LISTA DE REVISÃO 1º SEMESTRE – ALTA IDADE MEDIA

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LISTA DE REVISÃO 1º SEMESTRE – ALTA IDADE MEDIA 1. (Ufba 2012) [...] Afirmo [...] que esta política colonial é um sistema concebido, definido e limitado do seguinte modo: repousa sobre uma tríplice base econômica, humanitária e política [...]. A questão colonial é, para os países voltados a uma grande exportação, pela própria natureza de sua indústria, como o nosso, uma questão de salvação. No tempo em que vivemos e na crise que atravessam todas as indústrias europeias, a fundação de uma colônia é a criação de uma válvula de escape [...]. (ARRUDA, s/d, p. 250). A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre os sistemas coloniais que já existiram na história mundial, pode-­‐
se afirmar: 01) As colônias fundadas pelas cidades-­‐estado, na Antiguidade grega, gozavam de certa autonomia, mantendo com a cidade-­‐estado de origem, relações culturais e comerciais. 02) As relações de trabalho que caracterizaram as civilizações clássicas na Antiguidade eram compostas pelo trabalho livre e pelo trabalho escravo, sendo que, entre as cidades gregas, a escravidão era aplicada com menor rigor que em Roma, considerando-­‐se o caráter mais centralizador e explorador da economia romana. 04) A inexistência de estruturas de exploração colonial, na Idade Média europeia, não impedia a exploração da força de trabalho das populações pobres pelos senhores, que recorriam aos tributos servis, como forma de expropriação dos bens e garantia de sobrevivência da classe feudal. 08) A base humanística do sistema colonial a que se refere o texto diz respeito à teoria defendida pelos governos e pela Igreja, de que a dominação de povos ditos pagãos resultaria em benefício para eles mesmos, visto que seriam cristianizados e civilizados. 16) A visão da Colônia como “uma questão de salvação” refere-­‐se ao papel a elas imposto pelas metrópoles, de serem paralelamente fornecedoras de matérias-­‐primas, consumidoras dos produtos industrializados e áreas de imigração dos excedentes populacionais europeus. 32) O Imperialismo Colonial que atingiu os países asiáticos no século XIX limitou-­‐se à exploração comercial, pouco influindo na política e no equilíbrio das forças internas daquelas regiões. 64) A desagregação do colonialismo e do controle estabelecido pelo Capitalismo ocidental sobre os mercados da Ásia, no século XIX, permitiu a elevação do nível econômico e financeiro do sudeste daquele continente, levando ao fenômeno de prosperidade conhecido sob a denominação de “Tigres Asiáticos”. http://historiaonline.com.br Prof. Rodolfo 2. (Espm 2012) Observe a imagem, leia o texto e responda: Depois da queda do Império Romano do Ocidente (476) Roma caiu num período de obscuridade enquanto Constantinopla permanecia o farol da civilização e da cultura, sendo constantemente embelezada por monumentos magníficos. Um deles, Santa Sofia, obra-­‐prima da arquitetura, erguida no século VI e considerada pelos historiadores de arte como a oitava maravilha do mundo. Em 1453 Constantinopla foi submetida ao domínio de outro povo e o monumento passou por modificações exteriores e interiores. Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, os responsáveis pela construção e pelas posteriores alterações em Santa Sofia: a) gregos – persas; b) gregos – turcos seljúcidas; c) bizantinos – árabes muçulmanos; d) bizantinos – turcos otomanos; e) francos – hindus. 3. (Unicamp 2011) LISTA DE REVISÃO 1º SEMESTRE – ALTA IDADE MEDIA No quadro acima, observa-­‐se a organização espacial do trabalho agrícola típica do período medieval. A partir dele, podemos afirmar que a) os camponeses estão distantes do castelo porque já abandonavam o domínio senhorial, num momento em que práticas de conservação do solo, como a rotação de culturas, e a invenção de novos instrumentos, como o arado, aumentavam a produção agrícola. b) os camponeses utilizavam, então, práticas de plantio direto, o que permitia a melhor conservação do solo e a fertilidade das terras que pertenciam a um senhor feudal, como sugere o castelo fortificado que domina a paisagem ao fundo do quadro. c) um castelo fortificado domina a paisagem, ao fundo, pois os camponeses trabalhavam no domínio de um senhor; pode-­‐
se ver também que utilizavam práticas de rotação de culturas, visando à conservação do solo e à manutenção da fertilidade das terras. d) A cena retrata um momento de mudança técnica e social: desenvolviam-­‐se novos instrumentos agrícolas, como o arado, e o uso de práticas de plantio direto, o que levava ao aumento da produção, permitindo que os camponeses abandonassem o domínio senhorial. 4. (Uft 2011) [...] o domínio da fé é uno, mas há um triplo estatuto na Ordem. A lei humana impõe duas condições: o nobre e o servo não estão submetidos ao mesmo regime. Os guerreiros são protetores das igrejas. Eles defendem os poderosos e os fracos [...]. Os servos por sua vez têm outra condição. Esta raça de infelizes não tem nada sem sofrimento. Quem poderia reconstituir o esforço dos servos, o curso de sua vida e seus numerosos trabalhos? Fornecer a todos alimento e vestimenta: eis a função do servo. Nenhum homem livre pode viver sem ele. [...] A casa de Deus que parece una é portanto tripla: uns rezam, outros combatem e outros trabalham. LAON, Adalberon de Apud FRANCO JUNIOR, Hilário. O feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1983, p. 34. Nesse texto, o bispo Adalberon de Laon, por volta do século IX, descreve a integração entre Igreja e poder feudal. Em relação ao poder da Igreja no período medieval é incorreto afirmar que: a) Com a ruralização da economia, que se estendeu por toda a Alta Idade Média, a Igreja, antes concentrada nas cidades, foi obrigada a se deslocar para o campo, e os bispos e abades se tornaram verdadeiros senhores feudais. b) O domínio da leitura e da escrita era privilégio quase exclusivo dos bispos, padres, abades e monges. Os membros do clero eram, por isso, as pessoas mais habilitadas para ocupar cargos públicos, exercendo as funções de notórios, secretários, chanceleres. c) A Igreja constituiu seu próprio Estado na península Itálica, quando Pepino, o Breve, doou ao papado o patrimônio de São Pedro, formado por terras tomadas aos lombardos. Desta forma, o pontífice, que passou a exercer funções de verdadeiro monarca, teve seu poder temporal aumentado de forma considerável. http://historiaonline.com.br Prof. Rodolfo d) Seu raio de ação limitava-­‐se à vida espiritual. Ao longo dos séculos, a Igreja não acumulou riquezas e nem terras, contudo, possuía vassalos e servos – adquiridos graças a doações feitas pelos fiéis que desejavam, por seu intermédio, serem libertados da condenação divina. e) Para manter a soberania espiritual, a Igreja decretou guerra sem tréguas contra os hereges, considerados todos aqueles que interpretavam os ensinamentos cristãos de maneira diferente do que ela pregava. Para reprimi-­‐los, instituiu a excomunhão e o Tribunal do Santo Ofício. 5. (Unicamp 2010) Até o século XII, a mulher era desprezada por ser considerada incapaz para o manejo de armas; vivendo num ambiente guerreiro, não se lhe atribuía outra função além de procriar. A sua situação não era mais favorável do ponto de vista espiritual; a Igreja não perdoava Eva por ter levado a humanidade à perdição e continuava a ver em suas descendentes os acólitos lúbricos do demônio. (Adaptado de Pierre Bonassie, Amor cortês, em Dicionário de História Medieval. Lisboa: Publicações D. Quixote, 1985, p. 29-­‐
30.) a) Identifique no texto as razões para a mulher ser considerada inferior na sociedade medieval. b) Quais características da sociedade medieval configuraram um “ambiente guerreiro” até o século XII? 6. (Ufv 2010) Dentre os principais elementos que possibilitaram o crescimento e a expansão da produção agrícola durante o período feudal, NÃO encontramos: a) o uso da charrua. b) a invenção e difusão do uso do arado. c) a utilização de moinhos de vento e água. d) a adoção do rodízio de terras. 7. (Fuvest 2010) “A instituição das corveias variava de acordo com os domínios senhoriais, e, no interior de cada um, de acordo com o estatuto jurídico dos camponeses, ou de seus mansos [parcelas de terra].” Marc Bloch. Os caracteres originais da França rural, 1952. Esta frase sobre o feudalismo trata a) da vassalagem. b) do colonato. c) do comitatus. d) da servidão. e) da guilda. 8. (Uepg 2010) Nos finais do século VI, na Europa centro-­‐
ocidental, era visível a dicotomia entre uma minoria – grandes proprietários ou ocupantes de importantes funções públicas – e a maioria, que tendia a um estado de penúria. Esta situação, agravada pelos constantes e pesados impostos e pela intranquilidade provocada por guerras e incursões de séquitos armados, foi fator decisivo para o estabelecimento da LISTA DE REVISÃO 1º SEMESTRE – ALTA IDADE MEDIA servidão. Sobre o tema apresentado nesta questão, assinale o que for correto. 01) Do ponto de vista jurídico, político e militar acentuou-­‐se a dependência do campesinato livre que, frequentemente, se oferece ao trabalho nas terras senhoriais, em troca de proteção. 02) De forma geral, enquanto o camponês livre tendeu a piorar sua situação em termos de liberdade pessoal, os escravos tenderam a ascender ao estatuto de servidão. 04) O dinamismo da economia feudal propiciou o desenvolvimento de técnicas que suavizaram o trabalho servil. 08) A cobrança do trabalho servil por parte do senhor era realizada sob duas justificativas: a econômica, pelo fato de ser o senhor da villa; a política, pela condição de deter em suas mãos o direito de bando. 16) A servidão não foi a única forma de trabalho na Idade Média. Pequenos proprietários livres, comunidades camponesas que resistiram à sujeição, formas de trabalho contratado mediante remuneração previamente acertada, coexistiram de forma desigual. 9. (Uepg 2010) A Igreja marcou presença na sociedade europeia do medievo, contribuindo na elaboração de um espaço mental em que o conhecimento de si e do mundo pressupunha a percepção dos princípios da ordenação divina em todas as esferas da vida. Essa presença da Igreja manifestou-­‐se: 01) No projeto de uma sociedade de ordens, composta por clérigos, guerreiros e trabalhadores. 02) Na economia, libertando o comerciante da proibição da usura. 04) No meio intelectual, especialmente nas artes e na vida universitária. 08) Nas formulações políticas quanto à supremacia do poder espiritual sobre o poder temporal, como a Teoria dos Dois Gládios. 16) No ensino, que priorizava o desenvolvimento da educação popular sem restrições. 10. (Fuvest 2009) No feudalismo, a organização da sociedade baseava-­‐se em vínculos de dependência pessoal como os de vassalagem e servidão. Descreva o que eram e como funcionavam, na sociedade feudal, a) a vassalagem; b) a servidão. 11. (Ufc 2009) Leia o texto a seguir. A Igreja, arcabouço principal da sociedade, tenta estabelecer uma ordem menos selvagem e procura convencê-­‐los, antes, a ajudar Deus a manter a paz na terra, do que a semear o terror. DUBY, Georges. "Ano 1000, ano 2000: na pista de nosso medos". São Paulo: Unesp, 1999, p. 98-­‐99. http://historiaonline.com.br Prof. Rodolfo A citação faz referência à relação entre a Igreja Católica e os cavaleiros na Europa cristã, por volta do ano 1000. Responda o que se pede a seguir. a) Qual a relação entre o direito de herança prevalecente e o "terror" semeado pelos cavaleiros? b) Cite os dois movimentos liderados pela Igreja que visavam "estabelecer uma ordem menos selvagem". Explique-­‐os. c) Explique como os cavaleiros poderiam "ajudar Deus a manter a paz na terra". 12. (Ufsc 2009) "O roubo usurário é um pecado contra a justiça. [...] Tomás de Aquino diz: [5] Receber uma usura pelo dinheiro emprestado é em si injusto: pois se vende o que não existe, instaurando com isso manifestamente uma desigualdade contrária à justiça." LE GOFF, Jacques. "A Bolsa e a Vida: Economia e religião na Idade Média". São Paulo: Brasiliense, 1986. p. 27. Com base no texto apresentado e nos seus conhecimentos, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) referente(s) à Idade Média. 01) A usura, considerada roubo e pecado durante a Idade Média, era uma prática permitida pela Igreja aos banqueiros, aos estrangeiros e aos agiotas. 02) Receber usura pelo dinheiro emprestado, além de ser prática injusta era também considerada pecaminosa. 04) Durante a Idade Média, a Igreja e os clérigos influenciavam a vida religiosa e econômica dos cristãos da sociedade feudal. 08) Os padres e bispos que atuaram durante o período medieval envolviam-­‐se nas questões econômicas para manter o monopólio da Igreja sobre os empréstimos que envolviam usura. 16) Santo Tomás de Aquino considerava a usura um roubo e uma injustiça, porém, necessária e legítima quando praticada com moderação. 32) Durante a Idade Média, a proibição da usura, considerada roubo e pecado contra a justiça, provocou a falência de um número considerável de servos e banqueiros. 64) Os teólogos cristãos medievais e os clérigos recomendavam aos fiéis que, nas suas relações econômicas, agissem de acordo com os princípios cristãos. LISTA DE REVISÃO 1º SEMESTRE – ALTA IDADE MEDIA Gabarito: Prof. Rodolfo educacional e tributária e grandes investimentos em infraestrutura. Resposta da questão 1: Gabarito Oficial: 01 + 02 + 04 + 08 + 16 = 31. Gabarito SuperPro®: 01 + 04 + 08 + 16 = 29. [01] CORRETA. As colônias da Antiguidade, em geral, eram formadas pela expansão das atividades comerciais, pelo aumento populacional e/ou necessidade de terras férteis, como ocorre na Segunda Diáspora Grega, no fim do período Homérico e início do Arcaico, na Grécia Antiga. [02] INCORRETA. Apesar de a banca examinadora ter apontado a afirmativa como CORRETA, ela é falsa por vários motivos. A origem dos escravos, tanto na Grécia como em Roma, era a mesma: devedores que não honravam suas dívidas quanto os vencidos em guerras. Na Grécia, era rara a libertação de um escravo e o liberto não tinha direitos. Em Roma, a prática da alforria de escravos urbanos era comum e os filhos dos não alforriados eram considerados livres. Libertos, o ex-­‐
escravos adquiriam cidadania romana. O oposto se dava na Grécia, onde os descendentes continuavam escravos, as chances de alforria eram mínimas e os libertos continuavam sem direitos políticos, como as mulheres e os estrangeiros. Ademais, os escravos sofriam punições e maus-­‐tratos diversos nos dois povos, que os consideravam como "res" (coisa, objeto). Assim, não há bases para se afirmar que a escravidão era aplicada com menos rigor na Grécia do que em Roma. [04] CORRETA. De fato, no feudalismo, o servo era explorado pelo senhor feudal através da cobrança de uma série de tributos, tais como a corveia, a talha e as banalidades, pelo uso da terra e dos instrumentos coletivos (moinho, forno, etc.). [08] CORRETA. No colonialismo dos séculos XVI ao XVIII, propagou-­‐se a ideia salvacionista de conversão dos povos "pagãos" da América, através da catequese, para a "salvação" de suas almas. No neocolonialismo do século XIX, este conceito continuou inserto em uma ideologia etnocêntrica mais ampla: a missão civilizadora do homem branco, que promoveria o suposto desenvolvimento dos povos considerados atrasados da África e da Ásia. [16] CORRETA. A colônia absorvia tanto o excedente populacional como o de produção que, com a Revolução Industrial, em muito ultrapassou a demanda do mercado consumidor interno europeu. [32] INCORRETA. Uma das técnicas adotadas pelos países imperialistas era justamente o de alterar as fronteiras e governos já existentes entre os povos da África e da Ásia, facilitando o controle dos mesmos. Isto levou, após a descolonização no século XX, à deflagração de conflitos políticos e territoriais internos, como os que assolam principalmente os atuais países africanos, e internacionais, como o caso da Índia e do Paquistão. [64] INCORRETA. O imperialismo europeu deixou marcas indeléveis nos países asiáticos, como a miséria de suas populações. A reação de alguns países do oriente, como Taiwan, Singapura e Coreia do Sul, ocorreu a partir das décadas de 1980 e 1990, graças a reformas internas nas áreas http://historiaonline.com.br Resposta da questão 2: [D] Questão que exige atenção: o examinador pede os responsáveis por intervenções na igreja de Santa Sofia (monumento), e não na capital bizantina. Portanto, a resposta correta é a [D]. Vale lembrar que, no século XV, os turcos seljúcidas (da época das Cruzadas) já não governavam, tendo sido substituídos pelos Otomanos. Resposta da questão 3: [C] O quadro representa o trabalho servil, típico dos camponeses no período medieval, ainda no interior da estrutura feudal, quando o servo estava subordinado a um senhor feudal – representado no quadro pelo castelo – e possuía pouco conhecimento técnico. No entanto, a rotação de culturas, deixando-­‐se uma parte do campo em descanso, era uma prática comum e visava reduzir o desgaste da terra. Resposta da questão 4: [D] O aluno deverá perceber que a Igreja Católica possuía na Idade Média amplo poder, tanto espiritual quanto temporal. Esse poder temporal estava associado à posse de terras e às interferências na vida social. Havia também venda de cargos religiosos, de relíquias sagradas e até mesmo do perdão dos pecados. Portanto, há uma incoerência na afirmação, tornando-­‐a incorreta. Resposta da questão 5: a) De acordo com o texto, a mulher era inferiorizada por ser considerada incapaz no manejo de armas e por ser considerada herdeira de Eva, responsável pela perdição da humanidade, o que na perspectiva da religiosidade medieval, tornava-­‐a naturalmente pecadora. b) As guerras medievais estavam associadas a diversos motivos, quais sejam, as disputas territoriais, saques, questões políticas e religiosas, rivalidades familiares e aumento de poder. Pode-­‐
se destacar as guerras contra os invasores bárbaros, as disputas por feudos e as Cruzadas, batalhas entre cristãos e muçulmanos. As guerras eram tão importantes na sociedade medieval que a nobreza militarizada, principalmente a cavalaria, tinha uma posição de destaque nos feudos e reinos. Os guerreiros possuíam grande importância e prestígio social e econômico e preparavam-­‐se desde a infância para serem eficientes, leais e corajosos. As relações de vassalagem e suserania mobilizavam grandes contingentes de cavaleiros e guerreiros para as guerras. LISTA DE REVISÃO 1º SEMESTRE – ALTA IDADE MEDIA Resposta da questão 6: [B] No mundo feudal da Europa Ocidental na Idade Média a produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares, sendo o arado, com estrutura em madeira, puxado por bois. Porém, inovações técnicas como a charrua (semelhante ao arado, mas rasga mais profundamente a terra e é mais durável, pois usa-­‐se o ferro na sua construção) cujo atrelamento em animais é peitoral, proporcionaram um aumento significativo da produção. Resposta da questão 7: [D] Na época do feudalismo, a corveia era trabalho gratuito que os servos e camponeses deviam prestar ao seu senhor feudal ou ao Estado três ou mais dias por semana, caracterizando-­‐se como um dos tributos previstos no contrato de enfeudação. Resposta da questão 8: 01+ 02 + 08 + 16 = 27 As afirmativas corretas da questão reúnem características básicas do trabalho servil no feudalismo, apontando inclusive algumas peculiaridades como a simultaneidade da servidão com outras modalidades de trabalho. Quanto a afirmativa 04, diferentemente da afirmação, a economia feudal era estática justamente pela lentidão do desenvolvimento técnico, o que tornava penoso o trabalhos dos camponeses. Resposta da questão 9: 01+ 04 + 08 = 13 A Igreja condenava a usura, entendida como cobrança de juros excessivos ou lucro exagerado, descontentando os mercadores, principalmente durante o renascimento comercial e urbano na baixa idade média. Segundo a Teoria dos Dois Gládios, esboçada desde o Papa Gelásio, o poder leigo (Gládio Temporal) governava os corpos, e o poder eclesiástico (Gládio Espiritual) governava as almas; como a alma era superior ao corpo, a autoridade eclesiástica sobrepunha-­‐se à autoridade leiga. Ao Papa, como chefe da Igreja e representante direto de Deus, cabia consequentemente, o governo supremo da sociedade cristã, à qual pertenciam Reis e Imperadores. O ensino, fortemente eclesiástico, era limitado aos membros do clero e da nobreza. Resposta da questão 10: a) A vassalagem era a submissão de um indivíduo denominado vassalo a um senhor ou suserano, jurando-­‐lhe fidelidade e trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem estendiam-­‐se http://historiaonline.com.br Prof. Rodolfo por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso. Tinha por base a concessão de um feudo, feita pelo suserano ao vassalo e implicava em fidelidade, lealdade e reciprocidade entre ambos. b) Servidão feudal, consistia na relação de dependência entre o camponês (servo) preso às terras de um feudo e o senhor feudal. O primeiro devia ao segundo obrigações, pagas com parte da produção (talha) e trabalho (corveia), entre outras. Em contrapartida, o senhor devia proteção ao servo e à família dele. Resposta da questão 11: Uma vez que apenas o primeiro filho dos senhores feudais herdava o feudo (direito de primogenitura), os demais deveriam buscar outras formas de subsistência. Portanto, ser um cavaleiro era o destino de muitos nobres despossuídos. Aproveitando-­‐se da posse das armas, esses nobres semeavam o "terror" por meio de constantes guerras e de ações violentas, como espoliar vilarejos, extorquir camponeses, saquear colheitas, sequestrar senhores em busca de resgate e assaltar nas estradas. Na tentativa de diminuir os conflitos e de se proteger dessas ações, a Igreja Católica instituiu a "Paz de Deus" (pax Dei) e as "Tréguas de Deus" (tregua Dei) em fins do século X e princípios do século XI, visando diminuir a "selvageria" da cavalaria. O movimento conhecido por "Paz de Deus" ameaçava de excomunhão e punição divina os cavaleiros que atacassem, roubassem ou extorquissem os que não pudessem se defender (eclesiásticos, mulheres nobres desacompanhadas, camponeses e camponesas e desprotegidos em geral). Já as "Tréguas de Deus" proibiam os cavaleiros de guerrear nos dias religiosos da semana (das noites de quinta-­‐feira até segunda-­‐feira pela manhã -­‐ lembrança da Paixão de Cristo) e em datas importantes do calendário litúrgico (Advento, Quaresma, Páscoa, Pentecostes). De acordo com a Igreja, Deus esperava que a ordem e a paz terrenas refletissem a ordem e a paz celestes. Construiu-­‐se, assim, o discurso de que cada grupo social deveria cumprir seu papel: os nobres guerreavam, o clero orava e os servos trabalhavam (fórmula celebrada por Adalberon de Laon, no início do século XI). Os cavaleiros, por conseguinte, não deveriam usar das armas para espoliar os pobres, mas para fazer justiça e manter a ordem. Nesse mesmo contexto, foram inauguradas as cruzadas (1095). Perdurando até o século XIII, essas expedições militares e religiosas canalizaram para fora do centro da Europa católica as disputas por terras e riquezas que motivavam as ações dos cavaleiros, além de servir de justificativa para a coesão da comunidade católica, unida em oposição a um inimigo externo. Dessa forma, os cavaleiros tornaram-­‐se "agentes de Deus", combatendo os infiéis e reconquistando territórios considerados sagrados. O controle da violência por meio da cristianização da cavalaria foi fundamental para consolidar o poder da Igreja Católica, assim como para manter o sistema feudal. Resposta da questão 12: (02) + (04) + (64) = 70 
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