Regiões brasileiras: Nordeste Texto escrito em setembro de 2006 A região do nordeste é considerada uma região problema, marcada por fortes desequilíbrios interregionais, intra-regionais e setoriais. Algumas possíveis razões para a precária situação da região: Quatro séculos de ocupação, afinal é a primeira região valorizada no processo colonial; Um século de programas assistenciais de alcance limitado que em geral não foram capazes de solucionar os problemas da região. A seca e a miséria existem, mas não pode ser estabelecida uma relação direta entre ambas. A seca apenas acentua uma situação historicamente criada, que deve ser analisada através de alguns fatores: coronelismo, os currais eleitorais, o voto de cabresto, a concentração fundiária e também a concentração de renda. É uma região marcada por uma enorme variedade paisagística. Não podemos resumi-la unicamente ao semi-árido ou a caatinga. Existem trechos de matas atlânticas, áreas marcadas pelas matas de cocais, além da vegetação litorânea de mangues e trechos de florestas equatoriais. É dividida tradicionalmente em quatro grandes áreas. Zona da mata Marcada por um clima quente e úmido, de vegetação de Mata Atlântica. Apresenta uma grande variedade de relevo com planícies costeiras, tabuleiros e planaltos cristalinos. Nestes planaltos encontramos o solo de massapé, um tipo de solo diferenciado que facilita por exemplo o plantio nas lavouras de Cana de açúcar. Atualmente a partir da cana transformou-se em agrobusiness, focando principalmente no álcool. Também existem monoculturas de tabaco e mais ao sul no recôncavo baiano, existem as monoculturas de cacau. A região da Zona da Mata é maior área de agricultura de todo o nordeste. As principais cidades desta região são Recife, Salvador e Fortaleza que sofreram nas últimas décadas uma grande explosão urbana. São os principais pólos de atração do êxodo urbano regional. Muitas capitais regionais beneficiam e industrializam produtos regionais como a oiticica na extração de óleo, maniçoba e mangabeira são utilizadas na formação de goma, piaçava e sisal servem para produzir fibras. Outras importantes atividades da região: existem importantes campos petrolíferos, no litoral do Rio Grande Norte e do Ceará é produzido sal e o turismo também é uma região de grande importância para todo o nordete. Semi Árido O chamado polígono das secas marca esta região. Caracterizada por um clima quente e seco, chuvas irregulares e estiagens prolongadas. Embora no Brasil o problema das secas persista existem áreas na Espanha, na Califórnia e no Oriente Médio com climas mais secos e que foram capazes de solucionar o problema. Como já dito anteriormente na introdução há muitos interesses contrários para que a situação persista como está e não se altere. A indústria da seca beneficia certos grupos dentro do nordeste, especialmente as elites. O relevo do sertão apresenta superfícies aplainadas de estrutura cristalina, entrecortadas por depressões. Existem verdadeiras manchas de maior umidade, chamadas brejos. A maioria dos rios do semi-árido são intermitentes, ou seja não são rios perenes cujas águas correm livremente todo o ano. Em certas épocas do ano em razão do aumento de temperatura suas águas secam. A vegetação predominante é caatinga, marcada por árvores esparsas, arbustos e plantas xerófilas. No campo da agricultura destacam-se a pecuária extensiva e as plantações de algodão. A população é rarefeita e a base de sua alimentação é o feijão, a mandioca e o milho. O principal rio do Semi Árido é o São Francisco muito bem aproveitado através de usinas hidrelétricas, embora existam também projetos de irrigação mal planejados. Em certas áreas também existe fruticultura irrigada de melão, mamão, cítricos e uvas. Agreste Zona de transição entre o semi-árido e a zona da mata. É um mosaico de diversos tipos de vegetações. Uma de suas principais falhas geográficas é o planalto de Borborema. Nesta região predomina a policultura e o cultivo de produtos alimentares. 1 Meio Norte A principal vegetação deste região é a mata de cocais, onde podemos encontramos o Babaçu e a Carnaúba. A economia deste trecho é centrada principalmente na extração do óleo de babaçu e na cera de carnaúba. 2