Ampliação do hospital abre porta

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07-09-2015
Revista de Imprensa
07-09-2015
1. (PT) - Correio do Minho, 06/09/2015, Presidente da ARSN destaca papel das misericórdias Norte tem os
melhores indicadores
1
2. (PT) - Correio do Minho, 06/09/2015, Humberto Carneiro e equipa candidatam-se a novo mandato
2
3. (PT) - i, 07/09/2015, Guerra à diabetes começa este ano em 15 municípios
3
4. (PT) - Público, 05/09/2015, Norte regista número de casos de legionella superior ao normal
6
5. (PT) - i, 07/09/2015, Legionella - DGS nega ligação entre suspeita em hotel do Porto e os 12 casos
confirmados
7
6. (PT) - Jornal de Notícias, 06/09/2015, Legionela obriga clientes a deixar hotel do Porto
8
7. (PT) - Correio da Manhã, 05/09/2015, Dois internados com Legionella
10
8. (PT) - Correio da Manhã, 06/09/2015, Hotéis investigados
11
9. (PT) - Metro Portugal, 07/09/2015, OMS. Doenças sem contágio mais letais que as contagiosas
13
10. (PT) - Correio do Minho, 06/09/2015, Ampliação do hospital abre portas
15
11. (PT) - Jornal de Notícias, 06/09/2015, É urgente um plano de apoio às pessoas com demência
16
12. (PT) - Jornal de Notícias, 06/09/2015, Saúde incendiou Bragança em 2011
17
13. (PT) - Jornal de Notícias, 05/09/2015, Porto - Coliseu recebe no dia 25 gala solidária para angariação de
fundos para o IPO
18
14. (PT) - Correio do Minho, 05/09/2015, Outubro rosa sensibiliza para cancro da mama
19
15. (PT) - Jornal de Notícias, 07/09/2015, Porto - Lojinha solidária no hospital
20
16. (PT) - Diário de Notícias, 06/09/2015, Editorial- Escolhas
21
17. (PT) - Jornal de Notícias, 05/09/2015, Excursões em busca de remédios espanhóis
22
18. (PT) - i, 05/09/2015, Mulheres consomem 75% dos antidepressivos vendidos em Portugal
23
19. (PT) - Expresso, 05/09/2015, Portugal já está a produzir plasma
24
20. (PT) - i, 05/09/2015, Saúde sem fronteiras na UE. Portugueses entre os que menos aproveitam os novos
direitos
26
21. (PT) - Público, 05/09/2015, Poliomielite - O caso de um homem que expele o vírus há 28 anos alerta
para os refúgios de uma doença por erradicar
28
22. (PT) - i - B.I., 05/09/2015, Miúdos VIH. A pior doença é o preconceito
31
23. (PT) - Diário de Notícias, 06/09/2015, Estoril recebe congresso internacional. "É o Rock in Rio da
medicina dentária"
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A1
ID: 60859850
06-09-2015
Tiragem: 8000
Pág: 11
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 9,47 x 7,47 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
Presidente da ARSN destaca papel das misericórdias
Norte tem os melhores indicadores
O presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde
do Norte (ARSN), Álvaro Almeida, não tem dúvidas no contributo das misericórdias para que a região norte tenha os melhores indicadores de saúde do país, no que toca ao tempo de espera e ao acesso a consultas e cirurgias. O acordo renovado com a Misericórdia da Póvoa de Lanhoso vai
permitir mais que duplicar o número de consultas e de cirurgias realizadas no Hospital António Lopes. Álvaro Almeida garante que “o acesso a
cuidados de saúde vai aumentar muito significativamente a partir de
2016” e que o acordo permite alargar o leque de serviços prestados, elogiando “uma parceria que tem corrido bem”.
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A2
ID: 60859827
06-09-2015
Tiragem: 8000
Pág: 11
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 20,82 x 33,10 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
Humberto Carneiro e equipa
candidatam-se a novo mandato
EM DIA DE ANIVERSÁRIO da Santa Casa da Miericórdia da Póvoa de Lanhoso, o provedor anunciou a
recandidatura e fez balanço do trabalho realizado. Ainda há obras para fazer.
FLÁVIO FREITAS
Provedor Humberto Carneiro anunciou a recandidatura da sua equipa em dia de aniversário da instituição
PÓVOA DE LANHOSO
| Teresa Marques Costa |
O provedor da Santa Casa da
Misericórdia da Póvoa de Lanhos, Humberto Carneiro, e a
restante mesa administrativa são
candidatos a um novo mandato.
O anúncio foi feito ontem pelo
provedor na sessão solene que
assinalou os 98 anos da Misericórdia.
Em dia de comemoração, dedicado às obras sociais do benemérito António Lopes, Humberto Carneiro fez o balanço do
trabalho feito e anunciou a recandidatura, recebendo, desde
logo, vários apoios, a começar
pelo presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso,
Manuel Baptista.
Referindo-se à Misericórdia, o
edil povoense fez questão de reconhecer, publicamente, “a visão e a excelente gestão a que
assistimos nesta instituição”,
destacando “quem faz acontecer
os projectos”.
Manuel Baptista agradeceu,
em nome do concelho da Póvoa
de Lanhoso, a Humberto Carneiro a sua “dedicação e entrega a
esta causa” e realçou o investimento na “sustentabilidade financeira sem perder o lado hu-
mano que deve estar sempre presente”.
Assumindo o “respeito pelos
processos eleitorais da insituição”, o presidente da Câmara
lembrou que “em equipa que ganha não se mexe” e manifestou
que “a Santa Casa está em boas
Em dia de comemoração,
dedicado às obras sociais do
benemérito António Lopes,
Humberto Carneiro fez o
balanço do trabalho feito e
anunciou a recandidatura,
recebendo, desde logo,
vários apoios, a começar
pelo presidente da Câmara
Municipal da Póvoa de
Lanhoso, Manuel Baptista.
Referindo-se à Misericórdia,
o edil povoense fez questão
de reconhecer,
publicamente, “a visão
e a excelente gestão
a que assistimos nesta
instituição”, destacando
“quem faz acontecer
os projectos”.
mãos”.
Também o presidente da União
das Misericórdias Portuguesas,
Manuel Lemos, incitou Humberto Carneiro e a sua equipa a
“continuar o trabalho que estão a
fazer, com serenidade e com calma”.
Manuel Lemos afirmou que “o
que esta Misericórdia tem feito
é apresentar resultados” e destacou a articulação com o município.
No que toca ao papel da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, o
autarca local realçou a marca da
actual gestão: a saúde.
Neste domínio, Manuel Baptista assumiu que a ampliação do
Hospital António Lopes “vem
assegurar cuidados de alta qualidade e de forma mais alargada”
num concelho rural e envelhecido.
Mas foi com a reabertura da
consulta aberta, no próximo ano
no hospital da Misericórdia, colmatando o horário nocturno,
fins-de-semana e feriados do
centro de saúde local, que o edil
mais se congratulou, possbilitando um acesso à saúde mais rápido e menos custoso.
“Com esta medida, o actual governo corrige um erro do passado” afirmou Manuel Baptista.
§Misericórdia está de
Obras com conclusão prevista para 2016
Ampliação do hospital abre
A visita às obras de remodelação e ampliação do
foi ontem um dos pontos do programa comemo
Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso. C
para o próximo ano, o provedor. Humberto Carnei
os ganhos em saúde que esse investimento vai pe
No balanço feito ontem, o provedor lembrou a in
mesa administrativa em Setembro de 2012 e con
avançar com a ampliação. “Não fosse a audácia de
não estaríamos em condições de cumprir com as c
regulamentações das entidades hospitalares” afirm
to, apontando o acordo assinado com o Ministério
dia 31 de Julho e que abre caminho a mais consul
troenterologia e medicina física e reabilitação, a p
Presidente da ARSN destaca papel das m
Norte tem os melhores indi
O presidente do Conselho Directivo da Administra
do Norte (ARSN), Álvaro Almeida, não tem dúvida
sericórdias para que a região norte tenha os melho
de do país, no que toca ao tempo de espera e ao
rurgias. O acordo renovado com a Misericórdia da
permitir mais que duplicar o número de consulta
das no Hospital António Lopes. Álvaro Almeida g
cuidados de saúde vai aumentar muito significa
2016” e que o acordo permite alargar o leque de s
giando “uma parceria que tem corrido bem”.
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ID: 60858125
07-09-2015
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Pág: 6
País: Portugal
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Period.: Diária
Área: 22,60 x 31,50 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 3
Página 3
ID: 60858125
07-09-2015
Tiragem: 16000
Pág: 7
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 22,60 x 31,50 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 3
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ID: 60858125
07-09-2015
Tiragem: 16000
Pág: 1
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Área: 11,68 x 6,73 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 3 de 3
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ID: 60843954
05-09-2015
Tiragem: 34268
Pág: 10
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Diária
Área: 15,68 x 29,97 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
RITA FRANÇA
Autoridades de saúde estão a acompanhar os casos e a investigar possíveis fontes de contágio
Norte regista número
de casos de legionella
“superior” ao normal
Saúde
Romana Borja-Santos
Entre a última semana
de Julho e até ao
dia 3 de Setembro
foram confirmados 12
diagnósticos da doença
No último mês e meio foram registados 12 casos de doença dos Legionários em pessoas residentes
na região de saúde do Norte, um
número “superior ao que seria de
esperar”, disse ontem à Lusa a Administração Regional de Saúde do
Norte (ARSN).
A ARSN esclarece, em resposta
escrita, que entre a última semana
de Julho e até ao dia 3 de Setembro
foram notificados 12 casos de doença dos Legionários em pessoas residentes na região de saúde do Norte.
O esclarecimento surge depois de o
Jornal de Notícias ter escrito ontem
que o Norte está em alerta devido
ao aumento no número de doentes
com legionella.
Também o director-geral da Saúde, em comunicado, confirmou que
“a Direcção-Geral da Saúde foi notificada pela delegada de Saúde Regional do Norte” para a existência
de 12 diagnósticos de legionella. “Em
período homólogo do ano anterior
verificaram-se sete casos ocorridos
na mesma região”, adianta a mesma
nota de Francisco George.
“A informação epidemiológica
disponível indica que dois daqueles casos estiveram fora de Portugal durante o período provável de
ocorrência da infecção, podendo,
assim, estar associados a viagens.
Os restantes dez casos ocorreram
em pessoas residentes no Grande
Porto”, acrescenta o director-geral
da Saúde. Na investigação destes
casos as autoridades de saúde estão a tentar perceber os “locais e os
percursos que os doentes fizeram
durante os 14 dias antes do início da
sintomatologia, a fim de identificar
a fonte de infecção”.
Segundo Francisco George, apenas dois doentes estão internados e
não houve nenhum óbito, insistindo, por isso, que “a situação notificada não é comparável ao surto que
ocorreu em Novembro de 2014 em
Vila Franca de Xira, quer pela magnitude e gravidade, quer ainda pela
expressão rápida que caracterizou
a curva epidemiológica”.
Investigação em hotéis
Mesmo assim, o número é considerado, pela própria ARSN, “superior
ao que seria de esperar” e, por isso,
está a merecer “uma atenção especial por parte das autoridades de
saúde”. “Até à data não se registou a
ocorrência de nenhum óbito entre os
doentes referidos”, reforça a ARSN.
A administração regional de
saúde confirma que a investigação
epidemiológica que está a ser feita,
designadamente a hotéis localizados na cidade do Porto, “não indica
que os casos atrás referidos estejam
associados à frequência de hotéis”.
“A investigação epidemiológica está
a ser conduzida de forma a caracterizar os locais e os percursos que
os doentes fizeram durante os 14
dias antes do início dos sintomas,
de forma a orientar a investigação
ambiental e, até ao momento, foram efectuadas colheitas de água
em alguns equipamentos localizados na região em estudo, mas os
resultados preliminares são ainda
negativos”, explica.
A ARSN informa que a investigação epidemiológica e ambiental está a prosseguir com a colaboração
dos serviços de saúde, designadamente hospitais e autoridades de
saúde da região.
Em Novembro de 2014, um surto
de legionella em Vila Franca de Xira
causou 12 mortes e infectou 375 pessoas com a bactéria. De acordo com
o balanço feito na altura, as vítimas
mortais tinham entre 43 e 89 anos
e eram nove homens e três mulheres. A taxa de letalidade do surto
foi de 3,2%. O surto teve início a 7
de Novembro, supostamente numa
torre de arrefecimento de uma fábrica da zona, e foi controlado em
duas semanas.
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ID: 60858104
07-09-2015
Tiragem: 16000
Pág: 8
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 22,60 x 31,50 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
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ID: 60851115
06-09-2015
Tiragem: 77417
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País: Portugal
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Área: 25,50 x 30,00 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 2
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ID: 60851115
06-09-2015
Tiragem: 77417
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País: Portugal
Cores: Cor
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Área: 4,91 x 3,13 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 2
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ID: 60844481
05-09-2015
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Pág: 18
País: Portugal
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Área: 15,88 x 23,33 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
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A11
ID: 60851136
06-09-2015
Tiragem: 155537
Pág: 17
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 25,70 x 29,03 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 2
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ID: 60851136
06-09-2015
Tiragem: 155537
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 2,91 x 3,42 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 2
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A13
ID: 60857755
07-09-2015
Tiragem: 68147
Pág: 9
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 5,49 x 12,57 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 2
OMS. Doenças
sem contágio
mais letais que
as contagiosas
O planeta está a enfrentar desafios
globais de saúde sem precedentes
com as doenças não contagiosas
a ultrapassarem, na maioria dos
locais, as doenças contagiosas como
principais causas de morte.
Segundo um responsável da Organização Mundial da Saúde (OMS),
a situação é agravada por novos
fatores de pressão como populações
mais envelhecidas, os desafios da
crescente e rápida urbanização e
“uma significativa população móvel
e migrante”.
Reunião
5
dias de reunião, entre hoje e sexta-feira, em
que delegados de vários países deverão analisar, em
Díli, Timor-Leste, questões como o tabaco, doenças
contagiosas e tropicais e prevenção da tuberculose.
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ID: 60857755
07-09-2015
Tiragem: 68147
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 11,02 x 6,21 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 2
Doenças sem
contágio são
mais mortíferas
Mundo. Na maioria dos locais as doenças não contagiosas
passam as contagiosas como principal causa de morte pág. 09
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ID: 60859840
06-09-2015
Tiragem: 8000
Pág: 11
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 10,88 x 8,57 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
§Misericórdia está de saúde
Obras com conclusão prevista para 2016
Ampliação do hospital abre portas
A visita às obras de remodelação e ampliação do Hospital António Lopes
foi ontem um dos pontos do programa comemorativo dos 98 anos da
Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso. Com conclusão prevista
para o próximo ano, o provedor. Humberto Carneiro, congratulou-se com
os ganhos em saúde que esse investimento vai permitir.
No balanço feito ontem, o provedor lembrou a intenção anunciada pela
mesa administrativa em Setembro de 2012 e contestada por alguns de
avançar com a ampliação. “Não fosse a audácia de caminhar em frente e
não estaríamos em condições de cumprir com as cada vez mais exigentes
regulamentações das entidades hospitalares” afirmou Humberto Carneirto, apontando o acordo assinado com o Ministério da Saúde no passado
dia 31 de Julho e que abre caminho a mais consultas de cardiologia, gastroenterologia e medicina física e reabilitação, a par da consulta aberta.
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ID: 60851172
06-09-2015
Tiragem: 77417
Pág: 17
País: Portugal
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Period.: Diária
Área: 25,50 x 30,00 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
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A17
ID: 60851128
06-09-2015
Tiragem: 77417
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País: Portugal
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Period.: Diária
Área: 11,11 x 14,52 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
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A18
ID: 60844366
05-09-2015
Tiragem: 77417
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País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 9,42 x 5,36 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
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A19
ID: 60859393
05-09-2015
Tiragem: 8000
Pág: 13
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Diária
Área: 15,24 x 5,15 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
Campanha
Outubro rosa sensibiliza para cancro da mama
VILA NOVA DE FAMALICÃO
| Redacção |
A Associação de Voluntariado
Hospitalar de Vila Nova de Famalicão vai promover uma campanha de sensibilização do can-
cro da mama ao longo do mês de
Outubro intitulada ‘Saiba o que
lhe vai no peito’. A iniciativa envolve a realização de uma ‘Caminhada Rosa’, no dia 3, entre o
Hospital de Famalicão e a Praça
9 de Abril, com saída marcada
para as 9.30 horas. No dia 23,
realiza-se o Jantar Rosa, no Centro Pastoral Santo Adrião.
As inscrições podem ser efectuadas através do mail voluntariado. [email protected].
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A20
ID: 60857935
07-09-2015
Tiragem: 77417
Pág: 24
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 4,83 x 5,02 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
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ID: 60851018
06-09-2015
Tiragem: 29592
Pág: 6
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 7,09 x 30,00 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
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A22
ID: 60844087
05-09-2015
Tiragem: 77417
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País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 25,50 x 30,00 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
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A23
ID: 60844129
05-09-2015
Tiragem: 16000
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País: Portugal
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Period.: Diária
Área: 22,60 x 29,13 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
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A24
ID: 60843884
05-09-2015
Tiragem: 100925
Pág: 23
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 28,20 x 42,74 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 2
INATIVAÇÃO DE PLASMA
2
450 ml
1
DÁDIVA DE SANGUE
São colhidos
450 mililitros de
sangue a dadores
saudáveis
de ambos
os sexos e sem
comportamentos
de risco
DADORES EXCLUÍDOS:
Além das regras gerais para dar
sangue, é motivo de exclusão ter
recebido uma transfusão depois de
1980 por risco
de transmissão de uma variante
da doença de Creutzfeldt-Jakob
(doença das vacas loucas)
O processo demora perto
de dez minutos e pode ser
repetido três ou quatro vezes
no ano por mulheres e homens,
respetivamente
5
CENTRIFUGAÇÃO
DO SANGUE
O sangue é colocado num
equipamento de centrifugação
para separar os vários constituintes
COMPOSIÇÃO:
Na base ficam os glóbulos
vermelhos, depois os glóbulos
brancos e as plaquetas – formando
uma camada intermédia fina
e esbranquiçada – e no topo
o plasma, liquido e de cor
amarelada
Em ambiente assético,
o plasma é colocado em bolsas
de plástico de 200 mililitros.
Estas bolsas são etiquetadas
e embaladas em vácuo em caixas
de plástico e depois colocadas
em caixas de cartão individuais
55%
PLASMA
O plasma é embalado em bolsas
de plástico, congelado e enviado
para inativação (ponto 4) ou
armazenado (por exemplo para
quarentena) normalmente
durante 6 meses
PRAZOS:
Em condições adequadas,
o plasma fresco congelado tem um
prazo de validade que pode chegar
aos três anos (no caso dos glóbulos
vermelhos 42 dias e das plaquetas
são sete)
4
-65°
ÁLCOOL
INATIVAÇÃO DE VÍRUS
O método solvente-detergente é o mais
utilizado. As bolsas de plasma são lavadas
em álcool e abertas manualmente e o plasma
aquecido a 30 graus para descongelar
A bolsa de plasma é retirada
do frio para descongelar e fazer
a transfusão ao doente.
À temperatura ambiente,
o plasma inativado tem uma
validade de 4 horas
DISTRIBUIÇÃO
O stock de plasma inativado fica no
laboratório até serem conhecidos
os resultados dos testes
de qualidade
Algumas amostras são
enviadas para o Infarmed
para que dê luz verde
30°
PROCESSO:
Alguns vírus, como os da hepatite A e E,
são neutralizados a esta temperatura
e as células e agentes patogénicos
são removidos por filtros. Vírus mais
complexos, como o VIH, são inativados
através de técnicas específicas ao longo
de 90 minutos. Segue-se a remoção
de eventuais priões e bactérias
ADMINISTRAÇÃO
NO DOENTE
-30°
6
45%
GLÓBULOS VERMELHOS
CONGELAÇÃO
DO PLASMA
200 ml
As embalagens são rapidamente
congeladas a 65 graus negativos
e armazenadas a -30˚C, até à
distribuição para a unidade de saúde
menos de 1%
GLÓBULOS BRANCOS E PLAQUETAS
3
7
ENCHIMENTO
E EMBALAGEM
DOENTE
Por regra,
o plasma
é entregue
à unidade
de saúde
ao fim
de quatro
semanas
4h
INDICAÇÃO:
É utilizado
em casos de
trauma como de
acidente ou em
grandes cirurgias
1h30
Portugal já está a produzir plasma
Foi adjudicada
a preparação
de 47 mil unidades.
A utilização
da matéria-prima
nacional reduzirá
a fatura em 30%
Texto Vera Lúcia
Arreigoso
Infografia Ana Serra
O Serviço Nacional de Saúde
(SNS) deixou de queimar, literalmente, um produto que vale
ouro. O plasma das dádivas de
sangue está pela primeira vez
a ser aproveitado para inativação, o método mais eficaz
para garantir a qualidade das
transfusões, e fracionamento
para obter medicamentos do
sangue. A utilização da matéria-prima portuguesa deverá
poupar 30% nos encargos com
estas terapêuticas, que em
2014 custaram €55 milhões.
O Instituto Português do
Sangue e da Transplantação
(IPST) e o Centro Hospitalar de
São João (CHSJ), no Porto, são
para já os únicos a aproveitar
eficientemente o plasma. Até
ao momento, adjudicaram a
preparação de 47.100 unidades: 32.100 para inativar para
casos de trauma ou de grandes cirurgias, por exemplo, e o
restante para hemoderivados
destinados a doenças como a
hemofilia ou vítimas de cancro.
A tarefa foi entregue à Octapharma, líder no mercado
nacional. O IPST foi o primeiro
a requerer os serviços do laboratório suíço, em novembro,
para assegurar 6800 bolsas
de plasma inativado. Este ano
avançou com outra tranche, de
15.300 unidades. A fatura total
ultrapassa os €1,2 milhões.
O retorno do investimento
deverá ser assegurado pelo
fornecimento daquele plasma
a hospitais nacionais a preços
A inativação de vírus e o plasma pronto para transfusão (em baixo) FOTO JOSÉ CARLOS CARVALHO
O plasma é uma
matéria-prima
com um valor
que acompanha
a cotação dada
ao ouro. Pode ser
utilizado
em transfusões
ou fracionado
em medicamentos
mais baixos. O IPST está a
vender a bolsa de plasma português a €69 e a Octapharma
cobra €89,25 por produto feito
com plasma estrangeiro.
“O Hospital de Santa Maria é
o maior cliente, a quem já fornecemos 4561 unidades deste plasma inativado”, adianta
o presidente do IPST, Helder
Trindade. A preferência tem
uma explicação: “O Centro
Hospitalar de Lisboa Norte
(CHLN) — a que pertence o
Santa Maria — colhe sangue e
envia para o IPST, que armazena e fornece os hospitais”,
explica Carlos Martins, presidente do CHLN. Assim, “aderiu ao plano do IPST porque a
sustentabilidade do SNS e os
ganhos em saúde passam muito
pela concertação e articulação
institucional do sector público”.
O Hospital de São João optou
por avançar por conta própria
até que a estratégia nacional
seja uma realidade. Em maio,
iniciou o envio de plasma colhido entre os seus 50 mil dadores e já soma mais de 6300
unidades no laboratório da Octapharma em Estocolmo. No
próximo dia 15 está prevista
mais uma remessa e a partir
do dia 23 a chegada ao hospital das primeiras bolsas (1600)
prontas a utilizar. O plano prevê o envio de um total de 25 mil
unidades (10 mil para inativar
e 15 mil para fracionar) no primeiro ano de contrato.
A utilização do plasma portuense vai custar mais de €1,3 milhões
mas os responsáveis garantem
que trará poupanças. “O valor
permite poupar cerca de €180
mil”, revela Fernando Araújo,
diretor do Serviço de Imuno-hemoterapia. Além disso, “ficará
autónomo em plasma inativado
e albumina”, para manter o volume do sangue. “Terá um impacto
relevante em termos éticos, ao
evitar o desperdício do plasma
doado de forma benévola”, acrescenta o especialista. E sublinha:
“O CHSJ inutilizava anualmente
todas as 20 mil a 25 mil unidades
de plasma colhidas.”
A compra aos laboratórios (de
unidades dos EUA, Alemanha ou
Áustria) continua a ser a principal forma de abastecimento e o
IPST quer abastecer todo o SNS.
E até garantir a autossuficiência
em plasma para transfusões,
com 80 mil bolsas por ano. Das
200 mil dádivas de sangue anuais que chegam ao IPST, sobrarão, assim, 120 mil (congeladas
e sem espaço para mais) para
medicamentos do sangue. “O
país precisa de muito mais, mas
já será uma pequena parte para
diminuir a despesa”, explica Helder Trindade. O concurso está
aberto e exige dois hemoderivados (albumina e imunoglobulina,
para carência de anticorpos e o
mais consumido), mas vencerá
quem fizer mais.
“Em janeiro enviámos uma
comunicação a todos os hospitais públicos para saber se
queriam entrar (como clientes) e 14 não responderam”,
afirma o presidente do IPST.
Os responsáveis do São João
adiantam, no entanto, que
vão aderir. “Na última quinta-feira, o CHSJ solicitou por
escrito a integração no concurso do IPST.”
A diretora técnica da Octapharma em Portugal, Helena
Teixeira Direito, defende a estratégia nacional. “Um programa de autossuficiência elimina
os custos de destruição do plasma e reduz a exposição do país
a fatores externos que possam
CONSUMO
80
mil bolsas de plasma são
necessárias anualmente
no Serviço Nacional de Saúde
para transfusões a doentes.
Somam-se mais de 120 mil
unidades de medicamentos
obtidos do plasma fracionado
55
milhões de euros foram
gastos pelo Estado
com a aquisição de plasma
e de hemoderivados no ano
passado, representando 5%
da fatura total dos hospitais
públicos com fármacos
25
mil unidades de plasma
nacional vão ser utilizadas
anualmente pelo Centro
Hospitalar de São João, Porto.
A medida deverá gerar uma
poupança de 180 mil euros
condicionar o fornecimento,
em quantidade e em preço.”
O programa nacional foi tentado e falhou. Por isso, Helder
Trindade adianta que, “numa
segunda fase, os hospitais vão
ser convidados pelo Ministério
da Saúde, com outra força”. E
acrescenta: “Não garanto que
o concurso chegue ao fim, mas
estamos a dar o melhor.”
[email protected]
O Expresso esteve em Estocolmo
a convite da Octapharma
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ID: 60843884
05-09-2015
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País: Portugal
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Plasma de sangue
português já
não é destruído
SNS garantiu até agora
a preparação de 47 mil unidades.
Utilização da matéria-prima
nacional permitirá poupar 30% P23
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05-09-2015
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Corte: 1 de 3
Poliomielite
A iniciativa
para erradicar a
poliomielite no
mundo arrancou
em 1988. Mas este
vírus resiste em
locais improváveis
e reemerge quando
tem oportunidade,
como acaba de
acontecer na
Ucrânia
O caso de um homem que
expele o vírus há 28 anos
alerta para os refúgios de
uma doença por erradicar
SHAH MARAI/AFP
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Nicolau Ferreira
A
s vacinas contra a
poliomielite impediram que milhões
de crianças apanhassem este vírus, que
provoca a paralisia
e deixou muita gente impossibilitada de
andar no século XX.
Em 1988 foi lançada
uma campanha mundial para a sua
erradicação. Hoje, a doença é endémica no Afeganistão, no Paquistão e
na Nigéria e o seu fim está no horizonte. Mas a capacidade de sobrevivência
deste vírus continua a surpreender.
Um novo estudo que documenta o
caso de um homem no Reino Unido,
que expele o vírus há 28 anos, alerta
para os refúgios deste vírus, que poderão vir a estar na origem de futuros
surtos se o plano final da erradicação
da poliomielite não for bem conduzido, lê-se num artigo na revista científica PLOS Pathogens.
O receio não é infundado. Com o
surgimento de conflitos na Europa,
no Médio Oriente e em África, a vacinação ficou comprometida nalguns
países. Esta semana, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) anunciou
um novo surto de poliomielite na
Ucrânia, um país que nos dois últimos anos tem estado em convulsão.
Uma criança de dez meses e outra de
quatro anos infectadas com o vírus
tiveram sintomas de paralisia.
A Europa tinha sido declarada pela
OMS como livre de poliomielite em
2002. O último surto no continente
europeu foi em 2010, na Rússia, devido à importação do vírus do Tajiquistão. A reviravolta na Ucrânia não
surpreende. Em 2014, metade das
crianças daquele país que deveriam
ter sido vacinadas não o foram. E o
vírus aproveita qualquer oportunidade para reemergir.
“Precisamos de imunizar a população com a vacina”, diz ao PÚBLICO
Javier Martin, o coordenador do novo
estudo na PLOS Pathogens e director
do Laboratório Global Especializado
na Poliomielite da OMS, no Instituto
Nacional para as Normas e Controlos Biológicos, em Hertfordshire, no
Reino Unido. Este laboratório supervisiona a vigilância à poliomielite no
Reino Unido, na Irlanda e em Chipre,
e dá apoio aos 140 laboratórios mundiais da OMS contra a doença. Para o
cientista, a origem dos novos casos é
óbvia: “A percentagem da população
vacinada na Ucrânia tem diminuído
significativamente nos últimos anos
e essa é a razão para este surto.”
Paradoxo sanitário
A poliomielite é antiga. Uma estela
de pedra egípcia datada entre os séculos XVI e XIV antes de Cristo tem
um desenho de um homem com um
cajado e uma perna atrofiada, e pode ser interpretada como sendo a representação de uma pessoa que teve
05-09-2015
poliomielite. As fotografias de crianças e adultos que tiveram a doença
e ficaram com uma perna atrofiada
são perturbadoramente semelhantes
à ilustração milenar.
O vírus da poliomielite infecta
normalmente crianças com menos
de cinco anos e pode destruir neurónios responsáveis pela activação
dos músculos, deixando as pessoas
paralisadas de um ou mais membros.
A doença foi descrita em 1789, mas só
no século XX é que os surtos assustaram os Estados Unidos e a Europa.
Por trás da erupção de tantos casos
esteve, paradoxalmente, um aumento da higiene. Os sistemas de esgotos
que foram construídos nas cidades
fizeram com que houvesse muito menos contaminações devido à matéria
fecal, um passo muito positivo contra
várias doenças. No entanto, este novo sistema adiou o contacto de bebés
com o vírus da poliomielite.
Até aos seis meses, os bebés ainda
tinham anticorpos das mães contra
a poliomielite — isto só no caso de
as mães terem estado em contacto
com o vírus — e se os bebés apanhassem o vírus, além de terem meios
para combater a doença, ganhavam
imunidade. Por isso, a poliomielite
provocava sintomas leves e não tinha
sequelas. Depois dos sistemas de esgotos serem construídos, as crianças
só começaram a estar em contacto
com o vírus mais tarde, já sem a protecção dos anticorpos da mãe, e o
impacto da doença aumentou.
As células do tracto digestivo são o
alvo principal do vírus, onde se multiplica. O vírus é libertado nas fezes,
podendo contaminar cursos de água
e alimentos. A transmissão também
pode ocorrer pela boca. Apesar de o
vírus ser muito infeccioso, 90% das
pessoas infectadas não apresentam
sintomas e apenas 0,5% ficam irreversivelmente paralíticas. Nestes
casos, isto acontece porque o vírus
passou para o sangue e depois para
o sistema nervoso, onde mata as células nervosas. Nalguns doentes, os
nervos que sustentam o movimento
dos pulmões ficam danificados, e as
pessoas morrem sufocadas.
Há três tipos de vírus da poliomielite, e não há qualquer medicamento
contra eles. Mas em 1955, o médico
norte-americano Jonas Salk desenvolveu a primeira vacina contra a doença. A vacina é intravenosa e contém
os três tipos de vírus mortos, criando
imunidade contra os três. Seis anos
depois, o médico norte-americano
Albert Sabin desenvolveu uma vacina oral, usando os três tipos de vírus
enfraquecidos (ou atenuados).
Estas descobertas mudaram por
completo o combate à doença. Antes
das vacinas, havia 35.000 casos anuais de poliomielite só nos EUA, mas
em 1965 já só existiam 65 casos naquele país. Em Portugal, a vacinação
contra a poliomielite iniciou-se em
1965 e o último caso documentado
da doença verificou-se em 1986.
Em 1988 foi lançada a Iniciativa
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Uma estela do Antigo
Egipto representará
o caso de um homem
paralisado pela
poliomielite. Hoje, as
vacinas são o único
meio de combate
deste vírus
Global de Erradicação da Poliomielite
(IGEP), liderada pela OMS, a Rotary
International, os Centros de Controlo
e Prevenção de Doenças dos EUA e
a Unicef. A erradicação mundial dos
vírus da varíola em 1979, através da
vacinação, já tinha provado que o objectivo da IGEP era possível.
O ambicioso plano da iniciativa era
ter o vírus da poliomielite eliminado
no ano 2000. Apesar de a missão não
estar concluída, a redução da sua
incidência é notável: o número de
casos mundiais baixou de 350.000,
em 1988, para 359, em 2014. Ao todo,
2500 milhões de crianças foram vacinadas, num investimento superior
a 8000 milhões de euros.
Na Nigéria, há um ano que não são
notificados casos novos de poliomielite com origem em vírus em que não
provêm da vacina e que já existiam
no meio ambiente. Apenas no Afeganistão e no Paquistão continua a
haver transmissão do vírus. Mas as
subtilezas do mundo dos vírus dificultam esta tarefa, como mostram
tanto o artigo da PLOS Pathogens como os dois casos na Ucrânia.
Infecção crónica
O caso que agora foi estudado pela
equipa de Javier Martin nunca antes tinha sido visto. Entre Março de
1995 e Março de 2015, nas análises
de amostras de fezes de um homem
britânico, surgia sempre o vírus do
tipo 2 da poliomielite. O indivíduo
tem uma infecção crónica no tubo
digestivo devido a uma doença do
sistema imunitário chamada imunodeficiência variável comum.
Por alguma razão, a produção de
anticorpos deste homem é baixa, o
que dificulta a luta aos organismos
patogénicos. “O doente é incapaz de
produzir um nível suficiente de anticorpos para o vírus ser limpo do tubo
digestivo”, diz-nos Javier Martin. Tinha sido vacinado aos cinco, sete, 12
meses e aos sete anos de idade com
a vacina oral — as vacinas da poliomielite precisam de reforços para se
obter a imunidade desejada. Anos
depois descobriu-se que tinha a imunodeficiência e que o vírus da vacina
sobreviveu no tubo digestivo.
Este é o principal problema desta vacina oral. Apesar de o seu vírus
estar enfraquecido, pode deparar-se
com um sistema imunitário fraco e
causar uma infecção. Uma em cada
2,7 milhões de pessoas que tomam
a vacina oral acaba por ficar doente
e até ter paralisia. Durante décadas,
a vacina oral foi usada por ter vantagens que superavam esta desvantagem: é mais barata do que a vacina
com o vírus morto, que é administrada por via intravenosa; confere imunidade tanto a nível do sangue como
no tubo digestivo (a vacina com vírus
mortos não provoca grande imunidade a nível dos intestinos e os vírus
selvagens podem replicar-se nessa
zona e manter a cadeia de transmissão); e é muito mais fácil de aplicar
do que a vacina intravenosa.
A desvantagem da vacina oral com
o vírus vivo tomou agora proporções
mais graves na Ucrânia. O vírus que
causou a doença às duas crianças
provém do vírus atenuado da vacina.
“Quando a cobertura da vacina é baixa, há muitas crianças não-imunizadas que estão susceptíveis à infecção,
por isso os vírus expelidos [nas fezes]
por crianças vacinadas infectam estas crianças susceptíveis e algumas
vezes causam paralisia”, diz Javier
Martin. “Basta um pequeno número de mutações para o vírus perder
a atenuação [que tinha quando foi
administrado na vacina].”
O indivíduo do novo estudo nunca
teve sintomas de poliomielite. Mas
continuou a produzir vírus derivados
do vírus da vacina durante décadas.
Entre 1962 e 2014, registaram-se no
mundo 73 casos de pessoas com imunodeficiência que também expeliram o vírus da poliomielite adquirido
após terem sido vacinadas. Mas a duração da infecção nestas pessoas foi
muito menor, apenas em sete delas
durou mais de cinco anos.
A equipa de investigadores analisou agora cerca de 190 amostras
fecais daquele homem, obtidas nos
últimos 20 anos, para medir a quantidade de vírus excretado, perceber
a evolução do vírus no organismo do
homem, avaliar se tinha capacidade de infectar e causar paralisia em
ratinhos transgénicos e testar se os
anticorpos humanos em resposta às
vacinas administradas às pessoas reagiam e neutralizavam o vírus.
Através da genética, os investigadores perceberam que o vírus expelido
já estava a evoluir há 28 anos no paciente a partir do vírus original. “O
caso descrito aqui representa, de
longe, o mais prolongado período
de excreção [do vírus da poliomielite], e é o único indivíduo identificado actualmente a excretar um vírus
derivado da vacina que é altamente
evoluído”, lê-se no artigo.
O vírus é libertado em grandes
quantidades e é capaz de infectar e
causar paralisia em ratinhos. “Para
crescer melhor no tubo digestivo,
adquiriu algumas mutações, o que
quer dizer que perdeu as propriedades atenuadas e aumentou a virulência”, explica Javier Martin.
Felizmente, os vírus do paciente
britânico foram rapidamente neutralizados quando expostos a soro
de pessoas que tinham anticorpos
contra a poliomielite produzidos
graças à vacina oral com os vírus
vivos. No entanto, no caso de soros com anticorpos produzidos a
partir da vacina intravenosa, que
contém vírus mortos, nem sempre
a resposta foi tão eficaz.
Esta situação pode ser grave.
Apesar de não serem conhecidos
outros casos como este, há indicações de outras pessoas a expelirem
actualmente o vírus. “Já foram encontrados vírus [nos esgotos] em
Israel, na Estónia, na Finlândia e na
Eslováquia. Achamos que isto significa que existem mais excretores
crónicos”, sublinha Javier Martin.
“A boa notícia é que agora sabemos
disto e podemos preparar-nos.”
O número cada vez menor de
casos de poliomielite endémica no
mundo e os perigos de se administrar a vacina com o vírus atenuado
— que poderá vir a originar mais
doentes de poliomielite do que o
vírus selvagem — levou a OMS a recomendar aos países a vacinação
das crianças com o vírus morto,
pela via intravenosa. Em Portugal,
desde 2006 que é administrada essa vacina. No Reino Unido, desde
2004. Mas na Ucrânia, ainda é administrada a vacina oral, que acabou por gerar o novo surto.
Por isso, a situação torna-se delicada. Apesar da vacina oral ser
cada vez mais desvantajosa, a vacina intravenosa pode não proteger contra vírus provenientes de
casos como aquele que foi descrito
no artigo da PLOS Pathogens, que,
embora sejam raríssimos, existem.
Para Javier Martin, é possível precaver estas situações: “Sabemos que
precisamos de manter níveis altos
de imunização até o último vírus
da poliomielite ser aniquilado da
Terra, que precisamos de procurar
a presença do vírus em amostras
clínicas e no ambiente, que temos
de descobrir tratamentos antivirais
para travar a excreção do vírus para
o ambiente nestes pacientes e que
precisamos de novas vacinas para
a era pós-erradicação. E, de facto,
é isso que nós e outros laboratórios
no mundo estamos a fazer.”
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05-09-2015
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Vírus da poliomielite
resiste e reaparece
agora na Ucrânia
Duas crianças infectadas, de
10 meses e de 4 anos, têm
sintomas de paralisia p26/27
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