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4.°
P14 / SP
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T
05
C
16/11/10
questões.
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Teste de múltipla escolha com qualquer espécie de rasura não será corrigido.
AS QUESTÕES 1 A 5 SÃO TESTES DE MÚLTIPLA ESCOLHA CUJA ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA
DEVE SER JUSTIFICADA. CADA UM DOS TESTES VALE DOIS PONTOS, ASSIM DISTRIBUÍDOS:
A ALTERNATIVA CORRETA VALE MEIO-PONTO E A JUSTIFICATIVA CORRETA, UM PONTO E MEIO.
A JUSTIFICATIVA DEVE SER ELABORADA NO ESPAÇO PARA TANTO DESTINADO.
1. [2,0 PONTOS] [UFU · ADAPTADO] Parmênides de Eleia, filósofo pré-socrático, sustentava que
I.
II.
III.
IV.
o ser é.
o não-ser não-é.
o ser e o não-ser existem ao mesmo tempo.
a luta dos contrários é o princípio de todas as coisas.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmações corretas.
(A)
(B)
(C)
(D)
I, II e III.
I e II.
I, II e IV.
II, III e IV.
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2. [2,0 PONTOS] Leia o texto a seguir.
Sócrates ― Nesse caso, será preciso completar o estudo do que ficou por explicar. Ainda não
falamos dos sonhos, das doenças em geral e, particularmente, da loucura nem das alterações
da vista, as do ouvido e das demais sensações. Como bem sabes, a opinião unânime é que
todos esses casos concorrem para refutar a doutrina exposta agora mesmo, visto se revelarem
de todo o ponto falsas em tais casos nossas sensações, e muito longe de serem as coisas
como se nos afiguram, nada, pelo contrário, existe tal como nos aparece.
PLATÃO. Teeteto. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: UFPA, p. 24.
Com base no texto acima e em seus próprios conhecimentos sobre a teoria do conhecimento
em Platão, é correto afirmar:
(A) o conhecimento, enquanto crença verdadeira, não é sensação, uma vez que os sentidos
podem ser enganadores.
(B) as sensações constituem uma forma de conhecimento porque a crença falsa pode ser
considerada conhecimento.
(C) o conhecimento é sensação porque mostra que as coisas são tais como aparecem aos
sentidos.
(D) os sonhos, as doenças em geral e a loucura, assim como as alterações dos sentidos,
funcionam como um contra-exemplo à definição de que o conhecimento não é
sensação.
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3. [2,0 PONTOS] [UEM] Leia o texto abaixo.
Sócrates: Imaginemos que existam pessoas morando numa caverna. Pela entrada dessa
caverna entra a luz vinda de uma fogueira situada sobre uma pequena elevação que existe na
frente dela. Os seus habitantes estão lá dentro desde a infância, algemados por correntes nas
pernas e no pescoço, de modo que não conseguem mover-se nem olhar para trás, e só podem
ver o que ocorre à sua frente. [...] Naquela situação, você acha que os habitantes da caverna, a
respeito de si mesmos e dos outros, consigam ver outra coisa além das sombras que o fogo
projeta na parede ao fundo da caverna?
PLATÃO. A República. Adaptação de Marcelo Perine. São Paulo: Editora Scipione, 2002, p. 83.
Em relação ao célebre mito da caverna e às doutrinas que ele representa, analise estas afirmativas:
I.
No mito da caverna, Platão pretende descrever os primórdios da existência humana, relatando
como eram a vida e a organização social dos homens no princípio de seu processo evolutivo,
quando habitavam em cavernas.
II. O mito da caverna faz referência ao contraste ser e parecer, isto é, realidade e aparência, que
marca o pensamento filosófico desde sua origem e que é assumido por Platão em sua famosa
teoria das Ideias.
III. O mito da caverna simboliza o processo de emancipação espiritual que o exercício da filosofia
é capaz de promover, libertando o indivíduo das sombras da ignorância e dos preconceitos.
IV. É uma característica essencial da filosofia de Platão a distinção entre mundo inteligível e
mundo sensível; o primeiro ocupado pelas Ideias perfeitas, o segundo pelos objetos físicos,
que participam daquelas Ideias ou são suas cópias imperfeitas.
V. No mito da caverna, o prisioneiro que se liberta e contempla a realidade fora da caverna,
devendo voltar à caverna para libertar seus companheiros, representa o filósofo que, na
concepção platônica, conhecedor do Bem e da Verdade, é o mais apto a governar a cidade.
Marque a alternativa que contém todas as afirmações corretas.
(A)
(B)
(C)
(D)
I, II, VI.
II, IV e V.
II, III, IV e V.
I, III e V.
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4. [2,0 PONTOS] [UEL] Leia atentamente os textos abaixo, respectivamente, de Platão e de
Aristóteles:
[...] a admiração é a verdadeira característica do filósofo. Não tem outra origem a filosofia.
PLATÃO. Teeteto. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: Universidade Federal do Pará, 1973, p. 37.
Com efeito, foi pela admiração que os homens começaram a filosofar tanto no princípio como
agora; perplexos, de início, ante as dificuldades mais óbvias, avançaram pouco a pouco e
enunciaram problemas a respeito das maiores, como os fenômenos da Lua, do Sol e das
estrelas, assim como a gênese do universo. E o homem que é tomado de perplexidade e
admiração julga-se ignorante (por isso o amigo dos mitos é, em certo sentido, um filósofo, pois
também o mito é tecido de maravilhas); portanto, como filosofavam para fugir à ignorância, é
evidente que buscavam a ciência a fim de saber, e não com uma finalidade utilitária.
ARISTÓTELES. Metafísica. Livro I. Tradução de Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969, p. 40.
Com base nos textos acima e nos conhecimentos sobre a origem da filosofia, é correto afirmar:
(A) A filosofia surgiu, como a mitologia, da capacidade humana de admirar-se com o
extraordinário e foi pela utilidade do conhecimento que os homens fugiram da ignorância.
(B) A admiração é a característica primordial do filósofo porque ele se espanta diante do mundo
das ideias e percebe que o conhecimento sobre este pode ser vantajoso para a aquisição de
novas técnicas.
(C) Ao se espantarem com o mundo, os homens perceberam os erros inerentes ao mito, além
de terem reconhecido a impossibilidade de o conhecimento ser adquirido pela razão.
(D) Ao se reconhecerem ignorantes e, ao mesmo tempo, se surpreenderem diante do anseio de
conhecer o mundo e as coisas nele contidas, os homens foram tomados de espanto, o que
deu início à filosofia.
(E) A admiração e a perplexidade diante da realidade fizeram com que a reflexão racional se
restringisse às explicações fornecidas pelos mitos, sendo a filosofia uma forma de pensar
intrínseca às elaborações mitológicas.
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5. [2,0 PONTOS] [UFU] Leia o texto abaixo.
Mas quem fosse inteligente [...] lembrar-se-ia de que as perturbações visuais são duplas, e por
dupla causa, da passagem da luz à sombra, e da sombra à luz. Se compreendesse que o
mesmo se passa com a alma, quando visse alguma perturbada e incapaz de ver, não riria sem
razão, mas reparava se ela não estaria antes ofuscada por falta de hábito, por vir de uma vida
mais luminosa, ou se, por vir de uma maior ignorância a uma luz mais brilhante, não estaria
deslumbrada por reflexos demasiadamente refulgentes [brilhantes]; à primeira, deveria felicitar
pelas suas condições e pelo seu gênero de vida; da segunda, ter compaixão e, se quisesse
troçar dela, seria menos risível esta zombaria do que aquela que descia do mundo luminoso.
PLATÃO. A República. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 1987, p. 322.
Sobre este trecho do livro VII de A República de Platão, é correto afirmar:
I. A condição de quem vive nas sombras é digna de compaixão.
II. O filósofo, sendo aquele que passa da luz à sombra, não tem problemas em retornar
às sombras.
III. O trecho estabelece uma relação entre o mundo visível e o inteligível, fundada em
uma comparação entre olho e a alma.
IV. No trecho, é afirmado que o conhecimento não necessita de educação, pois quem se
encontraria nas sombras facilmente se acostumaria à luz.
Marque a alternativa que contém todas as afirmações corretas.
(A)
(B)
(C)
(D)
II e III.
I e IV.
I e III.
III e IV.
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