dois indicadores: crescimento vegetativo ou natural e o saldo
migratório, ou seja, a entrada menos a saída de indivíduos neste país.
02 B
As maiores contribuições para o crescimento demográfico vêm dos
países emergentes que estão na fase inicial da transição demográfica.
De maneira geral, a população continuará aumentando, porém as
porcentagens de crescimento estão despencando. A urbanização,
a queda da fecundidade da mulher, o planejamento familiar, a utilização de métodos de prevenção à gravidez, a mudança ideológica
da população, são todos fatores que contribuem para a redução do
crescimento populacional.
03 D
A teoria citada no texto é a malthusiana, pois, segundo a mesma, o
elevado crescimento demográfico populacional é a principal causa do
subdesenvolvimento.
Ciências Humanas e suas Tecnologias
CIÊNCIAS HUMANAS – Volume 02
35
04 B
Observando o gráfico da América Latina fica claro que o crescimento
vegetativo (TN-TM) da década de 60 é o mais expressivo. A redução
da natalidade nos outros períodos se deve a vários indicadores sociais,
tais como: industrialização, urbanização, participação da mulher no
mercado de trabalho, meios antinatalistas etc.
05 D
A macrorregião brasileira que deverá demorar mais para concluir seu
processo de transição demográfica, ou seja, a diminuição da taxa de
natalidade e, consequentemente, um envelhecimento da população,
é a região Norte, fato esse explicado pelo seu menor desenvolvimento
econômico entre as demais regiões do Brasil.
06 E
A urbanização não é apenas o crescimento da população de uma
área em relação a outra, o termo urbanização também implica num
estilo de vida marcado por tecnologias e modernidades decorrentes
do processo industrial.
Na primeira metade do século XXI, a população mundial estará com a
sua maioria vivendo em cidades e a tendência é que “todos” os seres
humanos sejam praticamente cidadãos urbanos, pois com o passar
do tempo a urbanização atingirá um limite e se estabilizará em nível
mundial, pois tal acontecimento já é verificado nos países desenvolvidos, onde os índices máximos de população urbana já se encontram
entre 80% e 90% ou mais do processo de urbanização.
07 D
O texto Pé na estrada, de novo apresenta elementos que caracterizam
um movimento migratório, como se observa no seguinte fragmento:
“‘Eu não vou para São Paulo’, anuncia Ari Félix, 12. Mas o irmão dele
foi. ‘Difícil ficar’ é a frase mais repetida.” Trata-se, contudo, de um
movimento populacional específico, conforme descreve o fragmento
mais adiante: “A soma faz os homens alternarem: seis meses lá, seis
meses cá”. É essa periodicidade que caracteriza a transumância e a
distingue dos movimentos pendulares, de caráter diário.
08 As migrações internacionais de trabalho são fortemente orientadas
pelas características socioeconômicas dos países de origem e de
destino desses fluxos.
O mapa representa três movimentos populacionais realizados por
três perfis de trabalhadores:
1. Deslocamento de países subdesenvolvidos para países desenvolvidos: trabalhadores com qualificação reduzida, ocupando atividades
pouco valorizadas nos países de destino.
2. Deslocamento entre países desenvolvidos: trabalhadores altamente
qualificados, em busca de ampliação de seus horizontes profissionais.
3. Deslocamento entre países pouco desenvolvidos: trabalhadores
desempregados ou subempregados, com baixa qualificação, em
busca de ocupação em áreas com maior dinamismo econômico.
09 D
As maiores restrições a ocupações e expansões em áreas de preservação permanente na cidade de fortaleza deve-se ao fato de a mesma
apresentar um sítio urbano tipicamente litorâneo, porém muito se
observa a presença marcante de grupos de especuladores ocupando
áreas de preservação ambiental, tais como mangues, dunas, matas
ciliares, lagoas etc.
10 C
Rede urbana (malha urbana) – Conjuntos de cidades interligados por
meios de vias. (Rodovias, Ferrovias, Hidrovias, Aerovias e outras Vias
Cibernéticas etc.)
36
Ciências Humanas e suas Tecnologias
CIÊNCIAS HUMANAS – Volume 02
CIÊNCIAS HUMANAS V
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