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DOMINGO - O Estado do Maranhão - São Luís, 5 de setembro de 2010
SAÚDE / BEM-ESTAR
Divulgação
Vacinação
Bebês nascidos antes de 37 semanas de gestação precisam de cuidados especiais, inclusive na vacinação
Calendário de imunização de
bebês prematuros é diferente
Com o sistema imunológico pouco desenvolvido, bebês nascidos antes de 37 semanas de gestação precisam seguir um plano
diferenciado para garantir crescimento saudável; por falta de informação ou medo, pais deixam de vacinar da forma correta
S
ÃO PAULO - No Brasil,
seis em cada 100 bebês
nascem antes de completar o período ideal de 37 a 40
semanas dentro do ventre
materno. Com o sistema imunológico pouco desenvolvido
e, muitas vezes, ficando longos períodos dentro das UTIs
neonatais, onde precisam ser
privados da amamentação,
perdendo esse importante fator de proteção para a saúde,
os prematuros precisam seguir
um calendário diferenciado de
vacinação. A maioria das vacinas está disponíveis gratuitamente em postos de saúde.
O cumprimento do calen-
dário de vacinas no recémnascido prematuro é muitas
vezes inadequado, ou por demora inadvertida no início, ou
por atraso de doses subseqüentes devido a doenças debilitantes. Algumas vezes, a
adesão ao esquema vacinal
encontra resistência dos pais
que, por receio ou desconhecimento, temem eventos adversos mais graves.
O período mais perigoso
para os prematuros é de março a setembro, temporada de
maior circulação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Pouco conhecido pela maioria das
pessoas, o VSR é o principal
agente de infecções respiratórias em crianças menores de
um ano de idade. Dos que
nascem com idade gestacional
inferior a 35 semanas, cerca de
15% são hospitalizados pelo
vírus.
Em bebês prematuros, o
risco de complicações e a taxa
de hospitalização em decorrência da infecção pelo VSR é
10 vezes maior do que naqueles nascidos de gestações completas. Estima-se um crescente
aumento do número de casos
de bronquiolite, principal
manifestação clínica da infecção pelo VSR.
“O VSR é o principal re-
sponsável pela hospitalização
de bebês prematuros no primeiro ano de vida“, diz o neonatologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira
de Imunizações (SBIM), um
dos mentores da Campanha
“Prematuro Imunizado é Prematuro Protegido”, lançada
em agosto no Brasil como iniciativa inédita no mundo. O
Instituto Abrace (ONG formada por mães de prematuros)
e a Abbott apóiam a iniciativa.
A proteção contra o VSR,
por exemplo, é indicada durante os meses de maior circulação do vírus. Devem ser apli-
Com a chegada da idade, chance de
desenvolver vista cansada é grande
Problema acontece em função de um
desgaste fisiológico no sistema de
acomodação do olho durante a vida
RIO - Beirando os 40 anos, é
possível notar certa dificuldade
para leituras de perto. As letras
do jornal, da bula de remédio,
do livro e até da receita de bolo
parecem incrivelmente desfocadas, fazendo com que a leitura se torne ligeiramente melhor
quando os objetos são colocados a uma distância mais afastada dos olhos. Esses sinais são
decorrentes da presbiopia ou,
como muita gente a conhece, a
vista cansada.
Segundo a oftalmologista Elizabeth Murer, a presbiopia caracteriza-se por um desgaste fisiológico no sistema de acomodação do olho durante a vida.
"Ela ocorre por conta da perda
de elasticidade do cristalino,
uma das partes do olho, que não
é capaz de formar uma curvatura suficiente para que a imagem
de perto seja formada. O cristalino tem a forma de uma lente
biconvexa e sua função é permitir a visão nítida de qualquer distância”, explica. Assim como
ocorre na hipermetropia, na
presbiopia, há a dificuldade de
enxergar de perto. A diferença é
que no quadro de vista cansada
não existe uma alteração no formato do olho, que vai modificar
a formação da imagem. O olho
do hipermetrope é mais curto e
a imagem se forma depois da
É normal com o avançar da idade sentir dificuldade de ver de perto
retina, dificultando assim a
visão. "Já com o presbita não
acontece isso. Todos nós tere-
mos presbiopia um dia por
causa da idade", completa a oftalmologista.
Tratamentos para a presbiopia
Óculos para perto: As lentes utilizadas em óculos indicados para
a vista cansada, em geral, são
lentes positivas, ou seja, com a
adição especial de grau para a
presbiopia na lente que o presbita costuma usar. Isso se houver
outro problema de visão, além da
vista cansada, que necessite do
uso de óculos. A lente funciona
como uma máquina de zoom,
com o objetivo de direcionar a
imagem até a retina.
Cirurgia refrativa: É usada a mesma técnica, a Lasik, que corrige
erros refrativos (miopia, astigmatismo, hipermetropia) mudando
o formato da córnea. Porém, a oftalmologista salienta que, a longo prazo, esse tipo de procedimento envolvendo a presbiopia
não garante uma segurança com
relação ao resultado, pois o que
é corrigido é a hipermetropia,
onde há alteração cirúrgica na
córnea, e não no cristalino.
Lentes de contato especiais: Para
as dificuldades com a leitura para
perto, há as bifocais ou multifocais, com áreas diferentes da
lente que focam zonas diferentes.
Em geral, a área central da lente
facilita a visão para longe, enquanto a parte inferior da lente -
região da movimentação dos olhos para baixo - focaliza a leitura de perto.
vação transitória da pressão intra-ocular e redução progressiva
da correção feita.
Monovisão: A técnica faz uso de
lentes comuns. Segundo Elizabeth,
é feito um teste de visão e o olho
dominante do presbita utiliza a
graduação da lente para longe, enquanto o outro, a graduação para
perto. "Parece difícil, mas a pessoa se acostuma", afirma.
Monovisão e cirurgia refrativa:
As técnicas combinadas utilizam
o Lasik para correção do olho
dominante (lente para longe), e
do outro (lente para perto).
Esclera: Cirurgia refrativa que
deixa o olho mais curvo. A especialista salienta que, a longo prazo, as complicações da cirurgia
são grandes, como possível ele-
Cirurgia Facorefrativa: Ocorre a
substituição do cristalino por uma
lente artificial de acrílico (polimetilmetacrialto). Dessa forma, o paciente ficaria com um cristalino artificial, similar ao que ocorre na
cirurgia para substituição do cristalino em pessoas com catarata.
cadas cinco doses ao longo de
cinco meses. A campanha orienta ainda sobre a forma e periodicidade de imunização contra doenças como tuberculose,
hepatite B, pneumonia, gripe,
poliomielite, diarréia pelo rotavírus e as enfermidades cobertas pela vacina tríplice (tétano, difteria e coqueluche).
Campanha - A falta de uma
adequada orientação sobre a
imunização de bebês prematuros foi preponderante para
motivar a organização de um
calendário específico e inédito em todo o mundo para
conscientizar e mobilizar toda
a comunidade envolvida na
assistência a esses pequenos
pacientes de risco.
O objetivo é alertar tanto a
comunidade médica, pais e
cuidadores de bebês, como toda a população, sobre a importância e os benefícios do
calendário de vacinação específico para os prematuros,
que é diferente do calendário
dos bebês que nascem no
tempo normal. O dr. Kfouri
alerta, inclusive, para a importância da vacinação das
pessoas envolvidas com os
cuidados do bebê contra algumas das doenças previstas no
calendário.
Nutrientes
RIO - Alimentação saudável, de
verdade, não dispensa frutas,
verduras e legumes. Mas a receita ideal não para por aí e tem
muitas novidades. O destaque
absoluto, sem dúvida, vai para
os carboidratos: está provado,
de uma vez por todas, que eles
são aliados indispensáveis na
busca do peso ideal e também
para uma saúde de ferro. "Escolhas inadequadas podem render desde quilos a mais até
problemas de saúde, causados
pela carência de uma alimentação balanceada", afirma a
chefe da equipe nutricional do
site MinhaVida, Roberta Stella.
O desfile de nutrientes do bem
ainda leva em conta vitaminas,
um tipo especial de gordura e
uma novidade que agrada,
principalmente, os vegetarianos. Confira a turma que rende
energia e proteção redobrada
para o seu organismo.
1) A Universidade de Harvard dá
o veredicto: Uma dieta pobre em
carboidratos pode afetar a saúde
das artérias, aumentando em
15% as chances de desenvolver
a arteriosclerose. Fuja dos riscos
comendo pão, espinafre, batata,
couve-flor, nabos e cereais, por
exemplo. Mas o consumo de carboidratos deve ser balanceado.
pesquisa, feita pela Universidade
de Michigan, revela que 20% dos
casos de hipertensão nas mulheres são ocasionados pela falta de vitamina D. Óleo de fígado
de peixe, peixes de água salgada
(sardinha, arenque, salmão), ovos,
carne, leite e manteiga trazem
doses de vitamina D. Mas, para
ela ser sintetizada pelo organismo, você precisa passar pelo
menos 10 minutos diários sob o
sol.
2) Estudo publicado no periódico Circulation, da Associação
Americana para Estudos do Coração, revela que o ácido glutâmico, presente em proteínas de
origem vegetal, é um dos micronutrientes que ajuda a controlar
a pressão arterial. Tofu, leite de
soja, sementes de girassol, gergelim, cogumelo, sementes, oleaginosas (castanha, noz, avelã, pinhão), aveia integral, germe de
milho, frutas oleaginosas (abacate, coco), batata, arroz integral,
lentilha são boas fontes de proteína vegetal.
3) Um estudo feito pela Universidade do Estado da Pensilvânia,
nos Estados Unidos, sugere que
o consumo de flavonóides pode
retardar em até 8% a oxidação do
colesterol ruim (LDL). Frutas, vegetais, chás, vinhos, nozes, sementes, raízes e o chocolate preto (quanto mais amargo, melhor)
contêm flavonóides.
4) Um estudo feito pela Universidade de Rochester, nos Estados
Unidos, aponta que a vitamina D
ajuda na proteção da massa
óssea, diminuindo fraturas. Outra
5) Suplementos de vitamina C
merecem atenção, segundo estudo sueco publicado no American
Journal of Clinical Nutrition. De
acordo com o estudo, mulheres
que tomavam altas doses da vitamina aumentam as chances de
desenvolveram catarata na velhice. Porém, as fontes naturais
da vitamina não apresentaram
riscos e retardam o envelhecimento. Abacaxi, acerola, agrião,
alface, goiaba, laranja, limão, kiwi, pimentão, rúcula, alho, cebola, repolho e espinafre são alimentos ricos em vitamina C (ou
ácido ascórbico).
6) A falta de consumo de ômega3, gordura que beneficia o cérebro, pode ser decisiva para o
surgimento de doenças mentais
segundo estudo feito por cientistas do National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism, nos
Estados Unidos. De acordo com
os especialistas, a ausência deste
ácido graxo pode estar associada
ao aparecimento de problemas
no funcionamento do cérebro.
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