Exploração do Litoral brasileiro Vila São Paulo de Piratininga Atividades agrícolas período colonial e atualmente Agronegócio Campo e cidade A primeira exploração do litoral do território descoberto foi feita pela própria esquadra de Cabral, que seguiu paralelamente à costa em direção norte, procurando um porto onde os navios ficassem abrigados. O lugar escolhido recebeu o nome de Porto Seguro e hoje chama-se baía Cabrália, localizada no atual estado da Bahia. Durante uma semana os portugueses ficaram na região -- batizada de Ilha de Vera Cruz--- e mantiveram alguns contatos com os habitantes. Para assinalar a posse da terra, Cabral mandou erguer uma cruz com o brasão do rei de Portugal. O nome Ilha de Vera Cruz foi substituído por Terra de Santa Cruz, mais tarde abandonado em favor do nome Brasil, que se tornou definitivo. DESEMBARQUE DOS PORTUGUESES No dia 2 de maio, a esquadra retomou seu caminho para a Índia. Um dos navios, comandados por Gaspar de Lemos, foi enviado de volta a Portugal. Levava a notícia dos acontecimentos e várias cartas, entre elas a de Pero Vaz de Caminha, que relatava a viagem e o descobrimento da nova terra. Antes de realizar a travessia do Atlântico, esse navio explorou parte do litoral ao norte de Porto Seguro. CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA Em 1530, Dom João III enviou ao Brasil a expedição de Martim Afonso de Sousa, cujos principais objetivos eram verificar a existência de metais preciosos, explorar e patrulhar o litoral e estabelecer os fundamentos da colonização do Brasil. Martim Afonso tinha poderes para nomear autoridades e distribuir terras às pessoas que quisessem permanecer aqui para desempenhar essa missão. MARTIM AFONSO DE SOUZA Martim Afonso percorreu quase todo o litoral brasileiro. De Pernambuco, enviou dois barcos para explorar o litoral norte; organizou expedições rumo ao sertão, partindo de Cabo Frio e de Cananéia; chegou até a foz do rio da Prata e depois retornou ao litoral paulista, onde fundou a vila de São Vicente (1532). Ali se organizaram alguns povoados, iniciou-se o plantio da cana e foram construídos os primeiros engenhos da colônia. Começava assim a colonização efetiva do Brasil, apoiada na produção de açúcar para o mercado externo. ENGENHO DE CANA-DE-AÇÚCAR PARA AJUDAR NA PESQUISA ACESSE OS SITES: http://www.portalbrasil.net/brasil_historiadobrasil_brasilcolonia.htm http://portalmultirio.rio.rj.gov.br/historia/modulo01/martim_afonso.html Além da defesa do território, a colonização do Brasil teve outra finalidade: transformar a colônia num empreendimento lucrativo para Portugal. Durante o reinado de Dom João III (1521-1557), o comércio português na Índia entrou em crise, em virtude da concorrência de outras nações européias, principalmente da Holanda e da Inglaterra. Ao mesmo tempo, as enormes despesas com a montagem e a manutenção do império português na África e na Ásia -- construção de navios, pagamento de tripulações, edificação de fortalezas etc. --- arruinaram as finanças do país. Nessa situação, tornava-se urgente o aproveitamento do Brasil, até então pouco lucrativo. Por outro lado, os portugueses esperavam encontrar metais preciosos, incentivados pelas notícias da descoberta de grandes jazidas de ouro e prata na América espanhola. ENGENHO DE CANA-DE-AÇÚCAR Do ponto de vista da segurança, a localização topográfica de São Paulo era perfeita: situava-se numa colina alta e plana, que facilitava a defesa contra ataques de índios hostis. Nesse lugar, fundaram um colégio em 25 de janeiro de 1554, ao redor do qual se iniciou a construção das primeiras casas de taipa, que dariam origem ao povoado de São Paulo de Piratininga. Em 1560, o povoado ganhou foros de vila. No início, São Paulo vivia da agricultura de subsistência, aprisionando índios para trabalharem como escravos na frustrada tentativa de implantação em escala da lavoura de cana-de-açúcar. Mas o sonho já era então a descoberta do ouro e dos metais preciosos. Assim, na segunda metade do século começariam as viagens de reconhecimento ao interior do país, as "bandeiras", expedições organizadas para aprisionar índios e procurar pedras e metais preciosos nos sertões distantes, dando início ao desbravamento das Minas Gerais. Em 1681, São Paulo foi considerada cabeça da Capitania, que incluía então um território muito mais vasto que o do atual Estado. Embora em 1711 a vila tenha sido elevada à categoria de cidade, o próprio êxito do empreendimento bandeirante fez que a Coroa desmembrasse a capitania, para ter controle exclusivo sobre a região das Minas. Por isso, ao longo de todo o século XVIII, São Paulo continuava sendo apenas o quartel-general de onde não cessavam de partir as "bandeiras", responsáveis pela ampliação do território brasileiro a sul e a sudoeste muito além da linha de Tordesilhas, na proporção direta do extermínio das nações indígenas que colocavam resistência a esse empreendimento. 1534 Capitanias Hereditárias 1573 Dois estados 1709 São Paulo na sua maior expansão PARA AJUDAR NA PESQUISA ACESSE OS SITES: http://portalmultirio.rio.rj.gov.br/historia/modulo01/tema53.html http://www.aprenda450anos.com.br/450anos/vila_metropole/2-1_vila_cidade_colonial.asp http://www.sp-turismo.com/historia.htm Disso tudo resultou a proverbial pobreza da província de São Paulo na época colonial, carente de uma atividade econômica lucrativa como a do cultivo da cana-de-açúcar no Nordeste, contando sobretudo com a mão-de-obra do indígena e desfalcada de seus homens válidos, que partiam para o sertão a redesenhar as fronteiras do Brasil. http://www.planetaorganico.com.br/cafebrev1.htm http://www.youtube.com/watch?v=Vf6kFvDhDm0&feature=related A civilização do campo Quem são e como vivem os protagonistas da revolução do agronegócio brasileiro Leomar José Mess/Novo Tempo Em Sapezal, no oeste de Mato Grosso, o milho é plantado logo depois que as máquinas automáticas equipadas com ar-condicionado colhem a soja. Em um dia típico de trabalho, cada uma extrai cerca de 3 500 sacos. Juntos, os tratores, plantadeiras e colheitadeiras que aparecem nesta foto representam um investimento de 20 milhões de reais Uma das maneiras de contar a história do Brasil é pelos ciclos agrícolas que se sucederam na terra onde se plantando tudo dá. Do extrativismo primitivo do pau-brasil, nos primórdios da colonização, ao moderno agronegócio atual, cada ciclo criou sua civilização brasileira. A marca registrada de quase todas elas foi ter se erguido sobre monoculturas, quase sempre motivadas por bolhas artificiais de demandas externas que, uma vez estouradas, deixavam os agricultores nacionais quebrados. Foi assim sucessivamente com o pau-brasil, com a cana-deaçúcar e com o café. Em sua História das Civilizações, o francês Fernand Braudel (1902-1985) relata esses períodos de prosperidade exuberante logo seguidos de frustração e pobreza, não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina. "Essa realidade abrupta, instável e imprevisível sempre teve o poder destrutivo de desestabilizar toda a economia dos países", escreveu Braudel, para concluir, em seguida: "Os países latino-americanos só vão conseguir romper a condenação desses ciclos quando unirem agricultura movida a pesquisa, máquinas e grandes investimentos". O moderno agronegócio brasileiro é justamente a feliz reunião de alta tecnologia, equipamentos de ponta e crédito farto. Por essa conjunção de fatores, o campo brasileiro reúne as condições materiais para escapar da maldição dos ciclos que tantas cicatrizes deixaram na história econômica das Américas. A atual civilização do campo reflete a solidez da base material sobre a qual está plantada. Da fronteira com o Uruguai ao Oiapoque, a agricultura e a pecuária possuem vários níveis de desenvolvimento e tamanho, mas uma característica em comum. As áreas de excelência ligadas ao mercado externo crescem em toneladas produzidas e em riqueza gerada a cada ano. Partes dos três Estados do Sul, de São Paulo, de Minas Gerais, da Região Centro-Oeste e de áreas cada vez maiores do Nordeste são uma das principais locomotivas da economia. Produzem, empregam, exportam, consomem e dão forma a uma nova civilização. Nos últimos cinco anos, o ritmo de crescimento do setor foi quase o dobro do registrado pelo país. Os agricultores brasileiros são os mais competitivos na produção de açúcar, soja, algodão e laranja. O país já é o maior exportador mundial de carne bovina e de frango. Junto, o agronegócio representa cerca de 35% da economia brasileira. O Brasil só não é o maior exportador de produtos agrícolas do mundo porque os Estados Unidos e a União Européia entopem seus produtores de subsídios e depois despejam seus produtos no mercado internacional. Concreto no campo Há alguns anos o construtor José Roberto Pereira Alvim notou que o agronegócio fazia surgir uma nova classe média alta nos grandes pólos urbanos do interior. Fotos Claudio Rossi Desde então, passou a construir na região de Ribeirão Preto (SP) prédios residenciais e comerciais, além de condomínios de luxo. Em empreendimentos desse tipo, as casas chegam a custar 3,5 milhões de reais. "Ao contrário do que se imagina, o agronegócio não está só nas plantações", diz Alvim. Entre as obras erguidas pelo empresário figura o mais arrojado prédio comercial de Ribeirão, sem contar nove edifícios e cinco condomínios, para públicos variados. Foi essa base de concreto que permitiu a realização de um sonho. Há dezoito anos, Alvim comprou um helicóptero de brinquedo, colocou-o no escritório e fez uma promessa: "Um dia vou ter um de verdade". Pois há três anos, ele usa seu aparelho para ir a reuniões em São Paulo ou passar fins de semana no litoral. Na fuselagem, pintou seu lema: "Só alegria". Uma revolução na economia Como o avanço do agronegócio transformou e fortaleceu o Brasil Progresso constante: boas safras impulsionaram a economia O expressivo crescimento do setor de agropecuária mudou a face da economia brasileira no século XX: com perspectiva de multiplicar a produtividade e romper as fronteiras no exterior, os empresários abandonaram conceitos ultrapassados e começaram a investir muito mais rumo à expansão de suas atividades no campo. As condições naturais muito favoráveis ajudaram, e o agronegócio virou o século na posição de grande motor do país. Investimento que compensa Gastos crescentes em tecnologia melhoram a produção no campo Maquinário na lavoura: maior produtividade e lucros em alta A adoção de novas técnicas e recursos de produção adequados às condições do país vem sendo decisivo para o salto do agronegócio do país nas últimas décadas. O setor gastou muito mais em tecnologia e colheu excelentes frutos - há produtos melhores, perdas menores, maior controle da atividade, facilidade na distribuição e comercialização. O lado polêmico desses investimentos foi o surgimento dos grãos geneticamente modificados nas lavouras. Transformando a sociedade O enorme impacto do agronegócio na vida das cidades do interior Empregos no campo: produção rural ajuda a sustentar o país Junto com as transformações sentidas na economia do país, o agronegócio traz um forte impacto às áreas que crescem sob a sua influência. Melhorando o padrão de vida de proprietários rurais e funcionários do setor, o crescimento da atividade faz mudar o fluxo migratório e a distribuição de vagas no mercado de trabalho. Com isso, o êxodo rural diminui, e a explosão social é detida. Em áreas que antes eram esquecidas, já chega o desenvolvimento. CAMPO E CIDADE – PORTAL EDUCACIONAL AO ENTRAR NA PÁGINA INSERIR O LOGIN E SENHA