07-09-2015 Revista de Imprensa 07-09-2015 1. (PT) - Correio do Minho, 06/09/2015, Presidente da ARSN destaca papel das misericórdias Norte tem os melhores indicadores 1 2. (PT) - Correio do Minho, 06/09/2015, Humberto Carneiro e equipa candidatam-se a novo mandato 2 3. (PT) - i, 07/09/2015, Guerra à diabetes começa este ano em 15 municípios 3 4. (PT) - Público, 05/09/2015, Norte regista número de casos de legionella superior ao normal 6 5. (PT) - i, 07/09/2015, Legionella - DGS nega ligação entre suspeita em hotel do Porto e os 12 casos confirmados 7 6. (PT) - Jornal de Notícias, 06/09/2015, Legionela obriga clientes a deixar hotel do Porto 8 7. (PT) - Correio da Manhã, 05/09/2015, Dois internados com Legionella 10 8. (PT) - Correio da Manhã, 06/09/2015, Hotéis investigados 11 9. (PT) - Metro Portugal, 07/09/2015, OMS. Doenças sem contágio mais letais que as contagiosas 13 10. (PT) - Correio do Minho, 06/09/2015, Ampliação do hospital abre portas 15 11. (PT) - Jornal de Notícias, 06/09/2015, É urgente um plano de apoio às pessoas com demência 16 12. (PT) - Jornal de Notícias, 06/09/2015, Saúde incendiou Bragança em 2011 17 13. (PT) - Jornal de Notícias, 05/09/2015, Porto - Coliseu recebe no dia 25 gala solidária para angariação de fundos para o IPO 18 14. (PT) - Correio do Minho, 05/09/2015, Outubro rosa sensibiliza para cancro da mama 19 15. (PT) - Jornal de Notícias, 07/09/2015, Porto - Lojinha solidária no hospital 20 16. (PT) - Diário de Notícias, 06/09/2015, Editorial- Escolhas 21 17. (PT) - Jornal de Notícias, 05/09/2015, Excursões em busca de remédios espanhóis 22 18. (PT) - i, 05/09/2015, Mulheres consomem 75% dos antidepressivos vendidos em Portugal 23 19. (PT) - Expresso, 05/09/2015, Portugal já está a produzir plasma 24 20. (PT) - i, 05/09/2015, Saúde sem fronteiras na UE. Portugueses entre os que menos aproveitam os novos direitos 26 21. (PT) - Público, 05/09/2015, Poliomielite - O caso de um homem que expele o vírus há 28 anos alerta para os refúgios de uma doença por erradicar 28 22. (PT) - i - B.I., 05/09/2015, Miúdos VIH. A pior doença é o preconceito 31 23. (PT) - Diário de Notícias, 06/09/2015, Estoril recebe congresso internacional. "É o Rock in Rio da medicina dentária" 39 A1 ID: 60859850 06-09-2015 Tiragem: 8000 Pág: 11 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 9,47 x 7,47 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 Presidente da ARSN destaca papel das misericórdias Norte tem os melhores indicadores O presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN), Álvaro Almeida, não tem dúvidas no contributo das misericórdias para que a região norte tenha os melhores indicadores de saúde do país, no que toca ao tempo de espera e ao acesso a consultas e cirurgias. O acordo renovado com a Misericórdia da Póvoa de Lanhoso vai permitir mais que duplicar o número de consultas e de cirurgias realizadas no Hospital António Lopes. Álvaro Almeida garante que “o acesso a cuidados de saúde vai aumentar muito significativamente a partir de 2016” e que o acordo permite alargar o leque de serviços prestados, elogiando “uma parceria que tem corrido bem”. Página 1 A2 ID: 60859827 06-09-2015 Tiragem: 8000 Pág: 11 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 20,82 x 33,10 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 Humberto Carneiro e equipa candidatam-se a novo mandato EM DIA DE ANIVERSÁRIO da Santa Casa da Miericórdia da Póvoa de Lanhoso, o provedor anunciou a recandidatura e fez balanço do trabalho realizado. Ainda há obras para fazer. FLÁVIO FREITAS Provedor Humberto Carneiro anunciou a recandidatura da sua equipa em dia de aniversário da instituição PÓVOA DE LANHOSO | Teresa Marques Costa | O provedor da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhos, Humberto Carneiro, e a restante mesa administrativa são candidatos a um novo mandato. O anúncio foi feito ontem pelo provedor na sessão solene que assinalou os 98 anos da Misericórdia. Em dia de comemoração, dedicado às obras sociais do benemérito António Lopes, Humberto Carneiro fez o balanço do trabalho feito e anunciou a recandidatura, recebendo, desde logo, vários apoios, a começar pelo presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista. Referindo-se à Misericórdia, o edil povoense fez questão de reconhecer, publicamente, “a visão e a excelente gestão a que assistimos nesta instituição”, destacando “quem faz acontecer os projectos”. Manuel Baptista agradeceu, em nome do concelho da Póvoa de Lanhoso, a Humberto Carneiro a sua “dedicação e entrega a esta causa” e realçou o investimento na “sustentabilidade financeira sem perder o lado hu- mano que deve estar sempre presente”. Assumindo o “respeito pelos processos eleitorais da insituição”, o presidente da Câmara lembrou que “em equipa que ganha não se mexe” e manifestou que “a Santa Casa está em boas Em dia de comemoração, dedicado às obras sociais do benemérito António Lopes, Humberto Carneiro fez o balanço do trabalho feito e anunciou a recandidatura, recebendo, desde logo, vários apoios, a começar pelo presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista. Referindo-se à Misericórdia, o edil povoense fez questão de reconhecer, publicamente, “a visão e a excelente gestão a que assistimos nesta instituição”, destacando “quem faz acontecer os projectos”. mãos”. Também o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, incitou Humberto Carneiro e a sua equipa a “continuar o trabalho que estão a fazer, com serenidade e com calma”. Manuel Lemos afirmou que “o que esta Misericórdia tem feito é apresentar resultados” e destacou a articulação com o município. No que toca ao papel da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, o autarca local realçou a marca da actual gestão: a saúde. Neste domínio, Manuel Baptista assumiu que a ampliação do Hospital António Lopes “vem assegurar cuidados de alta qualidade e de forma mais alargada” num concelho rural e envelhecido. Mas foi com a reabertura da consulta aberta, no próximo ano no hospital da Misericórdia, colmatando o horário nocturno, fins-de-semana e feriados do centro de saúde local, que o edil mais se congratulou, possbilitando um acesso à saúde mais rápido e menos custoso. “Com esta medida, o actual governo corrige um erro do passado” afirmou Manuel Baptista. §Misericórdia está de Obras com conclusão prevista para 2016 Ampliação do hospital abre A visita às obras de remodelação e ampliação do foi ontem um dos pontos do programa comemo Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso. C para o próximo ano, o provedor. Humberto Carnei os ganhos em saúde que esse investimento vai pe No balanço feito ontem, o provedor lembrou a in mesa administrativa em Setembro de 2012 e con avançar com a ampliação. “Não fosse a audácia de não estaríamos em condições de cumprir com as c regulamentações das entidades hospitalares” afirm to, apontando o acordo assinado com o Ministério dia 31 de Julho e que abre caminho a mais consul troenterologia e medicina física e reabilitação, a p Presidente da ARSN destaca papel das m Norte tem os melhores indi O presidente do Conselho Directivo da Administra do Norte (ARSN), Álvaro Almeida, não tem dúvida sericórdias para que a região norte tenha os melho de do país, no que toca ao tempo de espera e ao rurgias. O acordo renovado com a Misericórdia da permitir mais que duplicar o número de consulta das no Hospital António Lopes. Álvaro Almeida g cuidados de saúde vai aumentar muito significa 2016” e que o acordo permite alargar o leque de s giando “uma parceria que tem corrido bem”. Página 2 A3 ID: 60858125 07-09-2015 Tiragem: 16000 Pág: 6 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Diária Área: 22,60 x 31,50 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 3 Página 3 ID: 60858125 07-09-2015 Tiragem: 16000 Pág: 7 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 22,60 x 31,50 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 3 Página 4 ID: 60858125 07-09-2015 Tiragem: 16000 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 11,68 x 6,73 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 3 de 3 Página 5 A6 ID: 60843954 05-09-2015 Tiragem: 34268 Pág: 10 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Diária Área: 15,68 x 29,97 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 RITA FRANÇA Autoridades de saúde estão a acompanhar os casos e a investigar possíveis fontes de contágio Norte regista número de casos de legionella “superior” ao normal Saúde Romana Borja-Santos Entre a última semana de Julho e até ao dia 3 de Setembro foram confirmados 12 diagnósticos da doença No último mês e meio foram registados 12 casos de doença dos Legionários em pessoas residentes na região de saúde do Norte, um número “superior ao que seria de esperar”, disse ontem à Lusa a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN). A ARSN esclarece, em resposta escrita, que entre a última semana de Julho e até ao dia 3 de Setembro foram notificados 12 casos de doença dos Legionários em pessoas residentes na região de saúde do Norte. O esclarecimento surge depois de o Jornal de Notícias ter escrito ontem que o Norte está em alerta devido ao aumento no número de doentes com legionella. Também o director-geral da Saúde, em comunicado, confirmou que “a Direcção-Geral da Saúde foi notificada pela delegada de Saúde Regional do Norte” para a existência de 12 diagnósticos de legionella. “Em período homólogo do ano anterior verificaram-se sete casos ocorridos na mesma região”, adianta a mesma nota de Francisco George. “A informação epidemiológica disponível indica que dois daqueles casos estiveram fora de Portugal durante o período provável de ocorrência da infecção, podendo, assim, estar associados a viagens. Os restantes dez casos ocorreram em pessoas residentes no Grande Porto”, acrescenta o director-geral da Saúde. Na investigação destes casos as autoridades de saúde estão a tentar perceber os “locais e os percursos que os doentes fizeram durante os 14 dias antes do início da sintomatologia, a fim de identificar a fonte de infecção”. Segundo Francisco George, apenas dois doentes estão internados e não houve nenhum óbito, insistindo, por isso, que “a situação notificada não é comparável ao surto que ocorreu em Novembro de 2014 em Vila Franca de Xira, quer pela magnitude e gravidade, quer ainda pela expressão rápida que caracterizou a curva epidemiológica”. Investigação em hotéis Mesmo assim, o número é considerado, pela própria ARSN, “superior ao que seria de esperar” e, por isso, está a merecer “uma atenção especial por parte das autoridades de saúde”. “Até à data não se registou a ocorrência de nenhum óbito entre os doentes referidos”, reforça a ARSN. A administração regional de saúde confirma que a investigação epidemiológica que está a ser feita, designadamente a hotéis localizados na cidade do Porto, “não indica que os casos atrás referidos estejam associados à frequência de hotéis”. “A investigação epidemiológica está a ser conduzida de forma a caracterizar os locais e os percursos que os doentes fizeram durante os 14 dias antes do início dos sintomas, de forma a orientar a investigação ambiental e, até ao momento, foram efectuadas colheitas de água em alguns equipamentos localizados na região em estudo, mas os resultados preliminares são ainda negativos”, explica. A ARSN informa que a investigação epidemiológica e ambiental está a prosseguir com a colaboração dos serviços de saúde, designadamente hospitais e autoridades de saúde da região. Em Novembro de 2014, um surto de legionella em Vila Franca de Xira causou 12 mortes e infectou 375 pessoas com a bactéria. De acordo com o balanço feito na altura, as vítimas mortais tinham entre 43 e 89 anos e eram nove homens e três mulheres. A taxa de letalidade do surto foi de 3,2%. O surto teve início a 7 de Novembro, supostamente numa torre de arrefecimento de uma fábrica da zona, e foi controlado em duas semanas. Página 6 A7 ID: 60858104 07-09-2015 Tiragem: 16000 Pág: 8 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 22,60 x 31,50 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 7 A8 ID: 60851115 06-09-2015 Tiragem: 77417 Pág: 8 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 25,50 x 30,00 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Página 8 ID: 60851115 06-09-2015 Tiragem: 77417 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 4,91 x 3,13 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Página 9 A10 ID: 60844481 05-09-2015 Tiragem: 155537 Pág: 18 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 15,88 x 23,33 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 10 A11 ID: 60851136 06-09-2015 Tiragem: 155537 Pág: 17 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 25,70 x 29,03 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Página 11 ID: 60851136 06-09-2015 Tiragem: 155537 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 2,91 x 3,42 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Página 12 A13 ID: 60857755 07-09-2015 Tiragem: 68147 Pág: 9 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,49 x 12,57 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 OMS. Doenças sem contágio mais letais que as contagiosas O planeta está a enfrentar desafios globais de saúde sem precedentes com as doenças não contagiosas a ultrapassarem, na maioria dos locais, as doenças contagiosas como principais causas de morte. Segundo um responsável da Organização Mundial da Saúde (OMS), a situação é agravada por novos fatores de pressão como populações mais envelhecidas, os desafios da crescente e rápida urbanização e “uma significativa população móvel e migrante”. Reunião 5 dias de reunião, entre hoje e sexta-feira, em que delegados de vários países deverão analisar, em Díli, Timor-Leste, questões como o tabaco, doenças contagiosas e tropicais e prevenção da tuberculose. Página 13 ID: 60857755 07-09-2015 Tiragem: 68147 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 11,02 x 6,21 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Doenças sem contágio são mais mortíferas Mundo. Na maioria dos locais as doenças não contagiosas passam as contagiosas como principal causa de morte pág. 09 Página 14 A15 ID: 60859840 06-09-2015 Tiragem: 8000 Pág: 11 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 10,88 x 8,57 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 §Misericórdia está de saúde Obras com conclusão prevista para 2016 Ampliação do hospital abre portas A visita às obras de remodelação e ampliação do Hospital António Lopes foi ontem um dos pontos do programa comemorativo dos 98 anos da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso. Com conclusão prevista para o próximo ano, o provedor. Humberto Carneiro, congratulou-se com os ganhos em saúde que esse investimento vai permitir. No balanço feito ontem, o provedor lembrou a intenção anunciada pela mesa administrativa em Setembro de 2012 e contestada por alguns de avançar com a ampliação. “Não fosse a audácia de caminhar em frente e não estaríamos em condições de cumprir com as cada vez mais exigentes regulamentações das entidades hospitalares” afirmou Humberto Carneirto, apontando o acordo assinado com o Ministério da Saúde no passado dia 31 de Julho e que abre caminho a mais consultas de cardiologia, gastroenterologia e medicina física e reabilitação, a par da consulta aberta. Página 15 A16 ID: 60851172 06-09-2015 Tiragem: 77417 Pág: 17 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 25,50 x 30,00 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 16 A17 ID: 60851128 06-09-2015 Tiragem: 77417 Pág: 11 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 11,11 x 14,52 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 17 A18 ID: 60844366 05-09-2015 Tiragem: 77417 Pág: 22 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 9,42 x 5,36 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 18 A19 ID: 60859393 05-09-2015 Tiragem: 8000 Pág: 13 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Diária Área: 15,24 x 5,15 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 Campanha Outubro rosa sensibiliza para cancro da mama VILA NOVA DE FAMALICÃO | Redacção | A Associação de Voluntariado Hospitalar de Vila Nova de Famalicão vai promover uma campanha de sensibilização do can- cro da mama ao longo do mês de Outubro intitulada ‘Saiba o que lhe vai no peito’. A iniciativa envolve a realização de uma ‘Caminhada Rosa’, no dia 3, entre o Hospital de Famalicão e a Praça 9 de Abril, com saída marcada para as 9.30 horas. No dia 23, realiza-se o Jantar Rosa, no Centro Pastoral Santo Adrião. As inscrições podem ser efectuadas através do mail voluntariado. [email protected]. Página 19 A20 ID: 60857935 07-09-2015 Tiragem: 77417 Pág: 24 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 4,83 x 5,02 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 20 A21 ID: 60851018 06-09-2015 Tiragem: 29592 Pág: 6 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 7,09 x 30,00 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 21 A22 ID: 60844087 05-09-2015 Tiragem: 77417 Pág: 8 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 25,50 x 30,00 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 22 A23 ID: 60844129 05-09-2015 Tiragem: 16000 Pág: 10 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 22,60 x 29,13 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 23 A24 ID: 60843884 05-09-2015 Tiragem: 100925 Pág: 23 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 28,20 x 42,74 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 INATIVAÇÃO DE PLASMA 2 450 ml 1 DÁDIVA DE SANGUE São colhidos 450 mililitros de sangue a dadores saudáveis de ambos os sexos e sem comportamentos de risco DADORES EXCLUÍDOS: Além das regras gerais para dar sangue, é motivo de exclusão ter recebido uma transfusão depois de 1980 por risco de transmissão de uma variante da doença de Creutzfeldt-Jakob (doença das vacas loucas) O processo demora perto de dez minutos e pode ser repetido três ou quatro vezes no ano por mulheres e homens, respetivamente 5 CENTRIFUGAÇÃO DO SANGUE O sangue é colocado num equipamento de centrifugação para separar os vários constituintes COMPOSIÇÃO: Na base ficam os glóbulos vermelhos, depois os glóbulos brancos e as plaquetas – formando uma camada intermédia fina e esbranquiçada – e no topo o plasma, liquido e de cor amarelada Em ambiente assético, o plasma é colocado em bolsas de plástico de 200 mililitros. Estas bolsas são etiquetadas e embaladas em vácuo em caixas de plástico e depois colocadas em caixas de cartão individuais 55% PLASMA O plasma é embalado em bolsas de plástico, congelado e enviado para inativação (ponto 4) ou armazenado (por exemplo para quarentena) normalmente durante 6 meses PRAZOS: Em condições adequadas, o plasma fresco congelado tem um prazo de validade que pode chegar aos três anos (no caso dos glóbulos vermelhos 42 dias e das plaquetas são sete) 4 -65° ÁLCOOL INATIVAÇÃO DE VÍRUS O método solvente-detergente é o mais utilizado. As bolsas de plasma são lavadas em álcool e abertas manualmente e o plasma aquecido a 30 graus para descongelar A bolsa de plasma é retirada do frio para descongelar e fazer a transfusão ao doente. À temperatura ambiente, o plasma inativado tem uma validade de 4 horas DISTRIBUIÇÃO O stock de plasma inativado fica no laboratório até serem conhecidos os resultados dos testes de qualidade Algumas amostras são enviadas para o Infarmed para que dê luz verde 30° PROCESSO: Alguns vírus, como os da hepatite A e E, são neutralizados a esta temperatura e as células e agentes patogénicos são removidos por filtros. Vírus mais complexos, como o VIH, são inativados através de técnicas específicas ao longo de 90 minutos. Segue-se a remoção de eventuais priões e bactérias ADMINISTRAÇÃO NO DOENTE -30° 6 45% GLÓBULOS VERMELHOS CONGELAÇÃO DO PLASMA 200 ml As embalagens são rapidamente congeladas a 65 graus negativos e armazenadas a -30˚C, até à distribuição para a unidade de saúde menos de 1% GLÓBULOS BRANCOS E PLAQUETAS 3 7 ENCHIMENTO E EMBALAGEM DOENTE Por regra, o plasma é entregue à unidade de saúde ao fim de quatro semanas 4h INDICAÇÃO: É utilizado em casos de trauma como de acidente ou em grandes cirurgias 1h30 Portugal já está a produzir plasma Foi adjudicada a preparação de 47 mil unidades. A utilização da matéria-prima nacional reduzirá a fatura em 30% Texto Vera Lúcia Arreigoso Infografia Ana Serra O Serviço Nacional de Saúde (SNS) deixou de queimar, literalmente, um produto que vale ouro. O plasma das dádivas de sangue está pela primeira vez a ser aproveitado para inativação, o método mais eficaz para garantir a qualidade das transfusões, e fracionamento para obter medicamentos do sangue. A utilização da matéria-prima portuguesa deverá poupar 30% nos encargos com estas terapêuticas, que em 2014 custaram €55 milhões. O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e o Centro Hospitalar de São João (CHSJ), no Porto, são para já os únicos a aproveitar eficientemente o plasma. Até ao momento, adjudicaram a preparação de 47.100 unidades: 32.100 para inativar para casos de trauma ou de grandes cirurgias, por exemplo, e o restante para hemoderivados destinados a doenças como a hemofilia ou vítimas de cancro. A tarefa foi entregue à Octapharma, líder no mercado nacional. O IPST foi o primeiro a requerer os serviços do laboratório suíço, em novembro, para assegurar 6800 bolsas de plasma inativado. Este ano avançou com outra tranche, de 15.300 unidades. A fatura total ultrapassa os €1,2 milhões. O retorno do investimento deverá ser assegurado pelo fornecimento daquele plasma a hospitais nacionais a preços A inativação de vírus e o plasma pronto para transfusão (em baixo) FOTO JOSÉ CARLOS CARVALHO O plasma é uma matéria-prima com um valor que acompanha a cotação dada ao ouro. Pode ser utilizado em transfusões ou fracionado em medicamentos mais baixos. O IPST está a vender a bolsa de plasma português a €69 e a Octapharma cobra €89,25 por produto feito com plasma estrangeiro. “O Hospital de Santa Maria é o maior cliente, a quem já fornecemos 4561 unidades deste plasma inativado”, adianta o presidente do IPST, Helder Trindade. A preferência tem uma explicação: “O Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN) — a que pertence o Santa Maria — colhe sangue e envia para o IPST, que armazena e fornece os hospitais”, explica Carlos Martins, presidente do CHLN. Assim, “aderiu ao plano do IPST porque a sustentabilidade do SNS e os ganhos em saúde passam muito pela concertação e articulação institucional do sector público”. O Hospital de São João optou por avançar por conta própria até que a estratégia nacional seja uma realidade. Em maio, iniciou o envio de plasma colhido entre os seus 50 mil dadores e já soma mais de 6300 unidades no laboratório da Octapharma em Estocolmo. No próximo dia 15 está prevista mais uma remessa e a partir do dia 23 a chegada ao hospital das primeiras bolsas (1600) prontas a utilizar. O plano prevê o envio de um total de 25 mil unidades (10 mil para inativar e 15 mil para fracionar) no primeiro ano de contrato. A utilização do plasma portuense vai custar mais de €1,3 milhões mas os responsáveis garantem que trará poupanças. “O valor permite poupar cerca de €180 mil”, revela Fernando Araújo, diretor do Serviço de Imuno-hemoterapia. Além disso, “ficará autónomo em plasma inativado e albumina”, para manter o volume do sangue. “Terá um impacto relevante em termos éticos, ao evitar o desperdício do plasma doado de forma benévola”, acrescenta o especialista. E sublinha: “O CHSJ inutilizava anualmente todas as 20 mil a 25 mil unidades de plasma colhidas.” A compra aos laboratórios (de unidades dos EUA, Alemanha ou Áustria) continua a ser a principal forma de abastecimento e o IPST quer abastecer todo o SNS. E até garantir a autossuficiência em plasma para transfusões, com 80 mil bolsas por ano. Das 200 mil dádivas de sangue anuais que chegam ao IPST, sobrarão, assim, 120 mil (congeladas e sem espaço para mais) para medicamentos do sangue. “O país precisa de muito mais, mas já será uma pequena parte para diminuir a despesa”, explica Helder Trindade. O concurso está aberto e exige dois hemoderivados (albumina e imunoglobulina, para carência de anticorpos e o mais consumido), mas vencerá quem fizer mais. “Em janeiro enviámos uma comunicação a todos os hospitais públicos para saber se queriam entrar (como clientes) e 14 não responderam”, afirma o presidente do IPST. Os responsáveis do São João adiantam, no entanto, que vão aderir. “Na última quinta-feira, o CHSJ solicitou por escrito a integração no concurso do IPST.” A diretora técnica da Octapharma em Portugal, Helena Teixeira Direito, defende a estratégia nacional. “Um programa de autossuficiência elimina os custos de destruição do plasma e reduz a exposição do país a fatores externos que possam CONSUMO 80 mil bolsas de plasma são necessárias anualmente no Serviço Nacional de Saúde para transfusões a doentes. Somam-se mais de 120 mil unidades de medicamentos obtidos do plasma fracionado 55 milhões de euros foram gastos pelo Estado com a aquisição de plasma e de hemoderivados no ano passado, representando 5% da fatura total dos hospitais públicos com fármacos 25 mil unidades de plasma nacional vão ser utilizadas anualmente pelo Centro Hospitalar de São João, Porto. A medida deverá gerar uma poupança de 180 mil euros condicionar o fornecimento, em quantidade e em preço.” O programa nacional foi tentado e falhou. Por isso, Helder Trindade adianta que, “numa segunda fase, os hospitais vão ser convidados pelo Ministério da Saúde, com outra força”. E acrescenta: “Não garanto que o concurso chegue ao fim, mas estamos a dar o melhor.” [email protected] O Expresso esteve em Estocolmo a convite da Octapharma Página 24 ID: 60843884 05-09-2015 Tiragem: 100925 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 5,82 x 4,30 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Plasma de sangue português já não é destruído SNS garantiu até agora a preparação de 47 mil unidades. Utilização da matéria-prima nacional permitirá poupar 30% P23 Página 25 A26 ID: 60844107 05-09-2015 Tiragem: 16000 Pág: 6 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 22,60 x 31,50 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Página 26 ID: 60844107 05-09-2015 Tiragem: 16000 Pág: 7 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 10,14 x 31,50 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Página 27 A28 ID: 60844033 05-09-2015 Tiragem: 34268 Pág: 26 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Diária Área: 25,70 x 29,97 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 3 Poliomielite A iniciativa para erradicar a poliomielite no mundo arrancou em 1988. Mas este vírus resiste em locais improváveis e reemerge quando tem oportunidade, como acaba de acontecer na Ucrânia O caso de um homem que expele o vírus há 28 anos alerta para os refúgios de uma doença por erradicar SHAH MARAI/AFP Página 28 ID: 60844033 Nicolau Ferreira A s vacinas contra a poliomielite impediram que milhões de crianças apanhassem este vírus, que provoca a paralisia e deixou muita gente impossibilitada de andar no século XX. Em 1988 foi lançada uma campanha mundial para a sua erradicação. Hoje, a doença é endémica no Afeganistão, no Paquistão e na Nigéria e o seu fim está no horizonte. Mas a capacidade de sobrevivência deste vírus continua a surpreender. Um novo estudo que documenta o caso de um homem no Reino Unido, que expele o vírus há 28 anos, alerta para os refúgios deste vírus, que poderão vir a estar na origem de futuros surtos se o plano final da erradicação da poliomielite não for bem conduzido, lê-se num artigo na revista científica PLOS Pathogens. O receio não é infundado. Com o surgimento de conflitos na Europa, no Médio Oriente e em África, a vacinação ficou comprometida nalguns países. Esta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou um novo surto de poliomielite na Ucrânia, um país que nos dois últimos anos tem estado em convulsão. Uma criança de dez meses e outra de quatro anos infectadas com o vírus tiveram sintomas de paralisia. A Europa tinha sido declarada pela OMS como livre de poliomielite em 2002. O último surto no continente europeu foi em 2010, na Rússia, devido à importação do vírus do Tajiquistão. A reviravolta na Ucrânia não surpreende. Em 2014, metade das crianças daquele país que deveriam ter sido vacinadas não o foram. E o vírus aproveita qualquer oportunidade para reemergir. “Precisamos de imunizar a população com a vacina”, diz ao PÚBLICO Javier Martin, o coordenador do novo estudo na PLOS Pathogens e director do Laboratório Global Especializado na Poliomielite da OMS, no Instituto Nacional para as Normas e Controlos Biológicos, em Hertfordshire, no Reino Unido. Este laboratório supervisiona a vigilância à poliomielite no Reino Unido, na Irlanda e em Chipre, e dá apoio aos 140 laboratórios mundiais da OMS contra a doença. Para o cientista, a origem dos novos casos é óbvia: “A percentagem da população vacinada na Ucrânia tem diminuído significativamente nos últimos anos e essa é a razão para este surto.” Paradoxo sanitário A poliomielite é antiga. Uma estela de pedra egípcia datada entre os séculos XVI e XIV antes de Cristo tem um desenho de um homem com um cajado e uma perna atrofiada, e pode ser interpretada como sendo a representação de uma pessoa que teve 05-09-2015 poliomielite. As fotografias de crianças e adultos que tiveram a doença e ficaram com uma perna atrofiada são perturbadoramente semelhantes à ilustração milenar. O vírus da poliomielite infecta normalmente crianças com menos de cinco anos e pode destruir neurónios responsáveis pela activação dos músculos, deixando as pessoas paralisadas de um ou mais membros. A doença foi descrita em 1789, mas só no século XX é que os surtos assustaram os Estados Unidos e a Europa. Por trás da erupção de tantos casos esteve, paradoxalmente, um aumento da higiene. Os sistemas de esgotos que foram construídos nas cidades fizeram com que houvesse muito menos contaminações devido à matéria fecal, um passo muito positivo contra várias doenças. No entanto, este novo sistema adiou o contacto de bebés com o vírus da poliomielite. Até aos seis meses, os bebés ainda tinham anticorpos das mães contra a poliomielite — isto só no caso de as mães terem estado em contacto com o vírus — e se os bebés apanhassem o vírus, além de terem meios para combater a doença, ganhavam imunidade. Por isso, a poliomielite provocava sintomas leves e não tinha sequelas. Depois dos sistemas de esgotos serem construídos, as crianças só começaram a estar em contacto com o vírus mais tarde, já sem a protecção dos anticorpos da mãe, e o impacto da doença aumentou. As células do tracto digestivo são o alvo principal do vírus, onde se multiplica. O vírus é libertado nas fezes, podendo contaminar cursos de água e alimentos. A transmissão também pode ocorrer pela boca. Apesar de o vírus ser muito infeccioso, 90% das pessoas infectadas não apresentam sintomas e apenas 0,5% ficam irreversivelmente paralíticas. Nestes casos, isto acontece porque o vírus passou para o sangue e depois para o sistema nervoso, onde mata as células nervosas. Nalguns doentes, os nervos que sustentam o movimento dos pulmões ficam danificados, e as pessoas morrem sufocadas. Há três tipos de vírus da poliomielite, e não há qualquer medicamento contra eles. Mas em 1955, o médico norte-americano Jonas Salk desenvolveu a primeira vacina contra a doença. A vacina é intravenosa e contém os três tipos de vírus mortos, criando imunidade contra os três. Seis anos depois, o médico norte-americano Albert Sabin desenvolveu uma vacina oral, usando os três tipos de vírus enfraquecidos (ou atenuados). Estas descobertas mudaram por completo o combate à doença. Antes das vacinas, havia 35.000 casos anuais de poliomielite só nos EUA, mas em 1965 já só existiam 65 casos naquele país. Em Portugal, a vacinação contra a poliomielite iniciou-se em 1965 e o último caso documentado da doença verificou-se em 1986. Em 1988 foi lançada a Iniciativa Tiragem: 34268 Pág: 27 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 25,70 x 29,51 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 3 Uma estela do Antigo Egipto representará o caso de um homem paralisado pela poliomielite. Hoje, as vacinas são o único meio de combate deste vírus Global de Erradicação da Poliomielite (IGEP), liderada pela OMS, a Rotary International, os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA e a Unicef. A erradicação mundial dos vírus da varíola em 1979, através da vacinação, já tinha provado que o objectivo da IGEP era possível. O ambicioso plano da iniciativa era ter o vírus da poliomielite eliminado no ano 2000. Apesar de a missão não estar concluída, a redução da sua incidência é notável: o número de casos mundiais baixou de 350.000, em 1988, para 359, em 2014. Ao todo, 2500 milhões de crianças foram vacinadas, num investimento superior a 8000 milhões de euros. Na Nigéria, há um ano que não são notificados casos novos de poliomielite com origem em vírus em que não provêm da vacina e que já existiam no meio ambiente. Apenas no Afeganistão e no Paquistão continua a haver transmissão do vírus. Mas as subtilezas do mundo dos vírus dificultam esta tarefa, como mostram tanto o artigo da PLOS Pathogens como os dois casos na Ucrânia. Infecção crónica O caso que agora foi estudado pela equipa de Javier Martin nunca antes tinha sido visto. Entre Março de 1995 e Março de 2015, nas análises de amostras de fezes de um homem britânico, surgia sempre o vírus do tipo 2 da poliomielite. O indivíduo tem uma infecção crónica no tubo digestivo devido a uma doença do sistema imunitário chamada imunodeficiência variável comum. Por alguma razão, a produção de anticorpos deste homem é baixa, o que dificulta a luta aos organismos patogénicos. “O doente é incapaz de produzir um nível suficiente de anticorpos para o vírus ser limpo do tubo digestivo”, diz-nos Javier Martin. Tinha sido vacinado aos cinco, sete, 12 meses e aos sete anos de idade com a vacina oral — as vacinas da poliomielite precisam de reforços para se obter a imunidade desejada. Anos depois descobriu-se que tinha a imunodeficiência e que o vírus da vacina sobreviveu no tubo digestivo. Este é o principal problema desta vacina oral. Apesar de o seu vírus estar enfraquecido, pode deparar-se com um sistema imunitário fraco e causar uma infecção. Uma em cada 2,7 milhões de pessoas que tomam a vacina oral acaba por ficar doente e até ter paralisia. Durante décadas, a vacina oral foi usada por ter vantagens que superavam esta desvantagem: é mais barata do que a vacina com o vírus morto, que é administrada por via intravenosa; confere imunidade tanto a nível do sangue como no tubo digestivo (a vacina com vírus mortos não provoca grande imunidade a nível dos intestinos e os vírus selvagens podem replicar-se nessa zona e manter a cadeia de transmissão); e é muito mais fácil de aplicar do que a vacina intravenosa. A desvantagem da vacina oral com o vírus vivo tomou agora proporções mais graves na Ucrânia. O vírus que causou a doença às duas crianças provém do vírus atenuado da vacina. “Quando a cobertura da vacina é baixa, há muitas crianças não-imunizadas que estão susceptíveis à infecção, por isso os vírus expelidos [nas fezes] por crianças vacinadas infectam estas crianças susceptíveis e algumas vezes causam paralisia”, diz Javier Martin. “Basta um pequeno número de mutações para o vírus perder a atenuação [que tinha quando foi administrado na vacina].” O indivíduo do novo estudo nunca teve sintomas de poliomielite. Mas continuou a produzir vírus derivados do vírus da vacina durante décadas. Entre 1962 e 2014, registaram-se no mundo 73 casos de pessoas com imunodeficiência que também expeliram o vírus da poliomielite adquirido após terem sido vacinadas. Mas a duração da infecção nestas pessoas foi muito menor, apenas em sete delas durou mais de cinco anos. A equipa de investigadores analisou agora cerca de 190 amostras fecais daquele homem, obtidas nos últimos 20 anos, para medir a quantidade de vírus excretado, perceber a evolução do vírus no organismo do homem, avaliar se tinha capacidade de infectar e causar paralisia em ratinhos transgénicos e testar se os anticorpos humanos em resposta às vacinas administradas às pessoas reagiam e neutralizavam o vírus. Através da genética, os investigadores perceberam que o vírus expelido já estava a evoluir há 28 anos no paciente a partir do vírus original. “O caso descrito aqui representa, de longe, o mais prolongado período de excreção [do vírus da poliomielite], e é o único indivíduo identificado actualmente a excretar um vírus derivado da vacina que é altamente evoluído”, lê-se no artigo. O vírus é libertado em grandes quantidades e é capaz de infectar e causar paralisia em ratinhos. “Para crescer melhor no tubo digestivo, adquiriu algumas mutações, o que quer dizer que perdeu as propriedades atenuadas e aumentou a virulência”, explica Javier Martin. Felizmente, os vírus do paciente britânico foram rapidamente neutralizados quando expostos a soro de pessoas que tinham anticorpos contra a poliomielite produzidos graças à vacina oral com os vírus vivos. No entanto, no caso de soros com anticorpos produzidos a partir da vacina intravenosa, que contém vírus mortos, nem sempre a resposta foi tão eficaz. Esta situação pode ser grave. Apesar de não serem conhecidos outros casos como este, há indicações de outras pessoas a expelirem actualmente o vírus. “Já foram encontrados vírus [nos esgotos] em Israel, na Estónia, na Finlândia e na Eslováquia. Achamos que isto significa que existem mais excretores crónicos”, sublinha Javier Martin. “A boa notícia é que agora sabemos disto e podemos preparar-nos.” O número cada vez menor de casos de poliomielite endémica no mundo e os perigos de se administrar a vacina com o vírus atenuado — que poderá vir a originar mais doentes de poliomielite do que o vírus selvagem — levou a OMS a recomendar aos países a vacinação das crianças com o vírus morto, pela via intravenosa. Em Portugal, desde 2006 que é administrada essa vacina. No Reino Unido, desde 2004. Mas na Ucrânia, ainda é administrada a vacina oral, que acabou por gerar o novo surto. Por isso, a situação torna-se delicada. Apesar da vacina oral ser cada vez mais desvantajosa, a vacina intravenosa pode não proteger contra vírus provenientes de casos como aquele que foi descrito no artigo da PLOS Pathogens, que, embora sejam raríssimos, existem. Para Javier Martin, é possível precaver estas situações: “Sabemos que precisamos de manter níveis altos de imunização até o último vírus da poliomielite ser aniquilado da Terra, que precisamos de procurar a presença do vírus em amostras clínicas e no ambiente, que temos de descobrir tratamentos antivirais para travar a excreção do vírus para o ambiente nestes pacientes e que precisamos de novas vacinas para a era pós-erradicação. E, de facto, é isso que nós e outros laboratórios no mundo estamos a fazer.” Página 29 ID: 60844033 05-09-2015 Tiragem: 34268 Pág: 52 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 10,41 x 3,55 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 3 de 3 Vírus da poliomielite resiste e reaparece agora na Ucrânia Duas crianças infectadas, de 10 meses e de 4 anos, têm sintomas de paralisia p26/27 Página 30 A31 ID: 60844637 05-09-2015 | B.I. Tiragem: 16000 Pág: 18 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 22,60 x 31,50 cm² Âmbito: Interesse Geral Corte: 1 de 8 Página 31 ID: 60844637 05-09-2015 | B.I. Tiragem: 16000 Pág: 19 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 22,60 x 30,19 cm² Âmbito: Interesse Geral Corte: 2 de 8 Página 32 ID: 60844637 05-09-2015 | B.I. Tiragem: 16000 Pág: 20 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 22,60 x 31,50 cm² Âmbito: Interesse Geral Corte: 3 de 8 Página 33 ID: 60844637 05-09-2015 | B.I. Tiragem: 16000 Pág: 21 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 22,60 x 29,91 cm² Âmbito: Interesse Geral Corte: 4 de 8 Página 34 ID: 60844637 05-09-2015 | B.I. Tiragem: 16000 Pág: 22 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 22,60 x 31,50 cm² Âmbito: Interesse Geral Corte: 5 de 8 Página 35 ID: 60844637 05-09-2015 | B.I. Tiragem: 16000 Pág: 23 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 22,60 x 30,14 cm² Âmbito: Interesse Geral Corte: 6 de 8 Página 36 ID: 60844637 05-09-2015 | B.I. Tiragem: 16000 Pág: 2 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 10,56 x 14,85 cm² Âmbito: Interesse Geral Corte: 7 de 8 Página 37 ID: 60844637 05-09-2015 | B.I. Tiragem: 16000 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 6,24 x 4,44 cm² Âmbito: Interesse Geral Corte: 8 de 8 Página 38 A39 ID: 60851123 06-09-2015 Tiragem: 29592 Pág: 21 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 25,50 x 18,78 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 39