Conflitos Mundiais Globalização Professor Antonio Luís Joia Autor

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Conflitos Mundiais
Globalização
Professor Antonio Luís Joia
Autor de Geografia: leituras e interação
(Editora Leya, 2013)
(adaptado)
O Estado
O Estado é uma forma de organização
política da sociedade que teve origem na
Europa entre os séculos XIV e XV.
O que significaria formar um Estado?
A partir da unificação do poder político
pelas monarquias e da delimitação de um
território por fronteiras, houve o processo de
constituição das monarquias nacionais ou
Estados Modernos, e todos aqueles que
viviam nos territórios unificados pela
soberania do rei eram seus súditos,
devendo-lhe obediência e lealdade.
O Estado é composto por três elementos
essenciais:
-um conjunto de instituições políticas e
administrativas, das quais se destaca o uso
legítimo dos meios de violência e coerção;
-um território geograficamente delimitado por
fronteiras, correspondendo à base física sobre a
qual o Estado exerce a sua soberania;
-criação de regras dentro de seu território, para
administrar as normas e leis que a sociedade
deverá seguir em seu território.
O Nacionalismo
O nacionalismo é um movimento político que
prega a defesa dos interesses da nação e a
exaltação dos valores nacionais, surgindo
principalmente em duas ocasiões: em lutas
contra ameaças externas, e em movimentos
políticos que desejam proporcionar um Estado a
uma dada nação. Ex: Israel
•A ideia central é uma unidade política natural,
sendo inadmissível um Estado ser governado
por minorias étnicas ou por estrangeiros.
•O nacionalismo também não aceita a presença
de grande número de não-nacionais dentro das
fronteiras do Estado nação.
“Nacionalismo não é um produto espontâneo do
processo
histórico,
mas
sim,
criado
intencionalmente para unificar os grupos
sociais, garantir a coesão e a coerção do povo
no Estado”.
Limites e fronteiras
Limite:
- corresponde à delimitação da área territorial
(país, região, estado, município...).
Sinônimo: divisa.
http://www.panoramio.com/photo/46002740
Fronteira:
- Cada país defini a largura de sua faixa de
fronteira. Requerem planejamento específico
para a ocupação/controle do território (segurança
nacional, integração cultural, comércio, uso das
águas, etc).
- Brasil: faixa interna de 150 km de largura
paralela ao limite terrestre do território nacional.
Na fronteira brasileira há:
10 países
11 estados
120 municípios
585 mil alunos
28 mil professores
5500 escolas
Fonte: IBGE (Divisão Territorial de 2001 e Censo 2000)
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/escuelas-frontera-423199.shtml
Transformação do espaço
desigual e contraditória.
de
forma
•O principal problema decorrente da formação
dos Estados nacionais é a não coincidência das
fronteiras do Estado com as fronteiras de um
único grupo nacional.
•Um Estado pode abrigar várias nações, ou até
mesmo a fronteira entre dois ou mais Estados
pode dividir uma nação. Consequentemente,
surgem conflitos separatistas quando há
divergências significativas entre os grupos
nacionais e o Estado no qual estão inseridos.
- Os conflitos étnicos, políticos, religiosos e
econômicos reorganizam a todo instante as
fronteiras políticas entre os Estados-Nações
tendo a distribuição da população de refugiados
em todo o mundo influenciado diretamente nesse
processo.
Localização: o Oriente Médio no mundo
Fonte: Atlas da mundialização. Editora Saraiva, 2009. p. 134
Localização: países do Oriente Médio e algumas de
suas características geográficas
Adaptado de:
FERREIRA, Graça
Ma Lemos.
Geografia em
Mapas: países do
Sul. São Paulo:
Moderna, 2005. P.
81.
A moderna geopolítica mundial:
-Oriente Médio: Percepção e verdade!?
REFLEXÃO:
Percepção é verdade?
Na perspectiva da ciência, a percepção não
significa necessariamente a verdade.
Na perspectiva da propaganda a percepção se
torna verdade.
Como as avaliações das percepções podem ser
transformadas em conhecimento?
Um professor de geografia comenta: “Sempre gostei
de cavalos.
Quando era criança gostava tanto, que assistia filmes
de bang bang, só para ver os cavalos, seus passos e os
.
apetrechos utilizados na montaria. Mas confesso que
era convencido a torcer para os mocinhos contra os
índios. Antes de dormir, entrava debaixo da coberta e
imaginava: se alguém passar pela porta eu atiro. Dei
tanto tiro, que ao visitar minha mãe, até hoje verifico
se a porta do quarto tem marca de bala”.
Primeira percepção:
• Na América do Norte os estadunidenses e os
ingleses são os mocinhos e os indígenas vilões.
A verdade:
• Mais de 15.000.000 de indígenas foram mortos
durante a ocupação da América.
Terrorismos...
Qual das duas cenas você
viu na mídia (ou: viu mais
vezes)?
Família iraquiana tenta se proteger
de ataque aéreo dos EUA.
Fonte: BBC.
www.diariodocentrodomundo.com.br
Cena de um dos dois casos de
jornalistas ocidentais degolados pelo
grupo ISIS, no Iraque.
noticias.band.uol.com.br
O que significa ser terrorista?
Há uma divergência notória dos alunos em
relação à definição de terrorismo.
• Temos aqueles que acreditam que os Estados
Unidos estão sempre corretos.
• Outro grupo, antiestadunidense.
• Adeptos das teorias da conspiração: um fato
histórico, sempre tem alguém que planejou ou
deixou acontecer.
O caso da destruição das torres gêmeas. “11 de
setembro de 2001”
Terrorismo:
um
método
premeditado,
politicamente motivado, para assassinar ou
ameaçar não-combatentes.
Terroristas:
são
pessoas,
geralmente
influenciadas politicamente, motivadas por
crenças, etnocentrismo e xenofobia, que fazem
parte de uma estratégia, pela qual as mortes das
vítimas têm um valor psicológico sobre as
vítimas sobreviventes, que passam a questionar
seus próprios governos.
REFLEXÃO
•Como é sua percepção diante dos conflitos
contemporâneos?
•Quais mídias vocês assistem , lêem e
ouvem?
•Quem são os vencedores?
Oriente Médio
O Oriente Médio destaca-se na atualidade por três
motivos:
•é uma região cobiçada desde a Antiguidade em razão
de sua localização estratégica entre os continentes
europeu, asiático e africano;
• é o berço de três grandes religiões monoteístas
judaísmo, cristianismo e islamismo;
• possui as maiores reservas de petróleo e gás natural
do planeta.
BOMPAN, Emanuele; PRAVETTONI, Riccardo. Cartographier le présent.
Disponível em: <www.cartografareilpresente.org/article157.html>.
Acesso em: 24 mar. 2013.
Palestina: breve histórico
Os judeus ocuparam a região da Palestina por
volta de 2000 a.C., mas espalharam-se pelo
mundo em razão das perseguições sofridas
durante o Império Babilônico e o Império
Romano. Essa saída em massa de judeus da
Palestina é conhecida como diáspora judaica.
Palestinos
-Os palestinos, de religião islâmica, ocuparam a região
em meados do século VII.
-A ocupação islâmica intensificou-se entre os séculos
XVI e XX, período em que a região foi dominada pelo
Império Otomano.
- No fim do século XIX, teve início o movimento
sionista, ou movimento de retorno dos judeus
espalhados pelo mundo à região da Palestina, com a
finalidade de criar um Estado judaico no território
considerado sagrado pelo povo judeu.
Estado Judeu
A criação de um Estado judaico foi apoiada por Estados
Unidos e Reino Unido, que tinham como objetivo
conquistar um aliado para o bloco capitalista e resistir à
expansão socialista no Oriente Médio.
-Em 1947, a ONU aprovou o Plano de Partilha da
Palestina, que estabeleceu a divisão da Palestina em dois
Estados nacionais: o Estado de Israel e o Estado da
Palestina.
- Em 14 de maio de 1948, o Estado de Israel foi criado e
anexou também o território que deveria compor o
Estado da Palestina.
Entre os principais acontecimentos do conflito árabeisraelense, destacam-se:
1967 – Guerra dos Seis Dias: Israel ocupou a Cisjordânia,
a Faixa de Gaza, as Colinas de Golan (Síria) e a península
do Sinai (Egito).
1973 – Guerra do Yom Kippur: Egito e Síria lançaram uma
ofensiva para recuperar os territórios ocupados por Israel
desde 1967. Com a ajuda militar dos EUA, Israel venceu a
guerra e manteve a ocupação dos territórios.
1993 – Acordo de Oslo:
Organização para a Libertação da Palestina OLP e Israel
assinaram, na Casa Branca, Washington (EUA), a
Declaração dos Princípios pela Paz. Os objetivos eram
estabelecer a paz entre israelenses e palestinos, o
reconhecimento mútuo das duas nações e das lideranças
e a devolução aos palestinos da Cisjordânia e da Faixa de
Gaza, que passariam a ter governos autônomos, mas não
independentes.
O resultado foi a criação da Autoridade Nacional
Palestina (ANP), responsável por representar a Palestina
e administrar os territórios a serem desocupados por
Israel. O destino de Jerusalém, a situação dos refugiados
e os assentamentos israelenses em territórios palestinos
foram deixados para futuras negociações.
Jornal Mundo. Setembro/2014, pág. 7
No dia 13 de setembro de 1993, o líder palestino Yasser Arafat (à direita na foto) e o então primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin (à esquerda),
apertaram suas mãos para simbolizar o Acordo de Oslo. Por esse acordo, os dois líderes receberam o Prêmio Nobel da Paz em 1994. O então
presidente norte-americano Bill Clinton (na foto, ao centro) foi o mediador desse acordo.
2004 – Israel iniciou a retirada das colônias
judaicas na Faixa de Gaza, finalizada em 2005,
mas manteve o controle militar e políticoadministrativo, restringindo a entrada e a saída
de mercadorias e da população palestina.
Consequências: desde 2006 bloqueio econômico.
2012 – ONU reconhece a Palestina como um
Estado observador não membro (representantes
participam das assembleias mas não votam).
Israel não aceitou essa indicação da ONU.
2014 – As tensões tiveram início com o sequestro
e assassinato de três jovens israelenses na
Cisjordânia, crimes atribuídos por Israel a uma
célula do Hamas.
Uma página no Facebook chamada “O Povo de
Israel Exige Vingança” atraiu 35 mil pessoas e
milhares de comentários racistas antes de ser
tirada do ar. A onda de xenofobia culminou, em 2
de julho, com a morte de um adolescente
palestino. Ele foi queimado vivo por extremistas
israelenses.
http://www.cartacapital.com.br/internacional/israel-em-gaza-retaliacao-ou-vinganca-8162.html
Agravante do conflito: extremismos de ambos os lados.
Exemplos:
• Lado israelense: assassinato de Ytzhak Rabin por um
judeu; jovem palestino queimado em 2 de julho.
• Lado palestino: homens-bomba; personagens infantis
Farfour
(https://www.youtube.com/watch?v=G2dnqE8vz_w) e
Nahul
(https://www.youtube.com/watch?v=vwLVvoUCtdA).
Desigualdade tecnológica espacial e Intifadas
1987 – Primeira Intifada: revolta palestina contra a
ocupação de Israel. Israel reprimiu a revolta e realizou
detenções, deportações e demolições de casas, que
reforçaram a expulsão da população palestina.
2000 – Segunda Intifada: iniciada pelos palestinos após
considerarem a visita do primeiro-ministro de Israel,
Ariel Sharon, à Esplanada das Mesquitas em Jerusalém,
local sagrado para os muçulmanos, uma provocação.
Mais uma vez, o uso desproporcional da força por parte
de Israel ficou evidente: os palestinos atacaram o
exército israelense com pedras, atentados suicidas e
carros-bomba, enquanto Israel enviou foguetes e
tanques de guerra para bombardear os territórios
Palestinos.
Muros que nascem
Muro construído por Israel para separar o país da Cisjordânia,
em Al-Ram, na periferia de Jerusalém, 2012.
Jornal Mundo. Setembro/2014, pág. 7.
Resistência simbólica...
Dicas
Vídeo Muro na Cisjordânia:
http://ummundoglobal.blogspot.com.br/2009/11/muros-ao-redor-do-mundomexico-estados.html
Reflexão: (no mundo atual)
•Questões sociais são lembradas?
•Acostumamos com as mortes, ou melhor com o
grande número de mortes?
•Parece game ou jogo?
Charge “Peace puzzle” (Quebra-cabeça da paz) - Ramses Morales Izquierdo,
2012.
Disponível em: <www.cartoonmovement.com/cartoon/7528>.
Acesso em: 8 mar. 2013.
Quem sofre as consequências ?
Nesse momento constata-se a total
ineficácia da ONU, pois o que assistimos é um
espetáculo deprimente, na luta para sobreviver,
pessoas tentam fugir da área bloqueada, sem
água, moradia, dentre outros problemas,
enquanto não se permite que o alimento as
alcance.
Afeganistão
A região do Golfo Pérsico caracteriza-se, entre outros
fatores, por grandes reservas de petróleo e por regimes
políticos autoritários e não democráticos.
Em decorrência da crise do petróleo no fim da década
de 1970, os países do Ocidente, especialmente os Estados
Unidos e os da Europa Ocidental, passaram a negociar o
fornecimento de petróleo com os países do Golfo Pérsico em
troca de armamentos e do apoio político a governos com
regimes autocráticos.
Em 1979, no Afeganistão, diferentes milícias, apoiadas
pelos Estados Unidos e seus aliados, uniram-se para expulsar
os soviéticos, mas começaram a lutar entre si pelo poder.
Em 1995, o Talibã, milícia que havia sido apoiada
pelos Estados Unidos durante a invasão soviética, passou a
dominar quase todo o país, transformando-o em um Estado
teocrático islâmico.
Em 1996, o Talibã tomou o poder no país sob o
discurso da paz, mas na verdade transformou- -se em
opressor da população, impondo medidas como:
fechamento de escolas, proibição do trabalho feminino
fora do lar, controle da mídia, queima de bibliotecas,
extermínio étnico e estímulo ao cultivo da papoula para a
produção de ópio e heroína, que financiavam esse grupo e
a produção de suas armas.
O Talibã permaneceu no governo até 2001, ano em
que os Estados Unidos interferiram.
A maioria dos talibãs é da etnia pashtun. em Kabul, Afeganistão, 2013.
Talibã: grupo fundamentalista islâmico originário da fronteira de Afeganistão
e Paquistão. Na época da Guerra do Afeganistão, o grupo foi recrutado,
financiado, armado e treinado pela agência de inteligência militar do
Paquistão – o Inter Services Intelligence (ISI) .
Comentário: os conflitos étnicos, políticos,
religiosos e econômicos reorganizam a todo
instante as fronteiras políticas entre os EstadosNações tendo a distribuição da população de
refugiados em todo o mundo influenciado
diretamente nesse processo.
Após os ataques sofridos em 11 de setembro de
2001, os Estados Unidos iniciaram uma guerra
contra a Al Qaeda, acusada de ser a responsável
pelos atentados.
A Al Qaeda foi considerada um grupo
fundamentalista islâmico terrorista e
antiestadunidense, com base sediada no
Afeganistão.
Em 2011, Bin Laden foi capturado e morto no
Paquistão por forças especiais da CIA, a agência de
inteligência dos Estados Unidos.
Observação: ONU não aprova
Iraque país aliado do ocidente que virou inimigo
Em 1990, o Iraque invadiu o Kuwait, com o
objetivo de controlar suas reservas de petróleo e
ampliar o acesso ao Golfo Pérsico, uma das principais
rotas de exportação de petróleo do Oriente Médio.
A ONU autorizou o embargo econômico ao
Iraque, que durou treze anos, e o uso da força para
expulsar o invasor.
Uma coalizão de países ocidentais liderados por
Estados Unidos e Reino Unido e apoiados por Arábia
Saudita e Egito lançou a guerra contra o Iraque,
conhecida como Primeira Guerra do Golfo. O
resultado foi a retirada das tropas iraquianas do
Kuwait em 1991.
Nos anos seguintes, a ONU realizou diversas
inspeções à procura de armas, buscando
desmantelar grupos rebeldes.
Após ser acusado pelos Estados Unidos de
manter relações com a Al Qaeda e de possuir
armamentos de destruição em massa, acusações
não comprovados pelas inspeções da ONU no país,
o Iraque foi invadido pelos Estados Unidos e seus
aliados em 20 de março de 2003.
O então presidente iraquiano Saddam
Hussein, anteriormente apoiado pelos EUA, fugiu e
seu governo foi derrubado, dando lugar a um
governo de transição, apoiado pelos Estados
Unidos.
Em 13 de dezembro de 2003, Saddam Hussein foi capturado
pelos estadunidenses e entregue ao governo de transição no
início de 2004, para ser julgado pela justiça iraquiana. Em 2006,
ele foi condenado à morte por genocídio e executado.
Para diversos analistas, a retomada do controle
político do Iraque pelos EUA e seus aliados se
deve à localização estratégica do país na região,
bem como à ampliação da participação das
empresas transnacionais na exploração do
petróleo iraquiano.
Ao vencedor o petróleo, a água, mas não a Paz.
Ao perdedor péssimas condições de vida e
sanções econômicas.
ONU: criação, funções e papel na atualidade.
Não é permitido matar civis durante a guerra,
somente soldados. Caso isso ocorra, será
considerado crime de guerra. Logo, guerra não é
crime.
Pelo fato de lançarem a maior parte dos
satélites, alguns países detém a hegemonia na
produção e distribuição de imagens, bem como no
controle dos sistemas de comunicação. Além disso,
o uso político-militar das informações obtidas por
sensoriamento remoto persiste, a exemplo da
intervenção militar no Afeganistão (2001) e no
Iraque (2003), liderada pelos Estados Unidos e
apoiada por diversos países europeus, como
resposta aos ataques terroristas a Nova Yorque,no
dia 11 de setembro de 2001.
Reflexão: guerra e tecnologia
Nas duas guerras mundiais, o desenvolvimento
tecnológico proporcionou um grande avanço às
fotografias aéreas, que passaram a ser mais precisas.
Devemos lembrar, no entanto, que o custo social
e humano desse avanço tecnológico é incalculável,
gerando destruição de vidas, bens materiais e
patrimônios histórico-culturais, cujas consequências
ainda se fazem presentes na história contemporânea.
Atividade: Possibilitar ao aluno estabelecer relações
entre o que assiste e os conteúdos estudados.
Você conhece esses símbolos?
Se conhece, em qual contexto você já viu esses
símbolos?
A CIA (Agência Central de Inteligência ) é uma agência de
espionagem do governo dos EUA, criada em 1947, é
responsável por fornecer informações ao governo desse país.
Mas teve seu um papel especial durante o período da Guerra
Fria, por tornar-se importante para o plano ideológico, pois
retratava a imagem de sua força bélica e superioridade militar,
primordial para a defesa do povo americano em caso de um
suposto ataque militar da URSS, a outra potência militar.
A KGB (Komitet Gosudarstveno Bezopasnosti), que em
português significa Comitê de Segurança do Estado, criada em
1954, tornou-se importante para o plano ideológico da URSS.
Durante a Guerra Fria, retratava a imagem do seu poder militar,
teve como finalidade promover a segurança nacional e
espionar outros países para evitar possíveis ataques militares,
mas também averiguava e reprimia a população que era
contrária ao governo.
Reflexão:
•De que forma os filmes e super heróis
americanos representavam e ainda representam
para as pessoas?
•Debate - A disseminação cultural dos Estados
Unidos: uma maneira de fazer propaganda da
vida americana, ao mesmo tempo, convencer as
pessoas aceitarem seu poder econômico e
militar.
•Filmes: abordagem da segunda guerra mundial.
“Dividir para REINAR”
A Partilha da África foi decidida pelas
potências europeias na Conferência de Berlim,
realizada entre novembro de 1884 e fevereiro
de 1885.
Para facilitar o domínio sobre as colônias, as
potências europeias aliaram-se a grupos
locais, concedendo-lhes benefícios e poder
sobre porções do território, transformando-os
em uma elite local.
O mapa de 1914 representa os resultados da Partilha da África entre as potências europeias,
destacando-se os domínios da França e do Reino Unido. No mapa da descolonização do continente
africano, observe que a partir de 1990 o processo se acelerou e apenas algumas ilhas e cidades
continuam dependentes.
Essas “fronteiras artificiais”, impostas pelas
potências europeias e, em geral, mantidas após a
independência, geraram ou agravaram conflitos entre
grupos étnicos e tribais. Esses conflitos envolviam a
busca pelo controle político, o domínio das principais
atividades econômicas e a posse de áreas dotadas de
recursos naturais.
Os grupos que obtinham o controle sobre o Estado
e as atividades econômicas exerciam o poder a favor dos
grupos étnicos ou sociais aos quais pertenciam, em
detrimento dos demais grupos, fato que potencializou
conflitos e agravou a enorme desigualdade social e a falta
de democracia e justiça.
MICHALOPOULOS, Stelios; PAPAIOANNOU, Elias. Divide and rule or the rule of the
divided? Evidence from Africa.
Disponível em: <www.dartmouth.edu/~elias/Michalopoulos_Papaioannou.pdf>.
Explorados por empresas transnacionais estrangeiras e apenas uma pequena
parcela da renda obtida fica com os países e populações do continente.
Dezenas de conflitos separatistas e disputas
territoriais (principalmente: entre as décadas
de 1960 a 1990, período da descolonização).
Dos 54 países africanos, 30 estiveram
envolvidos em conflitos recentes (a partir dos
anos 1990).
Adaptado de: ANIFOWOSE, Sara; GIORDANO, Maria Luisa. L’ Afrique prise dans la toile des multinationales du pétrole. Cartographier le présent.
Disponível em: <www.cartografareilpresente.org/article365.html>. Acesso em: 11 abr. 2013.
As dificuldades dos países africanos para
se desenvolverem socioeconomicamente, em
grande parte decorrentes da exploração e
colonização
empreendidas
por
potências
europeias entre os séculos XVI e XX, fazem com
que esse continente fique à margem dos
principais fluxos econômicos do mundo
globalizado.
De acordo com o Banco Mundial, em 2011,
os 54 países do continente africano totalizarem
um PIB de 1 trilhão e 263 bilhões de dólares, o
que corresponde a menos de 2% do PIB mundial.
Exemplos de disputas territoriais internacionais atuais:
1º - Somália x Etiópia (disputa pela área de Djibuti)
Vista geral de campo de refugiados somalis na fronteira de Etiópia e Somália, 2011.
O acampamento foi criado para atender pessoas em busca de comida e água.
2º - A Etiópia também enfrenta diversos
conflitos que opõem o governo a grupos
rebeldes que buscam manter o controle
territorial em suas áreas de atuação, grupos
separatistas, grupos que almejam o controle
sobre recursos naturais e piratas somalis
encontrados na costa do país.
3º - Sudão do Sul - Manchete (revista Época):
“Mais jovem país do mundo, Sudão do Sul completa 1
ano pobre e violento”
-Separação após referendo não melhorou relação
entre países.
- Brigas tribais, por petróleo e por demarcação de
fronteiras continuam.
Teve a independência reconhecida pela ONU, pelo Sudão e pela comunidade
internacional, porém permanece em conflito com o Sudão (disputa pela região de
Abyei, onde há reservas de petróleo) e também enfrenta conflitos étnicoreligiosos internos.
Região com predomínio de população com
origem não-árabe, que se sente discriminada
pelo governo do país.
O SPLA (Exército Popular pela Libertação
do Sudão) luta pela autonomia da província. O
governo apoia a milícia Janjaweed para fazer
oposição ao SPLA. Consequência: mais de 300
mil mortos e 2 milhões de refugiados.
A “Primavera Árabe”
Uma série de revoltas se alastrou por países árabes desde o final
de 2010, e havia derrubado, até novembro de 2012, três governos
totalitários no norte da África (Tunísia, Egito e Líbia) além de atingir
o Marrocos, Argélia, Síria, Jordânia, Bahrein, Iêmen e Omã.
Os levantes começaram após Mohammed Buazizi atear fogo no
próprio corpo, em 18 de dezembro de 2010, numa cidadezinha do
interior da Tunísia, num ato de desespero contra as condições de
vida no país.
A luta contra os regimentos totalitários não foi o
único motivo que deflagrou as revoltas que ficaram
conhecidas como Primavera Árabe.
Outras razões: os elevados índices de pobreza, de
desigualdade social e de desemprego, a falta de
perspectiva que atinge grande parte da população e a
falta de liberdade de expressão.
As revoltas árabes foram marcadas pela ampla
participação popular pacífica, a grande participação
de jovens, o uso intensivo da internet e das redes
sociais como ferramentas para a mobilização e, na
maioria dos casos, pelo apoio do exército às
manifestações. Por outro lado, fortaleceram grupos
extremistas ou jihadistas (guerra santa).
“Reinventing Peace” (Reinventando
a Paz). O cartum faz referência ao
Twitter (representado pelo pássaro
azul), uma rede social virtual que
teve um papel relevante na
organização e na divulgação das
manifestações
que
ocorreram
durante as revoltas árabes
Referência:
<www.cartoonmovement.com/cartoon/7599>.
ÁFRICA
A fome, os conflitos étnicos
e agora: o ebola
Fonte: Jornal Mundo, setembro de 2014, pág. 12.
SADC - A Comunidade para o
Desenvolvimento da África Austral
É importante colocar que a África também
busca construir seus próprios caminhos para
solucionar seus conflitos.
A Comunidade para o Desenvolvimento da
África Austral (Southern African Development
Community – SADC), que entrou em vigor
oficialmente no ano 2000, é um exemplo disso,
pois é um bloco político-econômico que tem
como objetivo promover o livre-comércio, mas
trata também de questões políticas.
Trata-se de uma área de livre-comércio
estabelecida entre 14 países do sul do
continente, liderados pela África do Sul, cujo
desenvolvimento vem ocorrendo desde o fim do
apartheid, no início da década de 1990.
Regime de segregação racial que vigorou na
África do Sul, de 1948 a 1994, caracterizado pela
pela submissão da maioria negra ao controle da
minoria branca, sob inúmeras formas de
violência.
O Espaço Schengen
Mesmo antes de a União Europeia entrar em
vigor, no ano de 1985, foi assinado um acordo
entre os governos de Bélgica, Holanda,
Luxemburgo, República Federal da Alemanha e
França, também conhecido como Acordo de
Schengen, cujo objetivo era controlar as
fronteiras comuns.
Em 1990, passou a ser designada “Convenção
de Schengen.
Esse acordo foi integrado ao âmbito da União
Europeia e, em relação à circulação de pessoas
residentes nos países do bloco, tratou os
residentes de duas maneiras distintas:
-Para os residentes nascidos nos paísesmembros estava assegurado o direito de
circulação livre.
- Para os demais residentes era proibido
circular livremente de um país para outro, ou
seja, deviam comunicar o Serviço de Imigração
de seu país caso quisessem se deslocar para
outro país, mesmo que fosse uma travessia
temporária.
SIS Sistema de Informação de Schengen
Comentários: sobre o mapa e SIS
Nem todos os países que cooperam no âmbito do
Espaço Schengen são membros da União Europeia, mas
todos adotam procedimentos e regras comuns no que diz
respeito a vistos, pedidos de asilos e controle nas
fronteiras.
Essa convenção também possui um sistema
integrado de informações para controlar a circulação de
pessoas, chamado Sistema de Informação de Schengen.
Entre outras funções, contém nomes de pessoas
procuradas que podem ser presas e posteriormente
extraditadas, o que dá margem a críticas por parte de
pessoas que, contraditoriamente, têm sua livre circulação
impedida em um bloco econômico com avançado estágio
de integração.
Imigração da União Europeia
Após a Segunda Guerra Mundial, a Europa
Ocidental passou por um processo de
reconstrução econômica ao mesmo tempo em
que ocorreu uma expansão na oferta de
empregos. Assim, havia empregos que exigiam
pouca ou nenhuma qualificação, de baixa
remuneração, que não interessavam à população
nativa, e que eram preenchidos por imigrantes,
em geral, da África, Ásia e América,
principalmente de países que haviam sido
colônias
europeias.
Tais
empregos
desempenharam importantes papéis para a
reconstrução da Europa.
FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial.São Paulo: Moderna, 2010. p.
Após a crise das economias ocidentais que
teve início em 2008, essa realidade mudou, pois o
aumento do desemprego acabou por incentivar a
restrição à imigração.
Essa política restritiva fez parte da política
adotada pela União Europeia, mas acabou sendo
cercada por práticas racistas contra imigrantes
de países subdesenvolvidos e de antigos países
socialistas da Europa Oriental.
Argumentos contra imigrantes:
- ordem econômica
- étnico-cultural
Entre os argumentos de ordem econômica:
• Destaca-se a atribuição da crise do sistema
previdenciário público à presença crescente de
trabalhadores imigrantes informais ou ilegais no
mercado de trabalho.
• Por estarem em situação ilegal, trabalhadores
informais ou ilegais não contribuem com a
previdência social e demais impostos que seriam
aplicados em áreas sociais como saúde e
educação, mas fazem uso deles.
• Além de contribuírem para a redução dos
salários, pelo fato de não possuírem formação
profissional,
aceitam
o
salário
proposto,
geralmente baixo, o que acaba desvalorizando os
demais salários.
Entre os argumentos de ordem étnico-cultural,
destacam-se:
•as influências culturais dos imigrantes, que
“ameaçam os valores culturais dos europeus”.
• a superioridade numérica de uma etnia, como por
exemplo os muçulmanos, o que poderia ameaçar a
hegemonia da língua nacional, além dos conflitos
religiosos.
•Essa xenofobia, na qual atribui-se a culpa ao
estrangeiro pelo desemprego, na verdade funciona
como uma maneira de mascarar o menor
crescimento da economia do bloco e o fracasso das
políticas adotadas pelos governos dos países para
diminuir o déficit público orçamentário.
•Essa xenofobia, na qual atribui-se a culpa ao
estrangeiro pelo desemprego, na verdade funcio-na
como uma maneira de mascarar o menor
crescimento da economia do bloco e o fracasso das
políticas adotadas pelos governos dos países para
diminuir o déficit público orçamentário.
Imigrantes de diversas nacionalidades fazem greve
reivindicando direitos humanos e civis em Bolonha, Itália,
2010.
No cartaz, lê-se :“Nossa pátria é o mundo inteiro”.
Vale ressaltar que, contraditoriamente, em
diversos países da Europa Ocidental, verifica-se
uma mudança na demografia, caracterizada pela
diminuição das taxas de natalidade, maior
expectativa de vida e queda na taxa de
crescimento populacional. Esses fatores têm
como principal consequência a necessidade da
utilização da mão-de-obra imigrante, o que
provoca um significativo aumento de pessoas
vindas de outros países.
Movimentos nacionalistas de cunho separatista
Muitos Estados são multinacionais, isto é,
agrupam diversos grupos nacionais, como a
França, composta por franceses, bretões,
bascos, alsacianos, corsos, catalães, flamengos,
entre outros.
Por outro lado, pode haver etnias divididas
por fronteiras de dois ou mais Estados, como os
bascos e os catalães entre a França e a Espanha.
Os bascos, que habitam a região norte da
Espanha e sudoeste da França há mais de 5 mil
anos, compondo uma nação com identidade,
idioma e cultura próprios.
Separatismos na Espanha:
País Basco: Caso “clássico” de etnias divididas por fronteiras de dois ou mais
Estados: entre a França e a Espanha (não ocorreu só na África!)
Mapa: pág. 235 vol. 3
Bascos da Espanha reivindicaram durante décadas
(século XX/XXI) a constituição de um Estado-Nação.
Foram reprimidos pelo governo espanhol (principalmente
durante a ditadura do General Franco (1939-1976).
Partiram para a luta armada (ETA – Euzkadi Ta
Askatasuna – Pátria Basca e Liberdade) no final dos anos
70 e década de 1980.
Após repressão e também com o atendimento de
algumas reivindicações (ter partidos políticos e ensinar o
idioma basco nas escolas, por exemplo) o movimento
passou a ser mais político e cultural do que militar.
Catalunha
Processo semelhante ao do País Basco (diferenças culturais e busca pela
autonomia). Por ser uma região economicamente desenvolvida, o movimento
separatista se intensificou em 2012 devido à crise econômica na Europa/Espanha
Notícia recente:
Presidente da Catalunha convoca referendo para
independência da Espanha
27/09/2014 - MADRI (Reuters) - O presidente da
região espanhola Catalunha, Artur Mas, assinou
um decreto neste sábado convocando um
referendo sobre independência em 9 de
novembro, uma votação que o governo central
disse que iria violar a constituição e prometeu
bloquear.
Disponível em: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2014/09/27/presidente-da-catalunha-convoca-referendo-para-independenciada-espanha.htm
América - México
O setor industrial mexicano é
dependente
de
indústrias
norteamericanas instaladas na fronteira do
país.
Circulação de pessoas no bloco
A aproximação entre Estados Unidos,
Canadá e México por meio do Nafta não
diminuiu as contradições sociais presentes nos
países da América do Norte. Principalmente
porque seu líder, os Estados Unidos, concorda
com a abertura de fronteiras para o comércio,
mas não com a livre circulação de força de
trabalho.
Muro entre EUA e México
A fronteira entre o México e Estados Unidos
tem 3,2 mil quilómetros.
A construção do muro começou em 1991, mas
foi em 1994 que os Estados Unidos decidiram
intensificar a segurança sob a chamada
“Operação Guardião”.
Dos mais de 12 milhões de imigrantes que vivem
ilegalmente no país, a grande maioria é
mexicana. Para impedir a entrada ilegal de
imigrantes, principalmente pela fronteira a oeste
do país, em 2007 o governo dos Estados Unidos
iniciou a construção de um muro com mais de
mil quilômetros ao longo da divisa.
Altas temperaturas do deserto.
Vídeo: Muros ao redor do mundo
http://ummundoglobal.blogspot.com.br/2009/11/muros-ao-redor-do-mundo-mexicestados.html
Vídeos: http://www.bbc.com
Retomada: Globalização Economia em crise:
a culpa recai sobre os imigrantes
- Vale ressaltar que no contexto da globalização,
grande parte da força de trabalho das empresas está
fora de seus países de origem. As quinhentas
maiores empresas dos Estados Unidos têm cerca de
30% a 50% de sua mão de obra fora do país. Isso
contribui tanto para diminuir as arrecadações de
impostos por parte do governo por exemplo, sobre
os produtos industrializados, como para diminuir o
número de empregos.
- a crise da economia do país vizinho em 2008,
refletiu também na economia mexicana.
Guerra da Coreia (1950-1953)
-O primeiro conflito militar em que as duas potências
tiveram participação indireta foi a Guerra da Coreia.
-O conflito baseou-se na disputa entre a parte norte,
a Coreia do Norte, socialista, que tinha apoio da
China e da URSS, e a parte sul do país, Coreia do
Sul, capitalista, apoiada pelos EUA.
- Isso ocorreu logo após a derrota do Japão na
Segunda Guerra Mundial, ou seja, após a ocupação
por forças soviéticas e norte-americanas em 1945,
que a libertaram da condição de colônia japonesa,
situação que vigorava desde 1910.
-Durante a ocupação dos aliados na Coreia, foi
estabelecido que a URSS aceitaria a rendição
japonesa ao norte do paralelo 38, local onde
apoiou a instalação de um Estado comunista sob
a liderança do guerrilheiro Kim II-sung.
- Ao assumir o poder na então Coreia do Norte,
Kim logo fundou um Estado nos moldes
soviéticos, ou seja, criou um partido único,
organizou o exército, nacionalizou as indústrias e
coletivizou as terras, mas tornou o país atrasado e
isolado do mundo, tudo pela ideologia do
comunismo, condição em que permanece até os
dias atuais.
- Ao sul do paralelo 38, foi criada uma
administração de ocupação norte-americana,
que permaneceu no país até 1948, ano em que
Syngman Rhee (1875-1965) tornou-se presidente.
Embora distante de um modelo democrático, na
maior parte do tempo, depois do período pósguerra, desenvolveu uma indústria de alta
tecnologia, a exemplo do Japão.
- Entretanto, durante a Guerra Fria, as duas
Coreias almejavam a unificação do país e seu
total domínio. Primeiro foram os norte-coreanos
que atacaram o sul, em 1950, mas foram contraatacados pelos estadunidenses, que avançaram
em direção à China, fato que provocou a
intervenção chinesa no apoio à Coreia do Norte e
logo permitiu a recuperação do território ao norte
do país. Esse fato levou o governo Truman a
desistir da guerra e, em 1953, todas as partes
envolvidas concordaram com o fim da guerra e a
divisão do país ao longo do paralelo 38.
Tensão além das fronteiras das Coréias
Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP)
Diante dos efeitos destrutivos das armas
nucleares, conhecidos em todo o mundo após o
lançamento das bombas em Hiroshima e
Nagasaki, em 1945, da crise dos mísseis, em
1962, e de uma possível guerra nuclear, foi
assinado o Tratado de Não Proliferação de Armas
Nucleares (TNP), em 1968.
Ele considera ainda a organização dos países em
dois blocos:
• Primeiro bloco: formado por países que tinham
bombas nucleares antes de 1967 e que poderiam
manter suas armas atômicas, mas não transferir e
repassar
a
outros
países
a
tecnologia
desenvolvida.
(Estados Unidos, URSS, Reino Unido, França e
China, que são os países vencedores da Segunda
Guerra Mundial e membros permanentes do
Conselho de Segurança da ONU).
• Segundo bloco: formado pelos demais países
do mundo, que se comprometeram a não
desenvolver armas nucleares e desenvolver
tecnologia nuclear apenas para fins pacíficos, por
exemplo, na produção de energia elétrica. Com o
objetivo de detectar a existência de atividades
secretas, os países ficam submetidos a um
sistema de inspeção, Agência Internacional de
Energia Atômica (AIEA).
Tensão além das fronteiras
O líder norte-coreano Kim Jong-Un acena para oficiais do Exército em Pyongyang, capital da Coreia
do Norte, em 2013. A Coreia do Norte realizou testes com bombas nucleares em 2013, mas
especialistas acreditam que o país ainda não tinha tecnologia para colocá-las em foguetes.
Tratados não significa que serão cumpridos
-É importante destacar que alguns países que têm
bombas nucleares não assinaram esse tratado,
como é o caso de Israel, Paquistão, Índia e
-Coreia do Norte.
- O Tratado de Não Proliferação de Armas
Nucleares só foi posto em prática após o fim da
Guerra Fria e não foi assinado por França, Índia e
China.
“Give peace a chance” (Dê uma chance à paz). Comentário
do cartunista: “Todos os dias a mídia nos confronta com o pior
da humanidade; com foco sobre a morte, a guerra e a
destruição, corremos o risco de ignorar a paz”.
Referência: <www.cartoonmovement.com/cartoon/5632>. Acesso em: 8 mar. 2013.
Sugestões de publicações sobre o Oriente Médio para abordagem didática (Ensinos
Fundamental e Médio)
Livros:
SACCO, Joe. Palestina – edição especial. São Paulo: Conrad, 2011.
Reportagem baseada em uma nova linguagem, com ampla aceitação de leitores e críticos em
todo o mundo. Em formato de história em quadrinhos, conta a trajetória de palestinos e
israelenses que vivem na Palestina, em meio aos conflitos pela posse da região que opõem os
dois grupos.
SCHMITT, Eric-Emmanuel. Ulisses de Bagdá. Rio de Janeiro: Record, 2011.
O livro conta a história de Ulisses, um personagem iraquiano que decide fugir de seu país para
escapar da opressão da ditadura de Saddam Hussein e da guerra iniciada após a invasão de
seu país pelos Estados Unidos, no contexto da “guerra ao terror”. A guerra ao terror foi
promovida pelo presidente George Bush no início do século XXI.
ZENATTI, Valerie. Uma garrafa no Mar de Gaza. São Paulo: Seguinte, 2012. (livro e filme).
Romance baseado no diálogo entre uma jovem israelense e um jovem palestino por meio de
trocas de mensagens eletrônicas (e-mails). A jovem toma a iniciativa de procurar “conhecer”
alguém da Faixa de Gaza e sua realidade. A atitude, inicialmente vista com desconfiança e
descrédito pelo jovem palestino, acaba por tornar-se um exemplo de diálogo e tolerância entre
esses dois personagens e os povos que representam.
• CARLOS, Ana Fani Alessandri. A cidade. São Paulo: Contexto, 1999.
(Repensando a Geografia.)
Analisa a paisagem e o uso do solo urbano do ponto de vista histórico,
bem como a relação do ser humano com a natureza.
• COSTA, Lara Moutinho da. Cultura é natureza: tribos urbanas e povos
tradicionais. Rio de Janeiro: Garamond, 2011. v. 7. (Desafios do século XXI.)
Discute a questão da “separação” entre cultura e natureza nas sociedades
urbano-industriais, principalmente no Ocidente. Aborda aspectos culturais
contemporâneos nas grandes cidades, como a formação de “tribos urbanas”,
em especial entre a população jovem.
• MINC, Carlos. Ecologia e cidadania. São Paulo: Moderna, 1997. (Polêmica.)
Relaciona a ecologia e os desequilíbrios ambientais à construção da cidadania.
Conceitos de ecologia urbana e educação ambiental são introduzidos na
perspectiva da relação entre a sociedade e a natureza.
• SERPA, Ângelo. O espaço público na cidade contemporânea. São Paulo:
Contexto, 2007. A questão do uso e apropriação do espaço público é analisada
por meio de exemplos, de modo que procura inserir o leitor na discussão sobre
o uso desses espaços para fins privados nas grandes e médias cidades
brasileiras.
Sites
• Ministério das Cidades. Disponível em: <www.cidades.gov.br>.
Acesso em: 17 nov. 2012. Disponibiliza documentos oficiais do governo
direcionados às políticas públicas urbanas.
• Aliança Internacional de Habitantes (AIH). Disponível em: <http://
por.habitants.org/quem_e_a_aih>. Acesso em: 17 nov. 2012.
Site da rede global de movimentos sociais de habitantes de moradias precárias,
sem-teto e outros grupos sociais em situações de risco.
• Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Disponível em:
<www.mtst.org>. Acesso em: 17 nov. 2012.
Traz notícias sobre fatos relacionados à luta pela moradia urbana nas cidades
brasileiras e oferece links para sites de diversos outros movimentos sociais
nacionais e internacionais.
• IBGE Cidades@. Disponível em: <www.ibge.gov.br/cidadesat>. Acesso em: 17
nov. 2012. Reúne informações sobre cada município brasileiro, como o total de
habitantes no campo e na cidade, número de habitantes por gênero, entre
outras informações estatísticas.
• Citiscope. Disponível em: <http://citiscope.org>. Acesso em: 17 nov.
2012. Reúne experiências de planejamento e gestão de cidades em diversos
países (em inglês).
Filmes e documentários
• Ilha das flores. Direção: Jorge Furtado. Brasil, 1989, 13 min.
Documentário que associa a produção e destino do lixo à desigualdade
social. Ao acompanhar a trajetória de um tomate que é jogado no lixo na
cidade de Porto Alegre (RS), discute a relação que grupos sociais de
diferentes condições socioeconômicas têm com os resíduos gerados pela
população de uma grande cidade.
• Sonhos tropicais. Direção: André Sturm. Brasil, 2002, 120 min. Este filme é
uma adaptação do livro homônimo de Moacyr Scliar. Retrata a história do
início da República do Brasil, no ano de 1889, quando ocorrem os projetos
para melhoria urbanística e sanitária da capital, Rio de Janeiro. Entre as
medidas de higienização definidas por Oswaldo Cruz, apoiado pelo Prefeito
Pereira Passos, ocorreu a vacinação de forma autoritária, provocando o
episódio que ficou conhecido como a “Revolta da Vacina”.
• Uma onda no ar. Direção: Helvécio Ratton. Brasil, 2002, 92 min. O filme
conta a história da criação e do desenvolvimento da Rádio Favela de Belo
Horizonte, uma rádio pirata que entrava no ar todos os dias no horário do
programa A Voz do Brasil, colocando no ar cantores e pessoas que
pudessem contribuir para a melhoria de vida dos moradores da favela. 135
min.
Promessas de um novo mundo. Direção: Justine Shapiro, Carlos Bolado e BZ
Goldberg, EUA, 2001, 116 min.
O documentário mostra a vida de crianças judias e palestinas nos campos de
refugiados próximos à cidade de Jerusalém.
Restrepo. Direção: Tim Hetherington, EUA, 2010, 94 min.
O documentário narra o cotidiano de soldados norte-americanos em um
pelotão dos Estados Unidos no Vale Korengal, considerado um dos pontos
mais perigosos durante a Guerra do Afeganistão. Durante um ano, as câmeras
acompanharam o dia a dia de 15 soldados do posto avançado chamado
Restrepo, registrando a dura realidade do combate e a percepção dos
soldados enviados a essa missão.
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