Sistema Digestivo

Propaganda
______________________________________________________________
[email protected]
Sistema Digestivo
______________________________________________________________
Sistema Digestivo
SISTEMA DIGESTÓRIO
O corpo humano necessita de energia para o seu funcionamento e para tal capta do exterior produtos
alimentares. Os alimentos não são absorvidos nas suas condições iniciais, por isso são submetidos a um processo
de preparação que possibilita a sua assimilação. Este conjunto de transformações físicas, químicas e biológicas
constitui a digestão e tem lugar nos diferentes órgãos destinados a esse fim e que compõem o sistema digestório.
O aparelho digestório, também chamado tubo digestório, tem cerca de 10 – 12 m de comprimento e
estende-se desde a boca até o ânus. É formado por vários órgãos e glândulas anexas que estudaremos a seguir.
TUBO DIGESTÓRIO:
Boca – É uma cavidade situada na parte inferior da face, onde se efetuam a mastigação e a insalivação dos
alimentos.Tem uma forma oval e é dividida pelos dentes e pelas gengivas em duas regiões, uma anterior e lateral, o
vestíbulo oral e outra posterior, a cavidade oral propriamente dita.
Lábios – Constituem a parede anterior da boca. São duas pregas musculomembranosas que, quando se
aproximam, fecham o tubo digestório na sua extremidade superior. São constituídos por uma camada exterior ou
cutânea, outra muscular, formada pelo músculo orbicular da boca e outra interna ou mucosa.
Abóbada Palatina – Forma o teto da cavidade oral própria. Tem a forma de ferradura e duas partes: uma
anterior, óssea, denominada palato duro, e outra posterior musculomembranosa, que se une à faringe e que limita
com a língua o istmo das fauces, denominada palato mole. As bochechas fazem parte das paredes laterais da
[email protected]
______________________________________________________________
Sistema Digestivo
boca, e a língua e o espaço sublingual o pavimento da mesma.
Dentes – São órgãos rijos, inseridos nas arcadas alveolares do maxilar e da mandíbula, e têm a função de
mastigar os alimentos. Cada dente apresenta três porções: coroa, que é a parte branca que sobressai da gengiva;
raiz, alojada no alvéolo dentário e com um orifício inferior destinado aos vasos e nervos do dente; e colo, situado
entre a raiz e a coroa. O homem, ao longo da vida, tem dois tipos de dentição, uma temporária ou de leite até os
06-07 anos e outra definitiva ou permanente. A dentição de leite é constituída por 20 dentes, enquanto que a
permanente é constituída por 32 dentes. Os dentes têm características diferentes segundo a sua função e dividemse em incisivos – cortam, caninos – rasgam, pré-molares e molares – trituram. A dentição permanente apresenta
04 incisivos, 02 caninos, 04 pré-molares e 06 molares em cada maxilar. O dente é constituído por 04 substâncias
diferentes: o cemento, tecido semelhante ao osso, que forma a raiz; o esmalte, que cobre a coroa e é branco e de
grande dureza; o marfim ou dentina, que é a parte principal do dente e fica coberta pelo esmalte e pelo cemento; e
a polpa dentária, que enche a cavidade dentária.
Faringe – É um canal musculo-membranoso, situado atrás das fossas nasais e da boca, que termina
inferiormente na laringe e na traquéia, por um lado, e no esôfago, por outro. É conhecida popularmente como
“garganta”. Nela também se abrem as porções posteriores dos condutos nasais – as coanas.
Esôfago – É um canal musculo-membranoso, que une a faringe ao estômago, percorrendo verticalmente o
tórax e atravessando o diafragma. Tem 25 cm de comprimento aproximadamente. O esôfago é essencialmente
vertical quando desce até o estômago. Este tubo de deglutição é a parte mais estreita de todo o canal alimentar. Ele
é mais estreito, primeiro, em sua extremidade proximal onde entra no tórax, e segundo, onde atravessa o diafragma
na abertura ou hiato esofágico. Os líquidos tendem a ir da boca e faringe para o estômago basicamente por
gravidade. Um bolo de material sólido tende a passar por gravidade e peristalse.
Estômago – É um órgão cavitário, situado entre o esôfago e o intestino delgado. Possui duas curvaturas: a
pequena curvatura, que se estende ao longo da borda direita ou medial do estômago, forma uma borda convexa à
medida que se situa entre as aberturas cardíacas e pilóricas; e a grande curvatura, estende-se ao longo da borda
esquerda ou lateral do estômago.
Possui duas válvulas: a cárdia (esfíncter cardíaco), que o separa do esôfago impedindo o refluxo dos
alimentos e o piloro (esfíncter pilórico), outra válvula que o separa do intestino delgado. É dividido em: fundo, é
aquela porção alargada situada ao lado e acima da cárdia, corpo, é a grande área do estômago que possui uma
área parcialmente contraída, na extremidade inferior, que separa o corpo do piloro chamada
incisura angular e a porção pilórica, dividida em duas partes: antro pilórico, mostrado como uma pequena dilatação
distal à incisura angular e o canal pilórico, estreitado que termina na válvula.
[email protected]
______________________________________________________________
Sistema Digestivo
A mucosa do estômago é dotada de numerosas células de atividade secretora. O ácido clorídrico e a
pepsina (enzima) são integrantes do suco gástrico e decorrem da ação glandular de tipos especiais de células
diferenciadas. Outras células produzem a mucina gástrica, uma glicoproteína gelatinosa que reveste a mucosa do
estômago, impedindo que o próprio suco gástrico possa agir sobre ela. Outras células, ainda, produzem um
hormônio – a gastrina – que lançado no sangue, estimula a produção do suco gástrico, desencadeando a ação
digestiva do estômago.
Quando o estômago está vazio, o revestimento interno forma numerosas pregas gástricas, comumente
chamadas rugas. Acredita-se que o canal gástrico, formado por rugas ao longo da pequena curvatura, conduza os
líquidos diretamente ao piloro.
Intestino Delgado – É a parte do tubo digestório compreendida entre o piloro e a válvula íleo-cecal, pela
qual se une ao intestino grosso. Tem de 04 a 07 m de comprimento e o seu calibre vai diminuindo desde 30 a 15
mm. É um tubo cilíndrico com múltiplas curvaturas em forma de U, chamadas alças intestinais. Destinam-se a ele os
sucos pancreáticos, biliares e os do próprio intestino. Consta de três partes: duodeno, jejuno e íleo.
[email protected]
______________________________________________________________
Sistema Digestivo
Duodeno – tem o formato de uma letra C e consiste de quatro partes:
1 – Porção superior, começa no piloro e é a primeira parte do duodeno. É denominada bulbo duodenal.
Tem formato algo semelhante ao da ponta de uma seta. Deve ser estudado com cuidado pois este é um local
comum de úlcera.
2 – Porção descendente, é o segmento mais longo. Recebe o ducto colédoco e o ducto pancreático
principal.
3 – Porção horizontal, curva-se de volta para a esquerda a fim de unir-se ao segmento final.
4 – Porção ascendente, é o segmento final do duodeno.
A junção do duodeno com o jejuno é denominada flexura duodeno-jejunal.
Jejuno – está localizado à esquerda da linha média. Começa no local da junção duodeno-jejunal, que é
firmemente mantida em posição por uma faixa muscular fibrosa, o ligamento de Treitz. Possui, internamente, pregas
circulares que auxiliam na absorção dos alimentos.
Íleo – está localizado nos quadrantes superior e inferior direitos, mas também inclui parte do quadrante
inferior esquerdo. Aproximadamente três quintos do intestino delgado situados após o duodeno constituem o íleo,
que é a porção mais longa do intestino delgado. O íleo terminal une-se ao intestino grosso na válvula ileocecal no
quadrante inferior direito.
O revestimento interno do íleo é mais uniforme. Embora não haja fim abrupto das pregas circulares, o íleo
tende a não possuir estes entalhes.
Intestino Grosso – É a parte final do tubo digestório. Tem uma função defecadora e de reabsorção de água.
Estende-se desde a válvula íleo-cecal até o ânus. A sua extensão é de uns 150 cm e o seu diâmetro oscila entre
06 a 03 cm, diminuindo à medida que se aproxima do ânus. As fibras musculares longitudinais do intestino grosso
formam três faixas de músculo denominadas tênias do cólon, que tendem a puxar o intestino grosso para bolsas.
Cada uma dessas bolsas é chamada de haustro. Divide-se em três partes: ceco, cólon e reto.
[email protected]
______________________________________________________________
Sistema Digestivo
Ceco – Nele termina o intestino delgado e dele nasce o apêndice vermiforme, que é um tubo longo,
estreito, fixado à face póstero-medial do ceco estendendo-se para a pelve. Não possui nenhuma função específica
no homem.
Cólon – Divide-se em cólon ascendente, que se dirige desde o ceco até a face interior do fígado; cólon
transverso, que atravessa a cavidade abdominal da direita para a esquerda, após a flexura cólica direita ou ângulo
hepático; o cólon descendente, que se desce da flexura cólica esquerda ou ângulo esplênico até a pelve e o
cólon sigmóide em forma de S no quadrante inferior esquerdo.
Reto – Faz comunicar o cólon com o exterior através do oríficio anal. Apresenta uma dilatação, chamada
ampola retal, que é muito extensível, se estende até o canal anal e termina no ânus que é um esfincter muscular.
Peritônio – A cavidade abdominal e a superfície exterior das vísceras nela contidas estão atapetadas por
uma membrana serosa chamada peritônio.
Artérias – A irrigação arterial das vísceras abdominais faz-se através de ramos da aorta abdominal.
Veias – O sangue venoso é recolhido por troncos que vão formar a veia porta.
[email protected]
______________________________________________________________
Sistema Digestivo
GLÂNDULAS ANEXAS:
Glândulas salivares – Produzem a saliva que secretam na boca para iniciar a primeira fase da digestão. As
glândulas maiores são a parótida, a submandibular e a sublingual.
Glândula parótida – É a maior das glândulas salivares. Encontram-se atrás do ramo da mandíbula e adiante
do músculo esternocleidomastóideo. A sua secreção destina-se à boca através do ducto parotídeo que se abre no
nível do 2º. molar superior.
Glândula submandibular – Encontra-se na parte lateral da região supra-hióidea. Secreta saliva através
através do ducto submandibular que termina junto do frênulo da língua em um tubérculo chamado curúncula
sublingual.
Glândula sublingual – Está situada na região do mesmo nome e possui diferentes canais excretores.
Fígado – É um órgão glandular completo com funções múltiplas e indispensáveis à vida do organismo. Pesa
cerca de 1.500g, é de consistência dura e de cor avermelhada. Está situado por baixo do diafragma e normalmente
só sobressai do esqueleto do tórax na linha mediana, entre as duas arcadas costais. Apresenta duas faces e quatro
lobos, Anteriormente, o lobo direito, muito maior e o lobo esquerdo, menor, separados pelo ligamento falciforme.
Postero-inferiormente, estão o lobo caudado, que se estende para cima até a superfície diafragmática, e o lobo
quadrado, localizado na superfície inferior do lobo direito entre a vesícula biliar e o ligamento falciforme.
Microscopicamente é constituído por unidades funcionais chamadas lóbulos, pequenos blocos de tecido hepático
dispostos em volta de uma veia central. No ponto de confluência de três lóbulos (direito, esquerdo e caudado)
forma-se um espaço triangular chamado espaço porta, que contém um ramo da artéria hepática, um da veia porta,
um canal biliar e vasos linfáticos. Dos lóbulos saem cordões de células hepáticas, entre os quais se situa um espaço
tubular que não possui parede própria, o canalículo biliar, que drena a bile para o canal biliar até a vesícula biliar. A
víscera é inteiramente envolta por uma camada fibrosa ou cápsula de Glisson. Suas funções são: produção e
secreção da bile, imprescindível à absorção das gorduras, depósitos de glicogênio, vitaminas e proteínas, intervenção
no metabolismo dos lipídios, síntese de proteínas e conversão de substâncias tóxicas para o organismo em outras
inócuas. O fígado tem uma circulação dupla: por um lado proveniente da artéria hepática e, por outro, do sistema da
veia porta, que conduz o sangue venoso recolhido do tubo intestinal.
[email protected]
______________________________________________________________
Sistema Digestivo
Ductos biliares – São as vias excretoras do fígado, que têm início ao nível dos lóbulos hepáticos. Dividemse em ducto hepático direito e ducto hepático esquerdo.
Ducto hepático comum – Têm origem na união dos ductos biliares.
Vesícula Biliar – É o reservatório da bile (a bile é produzida no fígado e apenas acumulada na vesícula).
Está situada na face visceral do fígado. É um saco piriforme composto de três partes: fundo, corpo e colo. Tem
capacidade de alojar de 30 a 40 cm3 de material.
Ducto cístico – É a continuação da vesícula e contém numerosas pregas membranosas ao longo do seu
comprimento. Estas pregas são denominadas válvula espiral, que funciona para evitar a distensão ou colapso do
ducto cístico.
Ducto colédoco – Tem origem na união dos ductos hepático comum com o cístico. O ducto colédoco desce
posterior à porção superior do duodeno e à cabeça do pâncreas para entrar na porção descendente do duodeno. A
extremidade do ducto colédoco está intimamente associada à extremidade do ducto principal do pâncreas (ducto de
Wirsung). Em alguns indivíduos estes dois ductos permanecem separados por uma delgada membrana quando
entram no duodeno. Em outros, o ducto colédoco une-se ao ducto pancreático para formar uma câmara aumentada
denominada ampola hepatopancreática (ampola de Vater). Próximo a abertura terminal, as paredes do ducto
contêm fibra muscular circular, chamada de esfíncter hepatopancreático (esfíncter de Oddi). A implantação deste
anel de músculo uma protrusão para a luz do duodeno. Esta protrusão é denominada papila duodenal, que é a parte
mais estreita desta passagem e, portanto, um local comum para impactação de cálculos biliares.
Pâncreas – É uma glândula de secreção mista, interna e externa. Está situada no abdome, entre o
estômago e o duodeno. Compõe-se de três partes: cabeça, corpo e cauda. Tem de 15 a 20 cm de comprimento. A
secreção endócrina é de responsabilidade das ilhotas de Langerhans, que produzem insulina e glucagon, hormônios
que regulam o metabolismo da glicose. A função exócrina ou digestiva localiza-se nas células dos ácinos
pancreáticos e consiste na produção de suco pancreático, que se destina ao duodeno através do ducto pancreático
principal (ducto de Wirsung).
[email protected]
______________________________________________________________
Sistema Digestivo
* Baço – Apesar de se localizar no abdome, é um órgão pertencente ao sistema linfático. É irrigado pela
artéria e veia esplênicas. Intervém na formação do tecido linfático e na destruição dos eritrócitos
A DIGESTÃO DOS ALIMENTOS:
Já na boca, o alimento começa a sofrer as primeiras etapas do processo digestivo. Ali, verificam-se a
digestão mecânica, pela mastigação e ensalivação, e uma pequena digestão química relativa aos carboidratos, pois a
saliva contém uma enzima – a ptialina ou amilase salivar, que desdobra as moléculas de amido em moléculas
menores, de maltose. Cada molécula de amido, quando totalmente hidrolisada, desmembra-se em cerca de 700
moléculas de maltose. Como a maior parte do amido ingerido não chega a ser hidrolisado pela ptialina, essa
atividade terá continuidade, depois, ao longo do intestino, pela ação da amilase pancreática. A língua contribui
eficientemente na colocação do alimento na linha de ação dos dentes e, finalmente, no mecanismo de deglutição.
Deglutido o alimento, ele deve descer pela faringe e pelo esôfago, a fim de alcançar o estômago. O trânsito
do alimento pela faringe e pelo esôfago se faz em função do peristaltismo desses condutos, graças à atividade das
paredes musculosas dos mesmos. A musculatura lisa que forma a estrutura de tais segmentos procede a contrações
coordenadas em ondas, que empurram o alimento no sentido do estômago. Isso torna possível a uma pessoa
deglutir um alimento e recebê-lo no estômago mesmo estando de cabeça para baixo.
A função do estômago é a de receber os alimentos, já ensalivados e mastigados, misturá-los com o suco
gástrico que secreta e esvaziá-los lentamente através do piloro. Após a digestão do alimento no estômago, o bolo
alimentar se mostra como uma papa espumosa, esbranquiçada, a que se dá o nome de quimo. A partir daí, o
estômago promove contrações ritmadas no sentido do piloro e o esfíncter pilórico se abre, permitindo que o quimo
passe em golfadas sucessivas para o duodeno.
A presença do quimo no duodeno, ainda bastante ácido no seu interior, estimula algumas células da parede
duodenal a produzirem, então, três diferentes hormônios: a enterogastrona, a secretina e a colecistocinina. O
primeiro desses hormônios, lançado no sangue, deve atuar sobre as células secretoras do suco gástrico (no
estômago), desativando-as, de tal sorte que, estando já o estômago com sua ação terminada, deve parar de
produzir suco gástrico. A secretina, lançada no sangue, vai estimular o pâncreas a produzir o suco pancreático e
lançá-lo sobre
o quimo, ainda no interior do duodeno. A colecistocinina, igualmente lançada no sangue, vai
estimular as contrações da vesícula biliar, induzindo-a a ejetar a bile também sobre o quimo, no duodeno. A bile e o
suco pancreático são altamente alcalinos (básicos) e, assim, neutralizam a acidez do quimo. Isso é muito
importante, já que as enzimas intestinais, que deverão dar continuidade ao processo digestivo, só atuam em PH
alcalino. Além do mais, a bile tem alto poder de emulsão das gorduras, isto é, ela desmembra as porções mais
volumosas de lipídios em gotículas
extremamente
numerosas, facilitando a ação das lipases pancreáticas e
[email protected]
______________________________________________________________
Sistema Digestivo
intestinais, que deverão atuar na hidrólise das gorduras. O suco pancreático é a secreção mais rica em enzimas de
todo o tubo digestório. Contém enzimas que promovem a hidrólise das proteínas, carboidratos, lipídios e ácidos
nucléicos. As lipases pancreáticas promovem a hidrólise dos lipídios ingeridos (óleos e gorduras), decompondo-os
em ácidos graxos e glicerol ou em moléculas de monoglicerídeos. As nucleases desdobram os ácidos nucléicos,
oriundos dos alimentos, em nucleotídeos capazes de serem absorvidos pela mucosa intestinal. Sob a ação desse
conjunto de enzimas digestivas, o bolo alimentar passa ao jejuno-íleo. Não há um limite preciso entre o jejuno e
o íleo. Entretanto, o trânsito intestinal no jejuno é rápido, razão pela qual ele se mostra quase sempre vazio,
justificando o seu nome.
Ao longo do intestino delgado, é produzido o suco entérico, que também é rico em enzimas proteolíticas,
lipolíticas e glicolíticas. Nele se encontram a erepsina (hidrolisante das proteínas), as
aminopeptidases e dipeptidases (que decompõem os peptídeos em aminoácidos isolados), as lipases entéricas (que
agem sobre os lipídios) e diversas carboidrases, como a sucrase ou invertase (que desdobra o açúcar comum ou
sacarose em frutose e glicose), a lactase (que hidrolisa o açúcar do leite ou lactose em glicose e galactose), a
maltase (que decompõe a maltose em moléculas de glicose). Todos esses produtos finais são, então, facilmente
absorvidos pela mucosa intestinal. Os aminoácidos, os nucleotídeos e os monossacarídeos aborvidos são recolhidos
pela circulação sanguínea. Os ácidos graxos e os monoglicerídeos são transportados pela circulação linfática.
Durante o seu trajeto pelo intestino delgado, o bolo alimentar se torna líquido, pois recebe, juntamente com as
secreções glandulares, uma boa quantidade de água. Nessa circunstância, ele é conhecido como quilo.
Já no intestino grosso, praticamente não mais haverá a absorção de alimentos. O intestino grosso, que
compreende o ceco, o cólon ascendente, o cólon transverso e o colon descendente, seguindo a este o reto e o ânus,
tem por função principal a absorção de água do bolo fecal que transita no seu interior. Assim, o bolo fecal ao passar
pelo intestino grosso, começa a assumir um aspecto pastoso, escuro, rico em material não assimilável, com grande
número de bactérias, já altamente fermentado e começando a sofrer alguma putrefação. Perdendo água, ele assume
consistência sólida e chega ao reto, onde se acumula até o instante da sua eliminação, no ato da evacuação ou
defecação.
[email protected]
______________________________________________________________
Sumário da Digestão Mecânica
Sumário da Digestão Química
Cavidade oral
(dentes e língua)
Sistema Digestivo
Mastigação
Substâncias ingeridas, digeridas e absorvidas:
Deglutição
Faringe
Deglutição
1-Carboidratos (açúcares completos) – açúcares
Esôfago
Deglutição
2- Proteínas – aminoácidos (estômago e intestino delgado)
simples (boca e estômago)
Peristalse (ondas de con-
3- Lipídos (gorduras) – ácidos graxos e glicerol
tração muscular) 01 a 08 s
Estômago
Mistura (quimo)
(apenas intest. delgado)
Substâncias ingeridas, mas não digeridas:
Peristalse 02 a 06 h
Intestino Delgado
Segmentação rítmica
4- Vitaminas
(revolvimento)
5- Minerais
Peristalse 03 a 05 h
6- Água
Enzimas (sucos digestivos)
Catalisadores biológicos
Bile
Emulsifica (quebra) gorduras
[email protected]
Download