DMA-C13-510/N FEV 2007 INSTALAÇÕES AT E MT. SUBESTAÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO Sistemas de alimentação de corrente contínua com baterias do tipo alcalino Características e ensaios Elaboração: ICTS, INTS, ISTS e DNT Homologação: conforme despacho do CA de 2007-02-13 Edição: 1ª Emissão: EDP Distribuição – Energia, S.A. DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Av. Urbano Duarte, 100 • 3030-215 Coimbra • Tel.: 239002000 • Fax: 239002344 E-mail: [email protected] Divulgação: EDP Distribuição – Energia, S.A. GBCI – Gabinete de Comunicação e Imagem Rua Camilo Castelo Branco, 43 • 1050-044 Lisboa • Tel.: 210021684 • Fax: 210021635 DMA-C13-510/N FEV 2007 ÍNDICE 1 OBJECTO E CAMPO DE APLICAÇÃO ..................................................................................................................3 2 NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA........................................................................................................3 3 SÍMBOLOS E ABREVIATURAS ..................................................................................................................................3 4 CONDIÇÕES GERAIS ..............................................................................................................................................3 4.1 Condições gerais de funcionamento ............................................................................................................3 4.1.1 Condições ambientais climáticas ..............................................................................................................3 4.1.2 Condições ambientais mecânicas ............................................................................................................3 4.1.3 Condições de isolamento e compatibilidade electromagnética .......................................................4 4.1.4 Condições de alimentação ........................................................................................................................4 5 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMA CC .......................................................................................................5 5.1 Constituição do sistema de alimentação de corrente contínua..............................................................5 5.2 Esquemas-tipo ....................................................................................................................................................5 5.2.1 Esquema genérico de constituição do sistema CC ................................................................................5 5.2.2 Esquema unifilar dos circuitos de potência ..............................................................................................6 5.3 6 Funcionamento do sistema CC.......................................................................................................................6 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO SISTEMA CC..............................................................................................7 6.1 Armários ...............................................................................................................................................................7 6.1.1 Características comuns aos armários ........................................................................................................7 6.1.2 Constituição do armário de alimentação ................................................................................................8 6.1.2.1 Características específicas do armário de alimentação..................................................................8 6.1.3 Constituição do armário de baterias .........................................................................................................8 6.1.3.1 Características específicas do armário de baterias ..........................................................................8 6.2 Sistema de alimentação...................................................................................................................................9 6.2.1 Módulos de potência ...................................................................................................................................9 6.2.1.1 Módulos rectificadores ............................................................................................................................9 6.2.1.2 Módulos conversores .............................................................................................................................10 6.2.2 Módulo de supervisão e controlo .............................................................................................................10 6.2.2.1 Funcionalidades .....................................................................................................................................11 6.2.3 Baterias do tipo alcalino.............................................................................................................................12 6.2.3.1 Características das baterias do tipo alcalino (a indicar pelo fornecedor)..................................12 6.2.4 Protecções....................................................................................................................................................12 6.2.5 Funcionalidades complementares...........................................................................................................13 6.2.5.1 Resistência de descarga.......................................................................................................................13 6.2.5.2 Díodos redutores.....................................................................................................................................13 6.2.5.3 Transformador de isolamento...............................................................................................................13 6.2.5.4 Modem analógico .................................................................................................................................13 6.2.5.5 Placa de rede .........................................................................................................................................13 6.3 7 Cabos e barramentos de interligação ........................................................................................................13 ENSAIOS .................................................................................................................................................................14 7.1 Ensaios de recepção em fábrica..................................................................................................................14 7.1.1 Ensaios do sistema de alimentação.........................................................................................................14 7.1.2 Ensaio das baterias do tipo alcalino ........................................................................................................14 7.2 Ensaios no local de instalação ......................................................................................................................14 DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 2/14 DMA-C13-510/N FEV 2007 1 OBJECTO E CAMPO DE APLICAÇÃO O presente documento destina-se a definir as características e ensaios do sistema de alimentação de corrente contínua a instalar nos serviços auxiliares das subestações AT/MT da EDP Distribuição. Este sistema alimentará em permanência todos os circuitos de corrente contínua existentes na subestação e assegurará, em simultâneo, a carga da bateria em qualquer dos seus regimes. O sistema de alimentação deve ser capaz de interagir com o sistema de comando e controlo existente na instalação. 2 NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA — IEC 60255-4, anexo E; — IEC 60297-2; — BS 800; — VDE 0875; — EN 55 022; — DIN 57875 – Grau N; — EN 60950: directiva da baixa tensão; — DMA-C33-201/N: cabos ignífugos de BT – características e ensaios. 3 SÍMBOLOS E ABREVIATURAS No presente documento são utilizadas as seguintes abreviaturas: DMA: IEC: DIN: EN: BS: Documento de Materiais e Aparelhos – Características e ensaios Comissão Electrotécnica Internacional Norma alemã (Deutsches Institut fur Normung e.V.) Norma europeia Norma inglesa 4 CONDIÇÕES GERAIS 4.1 Condições gerais de funcionamento Os equipamentos constituintes do sistema de alimentação de corrente contínua, objecto da presente especificação, serão instaladas no edifício de comando e controlo das subestações AT/MT com as características ambientais climáticas, mecânicas, de compatibilidade electromagnética e de alimentação indicadas no seguimento. 4.1.1 Condições ambientais climáticas ⎯ Temperatura ambiente: 0 ºC a +55 ºC. ⎯ Humidade relativa do ar: até 100%. ⎯ Altitude: inferior a 2000 m. 4.1.2 Condições ambientais mecânicas Em estudo. DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 3/14 DMA-C13-510/N FEV 2007 4.1.3 Condições de isolamento e compatibilidade electromagnética Os módulos de potência do sistema de alimentação CC devem garantir os seguintes níveis de Isolamento galvânico, a nível das entradas/saídas: 2 KV, 50 Hz durante 1 minuto (CEI 60255-4) e 5 KV pico (onda de choque 1,2/50 µs, classe III, CEI 60255-4, Anexo E). Os módulos de potência do sistema de alimentação CC devem cumprir as normas aplicáveis sobre compatibilidade electromagnética: EN 50081, EN 50082, EN 55022, EN 61000 e EN 60555; Devem também cumprir as normas aplicáveis sobre segurança, nomeadamente, a norma EN 60950. Relativamente às interferências de radiofrequência, devem cumprir as normas DIN 57875 – grau N, BS 800 e VDE 0875, curva N. No relativo à imunidade a perturbações de alta frequência (1 MHz), os níveis de severidade serão: 2,5 KV (modo comum) e 1 KV (modo diferencial), de acordo com a classe III, CEI 60255-4, Anexo E. 4.1.4 Condições de alimentação Os módulos rectificadores deverão ter as seguintes características de entrada: ⎯ tensão nominal: 230 V C.A., 50 Hz; ⎯ limites de variação da tensão nominal: - 15% a + 10%; ⎯ limites de variação da frequência nominal: ± 4%. Os módulos rectificadores deverão ter as seguintes características de saída: ⎯ possibilidade de ajuste da limitação da corrente nominal de saída, entre 50% a 100%; ⎯ variação estática da tensão de saída: ± 1%; ⎯ variação da corrente de saída: ± 2%; ⎯ corrente nominal de saída: ≥ 20A. O tempo de resposta para estabilizar a tensão de saída deverá ser inferior a 0,5 segundos; O factor de tremor deverá ser inferior a 2 mV psofométricos a 800 Hz, em relação ao valor da tensão nominal de saída. Os módulos conversores deverão ter as seguintes características de entrada: ⎯ tensão nominal: 110 V C.C.; ⎯ limites de variação da tensão nominal: - 20% a + 30%; Os módulos conversores deverão ter as seguintes características de saída: ⎯ limites de variação da tensão de saída: ± 1%; ⎯ limites de variação da corrente de saída: ± 2%; ⎯ corrente nominal de saída: ≥ 15A. O tempo de resposta para estabilizar a tensão de saída deverá ser inferior a 0,5 segundos. As baterias, do tipo alcalino, deverão ter as seguintes características: ⎯ tensão nominal: 110 Vcc; ⎯ capacidade: >= 200 Ah. DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 4/14 DMA-C13-510/N FEV 2007 5 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMA CC 5.1 Constituição do sistema de alimentação de corrente contínua O sistema de alimentação de corrente contínua (no seguimento designado por sistema CC) deverá ser constituído por: ⎯ painel de CA; ⎯ módulos rectificadores do tipo switching (preferencialmente digitais); ⎯ módulos conversores; ⎯ módulo de supervisão e controlo, com possibilidade de telegestão; ⎯ painel de CC; ⎯ baterias, do tipo alcalino (no seguimento, apenas designadas por baterias), instaladas em armário com fácil acesso frontal. Nota: 5.2 5.2.1 na concepção do sistema CC excluir-se-á a utilização de componentes cujo envelhecimento influa na precisão ou fiabilidade do mesmo. Esquemas-tipo Esquema genérico de constituição do sistema CC No esquema genérico apresentado na figura seguinte, representa-se a constituição do sistema CC. URT Centro de telemanutenção Módulo de supervisão e controlo Painel CC Tensão CC1 Tensão CC2 Painel CA Módulos rectificadores CA→ Tensão CC1 Baterias Conversores Tensão CC1→ Tensão CC2 Figura 1 – Diagrama genérico da constituição do sistema de alimentação de CC DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 5/14 DMA-C13-510/N FEV 2007 5.2.2 Esquema unifilar dos circuitos de potência O esquema unifilar da figura seguinte, representa a constituição do circuito de potência do sistema CC. Figura 2 – Esquema unifilar dos circuitos de potência 5.3 Funcionamento do sistema CC O sistema CC deverá ser composto por um módulo de supervisão e controlo, por módulos rectificadores do tipo switching, conversores CC/CC, baterias, um painel de CA, um painel de CC e respectivos cabos de interligação. Em condições de funcionamento normais, os módulos rectificadores, ligados em paralelo entre si e às baterias, deverão garantir uma tensão nominal de saída constante, dentro dos limites admissíveis da tensão e da frequência da rede e do consumo das cargas, independentemente das suas variações. Os módulos rectificadores deverão fornecer a potência necessária à carga de utilização e à recarga das baterias. A sua tensão de saída, aplicada à bateria em regime flutuante, deverá ser continuamente regulada em função da temperatura, medida junto desta, de acordo com as especificações do fabricante da mesma. Em situação de falha da rede, as baterias deverão passar a fornecer a potência à carga sem qualquer interrupção. O sistema CC deverá ter um dispositivo de protecção à descarga total das baterias. Os módulos rectificadores não deverão necessitar da bateria para o seu arranque e funcionamento. Os módulos rectificadores e conversores serão equipados com um circuito de arranque lento para evitar transitórios de corrente no momento da sua ligação. DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 6/14 DMA-C13-510/N FEV 2007 6 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO SISTEMA CC 6.1 Armários O sistema CC será constituído por um armário de alimentação e por um armário de baterias, que terá como interface com os equipamentos a alimentar o(s) quadro(s) de distribuição de CC. Todos os painéis e perfis metálicos da estrutura deverão ter tratamento anticorrosivo, com electrozincagem e revestimento final por pintura de longa durabilidade (por exemplo, pó epoxy-polyester polimerizado a quente ou equivalente). Todas as restantes peças metálicas, incluindo suportes, parafusos, etc., deverão ter tratamento anticorrosivo por metalização. 6.1.1 Características comuns aos armários Os armários deverão ter as seguintes características: ⎯ índice de protecção não inferior a IP 30; ⎯ dimensões, de acordo com o definido na norma IEC 60297-2: 800 mm de largura, 800 mm de profundidade, 2 200 mm de altura, sem rodapé; ⎯ cor normalizada RAL 7035; ⎯ porta frontal com fechadura com punho e chave fixos e painéis amovíveis nas restantes faces; ⎯ suporte para fixação de cabos; ⎯ bornes de ligação com fácil acesso para ligação. O tipo de bornes a utilizar nos armários, deverão ser: ⎯ do tipo aperto por mola; ⎯ de secção adequada aos condutores que neles ligam; ⎯ autoextinguíveis. A concepção do sistema CC deverá permitir que os armários possam ser instalados com as faces laterais e posteriores obstruídas. Deverá ser garantido o acesso a todos os componentes apenas pela face frontal dos armários, sem dificuldade de manuseamento nas actividades de montagem e manutenção. A estrutura mecânica deverá ser rígida, de forma a suportar todos os componentes constituintes do sistema CC, a sua manobra. A disposição dos componentes do sistema CC deverá ser tal que permita ligar e desligar os cabos de alimentação das cargas nas suas saídas, bem como substituir os seus elementos constituintes, com o equipamento em serviço e em segurança, sem necessidade de interromper nenhuma alimentação às saídas (tipo hot plug). Deverão existir mecanismos de protecção de pessoas contra contactos directos, nas partes metálicas sujeitas a tensão perigosa. A ventilação dos armários deverá efectuar-se apenas pelas faces frontal, inferior e superior, pelo que os respectivos painéis deverão ser perfurados de forma a permitir a sua ventilação natural. Os armários deverão possibilitar a entrada e saída de todos os cabos pela parte inferior e pela parte superior, devendo existir rasgos com tampas amovíveis para o efeito e respectiva fixação. Todos os componentes e terminais de condutores e de cabos deverão ser identificados com sistema de etiquetagem adequado, de longa duração, com identificação, de acordo com os respectivos esquemas. Deverá existir uma bolsa, no interior dos armários, adequada para colocação de um conjunto de documentação técnica. DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 7/14 DMA-C13-510/N FEV 2007 Deverá existir uma placa de identificação do alimentador com o nome do fabricante, modelo/tipo, n.º de série, ano de fabrico e referência às suas características principais, afixada em local visível. Todos os elementos amovíveis dos armários, incluindo as parteleiras móveis, deverão ter assegurada a continuidade eléctrica com a sua estrutura pela instalação de tranças de cobre estanhado de secção apropriada. A estrutura dos armários deverá possuir terminal para ligação ao circuito da rede geral de terra. 6.1.2 Constituição do armário de alimentação O armário é constituído por painéis e módulos de encaixe rápido e do tipo hot-plug conforme descrito a seguir: ⎯ electrificado para três módulos rectificadores monofásicos tipo switching, em preferencialmente digitais (Tensão CC1 – Figura1, secção 5.2.1 do presente documento). ⎯ electrificado para três módulos conversores CC/CC iguais, de 48 V, em paralelo (Tensão CC2 - Figura1 acima citada). ⎯ módulo de supervisão e controlo, para parametrização local e remota do sistema; ⎯ painel de CA; ⎯ painel de CC; ⎯ equipamentos de comunicação; ⎯ régua de terminais para contactos de interface; ⎯ resistência para descarga de baterias; ⎯ transformador de isolamento; ⎯ díodos redutores. 6.1.2.1 paralelo, Características específicas do armário de alimentação As características específicas do armário de alimentação são as seguintes: ⎯ tomada de alimentação de 230V CA para ligação de equipamento electrónico de manutenção; ⎯ bornes de ligação de alimentação de entrada de 230 V CA; ⎯ disjuntores de protecção para todos os circuitos de entrada e de saída; ⎯ bornes de ligação de alimentação de saída de CC; ⎯ bornes de ligação para grupo de baterias; ⎯ bornes seccionáveis para ligação de circuitos de sinalização; ⎯ descarregadores de sobretensão e outras protecções; ⎯ contactos livres de potencial para envio de sinalizações e alarmes. 6.1.3 Constituição do armário de baterias O armário para acondicionamento das baterias, deverá ter acesso frontal facilitado para instalação e manutenção. Por cada grupo de baterias terá de existir um disjuntor que permita a acção de manutenção do mesmo. 6.1.3.1 Características específicas do armário de baterias As características específicas do armário de baterias são as seguintes: ⎯ armário metálico com capacidade para alojar as baterias do tipo alcalino previstas, de acesso frontal, montadas em prateleiras a toda a largura e profundidade do armário. As prateleiras devem estar devidamente reforçadas para a situação mais desfavorável, de modo a não se deformarem; DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 8/14 DMA-C13-510/N FEV 2007 ⎯ as operações de montagem e desmontagem de um dado bloco de baterias deverão ser facilmente executáveis. Para as operações de montagem e desmontagem de um bloco de baterias, não deverá ser necessário retirar de serviço nenhum outro, para além do intervencionado; ⎯ espaço suficiente para permitir medir livremente a tensão de todos os blocos de baterias, os quais devem ser devidamente numeradas e etiquetadas com data de fabrico. 6.2 Sistema de alimentação 6.2.1 Módulos de potência Os módulos de potência possuem as seguintes características gerais: ⎯ configuração do tipo bloco compacto, de encaixe fácil no respectivo rack do bastidor e, de preferência, de hot-plug; ⎯ o processo de arrefecimento deverá ser por convecção de ar, natural ou forçado, neste último caso com detecção de avaria da ventilação. Tanto as entradas como as saídas dos módulos de potência deverão ser protegidos individualmente por disjuntor bipolar, com contacto auxiliar. O sistema CC será constituído por: ⎯ 3 módulos rectificadores 230VCA/110VCC; ⎯ 3 módulos conversores 110/48VCC. 6.2.1.1 Módulos rectificadores Os módulos rectificadores a instalar no armário de alimentação deverão ser de tecnologia comutada (switching) e deverão ter as seguintes características gerais: • Características eléctricas de entrada: ⎯ alimentação CA monofásica; ⎯ factor de potência elevado (próximo da unidade); ⎯ baixa taxa de distorção harmónica da corrente e tensão de entrada; ⎯ rendimento superior a 85%, entre 50% e 100% da sua capacidade nominal; ⎯ pico de arranque limitado (soft start), que não ponha em causa as suas protecções de entrada; ⎯ filtragem de harmónicas introduzidas na rede de acordo com a NP 3327(1986). • Características eléctricas de saída Regimes de funcionamento: ⎯ regime flutuante; ⎯ regime de reforço; ⎯ regime manual; ⎯ a tensão nos dois primeiros regimes de funcionamento deverá ser parametrizável e regulada automaticamente, em conformidade com as especificações do fabricante das baterias do tipo alcalino. O regime manual deverá garantir o funcionamento do sistema CC, independente do sistema de comando, com a tensão regulada manualmente nos módulos rectificadores; ⎯ o tempo de resposta para estabilizar a tensão de saída deverá ser inferior a 0,5 segundos. A tensão de saída não poderá em caso algum ultrapassar o valor nominal de saída durante o processo de arranque do módulo; ⎯ o factor de tremor deverá ser inferior a 2 mV psofométricos a 800 Hz, em relação ao valor da tensão nominal de saída; DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 9/14 DMA-C13-510/N FEV 2007 ⎯ protecção interna de tensão elevada na saída (OVP - overvoltage protection), desligando e/ou bloqueando o módulo rectificador com defeito se a sua tensão de saída for superior a um valor parametrizável de tensão e de tempo. Deverá ser garantida selectividade na actuação desta protecção entre vários módulos rectificadores ligados em paralelo, desligando-se e/ou bloqueando-se apenas o rectificador que provoca a sobretensão; ⎯ corrente de serviço ( 0,5 s): 2 In A/1 s( com a bateria fora de serviço). Todos os módulos devem ter sinalizações à distância, por contactos livres de potencial, ou por comunicação com o módulo de gestão para cada uma das seguintes situações: ⎯ avaria do módulo; ⎯ funcionamento normal; ⎯ modo de funcionamento; ⎯ limitação de corrente. 6.2.1.2 Módulos conversores Os módulos conversores a instalar no armário de alimentação, deverão ter as seguintes características • Características eléctricas de entrada Os conversores deverão ter as seguintes características: ⎯ rendimento superior a 85%, entre 50% e 100% da sua capacidade nominal; ⎯ pico de arranque limitado (soft start) que não ponha em causa as suas protecções de entrada; • Características eléctricas de saída ⎯ factor de tremor inferior a 2 mV psofométricos a 800 Hz , em relação ao valor da tensão nominal de saída; ⎯ protecção interna de tensão elevada na saída (OVP - overvoltage protection), desligando e/ou bloqueando o módulo conversor com defeito se a sua tensão de saída for superior a um valor parametrizável de tensão e de tempo. Deverá ser garantida selectividade na actuação desta protecção entre vários módulos conversores ligados em paralelo, desligando-se e/ou bloqueandose apenas o conversor que provoca a sobretensão; ⎯ a tensão de saída não poderá em caso algum ultrapassar o valor nominal de saída durante o processo de arranque do módulo. Deverão existir sinalizações locais por led, à distância por contacto livre de potencial, ou por comunicação com o módulo de gestão para cada uma das seguintes situações: ⎯ avaria do módulo; ⎯ funcionamento normal; ⎯ limitação de corrente. 6.2.2 Módulo de supervisão e controlo O módulo de supervisão e controlo deve ser microprocessado, possuindo calendário e relógio de tempo real, entradas e saídas digitais e analógicas, porta(s) de comunicações, teclado e visor, para as seguintes funções: ⎯ comando, parametrização e monitorização de todo o sistema; ⎯ apresentação de medidas, alarmes e respectiva sinalização; ⎯ registo cronológico de acontecimentos com capacidade para 250 eventos, guardados em memória não volátil; ⎯ telessinalização, através de oito contactos livres de potencial, configuráveis por software, excepto o da falha do módulo de comando. Destinam-se à transferência de sinalizações e alarmes em tempo real, para as URT ou SPCC; DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 10/14 DMA-C13-510/N FEV 2007 ⎯ saídas analógicas de corrente e tensão de baterias, de rectificador e dos conversores; ⎯ interface com o utilizador; ⎯ formato do calendário do tipo DD-MM-AAAA ou AAAA-MM-DD; ⎯ formato do relógio de tempo real do tipo hh:mm:ss; ⎯ a sincronização da data e hora deverá ser efectuada por protocolo ou por central horária disponível na instalação; ⎯ interface de comunicação para gestão remota de todas as funcionalidades e reporte de alarmes, para um Centro de Telegestão, em protocolo normalizado, preferencialmente IEC 60870-5-101, IEC 60870-5-104 ou IEC 61850 e, em qualquer caso, sempre compatível com os protocolos actualmente utilizados nos sistemas de comando e controlo (SCC) na EDP Distribuição; ⎯ preferencialmente o comando, medidas, sinalizações, parametrização e monitorização de todo o sistema CC, deverá ser integrado via protocolo no SCC da instalação; ⎯ a partir do Centro de Telegestão deverá ser possível efectuar a supervisão (parametrização, intervenções remotas de carácter correctivo, etc.) de cada um dos sistemas CC em comunicação; ⎯ este módulo deverá ter interface série RS232 para ligação a modem de linha dedicada ou comutada, ou módulo para comunicações TCP/IP; ⎯ o módulo de comando e todos os periféricos de comunicações devem ser alimentados em CC, pela tensão de funcionamento do alimentador. 6.2.2.1 Funcionalidades A limitação da corrente de carga da bateria deverá ser feita por regulação contínua da tensão de saída dos módulos rectificadores; a corrente máxima de carga das baterias deverá ser parametrizável em função da capacidade e tipo das baterias, segundo as especificações do fabricante. O regime flutuante deverá ter um valor de tensão parametrizável estabilizado, com compensação da tensão de saída dos módulos rectificadores em função da temperatura da bateria, de acordo com as especificações do fabricante. A activação da compensação de tensão deverá ser parametrizável pelo operador ou desactivada em caso da medida da temperatura inválida (comutando neste caso para modo manual). O regime de reforço contempla um valor de tensão, parametrizável, superior ao flutuante. O regime de reforço deve ser iniciado automaticamente após ocorrer uma falha de energia de rede durante um período de tempo superior a um tempo parametrizável, ou manualmente pelo operador. O regime de reforço deverá ser mantido durante o tempo suficiente para se repor a capacidade da bateria, mas nunca contrariando as especificações do seu fabricante. Este regime deverá ser interrompido, regressando ao regime flutuante ao atingir uma das seguintes condições: ⎯ quando a corrente de carga da bateria se mantenha constante durante 3 horas; ⎯ seja atingido o tempo máximo de regime de reforço aconselhado pelo fabricante da bateria; ⎯ seja atingido o limite máximo de temperatura da bateria aconselhado pelo seu fabricante. Deverá ser possível ligar e desligar, localmente ou à distância, qualquer dos módulos rectificadores. Deverá ser possível executar ensaios de descarga das baterias, por automatismo ou manualmente, registando a sua autonomia e valores de tensão e corrente de cada grupo. Este ensaio deverá ter uma periodicidade programável (de 1 mês a 24 meses) e poderá ser executado localmente e à distância, de acordo com várias características da bateria (tipo, capacidade e percentagem de descarga). O funcionamento deste automatismo não pode, em caso algum, comprometer a alimentação das cargas, não desligando a saída dos módulos rectificadores, mas baixando a sua tensão para um valor inferior ao do grupo de baterias e deve ser abortado nas seguintes situações: ⎯ falha de rede; ⎯ tensão CC baixa; ⎯ anomalia do equipamento. DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 11/14 DMA-C13-510/N FEV 2007 6.2.3 Baterias do tipo alcalino As baterias a fornecer serão do tipo alcalino. O número de baterias deverá ser o necessário ao bom funcionamento global do sistema. Deverá ser efectuada uma medida de temperatura nas baterias, de modo a ser efectuada a compensação da tensão flutuante das baterias em função da temperatura. Deve ser efectuada pelo menos a medida do valor da tensão e corrente aos terminais do grupo de baterias do tipo alcalino. As ligações entre os diversos blocos da bateria e os respectivos terminais deverão ser convenientemente isoladas. A bateria estará permanentemente ligada em paralelo com os módulos rectificadores e a carga. 6.2.3.1 Características das baterias do tipo alcalino (a indicar pelo fornecedor) O fornecedor deverá indicar as seguintes características da bateria: ⎯ número de blocos; ⎯ número de elementos por bloco; ⎯ tensão por elemento em regime flutuante; ⎯ tensão por elemento em regime de reforço; ⎯ corrente limite de carga; ⎯ tensão máxima por elemento em função da temperatura; ⎯ tipo das placas constituintes dos elementos; ⎯ dimensões exteriores dos blocos; ⎯ peso total da bateria; ⎯ número de descargas permitidas durante o tempo de vida útil estimada e o seu valor percentual de descarga; ⎯ curvas de descarga para as seguintes correntes (temperatura ambiente de + 25 ºC, com a bateria completamente carregada): ⎯ 0,1 x C10; ⎯ 0,2 x C10; ⎯ 0,5 x C10; ⎯ 1,0 x C10; ⎯ 1,5 x C10; ⎯ 2,0 x C10. 6.2.4 Protecções No circuito de corrente alternada (painel de CA): ⎯ por módulo rectificador, através de disjuntor bipolar, com contacto auxiliar; ⎯ contra transitórios e sobretensões da rede de alimentação através da utilização descarregadores de sobretensão; ⎯ contra subtensões na alimentação; ⎯ contra sobrecarga térmica, por relé térmico; ⎯ contra curto-circuito, do módulo rectificador (para protecção do andar CC a jusante). de No circuito de corrente contínua (paineis de CC): ⎯ contra sobretensões, acima do mais elevado valor de tensão de saída regulada; ⎯ contra subtensões, da tensão de saída abaixo de um nível ajustável; ⎯ contra sobreintensidades, instantâneas, acima do valor máximo regulado para a corrente de saída; ⎯ contra curto-circuito, na carga; DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 12/14 DMA-C13-510/N FEV 2007 ⎯ contra curto-circuito, no módulo conversor; ⎯ temperatura elevada da bateria; ⎯ contra inversão de polaridade, na ligação à bateria. 6.2.5 Funcionalidades complementares 6.2.5.1 Resistência de descarga Deverá ser adequadamente dimensionada de acordo com as características do sistema CC e das baterias, devendo assegurar a corrente mínima de descarga de bateria durante o teste de capacidade de bateria. Esta resistência só será utilizada nos testes de capacidade da bateria, e caso a corrente da carga não seja suficiente. O módulo de comando deve controlar o seu funcionamento, utilizando para o efeito um contactor. 6.2.5.2 Díodos redutores Deverão assegurar que o limite máximo admissível para a carga de utilização não é ultrapassado, durante o regime de reforço. O módulo de comando deve controlar o seu funcionamento, utilizando para o efeito um contactor. 6.2.5.3 Transformador de isolamento Deverá ser dimensionado em função da potência máxima do sistema de alimentação. 6.2.5.4 Modem analógico Deverá permitir a comunicação dial-up com velocidade 56 kbps. A alimentação deve ser à tensão de CC disponível no sistema de alimentação. Interface RJ11/RJ45 para linha telefónica comutada. 6.2.5.5 Placa de rede Deverá permitir a comunicação TCP/IP à velocidade de 10/100 Mbps e com interface RJ45. A alimentação deve ser à tensão de CC disponível no sistema de alimentação. 6.3 Cabos e barramentos de interligação Todos os cabos de alimentação, interligação e sinalização, interiores e exteriores, bem como a sua instalação e ligação, devem estar incluídos no fornecimento, bem como os cabos de protecção e ligação de terra. Os tipos de cabos utilizados e respectivas secções têm de estar dimensionados para as potências máximas admissíveis e cumprir as normas aplicáveis, em vigor. Estes deverão ser do tipo multifilar extraflexível, quando estiverem dentro do mesmo armário e armados, quando os mesmos estiverem afastados entre si. Todos os cabos e condutores deverão ser ignífugos e respeitar o DMA-C33-201/N. DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 13/14 DMA-C13-510/N FEV 2007 7 ENSAIOS 7.1 Ensaios de recepção em fábrica 7.1.1 ⎯ ⎯ ⎯ Ensaios do sistema de alimentação verificação de aspectos construtivos, acabamento e facilidade de acesso aos componentes; resistência de isolamento/rigidez dieléctrica; onda de choque. Medição e registo de valores dos parâmetros a seguir indicados, num alimentador escolhido ao acaso, para 25%, 50%, 75% e 100% da sua capacidade: ⎯ tensão de entrada; ⎯ corrente de entrada; ⎯ distorção harmónica da corrente de entrada; ⎯ curva de tensão e corrente de entrada; ⎯ funcionamento do alimentador nos limites máximo e mínimo de tensão de entrada admissível; ⎯ tensão de saída; ⎯ corrente de saída; ⎯ valor do factor de tremor (ripple); ⎯ rendimento. Verificação da operacionalidade e potencialidades do sistema e do seu módulo de comando, com a configuração máxima de módulos e baterias do tipo alcalino, verificando todas as suas funções. 7.1.2 Ensaio das baterias do tipo alcalino Verificação das seguintes características: ⎯ aspectos de montagem; ⎯ aspectos de construção e acabamento; ⎯ verificação da inscrição dos nos de série e da data de fabrico, em cada bloco; ⎯ medição da tensão por elemento da bateria em regime flutuante e reforço, com verificação do desequilíbrio de tensão entre blocos; ⎯ ensaio de autonomia das baterias do tipo alcalino para o regime de descarga a corrente constante, de acordo com as especificações do fabricante. 7.2 Ensaios no local de instalação Os ensaios a realizar no local de instalação devem ser efectuados em concordância com o processo de transporte e instalação e devem incluir: ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ verificação das ligações e das cablagens; verificação e comprovação de que todas as funcionalidades eléctricas solicitadas são efectivamente cumpridas; verificação da base de dados e do correcto funcionamento de todas as funcionalidades disponíveis no módulo de supervisão e comando; verificação dos valores configurados em termos de parâmetros; verificação do funcionamento do automatismo de manutenção de baterias. DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 14/14