3ª Série / Vestibular - Gabarito Comentado 01. Letra D. Na Segunda Revolução Industrial, a principal matéria-prima foi, juntamente com o petróleo, o aço; a principal forma de energia, a elétrica; e um dos setores de maior dinamismo, a indústria química, em conjunto com o petrolífero e o siderúrgico. 02. Letra E. A Segunda Revolução Industrial levou à concentração do capital e ao desenvolvimento do capitalismo oligopolista ou monopolista, pela fusão dos capitais bancário e industrial, com a formação de grandes grupos, sob a forma de "trustes" ou conglomerados. A utilização de tecnologias cada vez mais modernas e a introdução de novos métodos de produção e organização nas fábricas geraram um crescente aumento da produção de bens e mercadorias. 03. Letra C. A migração do campo para a cidade, neste momento, foi fruto do avanço das relações capitalistas no campo, o que concentrou a propriedade, modernizou as formas de produção e expulsou grandes contingentes de mão-de-obra para as cidades. 04. Letra B. A afirmativa (A) está incorreta, pois a expansão imperialista na Ásia e na África não foi derivada da necessidade de substituir os mercados americanos, uma vez que estes continuaram sendo alvo de investimentos de diversas naturezas. A alternativa (C) está errada, porque a formação do Segundo Império Alemão ampliou as disputas, já em curso, entre os Estados europeus, no que se referia a uma redivisão de possessões coloniais e áreas de influência na África. A opção (D) não pode ser assinalada, uma vez que, a despeito de um relativo aumento demográfico nos países europeus, este não se constituiu como fator primordial para a expansão imperialista. A afirmativa (E) está incorreta, já que a expansão imperialista favoreceu a concentração de recursos materiais, financeiros e tecnológicos sob o controle dos países capitalistas mais desenvolvidos. 05. Letra D. Os anarquistas se colocam contra toda e qualquer forma de propriedade e, portanto, de Estado, uma vez que lutam pela instauração de uma sociedade sem classes. Divergem dos marxistas, quando estes explicitam a necessidade de um estágio intermediário entre o capitalismo e a sociedade sem classes, em que seria essencial a existência de um Estado (a ditadura do proletariado). 06. Letra A. Pela doutrina do "Destino Manifesto", a elite norte-americana afirmava seu direito às terras a oeste dos Apalaches, uma vez que esta região deveria ser incorporada "ao progresso e à civilização", pelos únicos que seriam portadores destes ideais naquela região: os norteamericanos. 07. Letra D. A elite nortista defendia o protecionismo alfandegário para a defesa de sua produção industrial em relação aos produtos estrangeiros, enquanto os sulistas eram favoráveis ao livre-cambismo, pois sua economia era agrário-exportadora. 08. Letra D. Dentre os fatores que levaram à Primeira Guerra Mundial, podemos citar a "paz armada" (corrida armamentista e diplomacia secreta), que possibilitou que conflitos localizados se internacionalizassem, envolvendo todas as principais potências européias. 09. Letra B. As relações internacionais entre 1870 e 1914 estavam baseadas no denominado sistemas de alianças. As duas principais eram a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália) e a Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia). 10. Letra A. A disputa na região balcânica se dava, ao final do século XIX e início do século XX, entre os interesses dos impérios Russo e Austro-Húngaro. O primeiro, que buscava o controle dos estreitos turcos, para alcançar o mar Mediterrâneo, utilizou o pan-eslavismo para estimular o avanço sérvio na região, o que ameaçava os interesses austro-húngaros no mar Adriático. 11. Letra B. Os proprietários do Oeste paulista necessitavam de mão-de-obra substitutiva dos africanos escravizados, que, com o fim do tráfico negreiro, não entravam mais no país. Ao lado disto, num momento histórico marcado, no campo econômico, pelo avanço das relações capitalistas no campo europeu, o que expulsava mão-de-obra, e, no campo ideológico, pelo desenvolvimento de uma nova visão, que "comprovaria cientificamente" a "superioridade racial branca", a elite política brasileira defendeu a vinda de europeus, capazes de portar "civilização e progresso" e realizar o ideal do "branqueamento da raça", ou seja, a "melhoria do padrão genético da raça brasileira". 12. Letra E. A "Questão Religiosa", que prejudicou a relação entre a Monarquia e a Igreja Católica e ocorreu a partir de meados da década de 1870, se deveu ao conflito entre o setor ultramontano do clero brasileiro e o Estado regalista, pois o beneplácito concedido ao imperador o colocava acima das ordens do papa, o que era inaceitável para aquele setor católico. O conflito se deu quando o imperador, católico e maçon, não concordou com a bula papal que mandava expulsar das organizações católicas os membros da maçonaria. 13. Letra A. O autor afirma que, sem negar a importância das gerações passadas para a construção da grandeza do Brasil, era necessário adotar as idéias republicanas, as únicas, a seu ver, válidas para dar conta dos novos tempos e garantir a continuidade do progresso no Brasil. 14. Letra D. A Monarquia brasileira era unitarista, do ponto de vista político-administrativo, posição contrária ao federalismo, defendido por setores do movimento republicano. Já o positivismo, embora unitarista, era contrário à Monarquia, por entender que esta forma de governo representava o "atraso", diante da "modernidade republicana". Portanto, embora divergindo a respeito do sistema político-administrativo, federalistas e positivistas tinham como ponto comum a defesa da forma republicana de governo. 15. Letra E. A organização de partidos republicanos, bem como da chamada "Propaganda Republicana", foi um dos fatores que contribuíram para a crise da Monarquia no Brasil, pois permitiu a difusão das idéias republicanas entre setores insatisfeitos com a paralisia vivida pelo governo monárquico. 16. Letra E. Tiradentes foi o único dentre os conjurados de Minas Gerais (1789) a ser condenado à morte. Militar (alferes) e republicano, foi considerado pelos militares positivistas como aquele que melhor representaria a força e a tradição das idéias republicanas no Brasil. Defensor da liberdade e da independência, ele trazia estes ideais para a República de 1889. 17. Letra E. A indagação do autor é compreensível a partir da percepção de que a República proclamada com tantos e diferentes apoios em 1889 não respondera aos anseios dos setores sociais menos favorecidos, tendo sido instaurada uma ordem que beneficiava, fundamentalmente, os grandes proprietários de terras. 18. Letra B. O regime monárquico entrou em crise durante a década de 1870, uma vez que não teve capacidade de se renovar para enfrentar os novos problemas surgidos com o processo de modernização e diversificação da sociedade, particularmente nas questões da mão-de-obra e da estrutura político-administrativa. 19. Letra B. A Constituição republicana de 1891 estabeleceu, entre outros aspectos, o federalismo, garantindo aos Estados bastante autonomia em relação ao governo central. 20. Letra C. A Constituição de 1891, promulgada com influência do positivismo, modificou uma norma que vinha do período monárquico _ a existência de uma religião oficial de Estado (a Católica Apostólica Romana). Esta Constituição estabeleceu a existência do Estado Laico no Brasil republicano.