Aquecimento Global

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Ficha de leitura 5
Aquecimento Global
Origem:
O aquecimento global é o nome que
damos a um fenómeno climático de
Reconstrução da
larga extensão
quem tem como
Temperatura
principal característica um aumento da
temperatura média da superfície da
Terra nos últimos 150 anos.
Periodo de Aquecimento Mediaval
A principal causa deste aumento devese muito provavelmente a um
aumento do efeito de estufa, havendo
evidência forte de que a maioria do
aquecimento seja devido a actividades
humanas.
O papel do homem no aquecimento
global, vai para além do aumento dos
gases do efeito estufa. Estende-se para
Pequena Idade do Gelo
outras causas, como a um maior uso
de águas subterrâneas e de solo para a
agricultura industrial e a um maior
Figura 1: Temperaturas ao longo dos últimos 2,000 anos
consumo energético e poluição.
A principal evidência do aquecimento
global vem das medições de
temperatura feitas por estações
meteorológicas em todo o globo desde
1860.
Os dados mostram que o aumento
médio da temperatura foi de 0.6 ± 0.2
ºC durante o século XX. Os maiores
aumentos foram em dois períodos:
1910 a 1945 e 1976 a 2000.
O aquecimento verificado não foi
globalmente uniforme. Durante as
últimas décadas, foi em geral superior
entre as latitudes de 40°N e 70°N,
embora nalgumas áreas, como a do Figura 2: Anomalias na temperatura conforme medidas por termómetros.
Oceano Atlântico Norte, tenha havido Dados de Met Office
um arrefecimento.
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Efeito estufa
Como já sabes, a Terra recebe radiação emitida pelo Sol e devolve grande parte dela para o
espaço na forma de calor.
Os gases responsáveis pelo efeito estufa (vapor de água, dióxido de carbono, ozônio, CFC´s)
absorvem alguma da radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra e radiam por sua vez alguma
da energia absorvida de volta para a superfície.
Como resultado, a superfície recebe quase o dobro de energia da atmosfera do que a que recebe
do Sol e a superfície fica cerca de 30ºC mais quente do que estaria sem a presença dos gases «de estufa».
Esse calor extra é bem vindo, sem ele a vida, como a conhecemos, não poderia existir.
O problema é que os poluentes atmosféricos aumentam esse efeito de radiação, ao ponto de
serem vistos como responsáveis pelo aumento da temperatura média superficial global.
Protocolo de Kyoto
Certamente, nas noticias já ouviste falar no Protocolo de Kyoto. Este protocolo tem por objectivo
reduzir as emissões de gases, responsáveis pelo efeito estufa, em pelo menos 5,2 %.
Este protocolo foi discutido e negociado em Kyoto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas
em 16 de março de 1998 e ratificado em 15 de março de 1999. Oficialmente entrou em vigor em 16 de
fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004.
Como nota extra, o protocolo só entrou em vigor com a entrada da Rússia, porque só nesse
momento havia países aderentes em número suficiente para cumprir as metas propostas.
O Protocolo segue um calendário, segundo o qual os países desenvolvidos têm a obrigação de
reduzir a quantidade de gases poluentes em, pelo menos, 5,2% até 2012, em relação aos níveis de 1990.
Os países signatários terão que colocar em prática planos para reduzir a emissão desses gases entre 2008 e
2012.
A redução das emissões deverá acontecer em várias actividades económicas. O protocolo
estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas acções básicas:

Reformar os sectores de energia e transportes;

Promover o uso de fontes energéticas renováveis;

Eliminar mecanismos financeiros e de mercado não apropriados aos fins da Convenção;

Limitar as emissões de metano na gestão de resíduos e dos sistemas energéticos;

Proteger as florestas e outros meios de transformação de carbono.
Em caso de sucesso o Protocolo de Kyoto deve reduzir a temperatura global entre 1,4ºC e 5,8ºC
até 2100.
Os objectivos ainda vão depender muito das negociações pós período 2008/2012, pois há
comunidades cientificas que afirmam que a meta de redução de 5,2% em relação aos níveis de 1990 é
insuficiente para a reduzir o aquecimento global
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6 Evidencias do Fenómeno
Os glaciares estão a derreter. A cobertura de
gelo no verão diminuiu ao ritmo constante de 8%
ao ano.
Em 2005, a camada de gelo foi 20% menor em
relação à de 1979, uma redução de 1,3 milhão de
quilómetros quadrados.
Esta evidencia é das mais alarmantes, podendo ter
serias implicações a médio longo prazo, como
veremos mais à frente
Figura 3 Glaciar
Os furacões estão cada vez mais fortes.
Eventos como o furacão Katrina, são prova de que
algo de anormal se passa. Existe um numero
excessivo de furacões anuais e de força superior
ao habitual.
Devido ao aquecimento das águas, a ocorrência de
furacões das categorias 4 e 5 (os mais intensos da
escala), dobrou nos últimos 35 anos.
Figura 4 Furacão Imagem Satélite
Pela primeira vez na historia, foi registado um
ciclone a sul do equador.
O Brasil é um “novo alvo” na rota dos ciclones.
Conforme comprovado em 2004, quando o litoral
sul do Brasil foi varrido por um forte ciclone.
O nível do mar subiu.
Se recuarmos aos inicios do século passado,
verificamos que ocorreu uma elevação entre 10 e
25 centímetros. Em certas partes do globo como
algumas ilhas do Pacífico, isso significou um
avanço de 100 metros na maré alta.
Estima-se que o nível das águas poderá subir entre
14 e 43 cm até o fim deste século. Estudos
recentes parecem indicar que, contrariamente ao
que antes se pensava, o aumento das taxas de CO2
na atmosfera não está a provocar nenhuma
Figura 5; costa da Caparica subida do nível do mar
aceleração na taxa de subida do nível do mar.
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O caso português está ilustrado na imagem ao
lado. O recuo da costa da Caparica é um
fenómeno bem real a cada Inverno.
Já se contam os mortos
Em países como a Índia já se contam os mortos
devido a secas, inundações e outros factores
relacionados directamente ao aquecimento global
Organização das Nações Unidas estima que
150.000 pessoas morrem anualmente. Estima-se
que em 2030, o número dobrará.
A evaporação de agua provocada pelo
aquecimento global. Afecta não apenas os oceanos
e glaciares mas leva ao empobrecimento dos
terrenos, como resultado:
Os desertos avançam
O total de áreas atingidas por secas dobrou em
trinta anos. Um quarto da superfície do planeta é
agora deserto. Só na China, as áreas desérticas
avançam 10.000 quilómetros quadrados por ano, o
equivalente ao território do Líbano.
Figura 6: Dunas de areia no Vale da Morte, Califórnia (Estados
Unidos).
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Saber mais
Sites recomendados sobre o tema:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global
http://www.ideam.gov.co/ninos2/glos_08.htm
http://www.ipcc.ch/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_kyoto