Ficha formativa 1

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ESCOLA SECUNDÁRIA HENRIQUES NOGUEIRA
FICHA FORMATIVA DE FILOSOFIA * 10º ANO
1. Analise o seguinte texto:
«Por volta dos 14 anos muitas pessoas começam a pensar por si próprias em problemas filosóficos – sobre
o que realmente existe, se podemos saber alguma coisa, se alguma coisa está realmente certa ou errada, se
a vida faz sentido, se a morte é o fim. Escreve-se acerca destes problemas desde há milhares de anos, mas
a matéria prima filosófica vem directamente do mundo e da nossa relação com ele e não de escritos do
passado. É por isso que continuam a surgir uma e outra vez na cabeça de pessoas que não leram nada
acerca deles.» T. NAGEL, O Que Quer Dizer Tudo Isto?, Lisboa, Gradiva, 1995
a- Apresente, com todo o detalhe que seja capaz, o conceito de filosofia revelado no texto.
b- Qual o interesse revelado pelo autor na História da Filosofia? Justifique.
2. Analise o seguinte texto:
«A actividade dos filósofos é, tipicamente, argumentativa: ou inventam argumentos, ou criticam os
argumentos de outras pessoas, ou fazem as duas coisas.» Nigel WARBURTON, Elementos Básicos da
Filosofia, Lisboa, Gradiva, 1997, pp19-20
Nagel (no texto da questão 1 acima) e Warburton (neste texto) referem teses diferentes sobre o papel das
ideias ou argumentos dos filósofos da História da Filosofia para a reflexão filosófica que actualmente se
faz. Com qual deles concorda? Justifique.
3. Esclareça o interesse da dúvida e da crítica para a filosofia.
4.
Elabore um pequeno texto em que esclareça o significado de argumentar, e onde inclua os conceitos de
raciocínio, juízo, premissas e conclusão.
5. Segundo A. Weston «ter opiniões fortes não é um erro. O erro é não ter mais nada.» Comente.
6. Considere as seguintes regras do texto argumentativo: «1) formular a questão a que quer responder; 2)
apresentar uma tese que lhe responda: 3) descobrir argumentos que apoiem a tese; 4) verificar a coerência
interna dos argumentos; 5) apresentar possíveis objecções; 6) responder às objecções ou então encontrar
uma tese alternativa.»
Aplique-as numa argumentação elaborada por si sobre um problema filosófico à sua escolha.
7.
Leia com atenção o seguinte texto: “…Uma coisa são as ideias que de uma forma leve (e por vezes
levianamente) sustentamos como sendo aquilo que pensamos, e outra as opiniões amadurecidas, fruto de
um confronto com o mundo e consigo mesmo, trabalhadas por um pensamento que as procura argumentar
e defender. Estas opiniões, assume-as o pensamento pessoal como convicções deliberadas relativamente
às quais não se esquiva de dar explicações nem de as expor ao debate e à crítica que possa surgir.
Falamos aqui de um pensamento aberto, livre e criador. De um pensamento que se pretende esclarecido e
argumentado; que procura ter consciência daquilo que afirma e assumir as consequências daí decorrentes;
de um pensamento cuja elaboração é índice de maturidade intelectual e factor de crescimento pessoal. De
um pensamento que implica necessariamente um trabalho reflexivo e que é o contrário da imbecilidade.”
Rui GRÁCIO e José GIRÃO
Elabore um quadro com duas colunas; preencha-o a partir da análise do texto, colocando numa
coluna as ideias que os autores do texto apresentam para caracterizar a atitude filosófica e na outra
as que apresentam para caracterizar a atitude de senso comum.
8.
Tendo em conta o conceito de «problema filosófico», diga se acha importante que o filósofo faça o que
está destacado a negrito no texto da questão anterior. Justifique a sua resposta.
9. Tendo em conta o conceito de «problema filosófico», comente o seguinte pensamento de Merleau-Ponty:
«aquilo que caracteriza o filósofo é o movimento que o leva incessantemente do saber à ignorância, da
ignorância ao saber, e a um certo repouso neste movimento.»
10. Segundo Bertrand Russell «a filosofia, (…) embora diminua (…) o nosso sentimento de certeza no que
diz respeito ao que as coisas são, aumenta em muitíssimo o conhecimento a respeito do que as coisas
podem ser; varre o dogmatismo, um tudo nada arrogante dos que nunca chegaram a empreender viagens
nas regiões da dúvida libertadora (…).» Parta de uma análise do texto para demonstrar o interesse
das acções de problematização/questionamento, de dúvida e crítica, para a realização da filosofia.
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